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doenças pulmonares obstrutivas crônicas

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147
DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS 
CRÔNICAS E ATIVIDADE FÍSICA
Objetivos
• Conhecer as principais doenças pulmonares, suas características e 
consequências.
• Entender os benefícios de atividades e exercícios físicos para o tratamento 
das disfunções.
Conteúdos
• Características e consequências das Doenças Pulmonares Obstrutivas Crô-
nicas (DPOC).
• Diagnóstico e tratamento das DPOC.
• Limitações das DPOC na atividade física.
• Benefícios da atividade física para o portador de DPOC.
• Atividades físicas e exercícios físicos para o tratamento de DPOC.
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
1) Não se limite ao conteúdo deste Conteúdo Básico de Referência; busque 
outras informações em sites confiáveis e/ou nas referências bibliográficas, 
apresentadas ao final de cada unidade. Lembre-se de que, na modalidade 
EaD, o engajamento pessoal é um fator determinante para o seu cresci-
mento intelectual.
2) Não deixe de recorrer aos materiais complementares descritos no Conteú-
do Digital Integrador.
UNIDADE 4
149© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 4 – DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS CRÔNICAS E ATIVIDADE FÍSICA
1. INTRODUÇÃO
As doenças pulmonares obstrutivas crônicas (ou DPOCs) 
são consideradas, atualmente, uma das principais causas de 
morte no mundo, uma epidemia global, provocando a diminui-
ção da capacidade funcional dos indivíduos e aumentando o nú-
mero de afastamentos.
Este conjunto de disfunções respiratórias tem diversas cau-
sas relacionadas ao meio ambiente. Entretanto, o consumo de 
tabaco é considerado o principal fator de risco para o surgimento 
em adultos. Na fase infantil, a principal causa está relacionada à 
"teoria da higiene", segundo a qual a criança, por viver em am-
bientes fechados, ausentes de espaços naturais, vem desenvol-
vendo cada vez mais essas doenças. Isso ainda está associado ao 
alto desenvolvimento industrial e à emissão de gases tóxicos, ou 
seja, a poluição também contribui de forma significativa para o 
desenvolvimento da doença.
Os sintomas destas doenças podem ser identificados por 
meio de entrevistas (anamnese), realizadas em consulta clínica 
pelo próprio médico, e por exames diretos para avaliar a capaci-
dade funcional do indivíduo.
O tratamento das DPOCs incluem medicamentos, terapia 
nutricional e atividades físicas. Embora o paciente "pneumopa-
ta" (como é chamado o portador dessas doenças) tenha limita-
ções com a atividade física, esta promove uma série de adapta-
ções cardiorrespiratórias e neuromusculares que melhoram sua 
capacidade funcional e as atividades da vida diária, e auxiliam na 
diminuição do consumo de medicamentos.
As atividades físicas aeróbicas, o treinamento resistido e 
as atividades aquáticas são as modalidades mais indicadas para 
150 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 4 – DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS CRÔNICAS E ATIVIDADE FÍSICA
essa população. Portanto, entender as recomendações para a 
prescrição de atividade física é de extrema relevância.
Embora a utilização das atividades físicas e exercícios seja 
importantíssima para o tratamento do pneumopata, o acompa-
nhamento por uma equipe multidisciplinar, com médicos, fisio-
terapeutas, professores de Educação Física e nutricionistas, é 
fundamental para o sucesso do tratamento.
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma su-
cinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão 
integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteú-
do Digital Integrador.
2.1. CARACTERÍSTICAS E CONSEQUÊNCIAS DA DOENÇA PUL�
MONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) representa 
um conjunto de doenças respiratórias (bronquite, asma e enfise-
ma) que prejudicam a respiração pulmonar, caracterizada pela 
obstrução do fluxo aéreo que não é totalmente reversível.
A obstrução do fluxo aéreo é progressiva e está associada a 
processos inflamatórios, causados principalmente pelo consumo 
de cigarros, que podem alterar os brônquios e bronquíolos pul-
monares, prejudicando a entrada e a saída de ar.
Estudos indicam que 12% da população adulta brasileira 
acima dos 40 anos têm algum tipo de DPOC. Somente na cida-
de de São Paulo, a incidência varia entre 6 e 15% da população. 
A DPOC foi considerada a quinta maior causa de internamento 
151© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 4 – DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS CRÔNICAS E ATIVIDADE FÍSICA
no Brasil, promovendo custos altíssimos para a saúde pública, 
além de estar relacionada ao aumento de casos de morte (SBPT, 
2004). Veja o gráfico a seguir:
Fonte: adaptado de SBPT (2004).
Figura 1 Dados importantes a respeito da DPOC.
Diversos fatores de risco têm sido apontados para o sur-
gimento da DPOC: tabagismo, poeira ocupacional (no ambiente 
de trabalho), irritantes químicos, fumaça de lenha, histórico de 
infecções respiratórias na infância e condições socioeconômicas 
– esta limita o indivíduo a ter acesso à limpeza doméstica, po-
dendo ser encarada como um preditor.
A DPOC provoca diversas consequências orgânicas que li-
mitam a qualidade de vida do portador. Veremos, em detalhes, 
as características das seguintes disfunções pulmonares: bronqui-
te crônica, asma e enfisema.
A brônquite crônica é uma inflamação dos brônquios cau-
sada pela irritação prolongada da mucosa brônquica. É caracteri-
zada pela produção de "muco" (secreção ou catarro) e tosse car-
152 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 4 – DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS CRÔNICAS E ATIVIDADE FÍSICA
regada. A doença é identificada por meio de exames pulmonares 
que mostram a presença de obstrução do fluxo do ar. Veja, na 
Figura 2, o acúmulo de "muco" na árvore brônquica acometida 
com bronquite.
Figura 2 Diferenciação de brônquios normais e com bronquite.
A asma é um distúrbio inflamatório das vias aéreas, que 
tem como sintomas sibilos (som que sai junto com a respiração), 
dificuldade respiratória, opressão torácica e tosse. Provoca obs-
trução generalizada do fluxo aéreo e está relacionada à expo-
sição ao meio ambiente. A doença provoca diversas alterações 
pulmonares: limitação do fluxo de ar, aumento da atividade 
das vias aéreas, diminuição do fluxo das vias aéreas, causando 
a remodelagem destas. É reversível espontaneamente ou com 
tratamento. 
A asma pode ser classificada em três tipos:
• Aguda: há o recrutamento transitório das células 
inflamatórias.
153© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 4 – DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS CRÔNICAS E ATIVIDADE FÍSICA
• Subaguda: ocorrência de células inflamatórias persis-
tentes e sintomas correlatos.
• Crônica: asma grave (remodelagem das vias aéreas).
As causas da asma ainda estão pouco definidas; entretan-
to, possíveis fatores desencadeantes são:
1) Poluição atmosférica.
2) Infecções bacterianas.
3) Consumo de alguns alimentos alérgicos.
4) Falta de contato microbiano na primeira infância, im-
possibilitando a criação de resistência ou sensibilidade 
dos antígenos ambientais.
O enfisema pulmonar é caracterizado pela destruição das 
vias aéreas e das estruturas responsáveis pela permuta gasosa 
(troca). Isso ocorre devido à destruição da elastina, uma impor-
tante proteína que participa diretamente da construção das pa-
redes alveolares. A doença provoca a diminuição da frequência 
respiratória e o aumento da ventilação mecânica, estreitamento 
das vias aéreas e aumento da obstrução devido ao muco, resul-
tando na destruição dos alvéolos (LEMURA; DUVILLARD, 2006).
Diagnóstico e Tratamento da DPOC
O diagnóstico (identificação da doença) da DPOC pode ser 
feito por meio do levantamento de sintomas ou de testes e exa-
mes específicos.
O estudo dos sintomas ou sintomatologia pode ser iden-
tificado pela anamnese específica e pela apresentação destes 
sintomas:
1) Presença de tosse (diária ou intermitente).
154 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS,ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 4 – DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS CRÔNICAS E ATIVIDADE FÍSICA
2) Dispneia (falta de ar) simultânea à tosse (associada à 
incapacidade e redução da qualidade de vida).
3) Presença de sintomas respiratórios crônicos em pa-
cientes fumantes.
4) Permanência em ambiente com fumaça ocupacional.
A forma mais precisa de identificação da doença é a rea-
lização de exames elaborados pelo médico pneumologista (es-
pecialista em doenças pulmonares). Entre esses procedimentos, 
destacam-se:
• Avaliação espirométrica: para avaliação de curvas res-
piratórias e mecânica pulmonar.
• Avaliação radiológica: para prevenção de patologias 
mais graves e identificação de como está o funciona-
mento pulmonar naquele momento (ANTÓNIO; GON-
ÇALVES; TAVARES, 2010).
As DPOCs causam diversas complicações e outras disfun-
ções, como: fadiga, diminuição de oxigênio nos tecidos (hipóxia), 
desequilíbrio de líquidos, desnutrição, obesidade, problemas or-
topédicos, ansiedade, depressão e até mesmo isolamento social 
(SBPT, 2004).
As DPOCs podem ser tratadas com diversos tipos de me-
dicamentos, de acordo com o momento da doença e crise. As-
sociam-se a esse tratamento a terapia nutricional e a atividade 
física, devido aos benefícios cardiorrespiratórios e neuromuscu-
lares que podem oferecer.
155© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 4 – DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS CRÔNICAS E ATIVIDADE FÍSICA
Benefícios de atividades físicas e exercícios para os portadores 
de DPOC
As atividades ou exercícios físicos associados ao trata-
mento clínico (médico) tem como objetivo reduzir os sintomas 
da doença, melhorar as atividades da vida diária e reduzir gas-
tos com medicamento, além de minimizar os efeitos colaterais 
destes.
As DPOCs promovem alterações fisiopatológicas, prejudi-
cando a qualidade de vida do indivíduo. Contribui com a dimi-
nuição da massa magra e o aumento da gordura corporal, de-
vido à ineficiência muscular, redução de enzimas oxidativas e, 
consequentemente, lentidão do metabolismo. Programas de 
condicionamento físico para a população acometida por essas 
doenças aumentam a massa magra mediante treinamento resis-
tido, aumentam a hipertrofia e as enzimas que contribuem para 
a aceleração do metabolismo (VAISBERG; MELLO, 2010).
Limitações da DPOC na atividade física
Diversas são as limitações do "pneumopata" durante a prá-
tica de atividades físicas. Entre elas, podemos destacar:
1) Aumento da limitação ventilatória, diminuindo o fluxo 
de ar, e redução da força da musculatura ventilatória 
(abdômen e cintura paravertebral).
2) Aumento excessivo da respiração pulmonar dinâmica.
3) Anormalidades metabólicas e trocas gasosas, menor 
entrada de oxigênio e maior acúmulo de CO2.
4) Dispneia ou fadigabilidade em baixas intensidades de 
exercício.
5) Intolerância ao exercício.
156 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 4 – DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS CRÔNICAS E ATIVIDADE FÍSICA
6) Fraqueza e disfunção muscular (principalmente em 
membros inferiores).
7) Diminuição da massa muscular.
8) Diminuição da concentração de enzimas oxidativas.
9) Diminuição do metabolismo de fosfocreatina e au-
mento da lactacidose (acúmulo de ácido lático) preco-
ce nos pacientes com DPOC.
Atividades e exercícios físicos para o tratamento de DPOC
Os programas multidisciplinares de reabilitação pulmonar 
consistem em uma importante estratégia de tratamento para as 
DPOCs, para melhora da capacidade funcional, das atividades da 
vida diária e do estado emocional. São indicados a pneumopa-
tas de diversos estágios, mas principalmente para indivíduos que 
apresentam redução da capacidade de executar exercícios. Ob-
serve o esquema a seguir:
157© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 4 – DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS CRÔNICAS E ATIVIDADE FÍSICA
Capacidade 
funcional
Programas 
de 
Reabilitação
AFD
Estado 
Emocional
Diminuição 
dos 
Sintomas
Figura 3 Benefícios gerais dos programas de reabilitação cardiopulmonar.
Ao iniciar esses programas, o paciente deve ser submetido 
a ajuste dos medicamentos e precisa realizar teste cardiopulmo-
nar. Além disso, é fundamental que se faça uma avaliação física 
completa para determinar os fatores que limitam a prescrição de 
exercícios físicos (VAISBERG; MELLO, 2010).
Na avaliação física, são sugeridos:
• Teste cardiovascular: teste incremental em esteira ro-
lante ou bicicleta.
• Teste de 1 RM (repetição máxima) com pesos.
• Teste de flexibilidade (sentar e alcançar) (RISO; GREVE; 
POLITO, 2013).
158 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 4 – DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS CRÔNICAS E ATIVIDADE FÍSICA
As recomendações para elaboração de programas direcio-
nados a pacientes com DPOC são:
1) O planejamento semanal deve ter duração de 7 se-
manas, com frequência de 2 a 3 vezes por semana, e 
conter sessões de 20 a 45 minutos, com aumentos pro-
gressivos e supervisão do PEF e mais um dia de prática 
livre.
2) Exercícios aeróbios, de intensidade leve a modera-
da (de 50 a 60% do VO2 máx. ou 55% da frequência 
cardíaca máxima), parecem minimizar os sintomas e 
promover adaptações ou benefícios consideráveis; en-
tretanto, o mais importante é a adesão ao programa. 
Sugere-se também aparelhos como esteira ou cicloer-
gômetro (combinação de vários aparelhos cardiovas-
culares), usando a escala de Borg como indicador de 
intensidade.
3) Exercícios resistidos e com pesos livres são indicados, 
contendo de 2 a 4 séries entre 6 e 12 repetições, e in-
tensidade de 50 a 85% de 1RM.
4) Na formulação das sessões, devem ser incluídos exer-
cícios de flexibilidade e de estabilidade postural para 
melhora da musculatura envolvida na mecânica da 
respiração e melhora das cavidades articulares (VAIS-
BERG; MELLO, 2010).
5) Atividades aquáticas são amplamente recomendadas, 
como a hidroginástica e natação, com sessões de 2 
vezes por semana e duração de 45 minutos, podendo 
trazer grandes benefícios. Observe o quadro a seguir:
159© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 4 – DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS CRÔNICAS E ATIVIDADE FÍSICA
Quadro 1 Recomendação acerca de programas de reabilitação 
para pneumopatas.
Recomendação acerca de Programas de Reabilitação para Pneumopatas
Modalidade Frequência/Dias Duração Intensidade
Aeróbio 2 a 3 30 a 60 minutos
50 a 60% do Vo2 
máx. ou 55% da 
frequência cardíaca 
máxima
Treinamento 
Resistido
2 a 3 - 50 a 85% de 1 RM
Atividades 
Aquáticas
2 45 minutos -
Fica evidente que atividade física e exercício são métodos 
e terapias eficazes para o tratamento de pneumopatias como 
as DPOCs, podendo ser aplicados em crianças, jovens, adultos e 
idosos de ambos os sexos. Entretanto, seria interessante o acom-
panhamento multidisciplinar para o sucesso do tratamento.
No tópico 3. 1, indicamos duas leituras importante para 
seu aprendizado sobre as DPOCs.
Vídeo complementar –––––––––––––––––––––––––––––––
Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar 4.
•	 Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique na aba Videoaula, 
localizado na barra superior. Em seguida, busque pelo nome da disciplina 
para abrir a lista de vídeos.
•	 Caso você adquira o material, por meio da loja virtual, receberá também um 
CD contendo os vídeos complementares, os quais fazem parte integrante 
do material. 
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
160 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 4 – DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS CRÔNICAS E ATIVIDADE FÍSICA
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR 
O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição 
necessária e indispensável para você compreender integralmen-
te os conteúdos apresentados nesta unidade.
3.2. CARACTERÍSTICAS E CONSEQUÊNCIAS DA DOENÇA PUL�
MONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)
A doença pulmonar obstrutiva crônica pode ser prevenida 
e tratada. Existe um componente pulmonar com efeitos sistêmi-
cos significativos que contribuempara a gravidade das manifes-
tações clínicas. A DPOC provoca um conjunto de alterações, in-
cluindo as que levam a uma limitação da tolerância ao exercício 
e que conduzem a uma deterioração progressiva da qualidade de 
vida do doente.
A reabilitação respiratória (RR) constitui uma parte funda-
mental do tratamento. Os benefícios de RR independem de sexo, 
idade e gravidade da doença. Ao final do programa, o doente 
deverá ter adquirido um estilo de vida o mais autônomo e sau-
dável possível. No artigo indicado a seguir, as autoras fazem uma 
revisão sobre os benefícios do exercício físico na reabilitação do 
doente com DPOC e sobre as modalidades de treino utilizadas 
no programa de reabilitação respiratória estabelecido para cada 
doente.
• ANTÓNIO, C.; GONÇALVES, A. P.; TAVARES, A. Doença 
pulmonar obstrutiva crónica e exercício físico. Revista 
Portuguesa de Pneumologia, Lisboa, v. 16, n. 4, p. 649-
658, jul./ago. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.
mec.pt/pdf/pne/v16n4/v16n4a11.pdf>. Acesso em: 14 
abr. 2016.
161© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 4 – DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS CRÔNICAS E ATIVIDADE FÍSICA
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica vem tendo um 
grande destaque no meio médico nos últimos anos, em vista da 
tomada de consciência da sua importância como fator de mor-
bidade e mortalidade. A divulgação diretamente aos médicos 
de conceitos de saúde requer um esforço tremendo em vista da 
extensão do país, tanto por conta do desgaste daqueles que se 
deslocam para as mais diversas regiões da nação, quanto pelos 
custos que esse esforço acarreta.
Há muitos anos a Sociedade Brasileira de Pneumologia e 
Tisiologia tem procurado equacionar esta dificuldade, editando 
uma revista de doenças torácicas. O Jornal de Pneumologia, que 
recentemente recebeu o nome de Jornal Brasileiro de Pneumo-
logia, vem publicando os resultados de pesquisas locais e artigos 
de revisão sobre assuntos específicos. Entretanto, alguns temas, 
como é o caso da DPOC, pela sua extensão e pela abrangência 
que requer, necessitam de uma publicação mais específica.
Uma definição de diretriz muito utilizada foi publicada há 
alguns anos e diz que: "Diretrizes para uso clínico são documen-
tos desenvolvidos de modo sistemático, para auxiliar o médico 
e as decisões relacionadas ao paciente no que concerne ao cui-
dado médico apropriado para uma circunstância clínica" (SBPT, 
2004, s.p.). Contudo, a leitura e o aprofundamento dessas dire-
trizes traria para o PEF noções clínicas e abordagem multidisci-
plinar no tratamento das DPOCs. Por isso, indicamos a leitura do 
documento a seguir:
• SBPT – SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TI-
SIOLOGIA. II Consenso Brasileiro sobre Doença Pulmo-
nar Obstrutiva Crônica – DPOC – 2004. Jornal Brasileiro 
de Pneumologia, Brasília, v. 30, supl. 5, nov. 2004. Dispo-
nível em: <http://www.jornaldepneumologia.com.br/
162 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 4 – DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS CRÔNICAS E ATIVIDADE FÍSICA
PDF/Suple_124_40_DPOC_COMPLETO_FINALimpresso.
pdf>. Acesso em: 14 abr. 2016.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para 
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em 
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú-
dos estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Qual é a fisiopatologia das principais DPOCs?
2) Quais são as limitações do paciente portador de pneumopatia durante o 
exercício físico?
3) Elabore uma planilha semanal de exercícios físicos para reabilitação pul-
monar de um paciente com 40 anos, sedentário, tabagista e vítima de 
asma. Essa planilha deverá conter: modalidade, frequência, duração, in-
tensidade e seleção de exercícios, pausas e intervalos entre séries.
5. CONSIDERAÇÕES
Na Unidade 4, estudamos as principais doenças respirató-
rias crônicas que obstruem a passagem do ar nas vias respirató-
rias, causando diversos problemas e até mesmo a morte.
O diagnóstico das doenças respiratórias deve ser realizado 
sempre por um médico especialista, e o acompanhamento abar-
ca diversos profissionais de saúde. O tratamento inclui terapias 
medicamentosas, nutricional e atividades físicas.
Há diversas modalidade de atividades físicas; entretanto, o 
treinamento aeróbio e aquático ganha destaque pela eficiência 
e eficácia no tratamento.
163© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 4 – DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS CRÔNICAS E ATIVIDADE FÍSICA
Ressalta-se que as atividades físicas não substituem os me-
dicamentos no tratamento das doenças respiratórias. Elas auxi-
liam, porém, na diminuição do consumo destes e melhoram a 
qualidade de vida do paciente.
Os programas de reabilitação pulmonar seguem uma 
série de recomendações e diretrizes para o alcance dos resul-
tados desejáveis. Você deve compreender que as informações 
aqui apresentadas são referenciais para a construção de novos 
conhecimentos e suas compreensões devem ser amplia das na 
direção dos objetivos. Existem inúmeros outros elementos que 
não constam nessa unidade e podem ser utilizados. Cabe ago ra 
a você se aprofundar o melhor que puder e construir seu pró prio 
conhecimento.
6. E-REFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 2 Diferenciação de brônquios normais e com bronquite. Adaptada da imagem 
disponível em: <http://image.slidesharecdn.com/bronquitisaguda-090730225144-
phpapp01/95/bronquitis-aguda-24-728.jpg?cb=1348869829>. Acesso em: 14 abr. 
2016.
Sites pesquisados
ANTÓNIO, C.; GONÇALVES, A. P.; TAVARES, A. Doença pulmonar obstrutiva crónica e 
exercício físico. Revista Portuguesa de Pneumologia, Lisboa, v. 16, n. 4, p. 649-658, 
jul./ago. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/pdf/pne/v16n4/v16n4a11.
pdf>. Acesso em: 14 abr. 2016.
SBPT – SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. II Consenso 
Brasileiro sobre Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC – 2004. Jornal Brasileiro 
de Pneumologia, Brasília, v. 30, supl. 5, nov. 2004. Disponível em: <http://www.
jornaldepneumologia.com.br/PDF/Suple_124_40_DPOC_COMPLETO_FINALimpresso.
pdf>. Acesso em: 14 abr. 2016.
164 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 4 – DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS CRÔNICAS E ATIVIDADE FÍSICA
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LEMURA, L. M.; DUVILLARD, S. P. Fisiologia do exercício clínico: aplicação e princípios 
fisiológicos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
RISO, V.; GREVE, J. M. D’A.; POLITO, M. D. Pollock: Fisiologia clínica do exercício. 
Barueri: Manole, 2013.
VAISBERG, M.; MELLO, M. T. Exercícios na saúde e na doença. Barueri: Manole, 2010.

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