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Disfunções Digestórias Esofagite, Gastrite e Úlcera Péptica Saúde do Adulto Pro.ª Enf.ª Gleicy Moura 01 Conceituar a esofagite, gastrite e úlceras pépticas. 02 Revisar a anatomia do sistema digestivo. 03 Conhecer a assistência de Enfermagem ao cliente/paciente com esofagite, gastrite e úlceras pépticas. 04 Saber causa e fatores de risco das doenças. Objetivos da Aula Sistema Gastrointestinal 01 • Trato Gastrointestinal principal – boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, instetino grosso, ânus; • Órgãos digestórios acessórios – dentes, língua, glândulas salivares, fígado, vesícula biliar e pâncreas. Anatomia Anatomia • Boca Início do processo de digestão; Composto por: língua, dentes e glândulas salivares. • Língua Exerce a função de misturar a saliva e o alimento; Também a função de sensação (gosto) do alimento consumido. • Dentes Desempenha a função físico-mecânica no processo de digestão, com a mastigação e trituração dos alimentos em partículas menores, facilitando a ação das diversas enzimas presentes no sistema gastrointestinal. • Saliva As enzimas presentes iniciam o processo de decomposição química dos alimentos. Anatomia • Faringe Órgão que faz conexão entre a boca e o esôfago; Canal comum entre os sistemas digestivo e respiratório; Divide-se em 3 regiões distintas: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. Anatomia • Esôfago Órgão em formato tubular que conecta a boca ao estômago; Utiliza movimentos peristálticos (contrações involuntárias dos músculos em forma de ondas) de sentido unidirecional, movendo o bolo alimentar da boca para o estômago. Anatomia • Estômago Órgão semelhante a um saco; Secreta sucos gástricos digestivos (ácido clorídrico – HCI) e enzimas; PH estomacal permanece entre 1,5 e 2,5 devido ao ácido secretado; Local inicial para digestão das proteínas – enzima Pepsina; A contração e relaxamento dos músculos estomacais misturam o bolo alimentar com o suco gástrico – Quimo; Válvula cárdia – porta de entrada, entre esôfago e estômago; Válvula pilórica – porta de saída, entre estômago e intestino delgado. Anatomia • Intestino Delgado Órgão em formato tubular, mede cerca de 3 m; Interiormente formado por vilosidades e microvilosidades – principal função aumentar a superfície de absorção de nutrientes sendo transportados pelos vasos sanguíneos até o fígado. Divide-se em 3 regiões: duodeno, jejuno e íleo; Sua ação digestiva é auxiliada pela atuação dos fluidos digestivos: bile (fígado), suco pancreático (pâncreas) e suco entérico (produzidas na porção do duodeno); Válvula pilórica – porta de entrada, entre estômago e intestino delgado; Válvula ileocecal – porta de saída, entre os intestinos delgado e grosso. Anatomia • Intestino Grosso Órgão responsável pelo processamento final do material não digerido pelo intestino delgado e pela reabsorção de água e sais minerais remanescentes; Mede cerca de 1,5m, possui diâmetro maior que o intestino delgado; Possui 3 regiões: ceco, cólon e reto; Ânus – abertura final e ponto de saída para todos os resíduos sólidos não absorvidos pelo organismo. As fezes são expelidas por movimentos peristálticos. Anatomia • Fígado Segundo maior órgão do corpo e a maior glândula, apresenta coloração marrom avermelhada e pesa em média 1,5 kg; Têm superfície lisa e quatro lobos: direito, esquerdo, caudado e quadrado (vesícula biliar); Principal função do fígado – formar e secretar bile (produz cerca de 500 a 1000 mL); Também responsável por desintoxicação, síntese de proteínas, armazenamento de nutrientes, metabolismo da bilirrubina; Regula a distribuição de nutrientes para o resto do corpo e remove substâncias tóxicas, incluindo drogas, álcool e alguns patógenos absorvidos pela digestão. Anatomia • Pâncreas Glândula de 15 cm, localizado atrás do estômago; Divide-se em 3 regiões: cabeça, corpo e cauda; Possui 2 tipos principais de células: exócrinas (produzem enzimas pancreáticas para digestão) e endócrinas (produzem os hormônios insulina e glucagon, que regulam os níveis de glicose). Anatomia Disfunções Gastrointestinais 02 Esofagite • Inflamação da mucosa do esôfago órgão muscular que desce pelo tórax, na frente da coluna vertebral, e transporta os alimentos da boca até o estômago; • Causas - estão associadas ao retorno ou permanência do conteúdo estomacal no esôfago, cuja mucosa não está preparada para receber substância tão irritante. Fatores de Risco Obesidade Tabagismo Etilismo Infecções Medicamentos Bulimia Gestações Cirurgia Ingestão de produtos químicos Sintomas • Pirose; • Dor intensa no tórax; • Regurgitação; • Mau hálito; • Dor de garganta; • Tosse; “São semelhantes aos do refluxo gastroesofágico, embora possam ser mais intensos.” Diagnóstico Tratamento Medicamentoso Mudança nos hábitos de vida Cirurgia Cuidados de Enfermagem • Orientar o paciente a não se deite logo após as refeições; • Distribuir as refeições em porções menores, em menor intervalo; • Evitar o consumo de cigarro, bebidas alcoólicas e gasosas, café, chá preto, chá-mate; • Reduzir consumo de alimentos muito condimentados e gordurosos, do molho de tomate, das frituras e das frutas ácidas; • Procurar manter o peso no nível ideal para sua altura e idade; • Praticar atividade física regularmente; Gastrite • É resultado de uma irritação e inflamação da mucosa que reveste as paredes internas do estômago. Pode ser de curta duração ou ainda evoluir para uma úlcera; • Divide-se em duas categorias, dependendo da sua gravidade: Erosiva Não erosiva • Os tipos específicos de gastrite podem ser causados por vários fatores, como infecções, o estresse decorrente de doença grave, lesões, alguns medicamentos e distúrbios do sistema imunológico. Gastrite Erosiva • Quadro mais grave; • Consiste na inflamação e corrosão do revestimento gástrico; • Normalmente, a gastrite erosiva se desenvolve subitamente (chamada gastrite erosiva aguda), mas também se pode desenvolver lentamente (chamada gastrite erosiva crônica). Gastrite Não Erosiva • É caracterizada por alterações no revestimento gástrico que variam de desgaste (atrofia) do revestimento gástrico até a transformação do tecido gástrico em outro tipo de tecido intestinal (metaplasia). Causas • Uso prolongado do ácido acetilsalicílico e de anti-inflamatórios; • Consumo de bebidas alcoólicas; • Gastrite autoimune: a doença ocorre quando o sistema imune produz anticorpos que agridem e destroem as células gástricas do próprio organismo; • Tabagismo; • Infecção pela bactéria Helicobacter pylori. Sintomas • Pirose; • Dor epigástrica; • Vômitos; • Náuseas; • Eructação; • Digestão difícil; • Anorexia. Diagnóstico • Pirose; • Dor epigástrica; • Vômitos; • Náuseas; • Eructação; • Digestão difícil; • Anorexia. Diagnóstico • Endoscopia Tratamento • Mudanças hábitos de vida • Medicamentoso Cuidados de Enfermagem • Orientações relacionados a; Ingestão de dieta branda e fracionada, com ausência de alimentos irritantes à mucosa gástrica; Desenvolver atividades físicas com a finalidade de reduzir o estresse; Evitar a ingestão de álcool, de café e o uso do tabaco. Úlceras Pépticas • É uma úlcera de forma redonda ou oval na qual o revestimento do estômago ou duodeno foi corroído pelo ácido gástrico e sucos digestivos; • Caracterizam-se por surtos de ativação e períodos de calmaria, com evolução crônica. Úlceras Pépticas Sintomas • Dor na região superior do abdômen ou no abdômen; • Azia ou indigestão; • Sensação de queimação dolorosa; • Náuseas e vômitos. Gástrica – a dor inicia-se no epigástrio, irradiando para rebordo costal. Aparece geralmente após alimentar-se. Duodenal – dor epigástrica que irradia para flanco direito. Acontece com estômago vazio. Diagnóstico • Endoscopia Tratamento • Objetiva reduzir a acidez gástrica até completa cicatrização das lesões e eliminação da bactéria H. pylori, se associada; •Antibióticos; • Medicamentosinibidores da produção de ácido; • Antiácidos; • Às vezes, cirurgia. Cuidados de Enfermagem • Orientações relacionados a: Fazer o mínimo de 4 refeições diárias, em intervalos regulares, mastigando bem os alimentos; Evitar frituras, condimentos (pimenta, alho, cebola), refrigerante, café, chá e bebida alcoólica e uso do tabaco; Modificar o estilo de vida, visando diminuição do estresse; Não fazer uso de comprimidos sem prescrição; Observar a presença de sangue nas fezes e nos vômitos. “Assim como você não embarcaria em uma viagem sem saber para onde está indo, você tem que saber o que quer realizar.” —Michelle Phan