Buscar

ANALISE FILMICA - BLONDE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Fernanda Correia Santos de Santana
João Pedro Costa Ribeiro Santana
Kamyla Biank Carvalho dos Santos
Mariana de Almeida Correia
Natanael Pires Guedes Santos
Sayane dos Santos Silva
Feira de Santana – Bahia
18/11/2022
Ficha técnica do filme:
Título: Blonde
Ano de produção: 2022
Ano de estreia: 2022
Roteiro: Andrew Dominik
Direção: Andrew Dominik
Produção: Brad Pitt, Scott Andrew Robertson, Dede Gardner, Jeremy Kleiner, Tracey Landon
Elenco principal: Ana de Armas, Julianne Nicholson, Bobby Cannavale
Fotografia: Chayse Irvin
Música: Nick Cave, Warren Ellis
Duração: 167 minutos
Sinopse: Cinebiografia de Marilyn Monroe, conta a sua história à partir dos sete anos, até sua morte, e o preço que a atriz pagou pela fama.
Avaliação da estrutura de personalidade a partir da psicanálise
O filme Blonde trata-se de uma adaptação do livro ficcional “Blonde” de Joyce Carol Oates, onde a autora explora a ficção com a realidade, trazendo uma ótica diferenciada de como foi a vida Marilyn Monroe. O diretor Andrew Dominik, tinha como intuito mostrar a intensidade e a dualidade entre Norma Jean e Marilyn Monroe, enfatizando bastante os momentos ruins que o grande ícone do cinema sofreu durante a sua carreira. O filme retrata a vida de Norma Jean (Marilyn) como uma mulher frágil que nunca fez as pazes com a infância, perseguida pelos fantasmas do abandono paterno e da doença mental materna.
Marilyn teve algumas de suas fases do desenvolvimento psicossexual pouco maturadas, na obra cinematográfica Blonde, se destaca a fase fálica, qual se desenvolve o complexo de Édipo. Nesta fase, o indivíduo precisa de uma figura paterna que represente a lei, e uma figura materna que represente o afeto, no entanto a atriz não teve tais figuras presentes em sua construção de personalidade. Outrossim essa fase concerne na libido, gratificação e zona erógena voltada aos genitais. Após a sua vida adulta, foi notório que a atriz, não tendo tais figuras de representações bem formados, acabava por transferir sua falta de afeto para os seus relacionamentos com homens bem mais velhos e usava sempre o adjetivo "paizinho", se submetendo a diversas situações depreciativas e relacionamentos abusivos para não ficar só. Esses relacionamentos são bem retratados quando Norma aparece sendo estuprada para conseguir um papel na Fox e assumindo um triângulo amoroso com o filho de Charlie Chaplin e Edward G. Robinson Jr. A partir daí é possível observar a intensa carência que Marilyn tem do afeto paterno e o início de uma dualidade que convive com ela até a morte. Norma não se identifica com Marylin, e o filme retrata isso como se fosse duas personalidades diferentes, onde uma agia acima da vontade da outra.
Outrossim, buscava acolhimento não só nos relacionamentos, mas também no abuso de substâncias alcoólicas e medicamentos, tipo de comportamento pode ter se dado pela incorporação do comportamento da mãe, pois esta tinha uma relação conturbada com o abuso de substâncias, ao mesmo tempo que, durante a sua trajetória com a sua mãe foi possível ver que, não passou os valores costumes e comportamentos saudáveis para uma formação ideal do superego, sendo assim Marilyn teve sua estrutura psíquica fragilizada, principalmente o ego.
Durante as suas cenas, foi possível ver a grande associada que ela tinha do eu real, falar em terceira pessoa e separar Jane de Marilyn, e após esse ritual que ela fazia de separação das duas pessoas, entrava em surto, o que era preciso que fosse medicada bruscamente.
Diante do que foi exposto, tende-se a acreditar que a mesma sofria de Transtorno Borderline, levando em conta as características de impulsividade, medo de ficar sozinha, comportamento considerado anormal para a época, como: posar nua, se divorciar, possíveis traições, cena do duto de vento, alteração de humor esporádica, ações para chamar atenção e comportamentos autodestrutivos.
Um cenário muito forte para o desenvolvimento de um Transtorno Borderline, é um ambiente infantil estressor, com abusos, abandonos traumáticos. Infelizmente, a artista teve todas essas características em seu contexto infantil, com diversos gatilhos, a exemplo da mãe tentando afoga-la (cena de referência para a avó que tentou sufocar com um ano de idade), além da carga genética, a qual a avó e mãe tinha diagnósticos de esquizofrenia paranoide.
Ademais, a mesma sofria de endometriose, no filme foi retratado diversos abortos espontâneos que ela teve e como isso impactou na sua vida, e agravou o seu transtorno.

Outros materiais