Buscar

Diarreia viral bovina

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Página 1 de 3 
 
DOENÇAS INFECCIOSAS 
23/11//22 
Diarreia viral bovina
Importância econômica: aborto, natimortos, defeitos congênitos, mortalidade neonatal, retardo no crescimento... 
Incidência desses problemas é maior 2-3 anos após a introdução da doença no rebanho 
Uma das formas da manifestação da DVB: doença das mucosas. Forma de apresentação mais dramática, paciente irá morrer e 
rápido 
Doença das mucosas: incidência de 5-10% 
 
Agente etiológico: 
Flavivírus e Pestivírus 
Vírus RNA envelopado 
Variação antigênica muito grande entre os vírus causadores da DVB 
Citopático: capacidade que tem de causar lesão na célula 
Biotipo não citopático: mais prevalente, tem capacidade de atravessar barreira transplacentária, pode causar infecção persistente, 
dando origem a um animal PI (persistentemente infectado), responsável por causar inúmeras formas de doenças nos animais. 
Biotipo citopático: responsável pela doença das mucosas 
 
Epidemiologia - pode desenvolver: 
• Infecção benigna, subclínica 
• Diarreia superaguda 
• Trombocitopenia e doença hemorrágica 
• Problemas reprodutivos 
• Alterações congênitas 
 
Animal PI: 
Biotipo não citopático: fêmea prenha precisa ser infectada quando estiver no período gestacional de 45-125d , durante esse perí-
odo o sistema imunológico do feto detecta o que é self e non-self. Vírus será reconhecido como self e o animal nascerá bem, ele 
será PI e infectará todos os tecidos, eliminando vírus para o ambiente para o resto de sua vida. Nunca produzirá anticorpos contra 
esse vírus. 
Só tem doenças das mucosas o animal PI. Biotipo citopático causa doença das mucosas. 
Vírus citopático provoca infecção ativa e vai ser punk. Animal PI não tem condição de montar resposta imune. Aqui ele produzirá 
anticorpos contra. 
Para ter doença das mucosas precisa ser um vírus citopático homólogo ao não citopático que o infectou quando feto. → Baixa 
incidência 
• Ocorrência mundial 
• Alta taxa de animais soropositivos (60-80%). Existe vacinação, porém a maioria das infecções de DVB são subclínicas. 
• Rebanhos com 1 ou + animais PI → soropositividade 87% 
• Rebanhos sem animais PI → soropositividade 43% 
Doença das mucosas possui o lado positivo de eliminar o PI, diagnosticar o PI é muito difícil. 
• Diarreia tem alta frequência 
• Mortalidade 20% 
• Morbidade 40% 
Doença das mucosas: 
Animal de 6-24 meses, período que entra em contato com o vírus citopático homólogo 
Incidência de 5% 
Surtos: incidência de 25% 
 
Transmissão: 
Fonte de infecção: PI (animal semi-imunocompetentes montem resposta imunológica, transmissão não possui muita importância) 
Eliminação por todas as excreções e secreções 
• Contato direto/transplacentária: animal PI introduzido no rebanho, cruzamento 
Animal PI introduzido no rebanho: se tiver muitas fêmeas prenhas teremos muitos problemas reprodutivos nesse rebanho, e serão 
muito maiores se essas fêmeas estiverem no primeiro trimestre da gestação 
• Contato indireto: moscas, fômites (uso de luvas e agulhas) 
Página 2 de 3 
 
Fatores de risco: 
Animal: 
• Idade (animais jovens) 
• Vacinação 
• PI (doença das mucosas) 
Taxa de sobrevivência fetal é relativamente alta (70%) 
Ambiente: 
• Introdução de animal PI 
• Falhas vacinais 
Ligados ao patógeno: 
• Diversidade antigênica 
• Diversidade genotípica: genótipo 1 e genótipo 2 (muito mais virulentos) 
• Diversidade biotípica 
Patogenia: 
Bovinos não prenhez: 
Doença subclínica: 
• Grande porcentagem de animais soropositivos 
• Baixa mortalidade 
• Alta morbidade 
• Sinais: febre, inapetência, leucopenia, diarreia moderada 
Podem apresentar diarreia super aguda: 
• Quando infectados pelo genótipo 2 (mais virulento) 
• Morbidade 40% 
• Mortalidade 25% 
• Problemas gastroentéricos, respiratórios 
• Trombocitopenia, síndrome hemorrágica 
• Diarreia sanguinolenta, hemorragias petéquias (esclera ocular) 
Diarreia dos bezerros neonatais: 
• Animais neonatais PI frequentemente apresentam diarreia (incerto) 
 
Imunossupressão: linfopenia/neutropenia 
Existe evidencias que o vírus pode desenvolver doenças de etiologia múltipla, como diarreia (enterite) e pneumonia → desenvolvem 
com maior facilidade 
Existe aumento na incidência de pneumonia (viral e bacteriana) nesses animais, até por volta de 2-3 anos 
 
Bovinos prenhez: 
Infecção durante o ciclo estral: 
• Reduz taxa de concepção. Tropismo pelos ovários causando uma ooforite, causa uma ovulação tardia ou falha na ovulação 
• Alterações anatômicas dos ovários 
Macho infectado: ou é PI ou está transitoriamente infectado 
O sêmen de um touro infectado não necessariamente carrega o vírus 
 
Infecção durante o período embriônico – 0-45 dias de gestação: 
• Mortalidade embrionária 
• Fêmea com febre intensa, viremia (facilita transmissão placentária, infecta feto e provoca morte) 
• Mumificação fetal, abortos, nascimentos prematuros, natimortos, defeitos congênitos, nascimento de bezerros fracos 
 
Doença das mucosas: lesão (‘arranhadura de gato’) corresponde a pequenas vesículas que acometem as células epiteliais e que 
rapidamente sofrem ulceração. As erosões ocorrem por todo trato digestório 
 
Infecção durante o período fetal – 125-175 dias de gestação: 
• Final da organogênese e formação do sistema nervoso do feto 
• Alterações congênitas: principalmente hipoplasia cerebelar (sinal: ataxia) 
Infecção durante o período fetal – +180 dias de gestação: 
Nasce soro positivo para DVB, vírus não causa alterações importantes 
 
 
 
Página 3 de 3 
 
Diagnóstico: 
• Isolamento viral: 
Transitório → + e depois – 
PI → + e depois + 
Doença das mucosas → + 
• Detecção do antígeno viral 
• Imunofluorescência (rápido e sensível) 
• PCR (sensível) 
• Sorologia: pesquisa por anticorpo (quando positivo um dia teve contato) 
Sorologia pareada 
A sorologia só é viável nas infecções agudas em intervalo de 20-30 dias. Nas infecções agudas as titulações aumentam até 4x 
mais. 
2 técnicas: ELISA e soro-neutralização 
 
Controle e prevenção: 
1. Procurar pelos animais PI 
2. Prevenir novas infecções 
3. Imunização 
 
1. Testes no rebanho (amostragem), se achar PI fazer descarte e procurar a família. 
2. Todo animal introduzido deve passar por quarentena e 2 exames. 
3. Primo vacinação: 2 doses intervalo de 20-30 dias por volta dos 5 meses, com reforço anual. 
Vacinação das fêmeas antes da cobertura: 2-3 semanas antes

Continue navegando