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Administração Tributária (3)

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FACULDADE CASTELO BRANCO
Direito
Brieny Birchler Seidler 
Henrique Quintaneiro Miller
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
COLATINA/ES
2022
1. Administração Tributária 
	A administração tributária seu conceito consiste nos atos de fiscalizar os contribuintes e de inscrever em dívida ativa os devedores, com a finalidade de tornar possível a execução fiscal do valor. A partir do art. 194 do Código Tributário Nacional é onde em seu “Título IV” se fala em Administração Tributária, contando as regras formais acerca dos órgãos e agentes públicos responsáveis. 
 1.1 Fiscalização 
	Em primeiro lugar, estipula-se a disciplina da Fiscalização, atividade do Estado que tem por objetivo estimular o cumprimento espontâneo das obrigações fiscais, identificando e definindo os não cumpridores. Fiscalização é um poder-dever pautado pela isonomia, que, em matéria fiscal, está ligada à ideia de tributar cada um de acordo com sua capacidade contributiva. 
	Os poderes das autoridades fiscais, não devem ser um fim em si, mas uma forma de atingir uma finalidade maior. Quando se fala na competência das autoridades, é conferido ao legislador o eficiente desempenho das atividades de fiscalização e arrecadação, estendendo as peculiaridades de cada tributo. A legislação relativa à fiscalização aplica às pessoas naturais ou jurídicas conforme art. 194, § único do CTN.
1.2 Dívida ativa
	
	Ricardo Alexandre (Ed. 2021) diz que a expressão “dívida ativa” parece contraditória, pois no linguajar contábil, chama-se ativos os aspectos positivos do patrimônio (bens e direitos) e de passivos os aspectos negativos (obrigações). 
	Ao olhar pelo lado da Fazenda Pública, a dívida do sujeito passivo é um ativo, podendo ser objeto de execução judicial. O principal objetivo da dívida ativa é extrair o título executivo que irá instrumentalizar a ação de execução fiscal, que o Estado pode ajuizar em satisfação do seu direito. São inscritos em dívida ativa os créditos tributáveis e os não tributáveis, mas só poderá ser executado se for inscrito em dívida ativa. 
	O conceito legal de dívida ativa tributária se encontra no artigo 201 do CTN:
Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.
Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito.
	A inscrição é realizada por meio da lavratura de um termo no livro da dívida ativa, hoje eletrônico. Seus requisitos do termo estão descritos no art. 202 do CTN, que diz:
Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente:
 I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros;
 II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
 III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado;
 IV - a data em que foi inscrita;
V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.
Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição.
	
	Para a formalização da inscrição é necessários alguns requisitos, conforme art. 1ª, paragrafo 5º da Lei de Execução Fiscal:
§ 5ª “O Termo de Inscrição de Dívida Ativa deverá conter: I – o nome do devedor, dos corresponsáveis e, sempre que conhecido, o domicílio ou residência de um e de outros;”
II – o valor originário da dívida, bem como o termo inicial e a forma de calcular os juros de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato; 
III – a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida; 
IV – a indicação, se for o caso, de estar a dívida sujeita à atualização monetária, bem como o respectivo fundamento legal e o termo inicial para cálculo; 
V – a data e o número da inscrição, no Regime de Dívida Ativa; e
VI – o número do processo administrativo ou do auto de infração, se neles estiver apurado o valor da dívida. 
	
1.3 O nome do devedor 
1.4 O Montante Exequível 
1.5 A Origem e o fundamento Legal 
1.6 A data da inscrição 
1.7 A menção ao processo administrativo 
1.8 A indicação do livro e da folha da inscrição 
 1.9 Certidão Negativa

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