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Sífilis congênita

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Vict�ria K. L. Card�so
Sífilis c�ngênita
Introdução
Sífilis congênita:
● Transmissão:
○ Através da placenta → via
hematogênica.
■ A transmissão pode
ocorrer durante toda a
gestação.
○ Durante o parto normal → caso
haja lesões vaginais.
○ Durante o aleitamento materno →
se as mamas estiverem
lesionadas.
● Filhos de mães não tratadas na
gestação ou inadequadamente tratadas,
Independente de exames clínicos e
laboratoriais.
● Alterações no exame físico, líquor,
radiografia compatíveis e VDRL
reagente em qualquer titulação,
independente de tratamento materno.
● VDRL em sangue periférico reagente em
2 ou mais titulações acima do VDRL
materno.
● Neurossífilis congênita:
○ VDRL em sangue periférico
reagente em qualquer titulação +
LCR com VDRL reagente OU com
celularidade > 25 e
proteinorraquia > 150.
Obs: é de praxe ao nascimento a solicitação de
tipagem sanguínea, fator Rh e VDRL.
Quadro clínico
Características gerais:
● 60% dos RN com sífilis congênita são
assintomáticos.
● As manifestações podem aparecer com
3 a 8 semanas.
● Com 3 meses os sintomas jã são
apresentáveis.
● Sífilis congênita precoce: apresentação
antes dos 2 anos de vida.
● Sífilis congênita tardia: apresentação
após os 2 anos de idade.
Manifestações precoces:
● Prematuridade.
● Baixo peso ao nascer.
● Hepatoesplenomegalia.
● Lesões ósseas → periostite, metafisite e
osteocondrite.
○ Diferenciar da síndrome da
criança espancada.
@p�sitivamed
Vict�ria K. L. Card�so
● Rinite sifilítica serosanguinolenta.
● Icterícia sifilítica.
● Anemia hemolítica.
● Trombocitopenia.
● Adenopatia.
● Petéquias difusas.
● Síndrome nefrótica ou nefrítica.
● Meningoencefalite.
● Lesões oculares → coriorretinite,
glaucoma e catarata.
● Fissura peribucal.
● Pneumonite.
● Linfadenopatia.
Características chaves - patognomônicas:
● Lesões cutâneas palmoplantares.
● Pseudoparalisia de Parrot → periostite,
osteíte e osteocondrite.
○ Periostite com dor à
movimentação ativa ou passiva
dos membros, principalmente
superiores, havendo irritabilidade
e imobilidade.
Manifestações tardias:
● Tíbia em lâmina de sabre.
● Articulações de Clutton → hidroartrose
indolor e simétrica nos joelhos.
● Fronte olímpica e nariz em sela.
● Tríade de Hutchinson → ceratite
intersticial (opacidade e inflamação
corneana), surdez do VIII par craniano,
e dentes de Hutchinson.
● Arco palatino elevado.
● Sinal de Higoumenaki → alargamento
esternoclavicular (clavícula mais
retificada).
● Úlcera gomosa.
● Surdez.
● Retardo do DNPM.
Diagnóstico e exames
complementares
Diagnóstico:
● Para quais RN fazer a triagem
diagnóstica: neonatos filhos de mães
com sífilis gestacional, gestantes sem
pré-natal ou com sinais e sintomas
compatíveis com a infecção congênita.
● Principal exame: teste não treponêmico
→ VDRL.
○ Realizar logo ao nascer e a coleta
deve ser de sangue periférico.
○ Não se utiliza testes
treponêmicos.
Exames - PAC (pacote completo):
@p�sitivamed
Vict�ria K. L. Card�so
● VDRL (teste não treponêmico) em
sangue periférico.
○ Se usa o sangue periférico e não
o do cordão para não haver
contaminação do resultado com o
sangue materno.
● Radiografia de ossos longos → membros
superiores e inferiores.
● Hemograma.
● LCR.
Obs: o PAC é comumente pedido para RN de
mães portadoras de sífilis que não foram
medicadas ou se houve inadequação do
tratamento.
Exames complementares:
● Coleta de LCR.
○ Na impossibilidade de coletar
LCR = considerar como
neurossífilis.
● Radiografia de ossos longos.
Condutas e tratamento
Perguntas para verificar se a mãe foi
tratada adequadamente:
1. O tratamento foi realizado com
penicilina benzatina? E esse tratamento
foi compatível com o estágio clínico da
sífilis?
2. O início do tratamento foi até 30 dias
antes do parto?
3. Houve queda da titulação em pelo
menos 2 titulações?
● Se qualquer um dos itens anterior não
for adequado → CONSIDERAR QUE A
MÃE FOI INADEQUADAMENTE
TRATADA.
Conduta se mãe INADEQUADAMENTE
tratada:
1. Primeiro passo no RN → realizar o
VDRL em sangue periférico, exame
físico, hemograma, Rx de ossos longos e
coleta de líquor.
2. Se exames alterados ou VDRL
reagente: TRATAMENTO por 10 dias.
a. Se não houver alteração
liquórica: tratar com
benzilpenicilina cristalina ou
procaína.
b. Se houver alteração liquórica:
tratar com benzilpenicilina
cristalina.
3. Se exames não alterados ou VDRL não
reagente: TRATAR AINDA ASSIM, pois a
mãe foi INADEQUADAMENTE tratada.
a. Usar benzilpenicilina benzatina.
Obs: a preferência é sempre para o tratamento
com benzilpenicilina cristalina.
Conduta se mãe ADEQUADAMENTE tratada:
1. Realizar VDRL na mãe e no bebê.
2. Se VDRL do RN maior que o materno
em 2 ou mais titulações: diagnóstico de
sífilis congênita → investigar e TRATAR.
@p�sitivamed
Vict�ria K. L. Card�so
3. Se VDRL do RN menor que o materno
ou maior em apenas 1 titulação:
a. Se exame físico alterado =
diagnóstico de sífilis congênita →
investigar e TRATAR.
b. Se exame físico normal =
seguimento (acompanhar).
4. Se VDRL negativo + exame físico
normal: seguimento (acompanhar).
5. Se VDRL negativo + exame físico
alterado: investigar TORCHS.
Tratamento:
● Penicilina benzatina 50.000 UI por kg,
IM, em dose única.
● Penicilina benzatina 50.000 UI por kg,
EV, a cada 12h nos primeiros 7 dias de
vida e a cada 8h após essa idade, por
10-14 dias.
● Penicilina procaína 50.000 UI por kg, IM,
dose única diária, por 10 dias.
Obs: na falta de penicilina, tratar com
ceftriaxona, mas não há comprovação de
eficácia.
Obs: se a terapia for interrompida por mais de
24h, reiniciar o tratamento.
● Na falta de penicilina cristalina e
procaína ou RN sem massa muscular
para receber medicação IM:
administrar ceftriaxona, EV.
○ Se neurossífilis provável ou
confirmada: ceftriaxona em dose
de ataque com 100 mg/kg,
seguido de 80mg/kg a cada 24
horas, EV, por 10 a 14 dias.
○ Sem neurossífilis (afastado
comprometimento do SNC):
ceftriaxona 50 mg/kg a cada 24
horas, EV, durante 10 a 14 dias.
○ Obs: a ceftriaxona é
contraindicada em RN com
hiperbilirrubinemia.
Seguimento:
● Consultas mensais até os 6 meses de
vida e bimensais até 1 ano de idade.
● Coleta de VDRL (teste não treponêmico)
em 1, 3, 6, 12 e 18 meses de idade.
○ Interromper o seguimento se a
criança tiver 2 exames negativos
consecutivos.
● Caso haja elevação dos títulos ou a não
negativação até os 18 meses de vida,
reinvestigar e tratar com penicilina
cristalina.
Caso a criança tenha apresentado sífilis
congênita confirmada, deverá também
realizar:
● Avaliação especializada oftalmológica,
neurológica e audiológica
semestralmente por 2 anos.
● Em caso de neurossífilis, realizar coleta
de líquor a cada 6 meses, até a
normalização.
● Coletar teste treponêmico FTA-Abs após
os 18 meses → devem vir não reagentes.
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Vict�ria K. L. Card�so
@p�sitivamed

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