GABARITO av1

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FACULDADE ESTÁCIO DE FLORIANÓPOLIS 
PROCESSO PENAL – PARTE GERAL 
Prof. Marlom Formigheri 
Av1 – 04/10/2022 
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Aluno: GABARITO 
 
Nota: 
XXXXXX 
INSTRUÇÕES PARA A AVALIAÇÃO: 
a) Leia atentamente todas as questões antes de iniciar, a interpretação das questões faz parte da 
avaliação; 
b) Para as respostas, utilize caneta azul ou preta; 
c) O tempo mínimo para a realização da prova será de 30 minutos, não será autorizada a entrada de 
alunos, na sala de aula, após a saída do primeiro aluno(a). 
d) Esta avaliação valerá 7 pontos, conforme plano de ensino. 
e) A avaliação é individual; 
f) Não é permitida a consulta a nenhum material, salvo o vade mecum ou legislação impressa, não 
podendo conter nenhum comentário. 
 
 
 
1. (1 ponto) LUANA, policial militar, visualiza um indivíduo cometendo o crime de ameaça (art. 147 
do CP), cuja pena é de detenção de um a seis meses ou multa, contra um comerciante local. LUANA 
realiza a intervenção, prende em flagrante e conduz o autor do crime à Central de Plantão Policial. 
Na Delegacia, a autoridade policial recebe o preso, ouve o condutor e uma testemunha, interroga o 
preso, entrega nota de culpa, lavra o auto de prisão em flagrante e encaminha ao juiz dentro do prazo 
de 24h. Diante desse cenário, pode-se afirmar que: 
 
a) O auto de prisão em flagrante é LEGAL, pois cumpriu todas as formalidades e foi 
encaminhado ao juiz dentro do prazo de 24h; 
b) O auto de prisão é ILEGAL, pois se trata de crime de menor potencial ofensivo, razão pela 
qual deveria ter sido lavrado o termo circunstanciado de ocorrência e encaminhado autor e 
vítima ao juizado especial ou ter oportunizado ao autor do crime assumir o compromisso de 
comparecer posteriormente; 
Fundamento: Art. 69, Parágrafo único, da Lei 9.099/95. 
c) O auto de prisão é LEGAL, pois, ainda que seja crime de menor potencial ofensivo, envolve 
grave ameaça; 
d) O auto de prisão é ILEGAL, pois não foi realizado pela polícia militar, que seria a competente; 
e) O auto de prisão é LEGAL, pois a polícia militar tem o dever de prender todos que estão 
cometendo crime, independentemente de qual seja. 
 
 
 
 
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2. (0,5 pontos cada – total 4 pontos) Assinale verdadeiro (V) ou falso (F): 
 
( V ) Comete o crime de abuso de autoridade o Delegado que insistir nas perguntas ao investigado 
que manifestou seu desejo de permanecer em silêncio. 
Fundamento: Art. 15, Parágrafo Único, inciso I, da Lei 13.869/2019. 
 
( F ) Os atos de inquérito servem para convencer o julgador sobre a existência de provas de autoria e 
materialidade delitiva. 
Fundamento: O atos do inquérito servem pra formação da opinio delicti do acusador e não constituem 
prova, mas indícios. 
 
( F ) Convencido pela inexistência de qualquer indício de autoria e materialidade delitiva, o delegado 
de polícia deverá arquivar os autos do inquérito policial. 
Fundamento: Delegado não arquiva inquérito. 
 
( V ) Nos casos de crime culposo na direção de veículo automotor de que resulte vítima, não se imporá 
a prisão em flagrante se o condutor do veículo prestar pronto e integral socorro à vítima. 
Fundamento: Art. 301 do CTB. 
 
( F ) O advogado pode acompanhar o investigado durante seu interrogatório, mas não pode apresentar 
razões e quesitos. 
Fundamento: Pode. Art. 7º, inciso XXI, alínea a, da Lei nº 8.906/94. 
 
( F ) O Ministério Público não pode investigar, mas apenas fiscalizar a atividade policial. 
Fundamento: MP pode investigar, já decidiu o STF. 
 
( F ) No processo penal deve-se observar os princípios da ampla defesa e da ampla acusação. 
Fundamento: Não existe o princípio da ampla acusação na Constituição Federal. 
 
( F ) O Ministério Público não poderá oferecer denúncia sem que exista uma investigação preliminar 
por meio de inquérito policial ou PIC (procedimento investigatório criminal). 
 
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Fundamento: A investigação não é obrigatória para o Ministério Público, que poderá oferecer 
denúncia se já tiver elementos suficientes a justificar um processo. 
 
 
4. (2 pontos) Quando o inquérito policial que investiga um crime de ação penal pública é encerrado, 
explique (i.) para quem é encaminhado e (ii.) quais são as medidas possíveis a ser tomadas diante do 
encerramento de um inquérito policial. 
 
R: O Delegado encaminha os autos ao juiz, que, por sua vez, encaminha ao Ministério Público. Também existe 
casos em que o Delegado encaminha diretamente ao Ministério Público. O importante é deixar claro que o 
destinatário do inquérito é o Ministério Público. 
 
Quando recebe o inquérito policial o Ministério Público pode tomar uma destas três medidas: 
1. Oferecer denúncia; 
2. Pedir novas diligências à autoridade policial; 
3. Pedir o arquivamento dos autos do inquérito policial. 
 
 
 
 
 
 
Boa prova!