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A discussão dos mercados e da divisão do trabalho contida nos primeiros capítulos de ‘’A Riqueza das Nações de Adam Smith’’ auxilia na compreensão do desenvolvimento econômico europeu no período que vai do ano 1000 até as vésperas da revolução industrial. A discussão que se tem nos primeiros capítulos de “Riqueza das Nações” de Adam Smith, trata se da mudança e das adaptações envolvidas nas forças produtivas do trabalho, e de como essa mudança impactou diferentes classes sociais devido ao aumento significativo da produtividade e principalmente, entender como se expande as economias pré-capitalista e como isso se encontra diretamente ligado à divisão do trabalho. A ideia de quanto mais produzir causa uma melhora do bem estar material das populações, na qual mostra como esse sistema pode funcionar de maneira virtuosa e em pró do crescimento econômico no período pré-capitalista. Ademais no início do livro se discute que uma maior divisão do trabalho causa um aumento da produtividade com um nível maior de especialização do trabalho que, por conseguinte leva a um aumento na riqueza advindo dessa divisão. Smith apresenta a divisão do trabalho e seus efeitos utilizando como exemplo a fábrica de alfinetes e revela três maneiras na qual a divisão pode aumentar a produtividade do trabalho, que são elas: o aumento da destreza e da habilidade do trabalhador, poupança de tempo e invenção e utilização de máquinas que facilitam o processo de uma tarefa a outra, pelo fato de que havendo uma divisão do trabalho os trabalhadores vão entender melhor o seu processo produtivo e propor melhorias e aperfeiçoando se cada vez mais e desta forma ocasiona um crescimento econômico significativo. Igualmente, no terceiro capítulo do livro Adam Smith, retrata que a divisão de trabalho é limitada pela dimensão do mercado, pois quando o mercado é muito reduzido não há incentivos para maior dedicação a uma única atividade e desta forma não poderá trocar todo o seu excedente pelos bens que necessita. Necessitando assim executar mais de uma atividade para suprir suas necessidades como de um cortador, padeiro e cervejeiro do seu próprio núcleo familiar, bem ocorria na sociedade feudal. A extensão do mercado pode explicar da mesma forma o mercado medieval, que para os produtos de regiões no interior é limitada pela riqueza e densidade populacional dessas regiões, que, por conseguinte seus progressos serão sempre posteriores aos progressos nos meios de transporte e no mercado, os desenvolvimentos nas construções de navios juntamente com o desenvolvimento do mercado auxiliam uma expansão do mercado a ponto de um número maior de pessoas poder se aprofundar e produzir mais. O aprofundamento da divisão do trabalho foi importante na Idade Média, pois vai haver uma especialização na produção de tecidos que vão ser vendidos como bens luxuosos no mercado de longa distância ou local. Da mesma forma que a produção industrial têxtil foi importante na Revolução Industrial, que dava os seus primeiros passos na Idade Média na qual se progrediu bastante até as vésperas da Revolução Industrial.
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