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Ebook Prescrição Farmacêutica de vitaminas

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Sarah Faria
Prescrição Farmacêutica de
Vitaminas e Minerais
Guarapari, 2022
Apresentação 
Olá! Eu sou a Sarah Faria! Estou muito feliz de receber você em um dos meus cursos on-line. Espero que seja incrível pra você!
Quero te falar um pouco de mim: sou Farmacêutica, formada há 18 anos. Nesse tempo, atuei em drogarias, como RT e gerente, fui também concursada na Prefeitura aqui da cidade onde eu moro e adquiri grande experiência em compra de medicamentos e orientação farmacêutica nos diversos setores pelos quais passei. Há 10 anos sou professora na Faculdade Pitágoras, na graduação em Farmácia.
Eu sou apaixonada por ensinar! Amo estudar, aprender e compartilhar com meus alunos o que aprendo. Há quase 3 anos iniciei um canal no YouTube com vídeos para ajudar aos farmacêuticos na indicação de medicamentos e orientação farmacêutica. Depois do canal, veio o instagram, onde compartilho conteúdos com esse mesmo objetivo!
Em seguida, lancei o curso OFP – Orientação Farmacêutica na Prática. É um curso completo e hoje somos mais de 1000 Farmacêuticos dominando a indicação de medicamentos! 
Hoje tenho, junto com meu esposo, parceiro e sócio, Cellio Silva, uma empresa de treinamentos, a Aloha Treinamentos. Temos diversos cursos on-line e presenciais, programas de mentoria na área farmacêutica e também na área comportamental.
Esse curso de vitaminas e minerais é um dos cursos do nosso cardápio! Que você possa se deliciar e, posteriormente, vir conhecer outros!
Obrigada pela confiança! E parabéns pela iniciativa de se aprimorar!
Um abraço!
Introdução
Em 2013 foi regulamentada a Prescrição Farmacêutica, através da Resolução n◦ 586, do Conselho Federal de Farmácia (CFF). Em vários sistemas de saúde no mundo, profissionais não médicos estão autorizados a realizar a prescrição. É o modelo chamado de prescrição multiprofissional. Nesse modelo, a prescrição não está restrita a recomendar medicamentos ao paciente: inclui a seleção da opção terapêutica, a oferta de serviços farmacêuticos ou encaminhamento a outros profissionais ou serviços de saúde.
A prescrição passa a ser, então, uma atribuição clínica do Farmacêutico. De acordo com os artigo 2◦ e 3◦, o ato da prescrição farmacêutica constitui prerrogativa do farmacêutico legalmente habilitado e registrado no Conselho Regional de Farmácia de sua jurisdição, sendo o ato pelo qual o farmacêutico seleciona e documenta terapias farmacológicas e não farmacológicas, e outras intervenções relativas ao cuidado à saúde do paciente, visando à promoção, proteção e recuperação da saúde, e à prevenção de doenças e de outros problemas de saúde.
A prescrição farmacêutica deverá ser realizada com base nas necessidades de saúde do paciente, nas melhores evidências científicas, em princípios éticos e em conformidade com as políticas de saúde vigentes. Poderá ocorrer em diferentes estabelecimentos farmacêuticos, consultórios, serviços e níveis de atenção à saúde, desde que respeitado o princípio da confidencialidade e a privacidade do paciente no atendimento.
1. O que o Farmacêutico pode prescrever?
De acordo com o artigo 5◦ da Resolução 586, o Farmacêutico poderá realizar a prescrição de medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica, incluindo medicamentos industrializados e preparações magistrais - alopáticos ou dinamizados -, plantas medicinais, drogas vegetais e outras categorias ou relações de medicamentos que venham a ser aprovadas pelo órgão sanitário federal para prescrição do farmacêutico. Nesse caso, não é necessário que o profissional tenha especialização (pós-graduação).
Para medicamentos que exigem prescrição médica, a prescrição farmacêutica poderá ser realizada desde que condicionada à existência de diagnóstico prévio e apenas quando estiver previsto em programas, protocolos, diretrizes ou normas técnicas, aprovados para uso no âmbito de instituições de saúde ou quando da formalização de acordos de colaboração com outros prescritores ou instituições de saúde. Para esse tipo de prescrição o Farmacêutico precisa ser especialista na área da prescrição ou especialista na área clínica.
Para a prescrição de medicamentos homeopáticos, é necessário que o Farmacêutico possua título de especialista em Homeopatia ou Antroposofia.
Os MIPs são os Medicamentos Isentos de Prescrição médica. Existe uma série de critérios para que um medicamento seja incluído na lista dos medicamentos isentos de prescrição. Dentre elas: tempo de comercialização (pelo menos 10 anos), perfil de segurança, indicação para doenças não graves, indicação por curto período de tempo, ser de fácil manejo para o paciente, apresentar baixo potencial de risco em situações de mau uso e não apresentar potencial para causar dependência. A última atualização da lista dos MIPs aconteceu em 2016 e foi publicada através de uma Instrução Normativa, a IN 11, de 29 de setembro de 2016.
Dentre os MIPs, encontram-se as Vitaminas:
Fonte: Revista Guia da Farmácia, 
O Farmacêutico é um profissional habilitado para prescrição de vitaminas. Apesar de não haver exigência legal quanto à especialização para esse tipo de prescrição, é muito importante que o Farmacêutico esteja preparado e se qualifique para atuar de maneira satisfatória. 
As vitaminas contribuem enormemente para a saúde da população e rentabilizam o ponto de venda de maneira significativa. Uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), em parceria com a Associação Brasileira das Empresas do Setor Fitoterápico, Suplemento Alimentar e de Promoção da Saúde (Abifisa) e a Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) mostrou que 54% dos brasileiros tomam algum tipo de suplemento alimentar. Dentre esses suplementos, encontram-se as vitaminas.
Prestar um serviço farmacêutico de qualidade para esse público vai muito além de aumentar as vendas do estabelecimento farmacêutico. Prescrever vitaminas de forma correta vai melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas, incluindo idosos, crianças, atletas, pessoas que querem perder peso, pessoas com alto nível de estresse e outros. Como consequência, a prescrição farmacêutica de vitaminas possibilita conquistar e fidelizar clientes, além de conferir maior credibilidade ao Farmacêutico.
2. Vitamina A
É a vitamina que tem maior atuação na pele e na visão. Além disso, esse micronutriente auxilia no crescimento, contribui para a formação dos dentes, atua na formação do colágeno e na renovação celular, o que torna essa vitamina de extrema importância e necessidade para o organismo. Outras funções:
· Contribui para a visão porque protege a córnea
· Contribui para a proliferação e diferenciação celular. 
· Regula a expressão do gene para a formação do hormônio GH. 
· Possui ação antioxidante, por isso inibe a carcinogênese.
· Age no desenvolvimento e na diferenciação dos glóbulos brancos (linfócitos), tendo, por isso, um efeito protetor e auxiliando na imunidade.
· Contribui para o desenvolvimento do feto.
· Contribui para os processos e formação da pele, agindo na reparação do epitélio. Por isso, é benéfica no combate à acne.
· É importante porque mantém a integridade da pele, que é nossa primeira linha de defesa.
Diversos estudos com animais demonstraram que a vitamina A é necessária para o desenvolvimento e crescimento normal. Em muitas espécies animais a deficiência manifesta-se como perda do apetite, seguida por rápida perda de peso e retardo do crescimento. O ácido retinóico, que não pode ser convertido novamente em retinal, mantém o crescimento normal e a diferenciação dos tecidos. 
A vitamina A desempenha um papel relevante na diferenciação celular. A falta de vitamina A provoca a queratinização do epitélio ciliado mucossecretor e outras alterações epiteliais. Geralmente, alterações histopatológicas características no sistema respiratório precedem outras consequências da deficiência de vitamina A no trato geniturinário, olhos e pele. Estas alterações incluem perdadas secreções normais, perda da homeostase hídrica normal através do epitélio, perda do transporte mucociliar, tendo como consequência infecções recorrentes das vias aéreas, estreitamento do lúmen e perda da elasticidade provocando aumento da resistência das vias aéreas e do esforço respiratório. Todas estas alterações são reversíveis com a restauração dos níveis normais de vitamina A. 
Tem-se especulado, entretanto, que a displasia pulmonar crônica ocorre se tal deficiência grave de vitamina A for simultânea à lesão das vias pulmonares. Uma vez que a vitamina A exerce um papel primário na síntese de glicoproteínas, a importância das glicoproteínas para cada célula sugere que esta seja uma função igualmente importante da vitamina.
A Vitamina A é encontrada no organismo na forma de retinol, de ácido retinóico e também de retinaldeído.
· O retinol tem a função de transportar e armazenar a vitamina. Atua na função reprodutora.
· O retinaldeído é responsável pelo ciclo visual e atua na função reprodutora.
· O ácido retinóico que possui uma atividade parcial de vitamina A, ele é uma forma ativa da diferenciação celular e por isso vai agir na renovação da pele, não participando nem da função reprodutora nem da visão.
2.1 Deficiência de vitamina A
A deficiência de vitamina A é identificada por meio de um exame de dosagem de retinol sérico ou retinol no leite materno, no caso de lactantes. É possível descobrir através de uma anamnese, onde o Farmacêutico vai questionar ao paciente sobre sua alimentação diária e investigar possíveis sinais clínicos que indicam a deficiência da vitamina, indicados a seguir.
A carência de Vitamina A pode causar uma série de problemas de saúde. A cegueira noturna (dificuldade de enxergar em locais com a luz fraca) que pode até evoluir para uma cegueira total é uma das complicações mais graves. Portanto, é válido verificar com o paciente a ocorrência de ressecamento ocular, irritação nos olhos, dificuldade de enxergar em luz mais baixa ou outros sintomas nos olhos.
Outros problemas são: aumento da gravidade de infecções comuns como diarreia e infecções respiratórias, endurecimento das membranas mucosas dos tratos respiratório, gastrointestinal e urinário, redução do olfato e do paladar, ressecamento da esclera (parte branca dos olhos) e da córnea, inflamação da pele (dermatite) e estresse.
No caso das crianças, a deficiência de vitamina A prejudica o crescimento e o desenvolvimento, pode causar cegueira irreversível e aumentar o risco de mortalidade infantil. É sempre importante investigar a necessidade de suplementação com vitamina A em crianças pequenas.
Pessoas que consumem bebidas alcoólicas com frequência devem fazer suplementação com vitamina A, uma vez que o álcool prejudica a absorção dessa vitamina.
O Farmacêutico pode indicar ao paciente a suplementação com vitamina A na ocorrência de alguns desses sinais. 
2.2 Interações
· A absorção da vitamina A e dos carotenoides pode ser prejudicada pelo excesso de fibras. 
· O álcool em grandes quantidades também pode interferir negativamente na absorção de vitamina A.
· A ingestão de gorduras e proteínas favorece a absorção dos carotenoides (oriundos dos vegetais) e facilita a conversão dessas substâncias em vitamina A na parede do intestino. 
· A vitamina A que é absorvida no intestino será estocada no fígado, mas para que possa ser transportada nos vasos sanguíneos, é necessária a presença do mineral o zinco. Por esse motivo, muitos complexos vitamínicos são denominados como “De A a Zinco”. O zinco, apesar de não ser uma vitamina e sim um mineral, é importante no transporte e na absorção de algumas delas.
2.3 Quantidade recomendada de vitamina A
	
	Idade
	Homens: mcg/dia (UI/dia)
	Mulheres: mcg/dia (UI/dia)
	Recém-nascidos
	0-6 meses
	400 (1333 UI)
	400 (1333 UI)
	Bebês
	7-12 meses
	500 (1667 UI)
	500 (1667 UI)
	Crianças
	1-3 anos
	300 (1000 UI)
	300 (1000 UI)
	Crianças
	4-8 anos
	400 (1333 UI)
	400 (1333 UI)
	Crianças
	9-13 anos
	600 (2000 UI)
	600 (2000 UI)
	Adolescentes
	14-18 anos
	900 (3000 UI)
	700 (2333 UI)
	Adultos
	maior de 19 anos
	900 (3000 UI)
	700 (2333 UI)
	Grávidas
	menor de 18 anos
	-
	750 (2500 UI)
	Grávidas
	maior de 19 anos
	-
	770 (2567 UI)
	Lactantes
	menor de 18 anos
	-
	1200 (4000 UI)
	Lactantes
	maior de 19 anos
	-
	1300 (4333 UI)
Fonte: Food and Nutrition Board (FNB) - Institute of Medicine, 2001
 Nota: A unidade da atividade da vitamina A universalmente aceita é o equivalente de retinol (RE), baseado na atividade de 1 micrograma do all-trans retinol. A unidade internacional (UI), usada ainda em alguns contextos, é igual a 0,300 microgramas de all trans retinol.
Quantidade máxima que pode ser ingerida de Vitamina A pré-formada (Retinol)
	Faixa etária
	UL em mcg/dia (UI/dia)
	Bebês 0-12 meses
	600 (2000 UI)
	Crianças 1-3 anos
	600 (2000 UI)
	Crianças 4-8 anos
	900 (3000 UI)
	Crianças 9-13 anos
	1700 (5667 UI)
	Adolescentes 14-18 anos
	2800 (9333 UI)
	Adultos maiores de 19 anos
	3000 (10000 UI)
Fonte: Food and Nutrition Board (FNB) - Institute of Medicine, 2001
2.4 Quando indicar suplemento de vitamina A
· O suplemento de vitamina A é indicado em quadros clínicos de hipovitaminose, condição detectada por meio do um exame de sangue. 
· Quando o Farmacêutico detectar, por meio da anamnese, que há sinais de necessidade de suplementação com vitamina A.
· Em casos de pacientes com relatos de alimentação inadequada, com déficit de ingestão de nutrientes, a suplementação também pode ser recomendada.
· Aquelas pessoas que fazem dietas por conta própria podem utilizar vitamina A por um tempo, a fim de fazer uma reposição.
· Pessoas que estão com a imunidade baixa.
· Para melhorar a pele com acne. Existem também as formulações dermatológicas próprias para usos tópico.
· Para favorecer o crescimento dos cabelos. Nesse caso, vale a ingestão, pois a aplicação diretamente no cabelo não surte efeito. 
É importante destacar que não é preciso ingerir suplementos quando a alimentação é balanceada. Lactantes pode consumir suplemento de vitamina A, pois elas necessitam de maiores quantidades deste nutriente. Crianças com idades entre seis e onze meses também podem precisar do suplemento, por isso é importante que o Farmacêutico faça uma investigação clínica, considerando os hábitos alimentares da família.
Uma pesquisa publicada no Journal of the National Cancer Institute feita com 29 mil fumantes concluiu que o excesso de vitamina A por meio de suplementação pode aumentar o risco de câncer de pulmão. Portanto, os fumantes devem tomar cuidado ao ingerir os suplementos do nutriente 
2.5 Riscos do consumo em excesso de vitamina A
O excesso de vitamina A ocorre por meio da suplementação e pode ser tóxico. Grandes quantidades do nutriente podem causar problemas como náuseas, vômitos, dor de cabeça, irritação cutânea, dores articulares, densidade mineral óssea diminuída, podendo causar osteoporose e até coma em casos extremos e raros.
O excesso desta vitamina também pode causar descamação da pele, ressecamento dos lábios, falta de apetite, edema, cansaço, irritabilidade, sangramentos, aumentos do baço e fígado, alterações de provas de função hepática e redução dos níveis de colesterol HDL. Em alguns casos, o excesso de vitamina A pode ser fatal. Por isso, quando a prescrição farmacêutica de vitamina A for baseada numa anamnese, sem valores quantitativos de exames, a suplementação deve ser feita por até 30 dias.
2.6 Prescrição farmacêutica de Vitamina A
A vitamina A é encontrada nas farmácias e drogarias na forma pura e nas formulações de polivitamínicos. Ela pode ser manipulada, também. 
Antes de realizar a prescrição, o Farmacêutico deve assegurar que o paciente não está em condição de hipervitaminose, ou seja, que não está com excesso de vitamina A ou que a suplementação não leve à hipervitaminose; devem constatar que, em caso de mulher, a paciente não esteja grávida, já que em altas doses apresenta efeito teratogênico.
A dose recomendada para adultos é 5000UI por dia. Pode ser manipulada emcápsulas de 5000UI e a pessoa tomar após o café da manhã ou almoço. 
É importante ressaltar que doses mais altas de vitamina A (10.000 UI ou mais) está restrita à prescrição médica.
Para crianças (desde lactentes até 12 anos), a prescrição deve ser feita de 2500UI por dia. Nas formulações disponíveis em gotas, essa quantidade equivale a 2 gotas. Ao dia.
3. Vitaminas do Complexo B
As vitaminas do complexo B compreendem: B1, B2, B3, B5, B6, B7, B9, B12. Elas são hidrossolúveis e não são produzidas em quantidade suficiente pelo organismo, por isso é necessário adquirir essas vitaminas por meio da alimentação. As vitaminas B1, B2, B3, B5 e B6 contam com funções mutuamente complementares e necessitam uma da outra para que realizem suas funções no organismo. Já as vitaminas B12 e a B9 não necessitam da presença das primeiras, mas também complementam suas funções entre si.
As vitaminas do complexo B atuam como coenzimas no metabolismo dos lipídios, hidratos de carbono e de proteínas, participando do processo de transformação dos alimentos em energia na forma de ATP.
A deficiência de vitaminas do complexo B a curto e a médio prazo compromete o estado geral do indivíduo, podendo ocasionar sintomas como fraqueza, cansaço, fadiga, diminuição da resistência às infecções, recuperação retardada às doenças e a longo prazo, favorece o desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas.
A suplementação com as vitaminas do complexo B deve ser evitada em pacientes parkinsonianos em tratamento com levodopa pura, devido à interação desta substância com a vitamina B6, que é um dos constituintes do complexo B. Porém, quando a levodopa estiver associada com benserazida ou carbidopa não ocorre interação com a vitamina B6. Em pessoas que fazem uso do fenobarbital ou da fenitoína (difenilhidantoína) em concomitância com a piridoxina (vitamina B6) pode haver redução dos níveis plasmáticos destes medicamentos. O uso concomitante de carbamazepina e da nicotinamida (vitamina B3) pode ocasionar redução do clearance da carbamazepina, levando a um aumento de seu nível plasmático.
3.1 Vitamina B1- Tiamina
Está relacionada com processos metabólicos (reações químicas) importantes do sistema nervoso, coração, células do sangue e músculos.
Atua principalmente no metabolismo da glicose, dos ácidos graxos e aminoácidos, ajudando o organismo a utilizar essas substâncias com eficiência. Desempenha um papel importante na formação da bainha de mielina, que fica em torno das fibras nervosas e permite mensagens entre os nervos, auxiliando no processo de neuro comunicação.
Dentre as vitaminas do complexo B, as mais importantes para o sistema nervoso são as vitaminas B12, B6, B3 e B1.
A falta de vitamina B1 pode causar fraqueza muscular, falta de energia, diminuição da memória e depressão. A carência extrema deste nutriente pode causar a doença beribéri, que causa uma neuropatia periférica, formigamento nas mãos, fraqueza nas pernas, dificuldade para caminhar e alterar a sensibilidade da pele. 
Pessoas que fazem uso frequente de bebidas alcoólicas correm maior risco de desenvolver a carência de vitamina B1 e em consequência disso, ter uma demência que causa confusão mental, dificuldade de raciocínio, memória e pode fazer até que a pessoa entre em coma.
As principais fontes de vitamina B1 são carnes, leites, ovos, legumes e cereais integrais e leguminosas como feijão e grão de bico.
3.2 Vitamina B2 - Riboflavina
Participa das reações químicas essenciais para a conservação dos tecidos, possui forte propriedade antioxidante (elimina radicais livres) e é fundamental para a produção de energia corporal. Essa produção de energia é porque a vitamina B2, assim como a B1, atua no metabolismo da glicose, dos ácidos graxos e dos aminoácidos, fazendo com que o organismo utilize essas substâncias de forma mais eficiente. Participa também da metabolização das proteínas.
A vitamina B2 atua no sistema nervoso, melhorando a comunicação entre os neurônios, isso porque ela tem participação na formação da bainha de mielina. Está envolvida nos processos de manutenção da integridade cutânea. Ela é necessária para a formação de hemácias, produção de anticorpos, respiração celular e para o crescimento de forma geral. Alivia a fadiga ocular (vista cansada) e é importante na prevenção e tratamento da catarata.
A falta de vitamina B2 pode causar problemas como tonturas, vertigens, feridas na boca (lábios, língua e parte interna da bochecha). Vegetarianos, alcoólatras, gestantes e crianças fazem parte do grupo de pessoas mais susceptíveis à carência da vitamina B2.
Nos alimentos, a riboflavina pode ser encontrada nas carnes (fígado), leites, ovos, legumes, verduras, especialmente o brócolis, cereais integrais, leguminosas, como ervilhas, algumas oleaginosas, como amendoim, castanhas e nozes, e abacate e o levedo de cerveja. Pode ser sintetizada por bactérias intestinais.
3.3 Vitamina B3 – Niacina
Participa das reações químicas que geram energia a partir de carboidratos, proteínas e gorduras. A vitamina B3 é necessária para a circulação adequada e pele saudável. A Vitamina B3 ajuda no funcionamento do sistema nervoso, no metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas, e na produção de ácido clorídrico para o sistema digestivo. A niacina reduz o colesterol e melhora a circulação.
A carência de vitamina B3 pode causar insônia, cansaço, irritabilidade, manchas na pele, depressão e uma doença chamada pelagra, que causa diarreia, inflamação na pele e confusão mental. 
Mulheres que utilizam anticoncepcionais excretam mais a vitamina B3 pela urina, mas normalmente a própria alimentação já compensa essa falta. 
Pessoas em tratamento de tuberculose podem precisar do suplemento de vitamina B3.
O excesso de vitamina B3 pode afetar o fígado.
Na alimentação, a vitamina B3 pode ser encontrada no levedo de cerveja, cogumelos, fígado, peixes, leites, ovos. Algumas oleaginosas, como amendoim e castanha do Pará, frutas secas, tomate e cenoura.
3.4 Vitamina B5 – Ácido Pantotênico
É essencial para o metabolismo (reações químicas) das gorduras e dos carboidratos, além de ser fundamental para a cicatrização dos tecidos. É conhecida como a vitamina “anti-stress”, porque atua na produção dos hormônios suprarrenais e na formação de anticorpos. A utilização de vitaminas auxilia na conversão de lipídeos, carboidratos e proteínas em energia. Esta vitamina é necessária para produzir esteroides vitais e cortisona na glândula suprarrenal e é um elemento essencial da coenzima A.
A carência da vitamina B5 pode causar fadiga, formigamento nos pés, dores musculares, irritabilidade, depressão, distúrbios do sono, retardo do crescimento, queda de cabelo, envelhecimento precoce, alergia, estresse, entre outros.
A vitamina B5 é encontrada nas carnes vermelhas, fígado, rins, germe de trigo, brócolis, batata e tomate.
3.5 Vitamina B6 – Piridoxina
A piridoxina participa de mais funções orgânicas do que qualquer outro nutriente isolado. Muitas reações do metabolismo são dependentes da piridoxina. É importante tanto para a saúde física, quanto mental. A vitamina B6 é uma coenzima e interfere no metabolismo das proteínas, gorduras e triptofano. Atua na produção de hormônios e é estimulante das funções defensivas das células. Participa no crescimento dos jovens.
É essencial para o metabolismo (reações químicas) das proteínas e carboidratos, para o funcionamento do sistema nervoso e imunológico (produção de glóbulos brancos, vermelhos e anticorpos). A vitamina B6 permite a síntese de glutationa, principal antioxidante do organismo.
A carência de vitamina B6 pode comprometer a conversão de glutamato, neurotransmissor que excita o tório, em GABA, neurotransmissor relaxante. A deficiência do nutriente pode causar convulsões em crianças pequenas, anemia, dermatite, lesões nervosas, confusão mental em adultos, dormência e formigamento nas mãos e pés. A anemia também pode acontecer devido à falta de vitamina B6.
O excesso do consumo de álcool pode diminuir os níveis de vitamina B6, assim como o uso de anticoncepcionais.Na alimentação, a vitamina B6 pode ser encontrada nos peixes, nas amêndoas, nos vegetais, grãos integrais, germe de trigo, leite, ovos, fígado e carne.
3.6 Vitamina B7 – Biotina
Auxilia crescimento celular, produção de ácidos graxos, metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas, e na utilização das vitaminas do complexo B. É uma vitamina necessária para a saúde dos cabelos, da pele e das unhas. A biotina pode evitar a queda de cabelos em homens.
Sintomas relacionados à carência de vitamina B7 são: fraqueza nas unhas e cabelos, calvície, pele seca e escamosa e vermelhidão em volta do nariz e da boca. Outras complicações que podem ocorrer são conjuntivite, dermatite esfoliativa, dores musculares e lassidão (esgotamento), acompanhada de aumento da glicemia.
A vitamina B7 está presente nos vegetais, especialmente nos legumes, também nas castanhas, na carne e no leite.
3.7 Vitamina B9 – Ácido Fólico
O ácido fólico é uma vitamina essencial na multiplicação celular de todos os tecidos, já que é indispensável à síntese do DNA e consequentemente à divisão celular.
A vitamina B9 não depende de outras vitaminas do complexo B para exercer seus efeitos positivos. Ela participa da manutenção do sistema imunológico, circulatório e nervoso e reduz o risco de infarto, câncer de mama e de cólon, aterosclerose, promove a saúde dos cabelos e da pele, reforça o sistema imunológico e o sistema nervoso central. 
Para gestantes, o ácido fólico é importante, pois ajuda no fechamento do tubo neural do feto. O suplemento de vitamina B9 costuma ser orientado para gestantes e só pode ser ingerido em outros casos após orientação médica, isto porque o excesso compete com a vitamina B12.
 A carência do ácido fólico vai afetar diretamente todos os tecidos, mas os efeitos prejudiciais são mais imediatos nos tecidos que se renovam numa velocidade mais rápida. 
Os elementos figurados do sangue, o epitélio intestinal (especialmente o delgado) e mucosas em geral, vão se renovar de forma incompleta na sua carência, originando doenças. A falta da vitamina B9 também pode causar anemia megaloblástica, fadiga, lesões nas mucosas, insuficiência respiratória, palidez, níveis elevados do aminoácido homocisteína, podendo causar doenças cardiovasculares.
O ácido fólico está presente nos vegetais folhosos, nozes, legumes, laranja, grãos integrais, milho, amendoim, trigo e miúdos.
3.8 Vitamina B12 – Cobalamina
 A cobalamina é necessária na prevenção da anemia. Auxilia na formação e longevidade das células. Essa vitamina também é necessária à digestão apropriada, absorção dos alimentos, síntese de proteínas e metabolismo de carboidratos e lipídeos. Além disto, a vitamina B12 previne danos aos nervos, mantém a fertilidade e promove o crescimento e desenvolvimento normais. É essencial para o funcionamento da célula, principalmente no trato gastrointestinal, medula óssea e tecido nervoso. É necessária para a formação de DNA e afeta a formação de mielina. 
Sem a vitamina B12, a mielina que recobre os nervos, como uma capa de proteção, sofre um desgaste que recebe o nome de desmielinização, processo que ocorre tanto em neurônios de nervos periféricos, quanto naqueles da substância branca do cérebro.
Sua carência está associada à anemia, à neuropatia (doença que acomete os nervos do corpo) e até demência. Alguns dos sintomas mais comuns da falta de vitamina B12 são o formigamento nas pernas, queimação na sola dos pés, dificuldade para andar e incontinência urinária.
As principais fontes de vitamina B12 na dieta são leite, ovos, fígado, carne de porco, atum, salmão e truta. Porém, para ser absorvida lá no intestino, ela precisa se ligar a proteases pancreáticas, além de depender de condições ideais de pH.
A deficiência de vitamina B12 é denominada anemia perniciosa.
3.9 Prescrição Farmacêutica de vitaminas do complexo B
Antes de mais nada, é importante que o Farmacêutico saiba que os medicamentos denominados “Complexo B” não são iguais. A partir do momento que a formulação contém mais de uma vitamina B, ela é considerada complexo. Então, é importante verificar no rótulo ou na bula quais vitaminas compõem o complexo. É por isso também que os preços variam tanto. Algumas marcas fazem o complexo B com 3 vitaminas, outras com 4, outras com todas as vitaminas B. Esteja atento a isso!
A vitamina B12 é importantíssima para o público vegetariano e vegano.
A B6 é importante para problemas relacionados à dor muscular, dor nervosa e problemas de memória.
O complexo B pode ser prescrito nos seguintes casos:
- Dores musculares, dores nervosas.
- Para pessoas que praticam exercícios físicos e para atletas, em geral.
- Pessoas que estão fazendo dieta de emagrecimento.
- Pessoas em tratamento para doenças mentais e emocionais, como depressão, ansiedade, pânico e qualquer pessoa que use medicamentos para o sistema nervoso.
- Pessoas que fizeram procedimento cirúrgico.
- Anemia.
- Imunidade baixa.
- Cansaço.
 Prescreva por no máximo 2 meses, 1 comprimido ao dia após o almoço. Para crianças, verifique a dosagem de acordo com o peso na bula.
É importante que a ingestão de água seja aumentada durante o período de utilização do complexo B. Lembre-se de explicar ao paciente que a coloração da urina pode mudar para um amarelo bem reluzente ou até esverdeada. O odor da urina fica mais forte também. 
4 Vitamina C – Ácido Ascórbico
A vitamina C é essencial em muitos processos bioquímicos e em funções fisiológicas, como antioxidante hidrossolúvel em virtude da sua forte atividade redutora. 
Essa vitamina participa como um carreador de íon hidrogênio que é de grande importância por intermediar o metabolismo e a respiração celular. A vitamina C é um cofator de muitos processos biológicos incluindo as etapas de hidroxilação na síntese dos hormônios esteroides e corticosteroides adrenais, da carnitina, no metabolismo da tirosina e no metabolismo e absorção de ferro. 
A vitamina C é essencial para formação do colágeno e é, portanto, importante na cicatrização de feridas e na formação da matriz colagenosa dos ossos. 
Os sintomas do escorbuto, uma manifestação da deficiência de vitamina C, como a demora na cicatrização de feridas, os distúrbios do crescimento ósseo, a fragilidade vascular e os distúrbios da formação da dentina, são resultantes da formação inadequada do colágeno. 
O sangramento da gengiva pode constituir deficiência de vitamina C.
A vitamina C tem demonstrado afetar vários componentes da resposta imune. A vitamina C é necessária na resposta imunológica mediada por células, como as funções dos leucócitos e macrófagos, a motilidade neutrofílica, a atividade antimicrobiana, a síntese de interferon, a fagocitose e as reações alérgicas. A concentração de vitamina C nos fagócitos é muito superior à do plasma, contribuindo para proteger as células imunes (fagócitos) do estresse oxidativo (espécies reativas de oxigênio) gerado no “burst” oxidativo e na resposta inflamatória para destruir patógenos. Nesta função, a vitamina C é consumida.
Trata-se de uma vitamina que não é produzida pelo organismo, portanto deve ser ingerida diariamente na alimentação. Presente na maioria dos alimentos de origem vegetal, especialmente nas frutas cítricas, é bastante sensível às variações de luz e temperatura. Isso significa que processos como o cozimento ou um longo tempo de espera entre o preparo e o consumo das preparações reduzem sua disponibilidade.
Na pele, em formulação tópica, a vitamina C pode trazer grandes benefícios: potencializa os efeitos do filtro solar, que é responsável por proteger a pele dos raios UVA e UVB, já que é a referência em antioxidante protegendo as células da pele contra os radicais livres. Ainda participa ativamente da produção de colágeno, garantindo pele mais firme e sem rugas.
A vitamina C tópica também desempenha uma forte ação no combate às manchas, clareando e iluminando a pele e inibindo a ação da tirosinase, enzima que ativa a produção de melanina. Assim, a Vitamina C uniformiza o tom da pele e colabora para o tratamento de melasma, manchas de acnee de sol.
4.1 Prescrição farmacêutica de vitamina C
A vitamina C é conhecida por ser utilizada em casos de gripe e resfriado. Porém, ela não combate essas doenças. Seu papel é melhorar o sistema imunológico. Nos casos de gripe, ela melhora a fadiga e a indisposição.
Portanto, a vitamina C pode ser usada sempre que se quer melhorar a imunidade e a disposição. 
Pode ser indicada para pessoas com feridas, para melhorar a cicatrização. Também para pessoas fazendo tratamento de pele.
Deve ser indicada para todos os pacientes em tratamento de anemia, porque ela melhora a absorção e o aproveitamento do Ferro.
Uma indicação importante da vitamina C é para pessoas com infecção urinária. Recomende que seja utilizada depois do término do tratamento com antibiótico. O objetivo da vitamina C nesse caso é acidificar a urina, evitando assim a proliferação de bactérias. Mas se for utilizada no período de infecção, essa acidez pode causar mais ardência ao urinar. Por isso dizemos que é mais um tratamento preventivo e para aquelas pessoas com infecções que sempre voltam.
Para adultos, 500mg ao dia já são suficientes. Porém, se for utilizado 1 ou 2g, não tem problema, porque o excesso será eliminado na urina. Isso é até bom nos casos de prevenção de infecção urinária.
Para crianças, 1 gota por Kg, 1x ao dia.
A preferência de administração é após a refeição (café da manhã ou almoço).
5 Vitamina D
A vitamina D3 é considerada uma vitamina antirraquítica indispensável para o metabolismo do cálcio. A deficiência de vitamina D é uma das principais causas tanto de raquitismo como de osteomalácia. Hoje já se fala que a vitamina D é um hormônio, pelo fato de ser sintetizada pelo organismo.
Esta vitamina normalmente é sintetizada na pele humana exposta a raios UVB e transformada em 25-hidroxvitamina D no fígado, que é a forma mais abundante da vitamina e é medida como marcador de suficiência da mesma. 
No rim, sob controle mais estrito, é sintetizada a forma mais ativa dessa vitamina a 1-25-di-dihidroxivitamina D. O melhor indicador clínico dos níveis de vitamina D é a mensuração da concentração plasmática de 25(OH)D. A hipovitaminose ocorre quando os níveis plasmáticos de 25(OH) D estão inferiores a 30ng/mL., sendo a concentração desejável acima de 30ng/mL.
A vitamina D3 atua regulando positivamente a homeostasia do cálcio. É essencial para promover a absorção e utilização de cálcio e fosfato e para calcificação normal dos ossos.
 A vitamina D3, o paratohormônio e a calcitonina são os principais reguladores da concentração do cálcio no plasma. O mecanismo pelo qual a vitamina D3 atua para manter as concentrações de cálcio e fosfato normais, é facilitando sua absorção no intestino delgado potencializando sua mobilização nos ossos e diminuindo sua excreção renal. Estes processos servem para manter as concentrações de cálcio e potássio no plasma em níveis ideais, essenciais para a atividade neuromuscular normal, mineralização dos ossos e outras funções dependentes do cálcio. 
A vitamina D3 é rapidamente absorvida pelo intestino delgado, ligando-se a alfaglobulinas específicas para o seu transporte. Sua eliminação é essencialmente biliar e renal.
A vitamina D3 não deve ser administrada em pacientes com hipercalcemia e deve ser administrada com cautela em paciente com insuficiência renal ou cálculos, ou em pacientes com doença cardíaca, que apresentam maior risco de dano ao órgão caso ocorra hipercalcemia. 
As concentrações plasmáticas de fosfato devem ser controladas durante o tratamento com vitamina D3, visando reduzir o risco de calcificação ectópica. 
Recomenda-se a monitorização regular da concentração de cálcio em pacientes recebendo doses farmacológicas de vitamina D3. 
Em caso de hipervitaminose D, recomenda-se administrar dieta com baixa quantidade de cálcio, grandes quantidades de líquido e se necessário glicocorticóides. Uso em idosos: Não existem restrições ou cuidados especiais quanto ao uso do produto por pacientes idosos. 
Estudos têm relatado que idosos podem ter níveis mais baixos de vitamina D do que os adultos jovens, especialmente aqueles com pouca exposição solar.
5.1 Prescrição Farmacêutica de Vitamina D
Os benefícios da vitamina D são muitos. Por se tratar de um hormônio, já se compravam efeitos benéficos e atuação em diversos locais do organismo. Destacamos: prevenção de doenças cardiovasculares, diabetes (onde pode atuar como coadjuvante no tratamento), doenças dos ossos, da pele. A vitamina D auxilia no tratamento da dor crônica e também para melhorar a imunidade.
Se analisarmos que a maioria das pessoas não toma sol ou toma sol com protetor solar, vamos entender que qualquer pessoa pode tomar vitamina D.
Da forma farmacêutica solução oral, Crianças podem tomar de 1 a 4 gotas por dia. Adultos 5 a 8 gotas por dia. Antes de prescrever, perguntar ao paciente se já utiliza alguma fórmula que contenha vitamina D, como por exemplo cálcio com vitamina D.
6 Vitamina E - Tocoferol
A vitamina E é lipossolúvel e tem como principal função no organismo a sua forte ação antioxidante. Assim, age combatendo os radicais livres que podem prejudicar as células.
Alguns estudos apontam que justamente por sua forte ação antioxidante, a vitamina E pode proporcionar benefícios como diminuir o risco de doenças cardíacas, prevenir o câncer de próstata, a degeneração da mácula, a doença de Alzheimer e a Esclerose Lateral Amiotrófica. Além disso, pesquisas observaram que a vitamina E pode ser benéfica para as gestantes, pois previne a pré-eclâmpsia.
A deficiência de vitamina E é rara, ocorrendo quase que exclusivamente em pessoas com doenças hereditárias ou adquiridas que prejudica a capacidade de absorver a vitamina, por exemplo, fibrose cística, síndrome do intestino curto ou obstrução do ducto biliar e também nos casos de pessoas que não podem absorver a gordura na dieta ou têm doenças raras no metabolismo da gordura.
O diagnóstico da deficiência é possível pela história clínica ou por meio de dosagem laboratorial, que ocorre pela dosagem de uma das formas ativas da vitamina E, o alfa tocoferol.
Os sintomas da deficiência de vitamina E são: fraqueza muscular, problemas de visão, alterações do sistema imunológico, dormência, tremores, dificuldade em andar e há pesquisas que relatam infertilidade masculina.
Estudos em animais demonstraram que a ingestão de doses maciças de vitamina E podem interferir com a absorção intestinal de vitamina A e K. O uso concomitante com antiácidos contendo hidróxido de alumínio diminui a absorção das vitaminas lipossolúveis. O uso simultâneo com anticoagulantes derivados da cumarina pode levar à hipoprotrombinemia. O uso concomitante com suplementos de ferro altera a resposta hematológica em pacientes com anemia por deficiência de ferro.
6.1 Prescrição Farmacêutica de Vitamina E
Você pode prescrever vitamina E nos seguintes casos: 
-pacientes que usam medicamentos para o coração, pois a vitamina E auxilia como antioxidante e protetor cardíaco.
-pacientes que usam medicamentos para próstata.
- pacientes em tratamento de pele.
- para queda de cabelo.
- para pacientes que tomam medicamentos para Alzheimer.
- para pacientes que querem ou precisam fortalecer ossos e músculos.
A dosagem para adultos é 1 cápsula 400UI por dia. Não deve ser usada por gestantes!
7 Vitamina K 
Atualmente se sabe que a vitamina K não é só uma. Trata-se de um complexo, semelhante ao complexo B e já se conhecem 13 subtipos da vitamina K.
Até pouco tempo atrás, falar em vitamina K era falar na sua função coagulante. Se um paciente apresentasse um sangramento, era prescrito a ele pelo médico a Fitometadiona, que é a vitamina K. Hoje já se sabe que esta vitamina com efeitos coagulantes é a K1.
Outras vitaminas do “complexo K” têm ganhado espaço nos estudos científicos e a vitamina K2 é a que atualmente tem se destacado. A vitamina K2, também conhecida como MK-7, é a Menaquinona. Ela é uma vitamina lipossolúvel, então precisa de se associar a gorduras para ser transportada pelo plasma, e é produzida no intestino através de bactériasao realizarem fermentação. Porém, a quantidade produzida dessa forma é pouca e insuficiente, necessitando então que haja suplementação. Nos alimentos, enquanto a vitamina K1 está presente em óleos e vegetais, a K2 está presente no fígado de boi e nas carnes vermelhas.
A vitamina K2 pode ser feita nas farmácias de manipulação para ser usada como suplemento alimentar.
O principal benefício da vitamina K2 é que ela atua como protetor cardiovascular. Sem ela, é impossível que todo o cálcio inorgânico ingerido seja fixado nos ossos. Quando fora dos ossos, esse cálcio se deposita nas artérias, provocando aterosclerose. Por isso a vitamina k2 exerce efeito de protetor cardiovascular.
Dentre as suas funções, destacam-se:
1) Evita doenças cardíacas e AVC, exatamente por impedir a calcificação vascular.
2) Atua na síntese de proteínas, como por exemplo a osteocalcina. Essa proteína ajuda e impedir o acúmulo de minerais nas paredes das artérias.
3) Promove o fortalecimento da estrutura óssea
4) Promove aumento na produção do hormônio testosterona, melhorando a fertilidade, tanto masculina quanto feminina.
5) Previne o câncer, porque age na supressão de genes que desenvolvem o câncer, além de fortalecer os genes que combatem o desenvolvimento do câncer.
6) Melhora o desempenho físico, porque promove a produção de insulina e aumenta o consumo de energia.
A vitamina K2 está indicada para pessoas com problemas intestinais, como diarreia crônica ou que fizeram cirurgia com redução de intestino. Também para pessoas com problemas em absorver nutrientes, pessoas com doenças hepáticas e por quem está tomando antibióticos, pois causa alteração na flora intestinal, impedindo que a vitamina K2 seja produzida pelas bactérias.
A dose diária recomendada de vitamina k2 é de 100mcg. Ela deve ser consumida logo após a refeição para ser melhor absorvida.
A vitamina k (tanto k1 quanto k2) está contraindicada para pacientes que usam anticoagulantes, para mulheres grávidas ou que estão amamentando.
8 Doses recomendadas de vitaminas
9 Minerais
Os minerais são elementos imprescindíveis ao nosso corpo, pois realizam funções vitais. Falamos que são essenciais exatamente por isso: o organismo não produz e por isso precisamos ingerir na dieta. Como nem sempre nos alimentamos como deveríamos, pode ocorrer de alguns minerais entrarem em deficiência e ser necessário fazer a suplementação.
A deficiência de minerais afeta drasticamente o funcionamento normal do corpo, isso porque em cada estrutura do organismo e em cada uma das funções que realizamos, dependem de minerais específicos. O simples pensar exige a presença de magnésio e fosfato, por exemplo. Andar, falar, realizar atividades diversas, exige igualmente a presença de tantos outros minerais. Ossos precisam de cálcio, assim como o coração. As células intestinais precisam do zinco para sua integridade. O sangue precisa de ferro. Enfim, são milhares de funções e estruturas dependentes de minerais.
O fato de serem minerais já nos induz ao entendimento de que não são orgânicos. Lembra das aulas de química orgânica? “Para ser orgânico, tem que ter carbono na estrutura”. Os minerais são minerais porque não são orgânicos. Simples assim! E não serem orgânicos já demostra que tem uma certa “incompatibilidade estrutural” para a absorção celular. Daí verificarmos reações adversas como mal estar, sensação de peso no estômago, indigestão e outros sintomas quando uma pessoa está fazendo suplementação com determinados minerais.
E é por isso, também, que a indústria vem criando novas fórmulas com velhos minerais e vemos: dimalato, treonato, sulfato etc, sempre na intenção de melhorar absorção, biodisponibilidade, reduzir reações indesejáveis e “direcionar” o mineral para a estrutura que se deseja.
Agora você vai ver os principais minerais, como e quando indicar e as dosagens ideais!
9.1 Cálcio
O cálcio é um nutriente essencial necessário em diversas funções biológicas. Estudos têm demonstrado a associação entre o baixo consumo de cálcio e doenças crônicas, entre elas osteoporose, câncer de colón, hipertensão arterial e obesidade. O cálcio é um nutriente essencial necessário em funções biológicas como a contração muscular, mitose, coagulação sanguínea, transmissão do impulso nervoso ou sináptico e o suporte estrutural do esqueleto. Entretanto, grande parte da população brasileira apresenta consumo de cálcio abaixo do recomendado.
A biodisponibilidade do cálcio, além de ser influenciada por componentes exógenos que interferem na sua absorção e excreção, também é controlada por fatores endógenos como idade, condições fisiológicas e regulação hormonal. 
Alguns componentes da alimentação, como os fitatos, encontrados em cereais e sementes, os oxalatos (espinafre e nozes) e os taninos (chá), podem formar complexos insolúveis com o cálcio, reduzindo a sua absorção. Há estudos que sugerem que cálcio e ferro se atrapalham mutuamente no quesito absorção. Outro fator que pode influenciar a biodisponibilidade do cálcio é o sódio, uma vez que a ingestão elevada do sódio acarreta aumento da excreção renal de cálcio. 
A deficiência de vitamina D afeta diretamente a absorção de cálcio. Se não houver vitamina D3 suficiente, o cálcio não é absorvido como deveria.
Durante a gestação e lactação, a demanda fisiológica aumenta de 200 a 300 mg de cálcio por dia. Na menopausa, a absorção do cálcio pode ser prejudicada devido à redução do estrogênio.
O ideal seria que as pessoas ingerissem o cálcio através da dieta. Porém, para a maioria da população brasileira, essa ingestão não é suficiente. Por isso, a suplementação desse nutriente pode ser necessária em indivíduos que restringem ou eliminam o leite e seus derivados da dieta; em indivíduos com doenças que envolvam o metabolismo ósseo; na alergia alimentar; etc. Grávidas, mulheres que estão amamentando, idosos, mulheres na menopausa devem ter garantidas a suplementação com cálcio, caso não façam a ingestão adequada pela dieta. No caso das grávidas, os polivitamínicos específicos para gestantes já supre a suplementação com cálcio.
Há diferentes sais de cálcio no mercado. Estudos mostram que todos eles possuem absorção e biodisponibilidade semelhantes. Porém, a concentração do cálcio varia em cada tipo de sal. Importante salientar que: a eficácia da absorção do cálcio diminui com o aumento da ingestão. Entretanto, o cálcio total absorvido continua sendo maior conforme o aumento da dose. Estudos demonstram que, dependendo do suplemento, quanto maior o fracionamento da suplementação durante o dia, melhor será a absorção do cálcio. Observa-se que doses acima de 500 mg por dia podem diminuir a eficiência da absorção.
Dentre os possíveis efeitos adversos da suplementação de cálcio estão a formação de cálculo renal e câncer de próstata. O estudo WHI (Women’s Health Initiative) de 2006 descobriu um aumento significante (IC 1,02-1,32) de 17% do risco de cálculo renal no grupo que recebeu 1.000 mg de cálcio e 400 UI de vitamina d por dia, comparado ao grupo placebo.57 Entretanto, a ingestão inicial das participantes que receberam a suplementação já era elevada e aparentemente resultava em uma ingestão total de cálcio de aproximadamente 2.000 mg/ dia. Outro estudo, o Health Professionals Follow-up Study, descobriu maior risco de câncer de próstata em indivíduos com ingestão superior a 2.000 mg/dia.58 Portanto, é importante avaliar a ingestão basal de cálcio do indivíduo antes de recomendar a suplementação. Além disso, a suplementação de cálcio é contraindicada para pacientes com hipercalcemia e litíase renal.
9.2 Cobre
O cobre é um mineral que participa de diversas reações biológicas importantes no nosso corpo, como a síntese de colágeno, o metabolismo do ferro, a produção de catecolaminas, hormônios produzidos pela glândula adrenal, além de ser cofator de reações antioxidantes.
Apesar de não ser comum, a deficiência de cobre pode ocorrer após cirurgia bariátrica, devido à consequente redução de área de absorção nos tecidos gástricos e intestinais. Pessoas comsíndrome do intestino curto e gastrectomia também são propícias a desenvolver deficiência de cobre. Nesses casos, os principais efeitos são complicações hemorrágicas e neurológicas, as quais podem ser reversíveis ou não, e cuja relação com o controle do estresse oxidativo ainda se encontra sob investigação.
Há estudos sobre o efeito do cobre em doenças inflamatórias crônicas, como a artrite reumatoide, e em pacientes com colesterol alto.
A dose diária do cobre na forma bisglicinato é de 3000mcg.
9.3 Ferro
O ferro é um mineral amplamente conhecido pela sua atuação na prevenção e tratamento da anemia.
As principais consequências da deficiência de ferro são: 
• Comprometimento do sistema imune, com aumento da predisposição a infecções; 
• Aumento do risco de doenças e mortalidade perinatal para mães e recém-nascidos; 
• Aumento da mortalidade materna e infantil; 
• Redução da função cognitiva, do crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor de crianças com repercussões em outros ciclos vitais; 
• Diminuição da capacidade de aprendizagem em crianças escolares e menor produtividade em adultos.
• Cansaço, fadiga em adultos.
• Falta de ar
• Dor nas pernas.
Dose recomendada de ferro elementar:
· Adultos: 120 mg de ferro;
· Crianças: 3 a 5 mg de ferro/kg/dia, não podendo ultrapassar 60 mg/dia;
· Bebês de 6 meses a 1 ano: 1 mg de ferro/kg/dia;
· Gestantes: 30-60 mg de ferro + 400 mcg de ácido fólico;
· Mulheres que amamentam: 40 mg de ferro.
9.4 Fósforo
O fósforo é um mineral que participa de inúmeras funções do corpo, incluindo reações químicas para liberação de energia, a formação dos ossos e dentes, transporte de oxigénio e diversas funções celulares.
O fósforo protege as proteínas contra a degradação e é necessário para a síntese do ATP. O fósforo forma parte também do fosfato de creatina. Quanto maior for a concentração de fosfocreatina celular, maior será a capacidade de produzir ATP e proporcionar energia à célula para as diferentes funções.
O metabolismo do fósforo é controlado pelos mesmos hormônios que regulam o metabolismo do cálcio. Por isso, é muito importante estabelecer uma adequada relação cálcio/fósforo para evitar descompensações.
A deficiência de fósforo provoca sintomas como: fadiga ou debilidade, falta de concentração, câimbras, problemas ósseos e articulares (osteoporose, osteomalacia, raquitismo), irritabilidade e nervosismo, anemia, baixa imunidade, inchaço pelo corpo e confusão.
O fósforo é um excelente suplemento para aumentar o rendimento esportivo, principalmente quando associado á creatina. É também muito utilizado em alcoolismo crônico.
Dose diária: 800 a 1200mg por dia.
9.5 Enxofre
O enxofre é um mineral que o organismo não consegue utilizar de forma isolada. Por isso, o MSM, chamado de “enxofre orgânico” é o mais utilizado para suplementação.
O Metilsulfonilmetano (MSM) é uma forma natural de enxofre orgânico encontrada em todos os organismos vivos, apresentando maior concentração nos fluídos e tecidos do corpo humano. O MSM é derivado do DMSO – dimetilsulfóxido. A maior parte do enxofre presente no organismo se encontra nos músculos, o restante distribui-se pelo cérebro, cabelos, unhas, epiderme e ossos. O enxofre é necessário à síntese de colágeno, juntamente com a vitamina B1, vitamina C, biotina e ácido pantotênico. É também muito importante na construção de aminoácidos metionina e cisteína. Estudos mostraram que o MSM alivia a dor por diversos mecanismos de ação. Pode inibir a transmissão de impulsos da dor ao longo das fibras nervosas do tipo C, aumentar o fluxo do sangue, e reduzir os espasmos musculares (câimbras).
O MSM atua principalmente nas articulações, tendo efeito anti-inflamatório e analgésico. Além disso, é um poderoso antioxidante.
Principais indicações: 
• Analgésico 
• Osteoartrite 
• Rosácea 
• Fadiga crônica 
• Fortalecimento de unhas e cabelos 
• Antioxidante
Dose recomendada:
400 a 6000 mg ao dia. Usualmente em sachês de 3g/dia. Também usado em associações na concentração de 300 a 500mg. Um exemplo de associação é com vitamina C. Outro exemplo é com glucosamina e condroitina.
O MSM pode ser utilizado externamente também, na concentração de 5 a 10%.
9.6 Magnésio
O magnésio é um mineral multifuncional. Ele é o quarto mineral mais abundante no corpo, ou seja, muito necessário!
O magnésio atua como cofator em mais de 300 reações metabólicas, desempenhando papel fundamental no metabolismo da glicose, na homeostase insulínica e glicêmica e na síntese de adenosina trifosfato, proteínas e ácidos nucleicos. Atua ainda na estabilidade da membrana neuromuscular e cardiovascular, na manutenção do tônus vasomotor e como regulador fisiológico da função hormonal e imunológica. Envolvido no metabolismo do cálcio, na síntese de Vitamina D e na integridade da formação da estrutura mineral do esqueleto ósseo. É requerido pelo metabolismo de carboidratos, de proteínas e lipídios. É vital para saúde do tecido muscular e nervoso.
INDICAÇÕES: 
· Suplemento para atletas 
· Patologias que ocorre a sua deficiência 
· Proteção contra excesso de cálcio intracelular 
· Prevenção de doenças cardíacas 
· Fadiga neuromuscular
· Cãimbras 
· Stress 
· Tratamento de STPM, associado à vitamina B6 
· Acidez estomacal 
· Prisão de ventre 
DOSES E USOS: Doses diárias recomendadas: 50 a 500 mg de magnésio elementar. 
REAÇÕES ADVERSAS: Náuseas ou vômitos, cãibras no estômago, confusão mental, batimentos cardíacos irregulares, cãibras musculares, cansaço ou debilidade anormal, tontura ou sensação de tontura. Perda de reflexos por bloqueio neuromuscular, depressão respiratória, arritmias cardíacas.
9.7 Selênio
O selênio é um mineral essencial que o organismo necessita em quantidades mínimas. O reconhecimento de sua importância vital no metabolismo humano ficou prejudicado devido ao seu potencial tóxico e aos temores de carcinogenicidade, tumores que já foram descartados por indícios sugerindo exatamente o contrário. 
O selênio oferece proteção contra diversos cânceres e, na verdade, contra um amplo espectro de doenças como: doenças crônicas, como arterosclerose (doença das artérias coronarianas, doença cerebrovascular e doença vascular periférica), câncer, doença degenerativa das articulações (artrite), cirrose e doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema). 
Principais indicações
Preventivo nas alterações degenerativas do pâncreas; exerce efeito protetor, retardando o desenvolvimento do tecido cancerígeno; deficiências imunológicas; artrite reumatóide; doenças cardíacas; também protege contra os efeitos tóxicos do cádmio, mercúrio, chumbo e outros metais tóxicos formando complexos biologicamente inativos; outra característica do selênio é que aumenta a efetividade da vitamina E; é um antioxidante que ajuda a prevenir a ruptura dos cromossomas dos tecidos. O leite humano contém 6 vezes mais selênio do que o leite de vaca e 2 vezes mais vitamina E, a deficiência de selênio está relacionada com a morte súbita infantil. A deficiência de selênio pode produzir distrofia muscular, diástese exudativa, necrose do fígado e infertilidade. O selênio protege a pele contra os raios ultravioleta. 
Dose recomendada:
Via oral: 50 a 200 mcg diários de Selênio elementar. 
Precauções
Suspender o uso de selênio a qualquer sinal de toxicidade, dentre eles estão: odor persistente de alho na pele e no hálito, unhas fracas ou quebradiças, gosto de metal, tonteira e náusea sem outra causa aparente.
9.8 Zinco
É especialmente importante para a saúde da pele e essencial para um sistema imunológico saudável e para a resistência a infecções. O zinco tem várias funções. Seu papel é crucial no crescimento e na divisão das células, quando é necessário na síntese de proteínas e de DNA, na atividade da insulina, no metabolismo dos ovários e testículos e no funcionamento do fígado. Como componente de muitas enzimas, está ligado ao metabolismo de proteínas, carboidratos, lipídios e energia. Atua na regeneração das células intestinais.
Acredita-se que a suplementação de zinco possa auxiliar no tratamento de problemasde pele como acne e eczema, problemas da próstata, anorexia nervosa, alcoolismo e possa ajudar pessoas que sofreram traumas ou passaram por cirurgias. Dentre outras indicações: suprir deficiência dietética nas patologias onde há deficiência de zinco; crescimento e reprodução celular; maturação sexual; fertilidade e reprodução; dermatites e dermatoses de várias etiologias; pruridos, eczemas úmidos e escoriações; melhora o paladar; acelera a cicatrização de feridas e queimaduras.
Toxicidade/Contraindicações 
Ingestões de altas doses de Zinco podem induzir a deficiência de cobre, o que prejudica a mobilização do ferro, podendo causar anemia
Dose recomendada: de 4 a 30mg de zinco elementar ao dia.
10 Prescrições poderosas
É sabido que os minerais participam ativamente das atividades exercidas pelas vitaminas. Sem eles, as vitaminas ficam com suas funções deficientes. Por isso, a prescrição de muitas vitaminas requer a prescrição de sais minerais.
7.1 – Vitamina C + zinco 
Essa prescrição é clássica. O zinco, por ter uma ação semelhante à vitamina C no organismo, atua de forma sinérgica com ela, potencializando os efeitos de melhorar o sistema imunológico e combater os radicais livres.
O zinco atua nos mecanismos de imunidade celular através dos seguintes mecanismos: é fundamental para a formação do hormônio tímico que comanda a transformação das células da medula óssea em linfócitos que, posteriormente se diferenciarão em linfócitos B e T, estimula a proliferação de linfócitos T, regula a função dos linfócitos T na periferia e é importante para a expressão do receptor para interleucina 2 nos linfócitos T maduros. É importante também ressaltar que o zinco é essencial para a síntese de imunoglobulinas pelos linfócitos B e para a regulação da interação entre linfócitos T e B.
Tanto a vitamina C como o zinco desempenham papéis funcionais muito importantes na nutrição e manutenção da saúde. Em particular, a vitamina C e o zinco desempenham papel importante na função imunológica e na modulação da resistência do organismo a agentes infecciosos, reduzindo o risco, a gravidade e a duração de doenças infecciosas, como o resfriado comum.
É indicada para pessoas com imunidade baixa.
Posologia: 1g de vitamina C + 10mg de zinco, 1 x ao dia, após café ou almoço.
7.2 Vitamina C + Aspartato de Arginina
O aspartato de arginina é uma molécula formada por dois aminoácidos que atua na astenia, que é o cansaço físico e mental. Essa molécula é o constituinte universal das proteínas é estimula o ciclo de Krebs, fornecendo energia para a célula. A vitamina C desempenha importante papel no metabolismo celular, participando dos processos de óxido-redução. Possui um papel coadjuvante dos efeitos do aspartato de arginina, uma vez que o ascorbato inativa os radicais superóxido (O2 - ) e previne a peroxidação lipídica da membrana plasmática, atuando como antioxidante. Assim, provoca também um efeito eficaz no combate ao cansaço físico e mental. A associação da vitamina C com aspartato de arginina melhora, também, a imunidade.
É indicada para pessoas que querem melhorar a disposição física, pessoas com muita fadiga e com imunidade baixa (gripando com frequência, apresentando quadros frequentes de diarreia etc)
Posologia: 1g de vitamina C + 1g de aspartato de arginina, 1 vez ao dia, após a refeição. Ou 500mg de vitamina C + 500mg de aspartato de arginina, 2x ao dia, após almoço e jantar. 
7.3 Vitamina K2 + Vitamina D
Tanto a vitamina K2 quanto a vitamina D atuam no transporte do cálcio para dentro dos ossos e dentes. A K2 ainda ativa a osteocalcina, enzima responsável por fixar o cálcio nos ossos. 
A vitamina D está relacionada à metabolização do fósforo.
A combinação de vitamina K2 com vitamina D é indicada para pessoas que estão sentindo dores nos ossos e articulações, para pessoas com fraqueza e dores musculares. Também pode ser usada de forma preventiva para problemas cardiovasculares e para quem tem varizes. Ambas auxiliam, ainda, na melhora do humor.
Posologia: Vitamina D3 2000UI + Vitamina K2 (mk7) 100mcg: 1x ao dia, após o almoço.
7.4 Vitamina K2 + Vitamina D + Cálcio + Magnésio
Essa é uma formulação poderosa para manter os ossos saudáveis, fazer uma “limpeza” nos vasos sanguíneos e prevenir problemas cardiovasculares. Alguns profissionais classificam essa fórmula como sendo a “fórmula da longevidade”.
Depois do potássio, o magnésio é o segundo mineral mais abundante encontrado nos fluidos intracelulares. Encontrado nos ossos, músculos, tecidos moles e líquidos extracelulares. Trata-se de um mineral utilizado na síntese de proteínas, no transporte de energia, contribui para o funcionamento de algumas enzimas essenciais (todas as que necessitam de vitamina B1), para o equilíbrio do cálcio, potássio e sódio, ajuda ao bom funcionamento celular, necessário para a atividade hormonal e em mais de 300 reações químicas que ocorrem diariamente no organismo.
O cálcio atua na formação de ossos e dentes, regula a coagulação e participa de funções neuromusculares.
A formulação é indicada para pessoas com osteoporose, artrite, artrose, hipertensão e como preventiva de problemas cardiovasculares.
Posologia: Vitamina D3 2000UI + Vitamina K2 (mk7) 100mcg + Cálcio 500mg + Magnésio dimalato 300mg. Tomar 1x ao dia, após do café da manhã.
7.5 Vitamina K2 + Vitamina B12
Combinação que melhora a disposição física, mental e previne problemas cardiovasculares.
Posologia: Vitamina B12 1000mcg + vitamina K2 100mcg. Tomar 1 cápsula após o almoço.
7.6 Vitamina A + Vitamina E + Vitamina D
Essa formulação é para melhorar a saúde dos cabelos, unhas e da pele.
Posologia: Vitamina A 5000UI + Vitamina E 400mg + Vitamina D3 2000UI. Tomar após o café da manhã ou almoço.
7.7 Polivitamínicos + Poliminerais
Os polivitamínicos e poliminerais apresentam uma série de funções, dentre elas melhorar a imunidade, dar mais disposição, atuar na saúde dos cabelos, das unhas e da pele, combater o estresse, melhorar o humor etc. Algumas formulações são acrescidas de Ginseng, para combater com mais ênfase o cansaço físico e mental.
Essas formulações podem ser indicadas para adultos e adolescentes em fase escolar. É indicada, também, para pessoas que trabalham com muito esforço físico ou mental.
 O ideal é tomar um comprimido ou cápsula após o almoço, por 60 dias. E esse tratamento de 60 dias pode ser feito 2x ao ano. 
Observe pacientes que tomam muitas medicações, pacientes que tomam medicamentos para sistema nervoso (depressão, ansiedade, estresse). Essas são as pessoas ideais para utilizarem polivitamínicos. 
7.8 Complexo B
As vitaminas do complexo B apresentam muitas funções: atuam no sistema nervoso, melhorando a memória, reduzindo o estresse e o cansaço mental e melhorando o humor; participam do metabolismo de carboidratos e lipídios; compõem a massa muscular; melhoram câimbras, dores musculares; melhoram aftas e feridas na boca.; melhoram a imunidade; auxiliam no tratamento e na prevenção da anemia, melhoram a disposição física e mais uma infinidade de funções.
Recomende sempre para: vegetarianos/veganos, pessoas que gostam de praticar esportes, pessoas com anemias, pessoas com imunidade baixa, pessoas com feridas na boca ou aftas, pessoas com alto nível de estresse e pessoas com imunidade baixa.
É importante aumentar a ingestão de água quando se toma complexo B.
Esteja atento pois nem todo medicamento chamado de complexo B contém todas as vitaminas do complexo B!
A posologia recomendada é 1 comprimido após o almoço, durante 60 dias. Esse tratamento de 60 dias pode ser feito 2 vezes ao ano.
7.9 Fórmula “pré-treino”
Teacrine 100mg: é um alcaloide muito presente em fontes naturais, encontrado na Camellia assamica var.kucha, café e algumas frutas exóticas. Sua função é melhorar o funcionamento metabólico do organismo para promover energia, aumentar o desempenho físico, além de estimular a motivação, humor e a cognição, sem causar efeitos colaterais como nervosismo ou irritabilidade. Melhora a performance nos treinos e intensifica a resposta muscular, gerandoresultados mais eficazes durante a prática do exercício físico. Ajuda na concentração, redução da fadiga, resistência ao treino, acelera a queima de gordura e aumento da massa magra.
Cafeína 100mg: acelera o metabolismo, a queima de gordura, dá mais disposição e melhora o desempenho físico.
Zinziber Off 120mg (gengibre): é termogênico, acelera o metabolismo e a queima de gordura, dá mais disposição.
Beta alanina 500mg: aminoácido que melhora a resistência à fadiga do músculo, ou seja, aumenta a força e melhora a performance durante os treinos.
Ácido fólico 500mcgSão vitaminas do complexo B, algumas já na forma ativa, relacionadas ao metabolismo de carboidratos e gorduras. Além disso, melhoram a disposição física e mental, reduzem o cansaço, reduzem a fadiga muscular, reduzem as dores musculares e as câimbras.
Metilcobalamina 500mcg
Piridoxal 5 fosfato 8mg
Tiamina 20mg
Riboflavina 20mg
Niacinamida 30mg
Pantotenato de cálcio 60mg
Fazer toda a formulação, nas doses indicadas e tomar 1 x ao dia, 30 minutos antes da atividade física. 
Não indicar para pacientes com problemas cardíacos ou hipertensos!
REFERÊNCIAS
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Giselle A. P. PereiraPatrícia S. GenaroMarcelo M. PinheiroVera L. SzejnfeldLígia A. Martini
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