Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Luana Paixão | P7 < 10% são contusos e apenas 15-30% são penetrantes que precisam de intervenção cirúrgica Consequências: o Hipóxia acidose metabólica (mais séria) o Hipercabia acidose respiratória (🡑PaCO2) o Acidose AVALIAÇÃO PRIMÁRIA LESÃO DA ÁRVORE TRAQUEOBRÔNQUICA Normalmente próximas a carina (aprox. 2.54 cm) o Lesão > 1/3 = toracotomia Sintomas inespecíficos (hemoptise, enfisema subcutâneo cervical, pneumotórax hipertensivo, cianose...) PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO (PNH) Ar na cavidade pleural instabilidade hemodinâmica secundária ao pneumotórax o Mecanismo de válvula unidirecional do pulmão para a cavidade torácica, levando ao colapso pulmonar o Torna uma pressão + o Empurra mediastino (para o lado contralateral da lesão) e impede retorno venoso Consequência = 🡓retorno venoso, DC, choque obstrutivo Maior causa = trauma contuso (de costelas) Sinais e sintomas: o Dor torácica o Dispneia o Desconforto respiratório o Taquicardia o Hipotensão o Desvio traqueal o Turgência venosa do pescoço o Ausência de murmúrio vesicular do lado acometido o Cianose Diagnóstico é clínico! Não perder tempo com confirmação radiológica em uma emergência o Porém, pode-se fazer uso do eFAST Manejo (torna um pneumotórax simples para aí drenar) o Descompressão por agulha de grande calibre Toracocentese de alívio 2 EIC paciente mais magro / 5 EIC paciente mais gordo Técnica: no segundo espaço intercostal, logo acima do bordo superior da terceira costela, na linha hemiclavicular do hemitórax afetado o Toracostomia e drenagem torácica (definitivo) Colocação de dreno torácico do lado afetado através do quinto espaço intercostal na linha axilar média no nível do mamilo por meio de uma incisão horizontal próxima a borda superior da costela inferior PNEUMOTÓRAX ABERTO (PNA) Aspirativo por lesão aberta Colabamento pulmonar evidente Dor, dispneia, taquipneia, menos MMVS no lado afetado Maior causa = trauma penetrante Manejo o Curativo de 3 pontas (‘’selo d’ água / válvula de escape) o Drenagem e síntese da parede torácica Sem perfusão tissular morte celular 2 Luana Paixão | P7 HEMOTÓRAX MACIÇO (HM) Acúmulo de > 1500 ml ou > 1/3 de volume sanguíneo do paciente na cavidade torácica o Choque grave / grau III o Lembrar: volemia = 7% do peso ideal Veias do pescoço podem estar colapsadas (se houver um PNH concomitante, podem estar com turgência) Sugestivo quando há choque associado com ausência de MMVS ou percussão maciça Manejo o Restauração do volume sanguíneo perdido Infusão de cristaloides e transfusão sanguínea o Descompressão Toracotomia Principalmente indicada quando há constante necessidade de transfusão Indicações: o Hemotórax maciço , quando há lesão associada ou fluxo de drenagem inicial ou evolutivo, controle radiográfico com opacidade - considerar coágulo retido CONDIÇÃO MMVS PERCUSSÃO TRAQUEIA VEIAS DO PESCOÇO MOVIMENTO TORÁCICO PNH 🡓 ou X Hipertimpânica Desviada Distendidas Expandido e imóvel HM 🡓 Maciço Midline Colabadas Imóvel TAMPONAMENTO CARDÍACO (TAC) Compressão cardíaca por líquido no saco pericárdico o Pericárdio é inelástico / fibroso (para impedir atrito pericárdico) o Qualquer líquido acima do pericárdico leva a imobilidade o Câmaras não se enchem impede sístole menor DC Pode ter evolução silenciosa e lenta ou abrupta Tríade de Beck: sons cardíacos abafados (hipofonese de bulhas) + turgência jugular + hipotensão o Nem sempre vai ter todos O sinal de Kussmaul (aumento da pressão venosa durante a respiração espontânea) reflete um comportamento paradoxal da pressão venosa efetivamente associado ao tamponamento PNH na esquerda pode mimetizar TAC o Como diferenciar? No TAC vai ter sons audíveis bilateralmente Melhor método de avaliação: FAST Manejo o Toracotomia de emergência + pericardiocentese / punção de Marfan (não é tratamento definitivo) Usa ECG pra guiar (se tiver extrassístole, tocou no pericárdio) o Esternotomia 3 Luana Paixão | P7 AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Avaliação mais aprofundada (RX, ECG, TC, gasometria arterial...) Avaliar a possibilidade dessas seguintes condições: o Pneumotórax simples o Hemotórax o Tórax instável Ocorre quando há, no mínimo, duas costelas adjacentes fraturadas em dois ou mais lugares ou separação de um segmento costocondral, de modo que um segmento torácico perde continuidade com a parede Respiração paradoxal: presença de um retalho costal móvel que se colaba na inspiração e que se abaula na expiração As maiores repercussões do tórax instável são decorrentes da contusão pulmonar e da dor associada à restrição de movimentos, e não da respiração paradoxal o Contusão pulmonar o Trauma cardíaco contuso o Rotura aórtica e diafragmática o Ferimento transfixante do mediastino o Ruptura esofágica PROCEDIMENTOS DRENAGEM TORÁCICA Drenagem torácica é um procedimento cirúrgico que consiste em introduzir um dreno, através da parede torácica, na cavidade pleural, com o objetivo de esvaziamento do conteúdo líquido ou gasoso retido. Pode ocorrer em situações patológicas (p. ex., pneumotórax, hemotórax, empiema e quilotórax) ou pós-procedimento que viole a cavidade (p. ex., cirurgia cardíaca ou torácica). A drenagem efetiva requer um dreno adequadamente posicionado e um sistema de drenagem hermético e unidirecional para manter a pressão intrapleural subatmosférica, o que permite drenagem do conteúdo pleural e reexpansão do pulmão. 1. Determinar local da drenagem no 5 EIC 2. Preparar o local, cobrir com campos cirúrgicos e anestesiar 3. Fazer uma incisão transversa / horizontal de 2 a 3 cm 4. Perfurar a pleura parietal com a ponta de uma pinça hemostática e introduzir o dedo enluvado na incisão para evitar lesões de outros órgãos e para remover aderências, coágulos, etc 5. Pinçar a extremidade proximal do dreno e observar o embaçamento do tubo 6. Conectar a extremidade do dreno de toracostomia a um sistema de selo d'água 7. Fixar com sutura e dreno oclusivo 8. Fazer um raiox e gasometria e/ou oximetria TORACOCENTESE A toracocentese consiste na punção com agulha fina do espaço pleural, por via transparietal, realizada para a coleta de fluidos. A principal indicação é “diagnóstica” (coleta de amostra do derrame pleural para exames) ou “alívio” (retirada de maior volume para melhora da mecânica ventilatória). Também pode ser ‘’descompressiva’’ (pacientes com pneumotórax hipertensivo para melhora rápida dos sintomas até a realização da drenagem torácica). Aspectos do raio x D - detalhes R - Rx, qualidade da imagem S - soft (tecidos moles) e ossos A - via aérea e mediastino B - respiração C - cirulação D - diafragma E - extras 4 Luana Paixão | P7 1. Posicionamento do paciente: punção posterior do líquido pleural, o paciente deve estar sentado no leito, com o tórax ereto e a parte superior do corpo levemente inclinado para frente e com os braços apoiados sobre um anteparo estável 2. Localização do nível do líquido pleural a. USG b. Ausculta pulmonar: murmúrio vesicular diminuído ou ausente; lembrar que quando surge o derrame pleural, o atrito pleural desaparece c. Percussão: macicez ou submacicez; ressonância Skódica (hipersonoridade encontrada acima do derrame pleural); sinal de Signorelli (som claro pulmonar na coluna dorsal à percussão dos espaços intervertebrais; é substituído por submacicez e macicez, indicando derrame pleural abaixo do nível de transição) d. Palpação: diminuição da expansibilidade unilateral ou bilateral basal; aumento unilateral difuso; frêmito toracovocal diminuído ou ausente 3. Sítio de punção: o deve ser um espaço intercostal abaixo do nível do derrame e na linhaescapulara. Deve-se inserir a agulha na porção superior do arco costal inferior para evitar danos ao feixe vasculonervoso (FVN) que possui seu trajeto abaixo da borda inferior dosarcos intercostais, que vai desde a coluna vertebral até a porção anterior do tórax TORACOTOMIA Incisão (abertura) na parede torácica para se acessar o conteúdo da cavidade Classificação: o Quanto às condições clínicas do paciente Toracotomia de reanimação (realizar massagem cardíaca interna) Toracotomia de emergência (clinicamente instáveis) Reanimação dos pacientes agônicos com lesões cardiotorácicas penetrantes Evacuação do tamponamento pericárdico Correção direta das lesões cardíacas Controle da hemorragia torácica e controle do hilo pulmonar Prevenção da embolia gasosa Realização da reanimação cardiopulmonar o que pode produzir até 60% da fração de ejeção normal Clampeamento transversal da aorta torácica descendente Toracotomia de urgência (clinicamente estáveis) o Quanto ao tipo de toracotomia Toracotomia simples Toracotomia composta Toracotomia combinada Métodos incisionais o Esternotomia mediana o Toracotomia póstero-lateral o Toracotomia antero-lateral o Toracotomia axilar
Compartilhar