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Trauma torácico

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― ― 
INTRODUÇÃO 
✓ Menos de 10% dos traumatismos fechados 
e somente 15 a 3-0% das lesões 
penetrantes precisam de cirurgia. 
✓ Lesões iatrogênicas são comuns: 
hemotórax ou pneumotórax na inserção 
de um cateter central ou lesões esofágicas 
durante endoscopia. 
✓ Trauma torácico = 
o Hipóxia: oferta inadequada de O2 
pela hipovolemia, por alteração da 
relação ventilação/perfusão 
pulmonar (contusão, hematoma, 
colapso alveolar), alterações nas 
relações pressóricas intratorácicas 
(pneumotórax hipertensivo, 
pneumotórax aberto). 
o Hipercapnia: consequência de 
acidose respiratória decorrente de 
ventilação inadequada devido às 
alterações nas relações pressóricas 
intratorácicas e de rebaixamento 
no nível de consciência. 
o Acidose: causada pela 
hipoperfusão dos tecidos. 
✓ A avaliação inicial do tórax consiste em: 
avaliação primária, normalização dos sinais 
vitais, avaliação secundária pormenorizada 
e tratamento definitivo. 
✓ Devem ser tomadas medidas precoces 
para evitar ou corrigir a hipóxia (é a 
característica mais grave da lesão 
torácica). 
✓ A maioria das lesões com risco à vida é 
tratada pela permeabilização da via aérea 
ou por inserção apropriada de um dreno 
ou agulha. 
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA 
✓ Via aérea -> ventilação -> circulação 
✓ Problemas críticos devem ser corrigidos 
assim que encontrados. 
✓ Avalia lesões com risco iminente à vida que 
são mais “óbvias” ao exame físico. 
✓ :
o Avaliar permeabilidade da via 
aérea e troca de ar: ouvir os 
movimentos do ar no nível do nariz, 
boca e campos pulmonares; 
inspecionar a orofaringe em busca 
de corpos estranhos; observar as 
contrações musculares intercostais 
e supraclaviculares. 
o Trauma de laringe pode levar a 
obstrução aguda da via aérea. 
o Lesões traumáticas na parte 
superior do tórax: criam defeito 
palpável na região da articulação 
esternoclavicular com luxação 
posterior da cabeça da clavícula = 
obstrução da via aérea superior. É 
reconhecida observando-se 
estridor ou modificação acentuada 
na qualidade da voz. Tratamento: 
redução da lesão com extensão dos 
ombros ou pinçamento da clavícula 
com pinças de campo de Backhaus 
e redução manual da fratura a qual 
torna-se estável quando o doente 
permanece na posição supina. 
 
✓ :
o Expor tórax e pescoço 
completamente – abertura 
TEMPORÁRIA do colar cervical em 
doentes com trauma fechado – 
manter a imobilização segurando a 
cabeça. 
o Inspeção, palpação e ausculta. 
o Evidências de lesões ou hipóxia: 
aumento da FR, mudança no 
padrão dos movimentos da caixa 
torácica – movimentos cada vez 
mais superficiais. 
o Cianose: sinal tardio de hipóxia. Sua 
ausência não quer dizer que não 
tenha hipóxia. 
o Principais lesões que afetam a 
ventilação: pneumotórax 
hipertensivo, pneumotórax aberto, 
tórax instável (retalho costal 
móvel) com contusão pulmonar e 
hemotórax maciço. 
o Após a intubação, uma das causas 
comuns de perda do murmúrio 
vesicular no hemotórax esquerdo é 
a intubação do brônquio principal 
direito. Durante a reavaliação, deve 
certificar-se da posição do tubo 
endotraqueal antes de assumir que 
a alteração no exame físico seja 
resultante de pneumotórax ou 
hemotórax. 
✓ PNEUMOTÓRAX 
HIPERTENSIVO: 
 
o Ocorre quando há vazamento de ar 
tanto do pulmão quanto da parede 
torácica para o espaço pleural. O ar 
entra na cavidade pleural sem ter 
como sair o colapsa o pulmão. 
o Mediastino é deslocado para o lado 
oposto o que diminui retorno 
venoso e e comprimi o pulmão 
contralateral. 
o Choque obstrutivo: ocorre devido 
ao retorno venoso falho que 
diminui débito cardíaco. 
o Causa mais comum: ventilação 
mecânica com pressão positiva em 
doentes com lesão da pleura 
visceral. 
o Pode ocorrer devido a: 
complicação de um pneumotórax 
simples; lesões traumáticas da 
parede torácica; fraturas com 
grande desvio da coluna torácica. 
o SINAIS E SINTOMAS: dor torácica, 
dispneia importante, desconforto 
respiratório, taquicardia, 
hipotensão, desvio da traqueia 
para o lado contrário da lesão, 
ausência unilateral de murmúrio 
vesicular, elevação do hemitórax 
sem movimento respiratório, 
distensão das veias do pescoço, 
cianose com manifestação tardia. 
o DIAGNÓSTICO: clínico e reflete ar 
sob pressão no espaço pleural. 
o Diferença de pneumotórax 
hipertensivo e tamponamento 
cardíaco: no pneumotórax 
hipertensivo há timpanismo na 
percussão, desvio da traqueia e 
ausência de murmúrio vesicular no 
hemitórax afetado. 
o Exige descompressão imediata – 
inserir agulha de grosso calibre no 
segundo espaço intercostal na linha 
medioclavicular do hemitórax 
afetado. 
o TRATAMENTO DEFINITIVO: 
inserção de dreno torácico no 
quinto espaço intercostal – nível do 
mamilo – imediatamente anterior à 
linha axilar média. 
✓ PNEUMOTÓRAX ABERTO – 
FERIDA TORÁCICA ASPIRATIVA 
 
o Ferimentos da parede torácica que 
permanece abertos. 
o O ar tende a passar pelo local de 
menor resistência -> se a abertura 
é de 2/3 do diâmetro da traqueia 
ou maior, o ar passa 
preferencialmente pela lesão da 
parede. 
o Ventilação prejudicada = hipóxia e 
hipercapnia. 
o TRATAMENTO INICIAL: 
fechamento imediato das lesões 
com curativo estéril e grande o 
suficiente para cobrir todo o 
ferimento e deve ser fixado em 3 
dos seus lados para imitar uma 
válvula unidirecional. Na inspiração 
o curativo bloqueia a entrada de ar 
e na expiração o lado que não está 
fixado permite o escpe de ar. 
o Deve ser inserido um dreno de 
tórax longe do ferimento. 
o O ferimento deve ser fechado 
definitivamente por procedimento 
cirúrgico. 
✓ TÓRAX INSTÁVEL – RETALHO 
COSTAL MÓVEL – E CONTUSÃO 
PULMONAR 
o Ocorre quando um segmento da 
parede torácica não tem mais 
continuidade óssea com a caixa 
torácica. 
 
o Resulta em grave prejuízo dos 
movimentos normais da parede 
torácica. 
o Geralmente há lesão pulmonar 
subjacente a qual se for grande 
pode levar a hipóxia grave – o que 
contribui para a hipóxia é a dor 
associada à restrição dos 
movimentos ventilatórios e lesão 
do parênquima pulmonar. 
o Sinais: respiração dificultosa, 
movimento do tórax assimétrico e 
descoordenado, palpação de 
movimentos respiratórios 
anormais e crepitações. 
o MEDIDAS TERAPÊUTICAS INICIAIS: 
correção da hipoventilação, 
administração de oxigênio 
umidificado e reposição volêmica. 
o TERAPIA DEFINITIVA: garantir 
melhor oxigenação possível, 
administração de líquidos com 
cautela, analgesia para melhorar a 
ventilação – pode-se usar bloqueio 
intermitente do nervo intercostal e 
anestesia intra/extrapleural ou 
peridural. 
o A intubação pode ser eficaz para 
evitar hipóxia – avaliar FR, pressão 
parcial de o2 arterial e estimativa 
do trabalho respiratório. 
✓ HEMOTÓRAX MACIÇO 
o Acúmulo de sangue e líquidos em 
hemitórax pode comprimir o 
pulmão e limitar a ventilação 
normal. 
o Pode levar a: hipotensão e choque. 
o Na percussão há macicez. 
 
✓ :
o Pulso: qualidade, frequência e 
regularidade. 
o Aferir pressão de pulso e pressão 
sanguínea e avaliar circulação 
periférica pela coloração e 
temperatura da pele. 
o Avaliar distensão das veias do 
pescoço (não vão estar distendias 
se hipovolemia, tamponamento 
cardíaco, pneumotórax 
hipertensivo, lesão traumática do 
diafragma). 
o Monitor cardíaco e oxímetro de 
pulso. 
o Lesões mais críticas à circulação: 
pneumotórax hipertensivo, 
hemotórax maciço e 
tamponamento cardíaco. 
✓ HEMOTÓRAX MACIÇO 
o Rápido acúmulo de 1.5L de sangue 
ou 1/3 ou mais do volume de 
sangue do doente na cavidade 
torácica. 
o Causado mais comumente por 
ferimentos penetrantes que 
dilaceram os vasos sistêmicos ou 
hilares mas pode ser causado 
também por trauma contuso. 
o As veias do pescoço podem estar 
colabadas ou distendidas. 
o Diagnosticado pela associação de 
choque com ausência de murmúrio 
vesicular e/ou macicez à percussão. 
o Tratamento inicial: reposição de 
volume sanguíneo (cristaloide e 
assim que possível sangue tipo-
específico) e descompressão da 
cavidade torácica. O sangue 
removidodeve ser coletado para a 
auto-transfusão. 
o TORACOTOMIA: se o volume 
drenado imediatamente for de 1,5L 
provavelmente deverá ser feita 
uma toracotomia de urgência; 
necessidade persistente de 
transfusões; ferimentos torácicos 
penetrantes anteriores e mediais à 
linha dos mamilos ou posteriores e 
mediais às escápulas. 
TORACOTOMIA SÓ É INDICADA SE 
TIVER CIRURGIÃO QUALIFICADO. 
✓ TAMPONAMENTO CARDÍACO 
o Resulta geralmente de ferimentos 
penetrantes. 
 
o Identificado pela presença da 
TRÍADE DE BECK: elevação da 
pressão venosa, diminuição da 
pressão arterial e abafamento das 
bulhas cardíacas. 
o O pneumotórax hipertensivo à 
esquerda pode simular o 
tamponamento. 
o Pode ter sinal de Kussmaul. 
o A AESP pode sugerir 
tamponamento cardíaco. 
o Métodos diagnósticos adicionais: 
ECG, FAST, janela pericárdica. 
o Diagnóstico e evacuação imediata 
de sangue coletado no saco 
pericárdico se doente não 
responde às medidas habituais de 
reanimação para choque 
hemorrágico e se suspeita de 
tamponamento. 
o Intervenção cirúrgica para aliviar o 
tamponamento. Se não for 
possível: pericardiocentese como 
tratamento temporário. 
 
✓ 
o A indicação é o paciente em AESP 
com trauma perfurante. 
o Faz-se a incisão no 5º espaço 
intercostal esquerdo e divulsiona 
os tecidos com o afastador 
“finoqueto” do 4º ao 6º espaço 
intercostal. 
o Incisão de divulsão -> clampeia a 
aorta descendente -> drena o 
sangue na cavidade pericárdica -> 
sonda foley com baloente inflado 
no ferimento -> desclampeia a 
aorta -> massagem cardíaca. 
o A aorta deve ser clamapeada para o 
sangue continuar chegando nas 
coronárias. 
o A sonda foley com balonete inflado 
serve para obstruir o ferimento 
cardíaco. 
o A restauração volêmica deve ser 
mantida e deve-se proceder com 
intubação endotraqueal e 
ventilação mecânica. 
o Doentes com trauma FECHADO 
sem pulso, mas com atividade 
elétrica miocárdica não são 
candidatos à toracotomia de 
reanimação. 
o Manobras que podem ser feitas 
durante a toraco de reanimação: 
Evacuação de sangue contido no 
saco pericárdico e que está 
causando tamponamento; 
Controle direto da hemorragia 
intratorácica exsanguinante; 
Massagem cardíaca aberta; 
Clampeamento da aorta 
descendente para reduzir as perdas 
sanguíneas abaixo do diafragma e 
para aumentar a perfusão do 
cérebro e do coração. 
 
 
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA 
✓ Inclui: 
o Exame físico adicional mais 
detalhado; 
o RX de tórax anteroposterior – 
analisar expansão pulmonar, 
derrame pleural, alargamento do 
mediastino, desvio da linha média 
ou perda de detalhe anatômico, 
fraturas de arco costal; 
o Gasometria arterial; 
o Monitoração da oximetria de pulso; 
o Eletrocardiograma. 
✓ Avalia lesões letais, que não são óbvias ao 
exame físico e o diagnóstico requer 
exames complementares. 
✓ : 
✓ Pneumotórax simples 
o Entrada de ar no espaço virtual 
entre a pleura visceral e parietal. 
o Causa mais comum após trauma 
FECHADO; laceração pulmonar 
com vazamento de ar. 
o Há colabamento do pulmão que 
resulta em alteração na 
ventilação/perfusão. 
o Murmúrio vesicular está diminuído 
no lado afetado. 
o Percussão no lado afetado: 
hipertimpanismo. 
o Tratamento: inserção de um dreno 
de tórax no quarto ou quinto 
espaço intercostal anteriormente à 
linha axilar média. 
o Após inserção do dreno deve-se 
fazer RX de tórax para confirmar a 
reexpansão pulmonar. 
o Os doentes que apresentam 
pneumotórax traumático ou que 
tenham risco de desenvolver um 
pneumotórax hipertensivo no 
transoperatório, não devem ser 
submetidos a anestesia geral ou a 
ventilação com pressão positiva até 
que tenham seu tórax drenado. 
o Pode evoluir para hipertensivo 
quando o diagnóstico não é feito 
desde o início e o doente é 
submetido a ventilação com 
pressão positiva. 
 
 
✓ Hemotórax 
o Causa mais comum: laceração 
pulmonar ou ruptura de vaso 
intercostal ou artéria mamária 
interna por trauma penetrante ou 
fechado. 
o A drenagem deve ser feita com 
dreno grosso – 36 ou 40 french – 
que remove o sangue, diminui o 
risco de formação dos coágulos e 
serve como método de 
monitorização. 
o A exploração cirúrgica deve ser 
considerada sempre que a 
drenagem inicial for igual a 1,5L de 
sangue, se tiver drenagem de mais 
de 200 ml/hr durante 2 a 4 horas ou 
quando a transfusão de sangue for 
contínua. 
✓ CONTUSÃO PULMONAR 
o É a lesão torácica mais comum em 
adultos portadores de fraturas de 
arcos costais.
o Se PaO2 < 65, Sat. O2 < 90% e PCO2 
> 45: intubação e ventilação já na 
primeira hora após lesão.
o Sempre monitorar oximetria de 
pulso, gasometria arterial, 
monitoração eletrocardiográfica e 
equipamento apropriado para 
ventilação.
o Paciente deve ficar em UTI.
o O padrão ouro de imagem é TC.
o Não consiste em indicação de 
toracotomia.
✓ LESÕES DA ÁRVORE 
TRAQUEOBRÔNQUICA 
o No trauma fechado, a maioria 
ocorre perto da carina. 
o Mortalidade é elevada. 
o Se suspeita: solicitar avaliação de 
um cirurgião. 
o Apresenta-se com hemoptise, 
enfisema subcutâneo ou 
pneumotórax. 
o Confirmação de diagnóstico: 
broncoscopia. 
o Expansão pulmonar incompleta 
após drenagem sugere lesão da 
árvore e pode ser necessária a 
colocação de mais de um dreno 
torácico. 
o Considerar intubação seletiva do 
brônquio-fonte do pulmão oposto. 
✓ CONTUSÃO CARDÍACA 
o Ruptura da câmara cardíaca: 
tamponamento cardíaco. 
o FAST precoce pode facilitar o 
diagnóstico. 
o Diagnóstico definitivo: inspeção 
direta do miocárdio. 
o Sequelas importantes: hipotensão, 
arritmias e/ou anormalidades da 
motilidade da parede miocárdica 
vista na ecocardiografia. 
o Achados ECG mais comuns: 
extrassístoles ventriculares 
múltiplas, taquicardia sinusal 
inexplicada, fibrilação atrial, 
bloqueio de ramo e alterações no 
segmento ST. 
o Elevação da pressão venosa 
central, na ausência de uma causa 
óbvia, pode indicar disfunção 
ventricular direita secundária à 
contusão. 
o Contusão iocárdica diagnosticada 
por meio de anormalidades da 
condução apresenta risco de 
desenvolver arritmias súbitas e 
devem ser monitorados nas 
primeiras 24hrs após o trauma. 
✓ RUPTURA TRAUMÁTICA DE 
AORTA 
o Causa comum de morte súbita após 
colisões de veículos ou quedas de 
grande altura. 
o Doentes potencialmente tratáveis 
costumam ter ruptura incompleta 
perto do ligamento arterioso da 
aorta. 
o Manutenção da integridade da 
camada adventícia ou o hematoma 
mediastinal contido previnem a 
exsanguinação e a morte imediata. 
o Característica encontrada em todos 
os sobreviventes é um hematoma 
restrito ao mediastino. 
o Hipotensão persistente ou 
recorrente geralmente é devida a 
sangramento não identificado em 
outro local que não a aorta. 
o Achados radiológicos: 
 
o TC helicoidal do tórax é um método 
acurado para triagem de pctes com 
suspeita de lesão aórtica. 
o Se resultados equivocados: 
aortografia. 
o Ecocardiografia transesofágica 
também pode ser útil. 
o Tto: sutura primária da aorta ou 
ressecção da área traumatizada 
seguida pela interposição de um 
enxerto. 
✓ RUPTURA TRAUMÁTICA DE 
AORTA 
 
o Trauma contuso produz rupturas 
radiais grandes que levam à 
herniação. 
o Trauma penetrante produz 
pequenas perfurações que levam 
algum tempo para resultar em 
hérnias diafragmáticas. 
o Do lado direito pode ser que o 
único achado seja elevação do 
diafragma no RX. 
o Se a suspeita for do lado esquerdo 
deve-se passar uma sonda que se 
visualizada no RX não precisa de 
estudo contrastado. 
o A saída de líquido pelo dreno de 
tórax usado na lavagem peritoneal 
também confirma diagnóstico. 
o Tratamento: sutura primária. 
✓ RUPTURA ESOFÁGICA POR 
TRAUMA FECHADO 
o Causada por expulsão forçada do 
conteúdo gástrico para o esôfago 
decorrente de golpe forte no 
abdome superior – produção de 
lacerações lineares no esôfago 
inferior permitindo escape para o 
mediastino -> a mediastinite e a 
ruptura para o espaço pleural 
causam empiema. 
o Clínica: dor retroesternal 
excruciante. Tosse, dispneiae dor 
pleurítica. 
o Considerar possível lesão esofágica 
em todo doente com 
pneumo/hemotórax à esquerda 
sem fraturas de arcos costais, foi 
vítima de golpe em região esternal 
inferior ou epigástrio, apresenta 
dor ou choque fora de proporção 
com a lesão e elimina material 
suspeito através do dreno de tórax 
quando o sangue começa a clarear. 
o Ar no mediastino sugere 
diagnóstico. 
o Confirmado por estudos 
contrastados e/ou esofagocospia. 
o Tratamento: ampla drenagem do 
espaço pleural e do mediastino 
com sutura primária da lesão 
através de toracotomia. 
 
✓ Ç
✓ ENFISEMA SUBCUTÂNEO 
o É a presença de ar em tecidos sob a 
pele. 
o Pode ser resultado de lesão de via 
aérea, lesão pulmonar ou explosão. 
o Se for preciso ventilação com 
pressão positiva – considerar 
drenagem de tórax do mesmo lado 
do enfisema pela possibilidade de 
ocorrer pneumotórax hipertensivo. 
 
 
 
✓ ESMAGAMENTO TORÁCICO / 
ASFIXIA TRAUMÁTICA 
o Pletora em tronco, face e membros 
superiores; petéquias secundárias 
à compressão aguda e transitória 
da veia cava superior; edema 
maciço. Edema cerebral. 
o Deve-se tratar lesões subjacentes. 
✓ FRATURAS DE ARCOS COSTAIS, 
ESTERNO E ESCÁPULA 
o Lesões de arcos costais resultam 
em dor que resulta em restrição 
dos movimentos respiratórios 
prejudicando a ventilação, 
oxigenação e provocando tosse. 
o Fraturas de escápula e do primeiro 
e segundo arco costal ou esterno 
sugerem lesão traumática de 
magnitude tal a colocar em risco 
outros segmentos como: cabeça, 
medula espinhal, pulmões e 
grandes vasos. 
o Fraturas de esterno e escápulas 
resultam geralmente de impacto 
direreto. 
o Lesão de esterno podem ser 
acompanhadas de contusão 
pulmonar e lesão cardíaca contusa. 
o Lesões esternais ou escapulares 
precisam de correção cirúrgica. 
o Arcos costais intermediários – 4 a 9 
– geralmente são lesados por 
traumas fechados. Geralmente 
lesão na porção média. Fraturas 
múltiplas de arcos em doentes 
jovens querem dizer força de 
impacto muito maior do que 
paciente idoso. 
o Fratura de arco costal: dor 
localizada, agravamento da dor à 
palpação e crepitação. 
Deformidade visível sugere a 
fratura e RX deve ser solicitada para 
descartar outra lesão. Alívio da dor 
– bloqueio intercostal, narcóticos 
sistêmicos e anestesia local ou 
regional. 
 
 
 Este procedimento é apropriado para 
doentes críticos, cujas condições respiratórias 
estão em rápida deterioração, pela presença de 
um pneumotórax hipertensivo com risco à vida. O 
índice de sucesso deste procedimento na presença 
de um pneumotórax hipertensivo é de 50 a 75%, 
dependendo do comprimento da agulha ou 
cateter, da espessura da parede torácica e do 
acotovelamento do cateter. Se este procedimento 
for empregado num doente sem pneumotórax 
hipertensivo, pode ocorrer pneumotórax e/ou 
dano pulmonar. 
 
1. Avaliar o tórax e as condições respiratórias 
do doente. 
2. Administrar altas concentrações de 0 2 e 2 
instalar um ventilador se necessário. 
3. Identificar o segundo espaço intercostal na linha 
médio-clavicular no lado do pneumotórax. 
4. Preparar o tórax para uma cirurgia. 
5. Anestesiar localmente a área se o doente estiver 
consciente e se o tempo permitir. 
6. Posicionar o doente se uma lesão de coluna 
cervical for excluída. 
7. Manter o Luer-Lok na porção distal do 
cateter, inserir um cateter sobre agulha 
em de comprimento) através da pele e 
direcionar a agulha justa superiormente à 
costela para dentro do espaço intercostal. 
 
ETAPA 1 . Determinar o local da drenagem 
Usualmente no nível do mamilo (5º espaço 
intercostal) imediatamente anterior à linha 
axilar média do lado afetado. Em caso de 
hemotórax, pode ser usado um segundo dreno 
torácico. 
ETAPA 2. Preparar cirurgicamente o tórax no local 
predeterminado para a inserção do dreno e cobrir 
com os campos cirúrgicos. 
ETAPA 3. Anestesiar localmente a pele e o 
periósteo do arco costal. 
ETAPA 4. Fazer uma incisão transversa (horizontal) 
de 2 a 3 em, no local predeterminado, e dissecar 
de forma romba as partes moles junto à borda 
superior do arco costal. 
ETAPA 5. Perfurar a pleura parietal com a ponta de 
uma pinça hemostática e introduzir o dedo 
enluvado na incisão para evitar lesões de outros 
órgãos e para remover aderências, coágulos, etc. 
Quando o tubo estiver no local adequado, 
remover o clampe do tubo. 
ETAPA 6. Pinçar a extremidade proximal do dreno 
de toracostomia e introduzi-lo no espaço pleural 
na extensão desejada. O tubo deve ser 
direcionado posteriormente junto à parede 
interna da caixa torácica. 
ETAPA 7. Observar o embaçamento do tubo 
torácico com a expiração ou prestar atenção para 
verificar se existe fluxo de ar. 
ETAPA 8. Conectar a extremidade do dreno de 
toracostomia a um sistema de selo d'água. 
ETAPA 9. Fixar o dreno no local com fio de sutura. 
ETAPA 10. Aplicar um curativo oclusivo e fixar o 
dreno ao tórax com esparadrapo. 
ETAPA 11. Fazer uma radiografia do tórax. 
ETAPA 12. Obter gasometria arterial e/ou 
conectar um monitor de oximetria de pulso, se 
necessário. 
 
 
COMPLICAÇÕES: 
 - Laceração ou perfuração de órgãos 
intratorácicos e/ou intra-abdominais, que podem 
ser evitados com a técnica de introduzir o dedo 
antes do dreno 
 - Contaminação da pleura, com infecção. 
Por exemplo, empiema pleural. 
 - Lesão de nervo, artéria ou veia 
intercostal: . Transformando o pneumotórax 
em hemopneumotórax ou 
 . Resultando em neurite ou nevralgia 
intercostal 
 - Colocação do dreno em posição incorreta, 
dentro ou fora do tórax 
 - Obstrução ou torção do dreno, 
deslocamento do dreno em relação à parede 
torácica ou desconexão do equipamento de selo 
d'água do dreno torácico 
 - Pneumotórax persistente: 
 . Grande vazamento de ar 
 . Vazamento pela pele em torno do dreno 
torácico; sucção excessiva aplicada ao dreno 
 . Vazamento do sistema de selo d'água 
 - Enfisema subcutâneo, usualmente no 
local do dreno 
 - Recidiva do pneumotórax após remoção 
do dreno, por demora na oclusão da ferida de 
toracostomia 
 - Pulmão que não se expande devido à 
obstrução brônquica; procedimentos 
broncoscópicos são necessários 
 - Reação alérgica ou anafilática a produtos 
usados na antissepsia ou na anestesia. 
 
ETAPA 1. Monitorar os sinais vitais do doente e o 
ECG antes, durante e após o procedimento. 
ETAPA 2. Preparar cirurgicamente as regiões 
xifóidea e subxifóidea, se o tempo o permitir. 
ETAPA 3. Anestesiar o ponto de punção, se 
necessário. 
ETAPA 4. Adaptar uma seringa vazia de 60 mL a 
uma torneirinha de três vias e a um cateter 
agulhado de 15 em ou mais, calibre 16 a 18 G. 
ETAPA 5. Avaliar o doente para verificar se ocorreu 
algum deslocamento mediastinal, que pode ter 
causado um deslocamento significativo do 
coração. 
ETAPA 6. Puncionar a pele 1 a 2 cm abaixo e à 
esquerda da junção xifocondral, com uma 
angulação de 45° em relação à pele. 
ETAPA 7. Avançar a agulha com cuidado, em 
sentido cranial, apontando-a para a ponta da 
escápula esquerda. 
ETAPA 8. Se a agulha avançar excessivamente para 
dentro do músculo ventricular, aparece no 
monitor do ECG um padrão conhecido como 
"corrente de lesão" (por exemplo, alterações 
muito acentuadas do segmento ST-T ou 
alargamento e aumento do complexo QRS). Esse 
padrão indica que a agulha de pericardiocentese 
deve ser recuada até que o traçado 
eletrocardiográfico prévio reapareça. Podem 
também ocorrer extrassístoles ventriculares, 
devidas à irritação do miocárdio. 
ETAPA 9. Quando a ponta da agulha penetrar no 
saco pericárdico cheio de sangue, retirar, tanto 
quanto possível, sangue incoagulável. 
ETAPA 10. Durante a aspiração, o epicárdio 
reaproxima-se da superfície interna do pericárdio, 
assim como também da ponta da agulha. 
Subsequentemente pode reaparecer um padrão 
eletrocardiográfico de lesão. Isso indica que a 
agulha deve ser recuada um pouco. Se esse padrão 
de lesão persistir, retirar a agulha completamente. 
ETAPA 11. Após completada a aspiração, remover 
a seringa e adaptar uma torneirinhade três vias, 
deixando-a fechada. Fixar o cateter no lugar. 
ETAPA 12. Opcional: Introduzir no saco 
pericárdico, através da agulha, um fio guia 
utilizando a técnica de Seldinger. Remover a 
agulha e introduzir um cateter flexível 14 G sobre 
o fio guia. Remover o fio guia e conectar ao cateter 
uma torneirinha de três vias. 
ETAPA 13. Se persistirem sinais de 
tamponamento, a torneirinha deve ser aberta e o 
saco pericárdico aspirado novamente. O cateter 
plástico de pericardiocentese pode ser fixado com 
fio de sutura ou com esparadapo no local e 
coberto com pequeno curativo para permitir 
novas descompressões a caminho da cirurgia ou 
na transferência para outro local de assistência.

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