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1 Marceli Bernardon TXIX Medicina FAG Introdução • Tórax é um arcabouço ósseo estruturado com função de proteger as vísceras torácicas e também auxilia na dinâmica respiratória. • Sucesso da cirurgia torácica depende de equipe multidisciplinar: intraoperatório delicado e pós operatório é fundamental. • Fundamental importância o conhecimento da anatomia, fisiologia e patologia da caixa torácica. Anatomia • Músculos da respiração o Primários: diafragma e músculos intercostais (externo, interno e transverso), na drenagem alguns músculos intercostais serão seccionados o Secundários e terciários são usados pelo paciente na insuficiência respiratória - retração da fúrcula • Vasos e nervos: barda inferior das costelas, dreno deve ser feito na borda superior da costela. Se o dreno não é feito nesse lugar pode sangrar e doer, neuralgia pós drenagem com dor crônica para o resto da vida Deformidades da parede torácica 1.0 Pectus excavatum • É uma pasteurização do tórax, também chamado de tórax em funil • Deformidade torácica mais comum, 1:400 crianças e 4:1 homens, 30% histórico familiar e 20% relacionado a outras anormalidades (escoliose, síndrome de marfan, doença cardíaca) • Depressão esternal posterior – crescimento desiquilibrado ou excessivo das cartilagens costais inferiores • Não ara a depressão é maior a direita – pode causar rotação • É diagnosticado cedo – 1 ano de vida 1.0 Pectus Carinatum ou peito de pombo • Menos frequente • 30% histórico familiar e associação cm escoliose e doença cardíaca - Homens 4:1 • Tipicamente observado após os 10 anos • É um dos sinais de Síndrome de Poland Pleura • Pleura: 2 membranas, parietal e visceral, as origens embrionárias são diferentes, a parietal tem linfonodos. São lisas serosas e continuas uma com a outra, separadas por um liquido lubrificante – ultrafiltrado de plasma e moléculas secretadas pelas células mesoteliais. 5 a 10 L/dia • Pleura parietal: muitos linfáticos, cede de metástases, capacidade de remoção de proteínas e líquidos • Liquido na cavidade pleural pode ser de 2 tipos, transutado ou exsudato o Transudato: é um excesso do ultrafiltrado do plasma, é mais seroso, pobre em proteínas – transparente o Exsudato: liquido de densidade maior – pode ter cor ou ser transparentes o Para diferenciar um transudato ou exsudato quando ambos são transparentes: analise dos líquidos Coleta de secreções 1.0 Toracocentese • Punção realizada na parede torácica/cavidade pleural • Diagnóstica - indica o tipo de liquido pleural, indicada em pacientes com liquido pleural novo ou etiologia incerta • Terapêutica (toracocentese de alivio em pacientes com desconforto respiratório, ou plerodese que é uma substância que causa irritação na pleura fazendo ela se colar e não permitir que o derrame seja recorrente (carcinomas/derrames malignos são recorrentes e sequencias). • Técnica de toracocentese: paciente sentado e inclinado para frente, no 8° ou 9° espaço intercostal na parte posterior, na borda superior da costela > usar anestesia local, anestesiar a pleura > aspirar liquido pleural > conectar um dispositivo de agulha/cateter de toracocentese de grande calibre (16 a 19) a válvula controladora de fluxo > enviar para análise. 2.0 Drenagem torácica • Pressão pleural: sempre negativa, -4 cm de h20 na expiração e -8 na inspiração, pressão para manter expandido, se a pressão altera, para mais ou menos, ele colaba • Traumas, atos cirúrgicos e doenças pleurais > acumulo de gás ou líquido na cavidade pleural > colapso pulmonar e insuficiência respiratória • Pneumotórax: o ar no espaço pleural > diminui expansão/complacência/volume ventilatório > sintoma de dor torácica o Espontâneo: Primário: comum em ♂ longilíneos. Secundário: comum em pacientes com DPOC o Traumático: penetrante ou não o Iatrogênico: se não controlar a Ventilação mecânica, se errar a toracocentese, se errar o cateterismo venoso ao puncionar a subclávia o Achados clínicos: incursão respiratória, hiper ressonância a precursão, ruídos ausentes > fazer raio X > aparece área hiperlucente o Tratamento: drenagem torácica > inserção de tubo torácico + drenagem em selo de agua > 5° espaço intercostal anterior na linha axilar anterior > local chamado de triangulo de segurança • Pneumotórax hipertensivo: o maligno > precisa descompressão emergencial o agulha n18 ou angiocateter > 2° espaço intercostal anterior na linha mesoclavicular > não trata pneumotórax > deia de ser hipertensivo e vira normal ( ultimo ATLS pode ser no 5° EIC) > depois faz drenagem de tórax no 4°/5° EIC o ar entra > não sai > pressão + > colaba pulmão > empurra mediastino contralateral > causa choque obstrutivo e comprometimento respiratório • Empiema pleural o É pus > tipo exsudativo ( + comum dos derrames pleurais) > resultado de processo infeccioso primário no pulmão o Toracocentese nos estágios inicias > drenagem em derrame grande Princípios da cirurgia torácica 2 Marceli Bernardon TXIX Medicina FAG o 3 fases: Aguda (seroso, toracocentese ajuda) > Fase purulenta > Fase de Fibrose, chamada de loculação, tem que fazer torcatomia, alta mortalidade • Quilotórax o Rompimento do ducto torácico > acumulo de linha > liquido leitoso com gordura emulsificadas e predominância linfocitária > drenagem torácica ou toracotomia para suturar o ducto torácico Componentes da Drenagem torácica • Dreno de tórax: tubular multiperfurado, siliconizado, consistência firme, calibre ideal para cada idade > radiopaco ou com linha radiopaca > faz raio x para conferir • Conexões intermediarias e extensões: plástico transparente e calibre compatível para ver o que está saindo • Frasco de sele de água • Procedimento estéril • Fazer bastante anestesia, fazer incisão e divulsão dos tecidos > furar a pleura com o dedo > colocar o tubo > fixar com curativo oclusivo firme • Caso de saída acidental do dreno em paciente que não tem fistula aérea (não estava drenando mais): primeiro tem que tapar o orifício rápido > fazer curativo compressivo > fornecer O2 se o paciente tiver desconforto respiratório > se o paciente piorar retira curativo para não ter pneumotórax hipertensivo, melhor ter pneumotórax total • Caso de saída acidental do dreno em paciente que tem fistula aérea (estava ainda drenando): ocluir o orifício do dreno na inspiração e abrir na expiração > prepara para redrenar o paciente (oclusão continua provoca pneumotórax hipertensivo que leva desbalanço do mediastino e parada cardíaca) • Retirada do dreno: quando não tem fistula aérea, pneumotórax sem borbulhar o sele de água, e raio x normal > retirar durante a expiração > curativo hermético (vedado). o Após ter hemotórax ou drenagem pós toratotomia tem que ter debito menor de 100ml/24h para retirar o em caso de epiema ou exsudato – debito de menos de 30ml/24h Tocarotomias • ´´qualquer abertura do tórax´´ • Cirurgicamente: ´´ ampla abertura na cavidade torácica com o fim de examinar as estruturas expostas cirurgicamente, colher material para diagnóstico e remover partes lesadas ou corrigir vícios anatômicos existentes´´ • Minitoracotomia: vídeo assistidas, intervenções menores, a finalidade é fazer diagnóstico etiológico • Entubação seletiva do lado do pulmão que não vai ser operado. Usa por ex sonda de Cartens ou tubo de Robertshawn ou duplo lúmen • Afastador autoestatico de Finochietto • Fundamentos cirúrgicos o Diérese: secção regular, por planos, se possível preservar vasos e nervos e esqueleto torácico, as vezes faz ressecção das costal (paciente com + de 50 anos faz fraturas, provocadas pelo afastador) o Hemostasia: campo precisa estar exangue, enxuto, limpo – usar bisturi elétrico o Síntese: fechamento por planos, no espaço intercostal faz pontos separados com categute cromado, nas partes moles com fios inabsorvíveis (algodão, nylon,seda)e suturas ósseas com fios metálicos • Divisão das Toracotomias o Simples: via de acesso só o tórax ─ Póstero-lateral: + usada para acesso aos pulmões, ´´embaixo do braço´´, as costelas podem ser removidas. Permite remoção do pulmão (pneumectomia), de um lobo (lobectomia) ou de uma porção do lobo (segmentectomia). ─ Antero-lateral: acesso rápido para a cavidade torácica esquerda, permite ver o pulmão esquerdo, pericárdio e aorta. Utilizada para biopsia pulmonar aberta. Na urgência se usa para massagem cardíaca interna. Incisao vai da borda do esterno seguindo a linha mamária inferior até a axilar anterior ─ Esternotomia mediana: ´´ abre no meio do peito´´. Incisao toracica anterior e separação do esterno. Acesso ao coração e mediastino superior. Pode ser tota, parcial ou combinada ─ Axilar: Incisão axilar, bem na axila. Utilizada para tratamento de pneumotórax, cirurgia cardíaca e pulmonares o Combinadas: via de acesso se estende do pescoço ao abdome Esterno mediana Póstero-lateral Antero-lateral Axilar
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