Buscar

Seminário Plantas Medicinais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A Cannabis sativa pode ser
usada no tratamento da
Doença de Parkinson?
 
Disciplina Plantas Medicinais e Fitoterapia - Semestre 22.2
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC - Campus Trindade
Centro de Ciências Biológicas, Bloco D.
Florianópolis, Santa Catarina, Brasil 88049-900
 
Carolina Franchi de S. Sá
Isabelle Pinheiro Gomes da Silva 
https://moodle.ufsc.br/course/view.php?id=167807
https://moodle.ufsc.br/user/view.php?id=195526&course=166398
https://moodle.ufsc.br/user/view.php?id=195526&course=166398
Introdução a planta 
 
SATIVA
INDICA
RUDERALIS
Folíolos mais estreitos, ramos mais afastados e coloração que tende mais para o
“verde primavera”. É a maior das plantas e produz menos flores. Maior
concentração de THC. 
Folíolos mais largos que se sobrepõem, galhos que estão mais próximos e uma
coloração que tende mais para o verde oliva. A planta é mais curta e mais densa,
produzindo botões de flores mais grossos e mais densos. Maior proporção de CBD.
Folíolos variados, a planta apresenta uma estatura mais baixa e tamanho geralmente
pequeno. Esta subespécie é usada para criar híbridos C. sativa ou C. indica com
características desejadas selecionadas.
Cannabis sativa 
https://www.jb.utad.pt/especie/Cannabis_sativa - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD - Portugal)
Cannabaceae é uma família de
plantas com flor da ordem Rosales
que na sua presente circunscrição
taxonómica inclui 11 géneros e mais
de 170 espécies.
 
Introdução a planta 
 
A cannabis é uma planta florida, anual e dioica, o que significa que
existem plantas macho (estaminada) e fêmea (pistiladas), que
crescem livremente em várias partes do mundo, principalmente nas
regiões tropicais e temperadas.
Os tricomas são estruturas da epiderme vegetal que
apresentam diversas funções, como a diminuição da
perda de água, proteção contra herbivoria e atração
de polinizadores. 
TRICOMAS
Terpenos (óleos essenciais) Fitocanabinóides
THC e CBD
 
Fitocanabinóides: THC e CBD
Usos populares - Seus usos e indicações
são bastante diversos, desde o uso em
rituais religiosos, uso recreativo e não-
medicinal até usos medicinais para dezenas
de enfermidades e distúrbios.
delta9-Tetrahydrocannabinol cannabidiol
Mais de 100 canabinóides terpenofenólicos foram isolados desta planta, sendo
primeiramente elucidada em 1964 a estrutura química dos seus dois principais
componentes, o Δ9- tetrahidrocannabinol (THC) que é o principal constituinte
psicoativo e o canabidiol (CBD).
 
Sistema Endocanabinóide
Sistema endocanabinoide é composto por receptores próprios,
enzimas e neuromoduladores que são os canabinoides
endógenos.
Existem dois receptores canabinoides já conhecidos, receptor
canabinoide tipo 1 (CB1) e receptor canabinoide tipo 2 (CB2)
De forma geral, CB1 é encontrado mais abundantemente no
tecido nervoso, e CB2 em tecidos periféricos. Ambos os
receptores são acoplados à proteína Gi.
O THC atua diretamente em receptores canabinóides que
são acoplados à proteína G e está envolvido inclusive em
mecanismos sinápticos e neuroprotetores. Já o CBD está
envolvido com mecanismos de modulação alostérica de
receptores canabinóides, aumento dos níveis de
endocanabinóides.
Enzimas P450 (CYP) são
responsáveis pelo metabolismo
da maioria dos medicamentos.
Quando inalado, o THC acelera 
a atividade da enzima CYP,
resultando em uma quebra
acelerada das drogas.
Os medicamentos suscetíveis a
essas interações incluem
medicamentos como “clozapina,
duloxetina, naproxeno,
ciclobenzaprina, olanzapina,
haloperidol e clorpromazina”
 Interações Medicamentosas: THC
Enzimas do citocromo P450 Remédios para o câncer e transportadores de
membrana
Álcool
SSRIs (inibidores seletivos da recaptação da
serotonina)
Antidepressivos tricíclicos
Opiáceos
Depressores SNC
Bloqueadores do canal de cálcio
 
Contraindicações: Gestantes, lactantes, adolescentes, crianças e
pessoas que operam máquinas ou vão dirigir. Além de pacientes
com quadros prévios de psicose, esquizofrenia e paranoia. 
 O CBD inibe muitas das
enzimas CYP responsáveis pela
degradação dos medicamentos. 
 Como resultado, o uso
concomitante de CBD com
medicamentos selecionados
pode resultar em níveis
intensificados dessas drogas no
corpo. 
 Os medicamentos potenciais
incluem SSRIs, antidepressivos
tricíclicos, antipsicóticos,
beta-bloqueadores e opioides
(incluindo codeína e oxicodona).
Remédios para o câncer e transportadores de
membrana
SSRIs, antidepressivos tricíclicos (TCAs) e
benzodiazepínicos
Anticonvulsivantes
Diluidores de sangue
 Interações Medicamentosas: CBD
Enzimas do citocromo P450
Contraindicações: Pessoas alérgicas a substância e pacientes
com problemas cardíacos. 
Cannabis pode ser usado no tratamento da
Doença de Parkinson?
A fisiopatologia da DP: aspectos anatômicos, bioquímicos e moleculares.
Cannabis para a Doença de Parkinson? 
Tem sido proposto que os agonistas canabinóides, como THC, podem reduzir
a hiperexcitação da via subtálamo-nigral o que poderia ser a via de
promoção de redução do tremor parkinsoniano.
As estruturas anatômicas
que atuam no sistema motor
e que são afetadas pela DP
incluem os núcleos da base
(caudado, putâmen, globo
pálido,
substância negra e núcleo
subtalâmico) e suas conexões
Erros no envelopamento da proteína
α-sinucleína ocasionando a presença
de corpos de Lewy, agregados
citoplasmáticos da fosfoproteína
alfa-sinucleína e estresse oxidativo.
Ocorre deficiência da enzima
tirosina hidroxilase (TH)
que catalisa a formação de 
L-Dopa, limitando a velocidade da
biossíntese de dopamina.
Aspectos anatômicos Aspectos bioquímicos e 
moleculares
Cannabis pode ser usado no tratamento da
Doença de Parkinson?
Sim, mas não como mono tratamento, apenas como
um complemento. Tem se mostrado eficaz nos
sintomas não motores, principalmente diminuindo
sintomas que afetam a qualidade de vida do paciente
com DP e sintomas psicológicos. Não podemos
extrapolar os resultados, por isso precisamos de mais
estudos na área. Os estudos mais recentes em
andamento estão avaliando um possível efeito
neuroprotetor nos neurônios, o controle de sintomas
motores e os possíveis benefícios do THC. 
O que as pesquisas nos
mostram até agora?
 
Melhora em relação a quedas
Melhora em relação a mobilidade
Melhora na caminhada
Sono de melhor qualidade
Melhora na qualidade de vida
Melhora na acinesia
Melhora nas câimbras 
Sempre lembrando que não podemos extrapolar os resultados
obtidos até um momento. Não há um consenso ainda.
 ARTIGO: Efeitos do canabidiol no tratamento
de pacientes com doença de Parkinson:
Um estudo exploratório duplo-cego
Método:
Foram selecionados 119 pacientes que inicialmente ja eram acompanhados
no hospital durante 24 meses. 
Critérios de inclusão: diagnóstico de DP idiopática, idade acima de 45 anos, uso
de doses estáveis de medicação anti-Parkinson por pelo menos 30 dias e e
uma pontuação entre 1 e 3 na escala Hoehn e Yahr; e os critérios de exclusão,
sendo os seguintes: presença de Parkinsonismo, qualquer transtorno
psiquiátrico anterior ou atual, diagnóstico de demência, comorbidade clínica
relevante e uso anterior de cannabis. 
Foram selecionados 23 pacientes e desses 23, apenas 21 participaram do
estudo, esses 21 foram divididos em 3 grupos.
As seguintes escalas foram utilizadas: (i) UPDRS para avaliar os sintomas
da DP; (ii) Questionário de Doença de Parkinson – 39 (PDQ-39) a
avaliar o funcionamento e o bem-estar; e (iii) Udvalg para kliniske
undersøgelser (UKU) escala de classificação de efeitos colaterais para
avaliar possíveis efeitos adversos do CBD
Objetivo: Avaliar as propriedades
neuroprotetoras do CBD no
contexto de doenças
neurodegenerativas.
Duas investigações usando
modelos animais de DP foram
conduzidos até o momento para
avaliar os efeitos neuroprotetores
de CDB. Na primeira, Lastres-
Becker et al. (2005) mostrou que a
administração de CBD
neutralizou a neurodegeneração
causada pela injeção de 6-hidroxi-
dopamina no feixe
prosencefálico, efeito que pode
estarrelacionado ao modulação
das células da glia e aos efeitos
antioxidantes
 
Em conclusão, o estudo, apesar de
uma amostragem pequena,
concluiu que um possível efeito
do CDB é a melhora na qualidade
de vida dos pacientes. Embora,
não tenha apresentado
resultados estatisticamente
significativos nas escalas de
melhora no sintomas motores.
Conclui também, que há a
necessidade de realizar estudos
com maiores amostragens.
 
Discussão e resultados
Em relação à UPDRS, não foram encontradas 
diferenças entre as variações de pontuação
média nos três grupos.
Em relação ao PDQ-39, encontramos diferenças
significativas entre o escore total do placebo e
CBD 300 mg/dia. Os escores nos fatores “AVD” e
“estigma” também tiveram diferenças
estatisticamente significativas entre os grupos que
tomaram placebo e CBD 300 mg/dia e CBD 75
mg/dia e 300 mg/dia.
Não houve diferenças entre os grupos tratados
com CBD e placebo em relação aos níveis de BDNF
no início e após 6 semanas, nem nas diferentes
medidas usando H1-MRS (NAA/Cre). Além disso,
nenhum efeito colateral significativo foi
registrado em nenhum dos grupos avaliados com a
UKU ou por meio de relatos verbais..
 
 
Bibliografia
HORTES N CHAGAS, Marcos et al. Effects of cannabidiol in the treatment of patients with Parkinson’s disease:
An exploratory double-blind trial. Journal of Psychopharmacology, [S. l.], v. 28, p. 1088, 17 nov. 2022. DOI
10.1177/0269881114550355. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25237116/. Acesso em: 16 nov.
2022.
JANKOVIC, J. Pathophysiology and clinical assessment. In: Handbook of Parkinson's Disease, Fourth Edition.
CRC Press, 2007. p. 67-85.
JANKOVIC, J. Parkinson’s disease: clinical features and diagnosis. Journal of neurology, neurosurgery &
psychiatry, v. 79, n. 4, p. 368-376, 2008.
RIBEIRO, M. G. Antiparkisonianos. In: SILVA, P. Farmacologia. 8a Edição, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2010
RUSSO, E. B.; GUY, G. W.; ROBSON, P. J. Cannabis, pain, and sleep: lessons from therapeutic clinical trials of
Sativex®, a cannabis‐based medicine. Chemistry & biodiversity, v. 4, n. 8, p. 1729-1743, 2007.
 
Bibliografia complementar
Cannabis in Parkinson’s Disease: The Patients’ View.Journal of Parkinson’s Disease (2020)
Ferhat Yenilmez, Odette Frundt, Ute Hidding and Carsten Buhmann
Department of Neurology, University Medical Center Hamburg-Eppendorf, Alemanha. 
Long-term physiotherapy in patients after stroke, with multiple sclerosis, or with Parkinson’s
disease. Alvin Atlas, Konstance Nicolopoulos, Anna Ali, Ross McLeod,
Thomas Vreugdenburg.
Cannabidiol for Rapid Eye Movement Sleep Behavior Disorder. Carlos M.O. de Almeida.
Promising cannabinoid-based therapies for Parkinson’s disease: motor symptoms to
neuroprotection. Sandeep Vasant More and Dong-Kug Choi*
Obrigada!

Continue navegando