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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 QUESTÕES AIN 01 – HEMOSTASIA PRIMÁRIA; TROMBOCITOPENIAS, PTI 1. Qual proteína é o mediador primário da adesão plaquetária? A) Colágeno. B) Endotelina. C) Fator tissular. D) Trombina. E) Fator de Von Willebrand. 2. Mulher, 51a, procedente de São Luís (MA), procura Unidade Básica de Saúde após mudança para região de Campinas para retomar seguimento ambulatorial devido a plaquetopenia, diagnosticada há 6 meses em hemograma de rotina. Antecedentes pessoais: hipertensão arterial sistêmica controlada com losartana há 5 anos. Exame físico: abdome: baço percutível, mas não palpável; pele: raras petéquias em membros inferiores. Hemoglobina= 13,8 g/dL, volume corpuscular médio= 91fL, leucócitos =8,6*10⁹/L (segmentados= 69%, linfócitos 22%, monócitos 6%, eosinófilos 3%), plaquetas= 30*10⁹/L. O DIAGNÓSTICO É: A) Hiperesplenismo por hipertensão portal. B) Púrpura trombocitopênica imune. C) Plaquetopenia relacionada ao uso de losartana. D) Plaquetopenia transitória relacionada a infecção viral subclínica 3. João, 7 anos de idade, foi levado ao pronto atendimento com história de manchas arroxeadas em tronco e membros há 3 dias. Mãe refere infecção de vias aéreas superiores há duas semanas e nega uso de medicações ou história familiar de coagulopatia. Ao exame físico, apresentava bom estado geral, presença de petéquias e equimoses em tronco e membros, sem hepatoesple- nomegalia ou linfonodomegalias. Hemograma: hemoglobina: 13,0 g/dL; leucócitos: 8.000/mm³ ; plaquetas: 40.000/mm³. Dentre as abaixo, a melhor conduta para esse paciente, nesse momento é: A) Conduta expectante. B) Corticoide oral. C) Plasmaférese. D) Cefalosporina de terceira geração. E) Hemodiálise. 4. Olívia, 4 anos de idade, foi levada à unidade de pronto atendimento com história de quatro dias com manchas arroxeadas no corpo. Hoje apresentou sangramento nasal. A mãe refere que sua filha apresentou febre e coriza, com diagnóstico de quadro viral, há duas semanas. Nega uso de medicações ou história de doenças crônicas. Ao exame físico, apresenta bom estado geral, presença de equimoses esparsas em tronco e membros, sem hepatoesplenomegalia ou linfonodomegalias. Hemograma: hemoglobina: 12,5 g/dl; leucócitos: 6.000/mm³; plaquetas: 20.000/mm³. Hipótese diagnóstica mais provável para Olívia, dentre as abaixo, é: A) Meningococcemia. B) Púrpura de Henoch-Schönlein. C) Púrpura trombocitopênica trombótica. D) Púrpura trombocitopênica imune. E) Síndrome hemolítico-urêmica. Quem faz o tampão plaquetário permanecer "agarrado" ao colágeno é o fator de von Willebrand Hemostasia primária --> estanca o sangramento pela formação de tampão plaquetário --> ADESÃO --> ATIVAÇÃO --> AGREGAÇÃO PTI --> plaquetopenia + manifestações hemorrágicas, sem nenhuma alteração laboratorial obrigatória O gatilho geralmente é infecção, que ocasiona desregulação do sistema imune, que gera produção de autoanticorpos IgG específicos produzidos pelas células B do paciente, mais frequentemente direcionados contra glicoproteínas de membrana plaquetária, como GPIIb/IIIa, levando a destruição delas CRIANÇAS --> PTI AGUDA Em crianças a conduta deve ser expectante na AUSÊNCIA de sangramento, independentemente da contagem plaquetária Orientar paciente quanto a prevenção de sangramento Evitar uso de drogas que interfiram na hemostasia (AAS, AINE e anticoagulantes) Corticoterapia estaria indicada em pacientes com sangramento ativo ou nos que mesmo sem sangramento tem plaquetas muito baixas (<10.000) "plaquetopenia e mais nada" --> PTI PTT --> tem que ter 3 ou + achados da pêntade da PTT 1. febre 2. IRA 3. encefalopatia 4, plaquetopenia 5. anemia hemolítica microangiopática (esquizócitos no esfregaço de sangue periférico) NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 5. Mulher de 45 anos com história de sangramento gengival há 15 dias, associada ao aparecimento de manchas roxas nas pernas, sem traumatismo prévio, nega antecedente pessoal e familiar de sangramento ou comorbidades, assim como uso de medicamentos. Está em bom estado geral, corada, normotensa e afebril. Não há linfonodomegalias ou visceromegalias, mas múltiplas petéquias em membros inferiores e nádegas. Os exames complementares mostram hemoglobina = 13,0g/dL, leucócitos = 6.300/mm³, diferencial normal e plaquetas = 12.000/mm³. As sorologias para vírus B, C e HIV são negativas, assim como o fator antinuclear. O exame de urina mostra hemácias monomórficas de 4 a 6 por campo e 1 a 2 piócitos por campo. O diagnóstico mais provável e a conduta mais apropriada, nesse momento, respectivamente, são: A) púrpura de Henoch-Schonlein / iniciar corticoide B) púrpura trombocitopênica imune / iniciar corticoide C) púrpura de Henoch-Schonlein / realizar transfusão de plaquetas D) púrpura trombocitopênica imune / realizar transfusão de plaquetas 6. Das situações a seguir a que NÃO estaria indicada a se realizar a esplenectomia em pacientes com púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) é: A) Diagnóstico de PTI durante 6 semanas e continuam a apresentar contagens plaquetárias de menos de 10.000/mm3, sem sintomas de sangramento. B) Diagnóstico de PTI há pelo menos 3 meses e experimentaram uma resposta transitória ou incompleta à terapia primária e têm uma contagem plaquetária de menos de 30.000/mm3. C) Gestante com PTI e falha na terapia com glicocorticoides, contagem plaquetária de menos de 30.000/mm3 e sangramento gengival. D) Diagnóstico de PTI há 6 meses, contagem plaquetária de mais de 50.000/mm3 e ausência de sangramentos. E) Gestante com PTI e falha na terapia com glicocorticoides, contagem plaquetária de menos de 10.000/mm3 e ausência de sangramentos. 7. Homem de 18 anos se queixa de manchas roxas nos 4 membros há 3 semanas. Desconhece doenças prévias, nega uso de medicamentos ou uso de quaisquer drogas ilícitas. Sem outras queixas. O exame físico revela áreas de sufusão na pele dos membros superiores e inferiores, indolores e planas. Sem outras anormalidades. Exame de laboratório: hemoglobina 15,1g/dL, VCM 88fL, HCM 28pg, CHCM 34g/dL, leucócitos 7.800/mm³, neutrófilos 4.560/mm³, linfócitos 1.240/mm³, plaquetas 4.000/mm³. Considerando o caso descrito, assinale a alternativa que apresente um teste que NÃO está indicado na propedêutica inicial do paciente: A) Hematoscopia do sangue periférico. B) Mielograma. C) Sorologia para HIV. D) Sorologias para hepatites virais. 8. A trombocitopenia primária imune é uma doença imunomediada que ocorre de forma aguda (“recém-diagnosticada”) em 80 a 85% das vezes. Sobre esta patologia assinale a CORRETA: "PLAQUETOPENIA E MAIS NADA" Púrpura de Henoch-Schonlein não causa plaquetomenia Em ADULTOS, a PTI cronifica, então deve-se usar corticoides para recuperar a contagem plaquetária e interromper o sangramento Transfusão de plaquetas --> apenas casos extremos Esplenectomia é a ULTIMA OPÇÃO, reservada apenas para pacientes refratários ao tratamento com corticoide D --> único paciente que não apresenta refratariedade da questão "PLAQUETOPENIA E MAIS NADA" Para firmar o diagnóstico de PTI é importante descartar outras causas de plaquetopenia, como LES, leucemia (pelo esfregaço de sangue periférico), hiv, hcv E DROGAS NÃO é necessário mielograma em primeiro momento, exceto se suspeita de doença linfomieloproliferativa NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 A) Para o diagnóstico, considera-se a presença de plaquetopenia(˂140.000/mm3), além da exclusão de outras patologias que causem trombocitopenia, como infecções, malignidades, uso de medicamentos. B) Epistaxe ocorre em cerca de 20-30% dos casos. C) Raramente sucede infecções virais no grupo pediátrico, mas com frequência aparece após infecções bacterianas comuns nesta faixa etária. D) Sangramento gastrointestinalé um dos sintomas mais comuns 9. Sobre a investigação etiológica da plaquetopenia, escolha a alternativa correta: A) A Purpura Trombocitopenica Imune é etiologia rara e de alta mortalidade, é indicado tratamento com plasmaferese de urgência. B) A Purpura Trombocitopenica Trombótica e a Síndrome Hemolítica Urêmica são causas de plaquetopenia grave porém sem repercussões sistêmicas relevantes C) Alterações em séries branca e vermelha no hemograma são sinais de alerta para doenças linfoproliferativas, aplasia de medula ou outras doenças da medula óssea D) Medicamentos são causa pouco relevante no diagnóstico diferencial E) A presença de anemia hemolítica associada afasta o diagnóstico de Purpura Trombocitopênica Trombótica 10. Escolar de 6 anos admitido em emergência pediátrica com relato de equimoses em pernas e abdome há uma semana e epistaxe volumosa hoje pela manhã. A mãe nega outras queixas atuais e conta que há duas semanas teve quadro de febre e coriza nasal com resolução espontânea só com uso de sintomáticos. Exame físico normal exceto pelas sufusões hemorrágicas. O hemograma realizado na emergência mostra apenas plaquetopenia 35000 e hemoglobina 10,5g/dl. O diagnóstico mais provável é: A) Púrpura de Henoch-Schonlein. B) Leucemia Linfoide Aguda. C) Leishmaniose Visceral. D) Púrpura Trombocitopênica Autoimune. E) Hemoglobinúria paroxística noturna. 11. Na criança, a trombocitopenia imune primária A) é geralmente um distúrbio agudo, autolimitado e imunomediado. B) é caracterizada por trombocitopenia (plaquetas menores de 40000/mm³) isolada ou secundária. C) ocorre em 80-85% dos casos na forma persistente. D) ocorre na forma recém-diagnosticada quando a remissão se dá em menos de seis meses 12. A indicação de transfusão de concentrado de plaquetas em plaquetopenia é INCORRETA na seguinte situação: a) Plaquetopenia decorrente de quimioterapia b) Plaquetopenia na leucemia aguda c) Plaquetopenia autoimune d) Plaquetopenia da transfusão maciça 13. O plasma fresco congelado tem sua melhor indicação na: a) Hipovolemia como expansor plasmático O diagnóstico é feito pela plaquetopenia (<100.000), com exclusão de outras causas secundárias, como leucemia e anemia aplásica As manifestações mais comuns da alteração da hemostasia primária são --> petéquias, equimoses, púrpura, gengivorragias, epistaxes Na maioria das vezes sucede infecções virais ou bacterianas no grupo ped sangramento GI é um dos sintomas menos comuns a - A PTI tem baixa mortalidade e é tratada com corticoides d - PTI secundária a uso de determinadas drogas, como heparina PTI na criança --> quadro agudo --> tratar com terapia expectante, usar corticoides apenas se história de sangramento Na criança geralmente é um distúrbio agudo, autolimitado e imunomediado, caracterizado pela presença de trombocitopenia periférica isolada ( <100.000) e ausência de condições secundárias que reduzam a contagem plaquetária NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 b) Trombocitopenia causada pela heparina c) Disfunção plaquetária com sangramento d) Deficiência de fatores de coagulação 14. Sobre a Púrpura Trombocitopênica Imune é verdadeiro, EXCETO: a) É a segunda afecção hematológica mais frequente na infância b) Pico de incidência na idade pré-escolar c) O risco de hemorragia intracraniana é raro d) Todos os pacientes devem ser tratados com corticoide 15. Com relação às plaquetas assinale a alternativa verdadeira: a) As plaquetas são estruturas nucleadas, presentes em maior quantidade no baço e são destruídas, principalmente, pelo fígado b) As plaquetas agem na hemostasia primária por apresentar antígenos, glicoproteínas, e vários tipos de enzimas em sua membrana fosfolipídica c) As glicoproteínas da membrana denominadas como GPI, II, III, IV também se localizam na parte mais externa da membrana fosfolipídica das plaquetas e apresentam função de receptores específicos d) A única função das plaquetas é a hemostasia 16. Com relação à hemostasia primária, é correto afirmar: a) Durante o processo de hemostasia primária, ocorre a vasoconstrição dos vasos colaterais como forma de estancar o sangramento b) O endotélio vascular, em condições normais, age como agente não trombogênico, ao secretar prostaciclina c) A hemostasia primária compreende as fases de adesão plaquetária, ativação plaquetária, agregação plaquetária e coagulação d) Após a adesão, as plaquetas se unem umas às outras pela interação da fibrina com os receptores de superfície (IIb IIIa), induzida pelo disfosfato de adenosina 17. Sobre as trombocitopenias, marque verdadeiro ou falso: a) Dentre as causas adquiridas de trombocitopenia podemos citar o uso crônico de medicamentos como ranitidina, vancomicina, paracetamol, hidroclorotiazida, entre outros b) Infecções como hepatite B, citomegalovírus e Epstein-Barr são causas de trombocitopenia adquirida c) O sequestro esplênico representa um tipo de causa de trombocitopenia, e um achado no exame físico que indica esse sequestre é o timbre timpânico à percussão do espaço de Traube d) Fazem parte do quadro clínico de suspeita de uma trombocitopenia sintomática, independentemente da causa, os sintomas de sangramento intermitente de mucosas, presença de petéquias e equimoses, sem relato de traumas ou trauma mínimo no local 18. Nos exames laboratoriais para investigação de trombocitopenia, é correto afirmar: a) É imprescindível a solicitação de hemograma e coagulograma completo em que será observado plaquetas abaixo de 200.000 e tempo de sangramento normal à diminuído b) Os fatores de coagulação não estarão afetados nas trombocitopenias PTI na criança --> conduta expectante --> tratar com corticoide apenas se história de sangramento As plaquetas são FRAGMENTOS CELULARES ANUCLEADOS, que "brotam" dos megacariócitos" na medula óssea c- se localizam na porção mais interna d - as plaquetas desempenham função hemostáticas e não hemostáticas, são importantes na inflamação e na cicatrização de feridas Mecanismos locais produzem vasoconstrição, alteração da permeabilidade vascular com produção de edema, VASODILATAÇÃO dos vasos colaterais da região em que ocorreu a lesão e adesão das plaquetas. Assim, a vasoconstrição diminui o fluxo de sangue no sítio de sangramento, tornando preferencial o fluxo pelos ramos colaterais dilatados. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 c) Para melhor avaliação do tempo de sangramento, utiliza-se o método de Duke, em que consiste na utilização de um esfigmomanômetro. Exame rápido, específico e custo baixo d) O mielograma é um exame dispensável na investigação das plaquetopenias 19. Com relação à Púrpura Trombocitopênica Imune (PTI), classifique em verdadeiro ou falso as seguintes informações: a) Corresponde à uma entidade patológica imune de etiologia desconhecida, mas supostamente causada após uma infecção viral b) Na sua fisiopatologia, reconhece-se anticorpos do tipo IgM, direcionados à membrana plaquetária, causando a sua destruição por monócitos localizados no baço e no sistema retículo endotelial c) Há um aumento da produção plaquetária pela medula óssea, mas na maioria das vezes a reposição não é suficiente, caracterizando a baixa de plaquetas d) Em crianças a PTI se torna crônica e no adulto é auto-limitada GABARITO: 1. E Na adesão plaquetária, primeira etapa da hemostasia primária, a ligação mais forte entre plaqueta e colágeno endotelial é intermediada por um fator denominado fator de von Willebrand (FvWB). Por essa razão deficiências desse fator cursam com alteração da hemostasia e predisposição a sangramentos. 2. B A Púrpura Trombocitopênica Idiopática ou Autoimune (PTI) caracteriza-se por um quadro representado por plaquetopenia, gerando manifestações hemorrágicas, sem nenhuma outra alteraçãolaboratorial obrigatória. A contagem de plaquetas no citrato exclui a presença de pseudotrombocitopenia, pois o citrato impede o fenômeno de aglutinação in vitro. É, portanto, um diagnóstico de exclusão, sendo importante avaliar outras causas, como uso de medicamentos, condições reumatológicas e doenças infecciosas e hepáticas. A presença de esplenomegalia ou linfadenopatia pode sugerir uma condição subjacente. O gatilho para a doença geralmente é uma infecção, ocasionando uma desregulação do sistema imune, que gera a produção de autoanticorpos IgG específicos produzidos pelas células B do paciente, mais frequentemente direcionados contra glicoproteínas de membrana plaquetária, como GPIIb/IIIa, levando a destruição das mesmas 3. A João tem “plaquetopenia e mais nada”, mantra que nos ajuda a lembrar da púrpura trombocitopênica idiopática (PTI), condição que se expressa por queda de plaquetas na ausência de outros sinais e sintomas como anemia, leucopenia, leucocitose, hepatoesplenomegalia, linfadenomegalia e dor óssea. Na maioria dos casos de PTI, é identificada história de infecção respiratória até quatro semanas antes do início do quadro, que funcionaria como trigger, mas o fator desencadeante também pode ser vacinação. Mais de 80% dos casos, em crianças, se resolvem com três a seis meses, independente de tratamento. Assim, a conduta é expectante. Corticoterapia estaria indicada, por exemplo, em pacientes com sangramento ativo, além daqueles que, mesmo sem sangramento, têm plaquetas muito baixas (< 10.000/mm3) — B errada. Plasmaférese não tem papel no tratamento da PTI (C errada). Na PTI, não existe papel para plasmaférese, antibioticoterapia, ou hemodiálise (C, D e E erradas) Na PTI, o organismo desenvolve anticorpos antiplaquetários da classe IgG, os quais se ligam as glicoproteínas (GP IIb/IIIa e Ib/IX) da membrana plaquetária. As plaquetas sensibilizadas com esses anticorpos, ao passarem pelo baço são removidas através de fagocitose pelos macrófagos. Assim, uma vez que a plaqueta apresenta um anticorpo aderido à sua membrana, é reconhecida por macrófagos localizados no baço e em outras áreas de tecido reticuloendotelial, onde são destruídas, levando a um menor tempo de vida médio plaquetário e consequentemente, a menores contagens de plaquetas circulantes NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 4. D Olívia tem “plaquetopenia e mais nada”, mantra que nos ajuda a lembrar da Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI), condição que se expressa por trombocitopenia na ausência de outros sinais e sintomas como anemia, leucopenia, leucocitose, hepatoesplenomegalia, linfadenomegalia e dor óssea. Quanto às outras opções, lembremos que a meningococcemia se apresenta por deterioração hemodinâmica extremamente violenta, não vista neste caso (A errada); a púrpura de Henoch-Schönlein é causa de lesões purpúricas sem plaquetopenia (B errada); Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT) é quadro grave, cujo diagnóstico depende da presença de pelo menos três ou mais dos achados da famosa “pêntade da PTT”: 1. febre, 2. IRA, 3. encefalopatia, 4. plaquetopenia e 5. anemia hemolítica microangiopática (aquela que cursa com esquizócitos no esfregaço de sangue periférico) — C errada; por fim, síndrome hemolítico-urêmica, como anuncia o nome, se acompanha de uremia/azotemia, ausentes do caso apresentado (E errada) 5. B Essa mulher tem “plaquetopenia e mais nada”, mantra que nos ajuda a lembrar da púrpura trombocitopênica idiopática (PTI), condição que se expressa por trombocitopenia na ausência de outros sinais e sintomas como anemia, leucopenia, leucocitose, hepatoesplenomegalia, linfadenomegalia e dor óssea. A questão foi maldosa em colocar a descrição de petéquias em nádegas, que nos faz lembrar da púrpura de Henöch-Schonlein, mas cuidado: PHS não causa plaquetopenia; classicamente, tal condição aparece na prova de pediatria determinando púrpura palpável sem plaquetopenia (A e C erradas). Em adultos, os quadros de PTI costumam cronificar, sendo essencial o início de corticoterapia para recuperar a contagem plaquetária e interromper o sangramento. Por fim, devemos lembrar que transfusão de plaquetas na PTI é medida extrema, reservada para casos de sangramento grave e ameaçador à vida do paciente, pois trata-se de um tratamento que surtirá efeito pouco duradouro (D errada). 6. D Questão sobre PTI. Sabe-se que a esplenectomia é a ÚLTIMA OPÇÃO de tratamento, ou seja, reservada aos pacientes refratários ao tratamento padrão com corticoide. O único paciente que não apresenta refratariedade ao tratamento (na verdade os guidlines atuais preconizam que pacientes com PTI crônica e > 50.000 plaquetas/mm3 nem sejam tratados) é a opção D 7. B Temos um paciente jovem com o famoso quadro de “plaquetopenia e mais nada”, ou seja, sem outros achados laboratoriais ou clínicos que não sejam justificados apenas pela presença de sua trombocitopenia grave (4.000 plaquetas/mm 3). Esse é o quadro típico da púrpura trombocitopênica idiopática (PTI). Para firmar o diagnóstico, é importante excluir outras causas de plaquetopenia, como lúpus, leucemia (através do esfregaço de sangue periférico), HIV, HCV e drogas. Não é necessário realizar punção da medula óssea em um primeiro momento, exceto se a houver suspeita de uma doença linfomieloproliferativa. 8. B Sobre a Trombocitopenia primária imune ou Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI): - O diagnóstico é baseado na plaquetopenia (<100.000), com exclusão de outras causas de PT secundárias, leucemia e anemia aplásica. - Manifestações mais comuns da alteração da hemostasia primária são: petéquias, equimoses, púrpura, gengivorragias, epistaxes. - Na maioria das vezes sucede infecções virais ou bacteriana no grupo pediátrico. - Sangramento gastrointestinal é um dos sintomas menos comuns.) 9. C A PTI é uma condição de baixa mortalidade, tratada com corticosteroides(A incorreta) e existe inclusive uma apresentação secundária ao uso de determinadas drogas, como a heparina, razão NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 pela qual a anamnese é de fundamental importância na abordagem de todos os pacientes com plaquetopenia (D incorreta). A SHU e a PTT cursam com plaquetopenia acompanhada por anemia hemolítica microangiopática (E incorreta) e outras alterações orgâncias, tais como IRA (na SHU) e alterações neurológicas (na PTT) - B incorreta. Por fim resta a opção C, que é correta e trata do diagnóstico diferencial das plaquetopenias, como com leucemias agudas e anemia aplásica. 10. D Diante de um caso clínico que apresente “plaquetopenia e mais nada”, isto é, surgimento inexplicado de plaquetopenia e manifestações condizentes – na ausência de outros sinais e sintomas como anemia, leucopenia, leucocitose, hepatoesplenomegalia, linfadenomegalia e dor óssea – a principal hipótese diagnóstica passa a ser púrpura trombocitopênica imune idiopática. Na maioria das vezes, é identificada uma história de infecção respiratória até quatro semanas antes do início do quadro, mas o fator desencadeante também pode ser uma vacina. Mais de 80% dos casos em crianças se resolvem em três a seis meses, independente de tratamento. A púrpura de Henoch-Schönlein é causa de lesões purpúricas sem plaquetopenia (A errada). Leucemia linfoide aguda traria blastos na descrição do hemograma (B errada). Calazar é causa de pancitopenia, febre arrastada e esplenomegalia de monta (C errada). Hemoglobinúria paroxística noturna combina anemia e fenômenos trombóticos (E errada) 11. A A trombocitopenia imune primária (antigamente chamada de púrpura trombocitopênica imune – PTI) na criança é geralmente um distúrbio agudo, autolimitado e imunomediado (alternativa A correta). É caracterizada pela presença de trombocitopenia periférica isolada (contagem de plaquetas < 100.000/mm3) e ausênciade condições secundárias que reduzam a contagem plaquetária (alternativa B errada). A PTI pode ser: recém-diagnosticada, que representa cerca de 80 a 85% dos casos nas crianças (alternativa C errada), quando a remissão da trombocitopenia ocorre em período < 3 meses (alternativa D errada); persistente, quando a trombocitopenia persiste por período entre 3 e 12 meses; e crônica, quando a trombocitopenia persiste por 12 meses ou mais 12. C 13. D 14. D 15. B 16. B 17. V F F V 18. D 19. V F V F