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QUESTÕES AIN 01 - HEMOSTASIA PRIMÁRIA; TROMBOCITOPENIAS, PTI- RESOLVIDAS

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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 
 
QUESTÕES AIN 01 – HEMOSTASIA PRIMÁRIA; TROMBOCITOPENIAS, 
PTI 
1. Qual proteína é o mediador primário da adesão plaquetária? 
 
A) Colágeno. 
B) Endotelina. 
C) Fator tissular. 
D) Trombina. 
E) Fator de Von Willebrand. 
 
2. Mulher, 51a, procedente de São Luís (MA), procura Unidade Básica 
de Saúde após mudança para região de Campinas para retomar 
seguimento ambulatorial devido a plaquetopenia, diagnosticada há 6 
meses em hemograma de rotina. Antecedentes pessoais: hipertensão 
arterial sistêmica controlada com losartana há 5 anos. Exame físico: 
abdome: baço percutível, mas não palpável; pele: raras petéquias em 
membros inferiores. Hemoglobina= 13,8 g/dL, volume corpuscular 
médio= 91fL, leucócitos =8,6*10⁹/L (segmentados= 69%, linfócitos 
22%, monócitos 6%, eosinófilos 3%), plaquetas= 30*10⁹/L. O 
DIAGNÓSTICO É: 
 
A) Hiperesplenismo por hipertensão portal. 
B) Púrpura trombocitopênica imune. 
C) Plaquetopenia relacionada ao uso de losartana. 
D) Plaquetopenia transitória relacionada a infecção viral subclínica 
 
3. João, 7 anos de idade, foi levado ao pronto atendimento com história 
de manchas arroxeadas em tronco e membros há 3 dias. Mãe refere 
infecção de vias aéreas superiores há duas semanas e nega uso de 
medicações ou história familiar de coagulopatia. Ao exame físico, 
apresentava bom estado geral, presença de petéquias e equimoses 
em tronco e membros, sem hepatoesple- nomegalia ou 
linfonodomegalias. Hemograma: hemoglobina: 13,0 g/dL; leucócitos: 
8.000/mm³ ; plaquetas: 40.000/mm³. Dentre as abaixo, a melhor 
conduta para esse paciente, nesse momento é: 
 
A) Conduta expectante. 
B) Corticoide oral. 
C) Plasmaférese. 
D) Cefalosporina de terceira geração. 
E) Hemodiálise. 
 
4. Olívia, 4 anos de idade, foi levada à unidade de pronto atendimento 
com história de quatro dias com manchas arroxeadas no corpo. Hoje 
apresentou sangramento nasal. A mãe refere que sua filha 
apresentou febre e coriza, com diagnóstico de quadro viral, há duas 
semanas. Nega uso de medicações ou história de doenças crônicas. 
Ao exame físico, apresenta bom estado geral, presença de 
equimoses esparsas em tronco e membros, sem 
hepatoesplenomegalia ou linfonodomegalias. Hemograma: 
hemoglobina: 12,5 g/dl; leucócitos: 6.000/mm³; plaquetas: 
20.000/mm³. Hipótese diagnóstica mais provável para Olívia, dentre 
as abaixo, é: 
 
A) Meningococcemia. 
B) Púrpura de Henoch-Schönlein. 
C) Púrpura trombocitopênica trombótica. 
D) Púrpura trombocitopênica imune. 
E) Síndrome hemolítico-urêmica. 
Quem faz o tampão plaquetário permanecer "agarrado" ao colágeno é o fator de von Willebrand
Hemostasia primária --> estanca o sangramento pela formação de tampão plaquetário --> ADESÃO --> ATIVAÇÃO --> AGREGAÇÃO
PTI --> plaquetopenia + manifestações hemorrágicas, sem nenhuma alteração laboratorial obrigatória
O gatilho geralmente é infecção, que ocasiona desregulação do sistema imune, que gera produção de autoanticorpos IgG específicos produzidos pelas células B do paciente, mais frequentemente direcionados contra glicoproteínas de membrana plaquetária, como GPIIb/IIIa, levando a destruição delas
CRIANÇAS --> PTI AGUDA
Em crianças a conduta deve ser expectante na AUSÊNCIA de sangramento, independentemente da contagem plaquetária
Orientar paciente quanto a prevenção de sangramento 
Evitar uso de drogas que interfiram na hemostasia (AAS, AINE e anticoagulantes)
Corticoterapia estaria indicada em pacientes com sangramento ativo ou nos que mesmo sem sangramento tem plaquetas muito baixas (<10.000)
"plaquetopenia e mais nada" --> PTI
PTT --> tem que ter 3 ou + achados da pêntade da PTT
1. febre
2. IRA
3. encefalopatia
4, plaquetopenia 
5. anemia hemolítica microangiopática (esquizócitos no esfregaço de sangue periférico)
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 
 
 
5. Mulher de 45 anos com história de sangramento gengival há 15 dias, 
associada ao aparecimento de manchas roxas nas pernas, sem 
traumatismo prévio, nega antecedente pessoal e familiar de 
sangramento ou comorbidades, assim como uso de medicamentos. 
Está em bom estado geral, corada, normotensa e afebril. Não há 
linfonodomegalias ou visceromegalias, mas múltiplas petéquias em 
membros inferiores e nádegas. Os exames complementares mostram 
hemoglobina = 13,0g/dL, leucócitos = 6.300/mm³, diferencial normal e 
plaquetas = 12.000/mm³. As sorologias para vírus B, C e HIV são 
negativas, assim como o fator antinuclear. O exame de urina mostra 
hemácias monomórficas de 4 a 6 por campo e 1 a 2 piócitos por 
campo. O diagnóstico mais provável e a conduta mais apropriada, 
nesse momento, respectivamente, são: 
 
A) púrpura de Henoch-Schonlein / iniciar corticoide 
B) púrpura trombocitopênica imune / iniciar corticoide 
C) púrpura de Henoch-Schonlein / realizar transfusão de plaquetas 
D) púrpura trombocitopênica imune / realizar transfusão de plaquetas 
 
6. Das situações a seguir a que NÃO estaria indicada a se realizar a 
esplenectomia em pacientes com púrpura trombocitopênica idiopática 
(PTI) é: 
 
A) Diagnóstico de PTI durante 6 semanas e continuam a apresentar 
contagens plaquetárias de menos de 10.000/mm3, sem sintomas de 
sangramento. 
B) Diagnóstico de PTI há pelo menos 3 meses e experimentaram 
uma resposta transitória ou incompleta à terapia primária e têm uma 
contagem plaquetária de menos de 30.000/mm3. 
C) Gestante com PTI e falha na terapia com glicocorticoides, 
contagem plaquetária de menos de 30.000/mm3 e sangramento 
gengival. 
D) Diagnóstico de PTI há 6 meses, contagem plaquetária de mais de 
50.000/mm3 e ausência de sangramentos. 
E) Gestante com PTI e falha na terapia com glicocorticoides, 
contagem plaquetária de menos de 10.000/mm3 e ausência de 
sangramentos. 
 
7. Homem de 18 anos se queixa de manchas roxas nos 4 membros há 3 
semanas. Desconhece doenças prévias, nega uso de medicamentos 
ou uso de quaisquer drogas ilícitas. Sem outras queixas. O exame 
físico revela áreas de sufusão na pele dos membros superiores e 
inferiores, indolores e planas. Sem outras anormalidades. Exame de 
laboratório: hemoglobina 15,1g/dL, VCM 88fL, HCM 28pg, CHCM 
34g/dL, leucócitos 7.800/mm³, neutrófilos 4.560/mm³, linfócitos 
1.240/mm³, plaquetas 4.000/mm³. Considerando o caso descrito, 
assinale a alternativa que apresente um teste que NÃO está indicado 
na propedêutica inicial do paciente: 
 
A) Hematoscopia do sangue periférico. 
B) Mielograma. 
C) Sorologia para HIV. 
D) Sorologias para hepatites virais. 
 
8. A trombocitopenia primária imune é uma doença imunomediada que 
ocorre de forma aguda (“recém-diagnosticada”) em 80 a 85% das 
vezes. Sobre esta patologia assinale a CORRETA: 
 
"PLAQUETOPENIA E MAIS NADA"
Púrpura de Henoch-Schonlein não causa plaquetomenia 
Em ADULTOS, a PTI cronifica, então deve-se usar corticoides para recuperar a contagem plaquetária e interromper o sangramento
Transfusão de plaquetas --> apenas casos extremos
Esplenectomia é a ULTIMA OPÇÃO, reservada apenas para pacientes refratários ao tratamento com corticoide
D --> único paciente que não apresenta refratariedade da questão
"PLAQUETOPENIA E MAIS NADA"
Para firmar o diagnóstico de PTI é importante descartar outras causas de plaquetopenia, como LES, leucemia (pelo esfregaço de sangue periférico), hiv, hcv E DROGAS
NÃO é necessário mielograma em primeiro momento, exceto se suspeita de doença linfomieloproliferativa
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 
 
A) Para o diagnóstico, considera-se a presença de 
plaquetopenia(˂140.000/mm3), além da exclusão de outras 
patologias que causem trombocitopenia, como infecções, 
malignidades, uso de medicamentos. 
B) Epistaxe ocorre em cerca de 20-30% dos casos. 
C) Raramente sucede infecções virais no grupo pediátrico, mas com 
frequência aparece após infecções bacterianas comuns nesta faixa 
etária. 
D) Sangramento gastrointestinalé um dos sintomas mais comuns 
 
9. Sobre a investigação etiológica da plaquetopenia, escolha a 
alternativa correta: 
 
A) A Purpura Trombocitopenica Imune é etiologia rara e de alta 
mortalidade, é indicado tratamento com plasmaferese de urgência. 
B) A Purpura Trombocitopenica Trombótica e a Síndrome Hemolítica 
Urêmica são causas de plaquetopenia grave porém sem 
repercussões sistêmicas relevantes 
C) Alterações em séries branca e vermelha no hemograma são sinais 
de alerta para doenças linfoproliferativas, aplasia de medula ou 
outras doenças da medula óssea 
D) Medicamentos são causa pouco relevante no diagnóstico 
diferencial 
E) A presença de anemia hemolítica associada afasta o diagnóstico 
de Purpura Trombocitopênica Trombótica 
 
10. Escolar de 6 anos admitido em emergência pediátrica com relato de 
equimoses em pernas e abdome há uma semana e epistaxe 
volumosa hoje pela manhã. A mãe nega outras queixas atuais e 
conta que há duas semanas teve quadro de febre e coriza nasal com 
resolução espontânea só com uso de sintomáticos. Exame físico 
normal exceto pelas sufusões hemorrágicas. O hemograma realizado 
na emergência mostra apenas plaquetopenia 35000 e hemoglobina 
10,5g/dl. O diagnóstico mais provável é: 
 
A) Púrpura de Henoch-Schonlein. 
B) Leucemia Linfoide Aguda. 
C) Leishmaniose Visceral. 
D) Púrpura Trombocitopênica Autoimune. 
E) Hemoglobinúria paroxística noturna. 
 
11. Na criança, a trombocitopenia imune primária 
 
A) é geralmente um distúrbio agudo, autolimitado e imunomediado. 
B) é caracterizada por trombocitopenia (plaquetas menores de 
40000/mm³) isolada ou secundária. 
C) ocorre em 80-85% dos casos na forma persistente. 
D) ocorre na forma recém-diagnosticada quando a remissão se dá em 
menos de seis meses 
 
12. A indicação de transfusão de concentrado de plaquetas em 
plaquetopenia é INCORRETA na seguinte situação: 
a) Plaquetopenia decorrente de quimioterapia 
b) Plaquetopenia na leucemia aguda 
c) Plaquetopenia autoimune 
d) Plaquetopenia da transfusão maciça 
 
13. O plasma fresco congelado tem sua melhor indicação na: 
a) Hipovolemia como expansor plasmático 
O diagnóstico é feito pela plaquetopenia (<100.000), com exclusão de outras causas secundárias, como leucemia e anemia aplásica
As manifestações mais comuns da alteração da hemostasia primária são --> petéquias, equimoses, púrpura, gengivorragias, epistaxes
Na maioria das vezes sucede infecções virais ou bacterianas no grupo ped
sangramento GI é um dos sintomas menos comuns
a - A PTI tem baixa mortalidade e é tratada com corticoides
d - PTI secundária a uso de determinadas drogas, como heparina
PTI na criança --> quadro agudo --> tratar com terapia expectante, usar corticoides apenas se história de sangramento 
Na criança geralmente é um distúrbio agudo, autolimitado e imunomediado, caracterizado pela presença de trombocitopenia periférica isolada ( <100.000) e ausência de condições secundárias que reduzam a contagem plaquetária
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 
 
b) Trombocitopenia causada pela heparina 
c) Disfunção plaquetária com sangramento 
d) Deficiência de fatores de coagulação 
 
14. Sobre a Púrpura Trombocitopênica Imune é verdadeiro, EXCETO: 
a) É a segunda afecção hematológica mais frequente na infância 
b) Pico de incidência na idade pré-escolar 
c) O risco de hemorragia intracraniana é raro 
d) Todos os pacientes devem ser tratados com corticoide 
 
15. Com relação às plaquetas assinale a alternativa verdadeira: 
a) As plaquetas são estruturas nucleadas, presentes em maior 
quantidade no baço e são destruídas, principalmente, pelo fígado 
b) As plaquetas agem na hemostasia primária por apresentar 
antígenos, glicoproteínas, e vários tipos de enzimas em sua 
membrana fosfolipídica 
c) As glicoproteínas da membrana denominadas como GPI, II, III, IV 
também se localizam na parte mais externa da membrana 
fosfolipídica das plaquetas e apresentam função de receptores 
específicos 
d) A única função das plaquetas é a hemostasia 
 
16. Com relação à hemostasia primária, é correto afirmar: 
a) Durante o processo de hemostasia primária, ocorre a 
vasoconstrição dos vasos colaterais como forma de estancar o 
sangramento 
b) O endotélio vascular, em condições normais, age como agente 
não trombogênico, ao secretar prostaciclina 
c) A hemostasia primária compreende as fases de adesão 
plaquetária, ativação plaquetária, agregação plaquetária e 
coagulação 
d) Após a adesão, as plaquetas se unem umas às outras pela 
interação da fibrina com os receptores de superfície (IIb IIIa), 
induzida pelo disfosfato de adenosina 
 
17. Sobre as trombocitopenias, marque verdadeiro ou falso: 
a) Dentre as causas adquiridas de trombocitopenia podemos citar o 
uso crônico de medicamentos como ranitidina, vancomicina, 
paracetamol, hidroclorotiazida, entre outros 
b) Infecções como hepatite B, citomegalovírus e Epstein-Barr são 
causas de trombocitopenia adquirida 
c) O sequestro esplênico representa um tipo de causa de 
trombocitopenia, e um achado no exame físico que indica esse 
sequestre é o timbre timpânico à percussão do espaço de Traube 
d) Fazem parte do quadro clínico de suspeita de uma 
trombocitopenia sintomática, independentemente da causa, os 
sintomas de sangramento intermitente de mucosas, presença de 
petéquias e equimoses, sem relato de traumas ou trauma mínimo 
no local 
 
18. Nos exames laboratoriais para investigação de trombocitopenia, é 
correto afirmar: 
a) É imprescindível a solicitação de hemograma e coagulograma 
completo em que será observado plaquetas abaixo de 200.000 e 
tempo de sangramento normal à diminuído 
b) Os fatores de coagulação não estarão afetados nas 
trombocitopenias 
PTI na criança --> conduta expectante --> tratar com corticoide apenas se história de sangramento
As plaquetas são FRAGMENTOS CELULARES ANUCLEADOS, que "brotam" dos megacariócitos" na medula óssea
c- se localizam na porção mais interna
d - as plaquetas desempenham função hemostáticas e não hemostáticas, são importantes na inflamação e na cicatrização de feridas
Mecanismos locais produzem vasoconstrição, alteração da permeabilidade vascular com produção de edema, VASODILATAÇÃO dos vasos colaterais da região em que ocorreu a lesão e adesão das plaquetas. Assim, a vasoconstrição diminui o fluxo de sangue no sítio de sangramento, tornando preferencial o fluxo pelos ramos colaterais dilatados.
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 
 
c) Para melhor avaliação do tempo de sangramento, utiliza-se o 
método de Duke, em que consiste na utilização de um 
esfigmomanômetro. Exame rápido, específico e custo baixo 
d) O mielograma é um exame dispensável na investigação das 
plaquetopenias 
 
19. Com relação à Púrpura Trombocitopênica Imune (PTI), classifique em 
verdadeiro ou falso as seguintes informações: 
a) Corresponde à uma entidade patológica imune de etiologia 
desconhecida, mas supostamente causada após uma infecção 
viral 
b) Na sua fisiopatologia, reconhece-se anticorpos do tipo IgM, 
direcionados à membrana plaquetária, causando a sua destruição 
por monócitos localizados no baço e no sistema retículo 
endotelial 
c) Há um aumento da produção plaquetária pela medula óssea, mas 
na maioria das vezes a reposição não é suficiente, caracterizando 
a baixa de plaquetas 
d) Em crianças a PTI se torna crônica e no adulto é auto-limitada 
 
GABARITO: 
1. E  Na adesão plaquetária, primeira etapa da hemostasia primária, a 
ligação mais forte entre plaqueta e colágeno endotelial é 
intermediada por um fator denominado fator de von Willebrand 
(FvWB). Por essa razão deficiências desse fator cursam com 
alteração da hemostasia e predisposição a sangramentos. 
2. B  A Púrpura Trombocitopênica Idiopática ou Autoimune (PTI) 
caracteriza-se por um quadro representado por plaquetopenia, 
gerando manifestações hemorrágicas, sem nenhuma outra alteraçãolaboratorial obrigatória. A contagem de plaquetas no citrato exclui a 
presença de pseudotrombocitopenia, pois o citrato impede o 
fenômeno de aglutinação in vitro. É, portanto, um diagnóstico de 
exclusão, sendo importante avaliar outras causas, como uso de 
medicamentos, condições reumatológicas e doenças infecciosas e 
hepáticas. A presença de esplenomegalia ou linfadenopatia pode 
sugerir uma condição subjacente. O gatilho para a doença 
geralmente é uma infecção, ocasionando uma desregulação do 
sistema imune, que gera a produção de autoanticorpos IgG 
específicos produzidos pelas células B do paciente, mais 
frequentemente direcionados contra glicoproteínas de membrana 
plaquetária, como GPIIb/IIIa, levando a destruição das mesmas 
3. A  João tem “plaquetopenia e mais nada”, mantra que nos ajuda a 
lembrar da púrpura trombocitopênica idiopática (PTI), condição que 
se expressa por queda de plaquetas na ausência de outros sinais e 
sintomas como anemia, leucopenia, leucocitose, 
hepatoesplenomegalia, linfadenomegalia e dor óssea. Na maioria dos 
casos de PTI, é identificada história de infecção respiratória até 
quatro semanas antes do início do quadro, que funcionaria como 
trigger, mas o fator desencadeante também pode ser vacinação. Mais 
de 80% dos casos, em crianças, se resolvem com três a seis meses, 
independente de tratamento. Assim, a conduta é expectante. 
Corticoterapia estaria indicada, por exemplo, em pacientes com 
sangramento ativo, além daqueles que, mesmo sem sangramento, 
têm plaquetas muito baixas (< 10.000/mm3) — B errada. 
Plasmaférese não tem papel no tratamento da PTI (C errada). Na 
PTI, não existe papel para plasmaférese, antibioticoterapia, ou 
hemodiálise (C, D e E erradas) 
Na PTI, o organismo desenvolve anticorpos antiplaquetários da classe IgG, os quais se ligam as glicoproteínas (GP IIb/IIIa e Ib/IX) da membrana plaquetária. As plaquetas sensibilizadas com esses anticorpos, ao passarem pelo baço são removidas através de fagocitose pelos macrófagos. Assim, uma vez que a plaqueta apresenta um anticorpo aderido à sua membrana, é reconhecida por macrófagos localizados no baço e em outras áreas de tecido reticuloendotelial, onde são destruídas, levando a um menor tempo de vida médio plaquetário e consequentemente, a menores contagens de plaquetas circulantes
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 
 
4. D  Olívia tem “plaquetopenia e mais nada”, mantra que nos ajuda a 
lembrar da Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI), condição que 
se expressa por trombocitopenia na ausência de outros sinais e 
sintomas como anemia, leucopenia, leucocitose, 
hepatoesplenomegalia, linfadenomegalia e dor óssea. Quanto às 
outras opções, lembremos que a meningococcemia se apresenta por 
deterioração hemodinâmica extremamente violenta, não vista neste 
caso (A errada); a púrpura de Henoch-Schönlein é causa de lesões 
purpúricas sem plaquetopenia (B errada); Púrpura Trombocitopênica 
Trombótica (PTT) é quadro grave, cujo diagnóstico depende da 
presença de pelo menos três ou mais dos achados da famosa 
“pêntade da PTT”: 1. febre, 2. IRA, 3. encefalopatia, 4. plaquetopenia 
e 5. anemia hemolítica microangiopática (aquela que cursa com 
esquizócitos no esfregaço de sangue periférico) — C errada; por fim, 
síndrome hemolítico-urêmica, como anuncia o nome, se acompanha 
de uremia/azotemia, ausentes do caso apresentado (E errada) 
5. B  Essa mulher tem “plaquetopenia e mais nada”, mantra que nos 
ajuda a lembrar da púrpura trombocitopênica idiopática (PTI), 
condição que se expressa por trombocitopenia na ausência de outros 
sinais e sintomas como anemia, leucopenia, leucocitose, 
hepatoesplenomegalia, linfadenomegalia e dor óssea. A questão foi 
maldosa em colocar a descrição de petéquias em nádegas, que nos 
faz lembrar da púrpura de Henöch-Schonlein, mas cuidado: PHS não 
causa plaquetopenia; classicamente, tal condição aparece na prova 
de pediatria determinando púrpura palpável sem plaquetopenia (A e 
C erradas). Em adultos, os quadros de PTI costumam cronificar, 
sendo essencial o início de corticoterapia para recuperar a contagem 
plaquetária e interromper o sangramento. Por fim, devemos lembrar 
que transfusão de plaquetas na PTI é medida extrema, reservada 
para casos de sangramento grave e ameaçador à vida do paciente, 
pois trata-se de um tratamento que surtirá efeito pouco duradouro (D 
errada). 
6. D  Questão sobre PTI. Sabe-se que a esplenectomia é a ÚLTIMA 
OPÇÃO de tratamento, ou seja, reservada aos pacientes refratários 
ao tratamento padrão com corticoide. O único paciente que não 
apresenta refratariedade ao tratamento (na verdade os guidlines 
atuais preconizam que pacientes com PTI crônica e > 50.000 
plaquetas/mm3 nem sejam tratados) é a opção D 
7. B  Temos um paciente jovem com o famoso quadro de 
“plaquetopenia e mais nada”, ou seja, sem outros achados 
laboratoriais ou clínicos que não sejam justificados apenas pela 
presença de sua trombocitopenia grave (4.000 plaquetas/mm 3). 
Esse é o quadro típico da púrpura trombocitopênica idiopática (PTI). 
Para firmar o diagnóstico, é importante excluir outras causas de 
plaquetopenia, como lúpus, leucemia (através do esfregaço de 
sangue periférico), HIV, HCV e drogas. Não é necessário realizar 
punção da medula óssea em um primeiro momento, exceto se a 
houver suspeita de uma doença linfomieloproliferativa. 
8. B  Sobre a Trombocitopenia primária imune ou Púrpura 
Trombocitopênica Idiopática (PTI): - O diagnóstico é baseado na 
plaquetopenia (<100.000), com exclusão de outras causas de PT 
secundárias, leucemia e anemia aplásica. - Manifestações mais 
comuns da alteração da hemostasia primária são: petéquias, 
equimoses, púrpura, gengivorragias, epistaxes. - Na maioria das 
vezes sucede infecções virais ou bacteriana no grupo pediátrico. - 
Sangramento gastrointestinal é um dos sintomas menos comuns.) 
9. C  A PTI é uma condição de baixa mortalidade, tratada com 
corticosteroides(A incorreta) e existe inclusive uma apresentação 
secundária ao uso de determinadas drogas, como a heparina, razão 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 
 
pela qual a anamnese é de fundamental importância na abordagem 
de todos os pacientes com plaquetopenia (D incorreta). A SHU e a 
PTT cursam com plaquetopenia acompanhada por anemia hemolítica 
microangiopática (E incorreta) e outras alterações orgâncias, tais 
como IRA (na SHU) e alterações neurológicas (na PTT) - B incorreta. 
Por fim resta a opção C, que é correta e trata do diagnóstico 
diferencial das plaquetopenias, como com leucemias agudas e 
anemia aplásica. 
10. D  Diante de um caso clínico que apresente “plaquetopenia e mais 
nada”, isto é, surgimento inexplicado de plaquetopenia e 
manifestações condizentes – na ausência de outros sinais e sintomas 
como anemia, leucopenia, leucocitose, hepatoesplenomegalia, 
linfadenomegalia e dor óssea – a principal hipótese diagnóstica passa 
a ser púrpura trombocitopênica imune idiopática. Na maioria das 
vezes, é identificada uma história de infecção respiratória até quatro 
semanas antes do início do quadro, mas o fator desencadeante 
também pode ser uma vacina. Mais de 80% dos casos em crianças 
se resolvem em três a seis meses, independente de tratamento. A 
púrpura de Henoch-Schönlein é causa de lesões purpúricas sem 
plaquetopenia (A errada). Leucemia linfoide aguda traria blastos na 
descrição do hemograma (B errada). Calazar é causa de 
pancitopenia, febre arrastada e esplenomegalia de monta (C errada). 
Hemoglobinúria paroxística noturna combina anemia e fenômenos 
trombóticos (E errada) 
11. A  A trombocitopenia imune primária (antigamente chamada de 
púrpura trombocitopênica imune – PTI) na criança é geralmente um 
distúrbio agudo, autolimitado e imunomediado (alternativa A correta). 
É caracterizada pela presença de trombocitopenia periférica isolada 
(contagem de plaquetas < 100.000/mm3) e ausênciade condições 
secundárias que reduzam a contagem plaquetária (alternativa B 
errada). A PTI pode ser: recém-diagnosticada, que representa cerca 
de 80 a 85% dos casos nas crianças (alternativa C errada), quando a 
remissão da trombocitopenia ocorre em período < 3 meses 
(alternativa D errada); persistente, quando a trombocitopenia persiste 
por período entre 3 e 12 meses; e crônica, quando a trombocitopenia 
persiste por 12 meses ou mais 
12. C 
13. D 
14. D 
15. B 
16. B 
17. V F F V 
18. D 
19. V F V F

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