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Unidade III - Primeiros Socorros

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R a q u e l M i c h e l e | P r i m e i r o s S o c o r r o s
UNIDADE 3
Primeiro atendimento a vítimas de parada cardiopulmonar, 
ovace, traumas e queimaduras
TÓPICO 1 
ATENDIMENTO A VÍTIMAS 
DE PARADA CARDIOPULMONAR 
(PCP)
 A Parada Cardiorrespiratória (PCR) é uma síndrome clínica considerada como uma das mais importantes
emergências no setor médico, já que a sua sobrevida está intimamente ligada ao tempo de identificação
e/ou constatação do evento e à qualidade do atendimento aplicado.
 Isso exige atuação rápida, eficaz e objetiva por parte da daquele que presta cuidado.
 Dentre os principais sintomas que podem preceder uma PCR são: dor torácica, sudorese, palpitações
precordiais, vertigens (Tonturas), perda de consciência, alterações neurológicas, sinais de baixo débito
cardíaco, parada de sangramento prévio.
 Já em relação aos sinais clínicos, aqueles ditos como clássicos considerados em uma PCR são:
inconsciência, ausência de movimentos respiratórios, ausência de pulsos em grandes artérias (femoral e
carótidas) ou ausência de sinais de circulação.
 Nenhuma situação clínica supera a prioridade de atendimento da Parada Cardiorrespiratória (PCR) ou
Parada Cardiopulmonar (PCP), na qual a rapidez e eficácia das intervenções adotadas são cruciais para o
melhor resultado no atendimento, garantia de sobrevida e minimização de sequelas.
TÓPICO 1 
ATENDIMENTO A VÍTIMAS 
DE PARADA CARDIOPULMONAR 
(PCP)
 A Parada Cardiorrespiratória (PCR) é definida como a cessação da atividade mecânica cardíaca
(contratilidade) e confirmada pela ausência de sinais de circulação (ausência de contratilidade).
 O Suporte Básico de Vida (SBV), é considerado a base inicial para se proceder à realização do
atendimento em casos de PCR e nele é definida a sequência primária de reanimação.
 Já no Suporte Avançado de Vida (SAV) são contempladas intervenções realizadas a partir do suporte
básico iniciado previamente a fim de aumentar a probabilidade do retorno da circulação espontânea.
 Após o retorno da circulação espontânea, a sobrevivência e evolução neurológica podem ser melhoradas
e potencializadas com os cuidados pós-PCR já na unidade de saúde onde a vítima será encaminhada.
TÓPICO 1 
ATENDIMENTO A VÍTIMAS 
DE PARADA CARDIOPULMONAR 
(PCP)
 A Parada Cardiorrespiratória (PCR) é definida como a cessação da atividade mecânica cardíaca
(contratilidade) e confirmada pela ausência de sinais de circulação (ausência de contratilidade).
 O Suporte Básico de Vida (SBV), é considerado a base inicial para se proceder à realização do
atendimento em casos de PCR e nele é definida a sequência primária de reanimação.
 Já no Suporte Avançado de Vida (SAV) são contempladas intervenções realizadas a partir do suporte
básico iniciado previamente a fim de aumentar a probabilidade do retorno da circulação espontânea.
 Após o retorno da circulação espontânea, a sobrevivência e evolução neurológica podem ser melhoradas
e potencializadas com os cuidados pós-PCR já na unidade de saúde onde a vítima será encaminhada.
**vídeo sugerido: https://www.youtube.com/watch?v=FE1hdrKAWoE
TÓPICO 1 
ATENDIMENTO A VÍTIMAS 
DE PARADA CARDIOPULMONAR 
(PCP)
• Manobras de Suporte básico 
de Vida
 O suporte básico de vida visa ao reconhecimento e o atendimento de situações de emergência como
obstrução aguda de via aérea, acidente vascular cerebral e parada cardiorrespiratória. A abordagem
inicial através dessas manobras visa instituir as condições mínimas necessárias para a manutenção ou
recuperação da oxigenação e da perfusão cerebral
 Avaliar o nível de consciência (responsividade)- Após a definição de que a cena do evento assegura para
ação do resgatista ou socorrista, a checagem de nível de consciência é o passo seguinte. O avaliador
deve adotar as seguintes condutas:
• O paciente e/ou vítima deve ser chamado ao menos por duas vezes, associando-se estímulo táctil no
ombro da vítima. Se o paciente responder ao chamado ou apresentar movimentos voluntários em resposta,
isto significa que ele possui fluxo sanguíneo suficiente para manter alguma atividade do sistema nervoso
central. Quando não há resposta, assume-se a interpretação de que a função do Sistema Nervoso Central
(SNC) está limitada por uma ou mais causas possíveis. Em qualquer uma das duas condições (consciente ou
inconsciente), o passo seguinte deve ser o desencadeamento do sistema de emergência, exceto nas
situações de afogamento e a asfixia.
• Chamar por ajuda, pedindo desfibrilador automático, o desfibrilador automático é um aparelho eletrônico
portátil que desencadeia choque elétrico com corrente contínua sobre o tórax da vítima. O choque visa
determinar assistolia elétrica em todo o miocárdio, quando há ausência de contrações do coração.
TÓPICO 1 
ATENDIMENTO A VÍTIMAS 
DE PARADA CARDIOPULMONAR 
(PCP)
• Manobras de Suporte básico 
de Vida
 A posição correta da vítima durante atendimento é o decúbito dorsal horizontal.
 Durante o posicionamento da vítima, devemos lembrar a necessidade de manter sua coluna cervical
sempre alinhada com o restante do tronco durante a mobilização.
 A suspeita de lesão cervical deve sempre existir quando a perda de consciência da vítima não foi
presenciada ou quando a vítima sofreu trauma de crânio ou cervical durante a queda.
 O posicionamento correto do resgatista com relação à vítima é ajoelhado na linha dos ombros do
paciente. Essa posição permite acesso rápido ao segmento cefálico (via aérea) e ao tronco do indivíduo
(massagem cardíaca).
**vídeo sugerido: https://www.youtube.com/watch?v=Z5Uuzqp43r0
TÓPICO 1 
ATENDIMENTO A VÍTIMAS 
DE PARADA CARDIOPULMONAR 
(PCP)
• Manobras de Suporte básico 
de Vida
 ABRIR AS VIAS AÉREAS E CHECAR VENTILAÇÃO
 A abertura adequada de vias aéreas (VA) e a manutenção de ventilação têm grande importância no
tratamento da PCP, pois a hipóxia é causa frequente da PCP.
 A abertura da via aérea pode ser feita através da elevação de mandíbula e da hiperextensão da coluna
cervical ou pela tração de mandíbula.
 Mantendo-se a VA aberta deve-se verificar a presença de respiração espontânea na vítima.
 A melhor forma de checar a ventilação é após a abertura da via aérea, aproximar o ouvido na cavidade
oral do paciente, observando o seu tórax, procurando ver, ouvir e sentir a presença de respiração do
paciente por 10 segundos.
 Caso se perceba a presença da ventilação no paciente, cabe apenas a checagem de pulso a cada dois
minutos e o posicionamento da vítima em posição de até a chegada do sistema de emergência.
 Caso não se identifique com o movimento respiratório, a vítima encontra-se em parada respiratória e
deve ser iniciada a assistência ventilatória.
TÓPICO 1 
ATENDIMENTO A VÍTIMAS 
DE PARADA CARDIOPULMONAR 
(PCP)
• Manobras de Suporte básico 
de Vida
 Se a respiração estiver ausente, realizar duas ventilações de resgate
 A forma de assistência ventilatória inicial da vítima depende do material disponível.
• aplicar as ventilações de resgate por um segundo;
• aplicar volume corrente suficiente para elevar o para o tórax;
• evitar ventilações rápidas ou forçadas;
• quando uma via aérea avançada estiver colocada, aplicar 8-10 ventilações por minuto não sintonizadas
com as compressões torácicas;
• um volume corrente de 6-7 ml/ kg é suficiente.
TÓPICO 1 
ATENDIMENTO A VÍTIMAS 
DE PARADA CARDIOPULMONAR 
(PCP)
• Manobras de Suporte básico 
de Vida
 A checagem de pulso central carotídeo e/ou femoral é um passo importantíssimo para o atendimento da
vítima que se encontra inconsciente a sua frente, pois a sua ausência define a presença de status
positivo para a presença de PCP.
 A procura pelo pulso não deve exceder o intervalo de 10 segundos.
 Podemos nos deparar com quatro tipos de público: recém-nascidos – RN (0 – 28 dias de idade); lactentes
(29 dias de vida até 3 anos completos); pré-escolar (4 anos a 13 anos); e adolescentes e adultos.
• recém-nascidos e lactentes: braquial e femoral;
•pré-escolares – adultos: carotídeo e femoral.
TÓPICO 1 
ATENDIMENTO A VÍTIMAS 
DE PARADA CARDIOPULMONAR 
(PCP)
• Manobras de Suporte básico 
de Vida
 Iniciar a ressuscitação cardiopulmonar RCP
 Os aspectos fundamentais do Suporte Básico de Vida (SBV) no adulto incluem: reconhecimento imediato
da PCR, contato com o sistema de emergência, início da RCP de alta qualidade e uso do Desfibrilador
Externo Automático (DEA), assim que disponível.
 Quanto à posição das mãos para a realização da massagem cardíaca, é muito importante ter atenção
quanto a esse detalhe, pois ela se difere entre os pequenos pacientes ou aqueles que podemos
interpretar como sendo de pequeno porte, e um exemplo disso são os Recém-Nascidos (RN) e
adolescentes.
 Se a vítima for recém-nascida, localize o mamilo (D / E) e trace uma linha imaginária entre eles e, no
centro, (sobre o apêndice xifoide) aplique compressões utilizando o dedo indicador e médio. Lembre-se
de que antes de iniciar as compressões, a via aérea da vítima deve estar livre (sem resíduo por exemplo)
e hiperestendida.
TÓPICO 1 
ATENDIMENTO A VÍTIMAS 
DE PARADA CARDIOPULMONAR 
(PCP)
• Manobras de Suporte básico 
de Vida
 Se a vítima for lactente, circunde o tórax dela com a palma das mãos, trace uma linha imaginária entre
eles e, no centro, (sobre o apêndice xifoide) aplique compressões utilizando o polegar direito e
esquerdo. Lembre-se de que antes de iniciar as compressões, a via aérea da vítima deve estar livre e
hiperestendida.
 Se a vítima estiver em fase escolar, localize o apêndice xifoide, delimite dois dedos acima (na posição
horizontal) da porção final, adicione a região hipotenar (palma da mão) sobre a região delimitada, você
deverá hiperestender o braço dominante (aquele que você considera possuir maior força) mantendo-o
em (90°), após deverá iniciar a massagem.
TÓPICO 1 
ATENDIMENTO A VÍTIMAS 
DE PARADA CARDIOPULMONAR 
(PCP)
• Manobras de Suporte básico 
de Vida
 Se a vítima for adulta, localize o apêndice xifoide, delimite dois dedos acima (na posição horizontal) da
porção final, adicione a região hipotenar (palma da mão) não dominante sobre a região delimitada,
adicione a mão dominante sobre ela e entrelace os dedos (cruze os dedos), você deverá hiperestender
os braços (direito e esquerdo) mantendo-o em (90°), após deverá iniciar a massagem.
TÓPICO 1 
ATENDIMENTO A VÍTIMAS 
DE PARADA CARDIOPULMONAR 
(PCP)
• Manobras de Suporte básico 
de Vida
• Pessoas não treinadas em Suporte Básico de Vida (SBV), após constatarem uma parada cardiorrespiratória
devem realizar apenas compressões torácicas, mantendo as compressões até a chegada do socorrista
especializado.
• Pessoas ditas como treinadas em Suporte básico de vida, devem manter apenas compressões torácica até
a chegada de socorrista especializado.
• Socorristas Treinados/SBV/SAV: irão utilizar compressões torácicas contínuas, minimamente interrompidas,
apenas para a expansão torácica na ventilação. As compressões torácicas podem ser realizadas juntamente
com a ventilação, que serão duas ventilações a cada 30 compressões. Caso haja dois socorristas treinados,
estando com a vítima fora do ambiente hospitalar.
TÓPICO 1 
ATENDIMENTO A VÍTIMAS 
DE PARADA CARDIOPULMONAR 
(PCP)
• Manobras de Suporte básico 
de Vida
 Realizar a desfibrilação elétrica, se indicada.
 Sabe-se que o ritmo mais frequente presente nos primeiros minutos da PCR extra-hospitalar é a
Fibrilação Ventricular (FV).
 Quanto mais precoce a desfibrilação é aplicada, melhores são os resultados quanto à sobrevida das
vítimas que experienciam tal evento.
 A colocação do desfibrilador automático e/ou semiautomático deve ser realizada assim que o aparelho
estiver disponível, interrompendo-se as manobras de RCP somente quando o equipamento estiver
devidamente posicionado. Para este momento, daremos maior ênfase na utilização do Desfibrilador
Externo Automático (DEA), por este material tratar-se de primeiros socorros, porém, cabe ressaltar que
ao chegar a equipe de suporte avançado de vida na cena, possivelmente utilizará de equipamento ainda
mais sofisticados.
TÓPICO 1 
ATENDIMENTO A VÍTIMAS 
DE PARADA CARDIOPULMONAR 
(PCP)
• Manobras de Suporte 
avançado de Vida
 Quando ocorre mudança do ritmo, o aparelho não indica o choque, devendo-se checar o pulso após dois
minutos de RCP.
 Se o pulso estiver presente, houve reversão da PCR, devendo-se manter suporte ventilatório até a
chegada do sistema de emergência móvel, devendo ser checado o pulso da vítima a cada dois minutos.
 Se ausente, as manobras de RCP devem ser mantidas por mais dois minutos até nova secagem de ritmo
pelo desfibrilador.
 O uso de choque sucessivos e com energias progressivamente maiores não é mais recomendado, pois, o
tempo entre os três primeiros choques e a próxima desfibrilação frequentemente excede 30 segundos,
expondo o paciente a um período excessivamente prolongado sem RCP (circulação neurológica e cardíaca
vigente), potencializando assim o insucesso da recuperação
**vídeo sugerido:https://www.youtube.com/watch?v=5nPc7THF7rE
TÓPICO 1 
ATENDIMENTO A VÍTIMAS 
DE PARADA CARDIOPULMONAR 
(PCP)
• Manobras de Suporte 
avançado de Vida
 No suporte avançado, a identificação do ritmo cardíaco é feita através das pás do monitor cardíaco,
poupando tempo durante o atendimento por permitir à rápida desfibrilação, caso seja indicada.
 Esses dispositivos (pás de monitores) possuem a mesma função dos adesivos do DEA, o diferencial é que
o operador aqui no Brasil, deve ser o médico, e o dispositivo somente libera a onda de choque após
acionamento pelo operador.
 Esse recurso é utilizado quando o paciente possui estimulação elétrica e para que ambos estímulos (da
vítima e do equipamento) não sejam disparados ao mesmo tempo.
 Através da identificação do ritmo cardíaco pelas pás, podemos dividir a PCR em duas modalidades: ritmos
chocáveis tais como Fibrilação Ventricular (FV) ou Taquicardia Ventricular Sem Pulso (TVSP) (ritmos que
merecem choque imediato) ou ritmos não chocáveis como Assistolia ou Atividade Elétrica Sem Pulso
(AESP) (ritmos que não devem receber desfibrilação).
TÓPICO 1 
ATENDIMENTO A VÍTIMAS 
DE PARADA CARDIOPULMONAR 
(PCP)
• Manobras de Suporte 
avançado de Vida
PCR EM FV/TV SEM PULSO
 A forma mais frequente de atividade elétrica Inicial na PCR extra-hospitalar é a Fibrilação Ventricular (FV),
um ritmo identificado como modalidade de PCR.
 O ritmo nominado de Taquicardia Ventricular Sem Pulso (TVSP), é comum no meio clínico, porém
frequentemente degenera-se para FV, simbolizando um significado de alerta para tal risco.
 Ambas somadas são responsáveis por cerca de 80% dos casos de morte súbita, porém são os ritmos
elétricos de melhor prognóstico para reversão, desde que tratadas adequadamente e em tempo hábil e
recebem a nominação de ritmos de parada chocáveis.
TÓPICO 1 
ATENDIMENTO A VÍTIMAS 
DE PARADA CARDIOPULMONAR 
(PCP)
• Manobras de Suporte 
avançado de Vida
PCR EM FV/TV SEM PULSO
 Uma vez identificado a arritmia (FV/TVSP), o tratamento inicial depende do tempo decorrido do início do
evento até identificação desse ritmo.
 Imediatamente após o choque, se não houver mudança do ritmo, mais dois minutos de RCP devem ser
aplicados.
 Após este período, avalia-se novamente o ritmo, aplicando-se ou não o choque, e assim sucessivamente.
 Cabe destacar que deve haver rodízio entre os socorristas que assumiram a massagem cardíaca externa
(MCE).
 Outro ponto importante refere-se à completa vedação da máscara de reanimação junto à face da vítima,
devendo o operador (socorrista) aplicar o dispositivo junto à face da vítima de forma firme.
 Utilizando DEA ou cardiodesfibriladores, os operadores de tais equipamentos devem estar atentos
quanto ao momento dos disparos dos joules (choque) e alertar os demais membros da equipe para que
se afastem e não mantenham contato com a vítima.
 Caso ainda persista a FV/TV sem pulso após o primeiro choque é necessária autilização de fármacos que
melhoram a condição hemodinâmica da PCR e auxilia na reversão da arritmia.
 Das medidas descritas anteriormente quanto ao atendimento avançado, a prioritária é estabelecer o
acesso a uma via aérea avançada, preferencialmente em um tubo endotraqueal.
 Após a realização da intubação, é necessária a averiguação do correto posicionamento do tubo
endotraqueal através da secagem primária e secundária da via aérea.
 A checagem da via aérea é composta pela ausculta epigástrica e pulmonar e através de equipamentos
para detecção de CO2 ou detecção esofágica
 Após a colocação da via aérea avançada, as ventilações devem ser aplicadas na frequência de 8 a 10
vezes por minuto, de forma assincrônica com as compressões torácicas.
TÓPICO 1 
ATENDIMENTO A VÍTIMAS 
DE PARADA CARDIOPULMONAR 
(PCP)
• Manobras de Suporte 
avançado de Vida
PARADA CARDIOPULMONAR EM RITMO NÃO PASSÍVEL DE CHOQUE: ATIVIDADE
ELÉTRICA SEM PULSO (AESP) E ASSISTOLIA (RITMOS NÃO CHOCÁVEIS)
 Após adaptar as pás junto ao tórax da vítima, a identificação de qualquer atividade elétrica pode ser
percebida de forma diferente das atividades como FV/ TVSP, o que se caracteriza com uma modalidade
de PCR em um ritmo não passível de choque (AESP ou Assistolia).
 Já em relação ao tratamento da AESP, este nunca deverá ser instituído através do choque, pois existe uma
atividade elétrica ventricular organizada potencialmente capaz de gerar pulso central, apesar de não
conseguir gerá-la. Se houvesse a aplicação do choque, poderia desorganizá-la e/ou neutralizá-la, gerando
um grave problema durante o atendimento.
 Como as pás do desfibrilador não serão necessárias após a identificação do ritmo, partimos para a
aplicação do suporte avançado de vida a vítima (RCP - MCE, monitor, intubação e acesso vascular)
 O tratamento das causas desencadeadora da AESP deve ser o principal objetivo para a reversão do
quadro.
 A principal e mais prevalente causa geradora da AESP é a hipovolemia.
TÓPICO 1 
ATENDIMENTO A VÍTIMAS 
DE PARADA CARDIOPULMONAR 
(PCP)
• Manobras de Suporte 
avançado de Vida
PARADA CARDIOPULMONAR EM RITMO NÃO PASSÍVEL DE CHOQUE: ATIVIDADE
ELÉTRICA SEM PULSO (AESP) E ASSISTOLIA (RITMOS NÃO CHOCÁVEIS)
 A PCR em assistolia (quando há ausência de qualquer atividade elétrica perceptível no monitor cardíaco)
é considerada como a de pior prognóstico, por caracterizar a ausência completa de qualquer atividade
elétrica por parte do coração.
 A equipe deve estar atenta a identificar corretamente tais ritmos, para que não realizem definições de
condutas errôneas, pois cerca de até 10% dos ritmos identificados inicialmente em unidades de
emergência, como assistolia através das pás de cardiodesfibriladores apresentavam como ritmo de base
verdadeiro a FV.
 Existem outros fatores que podem estar atrelados à identificação de falso resultados, tais como:
problemas técnicos como cabos ou eletrodos desconexos também podem determinar o erro diagnóstico
e a FV fina também pode induzir ao diagnóstico errôneo de assistolia.
 As causas de assistolia são as mesmas da AESP, devendo-se iniciar difusão de volume e procurar
tratamento adequado baseado nas causas possíveis.
 O uso do marcapasso transcutâneo na assistolia não é mais indicado.
TÓPICO 2
Ovace e primeiro 
atendimento a vítimas de 
traumas
 O socorrista deve ser cauteloso e um bom observador na cena do acidente.
 Há uma grande possibilidade de ocorrer a obstrução da vias aéreas pela existência de
sangramento.
 Dessa forma, ocorre o surgimento de mais uma síndrome clínica à Obstrução das Vias Aéreas
por Corpo Estranho (OVACE).
 Os acidentes com corpos estranhos no trato digestivo alto são um fato frequente em
ambientes extra-hospitalares e motivo de grande procura por atendimento em prontos-
socorros.
 A maioria dos corpos estranhos no estômago e no duodeno não provoca sintomas, exceto na
presença de ulceração, perfuração ou obstrução.
 Na suspeita de corpo estranho em trato digestivo alto, a endoscopia digestiva alta é indicada.
 A realização de raios X para localizar o corpo estranho pode ser útil somente se este for
radiologicamente visível, ou seja, constituído por metal ou calcificações (osso).
 Os corpos estranhos mais comuns encontrados são: moedas, bolos de alimentos
(predominantemente carnes), espinha de peixe, próteses dentárias, alfinetes metálicos,
brinquedos esféricos, baterias e pilhas.
 Há urgência de remoção de corpos estranhos no trato digestivo alto no caso de baterias e
pilhas em segmento esofágico e objetos pontiagudos em segmento esofagoduodenal.
TÓPICO 2
Ovace e primeiro 
atendimento a vítimas de 
traumas
 A perfuração da parede esofágica pelo próprio corpo estranho impactado ou pelas manobras
durante a sua remoção, é a maior complicação do procedimento, com chances de evolução
de gravidade alta.
 Outro fator desencadeador de preocupação relacionado a engasgos por corpos estranhos,
associa-se ao risco iminente quanto à obstrução da via aérea superior, ou popularmente
conhecida como Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE), pois como o
próprio nome já simboliza, a vítima apresentará limitações para desencadear o processo
respiratório.
 Dentre os fatores desencadeadores, a obstrução das vias aéreas superiores por aspiração de
corpo estranho é o fator mais presente.
 Dentre uma gama expressiva e variada de objetos, os que mais frequentemente são
aspirados são: sementes, objetos esféricos, moedas, frutos secos, fragmentos de brinquedos,
tampas ou tubetes de caneta, brincos, balões vazios (estes últimos associados à mortalidade
elevada), dentre outros.
 A manifestação clínica pode vir a depender do tipo, tamanho e área e localização do corpo
estranho. Dentre as apresentações mais comuns destacam-se: tosse persistente; limitação e
dificuldade respiratória; diminuição localizada dos sons respiratórios; em alguns casos sibilos
(chiado no peito); cianose (pele azulada); afonia (não apresenta sons verbais); inconsciência
(quando a obstrução ocorreu a certo tempo); dentre outras.
TÓPICO 2
Ovace e primeiro 
atendimento a vítimas de 
traumas
 Aproximadamente cerca de 44% das vítimas de engasgos podem apresentar-se
assintomáticos e sem alterações no exame físico.
 Podemos, em um primeiro momento, classificar tais obstruções da seguinte forma:
• obstrução leve • obstrução grave
 Relacionado a condutas para a desobstrução das VAS, a Manobra de Heimlich é atualmente a
melhor estratégia utilizada em ambientes extrahospitalares e, até mesmo, hospitalares para a
remoção de corpo estranho.
 Estrategicamente, essa manobra deve ser realizada quando:
• na presença de forte suspeita de corpo estranho obstruindo as vias aéreas;
• quando não houver resposta à ventilação boca a boca (ausência de elevação do tórax);
• dentre outros.
 Existem algumas particularidades que devem ser levadas em consideração para que as
condutas do socorrista se tornem efetivas, seguras e eficaz:
• levar em consideração a estatura da vítima: tal colocação se refere a forma como o socorrista
se posicionará perante a vítima;
• levar em consideração o peso da vítima: tal colocação visa evitar lesões secundária por queda;
• averiguar a possibilidade de acesso ao corpo estranho: tanto visual como tátil, bem como a
profundidade em que o objeto se encontra, visando à possibilidade de realização de varredura
(retirada manual do corpo estranho).
*vídeo sugerido: https://www.youtube.com/watch?v=nVztTfKBT6M
https://www.youtube.com/watch?v=I6UtMwt7Y3g
TÓPICO 2
Ovace e primeiro 
atendimento a vítimas de 
traumas
• Vítima criança
 A vítima, quando for criança de até um ano, possui maior predisposição para 
ficar engasgada, pois seu reflexo de deglutição ainda não está totalmente 
desenvolvido. 
 Caso encontrem-nas engasgadas, o ideal, em um primeiro momento, é 
averiguar se é possível ter acesso ao objeto (de forma visual ou tátil), se sim, 
deve-se tentar remover manualmente em forma de pinça (usando o polegar e 
indicador)ou em forma de varredura digital (usando o dedo indicador). 
 É vetado aplicar essa conduta em vítimas acordadas pelo risco de lesão por 
mordedura.
TÓPICO 2
Ovace e primeiro 
atendimento a vítimas de 
traumas
• Vítima pequeno porte
 Uma vez adotada a conduta anteriormente citada, você deverá seguir os seguintes passos: 
• manter o bebê de bruços
• deitar a criança sobre seu braço não dominante, de bruços (tórax para baixo), preferencialmente apoiado 
a sua perna (primando pela estabilidade); 
• manter a cabeça da vítima mais baixa do que o tronco; 
• segurar o corpo da criança utilizando os dedos indicador e médio da mão não dominante, através do 
pescoço e, ainda, retificando (abrindo) as vias aéreas simultaneamente; 
• observar se há algum corpo estranho (objeto) na boca da vítima que possa ser retirado com as mãos 
(repetir); 
• aplicado a conduta anterior e o objeto não se deslocou (se moveu), você deverá aplicar cinco palmadas 
com a base da mão (região hipotenar) firmemente no meio das costas, preferencialmente entre as 
escápulas; 
• se o objeto não se mover, você deverá repetir tal conduta por até três vezes sequencialmente. Se ainda 
assim não for suficiente, você deverá virar a criança de frente, ainda sobre o braço apoiado e efetuar 
compressões com os dedos indicador e médio sobre o tórax da criança, na altura entre os mamilos (linha 
intermamilar).
• caso ainda não seja possível visualizar e retirar o objeto, as compressões torácicas deverão ser aplicadas 
continuamente até a chegada do serviço móvel de emergência.
*vídeo sugerido: https://www.youtube.com/watch?v=tC-OiNlHpcI
TÓPICO 2
Ovace e primeiro 
atendimento a vítimas de 
traumas
TRAUMAS CERVICOTORÁCICOS PENETRANTES 
 Nos traumas cervicotorácicos por mecanismo penetrante, ou seja, ferimentos por armas brancas, 
lesões de orofaringe, valéculas, seios piriformes, músculo cricofaríngeo e esôfago podem ser 
identificadas rapidamente porque são visuais, uma vez que o diagnóstico precoce melhora a 
morbimortalidade no tratamento efetivo desses tipos de traumas. 
 Como medida de tratamento em ambientes externos, a ordem é “nunca, jamais remover o objeto 
empalado” e sim apenas protegê-lo, para evitar que a lesão se amplie. 
TÓPICO 2
Ovace e primeiro 
atendimento a vítimas de 
traumas
TRAUMA VASCULAR
 As lesões vasculares comuns a um determinado grupo podem apresentar incidência e evolução 
diferente em outro. 
 Os ferimentos vasculares podem ser classificados de acordo com os itens:
TÓPICO 2
Ovace e primeiro 
atendimento a vítimas de 
traumas
TRAUMA VASCULAR
 Os ferimentos vasculares apresentam várias manifestações clínicas. Ferimentos penetrantes associados 
a sinais evidentes de lesão arterial, tais como: ausência de pulsos, sangramento pulsátil e ativo, 
hematoma em expansão, dentre outros, devem ser explorados durante a avaliação (primeiro contato 
com a vítima), esta etapa é basicamente avaliação física (exame físico), não havendo necessidade de 
exames complementares. 
 Os ferimentos arteriais, particularmente os dos membros, apresentam-se sob três formas clínicas, que 
podem ou não estar associadas: isquemia, hemorragia e hematoma.
Isquemia 
 É a manifestação clínica mais frequente, caracterizando-se por dor, impotência funcional (limitação), 
alterações de sensibilidade e ausência dos batimentos arteriais distais à lesão. 
 A isquemia será mais ou menos intensa de acordo com alguns fatores que reagem à fisiopatologia das 
obstruções artérias agudas. 
 O déficit perfusional é evidente, manifestando-se com palidez da região acometida. A isquemia pode 
não ser causada por doenças subjacentes. 
 Algumas causas comuns são exercícios extremos, exposição ao frio ou torniquete, bem como, aquelas 
ditas como trombótica e por embolia. 
TÓPICO 2
Ovace e primeiro 
atendimento a vítimas de 
traumas
HEMORRAGIA
 Nos traumatismos arteriais, a síndrome hemorrágica é frequente e, em geral, facilmente reconhecida 
através da perda abundante de sangue pelo local do ferimento, a não ser que a hemorragia seja 
intracavitária. 
 Além das manifestações locais, há, evidentemente, o quadro sistêmico caracterizado pelos sinais de 
choque hemorrágico, podendo ser interpretado com pulso distal débil, sonolência, confusão mental, 
palidez cutânea (esta manifestação pode estar associada à presença de dor), dentre outros. 
 Quando o ferimento vascular é intracavitário, o reconhecimento da hemorragia nem sempre é fácil e a 
indicação cirúrgica é baseada nos sinais gerais e nos procedimentos de imagem utilizados para o 
diagnóstico, basicamente o ultrassom e a tomografia computadorizada.
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HEMATOMA
 O hematoma formado em decorrência da contenção da hemorragia por estruturas 
musculoaponeuróticas tem comunicação direta com a luz arterial. 
 Geralmente, é tenso e pode ou não apresentar pulsatilidade. Às vezes, não é bem definido, pois invade 
estruturas vizinhas. 
 Sobre o hematoma, pode ser que surjam mais frequentemente horas ou dias após o trauma ou 
dependendo da energia aplicada na área afetada, pode ser perceptível na hora do impacto. 
 Através dos hematomas, estes podem servir como indicador de lesão, grau da lesão, sua gravidade e 
extensão.
TÓPICO 2
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traumas
Trauma de partes moles da face
 Lesões faciais apresentam especial importância pelo potencial comprometimento funcional e estético, 
sempre evidentes. Assim, a reparação de lesões faciais requer cuidado meticuloso, se um resultado 
estético e funcional adequado é o objetivo. 
 A limpeza dos ferimentos deve ser realizada de imediato, ainda na cena do incidente, se possível, pois 
quanto mais cedo a ferida estiver limpa ou os agentes forem removidos (ainda que parcialmente 
removidos), comprometerão a lesão em menor intensidade. A limpeza mecânica dos ferimentos é o 
principal fator na diminuição dos índices de infecção local.
Trauma abdominal
 Cerca de 20 a 50% das mortes relacionadas ao trauma abdominal poderiam ser evitadas e, para outros, 
a demora no diagnóstico da lesão abdominal é a maior vilã na causa de morte a ela relacionada. 
 Também não é incomum a ocorrência e falha no diagnóstico da presença de lesão abdominal na fase 
de atendimento inicial. 
TÓPICO 2
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traumas
Trauma ortopédico
 Um traumatismo no sistema musculoesquelético pode gerar diferentes lesões dependendo da 
intensidade e do mecanismo de trauma. 
 As lesões mais comuns são: contusão, fratura (fechada ou exposta), lesão ligamentar ou luxação, sendo 
estas últimas duas relacionadas ao trauma articular.
 Contusão é o resultado do impacto direto do agente traumático contra a região acometida, gerando 
uma compreensão dos tecidos moles contra o osso, resultando em lesões musculares de pequenos 
vasos, de tendões e do tecido subcutâneo em nível microscópico, sem gerar uma perda da 
continuidade dessas estruturas e, consequentemente, sem incapacidade funcional, a não ser pela dor. 
 Quando a energia do impacto é maior, ocorre uma fratura que é uma solução de continuidade do 
tecido ósseo.
 De acordo com a intensidade da energia do trauma, podemos ter diferentes apresentações de lesão 
tecidual, desde uma fratura sem desvio dos fragmentos até uma com perda total de contato entre as 
bordas ósseas
TÓPICO 2
Ovace e primeiro 
atendimento a vítimas de 
traumas
Fratura exposta
 Vídeo sugerido: https://www.youtube.com/watch?v=rBuTBSTLyvU
TÓPICO 2
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atendimento a vítimas de 
traumas
Fasciotomia
 Nas isquemias prolongadas, as lesões extensas de partes moles ou nas lesões venosas concomitantes 
com comprometimento do retorno venoso, o edema muscular leva com frequência ao aumento da 
pressão compartimental nas estruturas musculares. 
 Essa situação, que leva o nome de síndrome compartimental, pode resultar em quadro neurológico 
grave com paralisia e comprometimentoda vitalidade da musculatura. 
 A fasciotomia descompressiva deve ser indicada precocemente como recurso terapêutico essencial, 
mantendo as condições de viabilidade do membro e evitando graves sequelas neurológicas. 
 Basicamente tal procedimento pode ser executado exclusivamente por profissional médico, mas torna-
se necessário identificarmos a existência de tal acometimento.
*vídeo sugerido: https://www.youtube.com/watch?v=9wrLfJoJn_U
TÓPICO 3
Primeiros socorros para 
vítimas de queimaduras
 Entre os órgãos atingidos pelas queimaduras, a pele é a mais frequentemente afetada.
 As queimaduras são agravos decorrentes de agentes térmicos, elétricos e químicos,
para os quais se estima a ocorrência de 195.000 mortes a cada ano.
 Apesar da elevada sobrevivência, a maioria dos pacientes enfrenta um longo período
de recuperação, além da presença de limitações físicas e emocionais.
 Esse trauma pode apresentar-se com lesões simples ou graves, isso dependerá de sua
profundidade, extensão e localização. Esses fatores determinarão as diversas
classificações das queimaduras.
 Tais agravos podem ser classificados como queimaduras de primeiro grau, de segundo
grau, de terceiro grau ou quarto grau.
 O processo de reparação tecidual do queimado dependerá de vários fatores, entre eles
a extensão local e a profundidade da lesão.
 Em muitos casos o tratamento é muito doloroso, demorado e deixa marcas para
sempre.
 O que causa a morte na maioria das vezes não é relacionada aos ferimentos por
queimadura, mas as complicações relacionadas à insuficiência respiratória.
 O atendimento ao paciente queimado é tarefa delicada e específica, exige cuidados
emergenciais e terapêuticos e de uma equipe multiprofissional.
TÓPICO 3
Primeiros socorros para 
vítimas de queimaduras
 As causas mais comuns que desencadeiam lesões por queimaduras são:
• Escaldadura (queimadura por líquidos quentes)
• Contato com fogo e objetos quentes
• Queimadura provocada por substâncias químicas
• Queimadura por exposição à eletricidade
• Exposição excessiva ao sol.
 Acerca do tema queimadura, este se refere a um evento/lesão causada por agentes
externos sobre o revestimento do corpo (pele/sistema tegumentar), podendo destruir
desde a pele até tecidos mais profundos, como estrutura óssea e órgãos (vísceras).
 Com relação à profundidade, esta pode ser de
 1º grau: atinge a epiderme (camada superficial da pele).
 2º grau: atinge a epiderme e parte da derme (2ª camada da pele).
 3º grau: atinge todas as camadas da pele, músculos e ossos.
TÓPICO 3
Primeiros socorros para 
vítimas de queimaduras
1º grau
 As queimaduras de primeiro grau são aquelas mais superficiais, afetando apenas a
epiderme (camada superficial da pele).
 Como características, geralmente são secas e não produzem vesículas (bolhas) e ainda
possuem espessura superficial; a mais comum são as ocasionadas por queimadura
solar; provoca vermelhidão, dor, edema, descamam entre 4-6 dias; quando grandes
áreas são afetadas, há risco de desidratação se não houver devida hidratação oral,
principalmente em crianças e idosos.
TÓPICO 3
Primeiros socorros para 
vítimas de queimaduras
2º grau
 As queimaduras de segundo grau apresentam maior gravidade quando comparado a de
primeiro grau, porque os danos se estendem além da camada superficial da pele.
 Essa classificação de queimaduras faz com que a pele apresente vesículas (bolhas)
associado à importante hiperemia local (vermelhidão), bem como dor de moderada à
intensa, a depender do agente gerador da queimadura.
 Devido às feridas avançarem camadas mais profundas da pele, faz-se necessário manter
a respectiva lesão limpa e aplicação de curativo oclusivo (fechado) para evitar infecções.
Além das características já citadas, estas apresentam-se da seguinte forma:
• espessura parcial: superficial e profunda;
• afeta epiderme e derme, com bolhas ou flictenas;
• base da bolha rósea, úmida, dolorosa (superficial);
• base da bolha branca, seca, indolor (profunda) devido a danos nos nervos.
• restauração das lesões entre 7 e 21 dias.
TÓPICO 3
Primeiros socorros para 
vítimas de queimaduras
3º grau
 Quando comparadas às queimaduras entre as de primeiro e segundo grau, as lesões
por queimaduras de terceiro grau são aquelas que apresentam maiores riscos de
complicações, dentre elas a infecções, perda de linfa e sangue, deixando a vítima
susceptível ao choque (instabilidade hemodinâmica) e vulnerável à morte.
 Além das características já citadas, estas apresentam-se da seguinte forma:
• espessura total;
• indolor (devido a danos nos nervos)
• placa esbranquiçada ou enegrecida;
• textura coriácea;
• não reepitelizam, necessitam de enxertia de pele (também indicado no II grau profundo);
• em casos graves a pele terá aparência chamuscada com visível trombose/ coagulação de
vasos sanguíneos.
TÓPICO 3
Primeiros socorros para 
vítimas de queimaduras
4º grau
 Queimaduras de quarto grau são aquelas lesões que atingem à epiderme, derme,
tecido subcutâneo, estrutura óssea ou até os órgãos internos.
 São lesões que ocasionam extremo prejuízo e exposição às vítimas que experienciam tal
evento.
 Ela atinge o tecido adiposo subjacente, músculos, ossos e até órgãos internos. São,
portanto, queimaduras de espessura total e lesão de tecido profundo.
 Podem ser extremamente debilitantes e desfigurantes à pele, tecido e estruturas
subjacentes.
TÓPICO 3
Primeiros socorros para 
vítimas de queimaduras
TRATAMENTO
 Os objetivos do tratamento de queimaduras são: promover alívio da dor, prevenir o
ressecamento da área, possibilitar que o ambiente fique apropriado para a cura das
lesões e minimizar as chances de infecção.
 O primeiro passo é interromper o progresso da queimadura.
 Recomenda-se remover as fontes de calor imediatamente.
 Em seguida, realizar avaliação primária e secundária.
**vídeo sugerido: https://www.youtube.com/watch?v=lqPQT5tSHhE

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