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Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228
Ovogênese 
 
INTRODUÇÃO 
• A ovogênse é o processo para a produção de 
gametas femininos. Para acontecer, 
precisamos de um processo meiótico para 
formar uma célula haploide (n), pois a maioria 
das células do corpo são somáticas (2n) 
• A produção de gametas vai acontecer no 
ovário, o qual produz tanto gameta quanto 
hormônio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ovogênese: embrião à puberdade 
• No embrião, as ovogônias fazem mitose para 
aumentar a população 
• As ovogônias → meiose I → Ovócito I 
paralisado na profáse I (diplóteno) 
• Assim, a mulher já nasce com os ovários 
repletos de ovócitos I com o número já 
estabelecido, não há mais produção depois 
• Para no dictióteno (interrupção da divisão 
celular 
 
 
 
INÍCIO DA PUBERDADE 
• A cada ciclo menstrual, o ovócito I vai ser 
estimulado a continuar no processo de divisão 
• Ciclo menstrual → ovócito I encerra meiose I 
→ ovócito II paralisado na meiose II em 
metáfase II + 1º corpúsculo polar 
• Corpúsculo polar vai regredir 
• Só continua a meiose depois da fecundação 
• Temos 23 cromossomos (haploides, sem 
cromátide duplicada) 
 
 
 
 
OVOCITAÇÃO E FECUNDAÇÃO 
• O ovário vai liberar um ovócito II paralisado na 
metáfase II para a tuba uterina 
• Na tuba, a meiose só continua se houver 
fecundação 
• Se não houver fecundação, vai acontecer a 
menstruação 
• Fecundação → ovócito II finaliza a meiose II → 
origina um corpúsculo polar + zigoto 
 
 
 
 
PROCESSO VISTO POR INTEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ovogênese 
DESENVOLVIMENTO FOLICULAR OVARIANO 
 
 
 
 
 
 
 
 
• O ovário é dividido em duas partes 
Medula 
• Região vascularizada, onde chegam os vasos 
sanguíneos para a nutrição do ovário 
Córtex 
• Região preenchida por tecido conjuntivo onde 
se desenvolvem os folículos ovarianos 
FOLÍCULO PRIMORDIAL QUIESCENTE 
• A cada ciclo menstrual, um determinado 
número de folículos primordiais são 
estimulados a crescer 
• Tudo isso ocorre junto a estruturas chamadas 
folículos ovarianos 
• Ovócito I paralisado na prófase I na fase de 
diplóteno 
 
 
 
 
 
 
 
Células granulosas (ou foliculares) 
• garante a nutrição do ovócito e o ovócito 
garante a nutrição das células granulosas 
• apresentam baixo metabolismo 
Lâmina basal 
• funciona como um ‘’murinho’’ que circunda o 
folículo, fornecendo proteção 
FOLÍCULO PRIMÁRIO 
• estão crescendo e apresentam, ao redor do 
ovócito, uma camada de células foliculares 
cuboides 
• mais ativas metabolicamente 
 
 
 
 
 
FOLÍCULO SECUNDÁRIO 
• As células granulosas vão se proliferar 
formando várias camadas 
Zona pelúcida 
• Entre a camada granulosa e o ovócito 
• Cada acelular de glicoproteínas 
• Proteção do embrião 
• Importante na fecundação 
Células da Teca 
• Ficam na periferia 
• Respondem ao LH (TeLHa) 
• A camada granulosa + camada da teca 
possuem células esteroidogênicas, que 
possuem capacidade de produzir hormônios 
• Esses hormônios vao se acumulando na 
camada granulosa e vão originar cavitações 
 
 
 
 
 
 
 
FOLÍCULO TERCIÁRIO 
• Surgimento dos antros: cavidades na camada 
granulosa com uma grande quantidade de 
hormônios esteroides 
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Ovogênese 
• Predomínio do estrógeno do que a 
progesterona 
 
 
 
 
 
 
FOLÍCULO PRÉ-OVULATÓRIO 
• Aumentou a retenção de fluidos, fazendo com 
que todo o antro se uniformizasse 
Corona radiata 
• Camada de células granulosas ao redor da zona 
pelúcida 
Acúmulo oofúro 
• Camada de célula granulosa que se prende o 
ovócito na parede do folículo 
• Vai ser liberado junto com o ovócito na 
ovulação 
• Vai ajudar no movimento ciliar ao longo da 
tuba uterina 
 
 
 
 
 
 
 
 
OVOCITAÇÃO 
• Para acontecer a ruptura do folículo maduro, 
vai ter o extravasamento do antro e ruptura do 
conjunto folicular que contém o ovócito 
• Durante a ovocitação, ovócito I → continua 
meiose I → Ovócito II paralisado em metáfase 
II 
• Quando passa de ovócito primário pra 
secundário, vai ocorrer a liberação do 
corpúsculo polar 
• O corpúsculo polar fica na zona pelúcida, pois 
ela funciona como uma barreira não deixando 
que nada saia 
• Ele vai regredir em poucos dias 
• Só continua meiose II se houver fecundação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORMAÇÃO DO CORPO LÚTEO 
• Com a ovocitação, sobram as células da 
camada granulosa + células da teca 
• Elas não são destruídas, passam por um 
processo de diferenciação 
• Dão origem a uma glândula endócrina 
temporária, chamada corpo lúteo 
• O corpo lúteo produz os mesmos hormônios, 
mas com predomínio da progesterona sobre o 
estrogênio 
• Caso não ocorra fecundação, prostaglandina 
→ lise do corpo lúteo → formando o corpo 
albicante (branco) 
 
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Esther Santos Fonseca 
Ciclo Menstrual 
CICLO OVARIANO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Dividido em 3 fases: 
Fase folicular 
• Primeira parte com crescimento do folículo ovariano 
• Tem duração mais variável 
• Pode durar de 10 dias a 3 semanas 
Ovulação 
• Quando um folículo amadurece e o ovário libera o 
ovócito durante a ovulação 
Fase Lútea 
• O corpo lúteo vai secretar hormônios preparando o 
corpo para a gestação 
• Se a gestação não ocorre, o corpo lúteo para de 
funcionar 
• Duração ‘’fixa’’ de 14 dias 
REVESTIMENTO ENDOMETRIAL 
Menstruação 
• O começo da fase folicular corresponde ao 
sangramento menstrual do útero 
Fase proliferativa (folicular) 
• A fase final da fase folicular 
• Nessa fase o endométrio produz uma nova camada 
e célula em antecipação à gestação 
Fase secretória (lútea) 
• Hormônios liberados pelo corpo lúteo 
(PROGESTERONA e estrogênio) convertem o 
endométrio espessado em uma estrutura secretória 
• Se não ocorrer fecundação, as camadas do 
endométrio são perdidas e o ciclo recomeça com a 
menstruação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTROLE HORMONAL GERAL 
• GnRH do hipotálamo 
• FSH e LH da adeno-hipófise 
• Estrogênio, progesterona, inibina e AMH do ovário 
FASE FOLICULAR 
Fase folicular inicial 
• Dia 1 da menstruação é o dia 1 do ciclo 
• GnRH → gonadotrofinas → FSH → folículos do 
ovário começam a amadurecer 
• FSH → células granulosas → secretam AMH (anti 
mulleriano) → diminui a sensibilidade do folículo ao 
FSH → impede o recrutamento de mais folículos 
primários 
• LH → células da teca → síntese de androgênios → 
se difundem para a granulosa → aromatase 
converte → estrogênio 
• Estrogênio → retroalimentação negativa → diminui 
FSH e LH → impede o desenvolvimento adicional 
de folículos no mesmo ciclo 
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Esther Santos Fonseca 
Ciclo Menstrual 
• Folículos aumentando → células da granulosa 
produzem um líquido → antro → contem hormônios 
e enzimas necessárias a ovulação 
• Alguns folículos sofrem artresia (morte celular 
hormonalmente regulada), poucos chegam ao 
estagio final 
• Apenas um folículo dominante se desenvolve até a 
ovulação 
• Estrogênio dos folículos → endométrio cresce → 
aumenta suprimento sanguíneo → leva nutrientes e 
oxigênio para o endométrio espessado 
• Estrogênio → glândulas mucosas do colo do útero 
produzam um muco claro e aquoso 
 
Fase folicular tardia 
• Quando está chegando ao fim → pico de secreção 
de estrogênio ovariano 
• Células granulosas do folículo dominante → 
secretam inibina + progesterona → diminui 
secreção de FSH 
• Estrogênio (até então tinha exercidofeedback 
negativo) → retroalimentação positiva → pico 
ovulatório de GnRH → pico de LH + FSH (em menor 
quantidade por causa da inibina e da progesterona) 
• Pico de LH → ovulação → ovócito I → ovócito II + 
1º corpúsculo polar 
• Altos níveis de estrogênio → glândulas → muco fino 
e elástico → facilita a entrada de espermatozoides 
OVULAÇÃO 
• 16 a 24 horas depois do pico de LH 
• Rompe a parede folicular e jorra o liquido antral 
• O ovócito II é arrastado para a tuba uterina para 
morrer ou ser fecundado 
• Células da granulosa + células da teca → 
diferenciação → corpo lúteo 
• Corpo lúteo → acumulam gotas de lipídio e grânulos 
de glicogênio → secretam progesterona 
 
FASE LÚTEA 
Fase lútea inicial 
• Após a ovulação → corpo lúteo → 
PROGESTERONA e estrogênio → feedback 
negativo → diminui secreção de GnRH, FSH e LH 
• Progesterona → endométrio aumenta a carga 
nutritiva para o futuro embrião → acumulo de lipídio 
e glicogênio 
• Progesterona → espessamento do muco cervical 
• Progesterona → capacidade termogênica → 
aumenta a temperatura basal da mulher até a 
menstruação 
 
Fase lútea tardia e menstruação 
• Não houve fecundação → corpo lúteo → apoptose 
→ se torna corpo albicante → inativo 
• Diminuição da produção de progesterona e 
estrogênio → remove o sinal de retroalimentação 
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Esther Santos Fonseca 
Ciclo Menstrual 
negativa para a adeno-hipofise → aumenta 
secreção FSH e LH 
• Corpo lúteo degenerado → cai progesterona → 
vasos sanguíneos do endométrio se contraem → 
endométrio descama → menstruação 
 
EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-GONADAL 
• Esse eixo só se desenvolve plenamente depois da 
puberdade para começar o ciclo reprodutivo 
• Hipotálamo → tecido nervoso → associado a 
hipófise → adeno-hipófise 
 
CAMINHO DO FSH 
• FSH vai estimular crescimento de folículos 
ovarianos 
• Folículo ovariano crescendo → secreção de 
ESTRÓGENO e progesterona 
• FSH → células da granulosa → AMH (anti 
mulleriano) → diminui sensibilidade do folículo ao 
FSH → impede recrutamento de folículos primários 
adicionais 
• Máxima concentração de estrógeno no sangue → 
folículo maduro → feedback negativo na adeno-
hipófise → reduz produção de FSH 
• Só o folículo com mais receptores de FSH vai 
suportar e virar o folículo maduro para depois ser 
ovocitado 
Observação – estrogênio 
• Estrogênio no inicio da fase lútea → feedback 
negativo do GnRH → impede o desenvolvimento de 
outros folículos no ciclo 
• Estrogênio no fim da fase lútea → feedback positivo 
→ pico de concetração FSH (em menor quantidade 
pois ta sendo suprimido por inibina) + LH → 
ovulação 
CAMINHO DO LH 
• Após o folículo dominante já ter sido escolhido, o LH 
vai começar a agir 
• LH → células da Teca → induz esteroidogênese → 
androstenediona e testosterona → passa para as 
células granulosas 
• Células granulosas → recebem androstenediona → 
testosterona → CYP19 (aromatase) → formação de 
estrogênio 
• Aumento de estrogênio → feedback positivo no 
hipotálamo → pico de LH → ovulação 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Pico de LH → rompimento do folículo maduro → 
dissociação de células granulosas → liberação do 
complexo cúmulos-oócito 
• Pico de LH → ovócito I → ovócito II parado na 
metáfase II → ovocitação 
• Ovocitação → cai nível de estrogênio 
Formação do corpo lúteo 
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Esther Santos Fonseca 
Ciclo Menstrual 
• No local da ovocitação → céls Teca + granulosas 
→ corpo lúteo → produz PROGESTERONA, 
estrogênio e inibina 
 
• Células granulosas crescem → aumenta a captação 
lipídica → aumenta a síntese de colesterol 
• Inibina + estrogênio → diminui secreção do FSH 
• Progesterona (pró-gestação) → prepara o útero 
para a gravidez 
• Duração de 14 dias, a menos que haja resgate pelo 
HCG → manutenção do corpo lúteo produzindo 
progesterona durante 9 meses 
PROGESTERONA NA GRAVIDEZ 
 
Influência da progesterona no útero 
• Altas taxas de progesterona produzidas pelo corpo 
lúteo vão estimular as glândulas endometriais a 
secretar fatores nutritivos para o embrião 
• Espessamento do endométrio em uma estrutura 
secretória (fase lútea) 
• Altas taxas de concentração de progesterona inibem 
a contratividade do miométrio, para que ele fique 
quieto e não expulse o embrião 
 
 
Influência da progesterona nas glândulas mamárias 
• P4 promove o desenvolvimento alveolar na glândula 
mamária preparando para uma futura lactação 
 
Influência da progesterona na hipófise 
• P4 vai promover um feedback negativo no 
hipotálamo para ele inibir o GnRH e 
consequentemente o FSH e o LH para que não 
ocorra outra ovulação 
Capacidade termogênica da progesterona 
• Durante a fase lútea a temperatura basal da mulher 
aumenta cerca de 0,3 a 0,5°C e permanece elevada 
até a menstruação 
NÃO OCORREU FECUNDAÇÃO 
 
• Passaram-se alguns dias e não houve fecundação 
• O endométrio vai produzir um hormônio chamado 
prostaglandina 
• Prostaglandina vai desencadear a destruição do 
corpo lúteo 
• Corpo lúteo se torna uma estrutura inativa chamada 
corpo albicante 
• Sem corpo lúteo vai cair as concentrações de 
progesterona, logo: 
• Endométrio vai descamar 
• Miométrio vai contrair 
• Vai voltar a produzir as gonadotrofinas e formação 
de outra ovulação 
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Esther Santos Fonseca 
Ciclo Menstrual 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Esther Santos Fonseca 
Gametogênese Masculina 
 
 
FUNÇÕES SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
• Espermatogênese 
• Produção do sêmen 
• Desempenho do ato sexual 
• Características sexuais 2ª 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS ESPERMATOGÊNESE 
 
• O embrião apresenta as espermatogônias, mas, só a partir da 
puberdade, vai começar a produzir os espermatócitos primários 
• A produção ocorre dentro do testículo, nos túbulos seminíferos, 
sob o estímulo do FSH 
• O processo dura cerca de 74 dias 
• Uma espermatogônia produz 4 espermatozoides 
• A atividade do espermatozoide é aumentada em meio neutro ou 
alcalino, morre no meio ácido 
• A elevação da temperatura aumenta a atividade metabólica do 
espermatozoide, encurtando sua vida 
• O espermatozoide vive semanas dentro do homem, já no trato 
genital feminino, depois de ejaculado, dura de 1 a 2 dias 
 
Diferenças para o feminino 
 
• Não há ciclicidade, a produção acontece o tempo todo 
• Não há andropausa (parada de produção de gametas), mas, a 
partir dos 50 anos, há o declínio da produção de espermatozoides 
 
Caminho dos espermatozoides 
 
• Túbulos seminíferos → rede testicular → ductos eferentes → 
epidídimo → ducto deferente 
 
LOCAL ONDE OCORRE 
• A túnica albugínea (tecido conjuntivo denso) envolve o testículo e 
o espessamento dela vai formar o mediastino 
• O mediastino é forma septos fibrosos que vão dividir o testículo 
em septos testiculares 
• Há comunicação entre os septos pois eles não são divididos 
completamente, além disso, eles são formados por 
o 1 a 4 túbulos seminíferos (espermatogênese) 
o Tecido conjuntivo frouxo 
o Vasos sanguíneos e linfáticos 
o Nervos 
o Células de Leyding 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESPERMATOGÊNESE 
• Ocorre nos túbulos seminíferos, resultado da estimulação pelos 
hormônios gonadotrópicos 
• Começa aos 13 anos aproximadamente e continua pelo resto da 
vida 
• Se divide em 3 fases: 
o Espermatocitogênese → diferenciação das 
espermatogônias em espermatócitos primários 
o Meiose → processo por meio da qual espermatócitos I 
diploides formam espermátides II haploides 
o Espermiogênese → transformação de espermátidesem 
espermatozoides 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Espermatocitogênese 
• As espermatogônias são células diplóides que sofrem divisão 
mitótica para formar outras 
• Elas se diferenciam em dois tipos 
 
o Espermatogônias do tipo A 
• Células tronco indiferenciadas 
• São células de reserva que não entram no ciclo celular, mas podem 
fazê-lo 
 
o Espermatogônias do tipo B 
• Estas células também se dividem mitoticamente, mas vão originar 
os espermatócitos primários depois da fase de crescimento (fase da 
intérfase onde há duplicação do DNA) 
• Fazem mitose e viram espermatócito I 
Meiose 
• Os espermatócitos I com DNA duplicado (46 cromossomos com 2 
cromátides cada) entram na primeira divisão meiótica para formar 
os espermatócitos II 
• Na meiose I (reducional) acontece o crossover, que consiste na 
troca de segmentos das cromátides entre cromossomos homólogos 
pareados, aumentando a variabilidade genética 
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Esther Santos Fonseca 
Gametogênese Masculina 
 
 
• Depois que termina a meiose I, origina os espermatócitos II com 23 
cromossomos (diploide, pois os cromossomos ainda tem 2 
cromátides) 
• Quando acontece a meiose II, os espermatócitos II viram 
espermátides com 23 cromossomos (haploide) com 1 cromátide por 
cada cromossomo 
• Assim, metade das características vem da mãe e a outra do pai 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Espermiogênese 
• É o nome da fase final de produção de espermatozóides 
• As espermátides se diferenciam 
• Nenhuma divisão celular ocorre durante esta transformação 
• Inclui as seguintes etapas: 
 
o Formação do acromossomo → formado principalmente 
pelo aparelho de Golgi, contém enzimas hidrolíticas para 
digerir a corona radiada e a zona pelúcida do ovócito 
o Condensação e alongamento do núcleo 
o Desenvolvimento do flagelo → formados principalmente 
por centríolos 
o Perda da maior parte do citoplasma → o corpo residual 
do citoplasma vai ser fagocitado pelas células de Sertoli 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• O flagelo, formado de centríolos, se movimenta a partir do 
ATP disponibilizado pelas mitocôndrias da peça 
intermediária 
• Parte do citoplasma se desprende para reduzir o peso do 
espermatozoide e ele ficar mais leve 
• O DNA do núcleo apresenta maior grau de condensação 
para tornar a célula mais leve também 
FATORES QUE INFLUENCIAM A ESPERMATOGÊNESE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hormônios 
• Os hormônios são os mais importantes controladores da 
espermatogênese, a qual depende do FSH e do LH da 
hipófise sobre as células do testículo 
• FSH age nas células de Sertoli, promovendo a síntese de 
proteína ligante de andrógeno ABP 
• O LH age nas células de Leyding estimulando-as a 
produzirem testosterona 
• A testosterona se combina com a ABP, mantendo uma alta 
concentração de testosterona no túbulo seminífero, 
importante para estimular a espermatogênese 
Temperatura 
• A espermatogênese só acontece se a temperatura estiver 
abaixo de 37ºC 
• A temperatura dos testículos é aproximadamente 35ºC 
• Vários componentes ajudam a manter a temperatura: 
o Plexo venoso → as artérias testiculares formam um 
sistema contracorrente de troca de calor 
o Evaporação de suor da bolsa escrotal → perde calor 
o Contração dos músculos cremastéricos → tracionam os 
músculos em direção aos canais inguinais, próximo da 
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Esther Santos Fonseca 
Gametogênese Masculina 
 
cavidade abdominal, aumentando a temperatura em 
casos de frio. 
Outros fatores 
• Desnutrição, alcoolismo e várias substâncias levam a alterações nas 
espermatogônias, diminuindo na produção de espermatozoides 
• Irradiações de sais de cádmio são tóxicas para as células 
germinativas, causando sua morte e esterilidade 
HISTOLOGIA DOS TESTÍCULOS 
• A presença dos túbulos seminíferos cria dois compartimentos em 
cada lóbulo: 
o Compartimento tubular ou intratubular → composto pelo 
epitélio seminífero, inclusive as células de Sertoli 
o Compartimento intertubular ou peritubular → composto 
por elementos neurovasculares, tecido conjuntivo, células 
imunes e as células de Leyding 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CI = compartimento intertubular 
CT= compartimento tubular 
 
Compartimento Tubular 
 
• Possui o epitélio seminífero dentro dos túbulos seminíferos: 
o Túnica própria: parede 
o Espermatogônias 
o Espermatócitos 
o Espermátides 
o Células de Sertoli 
 
 
 
 
 
 
Compartimento Intertubular 
• Espaço entre os compartimentos tubulares que possuem: 
o Vasos sanguíneos 
o Células do tecido conjuntivo 
o Macrófagos (por diapedese) 
o Células de Leyding 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÉLULAS DE SERTOLI 
 
 
 
 
 
 
 
• Possuem um citoplasma grande que se estende desde a lâmina 
basal até o lúmen 
o Possui diversas funções 
• Suporte, nutrição, proteção à espermatogênese 
• Encaminham as células germinativas para mais próximas do lúmen 
• Diminui o citoplasma dos espermatozoides 
• Fagocitam o citoplasma dos espermatozoides (corpo residual) e as 
células germinativas que morrem durante o processo 
• Produção de fluido para conduzir os espermatozoides para o lúmen 
e depois para o epidídimo 
• Influenciadas pelo FSH 
• Produção da inibina que inibe o FSH 
• Produção dos hormônios antimulleriano 
• Produz ABP (proteína de ligação a andrógeno) que vai deixar a 
testosterona perto 
• Expressa a encima CYP19 (aromatase) 
o Converte testosterona em estradiol (tipo de estrógeno) 
o Estrogênio importante na espermatogênese 
• Formam a barreira hematotesticular 
o Seleciona o que entra na região 
o Se não houvesse ela os macrófagos iriam atacar as 
células haploides 
o Isola o estágio de desenvolvimento 
o Garante que nada interfira no processo de 
espermatogênese 
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Esther Santos Fonseca 
Gametogênese Masculina 
 
CÉLULAS DE LEYDING 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Produzem testosterona 
• Estão no compartimento intertubular, próximas dos vasos 
sanguíneos (local estratégico), já mandam a testosterona produzida 
para o sangue por difusão 
• Testosterona vai chegar ao compartimento tubular por difusão, 
onde ela vai ser usada na fase de diferenciação 
• Estimulada pelo LH 
 
EIXO HIPOTÁLAMO-HIPOFISÁRIO-GONADAL 
• A maturação do eixo hipotálamo-hipófise vai acontecer na 
puberdade, por volta dos 13 anos, ou seja, os hormônios vai poder 
permitir a espermatogênese a e liberação dos espermatozoides no 
lúmen do CT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• SNC → tecido nervoso chamado hipotálamo 
• Do hipotálamo temos 2 projeções → adenohipófise (tecido 
glandular) e neurohipófise (tecido nervoso) 
Mecanismo dos hormônios 
• Hipotálamo → produz GnRH (hormônio liberador de 
gonadotrofinas) 
• GnRH → estimula a adenohipófise → secreta FSH e LH 
 
Caminho do LH (hormônio luteinizante) 
• LH → circulação sanguínea → testículo → células de Leyding 
(células intersticiais) 
• LH → se liga a receptores das células de Leyding → estimulando-
as secretar testosterona 
• Uma parte da testosterona → circulação sanguínea → percorre o 
organismo → determinando características sexuais secundárias 
• Outra parte da testosterona → entra no CT → permite que a 
espermatogênese aconteça → fase se espermiogênese 
• Testosterona → chega nas células de Sertoli → que sintetiza DHT 
(di-hidrotestosterona) e E2 (estrógeno) 
• DHT + E2 + testosterona → maior concentração na corrente 
sanguínea → retroalimentação negativa no hipotálamo e hipófise 
→ inibe GnRH → diminui produção de LH → inibe síntese de 
testosterona → equilíbrio no nível de testosterona 
Caminho do FSH (hormônio folículo – estimulante) 
• Adenohipófise → secreta FSH• FSH → vasos sanguíneos → testículos → receptores das células 
de Sertoli 
• Células de Sertoli → produz ABP → deixa a testosterona perto e 
em altas concentrações para a espermatogênese acontecer 
• Células de Sertoli → produz inibina → retroalimentação negativa 
da hipófise → inibe o FSH 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AÇÃO DA TESTOSTERONA NO CORPO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Gametogênese Masculina 
 
Ação Intra-testicular 
• Vai ser captada pela ABP (células de Sertoli) que traz a testosterona 
pra perto 
• Testosterona → pela aromatase → convertida em estradiol → 
garante que a espermatogênese ocorra 
Ação periférica 
• Testosterona no tecido adiposo → aromatase → diminui LDL, 
aumenta HDL e atua na maturação dos ossos 
• Testosterona → enzima 5-alfa-redutase converte → DHT → 
garante características sexuais secundárias 
o Masculinização da genitália externa (aumenta o tamanho 
do saco escrotal, do pênis e os testículos) 
o Crescimento de pelos pubianos, axilares e faciais 
o Aumenta a formação de proteínas e desenvolvimento 
muscular 
o Efeito sobre a voz, produz hipertrofia da mucosa laríngea 
e alargamento da laringe 
Ação extra-testicular 
• Aumenta LDL 
• Reduz HDL 
• Deposição de gordura abdominal 
• Efeito anabolizante nos músculos 
• Função erétil 
• Libido 
• Aumenta a espessura da pele 
• Desenvolvimento de acne, aumentando a secreção de algumas 
glândulas sebáceas do corpo 
• Aumenta a matriz óssea e induz a retenção de cálcio, tonando os 
ossos mais fortes 
• Aumenta metabolismo basal 
• Aumenta a produção de hemácias 
• Efeito sobre o balanço hídrico e eletrolítico, aumentando a absorção 
de sódio nos túbulos renais distais 
 
 
REFERÊNCIAS 
• Tratado de fisiologia médica do Guyton & Hall 12ª edição 
• Langman, embriologia médica 12ª edição 
 
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Fecundação 
TRANSPORTE DO ÓVULO 
• Na ovulação, o ovócito secundário é expelido do folículo 
ovariano junto com o fluido folicular e é capturado pela 
tuba uterina 
• Na extremidade da tuba, as fímbrias movem-se para 
frente e para trás 
• Também há a movimentação dos cílios que varrem o 
oócito II para o infundíbulo afunilado da tuba uterina 
o sua ação ajuda, mas não é obrigatória, 
porque as mulheres com a síndrome dos 
cílios imóveis geralmente são férteis 
• o oócito II passa então para a ampola da tuba uterina, 
principalmente como resultado do peristalse, contrações 
e relaxamentos alternados da parede do tubo, que 
conduzem ele em direção ao útero 
 
TRANSPORTE DOS ESPERMATOZOIDES 
• ocorre em ambos os tratos reprodutivos 
trato reprodutor masculino 
• após a espermiogênese, eles se tornam 
morfologicamente maduros, mas são imóveis e incapazes 
de fertilizarem o óvulo 
• o período de maturação está associado às mudanças nas 
glicoproteínas da membrana plasmática da cabeça dos 
espermatozoides 
Ejaculação 
• epidídimo → ducto deferente → se misturam com as 
secreções líquidas das vesículas seminais, bulbouretrais 
e da próstata → uretra → ejaculação 
o o liquido prostático é rico em ácido cítrico, 
fosfatase ácida e íons de zinco e magnésio 
o o liquido da vesícula seminal é rico em 
frutose, fonte de energia para eles. Elas 
também produzem a enzima vesiculase, 
coagula parte do sêmen ejaculado e forma 
um tampão vaginal que impede o retorno do 
sêmen à vagina 
trato reprodutor feminino 
• Quando ocorre a ovulação, o muco E do colo uterino 
aumenta e se torna menos viscoso, facilitando 
• Transporte rápido → depende dos movimentos 
musculares do trato reprodutor feminino do que da própria 
motilidade dos espermatozoides → costumam não serem 
capazes de fertilizar o ovócito 
• Transporte lento → envolve a natação dos 
espermatozoides pelo muco cervical 
• As prostaglandinas (substancias fisiologicamente ativas) 
no sêmen parecem estimular a motilidade uterina e a 
movimentação dos espermatozoides até o local da 
fecundação na ampola da tuba uterina 
CAPACITAÇÃO DOS ESPERMATOZOIDES 
• Uma vez na tuba uterina, os espermatozoides atigem o 
istmo e se ligam ao epitélio por cerca de 24 horas 
• A capacitação dura cerca de 7 horas, e ela é fundamental 
para capacitar os espermatozoides a fecundarem o 
ovócito e garantirem motilidade 
• Uma fase da capacitação é a remoção do colesterol da 
superfície dos espermatozoides, um componente do 
sêmen que atua para inibir a capacitação prematura 
• A próxima é a remoção de muitas das glicoproteínas que 
foram depositadas na superfície, do acrossoma, dos 
espermatozoides durante sua detenção no epidídimo 
• Após a reação de capacitação, os espermatozoides 
passam por um período de hiperatividade e se separam 
do epitélio da tuba 
Gradiente térmico 
• Na tuba, existe um gradiente térmico que atrai o 
espermatozoide até a ampola 
• Existe uma diferença de 2°C entre o istmo e a ampla 
Gradiente químico 
• As células do cumulus ou da corona radiata desprendem 
substâncias quimotácteis, por isso o espermatozoide, 
quanto mais próximos dessas substancias, mais ativo ele 
se torna 
• Os espermatozoides humanos também respondem à 
progesterona derivada do cúmulos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fecundação 
FERTILIZAÇÃO 
• Acontece na ampola da tuba uterina 
• Embora a fecundação possa ocorrer em outras 
partes da tuba (gravidez ectópica), ela não ocorre no 
útero nunca 
• O processo da fecundação leva 24 horas 
aproximadamente 
Função da fecundação 
• Estimula o oócito a completar a segunda divisão 
meiótica 
• Restaura o número diploide normal de cromossomos 
(46) no zigoto 
• Resulta na variação da espécie humana por meio da 
mistura de cromossomos maternos e paternos 
• Determina o sexo cromossômico do embrião 
• Causa a ativação metabólica da oótide (oócito quase 
maduro) e inicia a clivagem do zigoto 
• Dividida em fases 
o Penetração na corona radiata 
o Adesão e penetração na zona pelúcida 
o Fusão das membranas plasmáticas do 
oócito e do espermatozoide 
o Prevenção da polispermia 
o Ativação metabólica do ovócito 
o Descondensação do núcleo do 
espermatozoide 
o Conclusão da meiose e desenvolvimento 
dos pró-núcleos do óvulo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Penetração da corona radiata 
• A corona radiata é uma camada de células granulosas 
com alta concentração de carboidratos, especialmente o 
ácido hialurônico 
• enzima hialuronidase liberada da vesícula acrossômica 
do espermatozoide → penetração da corona radiata 
• os movimentos da cauda do espermatozoide também são 
importantes para a penetração 
Adesão e penetração na zona pelúcida 
• a zona pelúcida consiste principalmente em quatro 
glicoproteínas: ZP1, ZP2, ZP3 e ZP4 
• a interação de proteínas e ligantes da superfície do 
espermatozoide → moléculas receptoras ZP3 da zona 
pelúcida 
o diferenças moleculares interespécies nas 
regiões ligadoras dos espermatozoides da 
molécula de ZP3 → incapacidade de 
gametas de espécies diferentes se 
fertilizarem 
• na ligação à zona pelúcida → espermatozoides → 
reação acrossômica → liberação de enzimas → 
esterase, ACROSINA e neuraminidase → lise 
(dissolução) da zona pelúcida 
Fusão das membranas citoplasmáticas 
• O espermatozoide primeiro se liga e depois se funde com 
a membrana plasmática do ovócito 
• Moléculas da m.p da cabeça do espermatozoide → 
principalmente proteínas fertilinas e ciritestina → se ligam 
às moléculas da superfície do ovócito → alfa-6-integrina 
e proteína CD9 
• A reação acrossômica provoca uma mudança das 
propriedades da membrana do espermatozoides 
• A fusão entre os gametas, mediada pelaintegrina da 
membrana do ovócito, torna suas membranas 
plasmáticas em continuidade 
• Após a fusão inicial, a cabeça e a cauda do 
espermatozoide entram no citoplasma do oócito 
• Embora as mitocôndrias da peça intermediária entrem, 
elas não contribuem para o complemento mitocondrial 
funcional do zigoto 
• O espermatozoide contribui com o centrossoma, que é 
necessário para a clivagem da célula 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fecundação 
Prevenção da polispermia (reação zonal) 
• Quando o espermatozoide se funde a um ovócito, a 
entrada de outros (polispermia) deve ser impedida 
• Espermatozoide entrou → sucessivas ondas de Ca 2+ 
passam pelo citoplasma do ovócito → estimula a 
conclusão da segunda divisão meiótica do ovócito 
• A exposição ao Ca2+ provoca fusão dos grânulos 
corticais com a membrana plasmática → libera enzimas 
hidrolíticas e polissacarídios → causam o aumento da 
zona pelúcida 
• Os produtos de secreção dos grânulos corticais → se 
difundem nos poros da zona pelúcida → hidrolisam as 
moléculas receptoras de espermatozoides → ZP3 
• Essa é a reação zonal → elimina a capacidade dos 
espermatozoides aderirem e penetrarem na zona 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ativação metabólica do ovócito 
• Entrada do espermatozoide → bloqueio da polispermia 
• Espermatozoide → introduz a fosfolipase → liberação de 
pulsos de Ca2+ no citoplasma do ovócito → estimula a 
intensificação rápida da respiração e do metabolismo → 
por meio de uma troca de Na+ extracelular por H+ 
intracelular → aumento do pH intracelular → aumento no 
metabolismo oxidativo 
Descondensação do núcleo do espermatozoide 
• No espermatozoide → cromatina muito bem comprimida 
→ ligações cruzadas de dissulfeto entre as moléculas de 
DNA → diminui peso 
• Ligações dissulfeto → reduzidas pela glutationa no 
ooplasma → em grupos sulfridrila → protaminas são 
perdidas da cromatina do espermatozoide → cromatina 
começa se espalhar no pró-núcleo masculino 
Conclusão da meiose II 
• Após a penetração do gameta masculino, o núcleo do 
ovócito, que estava paralisado na meáfase II, completa a 
última divisão meiótica e libera um segundo corpo polar 
• Espermatozoide entrou → sucessivas ondas de Ca 2+ 
passam pelo citoplasma do ovócito → estimula a 
conclusão da segunda divisão meiótica do ovócito 
• Pró-núcleos feminino e masculino crescem → replicam o 
DNA n (haploide), 2 c (cromátides) → dois prón-núcleos 
→ célula oótide 
• Pró-núcleos se fundem (singamia) → cromossomos se 
misturam → zigoto → cromossomos se organizam no 
fuso de clivagem → sucessivas divisões mitóticas 
• O sexo do embrião é determinado na fecundação 
dependendo do tipo de espermatozoide (X ou Y) que 
fecunde o oócito 
o X → mulher 
o Y → homem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Controle do ciclo celular 
CONTROLE DO CICLO CELULAR 
 
• A multiplicação celular inicia-se na fase embrionária, com 
a segmentação da célula-ovo 
• Divisão muito rápida → somente os materiais nucleares 
das células se duplicam 
o Carioteca ou envoltório nuclear 
o Matriz nuclear ou nucleoplasma 
o Nucléolo 
o 46 cromossomos ou fibras de cromatina 
• Os componentes do citoplasma vão se repartindo em 
suas sucessivas células-filhas 
• A divisão termina quando, nas células do blastocisto, se 
recupera a relação nucleocitoplasmática → proporção 
ideal entre núcleo e citoplasma da célula 
• A duplicação dos componentes citoplasmáticos 
englobam → G1, S e G2 
• Existem mecanismos para coordenar o processo de 
síntese no núcleo e no citoplasma e determinar o começo 
e o fim do ciclo celular 
CICLINAS E CINASES DEPENDENTES DE CICLINAS 
 
Pontos de checagem 
• Final de G1 → se há substancias indutoras de divisão 
celular → célula começa se dividir → ponto de controle 
G1 ou ponto de partida 
• Intervém dois tipos de moléculas proveniente de outras 
células 
Ciclinas 
• Alternam um período de síntese crescente e outro de 
rápida degradação 
• A concentração não é constante 
• Concentração se eleva e desce 
• Ciclinas G1 (fase S) e ciclinas M (fase M) 
Cinases dependentes de ciclinas 
• Concentrações constantes 
• Interagem com as ciclinas → fosforilam e ativam 
moléculas responsáveis pela divisão celular 
• Cinases Cdk2 e Cdc2 
A FASE S: CICLINA G1 + Cdk2 
• Final de G1 → ponto de checagem → há substâncias 
indutoras → entra na fase S para se preparar para a 
divisão → replicação do DNA 
• Ciclina G1 sintetizada no ponto de partida e aumenta a 
concentração durante a fase S e desaparece na fase G2 
• Acontece quando: ciclina G1 → ativa cinase Cdk2 → 
cadeia de fosforilações → ativação das moléculas 
responsáveis pela replicação do DNA 
• Condição: a Cdk2 só é ativada quando ciclina G1 atinge 
um determinado limiar de concentração → atingiu → 
ciclina G1 + Cdk2 → complexo SPF (fator promotor da 
fase S) → induz pré-RC → catalisa a reação da 
replicação do DNA 
• Ciclina G1 → proteassomas degrada → baixa 
concentração → separa-se de Cdk2 → SPF deixa de 
existir 
 
 
 
 
FASE G2: MECANISMOS DE SEGURANÇA 
• Ponto de checagem no inicio de G2 → verifica se há 
DNA não duplicado → se há → replica o DNA → não 
há → prossegue para a fase M 
FASE M: CICLINA M + Cdc2 
• Verificou G2 → passou → fase M → mitose 
• Ciclina M começa a ser sintetizada a partir da fase G2, 
antes que desapareça a ciclina G1 
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Controle do ciclo celular 
• Ciclina M → alcança limiar de concentração → une-se á 
Cdc2 → complexo MPF (fator promotor da fase M) 
• Ciclina M → ativa Cdc2 → fosforila proteínas do citosol 
e nucleares → as que regulam estabilidade dos 
filamentos do citoesqueleto, as que compõem os 
filamentos laminares e a lamina nuclear, as histonas etc 
 
 
 
 
Consequências das fosforilações: início da mitose 
• Rede de filamentos de actina se desintegram → célula 
perde contato com as células vizinhas 
• Microtúbulos se desmontam 
• Lâmina nuclear + envoltório nuclear desagregam 
• Associação histona H1 com DNA → aumento da 
condensação (enrolamento) da cromatina → 
compactação dos cromossomos 
• Observação: divisão celular termina → baixas 
concentrações de ciclina M → desativação de Cdc2 → 
fim do MPF → desfosforilização 
Dissociação do MPF 
• A dissociação do MPF acontece → final da metáfase e 
início da anáfase → complexo proteíco ciclossoma ou 
APC → degradação da ciclina M e das coesinas que 
unem as cromátides → parada da divisão celular 
FASE G1 PROLONGADA PASSA A SER G0 
• Início da mitose → sem fatores para induzir a 
continuação do ciclo → fase G1 prolongada → às 
vezes → ‘’se retira’’ do ciclo → fase G0 
• Situação oposta: ocorre nas divisões celulares da 
segmentação do zigoto → fase G1 e G2 quase não 
existem → interfase se reduz à fase S → curta duração 
SUBSTANCIAS INDUZEM A PROLIFERAÇÃO CELULAR 
• No caso das células que surgem por segmentação 
da célula-ovo, parecem ter um mecanismo 
intrínseco, que, de forma automática, 
desencadeia uma divisão quando se conclui a 
anterior 
• Células que se não de dividem → fase G0 → não 
há ciclinas nem cinases dependentes de ciclinas 
→ provavelmente por fatores que inibem sua 
produção 
 
Fase do 
ciclo Ciclina 
Cinases dp 
de ciclinas Complexo 
S G1 Cdk2 SPF 
M M Cdc2 MPF 
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Esther Santos Fonseca 
Primeira semana de gestação 
ACONTECIMENTOS GERAIS 
• Clivagem 
• Formação da mórula → ainda na tuba uterina indo para 
o útero 
• Formação do blastocisto → já na cavidade uterina 
• Inicio da implantaçãoCLIVAGEM DO ZIGOTO 
• Se inicia a aproximadamente 30 horas após a 
fecundação 
• Imediatamente após a fecundação, o zigoto passa por 
uma mudança acentuada de metabolismo e começa a 
clivagem por vários dias 
• Consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto, 
resultando em um aumento do número de células 
(blastômeros) 
• Começa a partir de quando o zigoto tenha alcançado o 
estágio de duas células 
• A clivagem ocorre conforme o zigoto passa pela tuba 
uterina em direção ao útero 
• O zigoto ainda continua dentro da zona pelúcida durante 
a clivagem 
• Por volta de 6 dias depois, o embrião perde sua zona 
pelúcida e adere ao revestimento uterino 
Compactação 
• Após a 3ª clivagem 
• Após o estágio de 9 células, os blastômeros se agrupam 
firmemente, formando uma bola compacta de células 
• Possibilita uma maior interação célula-célula e é um pré-
requisito para a separação das células internas → 
embrioblasto (massa celular interna) do blastocisto 
• A compactação é mediada por glicoproteínas da adesão 
de superfície celular 
• Contato maximizado → junções de oclusão 
• A compactação é mediada pela concentração de Ca2+ - 
moléculas de adesão celular ativadas, como a E-
caderina, em um anel ao redor da superfície livre dos 
blastômeros 
Mórula 
• 3 dias após a fertilização, as células do compactado se 
dividem novamente → mórula → 16 a 32 blastômeros 
• Células internas da mórula → massa celular interna → 
origina os tecidos do embrião 
• Células trofoblásticas → circundam as células internas 
→ contribui para a formação da placenta mais tarde 
(trofo=nutrição) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORMAÇÃO DO BLASTOCISTO 
• Logo após de ter alcançado a cavidade uterina 
• Cerca de 4 dias após a fecundação 
• Um fluido começa a penetrar os espaços intercelulares 
da massa celular interna através da zona pelúcida 
• O líquido que entra é proveniente da cavidade uterina 
• Através da atividade de um sistema de transporte de 
sódio (Na+) e potássio (K+) – baseado em ATPase – o 
sódio e a água se movimentam pelos blastômeros 
externos e se acumulam nos espaços entre os 
blastômeros internos → cavitação → forma a blastocele 
(cavidade blastocística) 
• Conforme esse líquido aumenta, ele separa os 
blastômeros em duas partes 
o Trofoblasto → massa celular externa → 
formará a placenta no futuro 
o Embrioblasto → massa celular interna → 
formará o embrião 
• O embrião agora se chama BLASTOCISTO 
• Há evidências de que o fator de crescimento fibroblástico 
4, secretado pelo embrioblasto, ajuda a manter a 
atividade mitótica no trofoblasto sobrejacente 
Desaparecimento da zona pelúcida 
• Depois que o blastocisto flutuou nas secreções uterinas 
por 2 dias, a zona pelúcida gradualmente se degenera e 
desaparece 
• A degeneração dela permite o crescimento do blastocisto 
 
 
 
 
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Primeira semana de gestação 
 
 
 
 
 
 
 
Teste de gravidez durante os 10 primeiros dias 
• As células trofoblásticas → secretam uma proteína 
imunossupressora → fator de gestação inicial → base 
do teste de gravidez nos 10 primeiros dias 
INÍCIO DA IMPLANTAÇÃO 
• A degeneração da zona pelúcida também permite o 
embrião a se implantar no endométrio 
• Por volta do 6º dia 
• Estudos recentes sugerem que → selectina L nas 
células trofoblásticas → se ligam a receptores de 
carboidrato no epitélio uterino 
• Ligação → receptores de integrina (trofoblasto) para a 
laminina (endométrio) 
• Migração → receptores de integrina (trofoblasto) para a 
fibronectina (endométrio) 
 
 
 
 
 
 
• Logo que o blastocisto se adere ao epitélio endometrial, 
o trofoblasto se prolifera rapidamente e se diferencia em 
duas camadas 
o Camada interna → citotrofoblasto 
o Camada externa → sinciciotrofoblasto, que 
consiste em uma massa protoplasmática 
multinucleada sem observações de limites 
celulares, é tipo um ‘’pseudópode’’ das 
amebas 
 
O ÚTERO NO MOMENTO DA IMPLANTAÇÃO 
 
• A parede uterina consiste em 3 camadas 
o Endométrio: a mucosa que reveste a parede 
interna 
o Miométrio: camada espessa de músculo liso 
o Perimétrio: o peritônio que reveste a parede 
externa 
• Da puberdade à menopausa, o endométrio sofre 
variações durante os ciclos menstruais 
• Estágios do endométrio no ciclo menstrual 
o Fase folicular ou proliferativa 
o Fase secretória ou progestacional 
o Fase menstrual (se não ocorrer fecundação) 
• Durante a implantação, a mucosa uterina está na fase 
secretória, depois da ovulação, em resposta à 
progesterona do corpo lúteo 
• Fase secretória → glândulas e artérias se tornam 
espiraladas e o tecido fica espessado 
 
 
 
 
 
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Segunda semana gestacional 
• A medida que a implantação do balastocisto ocorre, 
mudanças morfológicas acontecem 
o Disco embrionário bilaminar → formado pelo 
hipoblasto e epiblasto → origina camadas 
germinativas que formam todos os tecidos e 
órgãos do embrião 
o Estruturas extraembrionárias → cavidade 
amniótica, o âmnio, a vesícula umbilical 
conectada ao pendículo e o saco coriônico 
DIA 8 – IMPLANTAÇÃO 
• O sinciciotrofoblasto provoca a erosão do tecido 
endometrial e o blastocisto começa a se implantar no 
endométrio 
• O blastocisto está parcialmente encaixado no estroma 
endometrial 
Diferenciação do trofoblasto 
 
• O trofoblasto se diferencia em duas camadas 
o Citotrofoblasto: camada de células internas, 
onde encontram-se células mitóticas. As células 
do citotrofoblasto se dividem e migram para o 
sinciciotrofoblasto, no qual se fusionam e perdem 
suas membranas celulares individuais 
o Sinciciotrofoblasto: camada externa de células 
multinucleadas, sem limites celulares distintos, 
não há células mitóticas. É erosivo e invade o 
tecido endometrial, deslocando suas células. As 
células endometriais sofrem apoptose (morte 
programada), facilitando a invasão 
Diferenciação do embrioblasto 
• As células do embrioblasto também se diferenciam em 
dois tipos diferentes: 
o Camada hipoblástica: células cuboides 
pregadas (teto) na cavidade exocelômica 
o Camada epiblástica: células colunares altas 
pregadas (chão) na cavidade amniótica 
• Hipoblasto + epiblasto → disco embrionário bilaminar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formação da cavidade amniótica 
• A partir do epiblasto, começam a surgir as células 
amniogênicas → amnioblastos 
• Amnioblastos → se separam dos epiblastos → 
envolvem a cavidade amniótica → produz o âmnio 
• Alguns fatores do endométrio tem a função de torna-lo 
mais receptivo: 
o Microvilosidades das células 
o Moléculas de adesão celular (integrinas) 
o Citocinas, prostaglandinas 
o Hormônios (HCG e progesterona) 
o Fatores de crescimento 
o Enzimas de matriz extracelular e outras 
(metaloproteinases de matriz, proteína quinase A) 
• As células do tecido conjuntivo ao redor do local de 
implantação acumulam glicogênio e lipídios 
(nutrientes para o sinciciotrofoblasto) 
• As células deciduais (do endométrio) sofrem 
apoptose nas proximidades do sincício 
• As glândulas grandes e tortuosas secretam 
glicogênio e muco abundantes 
 
 
 
 
 
 
 
Teste de gravidez 
• O sinciciotrofoblasto produz um hormônio glicoproteico 
→ HCG → entra na circulação sanguina da mãe → 
lacunas no sinciciotrofoblasto 
• O HCG mantém a atividade de corpo lúteo → produz 
progesterona e estrogênio para manter a gestação 
 
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Segunda semana gestacional 
DIA 9 A 10 – COÁGULO E LACUNAS 
Formação do coágulo fibrinoso 
• O orifício deixado pela penetração do blastocisto no 
epitélio é fechado por um coagulo de fibrina• É como um tampão 
 
 
 
 
Estágio lacunar do sinciciotrofoblasto 
• Assim que se formam o âmnio, disco embrionário e a 
vesícula umbilical → formação de lacunas no 
sinciciotrofoblasto → mistura de sangue materno e 
restos celulares das glândulas uterinas 
• Embriotrofo: fluido dos espaços lacunares que chega ao 
disco embrionário → difusão → material nutritivo para o 
embrião 
 
 
 
 
 
 
Formação da membrana exocelômica 
• As células do hipoblasto formam uma membrana fina 
→ membrana exocelômica → alinhada na superfície 
interna do citotrofoblasto 
Formação da cavidade exocelômica 
• Essa membrana forma o revestimento da → cavidade 
exocelômica OU vesícula vitelínica primitica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIA 11 E DIA 12 DO DESENVOLVIMENTO 
Reepitelização do coágulo de fibrina 
• Por volta do 12° dia, o epitélio quase totalmente 
regenerado recobre o tampão 
• Isso resulta parcialmente da sinalização de AMPc 
(monofosfato de adenosina cíclica, é um sinalizador) e 
progesterona 
Reação decidual 
• A principal função da reação decidual é fornecer 
nutrientes para o embrião em um local imunologicamente 
privilegiado para o concepto 
• Assim que o concepto (embrião e membranas) se 
implanta → céls do tecido conjuntivo endometrial 
continuam passando por transformações 
• As células incham devido ao acúmulo de glicogênio e 
lipídios do citoplasma 
Circulação uteroplacentária primitiva 
• comunicação dos capilares endometriais rompidos + 
rede lacunar 
• Artérias endometriais espiraladas → sangue oxigenado 
→ rede lacunar → sai sangue com pouco oxigênio → 
removido das lacunas por → veias endometriais 
• Os vasos sanguíneos formados no estroma endometrial 
(estrutura do tecido conjuntivo) estão sob influência → 
estrogênio e progesterona 
• Proteína da junção comunicante → conexina 43 (Cx43) 
→ papel na angiogênese na implantação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Segunda semana gestacional 
Formação do mesoderma extraembrionário 
• Superfície interna do citotrofoblasto – nova camada de 
células – superfície externa da cavidade exocelômica 
 
• Essas células são derivadas do saco vitelínico 
• Preenchem todo o espaço entre o trofoblasto 
externamente, o âmnio e a membrana exocelômica 
internamente 
• Logo depois, grandes cavidades começam a se formar 
no mesoderma extraembrionário → cavidades se 
convergem → espaço novo → cavidade 
extraembrionária OU cavidade coriônica 
 
• Cavidade coriônica circunda → saco vitelínico primitivo 
+ cavidade amniótica 
o Não circunda o local onde o disco germinativo se 
conecta ao trofoblasto 
• Mesoderma extraembrionário somático: circunda o 
citotrofoblasto e o âmnio 
• Mesoderma extraembrionário esplâncnico: reveste o 
saco vitelínico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Celoma extraembrionário 
• O mesoderma extraembrionário aumenta e 
aparecem os espaços celômicos extraembrionários 
• Com a formação do celoma extraembrionário → 
saco vitelínico primitivo diminui de tamanho → 
pequeno saco vitelínico secundário → papel de 
nutrição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIA 13 E 14 – VILOSIDADES CORIÔNICAS 
Formação das vilosidades coriônicas primárias 
• O final da segunda semana é marcado pelo 
aparecimento das vilosidades coriônicas primárias 
• Células do citotrofoblasto se proliferam e penetram no 
sinciciotrofoblasto → colunas de céls circundadas por 
sincício 
Formação da vesícula umbilical secundária 
• Células do hipoblasto se proliferam, formando uma nova 
cavidade → dentro da cavidade do exocelômica → 
vitelina secundária OU vitelina definitiva → muito 
menores que a exocelômica 
• Cistos exocelômicos → porções da cavidade 
exocelômica que são pinçadas para fora 
• Vesícula umbilical humana → local de origem das 
células germinativas primordiais + função nutritiva 
 
 
 
 
 
 
 
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Segunda semana gestacional 
Formação do córion e saco coriônico 
• Cavidade coriônica: o celoma extraembrionário se 
expande e forma essa nova cavidade 
• Placa coriônica: é o mesoderma extraembrionário que 
reveste o interior do citrotofoblasto 
• Pedúnculo embrionário: porção em que o mesoderma 
extraembrionário atravessa a cavidade coriônica 
o Com o desenvolvimento dos vasos sanguíneos 
→ pedúnculo → cordão umbilical do embrião 
 
ULTRASSONOGRAFIA TRANSVAGINAL / ENDOVAGINAL 
• É usada para medir o tamanho do saco coriônico 
• Importante para a avalização do desenvolvimento 
embrionário inicial e da progressão da gestação 
 
 
EMBRIÃO DE 14 DIAS 
• Tem o formato de um disco embrionário bilaminar plano 
• As células hipoblásticas agora são cilíndricas e formam 
uma região circular espessada → placa pré-cordal → 
organizadora da cabeça 
 
 
 
 
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Terceira semana de gestação 
RESUMO DA 3ª SEMANA 
Essa semana coincide com a 1ª semana de atraso menstrual, 
isto é, 5 semanas após o primeiro dia do último período 
menstrual normal 
Frequentemente, a interrupção da menstruação pode ser o 
primeiro sinal de gravidez 
Aproximadamente 5 semanas depois do último período 
menstrual, é possível detectar a gravidez por ultrassonografia 
 
A terceira semana é caracterizada por: 
• Aparecimento da linha primitiva 
• Desenvolvimento da notocorda 
• Diferenciação das três camadas germinativas 
DIFERENCIAÇÃO CELULAR 
• É um processo durante o qual ocorrem modificações 
moleculares e morfológicas, com aumento da 
complexidade celular 
• Nos seres humanos, o processo de diferenciação 
começa na fase embrionária de gástrula 
o Inicio de intensa síntese de proteínas e RNA, com 
consequente crescimento do embrião 
o Movimentos celulares intensos que originam os 3 
folhetos germinativos 
o Fixação do destino das células embrionárias 
• Nas fases de mórula e blástula não ocorre transcrição 
nem tradução → sem síntese de RNA e proteínas 
Células-tronco 
• Células capazes de dividir-se e diferenciar-se em 
distintos tipos celulares. São, portando, células 
indiferenciadas 
Células totipotentes → capazes de se transformarem em 
qualquer tipo celular encontrada no corpo do indivíduo. É 
capaz de originar um ser por completo. 
o Encontradas no zigoto na fase de mórula → 
blastômeros → até a fase de 16 células → 3 dias 
de vida 
Células pluripotentes → são menos versáteis, ou seja, não 
são capazes de originar tecidos extraembrionários 
o Encontradas na fase de blastocisto → epiblasto 
→ mesênquima → pluripotentes → formam as 3 
camadas germinativas 
Células multipotentes → são responsáveis pela renovação 
celular, basicamente. Podem diferenciar-se em apenas 
alguns tipos celulares. 
o Células da medula óssea e do cordão umbilical 
Células unipotentes → não apresentam grande capacidade 
de diferenciação, sendo capazes apenas de formar células do 
tecido a qual pertencem 
GASTRULAÇÃO 
• A gastrulação é o processo no qual as três camadas 
germinativas irão originar todos os tecidos embrionários 
o Ectoderma 
o Mesoderma 
o endoderma 
• orientação axial dos embriões 
o Anteroposterior (A-P craniocaudal) 
o Dorsoventral (D-V) 
o Esquerdo-direito (E-D) 
• Durante a gastrulação, o disco embrionário bilaminar → 
trilaminar 
Formação da linha primitiva 
• Primeiro sinal morfológico da gastrulação 
• Forma-se na superfície do epiblasto 
• Resulta da proliferação e do movimento de células do 
epiblasto 
• 15º dia → forma-se uma faixa linear espessada do 
epiblasto, aparece caudalmente no plano mediano no 
aspecto dorsal do disco embrionário 
• Espessamento → linha primitiva 
• Pequena depressão → sulco primitivo 
• Pequena depressão no nó primitivo →fosseta primitiva 
 
 
 
 
 
 
 
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Terceira semana de gestação 
 
Estabelecimento dos eixos corporais 
• Após a formação da linha primitiva, ela vai definir todos 
os principais eixos corporais 
Eixo anteroposterior (A-P craniocaudal) 
• Cranial → anterior 
• Caudal → posterior 
Eixo esquerdo direito (E-D) 
• Tudo que está a esquerda da linha primitiva → lado 
esquerdo do embriao 
• Tudo o que está a esquerda da linha primitiva → lado 
direito 
Eixo dorsoventral (D-V) 
• Grosseiramente equivale ao eixo ectoderma-endoderma 
• Dorso → ectoderma (costas) 
• Ventre → endoderma (abdômen) 
 
 
 
 
 
 
 
Crescimento do disco embrionário 
• Durante essa semana, o embrião é referido como 
gástrula 
• Proteínas morfogenéticas ósseas e outras moléculas de 
sinalização 
o Como o FGF, Shh, Tgifs e Wnts possuem uma 
participação de extrema importância na 
gastrulação 
o Os indicares de sinalização orientam o processo 
de diferenciação celular 
Mesênquima 
• Pouco tempo depois do aparecimento da linha primitiva, 
as células do epiblasto migram de sua superfície 
profunda para formar o mesênquima 
• Células pluripotentes que se diferencial em diversos tipos 
celulares → fibroblastos, controblastos e osteoblastos 
mais pra frente 
• Tecido conjuntivo embrionário formado por células 
fulsiformes, frouxamente organizadas e contendo fibras 
colágenas 
• Forma os tecidos de sustentação do embriao 
• Uma parte do mesênquima forma o → mesoblasto → 
forma o mesoderma intraembrionário 
Formação do endoderma definitivo 
• 16º dia → epiblastos nas laterais da linha primitiva → 
movem-se em direção ao espaço entre o epiblasto e o 
hipoblasto 
• As primeiras células ingressantes do epiblastos → 
invadem e deslocam o hipoblasto → substitui os 
hipoblastos por uma nova camada → endoderma 
definitivo 
 
 
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Terceira semana de gestação 
• Endoderma embrionário → dá origem aos revestimentos 
epiteliais dos sistemas respiratório e digestório, incluindo 
as glândulas do trato digestório e do fígado e do 
pâncreas 
Formação do mesoderma intraembrionário 
• 16º dia → células do epiblasto migram através da linha 
primitiva e forma uma terceira camada germinativa → 
entre o epiblasto e o hipoblasto → mesoderme 
• Logo depois, a mesoderme vai originar 5 subdivisões 
principais 
o Mesoderma cardiogênico 
o Mesoderma paraxial 
o Mesoderma intermediário 
o Mesoderma da placa lateral 
o Processo notocordal 
▪ A quinta população de células que migram 
cranialmente a partir do nó primitivo para 
formar a notocorda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Mesoderma → dá origem a todos os músculos 
esqueléticos, às células sanguíneas, ao revestimento 
dos vasos sanguíneos, à musculatura lisa das vísceras 
etc 
Formação do ectoderma 
• Agora o epiblasto remanescente constituiu a ectoderma 
• Rapidamente vai se diferenciar na placa neural → região 
central do disco embrionário 
• Ectoderma cutâneo (de revestimento) → região 
periférica 
• Entretanto o embrião se desenvolve em uma sequência 
CRANIOCAUDAL 
• Nesse momento, há a formação do disco embrionário 
trilaminar 
• Todas as três camadas se originaram do epiblasto 
 
• Ectoderma embrionário → dá origem a epiderme, aos 
SNC e SNP, aos olhos e ouvidos internos, células da 
crista neural e muitos dos tecidos conjuntivos da cabeça 
 
TERATOMA SACROCOCCÍGEO 
• Remanescentes da linha primitiva podem persistir (pois 
ela deverá desaparecer no processo notocordal) → 
teratoma sacrococcígeo 
• É um tipo de tumor de células germinativas que pode ser 
benigno ou maligno 
• As crianças mais afetadas são do sexo feminino (80%) 
• Geralmente são removidos rapidamente por cirurgia 
• Um teratoma pré-sacal pode causar obstrução intestinal 
ou urinária 
 
 
 
 
 
 
 
PROCESSO NOTOCORDAL E NOTOCORDA 
• Algumas células mesenquimais migram através da linha 
primitiva e vão em direção ao mesoderma 
• Processo notocordal → vai do nó primitivo até a placa 
pré-cordal 
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Terceira semana de gestação 
o A placa pré-cordal dá origem ao endoderma da 
membrana bucofaríngea, futura cavidade oral 
o A placa pré-cordal funciona como um centro 
sinalizador (Shh e PAX6) para o controle do 
desenvolvimento das estruturas cranianas 
 
• As células mesenquimais migram lateral e 
cranialmente, se misturando com outras células 
mesodérmicas até as margens do disco embrionário 
• Células do nó primitivo → proliferam → mergulham 
embaixo do ectoderma → vai até a placa pré-cordal 
→ forma um tubo que se alonga e ganha lúmen → 
canal notocordal 
• É um tubo → em cima está o âmnio → embaixo está 
o saco vitelínico 
 
OBS: se cortamos a região antes do nó, não há processo 
notocordal 
 
• Em seguida, o assoalho do processo notocordal se funde 
com o endoderma embrionário que está embaixo 
• Essa base de sustentação vai se desfazer, e, por um 
curto período de tempo → comunicação entre âmnio + 
saco vitelínico 
 
 
• Há a formação de abertura no assoalho do processo 
notocordal → canal neuroentérico → buraco → vai 
permitir a comunicação do âmnio e do saco vitelínico 
→ notocorda completa → ele se fecha normalmente 
• Depois, começando da extremidade cranial do 
embrião → células da placa notocordal se proliferam 
→ sofrem um dobramento → forma a notocorda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Notocorda 
• Os sinais instrutivos da linha primitiva (Shh) → induzem 
as células precursoras notocordais → forma notocorda 
→ semelhante a um bastão → começa da extremidade 
cranial do embrião até o nó primitivo 
• Define o eixo longitudinal primordial do embrião 
• Confere certa rigidez 
• Fornece sinais que são necessários para o 
desenvolvimento de estruturas musculoesqueléticas 
axiais e do SNC 
• Contribui para a formação dos discos intervertebrais 
• O desenvolvimento da notocorda → induz células do 
ectoderma → espessa e forma a placa neural → 
primórdio do SNC 
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Terceira semana de gestação 
Alantoide 
• Aparece no 16º dia como uma pequena evaginação da 
parede caudal da vesícula umbilical, que se estende até 
o pedículo de conexão 
• O mesoderma do alantoide → se expande para baixo do 
córion → forma vasos sanguíneos que servirão para a 
placenta 
• Os vasos sanguíneos do alantoide se tornam artérias 
umbilicais 
Mesoderma cardiogênico 
• O futuro mesoderma cardiogênico move-se do epiblasto 
para a porção mediana da linha primitiva → migra 
cefalicamente → cerca a membrana orofaríngea 
 
Membranas bilaminares 
• São extremidades, caudal e cranial, onde não existe 
mesoderma → ectoderma e endoderma se fusionam 
• Membrana bucrofaríngea → futura cavidade oral 
• Membrana cloacal → indica o futuro local do ânus 
ALONGAMENTO DO DISCO EMBRIONÁRIO 
• Nessa etapa, o embriao já não é mais um disco, ou seja, 
durante a gastrulação → início da linha primitiva e 
notocorda → placa neural → alongamento do embriao 
 
 
 
 
 
 
 
• Como se ele tivesse se ‘’achinelando’’ adquirindo o 
formato de um chinelo 
• A medida que o embriao vai se alongando → o nó 
primitivo vai sendo empurrado caudalmente → 
regressão do nó e linha primitiva 
• A notocorda já está se passando no meio, dentro dela um 
sulco neural e duas pregas do lado 
NEURULAÇÃO 
• Processo de formação da placa neural, das pregas 
neurais e no fechamento das pregas para formarem o 
tubo neural 
• Completa até o final da quarta semana → fechamento 
do neuropolo caudal→ vitamina B9 e B12 são 
importantes 
Placa e tubo neural 
• Conforme a notocorda se desenvolve → induz o 
ectoderma a se diferenciar → se espessa e forma a 
placa neural 
 
• Na placa neural se desenvolvem duas saliências → 
pregas neurais 
• Entre as pregas → sulco neural 
• Ou seja, a notocorda induz a diferenciação de células 
ectodérmicas em uma placa neural → somente SOBRE 
a notocorda 
• Lateralmente → continua ectoderma normal → vão 
formar o ectoderma de revestimento posteriormente 
• Ectoderma que está se desenvolvendo na placa neural 
→ neuroectoderma 
o O neuroectoderma dá origem ao SNC, o encéfalo 
e a medula espinhal, além da retina 
 
• Inicialmente, placa neural → mesmo comprimento da 
notocorda subjacente 
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Terceira semana de gestação 
• Placa neural → surge rostralmente (extremidade da 
cabeça) ao nó primitivo e dorsalmente (posterior) à 
notocorda e ao mesoderma subjacente (embaixo) 
• Notocorda se alonga → placa neural se amplia → se 
estende cranialmente até a membrana bucofaríngea 
• Posteriormente, placa neural se estende além da 
notocorda 
 
Formação do tubo neural 
• 18º dia → Placa neural se invagina → forma o sulco 
neural mediano longitudinal (sulco neural) → com 
pregas neurais em ambos os lados 
• As pregas se tornam proeminentes na extremidade 
cranial do embrião → primeiro sinal do encéfalo 
• Até o final da 3ª semana → pregas neurais se fusionam 
→ placa neural se transforma → tubo neural 
• Tubo neural → se separa do ectoderma 
 
Formação da crista neural 
• Diferenciação e migração das células da crista neural → 
reguladas por interações moleculares de genes 
específicos, moléculas de sinalização e fatores de 
transcrição 
• A sinalização Wnt/beta-catenina → ativa o gene GBX2 
→ desenvolvimento da crista neural 
• Azul claro → ectoderma de revestimento 
• Azuis mais escuros → neuroectoderma → vai formar o 
tubo neural 
• O azul intermediário → vai formar a crista neural 
 
• Com a fusão dessas pregas e com a formação do tubo 
neural, haverá também a fusão dessas regiões laterais 
às pregas se fundindo → reestabelecendo o ectoderma 
de revestimento 
• Crista neural → restos de células que se formam um 
‘’chapéu’’ 
 
• O tubo neural → migra ventralmente → ocupa o lugar 
que antes era da notocorda 
• Cristas neurais → separa em porção direita e esquerda 
→ região dorsolateral do tubo neural 
• Crista neural 
o Origina os gânglios sensoriais dos nervos 
espinhais e cranianos 
o Gânglios do sistema nervoso autônomo 
o Formam a bainha de neurilema dos nervos 
periféricos 
o Formação das células pigmentares 
o Células da medula da glândula suprarrenal e etc 
Lâminas de mesodermas junto ao tubo neural 
 
 
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Terceira semana de gestação 
• Mesoderma lateral → contínuo com o mesoderma 
extraembrionário que reveste a vesícula umbilical (saco 
vitelínico) e o âmnio 
• Mesoderma intermediário → coluna de mesoderma 
entre o mesoderma paraxial e o mesoderma lateral 
• Mesoderma paraxial → vem das células do nó primitivo 
→ acompanham todo o tubo neural → se dividem para 
formar os somitos 
DESENVOLVIMENTO DOS SOMITOS 
• Células derivadas do nó primitivo → formam a notocorda 
• Envolve a expressão dos genes da via de sinalização 
Notch → genes HOX 
• Células do nó primitivo → formam mesoderma para-axial 
→ se diferencia, se condensa → começa a se dividir em 
corpos cuboides pareados → somitos → sequência 
craniocaudal 
 
• Os blocos de somitos estão localizados dos dois lados 
do tubo neural em desenvolvimento 
• Cerca de 38 pares → entre 20 a 30 dias depois do inicio 
do desenvolvimento embrionário 
• Final da 5ª semana → 42 a 44 pares 
• Dão origem a maior parte do esqueleto axial e à 
musculatora associada 
• Dão origem à derme da pele adjacente 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO DO CELOMA INTRAEMBRIONÁRIO 
• Celoma → cavidade do corpo do embrião 
• Espaços celômicos isolados começam a surgir no 
mesoderma intraembrionário lateral e no mesoderma 
cardiogênico (coração em formação) 
 
 
• Espaços se juntam → formam o celoma intraembrionário 
→ única cavidade em formado de ferradura 
• O celoma divide o mesoderma lateral em duas camadas 
→ camada somática ou parietal e camada esplâncnica 
ou visceral 
o PARIETAL OU SOMÁTICA: contínua ao 
mesoderma extraembrionário, que cobre o âmnio 
o VISCERAL OU ESPLÂNCNICA: contínua ao 
mesoderma extraembrionário que cobre o saco 
vitelínico 
• Somatopleura → mesoderma somático + ectoderma → 
formam a parede do corpo do embrião 
• Esplancnopleura → mesoderma esplâncnico + 
endoderma → formam o intestino embrionário 
 
 
 
 
 
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Terceira semana de gestação 
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR 
• Final da segunda semana → nutrição por difusão do 
celoma extraembrionário e do saco vitelínico através de 
célula a célula 
• 3ª semana → necessidade crescente por vasos 
sanguíneos → trazer oxigênio e nutrientes para o 
embrião → formação inicial do sistema cardiovascular 
• A formação dos vasos sanguíneos começa no 
mesoderma extraembrionário (que fica fora) do saco 
vitelínico, do pedículo de conexão e do córion 
 
Vasculogênese 
• Formação de vasos novos a partir de angioblastos 
(células diferenciais do mesênquima) 
• Células mesenquimais → angioblastos → se agregam 
para formar aglomerados de celulares angiogênicos 
isolados → ilhotas sanguíneas → apresentam uma 
cavidade no interior 
 
 
 
• Os angioblastos se achatam → formam as células 
endoteliais ao redor das cavidades das ilhotas → dando 
origem ao endotélio 
• Muitas das cavidades revestidas por endotélio se se 
fusionam → rede de canais endoteliais → 
vasculogênese 
 
 
 
 
 
Angiogênese 
• Formação de vasos novos a partir de um vaso velho 
(acabam se conectando), vaso novo-vaso velho 
• Vasos se ramificam → brotamento endotelial 
(angiogênese) → e se fundem com outros vasos 
Formação das células sanguíneas 
• Células endoteliais → surgem a partir das células 
endoteliais 
• Células sanguíneas progenitoras → originam 
diretamente de células-tronco hematopoiéticas 
o A hematogênese → formação e hemácias → só 
depois da 5ª semana 
SISTEMA CARDIOVASCULAR PRIMITIVO 
• Células mesenquimais da área cardiogênica → coração 
e grandes vasos 
 
• Canais longitudinais + tubos cardíacos endocárdicos 
(revestidos por cels endoteliais) → se desenvolvem → 
fusionam → formando o tubo cardíaco primitivo 
 
• Coração tubular → se une aos vasos sanguíneos do 
embrião → sistema cardiovascular primitivo 
• Ao final da 3ª semana → sangue circulando → coração 
começa a bater no 21º ou 22º dia 
• O sistema cardiovascular é o primeiro sistema de órgãos 
a alcançar um estado funcional 
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Esther Santos Fonseca 
Terceira semana de gestação 
 
 
DESENVOLVIMENTO DAS VILOSIDADES CORIÔNICAS 
• 2ª semana → vilosidades coriônicas primárias 
o Células do citotrofoblasto se proliferam e 
penetram no sinciciotrofoblasto → colunas de 
células circundadas por sincício 
 
• Início da 3ª semana → mesênquima extraembrionário 
central cresce para dentro para dentro dessas 
vilosidades → forma o eixo central de tecido 
mesenquimal → vilosidades coriônicas secundárias 
→ revestem toda a superfície do saco coriônico 
 
 
• Células mesenquimais nas vilosidades → diferenciam 
em capilares e células sanguíneas → vasos no interior 
das vilosidades coriônicas secundárias → vilosidades 
coriônicas terciárias 
 
• Posteriormente,vilosidades coriônicas se fundem → 
formando redes arteriocapilares → por meio de vasos 
que se diferenciam do mesênquima do córion e do 
pedículo de conexão → vão se conectar com o coração 
do embrião 
• Oxigênio + nutrientes → presentes no espaço 
interviloso → se difundem através das paredes das 
vilosidades → sangue do embrião 
• CO2 + resíduos → se difundem do sangue dos capilares 
fetais → paredes das vilosidades coriônicas → sangue 
materno 
• As células citotrofoblásticas das vilosidades coriônicas 
proliferam e se estendem através do sinciciotrofoblasto 
→ formando a capa citotrofoblástica extravilosa 
Vilosidades coriônicas-tronco 
• as vilosidades que vão ter os citrotofoblastos em grande 
quantidade 
• se prendem ao tecido materno através da capa 
citrotofoblástica 
Vilosidades ramificadas 
• são as ramificações das vilosidades troncais 
• é através da parede das vilosidades ramificadas → 
ocorre a principal troca de material → sangue materno e 
embrião 
• as vilosidades ramificadas são banhadas por sangue 
materno do espaço interviloso, que é renovado 
continuamente 
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Dobramento embrionário 
FASES DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
• Fase de crescimento → envolve a divisão celular e a 
elaboração de produtos celulares 
• Fase de morfogênese → desenvolvimento da forma, 
tamanho e outras características. Controlada pela 
expressão e regulação de genes específicos em uma 
sequencia ordenada 
• Fase de diferenciação → as células são organizadas em 
um padrão preciso de tecidos e de órgãos capazes de 
executar funções especializadas 
DOBRAMENTO DO EMBRIÃO 
• Disco trilaminar plano → dobramento → embrião 
cilíndrico → estabelecimento da forma do corpo 
• O dobramento ocorre nos planos medianos e horizontal 
e resulta no crescimento rápido do embrião 
• A velocidade do crescimento lateral não acompanha o 
ritmo do crescimento do comprimento do embrião 
• O dobramento das extremidades cranial e caudal e o 
dobramento lateral ocorrem ao mesmo tempo 
• Ao mesmo tempo, há uma compressão, 
estrangulamento, relativa na junção do embrião com a 
vesícula umbilical 
DOBRAMENTO NO PLANO MEDIANO 
• O dobramento das extremidades produz as pregas 
cefálica e caudal, que resultam em uma movimentação 
das regoes cranial e caudal ventralmente (em direção ao 
abdômen) 
• O dobramento acontece enquanto o embrião se alonga 
cranial e caudalmente 
• É como se embrião estivesse dando uma cambalhota 
 
PREGA CEFÁLICA 
• Início da 4ª semana → as pregas neurais na região 
cranial formam o primórdio do encéfalo 
 
 
 
 
 
• Inicialmente, encéfalo em desenvolvimento → 
dorsalmente para a cavidade amniótica 
• Posteriormente, o prosencéfalo em desenvolvimento → 
cresce cranialmente, além da membrana bucofaríngea e 
coloca-se sobre o coração em desenvolvimento → 
migrou mais ventralmente (em direção ao abdômen) 
 
• Ao mesmo tempo → septo transverso (lâmina espessa 
de tecido mesodérmico que vai originar o diafragma) + 
coração primitivo + celoma pericárdio + membrana 
bucofaríngea → se deslocam para a superfície ventral 
do embrião 
• Durante o dobramento → parte do endoderma do saco 
vitelínico (vesícula umbilical) → incorporado como 
intestino anterior (primórdio da faringe, esôfago e 
sistema respiratório inferior) 
 
o O pedículo de conexão também está migrando 
para a parte ventral → é lógico pois ele vai 
originar o cordão umbilical junto com o saco 
vitelínico 
o O saco vitelínico está sofrendo um 
estrangulamento 
• O intestino anterior está localizado entre o prosencéfalo 
e o coração primitivo 
• A membrana bucofaríngea separa o intestino anterior do 
estomodeu → boca primitiva 
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Dobramento embrionário 
 
• Após o dobramento da cabeça → septo transverso 
(futuro diafragma) → caudal ao coração → se 
desenvolve posteriormente → desenvolve-se no tendão 
central do diafragma (separação entre a cavidade 
abdominal e torácica) 
• A prega cefálica → afeta o arranjo do celoma 
embrionário (cavidade corporal) 
• Antes do dobramento → celoma era uma cavidade 
achatada e em formato de ferradura 
• Depois do dobramento → celoma pericárdio → ventral 
(embaixo) ao coração → cranial (na frente) ao septo 
transverso 
 
• Nesse estágio, o celoma intraembrionário → se 
comunica em ambos os lados → com o celoma 
extraembrionário 
 
 
 
 
 
 
 
PREGA CAUDAL 
• Dobramento da extremidade caudal → crescimento da 
parte distal (mais afastada) do tubo neural → primórdio 
da medula espinhal 
 
• À medida em que o embrião cresce → eminência caudal 
(região da cauda) → se projeta sobre a membrana 
cloacal → futuro ânus (imagem acima) 
• Parte do endoderma → incorporado ao embrião como 
intestino posterior → originará o cólon e reto 
 
 
 
 
 
 
 
• Parte terminal do intestino posterior → se dilata 
levemente → forma a cloaca (bexiga urinária e o reto 
primários) 
• Antes do dobramento → linha primitiva situa-se cranial 
(na frente) à membrana clocal 
• Após o dobramento → linha primitiva na região caudal 
(atrás) à membrana clocal 
• O pedículo de conexão (primórdio do cordão umbilical) 
→ agora está ligado a superfície ventral 
• O alantóide → parcialmente incorporado do embrião 
DOBRAMENTO DO EMBRIÃO NO PLANO HORIZONTAL 
• Dobramento lateral → produz pregas laterais direita e 
esquerda 
 
• O dobramento lateral é resultado do rápido crescimento 
da medula espinhal e dos somitos 
• O primórdio da parede abdominal ventrolateral → dobra-
se em direção ao plano mediano → deslocando as 
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Dobramento embrionário 
bordas do disco embrionário ventralmente → embrião 
cilíndrico formado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Com a formação da parede abdominal → parte do 
endoderma → incorporada ao embrião como intestino 
médio, primórdio do intestino delgado 
 
• Inicialmente → ampla conexão entre intestino médio e 
saco vitelínico (vesícula umbilical) 
• Após o dobramento lateral → comunicação reduzida → 
formando o ducto onfaloentérico 
• A região de ligação do âmnio à superfície ventral do 
embrião também é reduzida a uma região umbilical 
relativamente estreita 
 
• Com o cordão umbilical → formado a partir do pedículo 
de conexão + pedículo vitelínico (região estrangulada) 
 
 
 
 
 
• a fusão ventral das pregas laterais reduz a 
comunicação entre as cavidades celomáticas (extra e 
intra) a uma comunicação mais estreita 
 
 
 
 
 
 
• com a expansão da cavidade amniótica e com a 
eliminação da maior parte do celoma extraembrionário 
→ âmnio forma o revestimento epitelial do cordão 
umbilical 
 
 
 
 
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Quarta à oitava semana 
INTRODUÇÃO 
• Todas as principais estruturas internas e externas são 
estabelecidas nesse período 
• O embrião possui uma aparência nitidamente humana 
• A exposição dos embriões a teratógenos durante esse 
período pode causar grandes anomalias congênitas, 
principalmente porque os tecidos e órgãos estão 
rapidamente se diferenciando 
QUARTA SEMANA DOS SOMITOS 
• Ocorrem mudanças na forma do embrião 
• No início → embrião quase reto e possui de 4 a 12 
somitos 
• O tubo neural é formado frente aos somitos, mas é 
amplamente aberto nos neuropolos rostral e caudal. 
o Importante a suplementação de vitamina B9 e 
B12 nessa fase para o fechamento dos 
neuroporos ocorrer certinho 
o O fechamento dos neuroporos é feito crânio-
caudalmente 
o Fecha que nem um zíper 
 
 
• Com 24 dias → os primeiros arcosfaríngeos 
o 1º mandibular → origina a mandíbula e a 
extensão rostral do arco 
 
o 2º hiodieo 
o 3º maxila → contribui para a maxila 
o Os três pares de arcos faríngeos são vistos com 
26 dias de vida 
o Vao sinalizar a região da boca 
o É mais dorsal e caudal do paciente 
• Agora o embrião está levemente curvado em função das 
pregas cefálica e caudal 
• O coração forma uma → proeminência cardíaca 
ventral e bombeia sangue 
• Neuroporo rostral está se fechando 
 
• Os brotos dos membros superiores são reconhecíveis 
no dia 26 ou 27 
• As fossetas óticas (primórdios das orelhas internas) 
também estão visíveis 
• Espessamentos ectodérmicos → futuros cristalinos dos 
olhos 
 
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Quarta à oitava semana 
• 4º par de arcos faríngeos e o broto dos membros 
inferiores também estão visíveis 
• Uma longa iminência caudal, como uma cauda também 
é uma característica 
• Primórdios de muitos sistemas de órgãos, como o 
sistema cardiovascular, são estabelecidos 
• Neuroporo caudal está fechado no final da 4ª 
 
Diferentes cortes do embrião de 4 semanas 
 
 
 
 
5ª SEMANA DA CABEÇA 
• As mudanças no corpo são poucas, mas o crescimento 
da cabeça excede o de outras regiões 
• Alargamento da cabeça → por causa do rápido 
desenvolvimento do encéfalo e das proeminências 
faciais 
• A face em contato com a proeminência cardíaca 
 
• Rápido crescimento do 2º arco faríngeo → se sobrepõe 
ao 3º e 4º arco → forma uma depressão lateral (como se 
fosse uma gordurinha → seio cervical 
• As cristas mesonéfricas → indicam o local dos rins 
mesonéfricos → órgãos excretores provisórios 
 
 
 
 
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Quarta à oitava semana 
6ª SEMANA DOS SENTIDOS 
• Mostra os movimentos espontâneos → contrações no 
tronco e nos membros em desenvolvimento 
• Os membros superiores começam a mostrar uma 
diferenciação regional → desenvolvimento dos 
cotovelos e das grandes placas das mãos 
 
• Os primórdios dos dígitos (dedos) → raios digitais 
→ iniciam seu desenvolvimento na placa das mãos 
• Saliências auriculares → se desenvolvem ao redor do 
sulco ou fenda faríngea → entre os primeiros 2 arcos 
faríngeos 
• Sulco → meato acústico externo (canal da orelha 
externa) 
• Saliências auriculares contribuem → aurícula (pavilhão), 
a parte em concha da orelha externa 
• Os olhos agora são notáveis → formação do pigmento 
da retina 
• Cabeça dobrada sobre a proeminência cardíaca 
• O tronco e o pescoço começam a endireitar 
• Intestino penetra no celoma extraembrionário na parte 
proximal do cordão umbilical 
 
7ª SEMANA DOS MEMBROS MODIFICADOS 
• Os membros sofrem uma mudança considerável durante 
a 7ª semana 
• Chanfraduras (destaca) aparecem entre os raios 
digitais (dedos) 
• Sulcos separam as áreas das placas das mãos e dos 
pés, que indicam claramente os dedos 
• Comunicação entre o intestino primitivo e a vesícula 
umbilical está reduzida 
• Pedículo vitelínico → ducto onfaloentérico 
• Ao final da 7ª semana, a ossificação dos membros 
superiores já iniciou 
 
8ª SEMANA DO MINI HUMANO 
• No início da 8ª, os dedos das mãos já estão separados, 
porém, unidos por uma membrana visível 
• Chanfraduras visíveis nos pés 
• Eminencia caudal ainda está presente, mas é curta 
• Plexo vascular do couro cabeludo aparece → forma 
uma faixa característica ao redor da cabeça 
• Final da 8ª semana → todos as regiões dos membros 
estão aparentes, dedos compridos e completamente 
separados 
 
 
• Os primeiros movimentos voluntários dos membros 
acontecem durante a 8ª semana 
• A ossificação primária inicia-se no fêmur 
• A eminência caudal desapareceu 
• Mãos e pés se aproximam ventralmente 
• O embrião possui características humanas distintas 
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Quarta à oitava semana 
• Cabeça ainda é desproporcional (grande demais) 
• Pálpebras mais evidentes 
• Os intestinos estão na porção proximal do cordão 
umbilical 
 
 
ESTIMATIVA DA IDADE DO EMBRIÃO 
• Embriões recuperados depois do aborto espontâneo têm 
suas idades estimadas a partir de suas características 
externas e pela medida do seu comprimento 
• Embriões de 3ª e 4ª semana são mais retos → sua 
medida indica maior comprimento 
 
 
 
 
 
• Embriões de 14 a 18 semanas → comprimento 
cabeça-nádega (CNN). É considerado que o maior 
CNN é o mais preciso 
 
• Altura em pé ou comprimento cabeça-calcanhar é 
algumas vezes medida, o comprimento do embrião é 
apenas um dos critérios para saber a idade 
 
 
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Derivação das camadas germinativas 
DERIVADOS DO ENDODERMA 
• O sistema digestório é o principal sistema orgânico 
derivado do endoderma 
o Recobre a superfície ventral do embrião e forma 
o teto da vesícula vitelínica 
 
• Conforme a cabeça, a cauda e as duas dobraduras se 
movem ventralmente → elas puxam o âmnio pra baixo 
com elas, de modo que o embrião fique dentro da 
cavidade amniótica 
 
• A parede corporal ventral se fecha totalmente, exceto 
na região umbilical, onde há a conexão do bulbo com 
a vesícula vitelínica mantida 
 
• Como resultado do crescimento cefalocaudal e do 
fechamento das dobraduras da parede corporal → 
parte do endoderma é incorporado ao embrião para 
formar o tubo intestinal 
o Intestino anterior 
o Intestino médio 
o Intestino posterior 
 
Intestino anterior 
• Em sua porção cefálica, o intestino anterior → ligado 
temporariamente pela membrana orofaríngea, que se 
separa do estomodeu (boca) da faringe (parte do 
intestino anterior derivado do endoderma) 
• Na 4ª semana, a membrana orofaríngea se rompe, 
estabelecendo uma conexão aberta com a boca e o 
intestino primitivo 
 
Intestino médio 
• Se comunica com o saco vitelínico por um pedúnculo 
largo, o ducto vitelínico 
• Esse ducto é largo inicialmente → crescimento 
adicional do embrião + dobramento → se torna estreito 
e longo 
 
Intestino posterior 
• Também termina em uma membrana ectoendodérmica 
→ membrana cloacal 
• Membrana cloacal → separa a porção superior do 
canal anal (derivada do endoderma) da porção inferior 
→ proctodeu 
• Na 7ª semana, a membrana cloacal se rompe → cria 
abertura para o ânus 
 
 
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Derivação das camadas germinativas 
Derivados do endoderma 
• Revestimento epitelial do intestino primitivo e as 
porções do alantóide e do ducto vitelínico 
• Revestimento epitelial do sistema respiratório 
• Ao parênquima da tireoide, das paratireoides, do fígado 
e do pâncreas 
• Ao estroma reticular das tonsilas e ao timo 
• Revestimento epitelial da bexiga e da uretra 
• Revestimento epitelial da cavidade do tímpano e à tuba 
auditiva 
 
DERIVADOS DO MESODERMA 
• O mesoderma intraembrionário se divide em 3: 
o Mesoderma paraxial 
o Mesoderma intermediário 
o Mesoderma lateral 
 
Mesoderma paraxial 
• No início da 3ª semana → mesoderma paraxial se 
organiza em segmentos → somitômeros → aparecem 
na direção cefalocaudal 
• Cada somitômero → células mesodérmicas 
organizadas em espirais concêntricas ao redor do 
centro da unidade 
• Na cabeça → somitômeros → associação à 
segmentação da placa neural → neurômeros 
• Região occipital → somitômeros se organizam em → 
somitos → caudalmente 
• Somitos remanescentes formam o esqueleto axial 
 
Desenvolvimento dos somitos 
• Os somitos vão se diferenciar em 3 estruturas 
• Dermátomo→ originará a derme que está sobre as 
vértebras 
• Miótomo → originará a musculatura esquelética 
• Esclerótomo → região mais ventral, origina a estrutura 
conjuntiva, ligamentos e tendões, incluído o tecido 
ósseo que constitui as vértebras 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mesoderma intermediário 
• Conecta temporariamente o mesoderma paraxial à 
placa lateral 
• Diferencia-se em estruturas urogenitais 
• Na região cervical e torácica → nefrótomos 
• Região caudal → cordão nefrogênico 
• As unidades excretórias do sistema urinário e as 
gônadas se desenvolvem a partir do mesoderma 
intermediário 
 
 
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Esther Santos Fonseca 
Derivação das camadas germinativas 
Mesoderma lateral 
• Divide-se em parietal (somático) → reveste a cavidade 
intraembrionária e visceral (esplâncnica) → recobre os 
órgãos do embrião 
• Mesoderma somático + ectoderma → formam as 
pregas da parede corporal lateral → junto com as 
dobraduras cefálica e caudal → fecham a parede 
corporal ventral, exceto na parte do cordão umbilical 
• Células mesodérmicas parientais → circundam a 
cavidade intraembrionária → formam as membranas 
serosas → revestem as cavidades peritoneal, pleural e 
pericárdia 
• Mesoderma visceral → origina a derme da pele na 
parede corporal e nos membros, aos ossos e ao tecido 
conjuntivo dos membros e ao esterno 
 
Derivados do mesoderma 
• Origina o tecido conjuntivo, à cartilagem, ao osso, aos 
músculos liso e estriado, ao coração, ao sangue 
• Aos vasos linfáticos, aos rins, aos ovários, aos 
testículos 
• Ductos genitais, às membranas serosas de 
revestimento das cavidades corporais 
• Ao baço e ao córtex das suprarrenais 
 
DERIVADOS DO ECTODERMA 
• 3ª semana → neurulação → formação do tubo neural 
• Ectoderma diferencia-se em → neuroectoderma (forma 
o tubo neural e → ectoderma de superfície 
 
Neuroectoderma 
• Origina o SNC 
Células da crista neural 
• Originam os melanócitos da pele e dos folículos pilosos 
• Gânglios sensoriais, aos neurônios simpáticos e 
entéricos 
• Células de Schwann e às da medula suprarrenal 
• Contribui para a formação do esqueleto craniofacial, 
dos neurônios dos gânglios craniais, das células da glia 
e de melanócitos etc 
Espessamentos endotérmicos 
• Originarão as vesículas óticas, que formarão as 
estruturas necessárias à audição e à manutenção do 
equilíbrio 
• Originarão os placódios dos cristalinos, que formarão os 
cristalinos dos olhos 
Ectoderma de revestimento 
• Dá origem ao epitélio sensorial do ouvido, do nariz e do 
olho 
• Origina toda a epiderme, incluindo cabelos e unhas 
• Glândulas subcutâneas e mamárias 
• Parte anterior da hipófise (glândula pituitária) 
• Esmalte dos dentes 
 
 
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Idade gestacional e do embrião 
 
IDADE GESTACIONAL (IG) 
• A determinação da idade gestacional (IG) é 
importante para o manejo de diversas 
situações 
o Trabalho de parto pré-termo 
o Pós-datismo 
o Necessidade de interrupção da 
gestação devido a doença da mãe 
o Acompanhamento do crescimento 
fetal 
• O IG corresponde ao número de semanas 
desde o primeiro dia da última menstruação 
(DUM) até a data da consulta 
• Gestação completa → 40 semanas → 9 
meses, incluindo as 4 semanas do 9º mês 
• Essa não é a idade do embrião 
DATA PROVAVEL DO PARTO 
A data provável do parto (DPP) é calculada pela 
Regra de Nagele 
• Soma-se 7 dias do primeiro dia da última 
menstruação (DUM) 
• Subtrai-se 3 ao mês que ocorreu a DUM 
DPP = DUM + 7 (dias) – 3 (mês) 
• Exemplo: DUM → 20/08/2020 
20 + 7 = 27 → dia 
08 – 03 = 05 → mês (maio) 
• DPP = 27/05/2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IDADE EMBRIONÁRIA 
• Se inicia no dia da fecundação, que só ocorre 
2 semanas após a DUM, pois leva, 
aproximadamente, 14 dias para ovular e ter a 
fecundação 
Idade Embrionária = IG – 2 semanas 
• Exemplo → IG = 7 semanas 
Idade embrionária = 7 – 2 = 5 semanas (3 semanas 
de atraso da menstruação) 
 
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Práticas educativas a gestantes 
 
CONCEITO DE PRÁTICAS EDUCATIVAS 
• Conjunto de ações que associam experiência e 
aprendizagem com o objetivo de conduzir saúde a 
ação buscando capacitação da comunidade 
• Profissionais e usuários devem desenvolver 
relação de diálogo pautada na valorização da 
individualidade 
PRATICAS EDUCATIVAS A GESTANTES 
Importância 
• No período gestacional, elas possibilitam 
construção do saber compartilhado e capacitando 
as mulheres para tomada de decisões de modo 
consciente 
• Estimulam a autonomia feminina, possibilitando a 
participação ativa e informada da mulher e do 
companheiro na gestação, parto, nascimento e 
puerpério, promovendo, deste modo, a saúde 
Orientações e ações educativas 
• Devem ser trocadas as vivências entre as 
mulheres e os profissionais de saúde, 
promovendo uma melhor forma de compreensão 
do processo de gestação 
• É imprescindível que a gestante e seus 
acompanhantes tenham contato com atividades 
de educação 
Diferentes formas de realizar o trabalho educativo 
• Discussões em grupo 
• Dramatizações 
• Dinâmicas que facilitam a fala e a troca de 
experiencias entre os componentes do grupo 
• Importante a criação de grupos fora da UBS 
• O profissional de saúde deve evitar o estilo 
‘’palestra’’, que é pouco produtivo e ofusca 
questões subjacentes que podem ser mais 
relevantes para as pessoas presentes do que 
um roteiro preestabelecido 
• Trocar ‘’palestras’’ por ‘’rodas de conversa’’, 
para que haja a participação e contribuição de 
todos em relação às vivências 
 
 
 
ASPECTOS QUE DEVEM SER ABORDADOS NAS AÇÕES 
EDUCATIVAS A GESTANTES 
Durante o pré-natal e no atendimento após o parto, a 
mulher e sua família devem receber informações 
sobre os seguintes temas 
• A importância do pré-natal 
o Monitorar o bom andamento das gestações 
de baixo-risco 
o papel fundamental na prevenção e/ou 
detecção precoce de patologias tanto 
maternas como fetais, permitindo um 
desenvolvimento saudável do bebê e 
reduzindo os riscos da gestante. 
o Preparar e gestante e seu companheiro 
para o crítico momento do nascimento 
o Identificar precocemente e adequadamente 
quais os pacientes tem maior chance de 
apresentar uma evolução desfavorável 
o Gestantes adolescentes devem merecer 
atenção especial, pois apresentam maior 
frequência de pré-natal inadequado e 
recém-nascidos de baixo peso 
• Cuidados de higiene 
• Desenvolvimento da gestação 
• Modificações corporais e emocionais 
• Medos e fantasias referentes à gestação e ao 
parto 
• Atividade sexual, incluindo prevenção das 
DST/Aids e aconselhamento para o teste anti-
HIV 
• Sintomas comuns na gravidez e orientações 
para as queixas mais frequentes 
Realização de atividade física 
• De acordo com os princípios fisiológicos e 
metodológicos para cada gestante 
• Atividade física pode proporcionar benefícios, por 
meio do ajuste corporal à nova situação 
• Devem ser fornecidas orientações de exercícios 
físicos básicos 
• A boa preparação corporal e emocional capacita a 
mulher a vivenciar a gravidez com prazer, 
permitindo-lhe desfrutar plenamente do parto 
 
 
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Práticas educativas a gestantes 
Sinais de alerta 
• Sangramento vaginal, dor de cabeça, transtornos 
visuais, dor abdominal, febre, perdas vaginais, 
dificuldade respiratória e cansaço 
Preparo para o parto 
• Planejamento individual → considerando-se o 
local, transporte, recursos necessários para o 
parto e para o recém-nascido, o apoio familiar e 
social 
• Orientações e incentivos para o partonormal 
• Incentivos ao protagonismo da mulher, 
potencializando sua capacidade inata de dar à luz 
• Orientações e incentivo para o aleitamento 
materno e orientações específicas para as 
mulheres que não poderão amamentar 
• Importância do planejamento familiar 
• Sinais e sintomas do parto 
• Cuidados pós-parto com a mulher e o recém-
nascido, estimulando o retorno ao serviço de 
saúde 
• Saúde mental e violência doméstica e sexual 
• Lei do acompanhante, direito da grávida 
• Impacto e agravos das condições de trabalho 
sobre a gestação, parto e puerpério 
Importância da participação do pai durante a 
gestação e o parto 
• Estabelecimento do vinculo entre pai e filho, 
fundamental para o crescimento saudável da 
criança 
• O direito a acompanhante de sua escolha durante 
o trabalho de parto 
• Gravidez na adolescência e dificuldades sociais e 
familiares 
• Importância das consultas puerperais 
• Cuidados com o recém-nascido 
• Importância da realização da triagem neonatal 
(teste do pezinho) na primeira semana do recém-
nascido 
• Importância do acompanhamento do crescimento 
e desenvolvimento da criança 
• Importância das medidas preventivas para o 
recém-nascido 
o Vacinação 
o Higiene 
o Saneamento do meio ambiente 
Orientações às gestantes 
• Em relação ao estilo de vida 
• Trabalho durante a gravidez 
• Devem ser informadas de seus direitos e 
benefícios da maternidade 
Orientações alimentares 
• Para evitar infecções alimentares: 
o Beba apenas leite pasteurizado ou UHT 
o Evite comer patês 
o Não coma carnes cruas 
 
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Perspectivas do aborto 
PERSPECTIVA DO ABORTO NA ÉTICA MÉDICA 
• Capítulo I -Princípios fundamentais VII 
o O médico exercerá sua profissão com autonomia, não 
sendo obrigado a prestar serviços que contrariem os 
ditames de sua consciência a quem não deseje, 
excetuadas as situações de ausência de outro médico, 
em casos de urgência ou emergência, ou quando sua 
recusa possa trazer danos à saúde do paciente. 
• Capítulo II -Direitos do Médico II 
o Indicar o procedimento adequado ao paciente, 
observadas as práticas cientificamente 
reconhecidamente e respeitada legislação vigente. 
o IX- Recusar-se a realizar atos médicos que, embora 
permitidos por lei, sejam contrários aos ditames de sua 
consciência. 
• Capítulo III -Responsabilidade Profissional. É vedado ao 
médico: 
o Artigo 15-Descumprir legislação específica nos casos 
de transplante de órgão ou tecidos, esterilização, 
fecundação artificial, abortamento, manipulação 
genética ou terapia genética. 
• Capítulo IV -Direitos Humanos 
o Art. 22- Deixar de obter consentimento do paciente ou 
de seu representante legal, após esclarecê-lo sobre o 
procedimento médico a ser realizado, salvo em risco 
iminente de morte. 
o Art. 24- deixar de garantir ao paciente o exercício do 
direito de decidir livremente sobre sua pessoa ou seu 
bem estar, bem como exercer sua autoridade para 
limitá-lo. 
• Capítulo V- Relação com pacientes e familiares 
o Art. 31- desrespeitar o direito do paciente ou de seu 
representante legal de decidir livremente sobre a 
execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, 
salvo em eminente risco de morte. 
o Art. 34 Deixar de informar ao paciente o diagnóstico , 
o prognóstico, os riscos e os objetivos do tratamento, 
salvo quando a comunicação direta possa lhe provocar 
dano, devendo , nesse caso, fazer a comunicação a seu 
representante legal 
Não cabe objeção de consciência nas seguintes 
situações de abortamento 
Objeção de consciência: o direito de todo profissional do setor 
ter autonomia suficiente para se ausentar de procedimentos que 
firam suas ideologias, desde que a saúde do paciente não seja 
negligenciada. 
• Risco de vida para mulher. 
• Quando for aborto juridicamente permitido, na ausência de 
outro médico que o faça e quando a mulher puder sofrer 
agravos a saúde em razão da omissão do médico. 
• No atendimento de complicações derivadas de aborto 
provocado, por se tratarem de urgências. 
PERSPECTIVA RELIGIOSA DO ABORTO 
Católica 
• Dentre as visões reflexivas do aborto, vemos na questão 
religiosa, conceitos tradicionais, pensamentos idênticos 
baseado na bíblia sagrada 
• Tais pensamentos se estendem desde os primórdios da era 
em que a igreja católica tinha papel fundamental para a 
organização da sociedade, sendo a cabeça dos povos e 
reinos → idade média 
• Segundo a igreja → ninguém tem o direito de tirar a vida de 
outrem, principalmente inocente, mesmo que a ciência e o 
direto dêem legalidade para este ato 
• A bíblia condena o aborto, causando temor aos religiosos. 
Para os católicos, o aborto é um pecado cruel 
• O catolicismo desde o século IV condena o aborto em 
qualquer estágio e em qualquer circunstância, permanecendo 
até hoje como posição e opinião oficial da igreja católica. 
Protestantismo 
• Tem muitas correntes → batista, luterana, unitária etc 
• Ponto em comum de todas → o aborto não deve ser, jamais, 
usado como método de controle da natalidade, é permitido a 
prática do aborto terapêutico, quando a vida da mãe corre 
risco. 
• Algumas correntes permitem o aborto eugênico, quando o 
feto é portador de anomalias ou doenças graves. 
• Unitários → aprovam a legalização do aborto em casos de 
perigo mental ou físico para a mãe, estupro ou incesto e por 
motivos econômicos, além de quando um defeito físico e 
mental compromete o feto 
PERSPECTIVA LEGAL DO ABORTO 
O aborto é simplesmente a interrupção da gestação, com o 
intuito da morte fetal, independentemente da idade 
gestacional. 
Segundo a legislação brasileira, o aborto é crime, salvo 
penalidades em alguns casos (não deixa de ser crime, só 
não é punível) 
Não se pune aborto provocado por médico nos casos: 
• Aborto terapêutico – risco de morte materno 
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Perspectivas do aborto 
o Avaliação deverá ser de no mínimo dois profissionais, 
um deles deverá ser clinico geral ou especialista na 
doença que está motivando a interrupção. 
o O Prontuário Médico deverá conter as justificativas 
médicas detalhando o risco materno. 
o Ter a anuência e/ou consentimento esclarecido, 
assinado pela gestante ou por seus familiares, salvo se 
isso não for possível, em situações de eminente risco 
de vida. 
o Ter apoio e acompanhamento de uma equipe 
multiprofissional especialmente psicólogos, tendo em 
vista que a gestação é desejada. 
o Em situações especiais, por exemplo: coma, choque, 
câncer, quimioterapia, radioterapia; a conduta deve ser 
individualizada. Não é necessário autorização judicial, 
nem boletim de ocorrência e nem comunicação ao CRM 
Código penal brasileiro 
• Trata do aborto provocado pela gestante, ou com seu 
consentimento. 
o Art. 124 → praticar o aborto em si ou consentir que 
outrem o provoque é crime → pena de 1 a 3 anos 
o Art. 125 → provocar o aborto sem o consentimento da 
gestante → pena de 3 a 10 anos 
o Art. 126 → provocar aborto com o consentimento da 
gestante → 1 a 4 anos 
• Aborto no caso de gravidez resultante de estupro 
Documentos obrigatórios para interrupção da gravidez por 
estupro Portaria nº 1508/2005- Ministério Publico 
o Termo de relato do evento, realizado pela própria 
gestante. 
o Parecer técnico com Anamnese, Exame físico geral e 
ginecológico, laudo do USG, analisando 
compatibilidade entre a idade gestacional, a data do 
estupro e o laudo de USG; paralelamente a mulher 
receberá avaliação da equipe multidisciplinar. 
o Termo de aprovação de procedimento do aborto 
decorrente do estupro, assinado por três integrantes da 
equipe multidisciplinar. 
o Termo de responsabilidade, assinado pela gestante, 
onde constará, advertência expressa sobre a previsão 
de crimede falsidade ideológica (art.299 do código 
penal) e do aborto (art. 124 do código penal), caso não 
tenha sido vítima de violência sexual. 
o Termo de consentimento Livre e esclarecido, a garantia 
de sigilo, exceto quando em caso de requisição judicial 
e declaração expressa da mulher sobre a decisão 
voluntária e consciente de interromper a gestação. 
Todos os documentos assinados pela paciente, ou por 
seu representante legal deverão ser elaborados em 
duas vias, sendo uma entregue para a gestante e outra 
arquivada no prontuário médico. 
o Não é necessário autorização judicial. 
• Aborto por Anomalia Fetal Diante de Detecção precoce das 
malformações do feto, muitas delas incompatíveis com a vida 
extrauterina. 
o Mesmo não estando previstas nas possibilidades legais 
do Código Penal Brasileiro, tem sido possível a 
interrupção da gestação mediante autorização judicial, 
exceto a anencefalia. 
o Em estudo realizado anterior a decisão do STR, as 
causas mais frequentes de autorizações judiciais 
foram: anencefalia, malformações congênitas múltiplas, 
malformações do sistema urinário, anomalias ósseas, 
erros de fechamento da linha média. 
• Aborto legal: Não se pune o aborto praticado por médico: 
o Se não houver outro meio de salvar a vida da gestante. 
o Se a gravidez for resultante de estupro e o aborto for 
precedido do consentimento da gestante e, quando 
menor ou incapaz, de seu representante legal. 
o De acordo com decisão do Supremo Tribunal Federal 
de abril de 2012, a antecipação terapêutica do parto de 
fetos anencéfalos. 
PERSPECTIVA SOCIOCULTURAL 
Cultural 
• A explicação para o não utilização de anticoncepcionais pode 
estar relacionada com uma questão cultural associada com a 
social 
Aborto: uma questão de saúde pública 
• Dados do SUS: a rede pública, recebe, em média 250 mil 
internações relacionadas ao aborto induzido, trazendo gastos 
exorbitantes. 
• Ministério da saúde → mulheres que praticam abortos devem 
ter tratamento humanizado na rede publica de saúde, o que 
poderia diminuir a reincidência por essas mulheres, mas, na 
realidade, isso não acontece. 
• Abortos clandestinos ou realizados pela própria mulher → 
alta chance de haver complicações que prejudicam a vida e 
a saúde da mulher, gerando demanda para o SUS. 
• O aborto acontece com mulheres de todas as idades, classes 
e raças, trazendo altos custos para a saúde pública 
Aborto no brasil: reflexo das desigualdades sociais 
• O aborto não é um fato homogêneo, uma vez que ele 
acomete as mais diferentes sociedades, classes, idades etc 
• Aborto atrelado a gravidez na adolescência e a pobreza → 
nota-se um aumento do número de casos do aborto, segundo 
pesquisas 
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Perspectivas do aborto 
o O maior problema reside nos casos de morte materna 
em adolescentes de baixa renda, resultantes do recurso 
do abortamento por auto manipulação ou clandestino 
• Muitas vezes, o aborto nas classes menos favorecidas está 
relacionado a diversos fatores 
o Situações desfavoráveis de vida, abandono 
o Falta de informação e acesso a método contraceptivos 
• Aborto em mulheres abastadas (ricas) 
o Realizado em clinicas especializadas, de forma segura 
e respeitosas, ficando o ato em sigilo 
o Recebem atendimento médico e especializados 
o Mínimas sequelas decorrentes do procedimento 
• Aborto em mulheres de classes mais baixas 
o Geralmente é realizado pela própria mulher ou 
clandestinamente 
o O aborto tem um claro delineamento de classe → a 
maior incidência é com meninas pobres 
o Nos casos de complicações há receio de procurar ajuda 
médica devido à marginalização que a pratica comporta 
o Representa uma forma de criminalização da pobreza 
o A maioria das mortes decorrem de mulheres 
adolescentes e mais jovens, de baixa renda 
o Região norte → mulheres negras são as mais 
vulneráveis ao aborto, aumentando o risco de morte 
Motivos do aborto e gravidez indesejada 
• falta de recursos para busca de um abortamento em clinicas 
com as mínimas condições de segurança para saúde. 
• Muitas mulheres não usam as ferramentas de prevenção e 
proteção a gravidez → gravidez indesejada → aborto 
• Poucas instrução e escolaridade 
• Pouca ou nenhuma orientação dos pais ou responsáveis 
quanto à sexualidade 
• Falta de acesso a canais de informação 
• As mulheres ignoram ou não tem noção da responsabilidade 
de se evitar uma gestação indesejável, não medindo as 
graves consequências sociais que trará pra si e para a 
criança → como abandonar os estudos, o emprego e os 
planos pessoais 
 
 
 
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Gravidez na adolescência e atenção primária 
ESTRATÉGIA REDE CEGONHA (RC) 
É uma iniciativa do Ministério da Saúde com o objetivo de 
proporcionar melhor atenção e qualidade de saúde para 
mulheres e crianças. A RC incentiva a inovação e a excelência 
na atenção pré-natal, assistência ao parto e ao pós parto. O 
Acolhimento e Classificação de Risco nas portas de entrada 
dos serviços de saúde e obstetrícia é uma das suas principais 
diretrizes 
Princípios da Rede Cegonha 
• Humanização do parto e do nascimento, com ampliação das 
boas práticas 
• Organização dos serviços de saúde enquanto uma rede de 
atenção à saúde 
• Acolhimento da gestante e do bebê, com classificação de risco 
em todas as consultas 
• Vinculação da gestante à maternidade 
• Gestação não peregrina 
• Realização de exames de rotina com resultados em tempo 
oportuno 
CONSULTA DE ACOLHIMENTO 
A Política Nacional de Humanização toma o acolhimento → 
postura prática nas ações de atenção e gestão das UBS → 
favorece uma construção de uma relação de confiança e 
compromisso dos usuários → contribuindo para a promoção 
da cultura de solidariedade e para a legitimação do sistema 
público de saúde 
O acolhimento da gestante na AB → responsabilização pela 
integralidade com escuta qualificada a partir do favorecimento 
do vínculo e da avaliação de vulnerabilidade de acordo com 
seu contexto social, etc. 
Itens do acolhimento 
• Ao entrar em contato com agestante, a equipe de saúde deve 
buscar ouvir o que ela tem a dizer, a fim de entender suas 
angústias e preocupações (atenção resolutiva). 
• Também cabe à equipe de saúde buscar compreender os 
múltiplos significados da gestação para aquela mulher e sua 
família, sobretudo se ela for adolescente (10 a 19 anos). 
• História de vida, contexto da gestação são fatores importantes 
para a adesão ao pré-natal, percepção do próprio corpo, o 
autocuidado, amamentação. 
Atitudes humanizadoras 
Na prática cotidiana dos serviços de saúde, o acolhimento se 
expressa na relação estabelecida entre os profissionais e os 
usuários, mediante atitudes humanizadoras: 
• se apresentar; 
• chamar os(as) usuários(as) pelo nome; 
• prestar informações sobre condutas e procedimentos que 
devam ser realizados; 
• escutar e valorizar o que é dito pelas pessoas; 
• garantir a privacidade e a confidencialidade das informações; 
• incentivar a presença do(a) acompanhante, entre outras 
iniciativas semelhantes. 
De forma igual, o acolhimento também se mostra: 
• na reorganização do processo de trabalho; 
• na relação dos trabalhadores com os modos de cuidar; 
• na postura profissional; 
• no vínculo com a mulher gestante e sua família, o que facilita, 
assim, o acesso dela aos serviços de saúde. 
CLASSIFICAÇÃO GRAVIDEZ DE RISCO OU NORMAL 
Tem o objetivo de reduzir a morbimortalidade materno-infantil 
e ampliar o acesso com qualidade, é necessário que se 
identifiquem os fatores de risco gestacional o mais 
precocemente possível. 
A caracterização de situação de risco não implica 
necessariamente referência da gestante para 
acompanhamento de pré-natal de alto risco. As situaçõesque 
envolvem fatores clínicos mais relevantes (risco real) que 
demandem intervenções com maior densidade tecnológica 
devem ser devidamente referenciadas, podendo, contudo, 
retornar ao nível primário (contra-referência), quando a 
situação estiver resolvida. De qualquer maneira, a UBS deve 
continuar responsável pelo seguimento da gestante 
encaminhada a um diferente serviço de saúde. 
FATORES DE RISCO QUE PERMITEM A REALIZAÇÃO DO 
PRÉ-NATAL PELA EAB 
Fatores relacionados às características individuais e às 
condições sociodemográficas desfavoráveis 
• Idade menor que 15 e maior que 35 anos 
• Ocupação: esforço físico em excesso, carga horaria extensa, 
rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos 
e biológicos, estresse 
• Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez, 
principalmente em se tratando de adolescentes 
• Situação conjugal insegura 
• Baixa escolaridade (menos que 5 anos de estudo regular) 
• Condições ambientais desfavoráveis 
• Altura menor que 1,45m 
• IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou obesidade 
Fatores relacionados à história reprodutiva anterior 
• Recém-nascido com restrição de crescimento, pré-termo ou 
malformado; 
• Macrossomia fetal; 
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Gravidez na adolescência e atenção primária 
• Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas; 
• Intervalo interpartal menor do que dois anos ou maior do que 
cinco anos; 
• Nuliparidade e multiparidade (cinco ou mais partos); 
• Cirurgia uterina anterior; 
• Três ou mais cesarianas. 
Intercorrências clínicas crônicas 
• Cardiopatias; 
• Pneumopatias; 
• Nefropatias; 
• Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus); 
• Hemopatias; 
• Hipertensão arterial moderada ou grave e/ou em uso de anti-
hipertensivo; 
• Epilepsia; 
• Infecção urinária; 
• Portadoras de doenças infecciosas (hepatites, toxoplasmose, 
infecção pelo HIV, sífilis e outras DST); 
• Doenças auto-imunes (lupus eritematoso sistêmico, outras 
colagenoses); 
• Ginecopatias (malformação uterina, miomatose, tumores 
anexiais e outras). 
Doença obstétrica na gravidez atual 
• Desvio quanto ao crescimento uterino, número de fetos e 
volume de líquido amniótico; 
• Trabalho de parto prematuro e gravidez prolongada; 
• Ganho ponderal inadequado; 
• Pré-eclâmpsia/eclâmpsia; 
• Amniorrexe prematura; 
• Hemorragias da gestação; 
• Isoimunização; 
• Óbito fetal. 
Após a identificação de risco 
• Identificando-se um ou mais destes fatores, a gestante deverá 
ser tratada na unidade básica de saúde (UBS), conforme 
orientam os protocolos do Ministério da Saúde. 
• Os casos não previstos para tratamento na UBS deverão ser 
encaminhados para a atenção especializada que, após 
avaliação, deverá devolver a gestante para a atenção básica 
com as recomendações para o seguimento da gravidez ou 
deverá manter o acompanhamento pré-natal nos serviços de 
referência para gestação de alto risco. 
• Nesse caso, a equipe da atenção básica deverá manter o 
acompanhamento da gestante, observando a realização das 
orientações prescritas pelo serviço de referência 
 
 
FLUXOGRAMA DO SERVIÇO DE SAÚDE NA UBS 
• A UBS deve ser a porta de entrada preferencial da gestante no 
sistema de saúde. É o ponto de atenção estratégico para 
melhor acolher suas necessidades, fornecendo um 
acompanhamento longitudinal e contínuo, principalmente 
durante a gravidez. 
• A equipe de atenção básica deve se responsabilizar pela 
população de sua área de abrangência, conhecendo ao 
máximo as mulheres em idade fértil, e, sobretudo, aquelas que 
demonstram interesse em engravidar e/ou já tem filhos e 
participam das atividades de planejamento reprodutivo 
• Assim, a partir da avaliação da necessidade de cada usuária, 
o acesso a outras redes assistenciais deve ser garantido às 
gestantes: 
o Rede de média e alta complexidade 
o Rede de urgência e emergência 
o Rede de atenção psicossocial 
o Rede oncológica, etc 
• Isso é possível por meio da combinação das formas de 
referencia e contrarreferência entre a Rede de Atenção Básica 
e as demais redes assistenciais 
• Para cada localidade, então, deve ser desenhado o fluxo que 
as usuárias podem percorrer no sistema de saúde, a fim de 
lhes proporcionar uma assistência integral. Por exemplo: 
o Definição do local onde serão realizados os exames 
complementares 
o Qual será o hospital de referencia para o parto das 
gestantes 
o Hospital de referencia para o encaminhamento das 
urgências/emergências obstétricas e intercorrências 
clinicas/obstétricas 
o Onde será realizado o pré-natal de alto risco etc 
Estados e municípios necessitam dispor de uma rede de 
serviços organizada para a atenção obstétrica e neonatal, com 
mecanismos de referencia e contrarreferência estabelecidos, 
garantindo o principio da integralidade do SUS 
Princípio da integralidade 
Acesso a ações e serviços preventivos e curativos, individuais 
e coletivos, exigidos, para cada caso, em todos os níveis de 
complexidade do sistema de saúde (nível primário, secundário 
e terciário). Está envolvido diretamente com a questão de 
encaminhamento e trânsito no fluxo da rede 
Referência → representa o maior grau de complexidade, é 
para onde o usuário será encaminhado para um atendimento 
com níveis de especializações mais complexos. 
Exemplo: hospitais e clinicas especializadas 
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Gravidez na adolescência e atenção primária 
Contrarreferência → representa o menor grau de 
complexidade, quando a necessidade do cidadão é, em 
relação aos serviços de saúde, mais simples 
Exemplo: o usuário pode ser contra-referenciado, isto é, 
conduzido para atendimento em nível primário (promoção, 
prevenção da saúde) 
 
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Gravidez precoce e psiquismo fetal 
EFEITOS BIOPSICOSSOCIAIS DA GRAVIDEZ PRECOCE 
Fatores condicionantes da gravidez na adolescência 
• A escassez no diálogo familiar, que ocorre em maior grau 
entre famílias mais carentes, com menos instruções ou 
também por valores religiosos → contribui para a gravidez 
precoce 
• A escolaridade também interfere na fecundidade: quanto 
mais escolarizada, menor é a fecundidade da jovem. 
• Falta de informações sobre sexualidade e anticoncepção 
• Condições socioeconômicas → efeito sobre as jovens mães 
→ quanto mais pobres, maiores problemas em relação a 
gravidez elas e enfrentam 
Consequências biológicas da gravidez na adolescência 
As implicações obstétricas normalmente estão associadas à 
imaturidade física das futuras mães adolescentes 
• A mãe poderá apresentar anemia, principalmente se possuir 
baixa renda → má alimentação → maior incidência de 
vermisoses → menor ganho de peso 
• Hipertensão arterial 
• DST, maior risco de desenvolver doenças e mortes durante o 
parto e puerpério 
• Maior risco de ter um aborto e parto prematuro 
• Má formação fetal, crescimento fetal alterado, desproporção 
feto-pélvico 
• Hemorragia feto materna, problemas com a cavidade 
amniótica 
• Recém-nascido com baixo peso, infecção puerperal etc 
Implicações na saúde do recém-nascido 
• Prematuridade, baixo peso ao nascer, morte perinatal 
• Epilepsia, deficiência mental, transtornos do desenvolvimento 
• Déficit de aprendizagem, cegueira, surdez 
• Aborto natural, morte na infância 
Fatores que levam à morbimortalidade infantil 
• Ainda é elevada em países em desenvolvimento, 
principalmente entre os filhos de mães adolescentes 
• Devido ao baixo poder aquisitivo e acesso restrito aos 
recursos da saúde → não recebem o apoio necessário para 
acompanhar a gestação → não recebem orientação quanto 
aos cuidados básicos a fim de garantir obem-estar da criança 
• A importância da amamentação → pouco salientada → 
maior mortalidade infantil → principalmente por doenças 
grastrintestinais e respiratórias 
• Adolescentes → Maior vulnerabilidade ao desenvolvimento 
de doenças 
• Baixa adesão ao atendimento pré-natal → tem um efeito 
protetor sobre a saúde da gestante e do recém-nascido, 
contribuindo para uma menor incidência de mortalidade 
materna, baixo peso ao nascer e mortalidade perinatal 
Abandono escolar e desemprego (social) 
• Engravidam → abandonam a escola e tem dificuldade de 
retornar → por vergonha dos colegas e professores ou por 
sofrerem com as acusações dos pais dos alunos ‘’mau 
exemplo’’ 
• A escola deixa de funcionar como um fator de protetor em 
uma 2ª gestação 
• Evasão escolar → rendimento escolar diminuído → falta de 
formação profissional → desemprego ou emprego informal 
→ perpetua o ciclo da pobreza → dependência financeira 
dos pais 
• Gravidez precoce acaba se concretizando como um 
retrocesso, tanto na vida pessoal quanto do ponto de vista 
social 
Isolamento social 
• Adolescentes gravidas optam por isolar-se do convívio social 
da sociedade e do seu ciclo de amizades → agrava 
condições de vida → abortamento → aumento do consumo 
de cigarros e drogas ilícitas 
Efeitos psicológicos 
• Período de muitas perdas de confiança da família 
• Perda da expectativa para o futuro devido ao abandonamento 
da escola 
• Abandono do namorado por não aceitar a gestação 
• Gravidez → período de ganho de responsabilidade → 
pressão psicológica e medo de não estar preparada para 
assumir uma criança → problemas psicológicos → baixa 
autoestima, alto nível de estresse, sintomas depressivos 
• Esses problemas podem afetar a gravidez, o parto e o 
desenvolvimento da criança 7 
Importância da equipe de saúde 
• Conhecer o ambiente familiar que a adolescente está exposta 
• Através da família é possível ver se a família está dando apoio 
e como eles estão lidando com a gestação 
• Conhecendo os fatores percurssores da gravidez precoce → 
equipe de saúde → direcionar ações de forma integral e 
implementar medidas cabíveis à realidade social dos 
adolescentes 
• Trabalho humanizado 
• Ações educativas sobre sexualidade, riscos e complicações 
da gravidez e do aborto 
• Acesso a métodos contraceptivos no contexto de uma política 
de planejamento familiar 
 
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Gravidez precoce e psiquismo fetal 
PSIQUISMO FETAL E SUAS INFLUÊNCIAS 
Ambiente uterino 
• Ao contrário do que se pensava antigamente, que o útero é 
um lugar sombrio e homogêneo → hoje, por meio das 
tecnologias de ultrassom → útero não é estático nem 
homogêneo, ele muda continuamente durante a gestação 
• Cada feto habita um ambiente único, sujeito a diferentes e 
singulares experiencias e estimulações 
Psiquismo fetal 
• Por meio da ultrassonografia o estudo do psiquismo fetal foi 
beneficiado, através dos movimentos e das reações fetais → 
importantes informações a respeito das funções sensoriais e 
das altas funções do cérebro do feto 
• Já é possível identificar traços de personalidade, prevendo 
futuros comportamento do bebê → a pessoa carrega no pós-
parto vivencias desde a vida uterina, inconscientemente, que 
afetam o seu comportamento durante toda a vida. 
• O feto possui sensações, percepções, sensibilidade e traços 
primordiais de personalidade que vão influenciar no 
desenvolvimento bioevolutivo e psicoafetivo do individuo 
• O feto manifesta sentimentos de prazer, desprazer, tristeza, 
alegra, angustia, bem-estar, agrado e desagrado → por meio 
da movimentação e comportamento 
• Individualidade dos movimentos de cada feto → observada 
por meio das posturas e reações preferidas → já mostra 
preferencias e até personalidade própria 
Estresse materno durante a gestação 
• Tudo o que a criança experimenta desde a concepção 
constrói seu corpo, inclusive o cérebro, o qual depende de 
estímulos para sua arquitetura. 
• Transtornos psiquiátricos, como ansiedade, depressão → 
desencadeados na mãe por fatores psicológicos, sociais e 
familiares 
• Sendo o útero o ambiente natural do feto, ele reage a 
estímulos externos devido às transformações do sistema 
nervoso que a mãe que libera substancias químicas na 
corrente sanguínea e atingem o seu ‘’ambiente’’ 
• O feto é tomado por um estado de alarme → aumentando ou 
diminuindo os seus batimentos cardíacos → busca alivio de 
tensões por meio de movimentações hiperativas do corpo 
• Se a situação estressante se torna crônica → ocorre a 
diminuição de atividades motoras ou hipoatividade → 
possibilidade de depressão e de decréscimo de energia vital 
• Situações de estresse da mãe são passadas pelo feto → 
gera sentimentos no feto de ansiedade, angustia e medo 
(assim como a mãe), podendo colocá-lo em sofrimento 
 
Comunicação mãe-feto fisiológica 
• A comunicação é feita por meio da via fisiológica → emoções 
transferidas e veiculadas para o bebê 
• Substâncias tóxicas ingeridas pela mãe → passa pela 
placenta → como o fumo, álcool e drogas → afetam o feto 
o Nicotina e outras drogas → como se fosse uma 
dolorosa ‘’chicotada’’ → perda de oxigênio sanguíneo 
da criança e outras alterações metabólicas que são 
penosas pra ela 
• Perturbações emocionais (estresse) da mãe provocam 
alterações bioquímicas → aumento das substancias neuro-
hormonais → adrenalina e cortisona → corrente sanguínea 
→ cordão umbilical → feto → sente a mesma perturbação 
da mãe: temor e angustia 
Comunicação afetiva mãe-bebê e mãe-pai-bebê 
• A disponibilidade afetiva da mãe é fundamental para que 
ocorra o desenvolvimento emocional do feto e o 
desenvolvimento do vínculo afetivo da tríade mãe-bebê-papai 
• Estados emocionais e a qualidade de sua relação com o 
parceiro exercem grande influencia no feto 
• O feto necessita da ajuda da mãe para processar sensações 
incomodas no decorrer do dia a dia a partir das tristezas da 
mãe 
o Se a mãe se encontra em estado de depressão, 
melancolia, tristeza → ela ‘’esquece’’ que tá grávida → 
deixa o bebê ‘’sozinho’’ 
• A mãe deve conversar com o bebê, dedicar atenção, explicar 
suas preocupações cotidianas e seus momentos de tensão 
• A voz materna é de grande importância → feto ouve a partir 
do 4º mês de gestação → demonstra tranquilidade e faz ele 
se sentir parte da família 
• O apoio do pai e a segurança emocional oferecida por ele 
podem ser muito importantes para que a mãe se prepare para 
a chegada da criança 
Influência dos fatores externos no desenvolvimento fetal 
• O estresse e a ansiedade da mãe estão relacionados → 
complicações na gravidez, parto prematuro e baixo peso ao 
nascer 
o Porém, influencias psicológicas, como o apoio social e 
o otimismo da mãe, reduzem esses resultados 
negativos 
• O cérebro de um feto não se forma sozinho → precisa de 
nutrientes → importância da alimentação materna → não 
alimenta direito → feto desnutrido → problemas na 
aprendizagem da futura criança 
• Cuidado com o estresse → perigo na formação do cérebro 
do feto → muito estresse → mais cortisona no sangue indo 
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Esther Santos Fonseca 
Gravidez precoce e psiquismo fetal 
pro feto → se constitui como um veneno → impede a 
formação de um cérebro hígido 
• Ansiedade e estresse no período pré-natal → redução da 
maturidade motora do bebê → dificuldades no controle do 
comportamento ao longo da infância + distúrbios psiquiátricos 
na vida adulta 
o Os meninos são mais afetados negativamente pelo 
sofrimento materno do que as meninas 
 
 
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Esther Santos Fonseca 
Período fetal 
O desenvolvimento durante o período fetal é primariamentevoltado para o crescimento corporal rápido e para a 
diferenciação dos tecidos, órgãos e sistemas 
 
9ª à 12ª SEMANA 
 
• No início do período fetal (9ª semana) a cabeça 
constitui metade do CNN (comprimento cabeça-nádega) 
do feto 
 
• Crescimento no comprimento corporal se acelera 
rapidamente → na 12ª semana → CNN mais que o 
dobrou 
o Apesar de o crescimento da cabeça reduzir a 
velocidade de crescimento, ela continua sendo 
desproporcional em comparação ao resto 
embrião de 11 semanas 
 
9ª semana à 12ª semana 
 
• A face é carga, olhos separados, orelhas apresentando 
baixa implantação e as pálpebras estão fundidas 
• 9ª → As pernas são curtas e as coxas são 
relativamente pequenas → 12ª → os membros 
superiores quase atingiram os seus comprimentos 
relativos finais, mas os inferiores ainda são curtos 
o O desenvolvimento e crescimento obedece a 
sequência crânio-caudal que a gente vem 
observando desde a 3ª semana 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• 9ª → fígado é o principal local de eritropoiese 
(formação de hemácias) → 12ª → eritropoiese é feita 
no baço, predominantemente 
• 10ª semana → as alças intestinais estão claramente 
visíveis na extremidade proximal do cordão umbilical → 
11ª → os intestinos retornam para o abdome 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Final da 12ª semana→ os centros de ossificação 
primária surgem no esqueleto → crânio e ossos longos 
• 9ª semana → genitálias externas de ambos os sexos 
se parecem → 12ª semana → ainda não está 
estabelecida a forma madura 
o Presença de antígeno anti-Y → menino 
o Ausência de anti-Y → ou é menina (XX) ou 
ainda não foi produzido o antígeno → melhor 
esperar o morfológico de 2º trimestre 
• 9ª à 12ª semana → formação de urina → eliminada 
pela uretra para o liquido amniótico → o feto reabsorve 
e deglute → produtos residuais fetais transferidos → 
placenta → circulação materna 
 
13ª à 16ª SEMANA 
 
• Crescimento muito rápido durante esse período 
• 16ª semana a cabeça é menor do que a do feto de 12 
semanas e os membros inferiores cresceram 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Esther Santos Fonseca 
Período fetal 
• Os movimentos dos membros tornam-se 
coordenados na 14ª semana, mas não podem ser 
percebidos pela mãe → são visíveis apenas durante os 
exames ultrassonográficos 
• A ossificação do esqueleto fetal é mais ativa e os 
ossos são visíveis no ultrassom na 16ª semana 
• 14ª semana → movimento lentos dos olhos → 16ª 
semana → olhos miram anteriormente 
• 16ª semana → ovários diferenciados e contêm os 
folículos ovarianos primordiais, que contêm 
oôgonias → não se formam mais células germinativas 
primordiais 
• Orelhas externas próximas de suas posições relativas 
• Genitália masc./fem. Pode ser identificada por volta da 
12ª à 14ª semana 
o O morfológico do 2º tri → determina a presença 
de um corpo cavernoso, se tem é menino, não 
tem é menina 
 
17ª à 20ª SEMANA 
 
• Crescimento desacelera durante esse período, mas o 
feto ainda aumenta seu CNN em aproximadamente 
50mm 
• Movimentos fetais, pontapés, são comumente sentidos 
pela mãe 
• Pelos das sobrancelhas e cabelos visíveis na 20ª 
 
Verniz caseoso e lanugo 
 
• A pele é coberta por esse material gorduroso 
semelhante a um queixo que gruda nas luvas 
• Mistura de células epiteliais mortas + subst. Gordurosa 
das glândulas sebáceas fetais 
• Protege a pele fina de abrasões, endurecimento e 
rachaduras que resultam da exposição ao liq. Amniótico 
• Os fetos são cobertos por um pelo fino, o lanugo, que 
ajuda o verniz aderir à pele 
 
 
• A gordura marrom do tecido adiposo→ responsável 
pela produção de calor por meio da oxidação de ácidos 
graxos → encontrado na base do pescoço 
• 18ª semana → o útero é formado + canalização da 
vagina se inicia e folículos ovarianos visiceis 
• 20ª semana → testículos começam a sua decida para o 
saco escrotal, mas ainda estão localizados na parede 
abdominal posterior 
 
21ª à 25ª SEMANA 
 
• Ganho de peso e feto mais proporcional 
 
• Pele é rósea avermelhada porque os capilares 
sanguíneos são visíveis 
• 21ª semana → movimentos oculares rápidos 
• Unhas dos dedos das mãos presentes 
• Começa a maturação pulmonar 
o Células epiteliais secretórias → pneumatócitos 
tipo II → secretam surfactante nas paredes 
interalveolares → lipídio tensoativo que mantem 
abertos os alvéolos pulmonares em 
desenvolvimento 
o A doença da membrana hialina quando o bebe 
nasce prematuro e ainda não terminou o 
processo de maturação do sistema respiratório 
 
Fetos nascidos de 22 a 25 semanas 
 
• Ainda nascido prematuramente possui chance de 
sobreviver se receber cuidados intensivos 
• Ainda há a chance de vir a falecer por causa do sistema 
respiratório imaturo 
• Alto risco de comprometimento do desenvolvimento 
nervoso (exemplo: deficiência mental) 
 
26ª à 29ª SEMANA 
 
• Se nascerem nesse período, tem chance de sobreviver 
sob cuidados intensivos 
• Os pulmões e a vasculatura pulmonar → desenvolvidos 
o suficiente para proporcionar uma troca gasosa 
adequada para o feto 
• SNC amadureceu → pode comandar movimentos 
respiratórios ritmados e controlar a temperatura 
corporal 
• Pálpebras abertas na 26ª semana 
• Lanugo e cabelo bem desenvolvidos 
• Gordura marrom → aumenta para 3,5% do peso corpo 
• Até a 27ª semana → baço é um sítio de eritropoiese → 
28ª semana → medula óssea assume 
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Período fetal 
 
 
30ª à 34ª SEMANA 
 
• Reflexo pupilar (alteração do diâmetro da pupila em 
resposta a um estimulo da luz) pode ser evocado 
• A pele é rosada e lisa 
• Membros inferiores e superiores com aspecto 
rechonchudo 
• Gordura amarela → 8% do peso corporal 
• Fetos de 32 semanas ou mais geralmente sobrevivem 
se nascidos prematuramente 
 
35ª à 38ª SEMANAS 
 
• Apresentam um melhor assimilamento, são mais 
espertinhos, e exibem uma orientação espontânea em 
relação à luz 
• Sistema nervoso suficientemente maduro 
• Fetos mais carnudinhos 
 
• O comprimento dos pés dos fetos costumam ser 
ligeiramente maior do que o comprimento femoral (osso 
longo da coxa) na 37ª semana e constitui um parâmetro 
alternativo para a confirmação da idade fetal 
 
 
 
• Redução da velocidade de crescimento à medida em 
que o parto de aproxima 
 
 
 
Termo (38 semanas) 
 
• A maior parte atinge um CNN de 360 mm e um peso de 
3,4kg 
• Gordura amarela → 16% do peso corporal 
• Ganha cerca de 14g por dia durante essas últimas 
semanas 
• Testículos geralmente estão na bolsa escrotal do RN a 
termo masculino 
• Geralmente, os fetos masculinos são maiores e pesam 
mais ao nascer 
 
 
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Período fetal 
BAIXO PESO AO NASCER 
 
• Nem todos os bebês com baixo peso as nascer, 
aqueles que nascem com 2,5kg são realmente 
‘’pequenos para a idade gestacional’’ 
o Podem está abaixo do peso por insuficiência 
placentária → são pequenas ou mal fixadas e/ou 
foram submetidas a alterações degenerativas 
que reduzem o suprimento de oxigênio e 
nutrição do feto 
• É importante diferenciar esses recém-nascidos com 
baixo peso ao nascer devido a restrição de 
crescimento intra-uterino (RCIU) e RN pré-termos 
que estão abaixo do peso devido ao encurtamento da 
gestação 
 
RCIU pode ser provocada 
 
• Pré-eclâmpsia (hipertensão) 
• Tabagismo ou drogas ilícitas 
• Gestação múltiplas (trigêmeos) 
• Doenças infecciosas, defeitos vasculares 
• Nutrição materna inadequada e hormônios maternos e 
fetais 
• Teratógenos e fatores genéticos 
o Os RN de RCIU exibem uma característica de 
carência de gordura subcutânea e a sua pele é 
enrugada → gordura amarela perdida de forma 
aguda 
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Esther Santos Fonseca 
Maturação dos pulmões 
A maturação dos pulmões é dividida em 4 estágios 
histologicamente distintos: 
1. Pseudoglandular 
2. Canalicular 
3. Saco terminal 
4. Estágio alveolar 
ESTÁGIO PSEUDOGLANDULAR (5ª à 17ª semana) 
• O pulmão nesse estágio, tem sua forma histológica 
parecida com um tecido glandular 
• 16 semanas → principais componentes dos pulmões 
estão formados, exceto os alvéolos, que estão 
envolvidos com a troca gasosa 
o Brônquios e bronquíolos 
 
• A respiração não é possível 
o Fetos nascidos nesse período são incapazes de 
sobreviver 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO CANALICULAR (16ª à 26ª semana) 
• Formação dos bronquíolos e ductos alveolares primitivos 
• O desenvolvimento do segmento cranial dos pulmões 
amadurece mais rápido do que o caudal 
• A luz dos brônquios e dos bronquíolos terminais 
tornam-se maiores 
• Tecido pulmonar altamente vascularizado 
• 24ª semana → cada bronquíolo terminal forma 2 ou + 
bronquíolos respiratórios → irão se dividir em 3 a 6 
passagens: os ductos alveolares primitivos 
• A respiração é possível ao final do período canalicular 
(26ª semana), pois alguns sacos terminais (alvéolos 
primitivos) se desenvolvem no final dos bronquíolos e o 
tecido pulmonar está bem vascularizado 
o Fetos nascidos nesse período podem sobrevier 
sob cuidados intensivos 
 
 
 
 
 
 
 
 
SACO TERMINAL (24ª até o final do período fetal) 
• Durante esse estágio, muitos sacos terminais (alvéolos 
primitivos) se desenvolvem e seus epitélios tornam-se 
muito finos 
• Capilares tornam-se protuberantes nos sacos 
• Barreira hematoaérea → íntimo contato entre o 
endotélio capilar + células epiteliais → permite a troca de 
gases, necessária para a sobrevivência do feto, caso ele 
nasça prematuro 
 
Sacos terminais 
• Revestidos principalmente por células epiteliais 
pavimentosas → origem endodérmica 
• Pneumócitos tipo I → através dos quais acontece a 
troca gasosa 
• Rede de capilares se prolifera no mesênquima (origem 
mesodérmica) ao redor dos alvéolos 
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Maturação dos pulmões 
• Pneumócitos tipo II → células epiteliais secretoras 
arredondadas → secretam o surfactante pulmonar, 
uma mistura complexa de fosfolipídios e proteínas 
 
 
• Nascidos entre 24ª a 26ª semana após a fecundação 
podem sofrer de desconforto respiratório pela 
deficiência de surfactante 
o A sobrevivência desses bbs tem aumentado pelo 
uso de corticosteroides (esteroides produzidos 
pelo córtex da adrenal) pré-natal → induzem a 
produção de surfactante 
o Terapia pós-natal de reposição de surfactante 
 
SURFACTANTE 
• Forma como uma película na parede interna dos sacos 
alveolares e neutraliza as forças de tensão superficial 
na interface ar-alvéolo 
 
 
 
• Facilita a expansão dos sacos terminais por prevenirem 
a atelectasia (colapso dos sacos durante a expiração) 
• Formado pelos pneumócitos tipo II → produzem os 
corpos lamelares → onde o surfactante é montado 
• Determina a maturidade pulmonar → capacidade dos 
pulmões fetais de produzir surfactante, e não a 
deposição deste material nos pulmões do feto 
• Composto 90% por lipídios e 10% por proteínas 
• Fosfolipídio é o principal componente redutor de tensão 
do surfactante 
ESTÁGIO ALVEOLAR (final do p.fetal aos 8 anos) 
• Aumento do número de bronquíolos e alvéolos: alvéolos 
imaturos produzem alvéolos primitivos 
• Aumento do número de capilares 
• Aumento da superfície da barreira hematoaérea 
• Com 38 semanas os pulmões são capazes de realizar a 
respiração, pois a membrana alveolocapilar é delgada 
(fina) o suficiente para realizar as trocas gasosas 
o Os pulmões ainda não conseguem realizar essa 
função vital até o nascimento, só após 
• Inicio do estagio alveolar → 32 semanas → cada 
bronquíolo respiratório termina em um aglomerado de 
sacos alveolares de paredes delgadas → esses sacos 
representam os ductos alveolares 
 
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Maturação dos pulmões 
Transição da troca gasosa ao nascer 
• No útero da mãe → placenta realiza trocas gasosas → 
nascimento → bebê faz sua troca gasosa autônoma → 
requer mudanças adaptativas 
o Produção de surfactante nos sacos alveolares 
o Transformações dos pulmões → órgãos 
secretores → órgão capaz de realizar as trocas 
gasosas 
o Estabelecimento das circulações sistêmicas e 
pulmonar em paralelo 
• Ao nascimento → metade dos pulmões estão com 
líquido derivado da cavidade amniótica, pulmões e das 
glândulas traqueais 
• A aeração dos pulmões → devido à rápida substituição 
do líquido intra-alveolar pelo ar 
• O líquido dos pulmões é retirado ao nascimento por: 
o Através da boca e do nariz por pressão no tórax 
fetal durante o parto vaginal 
o Pelos capilares, artérias e veias pulmonares 
o Pelos vasos sanguíneos 
o Basicamente acontece uma redistribuição de 
líquidos 
Vias de sinalização 
• Medidas principalmente pelo 
o Fator de transcrição tireoidiano 1 → sinaliza a 
diferenciação do endoderma das céls do intestino 
anterior a formar as cels. Epiteliais respiratórias 
o Fator nuclear de hepatócitos 3-beta → mesma 
função do tireoidiano 
o Fator de crescimento de fibroblasto 10 → 
induzem o desenvolvimento do broto respiratório 
Fatores para o desenvolvimento do pulmão 
• Espaço torácico adequado para o crescimento pulmonar 
• MRFs (movimentos respiratórios fetais) 
• Volume de líquido amniótico adequado 
 
MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS FETAIS (MRFs) 
• Podem ser detectados pela ultrassonografia em tempo 
real 
• Ocorrem antes do nascimento 
• Ocorrem intermitentemente (ciclos) → 
aproximadamente 30% durante o rápido movimento dos 
olhos no sono 
• Essenciais para o desenvolvimento dos pulmões 
normalmente → no nascimento, o feto já possui a 
vantagem de vários meses de exercícios respiratórios 
• Eles estimulam o pulmão a desenvolver pela criação de 
um gradiente de pressão entre pulmões e o liquido 
amniótico 
o Só tenho movimento dentro do útero, ainda não 
ocorre troca gasosa 
o Fator de crescimento de fibroblasto 10 → 
induzem o desenvolvimento do broto respiratório 
Mecanismo de crescimento/maturação 
• Os MRFs estimulam as vias de sinalização para o 
crescimento normal do órgão 
• MRFs também vai estimular a maturação e crescimento 
de células e maturação do pneumócito tipo I e tipo II que 
vai permitir a maturação completa do pulmão 
 
FATORES CONTRIBUINTES DO PARTO PREMATURO E 
DESCOLMENTO DA PLACENTA 
• Trauma 
• Má formações congênitas 
• Tabagismo, uso de cocaína 
• Gravidez múltipla (gêmeos, trigêmeos) 
• Hipertensão 
• Fatores ligado a hábitos de vida 
o Sobrepeso → crescimento fetal restrito 
o Fatores psicológicos → depressão, ansiedade, 
estresse crônico 
• Idade materna avançada 
• Infecção uterina 
• Dengue etc 
SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO OU 
DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA 
• Doença em que os nascidos prematuros são mais 
suscetíveis 
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Maturação dos pulmões 
• Causada principalmente pela deficiência do 
surfactante 
• Se a quantidade de surfactante por inadequada assim 
que ocorre o nascimento → formam-se membranas 
hialinas nos bronquíolos distais e alvéolos → criança 
evolui com desconforto respiratório (SDR) 
• Evolução clínica → taquipneia, retração da parede 
torácica e expiração acompanhada por roncos e 
batimentos de asa do nariz 
• Desvio de sangue para o pulmão não ventilado contribui 
para hipoxemia e acidose metabólica e respiratória 
Amniocentese da maturidade pulmonarfetal 
• Amniocentese com análise de líquido amniótico para 
confirmar a maturidade fetal 
• Determinar a concentração relativa de fosfolipídios ativos 
surfactantes no líquido amniótico 
• Dosagem dos fosfolipídios pulmonares (surfactantes) 
 
Profilaxia com surfactante 
• Produtos surfactantes exógenos podem prevenir a 
ocorrência de membrana hialina → eles contêm 
surfactantes biológicos ou animais de origem bovina 
• A terapia com surfactante tem sido usada na profilaxia 
em prematuros sob risco e para o salvamento daqueles 
com a doença estabelecida 
• O uso associado de corticosteroides antes do parto + 
surfactantes = queda ainda maior na taxa global de 
mortalidade infantil 
Prevenção 
• Não há métodos possíveis para evitar ou tratar o parto 
prematuro, exceto com a terapia com progesterona 
• Série única de terapia com corticosteroides antes do 
nascimento reduz o número de casos de desconforto 
respiratório e de hemorragia intraventricular em fetos 
prematuros nascidos com 24 a 34 semanas de gestação 
• A administração corticosteroides aumenta a velocidade 
da maturação pulmonar fetal → estimulam a produção 
de surfactante 
• A utilização de betametasona e dexametasona para 
acelerar a maturação pulmonar fetal 
• A Academia Americana de Pediatria e o Colégio 
Americano de Ginecologia e Obstetrícia → avaliam que 
todas as mulheres sob risco de parto prematuro e que 
estejam nessa faixa de idade gestacional ( 24 a 34 
semanas) devam ser consideradas candidatas ao 
tratamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ultrassom na gravidez 
OMS preconiza a realização de três exames 
ultrassonográficos na gestação: 
Primeiro trimestre → entre 11 a 14 semanas 
Segundo trimestre → entre 20 e 24 semanas 
Terceiro trimestre → entre 32 e 36 semanas 
USG 1º TRIMESTRE DE GESTAÇÃO 
Considerada a ultrassonografia mais importante, constituindo 
o modelo piramidal da assistência pré-natal. 
Indicações do USG do 1º trimestre 
• Indicações para a realização do exame de ultrassom nas 
primeiras 14 semanas de gestação 
• Dá para avaliar se o parto podes ser prematuro também 
 
• É o exame mais confiável e preciso para a datação da 
idade gestacional pelo comprimento cabeça-nádega 
(CNN) do embrião/feto 
Parâmetros avaliados 
• A via pode ser transvaginal ou transabdominal, mas a 
preferência é pela via transvaginal 
• Realizado entre 11-13 semanas + 6 dias 
 
• Determinação do saco gestacional (SG) no útero em 
um local apropriado 
o O SG representa a cavidade coriônica e é cercada 
pelo anel ecogênico, o trofoblasto e a reação 
decidual 
o Com a US transvaginal é possível identificar o SG 
com 5 semanas 
• Vesícula vitelínica → o SG deve ser avaliado para a 
identificação da vesícula vitelínica (VV) e do embrião 
o Pode ser identificada com 5,5 semanas 
 
 (vv) 5,5 s 
 embrião 5/6 s 
• Determinar comprimento cabeça-nádega (CNN) → 
melhor indicador da idade gestacional 
o A datação da gravidez deve ser oferecida à 
pacientes entre 10 e 13 + 6 semanas quando o 
CNN encontra sua maior acurácia → precisão de 
+/- 5 dias 
 
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Ultrassom na gravidez 
• Atividade Cardíaca 
o Com 6 semanas, é possível avaliar o eco 
embrionário com os batimentos cardiofetais 
(BCF) 
o FCF = frequência cardíaca fetal 
 
• Gestação gemelar + corionicidade + amniocidade 
o Verificar se no ponto final da membrana 
interâmnica, a placenta adquire o formado de 
▪ Lambda → gravidez dicoriônica 
▪ T → gestação monocoriônica 
 
 
• Avaliar a anatomia do embrião/feto 
o Deve ser direcionada para os órgãos-alvo → polo 
cefálico, tórax, abdome, coluna, coração e 
membros 
o Capaz de detectar diversas anomalias fetais → 
acrânia, holoprosencefalia, Encefalocele, espinha 
bífida, onfalocele e megabexiga 
o Corte transversal da cabeça fetal é obrigatório 
para atestar anormalidade do plexo coroide (sinal 
da ‘’borboleta) 
 
▪ Ausência de sinal da borboleta → indicativo 
certo de holoprosencefalia (má formação 
cerebral) e indicação de cariótipo fetal 
• Avaliação de útero e anexos 
o Devem ser pesquisadas massas anexiais, 
miomas e malformações uterinas 
o Corpo amarelo gravídico (corpo lúteo) varia muito 
de aparência no 1º trimestre: sólido. Cístico, com 
vascularização periférica e tamanho variável 
 
• Translucência Nucal (TN) 
o Representa a espessura máxima da área de 
transluscência subcutânea entre a pele e os 
tecidos moles que recobrem a coluna vertebral do 
feto na região posterior do pescoço 
o Quando se mostra aumentada → risco de 
aneuploidia e várias outras anomalias estruturais 
do feto é maior 
o O caliper deve medir o espaço anecoico, 
repousado entre a parte interna da derme e a 
parte interna da pele 
o Considera-se alterado valores da TN acima do 
percentil 95 para a idade gestacional 
o De forma geral, valores acima de 2.5mm estão 
acima do P95 e aumentam o risco do feto ser 
portador de cromossomopatia 
 
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Esther Santos Fonseca 
Ultrassom na gravidez 
 
ULTRASSONOGRAFIA MORFOLÓGICA 2º TRI 
• Realizado entre a 20ª e a 24ª semana, pois deste modo 
já é possível avaliar → todos os sistemas do feto, 
podendo perceber possíveis malformações 
• Avaliação da morfologia fetal 
• É um exame de ultrassonografia que consiste em fazer 
uma avaliação das estruturas de cada segmento do feto 
(cabeça, pescoço, coluna vertebral, tórax, abdômen, 
genitália externa e extremidades) e do liquido amniótico, 
cordão umbilical e placenta 
Indicações 
 
Parâmetros avaliados 
 
 
• Gravidez gemelar 
o Comparação dos pesos fetais 
o Estimativa do volume do líquido amniótico (vLA) 
em cada septo intergemelar 
o Sexo fetal 
o Oligoidramnia quando o diâmetro vertical de LA 
for < 2 → caracteriza-se pelo ‘’amontoamento’’ do 
feto e a inexistência de bolsões significativos de 
líquidos 
o Polidramnia quando LA > 8 → excesso evidente 
de líquido 
 
• Localização da placenta 
o É fundamental na ultrassonografia morfológica. 
o Se a placenta alcança o orifício interno do colo, 
esse achado deve ser confirmado pela via 
transvaginal 
o Sua importância prática acontece quando há a 
necessidade de algum procedimento, como a 
amniocentese ou de diagnostico diferencial no 
sangramento vaginal de 3º trimestre (placenta 
prévia – junto ao orifício interno do colo – e 
descolamento prematuro da placenta) 
 
• Comprimento do colo do útero 
o Marcador importantíssimo de parto pré-termo 
(prematuro) 
o Uma vez que colo < 25mm tem 7,7 vezes mais 
risco de levar a um parto prematuro 
o Havendo nestes casos indicação de uso de 
progesterona até as 36 semanas 
 
• Idade gestacional 
o É melhor estimada na US do 1º trimestre pela 
medida do CCN, e uma vez datada não pode ser 
mais alterada 
o 2º trimestre → gravidez datada pela medida do 
diâmetro biparietal (DBP) ou pelo 
comprimento do fêmur (CF) → precisão de +/- 
10 a 14 dias 
o DBP é medido no nível do tálamo e do cavo do 
septo pelúcido na sequência borda externa-borda 
externa 
 
 
 
 
 
 
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Ultrassom na gravidez 
o O CF (comprimento do fêmur) é utilizado após 
14 semanas → o eixo longo da diáfise é 
mensurado 
 
 
 
 
• Circunferência abdominal (CA) 
o Determinada na linha da pele em plano 
transversal do abdome superior, no nível do 
estômago ou da junção da veia umbilical ao seio 
portal 
o CA conduz ao diagnóstico de crescimento 
intrauterino restrito (CIR) ou de macrossomia 
 
• Estimativa do peso fetal (EPF) 
o Podeser realizada pela DBP (diâmetro biparietal) 
da CA (circunferência abdominal) e do CF 
(comprimento do fêmur) 
o Erro da estimativa é +/- 15 a 20% 
 
• Avaliação da anatomia fetal 
 
 
• Coração – corte quatro câmaras 
o Inclui o trato de saída ventricular esquerdo – aorta 
– e o trato de saída ventricular direito – pulmonar 
o A detecção de malformações cardíacas antes do 
nascimento está associada à anormalidades 
cromossômicas → deve ser realizado o cariótipo 
fetal 
 
ULTRASSONOGRAFIA DO 3º TRI. (OBSTÉTRICO) 
• Indicado fazer com 32 a 36 semanas 
Parâmetros avaliados 
• Diagnóstico de crescimento intrauterino restrito 
(CIR) 
o Realizar a US do 3º trimestre quando houver 
suspeita clínica de CIR 
o CIR simétrico → ocorre nos casos em que há 
diminuição proporcional de todos os órgãos fetais 
primários → feto de baixo peso → medidas 
simetricamente diminuídas 
o CIR assimétrico → há uma diminuição do 
tamanho abdominal em relação à circunferência 
da cabeça fetal → assimetria resultante da não 
adaptação do feto ao ambiente com redistribuição 
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Ultrassom na gravidez 
de fluxo sanguíneo a órgãos nobres (cérebro e 
coração) em detrimento de vísceras, pulmões, 
pele e rins → preservação do crescimento do 
SNC em virtude do crescimento somático 
• Avaliação do peso fetal 
o Pode ser necessária quando há suspeita clínica 
ou patologias maternas que levem ao CIR → 
como no caso de doenças hipertensivas e 
diabetes 
o Utilizam o DBP, CA e CF 
o No ultimo trimestre, o calculo do peso fetal pode 
apresentar uma variação de até 20% 
 
• Avaliação da situação e apresentações fetais 
o Em alguns programas é possível localizar a 
cabeça fetal no momento do parto, 
correlacionando com o posicionamento espacial 
da cabeça no canal de parto 
 
• Avaliação do volume de líquido amniótico 
o O LA é mantido por um mecanismo de equilíbrio 
dinâmico 
o Um aumento ou redução dos seus níveis pode 
estar associado a um aumento de mortalidade e 
morbidade neonatal → seu diagnostico preciso é 
importante para o manejo adequado da gestação 
o Polidrâmnio → aumento do volume de LA → 
acompanhado de malformações fetais por 
ausência ou deficiência de deglutição fetal ou 
absorção do duodeno 
o Oligodrâmnio → redução do volume de LA → 
malformações renais fetais ou na ruptura 
prematura de membranas 
 
• Doppler umbilical e uterino 
o As aplicações do doppler em obstetrícia incluem 
a avaliação da circulação placentária (doppler da 
artéria uterina) e da vitabilidade fetal no 3º 
trimestre (doppler da artéria umbilical, artéria 
cerebral média e da veia umbilical) 
o O cordão umbilical possui três vasos (duas 
artérias e uma veia) → alteração mais comum é 
a presença apenas de uma artéria umbilical 
(cordão com 2 vasos) → indica uma avaliação 
completa → pode haver presença de 
malformações associadas, principalmente 
renais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ULTRASSONOGRAFIAS 3D E 4D 
• No caso se algumas anomalias (como as da face e 
esqueleto) a US 3-D pode fornecer informações 
adicionais 
• Melhor época é na 26ª a 29ª semana, pois o bebe já 
estcrescido o bastante e ainda tem líquido amniótico na 
barriga da mãe 
• A geração de imagens 4D também tem sido usada para 
melhorar a visualização da anatomia cardíaca 
• Vantagem de possibilitar de reformatar as imagens em 
qualquer plano 
 
 
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Placenta, cordão umbilical e âmnio 
A placenta é formada por duas partes, uma parte materna e 
uma parte fetal 
• Parte fetal → córion viloso 
o As vilosidades coriônicas que surgem do córion 
se projetam para o espaço interviloso que 
contém sangue materno 
• Parte materna → decídua basal 
• Os genes homeobox (HLX e DLX3) expressos no 
trofoblasto e nos seus vasos sanguíneos regulam o 
desenvolvimento placentário 
 
 
Metabolismo 
• A placenta sintetiza glicogênio, colesterol e ácidos 
graxos → fontes de nutrientes e energia para o 
embrião/feto 
• Os eletrólitos são trocados livremente através da 
placenta, eles passam para o embrião/feto e afetam os 
níveis de água e eletrólitos dele 
Transporte de Gases e Nutrientes 
• Os gases como Oxigênio, Dióxido de Carbono e 
Monóxido de Carbono são trocados por meio da difusão 
• O fluxo sanguíneo é crítico para o fornecimento de 
oxigênio, já que a quantidade que chega ao feto depende 
principalmente da sua distribuição e não da difusão 
Excreção 
• A ureia (formada no fígado) + ácido úrico → difusão 
simples → atravessam a placenta 
• Bilirrubina conjugada é facilmente transportada pela 
placenta para rápida depuração 
 
Anticorpos maternos e proteínas 
• Feto → sistema imune imaturo → produz poucos 
anticorpos 
• A imunidade passiva é conferida ao feto por meio da 
transferência de anticorpos maternos pela via placentária 
• IgG gamaglobulinas são transportadas ao feto por 
transcitose 
• Anticorpos maternos conferem imunidade fetal a → 
difteria, varíola e sarampo 
• Nenhuma imunidade é adquirida por coqueluche (tosse 
convulsiva) ou varicela (catapora) 
• Proteína materna transferrina → placenta → carrega 
ferro para o embrião/feto 
Síntese e secreção de hormônios 
O sinciciotrofoblasto da placenta sintetiza hormônios 
proteicos e esteroides, os principais são 
• Gonadotrofina coriônica humana (hCG) → mantem o 
corpo lúteo e a progesterona → sua presença é 
indicador de gravidez 
• Somatotrofina coriônica humana (lactogênio placentário 
humano) → semelhante ao hormônio de crescimento 
que dá ao feto prioridade sobre glicose sanguínea 
materna e torna a mãe diabetogênica até certo grau → 
também promove o desenvolvimento mamário e a 
produção de leite 
• Tirotrotofina coriônica humana 
• Corticotrofina coriônica humana 
• Hormônios esteroides → progesterona e estrógenos 
o A progesterona é encontrada durante toda a 
gestação, essencial para a manutenção da 
gravidez 
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Placenta, cordão umbilical e âmnio 
o A placenta forma a progesterona a partir do 
colesterol materno 
o Os estrógenos são produzidos pelo 
sinciciotrofoblasto também → altos níveis de 
estrogênio estimulam o crescimento uterino e 
desenvolvimento das glândulas mamárias 
• É o endométrio da grávida, é a camada que se separa 
após o parto 
• As células da decídua aumentam de tamanho devido ao 
acúmulo de glicogênio e lipídio 
• As três regiões da decídua dependem do local de 
implantação 
o Decídua basal → parte materna da placenta 
o Decídua capsular → parte que cobre o concepto 
juntamente com o córion viloso 
o Decídua parietal → restante 
 
• 2ª semana → vilosidades coriônicas primárias 
o Células do citotrofoblasto se proliferam e 
penetram no sinciciotrofoblasto → colunas de 
células circundadas por sincício 
 
• Início da 3ª semana → mesênquima extraembrionário 
central cresce para dentro para dentro dessas 
vilosidades → forma o eixo central de tecido 
mesenquimal → vilosidades coriônicas secundárias 
→ revestem toda a superfície do saco coriônico 
 
 
• Células mesenquimais nas vilosidades → diferenciam 
em capilares e células sanguíneas → vasos no interior 
das vilosidades coriônicas secundárias → vilosidades 
coriônicas terciárias 
 
• Posteriormente, vilosidades coriônicas se fundem → 
formando redes arteriocapilares → por meio de vasos 
que se diferenciam do mesênquima do córion e do 
pedículo de conexão → vão se conectar com o coração 
do embrião 
• Oxigênio + nutrientes → presentes no espaço 
interviloso → se difundem através das paredes das 
vilosidades → sangue do embrião 
• CO2 + resíduos → se difundem do sangue dos capilares 
fetais → paredesdas vilosidades coriônicas → sangue 
materno 
• As células citotrofoblásticas das vilosidades coriônicas 
proliferam e se estendem através do sinciciotrofoblasto 
→ formando a capa citotrofoblástica extravilosa 
Vilosidades coriônicas-tronco 
• as vilosidades que vão ter os citrotofoblastos em grande 
quantidade 
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Placenta, cordão umbilical e âmnio 
• se prendem ao tecido materno através da capa 
citrotofoblástica 
Vilosidades ramificadas 
• são as ramificações das vilosidades troncais 
• é através da parede das vilosidades ramificadas → 
ocorre a principal troca de material → sangue materno e 
embrião 
• as vilosidades ramificadas são banhadas por sangue 
materno do espaço interviloso, que é renovado 
continuamente 
No início do segundo mês de desenvolvimento 
• polo embrionário → vilosidades numerosas e bem 
formadas → vascularizadas → córion frondoso 
• polo abembrionário → poucas vilosidades → 
crescimento do saco coriônico → vilosidades da decídua 
capsular são comprimidas → avasculares → córion liso 
 
 
 
 
 
 
 
• córion liso + âmnio → se fusionam → membrana 
amniocoriônica → ela que se rompe durante o trabalho 
de parto → ‘’bolsa estourou’’ 
 
• vilosidades coriônicas do córion frondoso se ligam 
firmemente à decídua basal através da capa 
citrotofoblástica (funciona como uma cola) 
• as artérias e veias endometriais espiraladas passam 
livremente por fendas da capa citrotofoblástica e entram 
no espaço interviloso 
 
• septos placentários → espaços formados com a 
erosão das vilosidades na decídua basal 
• cotilédone → estão entre os septos e possui → uma 
vilosidade-tronco e várias ramificações das vilosidades 
• a expressão dos genes quinase e do fator de transcrição 
Gcm1 nas células-tronco do trofoblasto regulam o 
processo de ramificação das vilosidades-tronco para 
formar a rede vascular na placenta 
 
• o sangue materno entra no espaço interviloso (lacunas 
formadas no sincício durante a 2ª semana) pelas 
artérias endometriais espiraladas → sangue materno 
derramado → passa pelo sincício, citrotofoblasto e 
endotélio dos vasos sanguíneos do embrião → troca de 
nutrientes mãe/feto 
• as veias endometriais também penetram na capa 
citrotofoblástica e drenam o espaço interviloso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Placenta, cordão umbilical e âmnio 
 
• Sangue pobre em oxigênio → artérias umbilicais 
(dentro do cordão) → placenta → elas se ramificam em 
artérias coriônicas ao sair do cordão 
• Esse sistema proporciona uma grande área de superfície 
para troca de produtos metabólicos e gasosos 
o Normalmente não há contato entre o sangue 
materno com o fetal 
• Sangue fetal bem oxigenado → veias da vilosidade 
coriônica → veia umbilical (dentro do cordão) → feto 
 
• Sangue materno → artérias espiraladas endometriais na 
decídua basal → passam pelas fendas da capa 
citrotofoblástica → banham o espaço interviloso→ placa 
coriônica → troca de metabólicos com o feto 
• O sangue retorna pelas veias endometriais 
o Redução da circulação → hipóxia fetal + restrição 
do crescimento intrauterino (RCIU) 
 
 
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Esther Santos Fonseca 
Placenta, cordão umbilical e âmnio 
• Função e circulação e nutrição 
• Com a progressão do desenvolvimento do embrião, a 
cavidade amniótica aumenta rapidamente e cola na 
cavidade coriônica. 
 
 
 
 
 
• O âmnio, a partir do dobramento lateral e horizontal, 
começa a envolver as estruturas para poder formar o 
cordão umbilical 
o Cordão umbilical primitivo → pedúnculo de 
conexão + pedúnculo do saco vitelínico 
o Distalmente do cordão → pedúnculo da vesícula 
vitelínica + vasos umbilicais 
o Proximalmente ao cordão → alças intestinais e o 
remanescente do alantóide 
 
 
 
 
 
 
• a vesícula vitelínica geralmente regride e é 
gradualmente obliterada 
• a cavidade abdominal fetal é temporariamente muito 
pequena para as alças intestinais → algumas ficam no 
espaço extraembrionário do cordão umbilical → hérnia 
umbilical fisiológica 
 
• ao final do terceiro mês → as alças voltam para a 
cavidade abdominal do feto 
• geleia de Wharton → Tecido conjuntivo mucoso, com 
função protetora para os vasos sanguíneos 
 
 
 
 
 
 
• o cordão umbilical é constituído por duas artérias e uma 
grande veia circundadas pela geleia de Wharton 
• devido aos vasos umbilicais serem maiores que o 
cordão, a torção e flexão deles são comuns → nós 
verdadeiros (podem apertar e levar a morte por anóxia) 
e nós falsos (insignificantes) 
 
• a adesão do cordão umbilical à placenta é geralmente 
próxima ao centro da superfície fetal, mas ele pode 
aderir em qualquer ponto 
 
• adesão do cordão próximo a margem da placenta → 
placenta em formato raquete 
 
 
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Esther Santos Fonseca 
Placenta, cordão umbilical e âmnio 
• O âmnio forma o saco amniótico preenchido pelo líquido 
amniótico que circunda o embrião/feto 
 
• Enquanto o âmnio aumenta de tamanho, ele 
gradualmente elimina a cavidade coriônica e forma a 
cobertura epitelial do cordão umbilical 
 
 
 
 
 
 
 
No decorrer da gestação, o volume de LA aumenta até atingir 
os valores máximos ao redor das 32 semanas, quando passa 
a diminuir gradativamente até o termo (nascimento) 
 
Início da gestação 
• LA é provavelmente derivado de três fontes: 
o Superfície fetal da placenta 
o Ultrafiltrado do plasma materno 
o Secreções da superfície do corpo do embrião 
 
Segundo trimestre 
Principais fontes de alimentação do LA 
• início do segundo trimestre → fluxo transcutâneo (pela 
pele) → a difusão do líquido extracelular através da pele 
fetal torna a composição do LA semelhante ao do plasma 
fetal 
• a partir das 20 semanas 
o acontece a queratinização da pele, cessando o 
fluxo transcutâneo 
o a urina fetal começa a entrar no saco amniótico 
→ 30% do peso corporal do feto 
o os pulmões também começam a secretar um 
fluido para o LA (fluido que vai ajudar no 
desenvolvimento da caixa torácica para ele 
respirar adequadamente quando nascer) 
Principais fontes de reabsorção 
• reabsorve principalmente por meio da deglutição → 20 a 
25% do peso corporal do feto 
• absorção intestinal 
• trocas através da superfície da membrana que revestem 
o cordão umbilical, a face fetal da placenta e a parede 
uterina 
 
• Permite o crescimento externo simétrico do 
embrião/feto 
• Evita fenômenos compressivos com o cordão 
• Atua como uma barreira à infecção 
• Permite o desenvolvimento pulmonar fetal 
• Impede a aderência do âmnio ao embrião/feto 
• Amortece impactos mecânicos 
• Ajuda no controle da temperatura corporal, mantendo 
uma temperatura constante 
• Permite a movimentação do feto, ajudando no 
desenvolvimento de articulações e músculos 
• Auxilia na manutenção da homeostase de líquidos e 
eletrólitos 
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Esther Santos Fonseca 
Distúrbios do líquido amniótico 
• O líquido amniótico mantém a homeostase térmica, protege o 
feto contra traumas mecânicos, evita a compressão umbilical e 
é fundamental para o adequado desenvolvimento do sistema 
músculo-esquelético, permitindo a movimentação corporal.
• As alterações no volume amniótico são importantes de serem 
notadas, uma vez que estão associadas ao aumento do risco 
perinatal e complicações no parto e puerpério
No decorrer da gestação, o volume de LA aumenta até atingir os 
valores máximos ao redor das 32 semanas, quando passaa diminuir 
gradativamente até o termo (nascimento) 
 
• LA é provavelmente derivado de três fontes: 
o Superfície fetal da placenta
o Ultrafiltrado do plasma materno 
o Secreções da superfície do corpo do embrião 
• início do segundo trimestre → fluxo transcutâneo (pela pele) 
→ a difusão do líquido extracelular através da pele fetal torna 
a composição do LA semelhante ao do plasma fetal 
• a partir das 20 semanas 
o acontece a queratinização da pele, cessando o fluxo 
transcutâneo 
o a urina fetal começa a entrar no saco amniótico → 
30% do peso corporal do feto
o os pulmões também começam a secretar um fluido 
para o LA (fluido que vai ajudar no desenvolvimento da 
caixa torácica para ele respirar adequadamente quando 
nascer)
• reabsorve principalmente por meio da deglutição → 20 a 25% 
do peso corporal do feto
• absorção intestinal 
• trocas através da superfície da membrana que revestem o 
cordão umbilical, a face fetal da placenta e a parede uterina
• → presença de pequena quantidade de LA entre 
as interfaces fetais e parede uterina → pequenas partes fetais 
muito ‘’aglomeradas’’ → dificulta o estudo da morfologia fetal 
• → aumento evidente de volume de LA com 
identificação de grandes bolsões → nos casos graves, a 
placenta se torna fina por causa da acentuada distensão da 
cavidade amniótica 
Redução do líquido amniótico como valores abaixo de 300 a 400 
mL 
CAUSAS FETAIS 
• Durante o 2º trimestre gestacional, o quadro está ligado a 
o Insuficiência placentária grave 
o Restrição do crescimento fetal (RCF) 
o Anomalias fetais que impedem a eliminação da urina 
fetal na cavidade amniótica → agenesia renal bilateral, 
doença renal cística e obstruções urinárias baixas ou 
bilaterais 
• Quadro relacionado a insuficiência placentária → déficit nutritivo 
+ hipoxia → desencadeia o fenômeno de redistribuição da 
circulação fetal → destina maior fluxo para cérebro coração e 
adrenais em detrimento de rins, pulmões e sistema digestório 
• Diminuição gradativa de volume amniótico → favorece a 
compressão do cordão umbilical → sofrimento fetal e óbito 
 
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Esther Santos Fonseca 
Distúrbios do líquido amniótico 
CAUSAS MATERNAS 
• Síndromes hipertensivas 
o O uso de medicamentos anti-hipertensivos → 
bloqueiam receptores de angiotensina → inibição da 
enzima conversora de angiotensina → mal formação 
do sistema renal do feto → anúria (diminuição ou 
supressão da produção de urina) → oligodrâmnio 
• Medicamento como a indomecatina → inibidor da 
prostraglandina sintetase → redução do fluxo vascular renal → 
oligoidrâmnio 
• Desidratação → a desidratação da mãe reduz o fluxo de água 
transplacentária → aumenta a osmolaridade materna → 
favorece a transferência de água do feto para a mãe → 
promovendo a transferência do líquido amniótico para o feto 
→ oligoidrâmnia 
• Diabetes com vasculopatia 
• Colagenoses / SAF 
 
EFEITOS NO DESENVOLVIMENTO FETAL 
• As principais repercussões de oligoâmnio de instalação precoce 
incluem a ocorrência 
o Hipoplasia pulmonar 
o Aumento do risco de óbito perinatal 
o Deformidades no polo cefálico e da face 
o Mau posicionamento das extremidades 
Definido quando o volume de líquido amniótico excede 2000 mL 
O quadro pode se desenvolver de 2 formas: 
• Aguda → mais frequente no 2º trimestre (24 semanas), um 
quadro grave que leva ao parto prematuro e elevados índices 
de mortalidade perinatal 
• Crônica → maior frequência no 3º trimestre, a evolução fetal 
é mais favorável 
CAUSAS FETAIS 
• Obstruções gastrointestinais 
o Atresia esofágica e duodenal 
o Associadas à deglutição e a absorção do líquido 
amniótico para o controle 
• Anomalias no SNC 
o Anencefalia e espinha bífida 
• Alterações cardiovasculares 
o Arritmias cardíacas 
• Tórax com desvio de mediastino 
• Displasia esquelética 
• Infecções congênitas 
• Hidroplasia fetal não imune 
• Tumores fetais 
CAUSAS MATERNAS 
• Diabetes mellitus 
o Glicose materna passa passa pela placenta por difusão 
facilitada → mãe faz hiperglicemia → feto também 
tem hiperglicemia 
o Uma consequência da hiperglicemia é a poliúria → 
incremento da diurese fetal → polidrâmnio → favprece 
a rotura prematura de membranas e prematuridade 
o Aumento da concentração de glicose no LA → 
osmose → água vai m direção à cavidade amniótica 
• Gestantes aloimunizadas 
o Sensibilização da mãe ao antígeno anti-D quando o feto 
é RH positivo e ela é RH negativo 
o Relacionado ao hiperdinamismo da circulação fetal 
decorrente da anemia grave 
 
DEFEITOS NO DESENVOLVIMENTO FETAL 
• Polidrâmnio está associado a taxas de morbidade e 
mortalidade perinatais significantemente maiores do que na 
população geral 
• Maior frequência de malformações e aneuploidias fetais 
• Malformação fetal, prematuridade, baixo peso ao nascer e 
mortalidade perinatal 
 
 
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Esther Santos Fonseca 
TABAGISMO EM GESTANTES Tabagismo EM GESTANTES 
Dentre os vários componentes do tabaco que interferem na evolução da 
gravidez, destacam-se: nicotina e monóxido de carbono (CO) 
Obs: o feto não é um fumante passivo, ele é um ser altamente vulnerável, 
numa fase de risco para o comprometimento do seu desenvolvimento 
• A mãe fumante expõe seu feto não só aos componentes da fumaça 
do cigarro que cruzam a placenta, mas também às alterações na 
oxigenação e metabolismo placentário, e às mudanças no seu próprio 
metabolismo secundários ao fumo. 
o Qualquer substância tóxica passa da mãe para o feto, pois a 
placenta não filtra essas substâncias. 
• O maior risco de prematuridade e baixo peso ao nascer ocorre no 
terceiro trimestre → fase em que o fumo atua como fator de 
diminuição do desenvolvimento fetal 
• Maior número de abortos espontâneos, ruptura prematura de 
membranas ovulares 
• Placenta prévia, descolamento prematuro da placenta 
• Polidrâmnio, sangramentos vaginais e redução do apetite 
• Elevação da pressão arterial e frequência cardíaca 
• Os bebês podem apresentar distúrbios de comportamento → 
hiperatividade, alterações de atenção e baixos resultados em testes de 
leitura e escrita 
• Alterações no sistema respiratório 
• Comprometimento do desenvolvimento neurológico 
• Malformações fetais → fenda palatina, lábio leporino, malformações 
faciais, urogenitais, cardiovasculares e do sistema nervoso central e 
deficiências auditiva e visual 
• Baixo peso ao nascer 
• Restrição do crescimento uterino 
 
 
 
 
 
• A ruptura prematura das membranas tem relação com maior 
frequência de infecções no líquido amniótico, pois a nicotina atravessa 
facilmente as barreiras placentárias 
• A gestante apresenta maior incidência para polidrâmnio e 
oligodrâmnio, ruptura prematura das membranas (RPM) e para 
infecção do líquido amniótico, certamente, causada pela inflamação 
aguda do cordão umbilical e da placa corial da placenta
• Como o líquido amniótico está contaminado, haverá uma produção 
aumentada deste para suprir as necessidades fetais → causando 
polidrâmnio
• Causa inflamação aguda no cordão e na placa corial da placenta 
• Causa alterações degenerativas do endotélio vascular do cordão 
umbilical (veias e artérias) por ação da nicotina e do monóxido de 
carbono → mostradas pela microscopia eletrônica 
• A degeneração do endotélio → impede a formação de prostaciclina 
e prostaglandina I2 (poderoso inibidor natural da agregação plaquetária 
e vasodilatador potente) 
• Monóxido de carbono (CO) → atravessa a placenta por difusão 
simples ou facilitada → tem uma afinidade de mais de 200x maior que 
o oxigênio → carboxihemoglobina → muito tóxica → inibe a liberação 
de oxigênio no tecido fetal → resulta em hipoxia → redução da 
pressão arterial do oxigênio no sangue fetal → havendo uma 
redistribuição do fluxo sanguíneopara os órgãos nobres (cérbero, 
coração e suprarrenais) → restrição do crescimento intrauterino 
assimétrico 
• Nicotina atravessa facilmente as barreiras placentárias → sistema 
neuroendócrino do feto → liberação de catecolaminas (principalmente 
adrenalina e noradrenalina) → dimuição da perfusão placentária pela 
vasoconstrição (diminuição do calibre dos vasos) → ocorrência de 
taquicardia (elevação da FCF), acidose, hipoxia e redução do fluxo 
sanguíneo placentário 
o Diminuição do fluxo sanguíneo → recém nascidos com baixo 
peso devido nutrição inadequada 
o Num estudo do impacto do tabagismo materno sobre a 
restrição do crescimento fetal → fumo promove o 
‘’emagrecimento’’ fetal, de modo seletivo, como nos músculos 
periféricos por causa da diminuição da circunferência 
abdominal
• Nicotina → diminuição do fluxo sanguíneo no espaço interviloso → 
provocando diminuição na perfusão uteroplacentária + má oxigenação 
+ má nutrição fetal 
• Placenta prévia (placenta na parte inferior do útero) → fumo acelera 
o desenvolvimento de lesões escleróticas nas pequenas artérias e 
arteríolas uterinas → diminuição da vascularização → redução do 
fluxo sanguíneo em muitas áreas do endométrio 
o Também ocorre um aumento da quantidade de colágeno nas 
vilosidades estromais e um alargamento da membrana mais 
profunda (abaixo do sincício e do citrotofoblasto)
o Capilares e arteríolas exibem edema pronunciado, reduzindo 
drasticamente a vascularização 
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TABAGISMO EM GESTANTES Tabagismo EM GESTANTES 
• Alterações no sinciciotrofoblasto → modificações no retículo 
endoplasmático rugoso, que se acha dilatado 
• Há um consenso de que existe o espessamento da lâmina basal do 
trofoblasto e redução do número e da luz dos capilares fetais 
• Redução crônica do fluxo sanguíneo através dos espações intervilosos 
placentários → aumento da permeabilidade do endotélio induzido pelo 
CO ou hipoxia → estresse hipóxico 
• (alguns autores falam que há relação, outros dizem que não há 
diferença significativa) → o fumo também exerce influência no peso 
da placenta
• Maior risco de descolamento prematuro da placenta 
• Enzima hidroxilase aril hidrocarbono (AHH) → induzida pelos 
compostos do fumo → oxida hidrocarbonetos policíclicos aromáticos 
do cigarro → provoca tromboses subcoriônicas e calcificação 
placentária 
• A placenta da fumante pode ter uma aceleração de sua maturidade 
por causa da elevada calcificação e deposição subcoriônica de fibrina 
o A calcificação precoce está relacionada ao avanço 
progressivo da idade gestacional → comprometimento das 
funções da placenta e ocasionando efeitos deletérios sobre a 
mãe e o feto 
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TERATOGENICOS TeratOgenicos 
• É externo ao genoma 
• Qualquer substancia, organismo, agente físico ou estado 
de deficiência que, estando presente durante a vida 
embrionária ou fetal, produz uma alteração na estrutura 
ou na função da descendência. 
• Qualquer agente que possa produzir um efeito congênito 
(anomalia congênita) ou aumentar a incidência de um 
defeito na população 
• Qualquer anormalidade estrutural presente no 
nascimento 
• Pode ser micro ou macroscópica, na superfície interna 
ou externa do corpo 
Malformação 
• Defeito morfológico que resulta de um processo de 
desenvolvimento intrínseco anormal 
• Desenvolvimento anormal na concepção ou em fases 
precoces da embriogênese 
o Exemplo → defeitos associados a uma anomalia 
cromossômica → anormalidades no SNC, face, 
esqueleto etc 
Disrupção 
• Defeito no desenvolvimento por fatores extrínsecos ou 
intrínsecos, produzindo quebra ou interferência no 
desenvolvimento 
• Não é hereditária, entretanto, a composição genética 
materna ou fetal pode influenciar o desenvolvimento da 
disrupção 
o Exemplo → síndrome da hidantoína fetal 
depende do genótipo fetal 
Deformação 
• Forma ou posição anormal de determinada parte do 
corpo causada por forças mecânicas 
o Exemplo → em casos de oligoâmnio → 
compressões → mau posicionamento, pé torto 
o Exemplo → hipoplasia pulmonar (pulmão menor 
do que deveria) decorrente de herniação do 
intestino no tórax (buraco no diafragma que faz os 
órgãos subirem para o tórax) 
 
 
 
 
Displasia 
• Formação anormal do tecido, relacionada à histogênese 
• Não tem causa específica e frequentemente afeta vários 
órgãos 
 
• É adotada a classificação da Food and Drug 
Admnistration (FDA) que divide os medicamentos em 
diferentes categorias 
 
O desenvolvimento do concepto ocorre em três períodos 
distintos e cada estágio de desenvolvimento determina sua 
susceptibilidade ao teratógeno 
Período de fertilização e nidação 
• Corresponde às 3 primeiras semanas do 
desenvolvimento 
• Fenômeno do ‘’tudo ou nada’’ 
• Caracterizado por intensa atividade mitótica com as 
células em capacidade totipotencial 
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TERATOGENICOS TeratOgenicos 
• Agentes tóxicos nesse período normalmente não 
determinam efeitos teratogênicos, mas o aborto pode 
acontecer 
• Durante esse período, os teratógenos danificam todas ou 
quase todas as células → morte celular 
• Ou danificam poucas células → embrião consegue se 
recuperar e se desenvolver sem defeito 
Período embrionário propriamente dito 
• Vai de 4 a 8 semanas 
• É a fase de organogênese, estágio mais sensível às 
repercussões teratogênicas 
• Teratógenos causam maior dano 
• Período mais crítico, pois tem intensa divisão celular, 
diferenciação celular e a morfogênese está no auge 
• É quando a mulher está com 1 semana de atraso 
menstrual, na maioria das vezes não sabem que estão 
grávidas e não percebem a gravidade da exposição a 
agentes teratogênicos 
Período fetal 
• 8 semanas ao parto 
• Fase de desenvolvimento do concepto, menos exposta 
aos efeitos teratogênicos 
• Se tiver exposição, os efeitos podem ser morfológicos ou 
funcionais, de menor dano 
Tabela do período crítico 
• o tipo de anomalia congênita depende de que órgão está 
mais suscetível no momento da ação do teratógeno 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Perturbações ambientais nas 2 primeiras semanas → 
podem interferir na clivagem do zigoto e na implantação 
do blastocisto → morte e aborto espontâneo embrião 
• Período crítico do encéfalo → 3 a 16 semanas → podem 
produzir deficiência mental durante o período 
embrionário e fetal 
• Desenvolvimento dos dentes → pode ser perturbado por 
tetraciclinas a partir de 14 semanas até os 8 anos 
• Sistema esquelético → período crítico que se estende 
até a infância 
Tabaco (categoria X na gestação) 
• Entre os teratógenos estão a nicotina e o monóxido de 
carbono como os que mais preocupam → tem efeitos 
vasoativos e reduzem os níveis de oxigênio → hipoxia 
(CO) e diminuição do fluxo sanguíneo uterino no espaço 
interviloso da placenta (nicotina) 
• Causa bem estabelecida de restrição do crescimento 
intrauterino (RCIU) → baixo peso ao nascer (menos de 
2kg) 
• Período que causa mais dano é no 3º trimestre 
• O tabagismo na gestação está associado aos seguintes 
aspectos 
o Gravidez ectópica, aborto espontâneo 
o Baixo peso ao nascer, parto prematuro 
o Placenta prévia, descolamento prematuro da 
placenta 
o Rotura prematura das membranas ovulares 
(RMPO) 
• Efeitos causados → depende da quantidade de cigarro 
consumidos por dia 
o Anomalias congênitas → gastrósquise, 
onfalocele, atresia de intestino delgado, fenda 
labial e palatina, hidrocefalia, microcefalia e 
anomalias de mãos 
o Efeitos na vida adulta ou na infância tardia → 
asma e infecções de repetidão após 2 anos de 
vida, dermatite atópica e artrite reumatoide juvenil 
oAlterações neurológicas clínicas → cefaleia 
crônica, alterações de comportamento 
Álcool (categoria X se usada em grande quantidade) 
• O consumo moderado e alto de álcool no inicio da 
gravidez pode alterar o crescimento e a morfogênese do 
embrião ou do feto 
• Síndrome fetal do alcoolismo materno → condição 
extremamente grave com risco de morte fetal, causam 
algumas alterações 
 
 
 
 
 
 
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TERATOGENICOS TeratOgenicos 
 
 
 
 
 
 
 
Andrógenos (categoria X) 
• Os ovários não secretam andrógenos (testosterona e 
derivados). 
• De 7 a 20 semanas os tecidos genitais femininos 
respondem à exposição de andrógenos e podem levar à 
masculinização parcial ou genitália ambígua 
• Exposição de andrógenos → masculinização da 
genitália feminina e crescimento anormal da genitália 
masculina 
• Feminino → exposição no 1º trimestre leva à 
o Hipertrofia do clítoris, fusão completa ou parcial 
dos lábios e agenesia (ausência) de vagina 
 
Estrógeno 
• Dietilestilbestrol (DES) → composto estrogênico não 
esteroide sintético → categoria X 
• Estrógeno sintético utilizado no passado para a 
prevenção de problemas reprodutivos, como 
abortamento, parto prematuro, óbito intra-uterino e pré-
eclâmpsia 
o DES alterações em filhas → malformações de 
corpo e do colo uterino, adenose vaginal, 
adenocarcinoma de células claras da vagina e do 
colo uterino, anomalias estruturais do colo uterino 
e vagina, defeito nas tubas uterinas 
o DES em filhos → hipospadia, criptorquidia, 
microfalo e hipoplasia testicular 
o Exposição intrauterina a DES → expressão do 
gene homeobox HOXA10 é alterada 
Prostágenos (contraindicados, categoria X) 
• Exposição de progestina no período crítico do 
desenvolvimento → associada a malformações 
o Defeitos cardiovasculares 
o Fetos masculinos → duplica a incidência de 
hipospadias da glande 
 
Tetraciclinas (categoria D) 
• As tetraciclinas atravessam a membrana placentária e se 
depositam nos locais de ativação de calcificação → 
ossos e dentes 
• 1g de tetraciclina ao dia no 2º e 3º trimestre → pode 
provocar descoloração marrom-amarelada dos dentes e 
diminuição do crescimento dos ossos longos 
• O uso oral ou parenteral deve ser contraindicado no 2º 
e 3º trimestre, ou evitado sempre que possível 
Estreptomicina (categoria D) 
• Foi relatada surdez em bebês de mães tratadas com 
altas doses de estreptomicina como antituberculose 
• Mais de 30 casos de déficit auditivo e lesão do nervo 
vestíbulo coclear 
Obs: a penicilina é inofensiva ao embrião e ao feto 
Heparina (categoria C, indicada) 
• É a droga de escolha para a anticoagulação na gestação 
• É um anticoagulante não teratogênico → tem alto peso 
molecular → não atravessa a placenta 
Varfina (categoria X) 
• É antagonista da vitamina K → anticoagulante 
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TERATOGENICOS TeratOgenicos 
• É um teratógeno conhecido → causa má formações → 
hipoplasia da cartilagem nasal, epífises pontilhadas e 
vários defeitos no SNC 
• Período de maior sensibilidade → 6 a 12 semanas após 
a fecundação 
• Exposição no 2º e 3º trimestre → deficiência mental, 
atrofia do nervo óptico e microcefalia 
• Malformações cardíacas e defeitos faciais são as mais 
comuns 
• O mecanismo de teratogênese → efeito direto 
o na membrana celular 
o no acúmulo de radicais livres (que possuem efeito 
carcinogênico e mutagênico) 
o No metabolismo do folato 
o Metabolismo da vitamina K 
Trimetadiona (categoria D) 
• Contraindicado no 1º trimestre da gestação 
• Utilizado para o tratamento de epilepsia 
• Síndrome fetal da trimetadiona → retardo do 
desenvolvimento, sobrancelhas no formato de V, orelhas 
de implantação baixa, fenda no lábio/palato, defeitos 
cardíacos, geniturinários e de membros. 
Fenitoína (grupo D) 
• Deve ser usada somente se o benefício justificar o 
risco fetal 
• Síndrome da fenitoína fetal → caracterizada por RCIU, 
atraso no desenvolvimento, defeitos cardíacos, 
alterações craniofaciais, dismorfismo facial, hipoplasia 
de unhas ou falanges distais 
 
 
 
Ácido valproico (categoria D) 
• Deve ser usada somente se o benefício justificar o 
risco perinaral 
• O uso do ácido valproico em gestantes provoca um 
padrão de defeitos congênitos → defeitos craniofaciais, 
cardíacos, de membros e retardo do desenvolvimento 
cognitivo pós-natal 
• O risco de defeitos é potencializado pela deficiência de 
folato 
• Altera a expressão do homeobox genes hox, e essa 
desregulação pode impedir o fechamento normal do 
neuroporo posterior 
 
• Compostos químicos para inibição tumoral → altamente 
teratogênicos → inibem a mitose em células de divisão 
rápida 
• Contrários ao ácido fólico (B9) → fundamental para a 
formação de DNA e RNA e para a duplicação normal das 
células 
Ciclofosfamida (categoria D) 
• Uso contraindicado no 1º trimestre de gestação 
• Agente alquelante que inflinge agressão química nos 
tecidos fetais em desenvolvimento → morte celular e 
alterações no DNA das células sobreviventes 
• Anomalias fetais → dedos ausentes, fenda palatina, 
artéria coronária única, ânus imperfurado, RCIU com 
microcefalia etc 
Metotrexato e aminopterina (categoria X) 
• São contraindicados 
• Medicamentos que alteram o metabolismo do ácido 
fólico, essencial para a replicação normal 
• Efeitos → restrição de crescimento, diminuição da 
ossificação do crânio, baixa implantação das orelhas, 
anomalia de membros e retardo mental 
• Anti-inflamatórios não devem ser usados nas últimas 
semanas de gravidez 
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TERATOGENICOS TeratOgenicos 
• Devido aos riscos de hemorragia fetal e fechamento 
prematuro do ducto arterioso 
• Categoria D, sendo seu uso desaconselhado 
• A angiotensina é um vasoconstritor mais potentes 
• Os inibidores da enzima conversora de angiotensina são 
utilizados como anti-hipertensivos arteriais 
• Utilizados no 2º e 3º trimestre → efeitos hipotensor e de 
hipoperfusão no feto 
• Causando disfunção renal com anúria → oligodrâmnio 
• Hipoplasia pulmonar, restrição de crescimento, membros 
relativamente curtos e mau desenvolvimento do crânio 
Vitamina A (categoria A) 
• A vitamina A é um retinoide essencial para o crescimento 
normal, a diferenciação dos tecidos, a reprodução e a 
visão 
• O retinol, que é a vitamina A pré-fabricada e uma das 
formas dessa vitamina encontrada → altas doses de 
suplementação com vitamina A → mal formações 
• Recomendação → não exceder a dosagem de 5.000 
UI/dia de vitamina A 
Isotretinoína ou ácido retinoico (categoria X) 
• Uso contraindicado na gestação 
• Substancia ativa do ROACUTAN 
• A isotretinoína (ácido retinóico 13-cis) é um isômero da 
vitamina A efetiva no tratamento de acne 
• Utilização no 1º trimestre → associada a alta taxa de 
abortamento e mal formação fetal 
• Malformações compreendem → anomalias no SNC, 
defeitos craniofaciais, defeitos cardiovasculares, defeitos 
no timo etc 
• Analgésicos são classificados como categoria D 
• Aspirina (ácido acetilsalicílico – AAS) e paracet 
costumam ser usados na gravidez para alivio da dor → 
altas doses são possivelmente lesivas para o 
embrião/feto 
o Aspirina não é um agente teratogênico, MAS altas 
doses devem ser evitadas, especialmente no 1º 
trimestre de gestação 
o Estudos sugerem associação de AAS com 
gastroquise e atresia do intestino delgado quando 
utilizado no 1º trimestre 
 
Ergotamina (categoria X) 
• É um medicamento anti-enxaqueca → são 
vasoconstritores e apresentam atividade ocitócica 
• São contraindicados na gestação 
• O uso de doses baixas e esporádicas para aenxaqueca 
não tem problema 
• Uso frequente e em altas doses → teratogênico → 
efeitos de disrupção vascular 
• As drogas antitireoidianas interferem na síntese dos 
hormônios tireoidianos 
• Fazem parte do grupo → propiltiouracila, tiamazol e 
carbamizol → categoria D 
• Anomalias congênitas foram associadas 
• Absolutamente contraindicada 
• Atualmente usada para o tratamento de hanseníase 
• Em 1959 → usada para tratar ansiedade, insônia e 
náusea matutina em gestantes → desastre da talidomida 
→ exposição fetal resultou em graves defeitos de 
membros e órgãos 
• Malformações → redução dos membros (amelia, 
focomelia, aplasia ou hipoplasia de ossos longos) 
• Anomalias na orelha externa, surdez, malformação do 
aparelho genitourinário e malformações do sistema 
cardiovascular 
• Período crítico de exposição → 20 a 36 dias após a 
fecundação 
 
 
 
 
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TERATOGENICOS TeratOgenicos 
Benzodiazepínicos (categoria D) 
• A exposição no 1º trimestre deve ser evitada por causa 
do risco de teratogênese 
• O diazepan é a droga mais utilizada pra os fins de 
tranquilizantes necessários para tratar mulheres com 
distúrbio de ansiedade ou que se encontram em surtos 
psicóticos 
• Malformações seriam de extremidades e fenda 
labiopalatina e alterações faciais 
Antipsicóticos – lítio (categoria D) 
• Lítio é indicado no tratamento de episódios maníacos e 
transtorno bipolar 
• Deveria ser evitada no 1º trimestre → risco de 
malformações → cardiovasculares, polidrâmnio, bócio e 
espinha bífida 
Antidepressivos (categoria C, seguro) 
• Essas drogas são inibidores seletivos da recaptura de 
serotonina (ISRS) → usados para tratar a depressão 
durante a gravudez 
• Riscos no 3º trimestre, deve-se lidar com cautela, 
tentando escolher a melhor droga ou reduzir a dose 
• Complicações neonatais por ISRS no 3º tri → 
hipoglicemia, taquipneia, hipotermia, choro fraco ou 
ausente, síndrome da abstinência 
Maconha (categoria X) 
• A maconha potencializa o efeito do álcool e pode estar 
associada a aumento do risco de defeito no septo 
interventricular 
• Seu uso isolado não foi relacionado a maldeformações, 
entretando, afeta o neurodesenvolvimento na infância e 
na adolescência → distração, hiperatividade, 
impulsividade e delinquência 
Metadona (categoria D) 
• É um opioide narcótico usado no tratamento de viciados 
em heroína 
• Uso em altas doses classifica a categoria D 
• Disfunção do SNC, menor peso ao nascer, menor 
circunferência cefálica, risco de trombose 
Cocaína 
• É a droga ilícita mais utilizada entre as mulheres na idade 
fértil 
• Relatos que lidam com os efeitos pré-natais → 
descolamento da placenta, aborto espontâneo, 
prematuridade, RCIU, microcefalia, anormalidades 
neurológicas etc 
Mercúrio orgânico 
• O mercúrio é um metal liquido pesado extremamente 
tóxico 
• Metilmercúrio em alimentos das mães → bebês com 
lesão encefálica grave, deficiência mental e cegueira 
• Mães que se alimentavam bastante de peixe (predador) 
com altos níveis de mercúrio orgânico → doença da 
minamata → caracterizada por paralisia cerebral, 
microcefalia, retardo mental, cegueira e hipoplasia 
cerebelar 
• A redução da ingestão de peixes carnívoros tem sido 
sugerida a fim de não exceder a exposição máxima 
permitida 
Chumbo 
• Presente em abundancia nos locais de trabalho e no 
meio ambiente 
• O chumbo atravessa a placenta e se acumula nos 
tecidos embrionários e fetais 
• Exposições a doses muito altas → abortamentos, 
anomalias fetais, RCIU, deficiência funcional e atraso no 
desenvolvimento 
• Doses baixas não apresentam efeito teratogênico 
Bifenilas policloradas 
• Outro produto químico que pode contaminar peixes 
• Riscos semelhantes àqueles causados pela 
contaminação com chumbo 
• Alterações observadas → RCIU, alterações da cor da 
pele, pigmentação da gengiva, hipoplasia de unhas etc 
• Pode estar presente em equipamentos hidráulicos e 
produtos de borracha, plásticos, papeis etc 
Radiação externa 
• O termo ‘’rad’’ é usado como unidade da dose de 
radiação absorvida pelo tecido 
o 5 rad → limite da dose de radiação fetal 
o Acima de 15 rad → a partir disso, o risco de 
malformação passa a ser aumentado 
o A maioria dos exames diagnósticos realizados na 
gestação, a dose de radiação fetal é menor que 5 
rad 
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TERATOGENICOS TeratOgenicos 
• O efeito da radiação ionizante na gestação depende da 
idade gestacional e não somente da dose absorvida 
o Período mais crítico → período embrionário ao 
fetal, principalmente até 15 semanas pós-
concepção 
• Quanto maior for a quantidade de radiação no período 
crítico, maior será o dano 
Efeitos no período mais crítico 
• Aborto 
• Rebaixamento do QI 
• Malformações → microcefalia, fenda palatina, 
microftalmia, catarata, estrabismo, degenetação na 
retina, hipospadia, hipoplasia da genitália, malformações 
esquelética 
• Comprometimentos no SNC e retardo mental grave 
o Mais comum em 3 a 11 semanas pós concepção 
• Restrição do crescimento e microcefalia 
o 10 a 20 semanas após a concepção 
Isótopos radioativos 
• Estimar a dose de radioisótopo absorvida e o ano ao 
embrião/feto é complexo, porque ele pode se localizar 
em órgãos-alvo específicos, podendo ou não atravessar 
pela placenta 
• O iodo radioativo deve ser evitado na gestação, a menos 
que não há outro tratamento e ele tenha que ser usado 
como necessidade para a mãe 
Efeitos do iodo radioativo 
• Risco de disfunção tireoidiana principalmente no período 
em que a tiroide começa a concentrar iodo → 10 a 12 
semanas de gestação 
Ultrassonografia 
• É amplamente usada na gravidez para diagnóstico fetal 
e cuidados pré-natais 
• Uma revisão da USG obstétrica indica que não existem 
efeitos nocivos confirmados sobre o feto 
Ressonância nuclear magnética 
• Estudos epidemiológicos em humanos desmonstraram 
que a exposição a ondas de radiofrequência 
eletromagnéticas não causa danos ao produto 
conceptual 
• Entretando, recomensa-se evitar o uso de contraste 
paramagnético (gadolínio) → uma vez no 
compartimento fetal, esse contraste não consegue ser 
excretado pela placenta 
 
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Infecções perinatais 
O Ministério da Saúde recomenda que sejam realizados os 
exames sorológicos de triagem para as seguintes doenças: 
• Sífilis → orienta realizar VDRL na 1ª consulta e repetir 
na 30ª semana 
• Hepatite B → HBsAg se disponível próximo da 30ª 
semana 
• HIV → teste anti-HIV na 1ª consulta e repetir na 30ª 
semana 
• Toxoplasmose → pesquisa de IgM na 1ª consulta, sem 
recomendação de repetir 
• Rubéola (somente quando tiver sintomas sugestivos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Causada pelo hepadnavírus (vírus DNA) → ou vírus da 
hepatite B (VHB) que pode cursar de forma sintomática 
ou assintomática 
Transmissão 
• Altamente infectante e facilmente transmitido através 
o Via sexual 
o Transfusões de sangue 
o Contato com sangue contaminado 
o Transmissão vertical (mãe-filho) 
Transmissão vertical 
• Transmissão via placentária (intrauterina) → rara 
• Transmissão perinatal → momento do parto → principal 
o Ingestão de material infectante durante o parto 
o Exposição das membranas mucosas do feto ao 
sangue ou fluidos corporais maternos infectados 
pelo HBV 
• Transmissão pela amamentação → comum 
Efeitos no RN 
• Na ausência de qualquer profilaxia, os índices de 
prevenção vertical em portadoras crônicas de Hepatite B 
são de 10 a 20% dos casos 
• Os RN podem ser assintomáticos, porém, alguns 
desenvolvem doença fulminante• A maioria dos casos (70 a 90%) tornam-se crônicos, com 
risco significativo de desenvolver, no futuro, carcinoma 
hepatocelular e/ou cirrose. 
Prevenção da transmissão vertical do VHB 
• Recomenda-se triagem sorológica durante o pré-natal, 
por meio do HbsAg (antígeno de superfície do VHB) → 
preferencialmente, próximo a 30ª semana de gestação 
• Tratar o RN com imunoglobulina humana e vacina 
depois do parto antes de amamentar 
 
 
 
 
 
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Esther Santos Fonseca 
Infecções perinatais 
É uma infecção parasitária comum → agente Toxoplasma 
gondii → o gato é o hospedeiro definitivo e os humanos são 
os hospedeiros intermediários 
Transmissão de toxoplasmose 
• Via 1 → ingestão de oocitos provenientes do solo, areia, 
latas de lixo contaminadas com fezes de gatos infectados 
• Via 2 → ingestão de carne crua e mal cozida infectada 
com cistos, especialmente carne de porco e carneiro 
• Via 3 → infecção transplacentária → ocorrendo em 
40% dos fetos de mães infectadas (durante a gestação) 
Toxoplasmose congênita 
• Gravidade das manifestações clínicas no feto → 
inversamente proporcional a idade gestacional (IG) 
o Quanto mais cedo na gestação, pior a gravidade 
o Infecções no 1º e 2 trimestre pode ocasionar 
abortamentos e óbitos fetais 
• Tríade clássica de sintomas da toxoplasmose congênita 
é caracterizada por 
o Coriorretinite 
o Calcificações intracranianas 
 
o Hidrocefalia 
• Infecção no 1º trimestre → é mais grave, embora 
menos frequente → abortamento espontâneo e até a 
Síndrome da Toxoplasmose Congênita 
o Alterações no SNC (microcefalia, calcificações 
cerebrais, retardo mental, convulsões etc) 
o Alterações oculares (coriorretinite, microftalmia, 
surdez etc) 
• Infecção no último trimestre → maior IG → o recém 
nascido pode ser assintomático ou apresentar 
o Ausência de ganho de peso 
o Hepatite com icterícia 
o Anemia 
o Plaqueotopeneia 
o Coriorretinite 
o Pneumonia 
o Miocardite 
• Deve-se solicitar IgM e IgG, sempre que possível, para 
todas as gestantes, ainda no 1º trimestre de gestação, 
sem recomendações de repetir depois 
Revisão IgG e IgM 
• IgM → anticorpo produzido na fase inicial da infecção, 
anticorpo precoce produzido na primeira semana 
• IgG → anticorpo que demora um pouco mais para ser 
produzido, começa a ser produzido na 2ª semana, pode 
indicar imunidade já. 
Interpretação de sorologias 
• IgG + e IgM – 
o melhor diagnóstico 
o já tiveram contato e não tem risco 
o gestante não suscetível e sem doença atual 
• IgG + e IgM + 
o Infecção recente 
o Administrar espiramicina imediatamente até o 
diagnostico da infecção fetal 
o Realizar teste de avidez para saber se tem menos 
ou mais de 16 semanas que a gestante foi 
infectada 
o Teste de avidez baixo → contato menos de 16 
semanas → tratar a mãe e investigar o feto 
o Teste de avidez alto → antigo, tem mais de 16 
semanas que foi infectada → segue pré-natal 
normalmente e interrompe espiramicina 
• IgG – e IgM + 
o Infecção aguda 
o Gestante deve ser informada sobre os riscos da 
infecção para o feto/RN e encaminhada para 
serviço de referência 
o Diagnóstico de infecção fetal → amniocentese, 
PCR do cordão e USG morfológica 
o Comprometimento fetal confirmado → está 
indicada a terapia tríplice por 3 semanas 
o Afastada infecção fetal → manter o uso de 
espiramicina até o parto e o controle de USG 
mensalmente 
• IgG – e IgM – 
o Nunca teve contato com o agente toxoplasma 
o Deve-se orientar medidas de prevenção 
o Mãe está suscetível a se infectar 
 
 
 
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Infecções perinatais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sífilis congênita 
• Causada por uma bactéria chamada Treponema 
pallidum → espiroqueta 
• Doença infecciosa de caráter sistêmico e de evolução 
crônica, sujeita a surtos de agudização e períodos de 
latência 
• Forma adquirida → espiroqueta transmitida 
predominantemente por relações sexuais 
• Forma congênita → infecção materno-fetal (vertical) 
 
 
 
 
 
Primária 
• Desenvolvimento do cancro duro no local de inoculação 
da espiroqueta 
o Úlcera indolor, única, bordas endurecidas 
o Lesão rica em bactérias 
• Muitas vezes, passa despercebido pela mulher, pois o 
cancro duro pode surgir na vulva, vagina e colo uterino 
• Aparece até 21 dias (3 semanas) pós infecção 
• Desaparece sozinha, independente do tratamento 
 
Secundária 
• Manifestações mais dermatológicas 
• Reaparece em média de 6 a 8 semanas 
• Afetará pele e órgãos internos 
• Lesões ricas em bactérias 
• Acometimento das regiões palmares e plantares → 
exantema maculopapular róseo 
• Também acontece alopecia (queda) de couro cabeludo e 
sobrancelhas 
 
Sífilis latente recente e tardia 
• Período entre a sífilis 2ª e 3ª 
• Não há manifestações clinicas 
• Fase assintomática 
• Recente → evolução inferior a 1 ano 
• Tardia → sífilis com duração superior a 1 ano 
Sífilis terciária 
• Pode surgir de 2 a 40 anos após o inicio da infecção 
• Comprometimento sistêmico 
o SNC, cardiovascular (aórtico), ossos (artrite e 
osteocondrite) 
• Lesões → goma sifilítica 
o Nódulos, tubérculos e placas nódulo ulceradas 
o Assimétricas 
o Endurecidas com bordas bem marcadas 
o Segmento de círculos 
 
• Acompanhamento pré-natal 
o Sorologia obrigatória no 1º e 3º trimestre 
• O diagnóstico sorológico é feito com testes não 
treponêmicos e treponêmicos 
VDRL → Teste não treponêmico 
• É o exame mais utilizado para o rastreamento durante o 
pré-natal 
• Permite acompanhamento pós tratamento da doença, 
quando dá negativo 
• Torna-se reativo a partir da 2ª semana depois do 
aparecimento do cancro 
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Sífilis congênita 
• Teste qualitativo → indica presença ou ausência de 
anticorpo na amostra 
• Teste quantitativo → permite a titulação (diluído) e o 
resultado é expresso em títulos, como 1:2, 1:4, 1:64 etc 
o Apresenta títulos elevados quando há infecção 
aguda → fase secundária principalmente 
• Detecta anticorpos específicos anticardiolipina 
o Cardiolipina → materiais lipídicos liberados por 
células que foram danificadas pelo treponema 
o Pode dar falso positivo → doenças autoimunes, 
como a lúpus, podem dar falso positivo para sífilis 
Testes treponêmicos → FTA-Abs ou TPHA 
• Identificam anticorpos específicos contra o treponema 
• Maior custo e complexidade 
• Limitação → não serve para resposta ao tratamento, 
pois, uma vez positivo, sempre positivo 
• São utilizados para confirmar o teste do VDRL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• VDRL positivo e teste treponêmico não disponível → 
considerar como sífilis latente de duração indeterminada 
e efetuar o tratamento da gestante e do parceiro. 
• Monitoração com VDLR mensalmente 
• Avaliação clinica 
Cura sorológica 
• É considerado cura quando eu tiver → queda nos títulos 
de VDRL 
o 2 diluições em 3 meses. → ex: era 1/64 e foi pra 
1/16 
o 4 diluições em 6 meses → ex: era 1/64 foi pra 1/4 
Condições de tratamento adequado em gestantes 
• Tratei com penicilina e iniciei o tratamento até 30 dias 
antes do parto 
• Documentação em queda de VDRL 
• Avaliação de risco de reinfecção 
 
• Orientar a abstenção das relações sexuais até a 
conclusão do tratamento e desaparecimento dos 
sintomas 
• Orientar o uso de preservativo, que deve ser mantido, 
após o tratamento, em todas as relações sexuais 
• Transmitida pela placenta → Treponema pallidum 
• Mãe portadora de sífilispode transmitir para o concepto 
em qualquer estágio 
• Maior risco → sífilis 1ª e 2ª → alto número de 
espiroquetas 
• Raro: transmissão pelo contato com a lesão genital ou 
mamária 
• Não ocorre transmissão pelo leite materno 
• Surge até o 2º ano de vida 
• 50% das crianças são assintomática ao nascer 
• Principais características 
o Hepatomegalia 
o Rinite sero-sanguinolenta 
o Pênfigo palmo-plantar 
o Icterícia 
o Anemia 
o RCIU, prematuridade 
o Baixo peso ao nascer 
 
 
 
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Sífilis congênita 
• Surge após o 2º ano de vida 
• Substituição dos órgãos por tecidos de granulação 
sinfilítica 
• Principais características 
o Retardo mental 
o Nariz em sela 
o Hidrocefalia 
o Surdez congênita 
o Dentes de Hutchinson 
o Tíbia em sabre 
 
 
 
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Virus da imunodeficiencia humana - Hiv 
• A importância do estudo do HIV na gestação reside no 
esforço em reduzir as taxas de transmissão vertical da 
doença 
• O vírus da imunodeficiência adquirida (HIV) causa a 
síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) 
• Durante o trabalho de parto 
• Transmissão intrauterina → principalmente nas últimas 
semanas de gestação 
• Aleitamento materno 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Falha de crescimento 
• Microcefalia 
• Aspectos craniofaciais específicos 
• Mulher iniciou o pré-natal → solicitação de teste anti-HIV 
na primeira consulta e repetir no 3º trimestre 
gestacional → após consentimento e aconselhamento 
pré e pós-teste 
 
Resultados não reagentes (negativos) 
• Não reagente na etapa 1 → definida como ‘’amostra não 
reagente para HIV’’ 
• Caso exista suspeita de infecção pelo HIV → nova 
amostra coletada após 30 dias da data da primeira + 
solicitar sorologia anti-HIV no 3º trimestre 
Resultados reagentes (positivos) 
• O diagnóstico reagente de infecção pelo HIV deve ser 
realizado mediante pelo menos 2 etapas de triagem 
(etapa 1 e etapa 2) 
• Amostra reagente na etapa 1 → solicitar coleta de 
segunda amostra pra comprovar a primeira → etapa 2 
• Etapa 2 reagente → diagnóstico positivo definido → 
encaminhar gestante ao pré-natal de alto risco / 
Serviço de Atenção Especializada em DST/AIDS 
(SAE) → realiza o aconselhamento e ingressa no serviço 
• Iniciar a terapia antirretroviral → TARV 
Resultados indeterminados 
• A gestante deverá ser encaminhada ao pré-natal de 
alto risco/ SAE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Virus da imunodeficiencia humana - Hiv 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Prestar suporte psicológico necessário, informar sobre o 
uso da TARV e a necessidade de acompanhamento 
médico durante a gestação 
• Informar sobre os riscos da transmissão vertical pela 
amamentação, orientando sobre como alimentar o bebê 
com fórmula infantil 
• Informar sobre a contra-indicação do aleitamento 
cruzado (amamentação por outra mulher) 
• Discutir a necessidade da testagem do parceiro e do uso 
de preservativos 
• Informar sobre a necessidade de acompanhamento 
periódico da criança em serviço especializado de 
pediatria para crianças expostas ao HIV 
• Continuar o acompanhamento da gestante 
encaminhada, com atenção para a adesão às 
recomendações/transcrições 
 
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Padrões monogenéticos 
Genótipo → o genótipo de uma pessoa em um determinado 
locus é constituindo por ambos os alelos que ocupam aquele 
locus nos dois cromossomos homólogos. São para os locus 
autossômicos e ligados ao X nas mulheres. 
 
Fenótipo → é a expressão do genótipo seja como um traço 
morfológico, clínico, celular ou bioquímico 
 
• Qualitativo: indica presença ou ausência de uma doença. 
• Quantitativo: pode ser mensurável, como o peso, IMC ou 
glicemia. 
Homozigoto → quando a pessoa tem um par te alelos 
idênticos em um locus no DNA. Ex: AA ou aa 
Heterozigoto → quando os alelos são diferentes. Ex: Aa 
Hemizigoto → quando um homem apresenta um alelo 
anormal localizado no cromossomo X e não há outra cópia 
do gene (por isso ele não pode ser homo ou hetero) 
Dominante 
• Quando apenas um alelo já é suficiente para expressar 
o fenótipo. Basta ter 1 A 
• Homozigoto = AA, heterozigoto = Aa 
 
 
 
 
 
 
Recessivo 
• Quando eu preciso de 2 alelos para expressar o fenótipo 
• Sempre em homozigose (aa) 
 
Penetrância 
• Probabilidade de um ou mais alelos mutantes 
expressarem o fenótipo 
• Penetrância incompleta → quando alguns dos genes 
falham completamente em expressar o genótipo 
 
Expressividade 
• Refere-se à diferenças na expressão do fenótipo entre os 
indivíduos que tem o mesmo genótipo 
• Podemos ter doenças ou condições clínicas que vão se 
expressar diferente 
• Expressividade variável → quando o mesmo genótipo 
pode conferir fenótipos diferentes 
 
 
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Padrões monogenéticos 
Existem 4 tipos de herança monogênica 
• Autossômica dominante 
• Autossômica recessiva 
• Dominante ligada ao sexo 
• Recessiva ligada ao sexo 
O padrão de herança visto em distúrbios monogênicos 
depende de dois fatores 
• Localização cromossômica do locus gênico 
o Autossomo (cromossomos 1 ao 22) 
o Cromossomo sexual (X e Y) 
o Genoma mitocondrial 
 
 
• Depende do fenótipo 
o Dominante 
o Recessivo HERANÇA AUTOSSÔMICA 
DOMINANTE 
• Quando os genes responsáveis estão localizados nos 
autossomos (par 1 ao 22 de cromossomos homólogos). 
• Esse gene se manifesta mesmo em dose simples, ou 
seja, basta apenas 1 alelo para eu ter a expressão do 
fenótipo 
• Dominante pode ser 
o Heterozigoto = Aa 
o Homozigoto = AA 
 
Identificando no heredograma: 
 
Sei que é autossômica (não tá ligada ao sexo) pois: 
• Homens e mulheres são afetados em igual proporção 
• Pode ser transmitida diretamente de homem pra homem 
A característica é dominante porque: 
• Ocorre em todas as gerações (não há saltos, pelo 
menos um indivíduo é afetado em cada uma) 
• Em média, um afetado tem 50 % de chance dos seus 
filhos também serem afetados 
Herança autossômica dominante rara ou herança 
dominante incompleta 
• Muitos genes que determinam características 
dominantes raras são letais em homozigose → o que 
explica a raridade desses homozigotos na população 
• Na maioria dos casos, os afetados homozigotos são mais 
gravemente afetados do que os heterozigotos. 
• Assim, na herança autossômica dominante rara 
o A prole afetada nasce, geralmente, de um casal 
→ um é heterozigoto (Aa) e o outro é normal (aa) 
 
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Padrões monogenéticos 
 
 
 
Casos clínicos 
• Hipercolesterolemia de herança autossômica dominante 
o Homozigotos → colesterol bem mais elevado e 
desenvolvimento de doença cardiovascular 
aterosclerótica na infância 
Acondroplasia – mutação no gene FGFR3 
• Displasia esquelética dominante incompleta 
• tipo mais comum de nanismo, afeta homens e mulheres 
• basta apenas que um alelo esteja alterado para que o 
fenótipo já se manifeste 
• o casamento entre duas pessoas com acondroplasia são 
frequentes 
 
 
• heredograma mostra a união de dois heterozigotos 
afetados 
• a criança falecida, indivíduo III-3 era homozigoto pra 
essa condição e apresentava uma doença muito mais 
grave que de seus pais, causando sua morte logo depois 
do nascimento• nos indivíduos com acondroplasia não necessariamente 
tem pais afetados 
• só ‘’aa’’ é capaz de expressar a doença 
• preciso de um indivíduo com os 2 alelos mutados para 
que ocorra 
• geralmente, o probando pode ser o único membro 
afetado da família, mas se houver outros afetados, 
geralmente esses estão na irmandade e não em outro 
lugar do heredograma 
• probabilidade aumenta em uniões consanguíneas 
tipos de união 
• tipo mais comum → pais heterozigotos normais, não 
afetados, só são portadores, assintomáticos 
o Aa x Aa → 25% de aa 
• contudo, qualquer união na qual cada genitor tenha ao 
menos um alelo recessivo pode produzir uma prole 
homozigótica 
 
como interpretar o heredograma 
 
 
 
 
 
A característica é autossômica porque: 
• aparece igualmente entre homens e mulheres 
• pode ser transmitida diretamente de homem pra homem 
A característica é recessiva porque 
• há saltos de gerações 
• os pais, em geral, só são portadores → heterozigotos (pais 
iguais filhos diferentes) 
• a característica aparece em irmandades e não nos genitores 
ou netos dos afetados 
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Padrões monogenéticos 
• os genitores dos afetados frequentemente são 
consanguíneos 
consanguinidade 
• devido à raridade dos alelos mutantes na população, os 
indivíduos com distúrbio autossômicos recessivos raros são 
mais tipicamente heterozigotos compostos (Aa) do que 
realmente homozigotos 
• a presença de consanguinidade entre os genitores de um 
paciente com distúrbio genético → forte evidencia (mas não 
uma prova) → de que o distúrbio foi herdado de maneira 
autossômica recessiva, mesmo que as demais informações 
no heredograma sejam insuficientes para definir tal padrão de 
herança 
 
Caso clínico 
• xeroderma pigmentoso → defeito de reparo de DNA 
bastante raro com herança autossômica recessiva, mais 
de 20% dos casos ocorrem na prole de casais de primos 
em primeiro grau. 
• Fibrose cística – mutação no gene CFTR 
o Doença que está presente no teste do pezinho 
o Tem uma expressividade variável → formas 
diferentes de se manifestar → podemos ter a 
doença → infecções múltiplas nos pulmões e vias 
aéreas, ou uma infecção pancreática ou 
alterações gastrointestinais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agora a alteração está nos cromossomos sexuais, no caso, o 
X. 
Dessa forma, a distribuição agora é desigual para homens e 
mulheres dentro das famílias. 
A herança patrilinear do cromossomo Y é evidente (pois só o 
pai pode transferir o Y pro filho homem). Porém, existem 
poucos genes puramente ligados ao Y, a maioria deles estão 
envolvidas na determinação das características sexuais 1ª ou 
2ª. 
Homens só tem um X → só existem 2 genótipos possíveis 
para os homens → ou é afetado ou não é afetado 
• Lembrando que um homem com o X mutado é 
hemizigoto para aquele alelo 
Mulheres tem XX → existem 4 possibilidades de carregar 
esses alelos mutantes 
Exemplo: Xh é o alelo da doença e XH é o alelo normal 
 
Inativação do X e expressão dos genes ligado ao X 
• As mulheres inativam um dos X nas células somáticas, 
um processo fisiológico normal, de modo a igualar a 
expressão dos genes ligados ao X em ambos os gêneros 
(porque o homem só tem um X também) 
 
• Essa inativação em doenças ligadas ao X rem uma 
profunda importância clinica → faz com que as mulheres 
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Padrões monogenéticos 
tenham duas populações celulares que expressão os 
genes de um ou de outro cromossomo X 
 
Exemplo: Distrofia muscular de Duchenne 
• Distúrbio hereditário de fraqueza muscular progressiva 
• Dependendo do padrão de inativação aleatória do X nos 
dois cromossomos X, duas mulheres heterozigotas para 
uma doença ligada ao X podem ter apresentações 
clinicas bastante distintas → devido a diferença de 
proporção de células que têm o alelo mutante no X ativo 
em um tecido relevante 
FIGURA 711 Imunomarcação da distrofina em amostras 
musculares. 
 
• A → Uma mulher normal → coloração cria sinais 
brilhantes 
• B → Um homem com distrofia muscular de Duchenne 
(DMD) → músculos sem coloração 
• C → Uma mulher portadora (tem o gene no X) 
o O músculo de portadoras para DMD mostra áreas 
positivas e negativas para imunomarcação da 
distrofina, representando fibras tanto com o alelo 
normal quanto com o alelo mutante no 
cromossomo X ativo 
• Padrão definido e fácil de reconhecer → a mutação se 
expressa em todos os homens que a recebem, 
consequentemente → distúrbios ligados ao X são 
restritos aos homens. 
• Os homens → hemizigotos 
• Mulheres → homozigotas ou heterozigotas 
• Recessivo → preciso do alelo afetado no cromossomo X 
para que o fenótipo acabe se manifestando 
 
 
 
 
 
 
 
Interpretação do heredograma 
 
A característica é ligada ao sexo porque: 
• Não se distribui igualmente nos dois sexos 
• Não há transmissão direta de homem para homem 
(justamente porque o alelo é o X e não o Y) 
A característica é recessiva porque: 
• Há mais homens afetados do que mulheres afetadas (pois 
nos homens basta ter um X alterado) 
• O homem transmite por intermédio das suas filhas, ou seja 
→ suas filhas vão ser portadoras → mas os filhos delas 
(netos dele) vão ter maior chance de manifestar o fenótipo 
novamente 
• Homens afetados geralmente tem filhos e filhas normais 
 
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Padrões monogenéticos 
Ex. clinico → hemofilia A – mutação no gene F8 
• Há falha na coagulação sanguínea devido à deficiência 
do fator VIII, uma proteína da cascata da coagulação 
• Doença tendenciosa a sangramentos e alterações 
hematológicas 
• Os homens são afetados pela forma grave → herança 
ligada ao X recessivo 
• Filhas de homens afetados e mães normais → 
portadoras obrigatórias, não vão ter distúrbios 
sanguíneos, mas → seus filhos tem grande chance de 
ter 
 
 
• Um fenótipo ligado ao X pode ser dominante se tiver 
expressão regular em heterozigotas 
• Homem com X dominante → hemizigoto 
• Apenas 1 cópia do alelo doente no cromossomo X é 
necessário para uma mulher ser afetada 
• As mulheres são mais afetadas 
Características 
• A expressão em mulheres heterozigotas é mais 
atenuada 
o Porque o alelo mutante localizado no X é inativo 
em algumas células, desse modo, a maioria dos 
distúrbios dominantes ligados ao X é dominante 
incompleta, como ocorre na maioria dos 
distúrbios autossômicos dominantes 
• Expressa em todos os homens que apresentam o 
alelo mutado → hemizigotos 
• Os homens só vão ser afetados se receberem o alelo 
mutante da mãe 
• Homens afetados só podem transmitir a doença para 
suas filhas mulheres 
o Pai nunca passa para filhos homens, pois o 
pai passa o cromossomo Y 
o Basta a mulher ter um alelo afetado que ela já vai 
manifestar a doença 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Cada criança de mulher afetada tem 50% de chance de 
herdar a característica, seja qual for o gênero → filho 
homem ou mulher tem 50% de chance de adquirir a 
característica 
o Como é visto em mulheres heterozigotas, ou a 
mãe passa o alelo mutante ou não passa 
 
Diferença de X dominante para autossômica dominante 
• Elas são muito semelhantes em diversos aspectos, mas 
o que diferencia mesmo é: 
➔ Na do X dominante eu tenho ausência de transmissão 
homem-homem 
➔ É impossível de ocorrer porque os homens transferem 
o cromossomo Y para os filhos 
➔ Todas as filhas de homens afetados são afetadas 
o Porque só basta a menina ter um alelo mutado 
(que veio do pai) para manifestar a doença 
➔ Nenhum filho de homem afetado é afetado 
 
 
 
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Padrões monogenéticos 
Interpretação de heredograma 
 
A característica é dominante porque: 
• Há mais mulheres afetadas do que homens afetados 
• TODAS as filhas de pais afetados → expressão a doença, 
são afetadas 
• TODOS os filhos de homens afetados → são normais, não 
expressam a doença 
A característica é ligada ao sexo porque: 
• Não se distribui igualmente entre os sexos 
• Não há transmissão direta de homem pra homem 
 
Caso clínico → raquitismo hipofosfatemico 
• Mutação no gene PHEX 
• Doença em que os ossos ficam fracos, além de ter pouca 
quantidade de fosfato no organismo 
• Gene localizado no cromossomo X dominante 
• Basta ter apenas um alelo afetado para termos as 
manifestações 
 
• Essas doenças ligadas ao X dominante são quase 
exclusivamente acometidas em mulheres porque nos 
homens afetados a doença é muito letal, causando a 
morte deles 
• Não se vê homens afetados pela alta taxa de letalidade 
 
Caso clínico → Síndrome de Rett 
• Mutação no gene MECP2 
• Meninas com alterações no neurodesenvolvimento 
• Costumam ter dificuldade no aprendizado 
• Ocorre quase exclusivamente em mulheres 
• Os homens com o X afetado morrem, é letal 
• As meninas que tem o outro X normal ainda são 
compatíveis com a vida (um X veio da mãe afetada e o 
outro X veio de um pai normal) 
 
Caso clínico → incontinência pigmentar 
• Mutação no gene IKBKG 
• As meninas afetadas, em geral heterozigotas, 
apresentam lesões de pele vesiculares eritematosas 
inflamatórias ao nascer 
• Aparecem pigmentações escuras, chamadas de ‘’bolo de 
mármore’’ 
o As melaninas se depositam nas camadas mais 
profundas da pele e reflete o padrão de inativação 
do X normal → a pele com o pigmento normal não 
é produzida 
o Onde o padrão é reproduzido, pelo X doente, o 
pigmento produzido é escuro 
 
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Esther Santos Fonseca 
Padrões monogenéticos 
• Também pode ocorrer queda de cabelo, anomalias 
dentárias (ausência de alguns dentes e dentes conoides 
– menores que o normal) e convulsões 
 
• Os homens com a condição são tão gravemente afetados 
que morrem ainda no útero 
Distúrbios dominantes ligados ao X que poupam os 
homens 
• Os homens hemizigotos são amplamente poupados das 
consequências da mutação que carregam 
Caso clínico → Epilepsia com comprometimento 
• Mutação do gene da protocaderina 19 que codifica uma 
molécula de superfície celular expressa em neurônios do 
SNC 
• Limitada às mulheres, ocorre em mosaico (por causa da 
inativação do X) 
• As mulheres começam a ter crises convulsivas e 
apresentam atraso no desenvolvimento de leve a severo 
• Os homens hemizigotos são totalmente 
assintomáticos 
• Os neurônios dos homens não apresentam essa 
proteína de superfície, sendo poupados da doença 
 
• São padrões que não apresentam aqueles típicos da 
herança mendeliana 
• É a herança de distúrbios codificados por genes contidos 
no DNA mitocondrial 
• É herdada exclusivamente da mãe, pois, apenas as 
mulheres transmitem o DNA mitocondrial para filhos e 
filhas, não há participação do pai 
 
• Os distúrbios causados por mutação no DNA 
mitocondrial têm vários aspectos incomuns 
• a mitocôndria é a moeda energética da célula, portanto, 
perturbações na produção de energia devido a mutações 
no mtDNA (DNA mitocondrial) resultam em distúrbios 
graves 
o comprometimento no SNC e musculoesquelético 
o quanto mais o tecido/órgão precisar de energia, 
mais ele será afetado 
• exemplo: epilepsia mioclônica com fibras rotas 
vermelhas 
 
 
 
 
 
 
 
 
existem três tipos 
• herança materna 
• homoplasmia 
• heteroplasmia 
 
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Esther Santos Fonseca 
Padrões monogenéticos 
herança materna do mtDNA 
• apenas o mtDNA materno é transmitido para a geração 
futura 
• mãe com mutação → passa para os filhos que também 
irão apresentar a mutação 
• homem afetado → só pode ter vindo da mãe afetada 
• homem não transmite a doença 
• exemplo: neuropatia óptica hereditária de Leber 
 
Homoplasmia e heteroplasmia 
Expressividade variável → as mitocôndrias possuem DNA 
próprio, o qual se replica normalmente. Assim, algumas 
células tem distribuídas aleatoriamente a quantidade de DNA 
mutante e DNA normal 
• heteroplasmia → vários tipos de mtDNA, mesmo dentro 
de uma mesma célula → mistura de mtDNA mutante e 
não mutante → fenótipo leve 
• homoplasmia → todas as nossas mitocôndrias tem 
exatamente o mesmo código genético → DNA 
mitocondrial todo igual (ou só com mutante ou só com o 
normal → fenótipo mais rigoroso 
 
 
 
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Heredogramas 
 
Esther Santos Fonseca 
Heredogramas 
O estudo da herança de uma característica é feito pela 
análise de genealogias ou heredogramas, um método 
abreviado e simples para representar os dados de uma 
família 
A montagem é realizada a partir de informações prestadas 
pelo probando, que é o indivíduo (afetado ou não) a partir do 
qual a família será estudada pelo profissional. 
Alguns dados sobre as doenças dos membros familiares são 
importantes para a construção 
• Dados da doença: início, evolução e etc 
• Parentes em 1º grau do afetado (pais, filhos e irmãos) 
• Consanguinidade 
• Origem étnica etc 
É importante representar na genealogia indivíduos normais e 
afetados, abortos e natimorfos. Mantendo-a sempre 
atualizada 
1. Colocar todas as pessoas de uma mesma geração na 
mesma linha 
2. Conectar os cônjuges por uma linha matrimonial 
(horizontal) 
 (a linha deve ser dupla no caso de consanguinidade) 
3. Conectar uma linha vertical a partir da linha matrimonial 
à linha da irmandade (horizontal e paralela da 
matrimonial), a qual se conecta com os filhos do casal 
4. Colocar os filhos por ordem decrescente de nascimento, 
da esquerda pra direita (do mais novo ao mais velho) 
5. Numerar as gerações com algarismos romanos, em 
ordem decrescente (da mais remota até a mais recente) 
6. Numerar os indivíduos de cada geração acima e à direita 
do símbolo, em ordem crescente da esquerda pra direita 
7. O probando deve ser assinalado por uma seta 
8. Quando for o caso, colocar a idade de cada um abaixo 
do símbolo 
Obs: deverão ser representados os indivíduos normais, 
abortos e natimortos. Além daqueles não pertencentes à 
família, mas que, de alguma maneira, estão relacionados 
Obs: Um aborto espontâneo é a perda de um feto por causas 
naturais antes da 20ª semana de gestação. Um 
concepto natimorto é a perda de um feto por causas naturais 
após a 20ª semana de gestação. 
 
 
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• São características que são determinadas por vários 
genes (genética), com influência ambiental variável 
(ambiente), mas apresentam distribuição descontínua na 
população 
• A maioria das características e doenças humanas 
apresenta herança complexa 
 
Características 
• Agregação familiar 
• Não seguem um padrão mendeliano (leis) 
• Grande interação gene-gene 
• Enorme interação gene-ambiente 
• As características nas quais a variação seja causada por 
efeitos combinados de múltiplos genes 
• Tenho vários genes atuando ao mesmo tempo 
• Nenhum gene é dominante ou recessivo ao outro 
• Esses genes podem estar presentes para determinar 
uma característica/doença atuam em conjunto de forma 
aditiva 
Poligênico aditivo 
• Quando determinada doença é expressa por vários genes ao 
mesmo tempo (no caso, ABCDE) 
• Exemplo: características fisiológicas 
como altura 
A = pessoa alta, a = pessoa baixa. Não 
existe dominância entre eles, então eu 
posso ter 
AA→ alto 
Aa → média 
Aa → intermediária 
 
 
Gene principal 
• Um gene de efeito maior (principal) 
representa um pouco mais na quantidade 
de influência genética que essa 
característica carrega 
o Não significa que ela seja dominante 
entre as outras 
Efeito maior de dois ou mais genes 
• Dois genes mais ‘’importantes’’ 
determinam a expressão da 
doença/característica 
Exemplo: diabetes melito 
• Como as heranças multifatoriais são 
causadas por efeitos aditivos de várias 
fatores genéricos e ambientais, essas 
características tendem a seguir uma 
distribuição normal, ou ‘’em forma de 
sino’’ nas populações. 
 
• Inúmeras doenças não seguem o padrão de sinos, ao 
contrário, elas parecem estar presentes ou ausentes 
nos indivíduos 
• Explicação → é que existe uma distribuição de 
susceptibilidade para estas doenças na população 
• Para as doenças multifatoriais presentes ou ausentes, 
acredita-se em um limiar de susceptibilidade precisa 
ser ultrapassado para que se tenha a doença 
o Abaixo do limiar → pessoa normal 
o Acima do limiar → pessoa afetada 
Caso clínico → esteanose pilórica 
• Doença que se caracteriza por estreitamento e obstrução 
do piloro, a área entre estomago e intestino → vômitos, 
perda de peso e desequilíbrio eletrolítico como resultado 
• É mais comum em homem do que mulheres 
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o Acredita-se que essa diferença reflita dois 
limiares de distribuição, um mais baixo em 
homens e um mais alto em mulheres 
• Limiar masculino baixo → quer dizer que eu preciso de 
menos fatores para a doença se manifestar 
• Limiar feminino alto → precisam ser expostas a mais 
fatores causadores da doença para desenvolverem ela 
de fato → precisa ter mais fatores genéticos e 
ambientais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Nas doenças monogênicas, eu posso dar um risco de 
recorrência de confiança 
o Exemplo, 50% de chance para doenças 
autossômicas dominantes, 25% para 
autossômicas recessivas etc 
• Para as doenças multifatoriais → são deduzidos riscos 
empíricos baseados em observação direta de dados. 
o Riscos empíricos de recorrência para doenças 
multifatoriais são baseados em estudos de 
grande conjuntos de famílias 
o Estes riscos são específicos para uma dada 
população. Podem ser diferentes entre países, 
por exemplo. 
 
1) O risco de recorrência é maior se mais de um membro 
da família é afetado 
 
 
2) Se a expressão da doença no probando for mais severa, 
o risco de recorrência é maior 
 
• Isso porque uma expressão mais severa indica que o 
indivíduo afetado está na cauda extrema da 
susceptibilidade 
• Os seus parentes, então, possuem um risco maior de 
herdarem genes de doenças 
• Ex: lábio leporino/palato bilateral tem risco de recorrência 
maior à família do que a de unilateral por ser mais severo 
 
 
 
3) O risco de recorrência é maior se o probando for do sexo 
mais comumente afetado 
• Isso ocorre porque um indivíduo afetado do sexo menos 
susceptível está geralmente na posição mais externa de 
distribuição da susceptibilidade → precisa ter mais 
fatores genéticos e ambientais para se expor 
 
4) O risco de recorrência para a doença geralmente diminui 
rapidamente em parentes remotos 
• Quanto mais afastado o grau de parentesco, menor o 
risco de adquirir a doença 
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5) Se a prevalência da população é f, o risco da prole e de 
irmãos do probando é de aproximadamente raiz de f 
• Poucas características são influenciadas exclusivamente 
pelos genes ou somente por fatores ambientais. A maioria é 
influenciada por ambos 
 
• Determinação da influencia relativa entre fatores 
genéticos e ambientais 
o Pode levar ao melhor entendimento da etiologia 
da doença 
o Pode ajudar no planejamento de estratégias de 
saúde pública. 
• Uma doença em que a influencia é hereditária é baixa, 
como o câncer de pulmão, pode ser evitada de forma 
mais eficiente pela ênfase nas mudanças de estilo de 
vida (evitar tabaco) 
• Quando uma doença é mais relevante pela 
hereditariedade, como o câncer de mama, o exame do 
histórico familiar deve ser priorizado em relação às 
modificações no estilo de vida. 
• estudos de gêmeos e estudos de adoção → 
estratégias de pesquisa geralmente utilizadas para 
estimar a influencia ambiente x gene 
 
• as doenças multifatoriais se dividem em congênitas, 
presentes no nascimento, e em doenças na população adulta 
• aproximadamente 2% dos recém nascidos apresentam uma 
má formação congênita, e a maiorias destas condições são 
consideradas multifatoriais na etiologia 
• é bastante comum as malformações congênitas estarem 
associadas a outras doenças 
malformações 2ª da espinha bífida → hidrocefalia e o pé torto 
malformações 2ª da trissomia do 13 → lábio leporino e palato 
fendido 
defeitos congênitos associados a trissomia do 13, 18 e 21 → 
defeitos congênitos do coração 
 
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Fatores genéticos associados às malformações congênitas 
→ ainda não foram identificadas, mas → está sendo feito um 
estudo do isolamento de genes únicos que causam → 
famílias gênicas HOX, PAX e TBX 
Fatores ambientais envolvidos → exposição à teratógenos 
durante a gestação e hábitos de estilo de vida 
• talidomida → causa focomelia (membros severamente 
curtos) 
• ácido retinóico → roacutan → defeitos no coração, ouvido e 
SNC 
• rubéola → defeitos no coração 
Hipertensão 
• não é uma doença propriamente dita, pois não apresenta 
sintomas clínicos, mas é considerada um fator de risco, 
se não for controlada → pode levar a uma enfermidade 
grave e incapacitante → problemas cardiovasculares 
• pode ser considerado vários fatores → 
o genéticos, físicos (idade, raça, obesidade etc), 
o psicológicos (estresse), 
o ocupação, 
o álcool, tabagismo 
o e localização geográfica 
• fatores genéticos → muitos genes já foram mapeados 
como o 
o gene da feniletanolamina-N-metiltransferase 
(PNMT) 
o e o gene prostaciclina-sintase (PRGIS) → 
poligênica, vários genes contribuem 
• marcadores genéticos para a susceptibilidade à 
hipertensão 
o anormalidades na função renal 
o ou no sistema simpártico 
• fatores de risco ambientais causam variações na pressão 
sanguínea 
o ingestão elevada de sódio, 
o diminuição da atividade física, 
o estresse e obesidade 
 
 
Trombose venosa (trombofilia) 
• se formam coágulos venosos ou arteriais de maneira 
anormal, com complicações de risco de vida 
• genes envolvidos são, em geral, de susceptibilidade e 
não genes que representam a causa primária do 
distúrbio 
o foi identificado um locus de suscetibilidade para a 
doença no cromossomo 6p24.1 
o alelo C do polimorfismo do gene HIVEP1 
• interação gene-gene → precisa de mais de um gene 
necessário para o desenvolvimento da doença 
o mutação em alguns dos genes dos fatores de 
coagulação, anticoagulantes ou trombolíticos 
o funcionando isoladamente ou em conjunto com 
alterações em outros fatores genéticos 
• fatores ambientais → tabagismo e uso de 
contraceptivos orais contendo estrogênio sintético 
aumenta o risco de trombose 
 
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Esther Santos Fonseca 
Aconselhamento genEtico 
é uma das bases da medicina fetal, definido pela OMS 
como: 
‘’ um processo de comunicação que se ocupa com 
problemas genéticos associados ao aparecimento ou risco 
de aparecimento de doenças genéticas em uma familia’’ 
• Envolve aspectos éticos, psicossociais e médicos 
Ético 
• Os princípios éticos envolvidos fundamentam-se na 
autonomia do indivíduo/casal e ao caráter confidencial 
das informações (sigilo) 
• Em obstetrícia,o aconselhamento genético tem por 
objetivo 
o Estimar o risco gestacional 
o Avaliar a probabilidade de um diagnóstico pré-
natal 
o Propor uma eventual terapia intrauterina 
 
 
 
 
 
Comunicação 
• Primeiro principio para que haja compreensão por parte 
do paciente/casal 
• A comunicação de um resultado anormal é uma das 
etapas mais difíceis 
• Deve-se fazer uma pequena introdução sobre as 
principais anormalidades genéticas 
• Uso de diagramas, tabelas e gráficos para reforçar os 
conceitos 
• Disseminar e obter informações da forma mais acurada 
possível sobre o diagnóstico 
• Conhecer a herança familiar é indispensável para 
um bom aconselhamento 
Defesa psicológica 
• O aconselhamento genético provoca uma defesa 
psicológica importante entre os envolvidos 
• É muita ansiedade quando o casal procura o 
aconselhamento depois de ter quadros repetitivos de 
aborto espontâneo, filho anterior com malformação ou 
problema genético 
• Quando passam por resultados obstétricos 
desfavoráveis, os pais manifestam reações de raiva, 
culpa e resolução 
• Somente após 4 a 6 semanas que o casal começa 
aceitar a situação e ficar mais receptivo ao 
aconselhamento. 
• A mais comum é a idade avançada 
 
• O aconselhamento genético pré-concepcional é o 
mais ideal, pois permite que as famílias em risco para 
anormalidades congênitas tomem decisões reprodutivas 
mais conscientes → ainda dá tempo de estabelecer um 
diagnóstico mais preciso antes mesmo da concepção, 
realizar exames adicionais e estabelecer o risco de 
recorrência 
• O momento ideal é antes de iniciar a gravidez, o que 
possibilita intervenções que venham reduzir o risco de 
acometimento da prole 
• Iniciar com a coleta acurada de informações sobre o 
maior número possíveis de membro da família 
o Orientação de pelo menos 3 gerações 
• A informação deverá ser organizada em forma de 
heredograma 
• A informação em geral é coletada do membro afetado 
(probando), cujo risco para uma doença genética será 
determinado 
• Procura-se anotar 
o Nome completo, DN 
o Numero de filhos, abortamentos e óbitos fetais 
o As patologias presentes na família 
o Consanguinidade 
 
 
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Referências 
Fisiologia Humana, uma abordagem integrada – Silverthorn 5ª edição 
Biologia celular e molecular – Junqueira & Carneiro 8ª edição 
Embriologia Clínica – Keith Moore 8ª edição 
Embriologia Médica – Langman 13ª edição 
Rotinas em Obstetrícia – 6ª edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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