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Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Ovogênese INTRODUÇÃO • A ovogênse é o processo para a produção de gametas femininos. Para acontecer, precisamos de um processo meiótico para formar uma célula haploide (n), pois a maioria das células do corpo são somáticas (2n) • A produção de gametas vai acontecer no ovário, o qual produz tanto gameta quanto hormônio Ovogênese: embrião à puberdade • No embrião, as ovogônias fazem mitose para aumentar a população • As ovogônias → meiose I → Ovócito I paralisado na profáse I (diplóteno) • Assim, a mulher já nasce com os ovários repletos de ovócitos I com o número já estabelecido, não há mais produção depois • Para no dictióteno (interrupção da divisão celular INÍCIO DA PUBERDADE • A cada ciclo menstrual, o ovócito I vai ser estimulado a continuar no processo de divisão • Ciclo menstrual → ovócito I encerra meiose I → ovócito II paralisado na meiose II em metáfase II + 1º corpúsculo polar • Corpúsculo polar vai regredir • Só continua a meiose depois da fecundação • Temos 23 cromossomos (haploides, sem cromátide duplicada) OVOCITAÇÃO E FECUNDAÇÃO • O ovário vai liberar um ovócito II paralisado na metáfase II para a tuba uterina • Na tuba, a meiose só continua se houver fecundação • Se não houver fecundação, vai acontecer a menstruação • Fecundação → ovócito II finaliza a meiose II → origina um corpúsculo polar + zigoto PROCESSO VISTO POR INTEIRO Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Ovogênese DESENVOLVIMENTO FOLICULAR OVARIANO • O ovário é dividido em duas partes Medula • Região vascularizada, onde chegam os vasos sanguíneos para a nutrição do ovário Córtex • Região preenchida por tecido conjuntivo onde se desenvolvem os folículos ovarianos FOLÍCULO PRIMORDIAL QUIESCENTE • A cada ciclo menstrual, um determinado número de folículos primordiais são estimulados a crescer • Tudo isso ocorre junto a estruturas chamadas folículos ovarianos • Ovócito I paralisado na prófase I na fase de diplóteno Células granulosas (ou foliculares) • garante a nutrição do ovócito e o ovócito garante a nutrição das células granulosas • apresentam baixo metabolismo Lâmina basal • funciona como um ‘’murinho’’ que circunda o folículo, fornecendo proteção FOLÍCULO PRIMÁRIO • estão crescendo e apresentam, ao redor do ovócito, uma camada de células foliculares cuboides • mais ativas metabolicamente FOLÍCULO SECUNDÁRIO • As células granulosas vão se proliferar formando várias camadas Zona pelúcida • Entre a camada granulosa e o ovócito • Cada acelular de glicoproteínas • Proteção do embrião • Importante na fecundação Células da Teca • Ficam na periferia • Respondem ao LH (TeLHa) • A camada granulosa + camada da teca possuem células esteroidogênicas, que possuem capacidade de produzir hormônios • Esses hormônios vao se acumulando na camada granulosa e vão originar cavitações FOLÍCULO TERCIÁRIO • Surgimento dos antros: cavidades na camada granulosa com uma grande quantidade de hormônios esteroides Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Ovogênese • Predomínio do estrógeno do que a progesterona FOLÍCULO PRÉ-OVULATÓRIO • Aumentou a retenção de fluidos, fazendo com que todo o antro se uniformizasse Corona radiata • Camada de células granulosas ao redor da zona pelúcida Acúmulo oofúro • Camada de célula granulosa que se prende o ovócito na parede do folículo • Vai ser liberado junto com o ovócito na ovulação • Vai ajudar no movimento ciliar ao longo da tuba uterina OVOCITAÇÃO • Para acontecer a ruptura do folículo maduro, vai ter o extravasamento do antro e ruptura do conjunto folicular que contém o ovócito • Durante a ovocitação, ovócito I → continua meiose I → Ovócito II paralisado em metáfase II • Quando passa de ovócito primário pra secundário, vai ocorrer a liberação do corpúsculo polar • O corpúsculo polar fica na zona pelúcida, pois ela funciona como uma barreira não deixando que nada saia • Ele vai regredir em poucos dias • Só continua meiose II se houver fecundação FORMAÇÃO DO CORPO LÚTEO • Com a ovocitação, sobram as células da camada granulosa + células da teca • Elas não são destruídas, passam por um processo de diferenciação • Dão origem a uma glândula endócrina temporária, chamada corpo lúteo • O corpo lúteo produz os mesmos hormônios, mas com predomínio da progesterona sobre o estrogênio • Caso não ocorra fecundação, prostaglandina → lise do corpo lúteo → formando o corpo albicante (branco) Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Ciclo Menstrual CICLO OVARIANO • Dividido em 3 fases: Fase folicular • Primeira parte com crescimento do folículo ovariano • Tem duração mais variável • Pode durar de 10 dias a 3 semanas Ovulação • Quando um folículo amadurece e o ovário libera o ovócito durante a ovulação Fase Lútea • O corpo lúteo vai secretar hormônios preparando o corpo para a gestação • Se a gestação não ocorre, o corpo lúteo para de funcionar • Duração ‘’fixa’’ de 14 dias REVESTIMENTO ENDOMETRIAL Menstruação • O começo da fase folicular corresponde ao sangramento menstrual do útero Fase proliferativa (folicular) • A fase final da fase folicular • Nessa fase o endométrio produz uma nova camada e célula em antecipação à gestação Fase secretória (lútea) • Hormônios liberados pelo corpo lúteo (PROGESTERONA e estrogênio) convertem o endométrio espessado em uma estrutura secretória • Se não ocorrer fecundação, as camadas do endométrio são perdidas e o ciclo recomeça com a menstruação CONTROLE HORMONAL GERAL • GnRH do hipotálamo • FSH e LH da adeno-hipófise • Estrogênio, progesterona, inibina e AMH do ovário FASE FOLICULAR Fase folicular inicial • Dia 1 da menstruação é o dia 1 do ciclo • GnRH → gonadotrofinas → FSH → folículos do ovário começam a amadurecer • FSH → células granulosas → secretam AMH (anti mulleriano) → diminui a sensibilidade do folículo ao FSH → impede o recrutamento de mais folículos primários • LH → células da teca → síntese de androgênios → se difundem para a granulosa → aromatase converte → estrogênio • Estrogênio → retroalimentação negativa → diminui FSH e LH → impede o desenvolvimento adicional de folículos no mesmo ciclo Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Ciclo Menstrual • Folículos aumentando → células da granulosa produzem um líquido → antro → contem hormônios e enzimas necessárias a ovulação • Alguns folículos sofrem artresia (morte celular hormonalmente regulada), poucos chegam ao estagio final • Apenas um folículo dominante se desenvolve até a ovulação • Estrogênio dos folículos → endométrio cresce → aumenta suprimento sanguíneo → leva nutrientes e oxigênio para o endométrio espessado • Estrogênio → glândulas mucosas do colo do útero produzam um muco claro e aquoso Fase folicular tardia • Quando está chegando ao fim → pico de secreção de estrogênio ovariano • Células granulosas do folículo dominante → secretam inibina + progesterona → diminui secreção de FSH • Estrogênio (até então tinha exercidofeedback negativo) → retroalimentação positiva → pico ovulatório de GnRH → pico de LH + FSH (em menor quantidade por causa da inibina e da progesterona) • Pico de LH → ovulação → ovócito I → ovócito II + 1º corpúsculo polar • Altos níveis de estrogênio → glândulas → muco fino e elástico → facilita a entrada de espermatozoides OVULAÇÃO • 16 a 24 horas depois do pico de LH • Rompe a parede folicular e jorra o liquido antral • O ovócito II é arrastado para a tuba uterina para morrer ou ser fecundado • Células da granulosa + células da teca → diferenciação → corpo lúteo • Corpo lúteo → acumulam gotas de lipídio e grânulos de glicogênio → secretam progesterona FASE LÚTEA Fase lútea inicial • Após a ovulação → corpo lúteo → PROGESTERONA e estrogênio → feedback negativo → diminui secreção de GnRH, FSH e LH • Progesterona → endométrio aumenta a carga nutritiva para o futuro embrião → acumulo de lipídio e glicogênio • Progesterona → espessamento do muco cervical • Progesterona → capacidade termogênica → aumenta a temperatura basal da mulher até a menstruação Fase lútea tardia e menstruação • Não houve fecundação → corpo lúteo → apoptose → se torna corpo albicante → inativo • Diminuição da produção de progesterona e estrogênio → remove o sinal de retroalimentação Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Ciclo Menstrual negativa para a adeno-hipofise → aumenta secreção FSH e LH • Corpo lúteo degenerado → cai progesterona → vasos sanguíneos do endométrio se contraem → endométrio descama → menstruação EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-GONADAL • Esse eixo só se desenvolve plenamente depois da puberdade para começar o ciclo reprodutivo • Hipotálamo → tecido nervoso → associado a hipófise → adeno-hipófise CAMINHO DO FSH • FSH vai estimular crescimento de folículos ovarianos • Folículo ovariano crescendo → secreção de ESTRÓGENO e progesterona • FSH → células da granulosa → AMH (anti mulleriano) → diminui sensibilidade do folículo ao FSH → impede recrutamento de folículos primários adicionais • Máxima concentração de estrógeno no sangue → folículo maduro → feedback negativo na adeno- hipófise → reduz produção de FSH • Só o folículo com mais receptores de FSH vai suportar e virar o folículo maduro para depois ser ovocitado Observação – estrogênio • Estrogênio no inicio da fase lútea → feedback negativo do GnRH → impede o desenvolvimento de outros folículos no ciclo • Estrogênio no fim da fase lútea → feedback positivo → pico de concetração FSH (em menor quantidade pois ta sendo suprimido por inibina) + LH → ovulação CAMINHO DO LH • Após o folículo dominante já ter sido escolhido, o LH vai começar a agir • LH → células da Teca → induz esteroidogênese → androstenediona e testosterona → passa para as células granulosas • Células granulosas → recebem androstenediona → testosterona → CYP19 (aromatase) → formação de estrogênio • Aumento de estrogênio → feedback positivo no hipotálamo → pico de LH → ovulação • Pico de LH → rompimento do folículo maduro → dissociação de células granulosas → liberação do complexo cúmulos-oócito • Pico de LH → ovócito I → ovócito II parado na metáfase II → ovocitação • Ovocitação → cai nível de estrogênio Formação do corpo lúteo Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Ciclo Menstrual • No local da ovocitação → céls Teca + granulosas → corpo lúteo → produz PROGESTERONA, estrogênio e inibina • Células granulosas crescem → aumenta a captação lipídica → aumenta a síntese de colesterol • Inibina + estrogênio → diminui secreção do FSH • Progesterona (pró-gestação) → prepara o útero para a gravidez • Duração de 14 dias, a menos que haja resgate pelo HCG → manutenção do corpo lúteo produzindo progesterona durante 9 meses PROGESTERONA NA GRAVIDEZ Influência da progesterona no útero • Altas taxas de progesterona produzidas pelo corpo lúteo vão estimular as glândulas endometriais a secretar fatores nutritivos para o embrião • Espessamento do endométrio em uma estrutura secretória (fase lútea) • Altas taxas de concentração de progesterona inibem a contratividade do miométrio, para que ele fique quieto e não expulse o embrião Influência da progesterona nas glândulas mamárias • P4 promove o desenvolvimento alveolar na glândula mamária preparando para uma futura lactação Influência da progesterona na hipófise • P4 vai promover um feedback negativo no hipotálamo para ele inibir o GnRH e consequentemente o FSH e o LH para que não ocorra outra ovulação Capacidade termogênica da progesterona • Durante a fase lútea a temperatura basal da mulher aumenta cerca de 0,3 a 0,5°C e permanece elevada até a menstruação NÃO OCORREU FECUNDAÇÃO • Passaram-se alguns dias e não houve fecundação • O endométrio vai produzir um hormônio chamado prostaglandina • Prostaglandina vai desencadear a destruição do corpo lúteo • Corpo lúteo se torna uma estrutura inativa chamada corpo albicante • Sem corpo lúteo vai cair as concentrações de progesterona, logo: • Endométrio vai descamar • Miométrio vai contrair • Vai voltar a produzir as gonadotrofinas e formação de outra ovulação Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Ciclo Menstrual Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Gametogênese Masculina FUNÇÕES SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO • Espermatogênese • Produção do sêmen • Desempenho do ato sexual • Características sexuais 2ª CARACTERÍSTICAS GERAIS ESPERMATOGÊNESE • O embrião apresenta as espermatogônias, mas, só a partir da puberdade, vai começar a produzir os espermatócitos primários • A produção ocorre dentro do testículo, nos túbulos seminíferos, sob o estímulo do FSH • O processo dura cerca de 74 dias • Uma espermatogônia produz 4 espermatozoides • A atividade do espermatozoide é aumentada em meio neutro ou alcalino, morre no meio ácido • A elevação da temperatura aumenta a atividade metabólica do espermatozoide, encurtando sua vida • O espermatozoide vive semanas dentro do homem, já no trato genital feminino, depois de ejaculado, dura de 1 a 2 dias Diferenças para o feminino • Não há ciclicidade, a produção acontece o tempo todo • Não há andropausa (parada de produção de gametas), mas, a partir dos 50 anos, há o declínio da produção de espermatozoides Caminho dos espermatozoides • Túbulos seminíferos → rede testicular → ductos eferentes → epidídimo → ducto deferente LOCAL ONDE OCORRE • A túnica albugínea (tecido conjuntivo denso) envolve o testículo e o espessamento dela vai formar o mediastino • O mediastino é forma septos fibrosos que vão dividir o testículo em septos testiculares • Há comunicação entre os septos pois eles não são divididos completamente, além disso, eles são formados por o 1 a 4 túbulos seminíferos (espermatogênese) o Tecido conjuntivo frouxo o Vasos sanguíneos e linfáticos o Nervos o Células de Leyding ESPERMATOGÊNESE • Ocorre nos túbulos seminíferos, resultado da estimulação pelos hormônios gonadotrópicos • Começa aos 13 anos aproximadamente e continua pelo resto da vida • Se divide em 3 fases: o Espermatocitogênese → diferenciação das espermatogônias em espermatócitos primários o Meiose → processo por meio da qual espermatócitos I diploides formam espermátides II haploides o Espermiogênese → transformação de espermátidesem espermatozoides Espermatocitogênese • As espermatogônias são células diplóides que sofrem divisão mitótica para formar outras • Elas se diferenciam em dois tipos o Espermatogônias do tipo A • Células tronco indiferenciadas • São células de reserva que não entram no ciclo celular, mas podem fazê-lo o Espermatogônias do tipo B • Estas células também se dividem mitoticamente, mas vão originar os espermatócitos primários depois da fase de crescimento (fase da intérfase onde há duplicação do DNA) • Fazem mitose e viram espermatócito I Meiose • Os espermatócitos I com DNA duplicado (46 cromossomos com 2 cromátides cada) entram na primeira divisão meiótica para formar os espermatócitos II • Na meiose I (reducional) acontece o crossover, que consiste na troca de segmentos das cromátides entre cromossomos homólogos pareados, aumentando a variabilidade genética Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Gametogênese Masculina • Depois que termina a meiose I, origina os espermatócitos II com 23 cromossomos (diploide, pois os cromossomos ainda tem 2 cromátides) • Quando acontece a meiose II, os espermatócitos II viram espermátides com 23 cromossomos (haploide) com 1 cromátide por cada cromossomo • Assim, metade das características vem da mãe e a outra do pai Espermiogênese • É o nome da fase final de produção de espermatozóides • As espermátides se diferenciam • Nenhuma divisão celular ocorre durante esta transformação • Inclui as seguintes etapas: o Formação do acromossomo → formado principalmente pelo aparelho de Golgi, contém enzimas hidrolíticas para digerir a corona radiada e a zona pelúcida do ovócito o Condensação e alongamento do núcleo o Desenvolvimento do flagelo → formados principalmente por centríolos o Perda da maior parte do citoplasma → o corpo residual do citoplasma vai ser fagocitado pelas células de Sertoli • O flagelo, formado de centríolos, se movimenta a partir do ATP disponibilizado pelas mitocôndrias da peça intermediária • Parte do citoplasma se desprende para reduzir o peso do espermatozoide e ele ficar mais leve • O DNA do núcleo apresenta maior grau de condensação para tornar a célula mais leve também FATORES QUE INFLUENCIAM A ESPERMATOGÊNESE Hormônios • Os hormônios são os mais importantes controladores da espermatogênese, a qual depende do FSH e do LH da hipófise sobre as células do testículo • FSH age nas células de Sertoli, promovendo a síntese de proteína ligante de andrógeno ABP • O LH age nas células de Leyding estimulando-as a produzirem testosterona • A testosterona se combina com a ABP, mantendo uma alta concentração de testosterona no túbulo seminífero, importante para estimular a espermatogênese Temperatura • A espermatogênese só acontece se a temperatura estiver abaixo de 37ºC • A temperatura dos testículos é aproximadamente 35ºC • Vários componentes ajudam a manter a temperatura: o Plexo venoso → as artérias testiculares formam um sistema contracorrente de troca de calor o Evaporação de suor da bolsa escrotal → perde calor o Contração dos músculos cremastéricos → tracionam os músculos em direção aos canais inguinais, próximo da Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Gametogênese Masculina cavidade abdominal, aumentando a temperatura em casos de frio. Outros fatores • Desnutrição, alcoolismo e várias substâncias levam a alterações nas espermatogônias, diminuindo na produção de espermatozoides • Irradiações de sais de cádmio são tóxicas para as células germinativas, causando sua morte e esterilidade HISTOLOGIA DOS TESTÍCULOS • A presença dos túbulos seminíferos cria dois compartimentos em cada lóbulo: o Compartimento tubular ou intratubular → composto pelo epitélio seminífero, inclusive as células de Sertoli o Compartimento intertubular ou peritubular → composto por elementos neurovasculares, tecido conjuntivo, células imunes e as células de Leyding CI = compartimento intertubular CT= compartimento tubular Compartimento Tubular • Possui o epitélio seminífero dentro dos túbulos seminíferos: o Túnica própria: parede o Espermatogônias o Espermatócitos o Espermátides o Células de Sertoli Compartimento Intertubular • Espaço entre os compartimentos tubulares que possuem: o Vasos sanguíneos o Células do tecido conjuntivo o Macrófagos (por diapedese) o Células de Leyding CÉLULAS DE SERTOLI • Possuem um citoplasma grande que se estende desde a lâmina basal até o lúmen o Possui diversas funções • Suporte, nutrição, proteção à espermatogênese • Encaminham as células germinativas para mais próximas do lúmen • Diminui o citoplasma dos espermatozoides • Fagocitam o citoplasma dos espermatozoides (corpo residual) e as células germinativas que morrem durante o processo • Produção de fluido para conduzir os espermatozoides para o lúmen e depois para o epidídimo • Influenciadas pelo FSH • Produção da inibina que inibe o FSH • Produção dos hormônios antimulleriano • Produz ABP (proteína de ligação a andrógeno) que vai deixar a testosterona perto • Expressa a encima CYP19 (aromatase) o Converte testosterona em estradiol (tipo de estrógeno) o Estrogênio importante na espermatogênese • Formam a barreira hematotesticular o Seleciona o que entra na região o Se não houvesse ela os macrófagos iriam atacar as células haploides o Isola o estágio de desenvolvimento o Garante que nada interfira no processo de espermatogênese Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Gametogênese Masculina CÉLULAS DE LEYDING • Produzem testosterona • Estão no compartimento intertubular, próximas dos vasos sanguíneos (local estratégico), já mandam a testosterona produzida para o sangue por difusão • Testosterona vai chegar ao compartimento tubular por difusão, onde ela vai ser usada na fase de diferenciação • Estimulada pelo LH EIXO HIPOTÁLAMO-HIPOFISÁRIO-GONADAL • A maturação do eixo hipotálamo-hipófise vai acontecer na puberdade, por volta dos 13 anos, ou seja, os hormônios vai poder permitir a espermatogênese a e liberação dos espermatozoides no lúmen do CT • SNC → tecido nervoso chamado hipotálamo • Do hipotálamo temos 2 projeções → adenohipófise (tecido glandular) e neurohipófise (tecido nervoso) Mecanismo dos hormônios • Hipotálamo → produz GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) • GnRH → estimula a adenohipófise → secreta FSH e LH Caminho do LH (hormônio luteinizante) • LH → circulação sanguínea → testículo → células de Leyding (células intersticiais) • LH → se liga a receptores das células de Leyding → estimulando- as secretar testosterona • Uma parte da testosterona → circulação sanguínea → percorre o organismo → determinando características sexuais secundárias • Outra parte da testosterona → entra no CT → permite que a espermatogênese aconteça → fase se espermiogênese • Testosterona → chega nas células de Sertoli → que sintetiza DHT (di-hidrotestosterona) e E2 (estrógeno) • DHT + E2 + testosterona → maior concentração na corrente sanguínea → retroalimentação negativa no hipotálamo e hipófise → inibe GnRH → diminui produção de LH → inibe síntese de testosterona → equilíbrio no nível de testosterona Caminho do FSH (hormônio folículo – estimulante) • Adenohipófise → secreta FSH• FSH → vasos sanguíneos → testículos → receptores das células de Sertoli • Células de Sertoli → produz ABP → deixa a testosterona perto e em altas concentrações para a espermatogênese acontecer • Células de Sertoli → produz inibina → retroalimentação negativa da hipófise → inibe o FSH AÇÃO DA TESTOSTERONA NO CORPO Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Gametogênese Masculina Ação Intra-testicular • Vai ser captada pela ABP (células de Sertoli) que traz a testosterona pra perto • Testosterona → pela aromatase → convertida em estradiol → garante que a espermatogênese ocorra Ação periférica • Testosterona no tecido adiposo → aromatase → diminui LDL, aumenta HDL e atua na maturação dos ossos • Testosterona → enzima 5-alfa-redutase converte → DHT → garante características sexuais secundárias o Masculinização da genitália externa (aumenta o tamanho do saco escrotal, do pênis e os testículos) o Crescimento de pelos pubianos, axilares e faciais o Aumenta a formação de proteínas e desenvolvimento muscular o Efeito sobre a voz, produz hipertrofia da mucosa laríngea e alargamento da laringe Ação extra-testicular • Aumenta LDL • Reduz HDL • Deposição de gordura abdominal • Efeito anabolizante nos músculos • Função erétil • Libido • Aumenta a espessura da pele • Desenvolvimento de acne, aumentando a secreção de algumas glândulas sebáceas do corpo • Aumenta a matriz óssea e induz a retenção de cálcio, tonando os ossos mais fortes • Aumenta metabolismo basal • Aumenta a produção de hemácias • Efeito sobre o balanço hídrico e eletrolítico, aumentando a absorção de sódio nos túbulos renais distais REFERÊNCIAS • Tratado de fisiologia médica do Guyton & Hall 12ª edição • Langman, embriologia médica 12ª edição Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Fecundação TRANSPORTE DO ÓVULO • Na ovulação, o ovócito secundário é expelido do folículo ovariano junto com o fluido folicular e é capturado pela tuba uterina • Na extremidade da tuba, as fímbrias movem-se para frente e para trás • Também há a movimentação dos cílios que varrem o oócito II para o infundíbulo afunilado da tuba uterina o sua ação ajuda, mas não é obrigatória, porque as mulheres com a síndrome dos cílios imóveis geralmente são férteis • o oócito II passa então para a ampola da tuba uterina, principalmente como resultado do peristalse, contrações e relaxamentos alternados da parede do tubo, que conduzem ele em direção ao útero TRANSPORTE DOS ESPERMATOZOIDES • ocorre em ambos os tratos reprodutivos trato reprodutor masculino • após a espermiogênese, eles se tornam morfologicamente maduros, mas são imóveis e incapazes de fertilizarem o óvulo • o período de maturação está associado às mudanças nas glicoproteínas da membrana plasmática da cabeça dos espermatozoides Ejaculação • epidídimo → ducto deferente → se misturam com as secreções líquidas das vesículas seminais, bulbouretrais e da próstata → uretra → ejaculação o o liquido prostático é rico em ácido cítrico, fosfatase ácida e íons de zinco e magnésio o o liquido da vesícula seminal é rico em frutose, fonte de energia para eles. Elas também produzem a enzima vesiculase, coagula parte do sêmen ejaculado e forma um tampão vaginal que impede o retorno do sêmen à vagina trato reprodutor feminino • Quando ocorre a ovulação, o muco E do colo uterino aumenta e se torna menos viscoso, facilitando • Transporte rápido → depende dos movimentos musculares do trato reprodutor feminino do que da própria motilidade dos espermatozoides → costumam não serem capazes de fertilizar o ovócito • Transporte lento → envolve a natação dos espermatozoides pelo muco cervical • As prostaglandinas (substancias fisiologicamente ativas) no sêmen parecem estimular a motilidade uterina e a movimentação dos espermatozoides até o local da fecundação na ampola da tuba uterina CAPACITAÇÃO DOS ESPERMATOZOIDES • Uma vez na tuba uterina, os espermatozoides atigem o istmo e se ligam ao epitélio por cerca de 24 horas • A capacitação dura cerca de 7 horas, e ela é fundamental para capacitar os espermatozoides a fecundarem o ovócito e garantirem motilidade • Uma fase da capacitação é a remoção do colesterol da superfície dos espermatozoides, um componente do sêmen que atua para inibir a capacitação prematura • A próxima é a remoção de muitas das glicoproteínas que foram depositadas na superfície, do acrossoma, dos espermatozoides durante sua detenção no epidídimo • Após a reação de capacitação, os espermatozoides passam por um período de hiperatividade e se separam do epitélio da tuba Gradiente térmico • Na tuba, existe um gradiente térmico que atrai o espermatozoide até a ampola • Existe uma diferença de 2°C entre o istmo e a ampla Gradiente químico • As células do cumulus ou da corona radiata desprendem substâncias quimotácteis, por isso o espermatozoide, quanto mais próximos dessas substancias, mais ativo ele se torna • Os espermatozoides humanos também respondem à progesterona derivada do cúmulos Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Fecundação FERTILIZAÇÃO • Acontece na ampola da tuba uterina • Embora a fecundação possa ocorrer em outras partes da tuba (gravidez ectópica), ela não ocorre no útero nunca • O processo da fecundação leva 24 horas aproximadamente Função da fecundação • Estimula o oócito a completar a segunda divisão meiótica • Restaura o número diploide normal de cromossomos (46) no zigoto • Resulta na variação da espécie humana por meio da mistura de cromossomos maternos e paternos • Determina o sexo cromossômico do embrião • Causa a ativação metabólica da oótide (oócito quase maduro) e inicia a clivagem do zigoto • Dividida em fases o Penetração na corona radiata o Adesão e penetração na zona pelúcida o Fusão das membranas plasmáticas do oócito e do espermatozoide o Prevenção da polispermia o Ativação metabólica do ovócito o Descondensação do núcleo do espermatozoide o Conclusão da meiose e desenvolvimento dos pró-núcleos do óvulo Penetração da corona radiata • A corona radiata é uma camada de células granulosas com alta concentração de carboidratos, especialmente o ácido hialurônico • enzima hialuronidase liberada da vesícula acrossômica do espermatozoide → penetração da corona radiata • os movimentos da cauda do espermatozoide também são importantes para a penetração Adesão e penetração na zona pelúcida • a zona pelúcida consiste principalmente em quatro glicoproteínas: ZP1, ZP2, ZP3 e ZP4 • a interação de proteínas e ligantes da superfície do espermatozoide → moléculas receptoras ZP3 da zona pelúcida o diferenças moleculares interespécies nas regiões ligadoras dos espermatozoides da molécula de ZP3 → incapacidade de gametas de espécies diferentes se fertilizarem • na ligação à zona pelúcida → espermatozoides → reação acrossômica → liberação de enzimas → esterase, ACROSINA e neuraminidase → lise (dissolução) da zona pelúcida Fusão das membranas citoplasmáticas • O espermatozoide primeiro se liga e depois se funde com a membrana plasmática do ovócito • Moléculas da m.p da cabeça do espermatozoide → principalmente proteínas fertilinas e ciritestina → se ligam às moléculas da superfície do ovócito → alfa-6-integrina e proteína CD9 • A reação acrossômica provoca uma mudança das propriedades da membrana do espermatozoides • A fusão entre os gametas, mediada pelaintegrina da membrana do ovócito, torna suas membranas plasmáticas em continuidade • Após a fusão inicial, a cabeça e a cauda do espermatozoide entram no citoplasma do oócito • Embora as mitocôndrias da peça intermediária entrem, elas não contribuem para o complemento mitocondrial funcional do zigoto • O espermatozoide contribui com o centrossoma, que é necessário para a clivagem da célula Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Fecundação Prevenção da polispermia (reação zonal) • Quando o espermatozoide se funde a um ovócito, a entrada de outros (polispermia) deve ser impedida • Espermatozoide entrou → sucessivas ondas de Ca 2+ passam pelo citoplasma do ovócito → estimula a conclusão da segunda divisão meiótica do ovócito • A exposição ao Ca2+ provoca fusão dos grânulos corticais com a membrana plasmática → libera enzimas hidrolíticas e polissacarídios → causam o aumento da zona pelúcida • Os produtos de secreção dos grânulos corticais → se difundem nos poros da zona pelúcida → hidrolisam as moléculas receptoras de espermatozoides → ZP3 • Essa é a reação zonal → elimina a capacidade dos espermatozoides aderirem e penetrarem na zona Ativação metabólica do ovócito • Entrada do espermatozoide → bloqueio da polispermia • Espermatozoide → introduz a fosfolipase → liberação de pulsos de Ca2+ no citoplasma do ovócito → estimula a intensificação rápida da respiração e do metabolismo → por meio de uma troca de Na+ extracelular por H+ intracelular → aumento do pH intracelular → aumento no metabolismo oxidativo Descondensação do núcleo do espermatozoide • No espermatozoide → cromatina muito bem comprimida → ligações cruzadas de dissulfeto entre as moléculas de DNA → diminui peso • Ligações dissulfeto → reduzidas pela glutationa no ooplasma → em grupos sulfridrila → protaminas são perdidas da cromatina do espermatozoide → cromatina começa se espalhar no pró-núcleo masculino Conclusão da meiose II • Após a penetração do gameta masculino, o núcleo do ovócito, que estava paralisado na meáfase II, completa a última divisão meiótica e libera um segundo corpo polar • Espermatozoide entrou → sucessivas ondas de Ca 2+ passam pelo citoplasma do ovócito → estimula a conclusão da segunda divisão meiótica do ovócito • Pró-núcleos feminino e masculino crescem → replicam o DNA n (haploide), 2 c (cromátides) → dois prón-núcleos → célula oótide • Pró-núcleos se fundem (singamia) → cromossomos se misturam → zigoto → cromossomos se organizam no fuso de clivagem → sucessivas divisões mitóticas • O sexo do embrião é determinado na fecundação dependendo do tipo de espermatozoide (X ou Y) que fecunde o oócito o X → mulher o Y → homem Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Controle do ciclo celular CONTROLE DO CICLO CELULAR • A multiplicação celular inicia-se na fase embrionária, com a segmentação da célula-ovo • Divisão muito rápida → somente os materiais nucleares das células se duplicam o Carioteca ou envoltório nuclear o Matriz nuclear ou nucleoplasma o Nucléolo o 46 cromossomos ou fibras de cromatina • Os componentes do citoplasma vão se repartindo em suas sucessivas células-filhas • A divisão termina quando, nas células do blastocisto, se recupera a relação nucleocitoplasmática → proporção ideal entre núcleo e citoplasma da célula • A duplicação dos componentes citoplasmáticos englobam → G1, S e G2 • Existem mecanismos para coordenar o processo de síntese no núcleo e no citoplasma e determinar o começo e o fim do ciclo celular CICLINAS E CINASES DEPENDENTES DE CICLINAS Pontos de checagem • Final de G1 → se há substancias indutoras de divisão celular → célula começa se dividir → ponto de controle G1 ou ponto de partida • Intervém dois tipos de moléculas proveniente de outras células Ciclinas • Alternam um período de síntese crescente e outro de rápida degradação • A concentração não é constante • Concentração se eleva e desce • Ciclinas G1 (fase S) e ciclinas M (fase M) Cinases dependentes de ciclinas • Concentrações constantes • Interagem com as ciclinas → fosforilam e ativam moléculas responsáveis pela divisão celular • Cinases Cdk2 e Cdc2 A FASE S: CICLINA G1 + Cdk2 • Final de G1 → ponto de checagem → há substâncias indutoras → entra na fase S para se preparar para a divisão → replicação do DNA • Ciclina G1 sintetizada no ponto de partida e aumenta a concentração durante a fase S e desaparece na fase G2 • Acontece quando: ciclina G1 → ativa cinase Cdk2 → cadeia de fosforilações → ativação das moléculas responsáveis pela replicação do DNA • Condição: a Cdk2 só é ativada quando ciclina G1 atinge um determinado limiar de concentração → atingiu → ciclina G1 + Cdk2 → complexo SPF (fator promotor da fase S) → induz pré-RC → catalisa a reação da replicação do DNA • Ciclina G1 → proteassomas degrada → baixa concentração → separa-se de Cdk2 → SPF deixa de existir FASE G2: MECANISMOS DE SEGURANÇA • Ponto de checagem no inicio de G2 → verifica se há DNA não duplicado → se há → replica o DNA → não há → prossegue para a fase M FASE M: CICLINA M + Cdc2 • Verificou G2 → passou → fase M → mitose • Ciclina M começa a ser sintetizada a partir da fase G2, antes que desapareça a ciclina G1 Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Controle do ciclo celular • Ciclina M → alcança limiar de concentração → une-se á Cdc2 → complexo MPF (fator promotor da fase M) • Ciclina M → ativa Cdc2 → fosforila proteínas do citosol e nucleares → as que regulam estabilidade dos filamentos do citoesqueleto, as que compõem os filamentos laminares e a lamina nuclear, as histonas etc Consequências das fosforilações: início da mitose • Rede de filamentos de actina se desintegram → célula perde contato com as células vizinhas • Microtúbulos se desmontam • Lâmina nuclear + envoltório nuclear desagregam • Associação histona H1 com DNA → aumento da condensação (enrolamento) da cromatina → compactação dos cromossomos • Observação: divisão celular termina → baixas concentrações de ciclina M → desativação de Cdc2 → fim do MPF → desfosforilização Dissociação do MPF • A dissociação do MPF acontece → final da metáfase e início da anáfase → complexo proteíco ciclossoma ou APC → degradação da ciclina M e das coesinas que unem as cromátides → parada da divisão celular FASE G1 PROLONGADA PASSA A SER G0 • Início da mitose → sem fatores para induzir a continuação do ciclo → fase G1 prolongada → às vezes → ‘’se retira’’ do ciclo → fase G0 • Situação oposta: ocorre nas divisões celulares da segmentação do zigoto → fase G1 e G2 quase não existem → interfase se reduz à fase S → curta duração SUBSTANCIAS INDUZEM A PROLIFERAÇÃO CELULAR • No caso das células que surgem por segmentação da célula-ovo, parecem ter um mecanismo intrínseco, que, de forma automática, desencadeia uma divisão quando se conclui a anterior • Células que se não de dividem → fase G0 → não há ciclinas nem cinases dependentes de ciclinas → provavelmente por fatores que inibem sua produção Fase do ciclo Ciclina Cinases dp de ciclinas Complexo S G1 Cdk2 SPF M M Cdc2 MPF Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Primeira semana de gestação ACONTECIMENTOS GERAIS • Clivagem • Formação da mórula → ainda na tuba uterina indo para o útero • Formação do blastocisto → já na cavidade uterina • Inicio da implantaçãoCLIVAGEM DO ZIGOTO • Se inicia a aproximadamente 30 horas após a fecundação • Imediatamente após a fecundação, o zigoto passa por uma mudança acentuada de metabolismo e começa a clivagem por vários dias • Consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando em um aumento do número de células (blastômeros) • Começa a partir de quando o zigoto tenha alcançado o estágio de duas células • A clivagem ocorre conforme o zigoto passa pela tuba uterina em direção ao útero • O zigoto ainda continua dentro da zona pelúcida durante a clivagem • Por volta de 6 dias depois, o embrião perde sua zona pelúcida e adere ao revestimento uterino Compactação • Após a 3ª clivagem • Após o estágio de 9 células, os blastômeros se agrupam firmemente, formando uma bola compacta de células • Possibilita uma maior interação célula-célula e é um pré- requisito para a separação das células internas → embrioblasto (massa celular interna) do blastocisto • A compactação é mediada por glicoproteínas da adesão de superfície celular • Contato maximizado → junções de oclusão • A compactação é mediada pela concentração de Ca2+ - moléculas de adesão celular ativadas, como a E- caderina, em um anel ao redor da superfície livre dos blastômeros Mórula • 3 dias após a fertilização, as células do compactado se dividem novamente → mórula → 16 a 32 blastômeros • Células internas da mórula → massa celular interna → origina os tecidos do embrião • Células trofoblásticas → circundam as células internas → contribui para a formação da placenta mais tarde (trofo=nutrição) FORMAÇÃO DO BLASTOCISTO • Logo após de ter alcançado a cavidade uterina • Cerca de 4 dias após a fecundação • Um fluido começa a penetrar os espaços intercelulares da massa celular interna através da zona pelúcida • O líquido que entra é proveniente da cavidade uterina • Através da atividade de um sistema de transporte de sódio (Na+) e potássio (K+) – baseado em ATPase – o sódio e a água se movimentam pelos blastômeros externos e se acumulam nos espaços entre os blastômeros internos → cavitação → forma a blastocele (cavidade blastocística) • Conforme esse líquido aumenta, ele separa os blastômeros em duas partes o Trofoblasto → massa celular externa → formará a placenta no futuro o Embrioblasto → massa celular interna → formará o embrião • O embrião agora se chama BLASTOCISTO • Há evidências de que o fator de crescimento fibroblástico 4, secretado pelo embrioblasto, ajuda a manter a atividade mitótica no trofoblasto sobrejacente Desaparecimento da zona pelúcida • Depois que o blastocisto flutuou nas secreções uterinas por 2 dias, a zona pelúcida gradualmente se degenera e desaparece • A degeneração dela permite o crescimento do blastocisto Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Primeira semana de gestação Teste de gravidez durante os 10 primeiros dias • As células trofoblásticas → secretam uma proteína imunossupressora → fator de gestação inicial → base do teste de gravidez nos 10 primeiros dias INÍCIO DA IMPLANTAÇÃO • A degeneração da zona pelúcida também permite o embrião a se implantar no endométrio • Por volta do 6º dia • Estudos recentes sugerem que → selectina L nas células trofoblásticas → se ligam a receptores de carboidrato no epitélio uterino • Ligação → receptores de integrina (trofoblasto) para a laminina (endométrio) • Migração → receptores de integrina (trofoblasto) para a fibronectina (endométrio) • Logo que o blastocisto se adere ao epitélio endometrial, o trofoblasto se prolifera rapidamente e se diferencia em duas camadas o Camada interna → citotrofoblasto o Camada externa → sinciciotrofoblasto, que consiste em uma massa protoplasmática multinucleada sem observações de limites celulares, é tipo um ‘’pseudópode’’ das amebas O ÚTERO NO MOMENTO DA IMPLANTAÇÃO • A parede uterina consiste em 3 camadas o Endométrio: a mucosa que reveste a parede interna o Miométrio: camada espessa de músculo liso o Perimétrio: o peritônio que reveste a parede externa • Da puberdade à menopausa, o endométrio sofre variações durante os ciclos menstruais • Estágios do endométrio no ciclo menstrual o Fase folicular ou proliferativa o Fase secretória ou progestacional o Fase menstrual (se não ocorrer fecundação) • Durante a implantação, a mucosa uterina está na fase secretória, depois da ovulação, em resposta à progesterona do corpo lúteo • Fase secretória → glândulas e artérias se tornam espiraladas e o tecido fica espessado Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Segunda semana gestacional • A medida que a implantação do balastocisto ocorre, mudanças morfológicas acontecem o Disco embrionário bilaminar → formado pelo hipoblasto e epiblasto → origina camadas germinativas que formam todos os tecidos e órgãos do embrião o Estruturas extraembrionárias → cavidade amniótica, o âmnio, a vesícula umbilical conectada ao pendículo e o saco coriônico DIA 8 – IMPLANTAÇÃO • O sinciciotrofoblasto provoca a erosão do tecido endometrial e o blastocisto começa a se implantar no endométrio • O blastocisto está parcialmente encaixado no estroma endometrial Diferenciação do trofoblasto • O trofoblasto se diferencia em duas camadas o Citotrofoblasto: camada de células internas, onde encontram-se células mitóticas. As células do citotrofoblasto se dividem e migram para o sinciciotrofoblasto, no qual se fusionam e perdem suas membranas celulares individuais o Sinciciotrofoblasto: camada externa de células multinucleadas, sem limites celulares distintos, não há células mitóticas. É erosivo e invade o tecido endometrial, deslocando suas células. As células endometriais sofrem apoptose (morte programada), facilitando a invasão Diferenciação do embrioblasto • As células do embrioblasto também se diferenciam em dois tipos diferentes: o Camada hipoblástica: células cuboides pregadas (teto) na cavidade exocelômica o Camada epiblástica: células colunares altas pregadas (chão) na cavidade amniótica • Hipoblasto + epiblasto → disco embrionário bilaminar Formação da cavidade amniótica • A partir do epiblasto, começam a surgir as células amniogênicas → amnioblastos • Amnioblastos → se separam dos epiblastos → envolvem a cavidade amniótica → produz o âmnio • Alguns fatores do endométrio tem a função de torna-lo mais receptivo: o Microvilosidades das células o Moléculas de adesão celular (integrinas) o Citocinas, prostaglandinas o Hormônios (HCG e progesterona) o Fatores de crescimento o Enzimas de matriz extracelular e outras (metaloproteinases de matriz, proteína quinase A) • As células do tecido conjuntivo ao redor do local de implantação acumulam glicogênio e lipídios (nutrientes para o sinciciotrofoblasto) • As células deciduais (do endométrio) sofrem apoptose nas proximidades do sincício • As glândulas grandes e tortuosas secretam glicogênio e muco abundantes Teste de gravidez • O sinciciotrofoblasto produz um hormônio glicoproteico → HCG → entra na circulação sanguina da mãe → lacunas no sinciciotrofoblasto • O HCG mantém a atividade de corpo lúteo → produz progesterona e estrogênio para manter a gestação Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Segunda semana gestacional DIA 9 A 10 – COÁGULO E LACUNAS Formação do coágulo fibrinoso • O orifício deixado pela penetração do blastocisto no epitélio é fechado por um coagulo de fibrina• É como um tampão Estágio lacunar do sinciciotrofoblasto • Assim que se formam o âmnio, disco embrionário e a vesícula umbilical → formação de lacunas no sinciciotrofoblasto → mistura de sangue materno e restos celulares das glândulas uterinas • Embriotrofo: fluido dos espaços lacunares que chega ao disco embrionário → difusão → material nutritivo para o embrião Formação da membrana exocelômica • As células do hipoblasto formam uma membrana fina → membrana exocelômica → alinhada na superfície interna do citotrofoblasto Formação da cavidade exocelômica • Essa membrana forma o revestimento da → cavidade exocelômica OU vesícula vitelínica primitica DIA 11 E DIA 12 DO DESENVOLVIMENTO Reepitelização do coágulo de fibrina • Por volta do 12° dia, o epitélio quase totalmente regenerado recobre o tampão • Isso resulta parcialmente da sinalização de AMPc (monofosfato de adenosina cíclica, é um sinalizador) e progesterona Reação decidual • A principal função da reação decidual é fornecer nutrientes para o embrião em um local imunologicamente privilegiado para o concepto • Assim que o concepto (embrião e membranas) se implanta → céls do tecido conjuntivo endometrial continuam passando por transformações • As células incham devido ao acúmulo de glicogênio e lipídios do citoplasma Circulação uteroplacentária primitiva • comunicação dos capilares endometriais rompidos + rede lacunar • Artérias endometriais espiraladas → sangue oxigenado → rede lacunar → sai sangue com pouco oxigênio → removido das lacunas por → veias endometriais • Os vasos sanguíneos formados no estroma endometrial (estrutura do tecido conjuntivo) estão sob influência → estrogênio e progesterona • Proteína da junção comunicante → conexina 43 (Cx43) → papel na angiogênese na implantação Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Segunda semana gestacional Formação do mesoderma extraembrionário • Superfície interna do citotrofoblasto – nova camada de células – superfície externa da cavidade exocelômica • Essas células são derivadas do saco vitelínico • Preenchem todo o espaço entre o trofoblasto externamente, o âmnio e a membrana exocelômica internamente • Logo depois, grandes cavidades começam a se formar no mesoderma extraembrionário → cavidades se convergem → espaço novo → cavidade extraembrionária OU cavidade coriônica • Cavidade coriônica circunda → saco vitelínico primitivo + cavidade amniótica o Não circunda o local onde o disco germinativo se conecta ao trofoblasto • Mesoderma extraembrionário somático: circunda o citotrofoblasto e o âmnio • Mesoderma extraembrionário esplâncnico: reveste o saco vitelínico Celoma extraembrionário • O mesoderma extraembrionário aumenta e aparecem os espaços celômicos extraembrionários • Com a formação do celoma extraembrionário → saco vitelínico primitivo diminui de tamanho → pequeno saco vitelínico secundário → papel de nutrição DIA 13 E 14 – VILOSIDADES CORIÔNICAS Formação das vilosidades coriônicas primárias • O final da segunda semana é marcado pelo aparecimento das vilosidades coriônicas primárias • Células do citotrofoblasto se proliferam e penetram no sinciciotrofoblasto → colunas de céls circundadas por sincício Formação da vesícula umbilical secundária • Células do hipoblasto se proliferam, formando uma nova cavidade → dentro da cavidade do exocelômica → vitelina secundária OU vitelina definitiva → muito menores que a exocelômica • Cistos exocelômicos → porções da cavidade exocelômica que são pinçadas para fora • Vesícula umbilical humana → local de origem das células germinativas primordiais + função nutritiva Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Segunda semana gestacional Formação do córion e saco coriônico • Cavidade coriônica: o celoma extraembrionário se expande e forma essa nova cavidade • Placa coriônica: é o mesoderma extraembrionário que reveste o interior do citrotofoblasto • Pedúnculo embrionário: porção em que o mesoderma extraembrionário atravessa a cavidade coriônica o Com o desenvolvimento dos vasos sanguíneos → pedúnculo → cordão umbilical do embrião ULTRASSONOGRAFIA TRANSVAGINAL / ENDOVAGINAL • É usada para medir o tamanho do saco coriônico • Importante para a avalização do desenvolvimento embrionário inicial e da progressão da gestação EMBRIÃO DE 14 DIAS • Tem o formato de um disco embrionário bilaminar plano • As células hipoblásticas agora são cilíndricas e formam uma região circular espessada → placa pré-cordal → organizadora da cabeça Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Terceira semana de gestação RESUMO DA 3ª SEMANA Essa semana coincide com a 1ª semana de atraso menstrual, isto é, 5 semanas após o primeiro dia do último período menstrual normal Frequentemente, a interrupção da menstruação pode ser o primeiro sinal de gravidez Aproximadamente 5 semanas depois do último período menstrual, é possível detectar a gravidez por ultrassonografia A terceira semana é caracterizada por: • Aparecimento da linha primitiva • Desenvolvimento da notocorda • Diferenciação das três camadas germinativas DIFERENCIAÇÃO CELULAR • É um processo durante o qual ocorrem modificações moleculares e morfológicas, com aumento da complexidade celular • Nos seres humanos, o processo de diferenciação começa na fase embrionária de gástrula o Inicio de intensa síntese de proteínas e RNA, com consequente crescimento do embrião o Movimentos celulares intensos que originam os 3 folhetos germinativos o Fixação do destino das células embrionárias • Nas fases de mórula e blástula não ocorre transcrição nem tradução → sem síntese de RNA e proteínas Células-tronco • Células capazes de dividir-se e diferenciar-se em distintos tipos celulares. São, portando, células indiferenciadas Células totipotentes → capazes de se transformarem em qualquer tipo celular encontrada no corpo do indivíduo. É capaz de originar um ser por completo. o Encontradas no zigoto na fase de mórula → blastômeros → até a fase de 16 células → 3 dias de vida Células pluripotentes → são menos versáteis, ou seja, não são capazes de originar tecidos extraembrionários o Encontradas na fase de blastocisto → epiblasto → mesênquima → pluripotentes → formam as 3 camadas germinativas Células multipotentes → são responsáveis pela renovação celular, basicamente. Podem diferenciar-se em apenas alguns tipos celulares. o Células da medula óssea e do cordão umbilical Células unipotentes → não apresentam grande capacidade de diferenciação, sendo capazes apenas de formar células do tecido a qual pertencem GASTRULAÇÃO • A gastrulação é o processo no qual as três camadas germinativas irão originar todos os tecidos embrionários o Ectoderma o Mesoderma o endoderma • orientação axial dos embriões o Anteroposterior (A-P craniocaudal) o Dorsoventral (D-V) o Esquerdo-direito (E-D) • Durante a gastrulação, o disco embrionário bilaminar → trilaminar Formação da linha primitiva • Primeiro sinal morfológico da gastrulação • Forma-se na superfície do epiblasto • Resulta da proliferação e do movimento de células do epiblasto • 15º dia → forma-se uma faixa linear espessada do epiblasto, aparece caudalmente no plano mediano no aspecto dorsal do disco embrionário • Espessamento → linha primitiva • Pequena depressão → sulco primitivo • Pequena depressão no nó primitivo →fosseta primitiva Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Terceira semana de gestação Estabelecimento dos eixos corporais • Após a formação da linha primitiva, ela vai definir todos os principais eixos corporais Eixo anteroposterior (A-P craniocaudal) • Cranial → anterior • Caudal → posterior Eixo esquerdo direito (E-D) • Tudo que está a esquerda da linha primitiva → lado esquerdo do embriao • Tudo o que está a esquerda da linha primitiva → lado direito Eixo dorsoventral (D-V) • Grosseiramente equivale ao eixo ectoderma-endoderma • Dorso → ectoderma (costas) • Ventre → endoderma (abdômen) Crescimento do disco embrionário • Durante essa semana, o embrião é referido como gástrula • Proteínas morfogenéticas ósseas e outras moléculas de sinalização o Como o FGF, Shh, Tgifs e Wnts possuem uma participação de extrema importância na gastrulação o Os indicares de sinalização orientam o processo de diferenciação celular Mesênquima • Pouco tempo depois do aparecimento da linha primitiva, as células do epiblasto migram de sua superfície profunda para formar o mesênquima • Células pluripotentes que se diferencial em diversos tipos celulares → fibroblastos, controblastos e osteoblastos mais pra frente • Tecido conjuntivo embrionário formado por células fulsiformes, frouxamente organizadas e contendo fibras colágenas • Forma os tecidos de sustentação do embriao • Uma parte do mesênquima forma o → mesoblasto → forma o mesoderma intraembrionário Formação do endoderma definitivo • 16º dia → epiblastos nas laterais da linha primitiva → movem-se em direção ao espaço entre o epiblasto e o hipoblasto • As primeiras células ingressantes do epiblastos → invadem e deslocam o hipoblasto → substitui os hipoblastos por uma nova camada → endoderma definitivo Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Terceira semana de gestação • Endoderma embrionário → dá origem aos revestimentos epiteliais dos sistemas respiratório e digestório, incluindo as glândulas do trato digestório e do fígado e do pâncreas Formação do mesoderma intraembrionário • 16º dia → células do epiblasto migram através da linha primitiva e forma uma terceira camada germinativa → entre o epiblasto e o hipoblasto → mesoderme • Logo depois, a mesoderme vai originar 5 subdivisões principais o Mesoderma cardiogênico o Mesoderma paraxial o Mesoderma intermediário o Mesoderma da placa lateral o Processo notocordal ▪ A quinta população de células que migram cranialmente a partir do nó primitivo para formar a notocorda • Mesoderma → dá origem a todos os músculos esqueléticos, às células sanguíneas, ao revestimento dos vasos sanguíneos, à musculatura lisa das vísceras etc Formação do ectoderma • Agora o epiblasto remanescente constituiu a ectoderma • Rapidamente vai se diferenciar na placa neural → região central do disco embrionário • Ectoderma cutâneo (de revestimento) → região periférica • Entretanto o embrião se desenvolve em uma sequência CRANIOCAUDAL • Nesse momento, há a formação do disco embrionário trilaminar • Todas as três camadas se originaram do epiblasto • Ectoderma embrionário → dá origem a epiderme, aos SNC e SNP, aos olhos e ouvidos internos, células da crista neural e muitos dos tecidos conjuntivos da cabeça TERATOMA SACROCOCCÍGEO • Remanescentes da linha primitiva podem persistir (pois ela deverá desaparecer no processo notocordal) → teratoma sacrococcígeo • É um tipo de tumor de células germinativas que pode ser benigno ou maligno • As crianças mais afetadas são do sexo feminino (80%) • Geralmente são removidos rapidamente por cirurgia • Um teratoma pré-sacal pode causar obstrução intestinal ou urinária PROCESSO NOTOCORDAL E NOTOCORDA • Algumas células mesenquimais migram através da linha primitiva e vão em direção ao mesoderma • Processo notocordal → vai do nó primitivo até a placa pré-cordal Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Terceira semana de gestação o A placa pré-cordal dá origem ao endoderma da membrana bucofaríngea, futura cavidade oral o A placa pré-cordal funciona como um centro sinalizador (Shh e PAX6) para o controle do desenvolvimento das estruturas cranianas • As células mesenquimais migram lateral e cranialmente, se misturando com outras células mesodérmicas até as margens do disco embrionário • Células do nó primitivo → proliferam → mergulham embaixo do ectoderma → vai até a placa pré-cordal → forma um tubo que se alonga e ganha lúmen → canal notocordal • É um tubo → em cima está o âmnio → embaixo está o saco vitelínico OBS: se cortamos a região antes do nó, não há processo notocordal • Em seguida, o assoalho do processo notocordal se funde com o endoderma embrionário que está embaixo • Essa base de sustentação vai se desfazer, e, por um curto período de tempo → comunicação entre âmnio + saco vitelínico • Há a formação de abertura no assoalho do processo notocordal → canal neuroentérico → buraco → vai permitir a comunicação do âmnio e do saco vitelínico → notocorda completa → ele se fecha normalmente • Depois, começando da extremidade cranial do embrião → células da placa notocordal se proliferam → sofrem um dobramento → forma a notocorda Notocorda • Os sinais instrutivos da linha primitiva (Shh) → induzem as células precursoras notocordais → forma notocorda → semelhante a um bastão → começa da extremidade cranial do embrião até o nó primitivo • Define o eixo longitudinal primordial do embrião • Confere certa rigidez • Fornece sinais que são necessários para o desenvolvimento de estruturas musculoesqueléticas axiais e do SNC • Contribui para a formação dos discos intervertebrais • O desenvolvimento da notocorda → induz células do ectoderma → espessa e forma a placa neural → primórdio do SNC Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Terceira semana de gestação Alantoide • Aparece no 16º dia como uma pequena evaginação da parede caudal da vesícula umbilical, que se estende até o pedículo de conexão • O mesoderma do alantoide → se expande para baixo do córion → forma vasos sanguíneos que servirão para a placenta • Os vasos sanguíneos do alantoide se tornam artérias umbilicais Mesoderma cardiogênico • O futuro mesoderma cardiogênico move-se do epiblasto para a porção mediana da linha primitiva → migra cefalicamente → cerca a membrana orofaríngea Membranas bilaminares • São extremidades, caudal e cranial, onde não existe mesoderma → ectoderma e endoderma se fusionam • Membrana bucrofaríngea → futura cavidade oral • Membrana cloacal → indica o futuro local do ânus ALONGAMENTO DO DISCO EMBRIONÁRIO • Nessa etapa, o embriao já não é mais um disco, ou seja, durante a gastrulação → início da linha primitiva e notocorda → placa neural → alongamento do embriao • Como se ele tivesse se ‘’achinelando’’ adquirindo o formato de um chinelo • A medida que o embriao vai se alongando → o nó primitivo vai sendo empurrado caudalmente → regressão do nó e linha primitiva • A notocorda já está se passando no meio, dentro dela um sulco neural e duas pregas do lado NEURULAÇÃO • Processo de formação da placa neural, das pregas neurais e no fechamento das pregas para formarem o tubo neural • Completa até o final da quarta semana → fechamento do neuropolo caudal→ vitamina B9 e B12 são importantes Placa e tubo neural • Conforme a notocorda se desenvolve → induz o ectoderma a se diferenciar → se espessa e forma a placa neural • Na placa neural se desenvolvem duas saliências → pregas neurais • Entre as pregas → sulco neural • Ou seja, a notocorda induz a diferenciação de células ectodérmicas em uma placa neural → somente SOBRE a notocorda • Lateralmente → continua ectoderma normal → vão formar o ectoderma de revestimento posteriormente • Ectoderma que está se desenvolvendo na placa neural → neuroectoderma o O neuroectoderma dá origem ao SNC, o encéfalo e a medula espinhal, além da retina • Inicialmente, placa neural → mesmo comprimento da notocorda subjacente Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Terceira semana de gestação • Placa neural → surge rostralmente (extremidade da cabeça) ao nó primitivo e dorsalmente (posterior) à notocorda e ao mesoderma subjacente (embaixo) • Notocorda se alonga → placa neural se amplia → se estende cranialmente até a membrana bucofaríngea • Posteriormente, placa neural se estende além da notocorda Formação do tubo neural • 18º dia → Placa neural se invagina → forma o sulco neural mediano longitudinal (sulco neural) → com pregas neurais em ambos os lados • As pregas se tornam proeminentes na extremidade cranial do embrião → primeiro sinal do encéfalo • Até o final da 3ª semana → pregas neurais se fusionam → placa neural se transforma → tubo neural • Tubo neural → se separa do ectoderma Formação da crista neural • Diferenciação e migração das células da crista neural → reguladas por interações moleculares de genes específicos, moléculas de sinalização e fatores de transcrição • A sinalização Wnt/beta-catenina → ativa o gene GBX2 → desenvolvimento da crista neural • Azul claro → ectoderma de revestimento • Azuis mais escuros → neuroectoderma → vai formar o tubo neural • O azul intermediário → vai formar a crista neural • Com a fusão dessas pregas e com a formação do tubo neural, haverá também a fusão dessas regiões laterais às pregas se fundindo → reestabelecendo o ectoderma de revestimento • Crista neural → restos de células que se formam um ‘’chapéu’’ • O tubo neural → migra ventralmente → ocupa o lugar que antes era da notocorda • Cristas neurais → separa em porção direita e esquerda → região dorsolateral do tubo neural • Crista neural o Origina os gânglios sensoriais dos nervos espinhais e cranianos o Gânglios do sistema nervoso autônomo o Formam a bainha de neurilema dos nervos periféricos o Formação das células pigmentares o Células da medula da glândula suprarrenal e etc Lâminas de mesodermas junto ao tubo neural Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Terceira semana de gestação • Mesoderma lateral → contínuo com o mesoderma extraembrionário que reveste a vesícula umbilical (saco vitelínico) e o âmnio • Mesoderma intermediário → coluna de mesoderma entre o mesoderma paraxial e o mesoderma lateral • Mesoderma paraxial → vem das células do nó primitivo → acompanham todo o tubo neural → se dividem para formar os somitos DESENVOLVIMENTO DOS SOMITOS • Células derivadas do nó primitivo → formam a notocorda • Envolve a expressão dos genes da via de sinalização Notch → genes HOX • Células do nó primitivo → formam mesoderma para-axial → se diferencia, se condensa → começa a se dividir em corpos cuboides pareados → somitos → sequência craniocaudal • Os blocos de somitos estão localizados dos dois lados do tubo neural em desenvolvimento • Cerca de 38 pares → entre 20 a 30 dias depois do inicio do desenvolvimento embrionário • Final da 5ª semana → 42 a 44 pares • Dão origem a maior parte do esqueleto axial e à musculatora associada • Dão origem à derme da pele adjacente DESENVOLVIMENTO DO CELOMA INTRAEMBRIONÁRIO • Celoma → cavidade do corpo do embrião • Espaços celômicos isolados começam a surgir no mesoderma intraembrionário lateral e no mesoderma cardiogênico (coração em formação) • Espaços se juntam → formam o celoma intraembrionário → única cavidade em formado de ferradura • O celoma divide o mesoderma lateral em duas camadas → camada somática ou parietal e camada esplâncnica ou visceral o PARIETAL OU SOMÁTICA: contínua ao mesoderma extraembrionário, que cobre o âmnio o VISCERAL OU ESPLÂNCNICA: contínua ao mesoderma extraembrionário que cobre o saco vitelínico • Somatopleura → mesoderma somático + ectoderma → formam a parede do corpo do embrião • Esplancnopleura → mesoderma esplâncnico + endoderma → formam o intestino embrionário Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Terceira semana de gestação DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR • Final da segunda semana → nutrição por difusão do celoma extraembrionário e do saco vitelínico através de célula a célula • 3ª semana → necessidade crescente por vasos sanguíneos → trazer oxigênio e nutrientes para o embrião → formação inicial do sistema cardiovascular • A formação dos vasos sanguíneos começa no mesoderma extraembrionário (que fica fora) do saco vitelínico, do pedículo de conexão e do córion Vasculogênese • Formação de vasos novos a partir de angioblastos (células diferenciais do mesênquima) • Células mesenquimais → angioblastos → se agregam para formar aglomerados de celulares angiogênicos isolados → ilhotas sanguíneas → apresentam uma cavidade no interior • Os angioblastos se achatam → formam as células endoteliais ao redor das cavidades das ilhotas → dando origem ao endotélio • Muitas das cavidades revestidas por endotélio se se fusionam → rede de canais endoteliais → vasculogênese Angiogênese • Formação de vasos novos a partir de um vaso velho (acabam se conectando), vaso novo-vaso velho • Vasos se ramificam → brotamento endotelial (angiogênese) → e se fundem com outros vasos Formação das células sanguíneas • Células endoteliais → surgem a partir das células endoteliais • Células sanguíneas progenitoras → originam diretamente de células-tronco hematopoiéticas o A hematogênese → formação e hemácias → só depois da 5ª semana SISTEMA CARDIOVASCULAR PRIMITIVO • Células mesenquimais da área cardiogênica → coração e grandes vasos • Canais longitudinais + tubos cardíacos endocárdicos (revestidos por cels endoteliais) → se desenvolvem → fusionam → formando o tubo cardíaco primitivo • Coração tubular → se une aos vasos sanguíneos do embrião → sistema cardiovascular primitivo • Ao final da 3ª semana → sangue circulando → coração começa a bater no 21º ou 22º dia • O sistema cardiovascular é o primeiro sistema de órgãos a alcançar um estado funcional Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Terceira semana de gestação DESENVOLVIMENTO DAS VILOSIDADES CORIÔNICAS • 2ª semana → vilosidades coriônicas primárias o Células do citotrofoblasto se proliferam e penetram no sinciciotrofoblasto → colunas de células circundadas por sincício • Início da 3ª semana → mesênquima extraembrionário central cresce para dentro para dentro dessas vilosidades → forma o eixo central de tecido mesenquimal → vilosidades coriônicas secundárias → revestem toda a superfície do saco coriônico • Células mesenquimais nas vilosidades → diferenciam em capilares e células sanguíneas → vasos no interior das vilosidades coriônicas secundárias → vilosidades coriônicas terciárias • Posteriormente,vilosidades coriônicas se fundem → formando redes arteriocapilares → por meio de vasos que se diferenciam do mesênquima do córion e do pedículo de conexão → vão se conectar com o coração do embrião • Oxigênio + nutrientes → presentes no espaço interviloso → se difundem através das paredes das vilosidades → sangue do embrião • CO2 + resíduos → se difundem do sangue dos capilares fetais → paredes das vilosidades coriônicas → sangue materno • As células citotrofoblásticas das vilosidades coriônicas proliferam e se estendem através do sinciciotrofoblasto → formando a capa citotrofoblástica extravilosa Vilosidades coriônicas-tronco • as vilosidades que vão ter os citrotofoblastos em grande quantidade • se prendem ao tecido materno através da capa citrotofoblástica Vilosidades ramificadas • são as ramificações das vilosidades troncais • é através da parede das vilosidades ramificadas → ocorre a principal troca de material → sangue materno e embrião • as vilosidades ramificadas são banhadas por sangue materno do espaço interviloso, que é renovado continuamente Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Dobramento embrionário FASES DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO • Fase de crescimento → envolve a divisão celular e a elaboração de produtos celulares • Fase de morfogênese → desenvolvimento da forma, tamanho e outras características. Controlada pela expressão e regulação de genes específicos em uma sequencia ordenada • Fase de diferenciação → as células são organizadas em um padrão preciso de tecidos e de órgãos capazes de executar funções especializadas DOBRAMENTO DO EMBRIÃO • Disco trilaminar plano → dobramento → embrião cilíndrico → estabelecimento da forma do corpo • O dobramento ocorre nos planos medianos e horizontal e resulta no crescimento rápido do embrião • A velocidade do crescimento lateral não acompanha o ritmo do crescimento do comprimento do embrião • O dobramento das extremidades cranial e caudal e o dobramento lateral ocorrem ao mesmo tempo • Ao mesmo tempo, há uma compressão, estrangulamento, relativa na junção do embrião com a vesícula umbilical DOBRAMENTO NO PLANO MEDIANO • O dobramento das extremidades produz as pregas cefálica e caudal, que resultam em uma movimentação das regoes cranial e caudal ventralmente (em direção ao abdômen) • O dobramento acontece enquanto o embrião se alonga cranial e caudalmente • É como se embrião estivesse dando uma cambalhota PREGA CEFÁLICA • Início da 4ª semana → as pregas neurais na região cranial formam o primórdio do encéfalo • Inicialmente, encéfalo em desenvolvimento → dorsalmente para a cavidade amniótica • Posteriormente, o prosencéfalo em desenvolvimento → cresce cranialmente, além da membrana bucofaríngea e coloca-se sobre o coração em desenvolvimento → migrou mais ventralmente (em direção ao abdômen) • Ao mesmo tempo → septo transverso (lâmina espessa de tecido mesodérmico que vai originar o diafragma) + coração primitivo + celoma pericárdio + membrana bucofaríngea → se deslocam para a superfície ventral do embrião • Durante o dobramento → parte do endoderma do saco vitelínico (vesícula umbilical) → incorporado como intestino anterior (primórdio da faringe, esôfago e sistema respiratório inferior) o O pedículo de conexão também está migrando para a parte ventral → é lógico pois ele vai originar o cordão umbilical junto com o saco vitelínico o O saco vitelínico está sofrendo um estrangulamento • O intestino anterior está localizado entre o prosencéfalo e o coração primitivo • A membrana bucofaríngea separa o intestino anterior do estomodeu → boca primitiva Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Dobramento embrionário • Após o dobramento da cabeça → septo transverso (futuro diafragma) → caudal ao coração → se desenvolve posteriormente → desenvolve-se no tendão central do diafragma (separação entre a cavidade abdominal e torácica) • A prega cefálica → afeta o arranjo do celoma embrionário (cavidade corporal) • Antes do dobramento → celoma era uma cavidade achatada e em formato de ferradura • Depois do dobramento → celoma pericárdio → ventral (embaixo) ao coração → cranial (na frente) ao septo transverso • Nesse estágio, o celoma intraembrionário → se comunica em ambos os lados → com o celoma extraembrionário PREGA CAUDAL • Dobramento da extremidade caudal → crescimento da parte distal (mais afastada) do tubo neural → primórdio da medula espinhal • À medida em que o embrião cresce → eminência caudal (região da cauda) → se projeta sobre a membrana cloacal → futuro ânus (imagem acima) • Parte do endoderma → incorporado ao embrião como intestino posterior → originará o cólon e reto • Parte terminal do intestino posterior → se dilata levemente → forma a cloaca (bexiga urinária e o reto primários) • Antes do dobramento → linha primitiva situa-se cranial (na frente) à membrana clocal • Após o dobramento → linha primitiva na região caudal (atrás) à membrana clocal • O pedículo de conexão (primórdio do cordão umbilical) → agora está ligado a superfície ventral • O alantóide → parcialmente incorporado do embrião DOBRAMENTO DO EMBRIÃO NO PLANO HORIZONTAL • Dobramento lateral → produz pregas laterais direita e esquerda • O dobramento lateral é resultado do rápido crescimento da medula espinhal e dos somitos • O primórdio da parede abdominal ventrolateral → dobra- se em direção ao plano mediano → deslocando as Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Dobramento embrionário bordas do disco embrionário ventralmente → embrião cilíndrico formado • Com a formação da parede abdominal → parte do endoderma → incorporada ao embrião como intestino médio, primórdio do intestino delgado • Inicialmente → ampla conexão entre intestino médio e saco vitelínico (vesícula umbilical) • Após o dobramento lateral → comunicação reduzida → formando o ducto onfaloentérico • A região de ligação do âmnio à superfície ventral do embrião também é reduzida a uma região umbilical relativamente estreita • Com o cordão umbilical → formado a partir do pedículo de conexão + pedículo vitelínico (região estrangulada) • a fusão ventral das pregas laterais reduz a comunicação entre as cavidades celomáticas (extra e intra) a uma comunicação mais estreita • com a expansão da cavidade amniótica e com a eliminação da maior parte do celoma extraembrionário → âmnio forma o revestimento epitelial do cordão umbilical Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Quarta à oitava semana INTRODUÇÃO • Todas as principais estruturas internas e externas são estabelecidas nesse período • O embrião possui uma aparência nitidamente humana • A exposição dos embriões a teratógenos durante esse período pode causar grandes anomalias congênitas, principalmente porque os tecidos e órgãos estão rapidamente se diferenciando QUARTA SEMANA DOS SOMITOS • Ocorrem mudanças na forma do embrião • No início → embrião quase reto e possui de 4 a 12 somitos • O tubo neural é formado frente aos somitos, mas é amplamente aberto nos neuropolos rostral e caudal. o Importante a suplementação de vitamina B9 e B12 nessa fase para o fechamento dos neuroporos ocorrer certinho o O fechamento dos neuroporos é feito crânio- caudalmente o Fecha que nem um zíper • Com 24 dias → os primeiros arcosfaríngeos o 1º mandibular → origina a mandíbula e a extensão rostral do arco o 2º hiodieo o 3º maxila → contribui para a maxila o Os três pares de arcos faríngeos são vistos com 26 dias de vida o Vao sinalizar a região da boca o É mais dorsal e caudal do paciente • Agora o embrião está levemente curvado em função das pregas cefálica e caudal • O coração forma uma → proeminência cardíaca ventral e bombeia sangue • Neuroporo rostral está se fechando • Os brotos dos membros superiores são reconhecíveis no dia 26 ou 27 • As fossetas óticas (primórdios das orelhas internas) também estão visíveis • Espessamentos ectodérmicos → futuros cristalinos dos olhos Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Quarta à oitava semana • 4º par de arcos faríngeos e o broto dos membros inferiores também estão visíveis • Uma longa iminência caudal, como uma cauda também é uma característica • Primórdios de muitos sistemas de órgãos, como o sistema cardiovascular, são estabelecidos • Neuroporo caudal está fechado no final da 4ª Diferentes cortes do embrião de 4 semanas 5ª SEMANA DA CABEÇA • As mudanças no corpo são poucas, mas o crescimento da cabeça excede o de outras regiões • Alargamento da cabeça → por causa do rápido desenvolvimento do encéfalo e das proeminências faciais • A face em contato com a proeminência cardíaca • Rápido crescimento do 2º arco faríngeo → se sobrepõe ao 3º e 4º arco → forma uma depressão lateral (como se fosse uma gordurinha → seio cervical • As cristas mesonéfricas → indicam o local dos rins mesonéfricos → órgãos excretores provisórios Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Quarta à oitava semana 6ª SEMANA DOS SENTIDOS • Mostra os movimentos espontâneos → contrações no tronco e nos membros em desenvolvimento • Os membros superiores começam a mostrar uma diferenciação regional → desenvolvimento dos cotovelos e das grandes placas das mãos • Os primórdios dos dígitos (dedos) → raios digitais → iniciam seu desenvolvimento na placa das mãos • Saliências auriculares → se desenvolvem ao redor do sulco ou fenda faríngea → entre os primeiros 2 arcos faríngeos • Sulco → meato acústico externo (canal da orelha externa) • Saliências auriculares contribuem → aurícula (pavilhão), a parte em concha da orelha externa • Os olhos agora são notáveis → formação do pigmento da retina • Cabeça dobrada sobre a proeminência cardíaca • O tronco e o pescoço começam a endireitar • Intestino penetra no celoma extraembrionário na parte proximal do cordão umbilical 7ª SEMANA DOS MEMBROS MODIFICADOS • Os membros sofrem uma mudança considerável durante a 7ª semana • Chanfraduras (destaca) aparecem entre os raios digitais (dedos) • Sulcos separam as áreas das placas das mãos e dos pés, que indicam claramente os dedos • Comunicação entre o intestino primitivo e a vesícula umbilical está reduzida • Pedículo vitelínico → ducto onfaloentérico • Ao final da 7ª semana, a ossificação dos membros superiores já iniciou 8ª SEMANA DO MINI HUMANO • No início da 8ª, os dedos das mãos já estão separados, porém, unidos por uma membrana visível • Chanfraduras visíveis nos pés • Eminencia caudal ainda está presente, mas é curta • Plexo vascular do couro cabeludo aparece → forma uma faixa característica ao redor da cabeça • Final da 8ª semana → todos as regiões dos membros estão aparentes, dedos compridos e completamente separados • Os primeiros movimentos voluntários dos membros acontecem durante a 8ª semana • A ossificação primária inicia-se no fêmur • A eminência caudal desapareceu • Mãos e pés se aproximam ventralmente • O embrião possui características humanas distintas Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Quarta à oitava semana • Cabeça ainda é desproporcional (grande demais) • Pálpebras mais evidentes • Os intestinos estão na porção proximal do cordão umbilical ESTIMATIVA DA IDADE DO EMBRIÃO • Embriões recuperados depois do aborto espontâneo têm suas idades estimadas a partir de suas características externas e pela medida do seu comprimento • Embriões de 3ª e 4ª semana são mais retos → sua medida indica maior comprimento • Embriões de 14 a 18 semanas → comprimento cabeça-nádega (CNN). É considerado que o maior CNN é o mais preciso • Altura em pé ou comprimento cabeça-calcanhar é algumas vezes medida, o comprimento do embrião é apenas um dos critérios para saber a idade Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Derivação das camadas germinativas DERIVADOS DO ENDODERMA • O sistema digestório é o principal sistema orgânico derivado do endoderma o Recobre a superfície ventral do embrião e forma o teto da vesícula vitelínica • Conforme a cabeça, a cauda e as duas dobraduras se movem ventralmente → elas puxam o âmnio pra baixo com elas, de modo que o embrião fique dentro da cavidade amniótica • A parede corporal ventral se fecha totalmente, exceto na região umbilical, onde há a conexão do bulbo com a vesícula vitelínica mantida • Como resultado do crescimento cefalocaudal e do fechamento das dobraduras da parede corporal → parte do endoderma é incorporado ao embrião para formar o tubo intestinal o Intestino anterior o Intestino médio o Intestino posterior Intestino anterior • Em sua porção cefálica, o intestino anterior → ligado temporariamente pela membrana orofaríngea, que se separa do estomodeu (boca) da faringe (parte do intestino anterior derivado do endoderma) • Na 4ª semana, a membrana orofaríngea se rompe, estabelecendo uma conexão aberta com a boca e o intestino primitivo Intestino médio • Se comunica com o saco vitelínico por um pedúnculo largo, o ducto vitelínico • Esse ducto é largo inicialmente → crescimento adicional do embrião + dobramento → se torna estreito e longo Intestino posterior • Também termina em uma membrana ectoendodérmica → membrana cloacal • Membrana cloacal → separa a porção superior do canal anal (derivada do endoderma) da porção inferior → proctodeu • Na 7ª semana, a membrana cloacal se rompe → cria abertura para o ânus Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Derivação das camadas germinativas Derivados do endoderma • Revestimento epitelial do intestino primitivo e as porções do alantóide e do ducto vitelínico • Revestimento epitelial do sistema respiratório • Ao parênquima da tireoide, das paratireoides, do fígado e do pâncreas • Ao estroma reticular das tonsilas e ao timo • Revestimento epitelial da bexiga e da uretra • Revestimento epitelial da cavidade do tímpano e à tuba auditiva DERIVADOS DO MESODERMA • O mesoderma intraembrionário se divide em 3: o Mesoderma paraxial o Mesoderma intermediário o Mesoderma lateral Mesoderma paraxial • No início da 3ª semana → mesoderma paraxial se organiza em segmentos → somitômeros → aparecem na direção cefalocaudal • Cada somitômero → células mesodérmicas organizadas em espirais concêntricas ao redor do centro da unidade • Na cabeça → somitômeros → associação à segmentação da placa neural → neurômeros • Região occipital → somitômeros se organizam em → somitos → caudalmente • Somitos remanescentes formam o esqueleto axial Desenvolvimento dos somitos • Os somitos vão se diferenciar em 3 estruturas • Dermátomo→ originará a derme que está sobre as vértebras • Miótomo → originará a musculatura esquelética • Esclerótomo → região mais ventral, origina a estrutura conjuntiva, ligamentos e tendões, incluído o tecido ósseo que constitui as vértebras Mesoderma intermediário • Conecta temporariamente o mesoderma paraxial à placa lateral • Diferencia-se em estruturas urogenitais • Na região cervical e torácica → nefrótomos • Região caudal → cordão nefrogênico • As unidades excretórias do sistema urinário e as gônadas se desenvolvem a partir do mesoderma intermediário Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Derivação das camadas germinativas Mesoderma lateral • Divide-se em parietal (somático) → reveste a cavidade intraembrionária e visceral (esplâncnica) → recobre os órgãos do embrião • Mesoderma somático + ectoderma → formam as pregas da parede corporal lateral → junto com as dobraduras cefálica e caudal → fecham a parede corporal ventral, exceto na parte do cordão umbilical • Células mesodérmicas parientais → circundam a cavidade intraembrionária → formam as membranas serosas → revestem as cavidades peritoneal, pleural e pericárdia • Mesoderma visceral → origina a derme da pele na parede corporal e nos membros, aos ossos e ao tecido conjuntivo dos membros e ao esterno Derivados do mesoderma • Origina o tecido conjuntivo, à cartilagem, ao osso, aos músculos liso e estriado, ao coração, ao sangue • Aos vasos linfáticos, aos rins, aos ovários, aos testículos • Ductos genitais, às membranas serosas de revestimento das cavidades corporais • Ao baço e ao córtex das suprarrenais DERIVADOS DO ECTODERMA • 3ª semana → neurulação → formação do tubo neural • Ectoderma diferencia-se em → neuroectoderma (forma o tubo neural e → ectoderma de superfície Neuroectoderma • Origina o SNC Células da crista neural • Originam os melanócitos da pele e dos folículos pilosos • Gânglios sensoriais, aos neurônios simpáticos e entéricos • Células de Schwann e às da medula suprarrenal • Contribui para a formação do esqueleto craniofacial, dos neurônios dos gânglios craniais, das células da glia e de melanócitos etc Espessamentos endotérmicos • Originarão as vesículas óticas, que formarão as estruturas necessárias à audição e à manutenção do equilíbrio • Originarão os placódios dos cristalinos, que formarão os cristalinos dos olhos Ectoderma de revestimento • Dá origem ao epitélio sensorial do ouvido, do nariz e do olho • Origina toda a epiderme, incluindo cabelos e unhas • Glândulas subcutâneas e mamárias • Parte anterior da hipófise (glândula pituitária) • Esmalte dos dentes Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Idade gestacional e do embrião IDADE GESTACIONAL (IG) • A determinação da idade gestacional (IG) é importante para o manejo de diversas situações o Trabalho de parto pré-termo o Pós-datismo o Necessidade de interrupção da gestação devido a doença da mãe o Acompanhamento do crescimento fetal • O IG corresponde ao número de semanas desde o primeiro dia da última menstruação (DUM) até a data da consulta • Gestação completa → 40 semanas → 9 meses, incluindo as 4 semanas do 9º mês • Essa não é a idade do embrião DATA PROVAVEL DO PARTO A data provável do parto (DPP) é calculada pela Regra de Nagele • Soma-se 7 dias do primeiro dia da última menstruação (DUM) • Subtrai-se 3 ao mês que ocorreu a DUM DPP = DUM + 7 (dias) – 3 (mês) • Exemplo: DUM → 20/08/2020 20 + 7 = 27 → dia 08 – 03 = 05 → mês (maio) • DPP = 27/05/2021 IDADE EMBRIONÁRIA • Se inicia no dia da fecundação, que só ocorre 2 semanas após a DUM, pois leva, aproximadamente, 14 dias para ovular e ter a fecundação Idade Embrionária = IG – 2 semanas • Exemplo → IG = 7 semanas Idade embrionária = 7 – 2 = 5 semanas (3 semanas de atraso da menstruação) Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Práticas educativas a gestantes CONCEITO DE PRÁTICAS EDUCATIVAS • Conjunto de ações que associam experiência e aprendizagem com o objetivo de conduzir saúde a ação buscando capacitação da comunidade • Profissionais e usuários devem desenvolver relação de diálogo pautada na valorização da individualidade PRATICAS EDUCATIVAS A GESTANTES Importância • No período gestacional, elas possibilitam construção do saber compartilhado e capacitando as mulheres para tomada de decisões de modo consciente • Estimulam a autonomia feminina, possibilitando a participação ativa e informada da mulher e do companheiro na gestação, parto, nascimento e puerpério, promovendo, deste modo, a saúde Orientações e ações educativas • Devem ser trocadas as vivências entre as mulheres e os profissionais de saúde, promovendo uma melhor forma de compreensão do processo de gestação • É imprescindível que a gestante e seus acompanhantes tenham contato com atividades de educação Diferentes formas de realizar o trabalho educativo • Discussões em grupo • Dramatizações • Dinâmicas que facilitam a fala e a troca de experiencias entre os componentes do grupo • Importante a criação de grupos fora da UBS • O profissional de saúde deve evitar o estilo ‘’palestra’’, que é pouco produtivo e ofusca questões subjacentes que podem ser mais relevantes para as pessoas presentes do que um roteiro preestabelecido • Trocar ‘’palestras’’ por ‘’rodas de conversa’’, para que haja a participação e contribuição de todos em relação às vivências ASPECTOS QUE DEVEM SER ABORDADOS NAS AÇÕES EDUCATIVAS A GESTANTES Durante o pré-natal e no atendimento após o parto, a mulher e sua família devem receber informações sobre os seguintes temas • A importância do pré-natal o Monitorar o bom andamento das gestações de baixo-risco o papel fundamental na prevenção e/ou detecção precoce de patologias tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante. o Preparar e gestante e seu companheiro para o crítico momento do nascimento o Identificar precocemente e adequadamente quais os pacientes tem maior chance de apresentar uma evolução desfavorável o Gestantes adolescentes devem merecer atenção especial, pois apresentam maior frequência de pré-natal inadequado e recém-nascidos de baixo peso • Cuidados de higiene • Desenvolvimento da gestação • Modificações corporais e emocionais • Medos e fantasias referentes à gestação e ao parto • Atividade sexual, incluindo prevenção das DST/Aids e aconselhamento para o teste anti- HIV • Sintomas comuns na gravidez e orientações para as queixas mais frequentes Realização de atividade física • De acordo com os princípios fisiológicos e metodológicos para cada gestante • Atividade física pode proporcionar benefícios, por meio do ajuste corporal à nova situação • Devem ser fornecidas orientações de exercícios físicos básicos • A boa preparação corporal e emocional capacita a mulher a vivenciar a gravidez com prazer, permitindo-lhe desfrutar plenamente do parto Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Práticas educativas a gestantes Sinais de alerta • Sangramento vaginal, dor de cabeça, transtornos visuais, dor abdominal, febre, perdas vaginais, dificuldade respiratória e cansaço Preparo para o parto • Planejamento individual → considerando-se o local, transporte, recursos necessários para o parto e para o recém-nascido, o apoio familiar e social • Orientações e incentivos para o partonormal • Incentivos ao protagonismo da mulher, potencializando sua capacidade inata de dar à luz • Orientações e incentivo para o aleitamento materno e orientações específicas para as mulheres que não poderão amamentar • Importância do planejamento familiar • Sinais e sintomas do parto • Cuidados pós-parto com a mulher e o recém- nascido, estimulando o retorno ao serviço de saúde • Saúde mental e violência doméstica e sexual • Lei do acompanhante, direito da grávida • Impacto e agravos das condições de trabalho sobre a gestação, parto e puerpério Importância da participação do pai durante a gestação e o parto • Estabelecimento do vinculo entre pai e filho, fundamental para o crescimento saudável da criança • O direito a acompanhante de sua escolha durante o trabalho de parto • Gravidez na adolescência e dificuldades sociais e familiares • Importância das consultas puerperais • Cuidados com o recém-nascido • Importância da realização da triagem neonatal (teste do pezinho) na primeira semana do recém- nascido • Importância do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança • Importância das medidas preventivas para o recém-nascido o Vacinação o Higiene o Saneamento do meio ambiente Orientações às gestantes • Em relação ao estilo de vida • Trabalho durante a gravidez • Devem ser informadas de seus direitos e benefícios da maternidade Orientações alimentares • Para evitar infecções alimentares: o Beba apenas leite pasteurizado ou UHT o Evite comer patês o Não coma carnes cruas Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Perspectivas do aborto PERSPECTIVA DO ABORTO NA ÉTICA MÉDICA • Capítulo I -Princípios fundamentais VII o O médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames de sua consciência a quem não deseje, excetuadas as situações de ausência de outro médico, em casos de urgência ou emergência, ou quando sua recusa possa trazer danos à saúde do paciente. • Capítulo II -Direitos do Médico II o Indicar o procedimento adequado ao paciente, observadas as práticas cientificamente reconhecidamente e respeitada legislação vigente. o IX- Recusar-se a realizar atos médicos que, embora permitidos por lei, sejam contrários aos ditames de sua consciência. • Capítulo III -Responsabilidade Profissional. É vedado ao médico: o Artigo 15-Descumprir legislação específica nos casos de transplante de órgão ou tecidos, esterilização, fecundação artificial, abortamento, manipulação genética ou terapia genética. • Capítulo IV -Direitos Humanos o Art. 22- Deixar de obter consentimento do paciente ou de seu representante legal, após esclarecê-lo sobre o procedimento médico a ser realizado, salvo em risco iminente de morte. o Art. 24- deixar de garantir ao paciente o exercício do direito de decidir livremente sobre sua pessoa ou seu bem estar, bem como exercer sua autoridade para limitá-lo. • Capítulo V- Relação com pacientes e familiares o Art. 31- desrespeitar o direito do paciente ou de seu representante legal de decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em eminente risco de morte. o Art. 34 Deixar de informar ao paciente o diagnóstico , o prognóstico, os riscos e os objetivos do tratamento, salvo quando a comunicação direta possa lhe provocar dano, devendo , nesse caso, fazer a comunicação a seu representante legal Não cabe objeção de consciência nas seguintes situações de abortamento Objeção de consciência: o direito de todo profissional do setor ter autonomia suficiente para se ausentar de procedimentos que firam suas ideologias, desde que a saúde do paciente não seja negligenciada. • Risco de vida para mulher. • Quando for aborto juridicamente permitido, na ausência de outro médico que o faça e quando a mulher puder sofrer agravos a saúde em razão da omissão do médico. • No atendimento de complicações derivadas de aborto provocado, por se tratarem de urgências. PERSPECTIVA RELIGIOSA DO ABORTO Católica • Dentre as visões reflexivas do aborto, vemos na questão religiosa, conceitos tradicionais, pensamentos idênticos baseado na bíblia sagrada • Tais pensamentos se estendem desde os primórdios da era em que a igreja católica tinha papel fundamental para a organização da sociedade, sendo a cabeça dos povos e reinos → idade média • Segundo a igreja → ninguém tem o direito de tirar a vida de outrem, principalmente inocente, mesmo que a ciência e o direto dêem legalidade para este ato • A bíblia condena o aborto, causando temor aos religiosos. Para os católicos, o aborto é um pecado cruel • O catolicismo desde o século IV condena o aborto em qualquer estágio e em qualquer circunstância, permanecendo até hoje como posição e opinião oficial da igreja católica. Protestantismo • Tem muitas correntes → batista, luterana, unitária etc • Ponto em comum de todas → o aborto não deve ser, jamais, usado como método de controle da natalidade, é permitido a prática do aborto terapêutico, quando a vida da mãe corre risco. • Algumas correntes permitem o aborto eugênico, quando o feto é portador de anomalias ou doenças graves. • Unitários → aprovam a legalização do aborto em casos de perigo mental ou físico para a mãe, estupro ou incesto e por motivos econômicos, além de quando um defeito físico e mental compromete o feto PERSPECTIVA LEGAL DO ABORTO O aborto é simplesmente a interrupção da gestação, com o intuito da morte fetal, independentemente da idade gestacional. Segundo a legislação brasileira, o aborto é crime, salvo penalidades em alguns casos (não deixa de ser crime, só não é punível) Não se pune aborto provocado por médico nos casos: • Aborto terapêutico – risco de morte materno Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Perspectivas do aborto o Avaliação deverá ser de no mínimo dois profissionais, um deles deverá ser clinico geral ou especialista na doença que está motivando a interrupção. o O Prontuário Médico deverá conter as justificativas médicas detalhando o risco materno. o Ter a anuência e/ou consentimento esclarecido, assinado pela gestante ou por seus familiares, salvo se isso não for possível, em situações de eminente risco de vida. o Ter apoio e acompanhamento de uma equipe multiprofissional especialmente psicólogos, tendo em vista que a gestação é desejada. o Em situações especiais, por exemplo: coma, choque, câncer, quimioterapia, radioterapia; a conduta deve ser individualizada. Não é necessário autorização judicial, nem boletim de ocorrência e nem comunicação ao CRM Código penal brasileiro • Trata do aborto provocado pela gestante, ou com seu consentimento. o Art. 124 → praticar o aborto em si ou consentir que outrem o provoque é crime → pena de 1 a 3 anos o Art. 125 → provocar o aborto sem o consentimento da gestante → pena de 3 a 10 anos o Art. 126 → provocar aborto com o consentimento da gestante → 1 a 4 anos • Aborto no caso de gravidez resultante de estupro Documentos obrigatórios para interrupção da gravidez por estupro Portaria nº 1508/2005- Ministério Publico o Termo de relato do evento, realizado pela própria gestante. o Parecer técnico com Anamnese, Exame físico geral e ginecológico, laudo do USG, analisando compatibilidade entre a idade gestacional, a data do estupro e o laudo de USG; paralelamente a mulher receberá avaliação da equipe multidisciplinar. o Termo de aprovação de procedimento do aborto decorrente do estupro, assinado por três integrantes da equipe multidisciplinar. o Termo de responsabilidade, assinado pela gestante, onde constará, advertência expressa sobre a previsão de crimede falsidade ideológica (art.299 do código penal) e do aborto (art. 124 do código penal), caso não tenha sido vítima de violência sexual. o Termo de consentimento Livre e esclarecido, a garantia de sigilo, exceto quando em caso de requisição judicial e declaração expressa da mulher sobre a decisão voluntária e consciente de interromper a gestação. Todos os documentos assinados pela paciente, ou por seu representante legal deverão ser elaborados em duas vias, sendo uma entregue para a gestante e outra arquivada no prontuário médico. o Não é necessário autorização judicial. • Aborto por Anomalia Fetal Diante de Detecção precoce das malformações do feto, muitas delas incompatíveis com a vida extrauterina. o Mesmo não estando previstas nas possibilidades legais do Código Penal Brasileiro, tem sido possível a interrupção da gestação mediante autorização judicial, exceto a anencefalia. o Em estudo realizado anterior a decisão do STR, as causas mais frequentes de autorizações judiciais foram: anencefalia, malformações congênitas múltiplas, malformações do sistema urinário, anomalias ósseas, erros de fechamento da linha média. • Aborto legal: Não se pune o aborto praticado por médico: o Se não houver outro meio de salvar a vida da gestante. o Se a gravidez for resultante de estupro e o aborto for precedido do consentimento da gestante e, quando menor ou incapaz, de seu representante legal. o De acordo com decisão do Supremo Tribunal Federal de abril de 2012, a antecipação terapêutica do parto de fetos anencéfalos. PERSPECTIVA SOCIOCULTURAL Cultural • A explicação para o não utilização de anticoncepcionais pode estar relacionada com uma questão cultural associada com a social Aborto: uma questão de saúde pública • Dados do SUS: a rede pública, recebe, em média 250 mil internações relacionadas ao aborto induzido, trazendo gastos exorbitantes. • Ministério da saúde → mulheres que praticam abortos devem ter tratamento humanizado na rede publica de saúde, o que poderia diminuir a reincidência por essas mulheres, mas, na realidade, isso não acontece. • Abortos clandestinos ou realizados pela própria mulher → alta chance de haver complicações que prejudicam a vida e a saúde da mulher, gerando demanda para o SUS. • O aborto acontece com mulheres de todas as idades, classes e raças, trazendo altos custos para a saúde pública Aborto no brasil: reflexo das desigualdades sociais • O aborto não é um fato homogêneo, uma vez que ele acomete as mais diferentes sociedades, classes, idades etc • Aborto atrelado a gravidez na adolescência e a pobreza → nota-se um aumento do número de casos do aborto, segundo pesquisas Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Perspectivas do aborto o O maior problema reside nos casos de morte materna em adolescentes de baixa renda, resultantes do recurso do abortamento por auto manipulação ou clandestino • Muitas vezes, o aborto nas classes menos favorecidas está relacionado a diversos fatores o Situações desfavoráveis de vida, abandono o Falta de informação e acesso a método contraceptivos • Aborto em mulheres abastadas (ricas) o Realizado em clinicas especializadas, de forma segura e respeitosas, ficando o ato em sigilo o Recebem atendimento médico e especializados o Mínimas sequelas decorrentes do procedimento • Aborto em mulheres de classes mais baixas o Geralmente é realizado pela própria mulher ou clandestinamente o O aborto tem um claro delineamento de classe → a maior incidência é com meninas pobres o Nos casos de complicações há receio de procurar ajuda médica devido à marginalização que a pratica comporta o Representa uma forma de criminalização da pobreza o A maioria das mortes decorrem de mulheres adolescentes e mais jovens, de baixa renda o Região norte → mulheres negras são as mais vulneráveis ao aborto, aumentando o risco de morte Motivos do aborto e gravidez indesejada • falta de recursos para busca de um abortamento em clinicas com as mínimas condições de segurança para saúde. • Muitas mulheres não usam as ferramentas de prevenção e proteção a gravidez → gravidez indesejada → aborto • Poucas instrução e escolaridade • Pouca ou nenhuma orientação dos pais ou responsáveis quanto à sexualidade • Falta de acesso a canais de informação • As mulheres ignoram ou não tem noção da responsabilidade de se evitar uma gestação indesejável, não medindo as graves consequências sociais que trará pra si e para a criança → como abandonar os estudos, o emprego e os planos pessoais Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Gravidez na adolescência e atenção primária ESTRATÉGIA REDE CEGONHA (RC) É uma iniciativa do Ministério da Saúde com o objetivo de proporcionar melhor atenção e qualidade de saúde para mulheres e crianças. A RC incentiva a inovação e a excelência na atenção pré-natal, assistência ao parto e ao pós parto. O Acolhimento e Classificação de Risco nas portas de entrada dos serviços de saúde e obstetrícia é uma das suas principais diretrizes Princípios da Rede Cegonha • Humanização do parto e do nascimento, com ampliação das boas práticas • Organização dos serviços de saúde enquanto uma rede de atenção à saúde • Acolhimento da gestante e do bebê, com classificação de risco em todas as consultas • Vinculação da gestante à maternidade • Gestação não peregrina • Realização de exames de rotina com resultados em tempo oportuno CONSULTA DE ACOLHIMENTO A Política Nacional de Humanização toma o acolhimento → postura prática nas ações de atenção e gestão das UBS → favorece uma construção de uma relação de confiança e compromisso dos usuários → contribuindo para a promoção da cultura de solidariedade e para a legitimação do sistema público de saúde O acolhimento da gestante na AB → responsabilização pela integralidade com escuta qualificada a partir do favorecimento do vínculo e da avaliação de vulnerabilidade de acordo com seu contexto social, etc. Itens do acolhimento • Ao entrar em contato com agestante, a equipe de saúde deve buscar ouvir o que ela tem a dizer, a fim de entender suas angústias e preocupações (atenção resolutiva). • Também cabe à equipe de saúde buscar compreender os múltiplos significados da gestação para aquela mulher e sua família, sobretudo se ela for adolescente (10 a 19 anos). • História de vida, contexto da gestação são fatores importantes para a adesão ao pré-natal, percepção do próprio corpo, o autocuidado, amamentação. Atitudes humanizadoras Na prática cotidiana dos serviços de saúde, o acolhimento se expressa na relação estabelecida entre os profissionais e os usuários, mediante atitudes humanizadoras: • se apresentar; • chamar os(as) usuários(as) pelo nome; • prestar informações sobre condutas e procedimentos que devam ser realizados; • escutar e valorizar o que é dito pelas pessoas; • garantir a privacidade e a confidencialidade das informações; • incentivar a presença do(a) acompanhante, entre outras iniciativas semelhantes. De forma igual, o acolhimento também se mostra: • na reorganização do processo de trabalho; • na relação dos trabalhadores com os modos de cuidar; • na postura profissional; • no vínculo com a mulher gestante e sua família, o que facilita, assim, o acesso dela aos serviços de saúde. CLASSIFICAÇÃO GRAVIDEZ DE RISCO OU NORMAL Tem o objetivo de reduzir a morbimortalidade materno-infantil e ampliar o acesso com qualidade, é necessário que se identifiquem os fatores de risco gestacional o mais precocemente possível. A caracterização de situação de risco não implica necessariamente referência da gestante para acompanhamento de pré-natal de alto risco. As situaçõesque envolvem fatores clínicos mais relevantes (risco real) que demandem intervenções com maior densidade tecnológica devem ser devidamente referenciadas, podendo, contudo, retornar ao nível primário (contra-referência), quando a situação estiver resolvida. De qualquer maneira, a UBS deve continuar responsável pelo seguimento da gestante encaminhada a um diferente serviço de saúde. FATORES DE RISCO QUE PERMITEM A REALIZAÇÃO DO PRÉ-NATAL PELA EAB Fatores relacionados às características individuais e às condições sociodemográficas desfavoráveis • Idade menor que 15 e maior que 35 anos • Ocupação: esforço físico em excesso, carga horaria extensa, rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos, estresse • Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez, principalmente em se tratando de adolescentes • Situação conjugal insegura • Baixa escolaridade (menos que 5 anos de estudo regular) • Condições ambientais desfavoráveis • Altura menor que 1,45m • IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou obesidade Fatores relacionados à história reprodutiva anterior • Recém-nascido com restrição de crescimento, pré-termo ou malformado; • Macrossomia fetal; Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Gravidez na adolescência e atenção primária • Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas; • Intervalo interpartal menor do que dois anos ou maior do que cinco anos; • Nuliparidade e multiparidade (cinco ou mais partos); • Cirurgia uterina anterior; • Três ou mais cesarianas. Intercorrências clínicas crônicas • Cardiopatias; • Pneumopatias; • Nefropatias; • Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus); • Hemopatias; • Hipertensão arterial moderada ou grave e/ou em uso de anti- hipertensivo; • Epilepsia; • Infecção urinária; • Portadoras de doenças infecciosas (hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis e outras DST); • Doenças auto-imunes (lupus eritematoso sistêmico, outras colagenoses); • Ginecopatias (malformação uterina, miomatose, tumores anexiais e outras). Doença obstétrica na gravidez atual • Desvio quanto ao crescimento uterino, número de fetos e volume de líquido amniótico; • Trabalho de parto prematuro e gravidez prolongada; • Ganho ponderal inadequado; • Pré-eclâmpsia/eclâmpsia; • Amniorrexe prematura; • Hemorragias da gestação; • Isoimunização; • Óbito fetal. Após a identificação de risco • Identificando-se um ou mais destes fatores, a gestante deverá ser tratada na unidade básica de saúde (UBS), conforme orientam os protocolos do Ministério da Saúde. • Os casos não previstos para tratamento na UBS deverão ser encaminhados para a atenção especializada que, após avaliação, deverá devolver a gestante para a atenção básica com as recomendações para o seguimento da gravidez ou deverá manter o acompanhamento pré-natal nos serviços de referência para gestação de alto risco. • Nesse caso, a equipe da atenção básica deverá manter o acompanhamento da gestante, observando a realização das orientações prescritas pelo serviço de referência FLUXOGRAMA DO SERVIÇO DE SAÚDE NA UBS • A UBS deve ser a porta de entrada preferencial da gestante no sistema de saúde. É o ponto de atenção estratégico para melhor acolher suas necessidades, fornecendo um acompanhamento longitudinal e contínuo, principalmente durante a gravidez. • A equipe de atenção básica deve se responsabilizar pela população de sua área de abrangência, conhecendo ao máximo as mulheres em idade fértil, e, sobretudo, aquelas que demonstram interesse em engravidar e/ou já tem filhos e participam das atividades de planejamento reprodutivo • Assim, a partir da avaliação da necessidade de cada usuária, o acesso a outras redes assistenciais deve ser garantido às gestantes: o Rede de média e alta complexidade o Rede de urgência e emergência o Rede de atenção psicossocial o Rede oncológica, etc • Isso é possível por meio da combinação das formas de referencia e contrarreferência entre a Rede de Atenção Básica e as demais redes assistenciais • Para cada localidade, então, deve ser desenhado o fluxo que as usuárias podem percorrer no sistema de saúde, a fim de lhes proporcionar uma assistência integral. Por exemplo: o Definição do local onde serão realizados os exames complementares o Qual será o hospital de referencia para o parto das gestantes o Hospital de referencia para o encaminhamento das urgências/emergências obstétricas e intercorrências clinicas/obstétricas o Onde será realizado o pré-natal de alto risco etc Estados e municípios necessitam dispor de uma rede de serviços organizada para a atenção obstétrica e neonatal, com mecanismos de referencia e contrarreferência estabelecidos, garantindo o principio da integralidade do SUS Princípio da integralidade Acesso a ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos, para cada caso, em todos os níveis de complexidade do sistema de saúde (nível primário, secundário e terciário). Está envolvido diretamente com a questão de encaminhamento e trânsito no fluxo da rede Referência → representa o maior grau de complexidade, é para onde o usuário será encaminhado para um atendimento com níveis de especializações mais complexos. Exemplo: hospitais e clinicas especializadas Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Gravidez na adolescência e atenção primária Contrarreferência → representa o menor grau de complexidade, quando a necessidade do cidadão é, em relação aos serviços de saúde, mais simples Exemplo: o usuário pode ser contra-referenciado, isto é, conduzido para atendimento em nível primário (promoção, prevenção da saúde) Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Gravidez precoce e psiquismo fetal EFEITOS BIOPSICOSSOCIAIS DA GRAVIDEZ PRECOCE Fatores condicionantes da gravidez na adolescência • A escassez no diálogo familiar, que ocorre em maior grau entre famílias mais carentes, com menos instruções ou também por valores religiosos → contribui para a gravidez precoce • A escolaridade também interfere na fecundidade: quanto mais escolarizada, menor é a fecundidade da jovem. • Falta de informações sobre sexualidade e anticoncepção • Condições socioeconômicas → efeito sobre as jovens mães → quanto mais pobres, maiores problemas em relação a gravidez elas e enfrentam Consequências biológicas da gravidez na adolescência As implicações obstétricas normalmente estão associadas à imaturidade física das futuras mães adolescentes • A mãe poderá apresentar anemia, principalmente se possuir baixa renda → má alimentação → maior incidência de vermisoses → menor ganho de peso • Hipertensão arterial • DST, maior risco de desenvolver doenças e mortes durante o parto e puerpério • Maior risco de ter um aborto e parto prematuro • Má formação fetal, crescimento fetal alterado, desproporção feto-pélvico • Hemorragia feto materna, problemas com a cavidade amniótica • Recém-nascido com baixo peso, infecção puerperal etc Implicações na saúde do recém-nascido • Prematuridade, baixo peso ao nascer, morte perinatal • Epilepsia, deficiência mental, transtornos do desenvolvimento • Déficit de aprendizagem, cegueira, surdez • Aborto natural, morte na infância Fatores que levam à morbimortalidade infantil • Ainda é elevada em países em desenvolvimento, principalmente entre os filhos de mães adolescentes • Devido ao baixo poder aquisitivo e acesso restrito aos recursos da saúde → não recebem o apoio necessário para acompanhar a gestação → não recebem orientação quanto aos cuidados básicos a fim de garantir obem-estar da criança • A importância da amamentação → pouco salientada → maior mortalidade infantil → principalmente por doenças grastrintestinais e respiratórias • Adolescentes → Maior vulnerabilidade ao desenvolvimento de doenças • Baixa adesão ao atendimento pré-natal → tem um efeito protetor sobre a saúde da gestante e do recém-nascido, contribuindo para uma menor incidência de mortalidade materna, baixo peso ao nascer e mortalidade perinatal Abandono escolar e desemprego (social) • Engravidam → abandonam a escola e tem dificuldade de retornar → por vergonha dos colegas e professores ou por sofrerem com as acusações dos pais dos alunos ‘’mau exemplo’’ • A escola deixa de funcionar como um fator de protetor em uma 2ª gestação • Evasão escolar → rendimento escolar diminuído → falta de formação profissional → desemprego ou emprego informal → perpetua o ciclo da pobreza → dependência financeira dos pais • Gravidez precoce acaba se concretizando como um retrocesso, tanto na vida pessoal quanto do ponto de vista social Isolamento social • Adolescentes gravidas optam por isolar-se do convívio social da sociedade e do seu ciclo de amizades → agrava condições de vida → abortamento → aumento do consumo de cigarros e drogas ilícitas Efeitos psicológicos • Período de muitas perdas de confiança da família • Perda da expectativa para o futuro devido ao abandonamento da escola • Abandono do namorado por não aceitar a gestação • Gravidez → período de ganho de responsabilidade → pressão psicológica e medo de não estar preparada para assumir uma criança → problemas psicológicos → baixa autoestima, alto nível de estresse, sintomas depressivos • Esses problemas podem afetar a gravidez, o parto e o desenvolvimento da criança 7 Importância da equipe de saúde • Conhecer o ambiente familiar que a adolescente está exposta • Através da família é possível ver se a família está dando apoio e como eles estão lidando com a gestação • Conhecendo os fatores percurssores da gravidez precoce → equipe de saúde → direcionar ações de forma integral e implementar medidas cabíveis à realidade social dos adolescentes • Trabalho humanizado • Ações educativas sobre sexualidade, riscos e complicações da gravidez e do aborto • Acesso a métodos contraceptivos no contexto de uma política de planejamento familiar Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Gravidez precoce e psiquismo fetal PSIQUISMO FETAL E SUAS INFLUÊNCIAS Ambiente uterino • Ao contrário do que se pensava antigamente, que o útero é um lugar sombrio e homogêneo → hoje, por meio das tecnologias de ultrassom → útero não é estático nem homogêneo, ele muda continuamente durante a gestação • Cada feto habita um ambiente único, sujeito a diferentes e singulares experiencias e estimulações Psiquismo fetal • Por meio da ultrassonografia o estudo do psiquismo fetal foi beneficiado, através dos movimentos e das reações fetais → importantes informações a respeito das funções sensoriais e das altas funções do cérebro do feto • Já é possível identificar traços de personalidade, prevendo futuros comportamento do bebê → a pessoa carrega no pós- parto vivencias desde a vida uterina, inconscientemente, que afetam o seu comportamento durante toda a vida. • O feto possui sensações, percepções, sensibilidade e traços primordiais de personalidade que vão influenciar no desenvolvimento bioevolutivo e psicoafetivo do individuo • O feto manifesta sentimentos de prazer, desprazer, tristeza, alegra, angustia, bem-estar, agrado e desagrado → por meio da movimentação e comportamento • Individualidade dos movimentos de cada feto → observada por meio das posturas e reações preferidas → já mostra preferencias e até personalidade própria Estresse materno durante a gestação • Tudo o que a criança experimenta desde a concepção constrói seu corpo, inclusive o cérebro, o qual depende de estímulos para sua arquitetura. • Transtornos psiquiátricos, como ansiedade, depressão → desencadeados na mãe por fatores psicológicos, sociais e familiares • Sendo o útero o ambiente natural do feto, ele reage a estímulos externos devido às transformações do sistema nervoso que a mãe que libera substancias químicas na corrente sanguínea e atingem o seu ‘’ambiente’’ • O feto é tomado por um estado de alarme → aumentando ou diminuindo os seus batimentos cardíacos → busca alivio de tensões por meio de movimentações hiperativas do corpo • Se a situação estressante se torna crônica → ocorre a diminuição de atividades motoras ou hipoatividade → possibilidade de depressão e de decréscimo de energia vital • Situações de estresse da mãe são passadas pelo feto → gera sentimentos no feto de ansiedade, angustia e medo (assim como a mãe), podendo colocá-lo em sofrimento Comunicação mãe-feto fisiológica • A comunicação é feita por meio da via fisiológica → emoções transferidas e veiculadas para o bebê • Substâncias tóxicas ingeridas pela mãe → passa pela placenta → como o fumo, álcool e drogas → afetam o feto o Nicotina e outras drogas → como se fosse uma dolorosa ‘’chicotada’’ → perda de oxigênio sanguíneo da criança e outras alterações metabólicas que são penosas pra ela • Perturbações emocionais (estresse) da mãe provocam alterações bioquímicas → aumento das substancias neuro- hormonais → adrenalina e cortisona → corrente sanguínea → cordão umbilical → feto → sente a mesma perturbação da mãe: temor e angustia Comunicação afetiva mãe-bebê e mãe-pai-bebê • A disponibilidade afetiva da mãe é fundamental para que ocorra o desenvolvimento emocional do feto e o desenvolvimento do vínculo afetivo da tríade mãe-bebê-papai • Estados emocionais e a qualidade de sua relação com o parceiro exercem grande influencia no feto • O feto necessita da ajuda da mãe para processar sensações incomodas no decorrer do dia a dia a partir das tristezas da mãe o Se a mãe se encontra em estado de depressão, melancolia, tristeza → ela ‘’esquece’’ que tá grávida → deixa o bebê ‘’sozinho’’ • A mãe deve conversar com o bebê, dedicar atenção, explicar suas preocupações cotidianas e seus momentos de tensão • A voz materna é de grande importância → feto ouve a partir do 4º mês de gestação → demonstra tranquilidade e faz ele se sentir parte da família • O apoio do pai e a segurança emocional oferecida por ele podem ser muito importantes para que a mãe se prepare para a chegada da criança Influência dos fatores externos no desenvolvimento fetal • O estresse e a ansiedade da mãe estão relacionados → complicações na gravidez, parto prematuro e baixo peso ao nascer o Porém, influencias psicológicas, como o apoio social e o otimismo da mãe, reduzem esses resultados negativos • O cérebro de um feto não se forma sozinho → precisa de nutrientes → importância da alimentação materna → não alimenta direito → feto desnutrido → problemas na aprendizagem da futura criança • Cuidado com o estresse → perigo na formação do cérebro do feto → muito estresse → mais cortisona no sangue indo Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Gravidez precoce e psiquismo fetal pro feto → se constitui como um veneno → impede a formação de um cérebro hígido • Ansiedade e estresse no período pré-natal → redução da maturidade motora do bebê → dificuldades no controle do comportamento ao longo da infância + distúrbios psiquiátricos na vida adulta o Os meninos são mais afetados negativamente pelo sofrimento materno do que as meninas Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Período fetal O desenvolvimento durante o período fetal é primariamentevoltado para o crescimento corporal rápido e para a diferenciação dos tecidos, órgãos e sistemas 9ª à 12ª SEMANA • No início do período fetal (9ª semana) a cabeça constitui metade do CNN (comprimento cabeça-nádega) do feto • Crescimento no comprimento corporal se acelera rapidamente → na 12ª semana → CNN mais que o dobrou o Apesar de o crescimento da cabeça reduzir a velocidade de crescimento, ela continua sendo desproporcional em comparação ao resto embrião de 11 semanas 9ª semana à 12ª semana • A face é carga, olhos separados, orelhas apresentando baixa implantação e as pálpebras estão fundidas • 9ª → As pernas são curtas e as coxas são relativamente pequenas → 12ª → os membros superiores quase atingiram os seus comprimentos relativos finais, mas os inferiores ainda são curtos o O desenvolvimento e crescimento obedece a sequência crânio-caudal que a gente vem observando desde a 3ª semana • 9ª → fígado é o principal local de eritropoiese (formação de hemácias) → 12ª → eritropoiese é feita no baço, predominantemente • 10ª semana → as alças intestinais estão claramente visíveis na extremidade proximal do cordão umbilical → 11ª → os intestinos retornam para o abdome • Final da 12ª semana→ os centros de ossificação primária surgem no esqueleto → crânio e ossos longos • 9ª semana → genitálias externas de ambos os sexos se parecem → 12ª semana → ainda não está estabelecida a forma madura o Presença de antígeno anti-Y → menino o Ausência de anti-Y → ou é menina (XX) ou ainda não foi produzido o antígeno → melhor esperar o morfológico de 2º trimestre • 9ª à 12ª semana → formação de urina → eliminada pela uretra para o liquido amniótico → o feto reabsorve e deglute → produtos residuais fetais transferidos → placenta → circulação materna 13ª à 16ª SEMANA • Crescimento muito rápido durante esse período • 16ª semana a cabeça é menor do que a do feto de 12 semanas e os membros inferiores cresceram Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Período fetal • Os movimentos dos membros tornam-se coordenados na 14ª semana, mas não podem ser percebidos pela mãe → são visíveis apenas durante os exames ultrassonográficos • A ossificação do esqueleto fetal é mais ativa e os ossos são visíveis no ultrassom na 16ª semana • 14ª semana → movimento lentos dos olhos → 16ª semana → olhos miram anteriormente • 16ª semana → ovários diferenciados e contêm os folículos ovarianos primordiais, que contêm oôgonias → não se formam mais células germinativas primordiais • Orelhas externas próximas de suas posições relativas • Genitália masc./fem. Pode ser identificada por volta da 12ª à 14ª semana o O morfológico do 2º tri → determina a presença de um corpo cavernoso, se tem é menino, não tem é menina 17ª à 20ª SEMANA • Crescimento desacelera durante esse período, mas o feto ainda aumenta seu CNN em aproximadamente 50mm • Movimentos fetais, pontapés, são comumente sentidos pela mãe • Pelos das sobrancelhas e cabelos visíveis na 20ª Verniz caseoso e lanugo • A pele é coberta por esse material gorduroso semelhante a um queixo que gruda nas luvas • Mistura de células epiteliais mortas + subst. Gordurosa das glândulas sebáceas fetais • Protege a pele fina de abrasões, endurecimento e rachaduras que resultam da exposição ao liq. Amniótico • Os fetos são cobertos por um pelo fino, o lanugo, que ajuda o verniz aderir à pele • A gordura marrom do tecido adiposo→ responsável pela produção de calor por meio da oxidação de ácidos graxos → encontrado na base do pescoço • 18ª semana → o útero é formado + canalização da vagina se inicia e folículos ovarianos visiceis • 20ª semana → testículos começam a sua decida para o saco escrotal, mas ainda estão localizados na parede abdominal posterior 21ª à 25ª SEMANA • Ganho de peso e feto mais proporcional • Pele é rósea avermelhada porque os capilares sanguíneos são visíveis • 21ª semana → movimentos oculares rápidos • Unhas dos dedos das mãos presentes • Começa a maturação pulmonar o Células epiteliais secretórias → pneumatócitos tipo II → secretam surfactante nas paredes interalveolares → lipídio tensoativo que mantem abertos os alvéolos pulmonares em desenvolvimento o A doença da membrana hialina quando o bebe nasce prematuro e ainda não terminou o processo de maturação do sistema respiratório Fetos nascidos de 22 a 25 semanas • Ainda nascido prematuramente possui chance de sobreviver se receber cuidados intensivos • Ainda há a chance de vir a falecer por causa do sistema respiratório imaturo • Alto risco de comprometimento do desenvolvimento nervoso (exemplo: deficiência mental) 26ª à 29ª SEMANA • Se nascerem nesse período, tem chance de sobreviver sob cuidados intensivos • Os pulmões e a vasculatura pulmonar → desenvolvidos o suficiente para proporcionar uma troca gasosa adequada para o feto • SNC amadureceu → pode comandar movimentos respiratórios ritmados e controlar a temperatura corporal • Pálpebras abertas na 26ª semana • Lanugo e cabelo bem desenvolvidos • Gordura marrom → aumenta para 3,5% do peso corpo • Até a 27ª semana → baço é um sítio de eritropoiese → 28ª semana → medula óssea assume Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Período fetal 30ª à 34ª SEMANA • Reflexo pupilar (alteração do diâmetro da pupila em resposta a um estimulo da luz) pode ser evocado • A pele é rosada e lisa • Membros inferiores e superiores com aspecto rechonchudo • Gordura amarela → 8% do peso corporal • Fetos de 32 semanas ou mais geralmente sobrevivem se nascidos prematuramente 35ª à 38ª SEMANAS • Apresentam um melhor assimilamento, são mais espertinhos, e exibem uma orientação espontânea em relação à luz • Sistema nervoso suficientemente maduro • Fetos mais carnudinhos • O comprimento dos pés dos fetos costumam ser ligeiramente maior do que o comprimento femoral (osso longo da coxa) na 37ª semana e constitui um parâmetro alternativo para a confirmação da idade fetal • Redução da velocidade de crescimento à medida em que o parto de aproxima Termo (38 semanas) • A maior parte atinge um CNN de 360 mm e um peso de 3,4kg • Gordura amarela → 16% do peso corporal • Ganha cerca de 14g por dia durante essas últimas semanas • Testículos geralmente estão na bolsa escrotal do RN a termo masculino • Geralmente, os fetos masculinos são maiores e pesam mais ao nascer Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Período fetal BAIXO PESO AO NASCER • Nem todos os bebês com baixo peso as nascer, aqueles que nascem com 2,5kg são realmente ‘’pequenos para a idade gestacional’’ o Podem está abaixo do peso por insuficiência placentária → são pequenas ou mal fixadas e/ou foram submetidas a alterações degenerativas que reduzem o suprimento de oxigênio e nutrição do feto • É importante diferenciar esses recém-nascidos com baixo peso ao nascer devido a restrição de crescimento intra-uterino (RCIU) e RN pré-termos que estão abaixo do peso devido ao encurtamento da gestação RCIU pode ser provocada • Pré-eclâmpsia (hipertensão) • Tabagismo ou drogas ilícitas • Gestação múltiplas (trigêmeos) • Doenças infecciosas, defeitos vasculares • Nutrição materna inadequada e hormônios maternos e fetais • Teratógenos e fatores genéticos o Os RN de RCIU exibem uma característica de carência de gordura subcutânea e a sua pele é enrugada → gordura amarela perdida de forma aguda Licensed to JéssicaRuana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Maturação dos pulmões A maturação dos pulmões é dividida em 4 estágios histologicamente distintos: 1. Pseudoglandular 2. Canalicular 3. Saco terminal 4. Estágio alveolar ESTÁGIO PSEUDOGLANDULAR (5ª à 17ª semana) • O pulmão nesse estágio, tem sua forma histológica parecida com um tecido glandular • 16 semanas → principais componentes dos pulmões estão formados, exceto os alvéolos, que estão envolvidos com a troca gasosa o Brônquios e bronquíolos • A respiração não é possível o Fetos nascidos nesse período são incapazes de sobreviver ESTÁGIO CANALICULAR (16ª à 26ª semana) • Formação dos bronquíolos e ductos alveolares primitivos • O desenvolvimento do segmento cranial dos pulmões amadurece mais rápido do que o caudal • A luz dos brônquios e dos bronquíolos terminais tornam-se maiores • Tecido pulmonar altamente vascularizado • 24ª semana → cada bronquíolo terminal forma 2 ou + bronquíolos respiratórios → irão se dividir em 3 a 6 passagens: os ductos alveolares primitivos • A respiração é possível ao final do período canalicular (26ª semana), pois alguns sacos terminais (alvéolos primitivos) se desenvolvem no final dos bronquíolos e o tecido pulmonar está bem vascularizado o Fetos nascidos nesse período podem sobrevier sob cuidados intensivos SACO TERMINAL (24ª até o final do período fetal) • Durante esse estágio, muitos sacos terminais (alvéolos primitivos) se desenvolvem e seus epitélios tornam-se muito finos • Capilares tornam-se protuberantes nos sacos • Barreira hematoaérea → íntimo contato entre o endotélio capilar + células epiteliais → permite a troca de gases, necessária para a sobrevivência do feto, caso ele nasça prematuro Sacos terminais • Revestidos principalmente por células epiteliais pavimentosas → origem endodérmica • Pneumócitos tipo I → através dos quais acontece a troca gasosa • Rede de capilares se prolifera no mesênquima (origem mesodérmica) ao redor dos alvéolos Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Maturação dos pulmões • Pneumócitos tipo II → células epiteliais secretoras arredondadas → secretam o surfactante pulmonar, uma mistura complexa de fosfolipídios e proteínas • Nascidos entre 24ª a 26ª semana após a fecundação podem sofrer de desconforto respiratório pela deficiência de surfactante o A sobrevivência desses bbs tem aumentado pelo uso de corticosteroides (esteroides produzidos pelo córtex da adrenal) pré-natal → induzem a produção de surfactante o Terapia pós-natal de reposição de surfactante SURFACTANTE • Forma como uma película na parede interna dos sacos alveolares e neutraliza as forças de tensão superficial na interface ar-alvéolo • Facilita a expansão dos sacos terminais por prevenirem a atelectasia (colapso dos sacos durante a expiração) • Formado pelos pneumócitos tipo II → produzem os corpos lamelares → onde o surfactante é montado • Determina a maturidade pulmonar → capacidade dos pulmões fetais de produzir surfactante, e não a deposição deste material nos pulmões do feto • Composto 90% por lipídios e 10% por proteínas • Fosfolipídio é o principal componente redutor de tensão do surfactante ESTÁGIO ALVEOLAR (final do p.fetal aos 8 anos) • Aumento do número de bronquíolos e alvéolos: alvéolos imaturos produzem alvéolos primitivos • Aumento do número de capilares • Aumento da superfície da barreira hematoaérea • Com 38 semanas os pulmões são capazes de realizar a respiração, pois a membrana alveolocapilar é delgada (fina) o suficiente para realizar as trocas gasosas o Os pulmões ainda não conseguem realizar essa função vital até o nascimento, só após • Inicio do estagio alveolar → 32 semanas → cada bronquíolo respiratório termina em um aglomerado de sacos alveolares de paredes delgadas → esses sacos representam os ductos alveolares Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Maturação dos pulmões Transição da troca gasosa ao nascer • No útero da mãe → placenta realiza trocas gasosas → nascimento → bebê faz sua troca gasosa autônoma → requer mudanças adaptativas o Produção de surfactante nos sacos alveolares o Transformações dos pulmões → órgãos secretores → órgão capaz de realizar as trocas gasosas o Estabelecimento das circulações sistêmicas e pulmonar em paralelo • Ao nascimento → metade dos pulmões estão com líquido derivado da cavidade amniótica, pulmões e das glândulas traqueais • A aeração dos pulmões → devido à rápida substituição do líquido intra-alveolar pelo ar • O líquido dos pulmões é retirado ao nascimento por: o Através da boca e do nariz por pressão no tórax fetal durante o parto vaginal o Pelos capilares, artérias e veias pulmonares o Pelos vasos sanguíneos o Basicamente acontece uma redistribuição de líquidos Vias de sinalização • Medidas principalmente pelo o Fator de transcrição tireoidiano 1 → sinaliza a diferenciação do endoderma das céls do intestino anterior a formar as cels. Epiteliais respiratórias o Fator nuclear de hepatócitos 3-beta → mesma função do tireoidiano o Fator de crescimento de fibroblasto 10 → induzem o desenvolvimento do broto respiratório Fatores para o desenvolvimento do pulmão • Espaço torácico adequado para o crescimento pulmonar • MRFs (movimentos respiratórios fetais) • Volume de líquido amniótico adequado MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS FETAIS (MRFs) • Podem ser detectados pela ultrassonografia em tempo real • Ocorrem antes do nascimento • Ocorrem intermitentemente (ciclos) → aproximadamente 30% durante o rápido movimento dos olhos no sono • Essenciais para o desenvolvimento dos pulmões normalmente → no nascimento, o feto já possui a vantagem de vários meses de exercícios respiratórios • Eles estimulam o pulmão a desenvolver pela criação de um gradiente de pressão entre pulmões e o liquido amniótico o Só tenho movimento dentro do útero, ainda não ocorre troca gasosa o Fator de crescimento de fibroblasto 10 → induzem o desenvolvimento do broto respiratório Mecanismo de crescimento/maturação • Os MRFs estimulam as vias de sinalização para o crescimento normal do órgão • MRFs também vai estimular a maturação e crescimento de células e maturação do pneumócito tipo I e tipo II que vai permitir a maturação completa do pulmão FATORES CONTRIBUINTES DO PARTO PREMATURO E DESCOLMENTO DA PLACENTA • Trauma • Má formações congênitas • Tabagismo, uso de cocaína • Gravidez múltipla (gêmeos, trigêmeos) • Hipertensão • Fatores ligado a hábitos de vida o Sobrepeso → crescimento fetal restrito o Fatores psicológicos → depressão, ansiedade, estresse crônico • Idade materna avançada • Infecção uterina • Dengue etc SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO OU DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA • Doença em que os nascidos prematuros são mais suscetíveis Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Maturação dos pulmões • Causada principalmente pela deficiência do surfactante • Se a quantidade de surfactante por inadequada assim que ocorre o nascimento → formam-se membranas hialinas nos bronquíolos distais e alvéolos → criança evolui com desconforto respiratório (SDR) • Evolução clínica → taquipneia, retração da parede torácica e expiração acompanhada por roncos e batimentos de asa do nariz • Desvio de sangue para o pulmão não ventilado contribui para hipoxemia e acidose metabólica e respiratória Amniocentese da maturidade pulmonarfetal • Amniocentese com análise de líquido amniótico para confirmar a maturidade fetal • Determinar a concentração relativa de fosfolipídios ativos surfactantes no líquido amniótico • Dosagem dos fosfolipídios pulmonares (surfactantes) Profilaxia com surfactante • Produtos surfactantes exógenos podem prevenir a ocorrência de membrana hialina → eles contêm surfactantes biológicos ou animais de origem bovina • A terapia com surfactante tem sido usada na profilaxia em prematuros sob risco e para o salvamento daqueles com a doença estabelecida • O uso associado de corticosteroides antes do parto + surfactantes = queda ainda maior na taxa global de mortalidade infantil Prevenção • Não há métodos possíveis para evitar ou tratar o parto prematuro, exceto com a terapia com progesterona • Série única de terapia com corticosteroides antes do nascimento reduz o número de casos de desconforto respiratório e de hemorragia intraventricular em fetos prematuros nascidos com 24 a 34 semanas de gestação • A administração corticosteroides aumenta a velocidade da maturação pulmonar fetal → estimulam a produção de surfactante • A utilização de betametasona e dexametasona para acelerar a maturação pulmonar fetal • A Academia Americana de Pediatria e o Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia → avaliam que todas as mulheres sob risco de parto prematuro e que estejam nessa faixa de idade gestacional ( 24 a 34 semanas) devam ser consideradas candidatas ao tratamento Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Ultrassom na gravidez OMS preconiza a realização de três exames ultrassonográficos na gestação: Primeiro trimestre → entre 11 a 14 semanas Segundo trimestre → entre 20 e 24 semanas Terceiro trimestre → entre 32 e 36 semanas USG 1º TRIMESTRE DE GESTAÇÃO Considerada a ultrassonografia mais importante, constituindo o modelo piramidal da assistência pré-natal. Indicações do USG do 1º trimestre • Indicações para a realização do exame de ultrassom nas primeiras 14 semanas de gestação • Dá para avaliar se o parto podes ser prematuro também • É o exame mais confiável e preciso para a datação da idade gestacional pelo comprimento cabeça-nádega (CNN) do embrião/feto Parâmetros avaliados • A via pode ser transvaginal ou transabdominal, mas a preferência é pela via transvaginal • Realizado entre 11-13 semanas + 6 dias • Determinação do saco gestacional (SG) no útero em um local apropriado o O SG representa a cavidade coriônica e é cercada pelo anel ecogênico, o trofoblasto e a reação decidual o Com a US transvaginal é possível identificar o SG com 5 semanas • Vesícula vitelínica → o SG deve ser avaliado para a identificação da vesícula vitelínica (VV) e do embrião o Pode ser identificada com 5,5 semanas (vv) 5,5 s embrião 5/6 s • Determinar comprimento cabeça-nádega (CNN) → melhor indicador da idade gestacional o A datação da gravidez deve ser oferecida à pacientes entre 10 e 13 + 6 semanas quando o CNN encontra sua maior acurácia → precisão de +/- 5 dias Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Ultrassom na gravidez • Atividade Cardíaca o Com 6 semanas, é possível avaliar o eco embrionário com os batimentos cardiofetais (BCF) o FCF = frequência cardíaca fetal • Gestação gemelar + corionicidade + amniocidade o Verificar se no ponto final da membrana interâmnica, a placenta adquire o formado de ▪ Lambda → gravidez dicoriônica ▪ T → gestação monocoriônica • Avaliar a anatomia do embrião/feto o Deve ser direcionada para os órgãos-alvo → polo cefálico, tórax, abdome, coluna, coração e membros o Capaz de detectar diversas anomalias fetais → acrânia, holoprosencefalia, Encefalocele, espinha bífida, onfalocele e megabexiga o Corte transversal da cabeça fetal é obrigatório para atestar anormalidade do plexo coroide (sinal da ‘’borboleta) ▪ Ausência de sinal da borboleta → indicativo certo de holoprosencefalia (má formação cerebral) e indicação de cariótipo fetal • Avaliação de útero e anexos o Devem ser pesquisadas massas anexiais, miomas e malformações uterinas o Corpo amarelo gravídico (corpo lúteo) varia muito de aparência no 1º trimestre: sólido. Cístico, com vascularização periférica e tamanho variável • Translucência Nucal (TN) o Representa a espessura máxima da área de transluscência subcutânea entre a pele e os tecidos moles que recobrem a coluna vertebral do feto na região posterior do pescoço o Quando se mostra aumentada → risco de aneuploidia e várias outras anomalias estruturais do feto é maior o O caliper deve medir o espaço anecoico, repousado entre a parte interna da derme e a parte interna da pele o Considera-se alterado valores da TN acima do percentil 95 para a idade gestacional o De forma geral, valores acima de 2.5mm estão acima do P95 e aumentam o risco do feto ser portador de cromossomopatia Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Ultrassom na gravidez ULTRASSONOGRAFIA MORFOLÓGICA 2º TRI • Realizado entre a 20ª e a 24ª semana, pois deste modo já é possível avaliar → todos os sistemas do feto, podendo perceber possíveis malformações • Avaliação da morfologia fetal • É um exame de ultrassonografia que consiste em fazer uma avaliação das estruturas de cada segmento do feto (cabeça, pescoço, coluna vertebral, tórax, abdômen, genitália externa e extremidades) e do liquido amniótico, cordão umbilical e placenta Indicações Parâmetros avaliados • Gravidez gemelar o Comparação dos pesos fetais o Estimativa do volume do líquido amniótico (vLA) em cada septo intergemelar o Sexo fetal o Oligoidramnia quando o diâmetro vertical de LA for < 2 → caracteriza-se pelo ‘’amontoamento’’ do feto e a inexistência de bolsões significativos de líquidos o Polidramnia quando LA > 8 → excesso evidente de líquido • Localização da placenta o É fundamental na ultrassonografia morfológica. o Se a placenta alcança o orifício interno do colo, esse achado deve ser confirmado pela via transvaginal o Sua importância prática acontece quando há a necessidade de algum procedimento, como a amniocentese ou de diagnostico diferencial no sangramento vaginal de 3º trimestre (placenta prévia – junto ao orifício interno do colo – e descolamento prematuro da placenta) • Comprimento do colo do útero o Marcador importantíssimo de parto pré-termo (prematuro) o Uma vez que colo < 25mm tem 7,7 vezes mais risco de levar a um parto prematuro o Havendo nestes casos indicação de uso de progesterona até as 36 semanas • Idade gestacional o É melhor estimada na US do 1º trimestre pela medida do CCN, e uma vez datada não pode ser mais alterada o 2º trimestre → gravidez datada pela medida do diâmetro biparietal (DBP) ou pelo comprimento do fêmur (CF) → precisão de +/- 10 a 14 dias o DBP é medido no nível do tálamo e do cavo do septo pelúcido na sequência borda externa-borda externa Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Ultrassom na gravidez o O CF (comprimento do fêmur) é utilizado após 14 semanas → o eixo longo da diáfise é mensurado • Circunferência abdominal (CA) o Determinada na linha da pele em plano transversal do abdome superior, no nível do estômago ou da junção da veia umbilical ao seio portal o CA conduz ao diagnóstico de crescimento intrauterino restrito (CIR) ou de macrossomia • Estimativa do peso fetal (EPF) o Podeser realizada pela DBP (diâmetro biparietal) da CA (circunferência abdominal) e do CF (comprimento do fêmur) o Erro da estimativa é +/- 15 a 20% • Avaliação da anatomia fetal • Coração – corte quatro câmaras o Inclui o trato de saída ventricular esquerdo – aorta – e o trato de saída ventricular direito – pulmonar o A detecção de malformações cardíacas antes do nascimento está associada à anormalidades cromossômicas → deve ser realizado o cariótipo fetal ULTRASSONOGRAFIA DO 3º TRI. (OBSTÉTRICO) • Indicado fazer com 32 a 36 semanas Parâmetros avaliados • Diagnóstico de crescimento intrauterino restrito (CIR) o Realizar a US do 3º trimestre quando houver suspeita clínica de CIR o CIR simétrico → ocorre nos casos em que há diminuição proporcional de todos os órgãos fetais primários → feto de baixo peso → medidas simetricamente diminuídas o CIR assimétrico → há uma diminuição do tamanho abdominal em relação à circunferência da cabeça fetal → assimetria resultante da não adaptação do feto ao ambiente com redistribuição Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Ultrassom na gravidez de fluxo sanguíneo a órgãos nobres (cérebro e coração) em detrimento de vísceras, pulmões, pele e rins → preservação do crescimento do SNC em virtude do crescimento somático • Avaliação do peso fetal o Pode ser necessária quando há suspeita clínica ou patologias maternas que levem ao CIR → como no caso de doenças hipertensivas e diabetes o Utilizam o DBP, CA e CF o No ultimo trimestre, o calculo do peso fetal pode apresentar uma variação de até 20% • Avaliação da situação e apresentações fetais o Em alguns programas é possível localizar a cabeça fetal no momento do parto, correlacionando com o posicionamento espacial da cabeça no canal de parto • Avaliação do volume de líquido amniótico o O LA é mantido por um mecanismo de equilíbrio dinâmico o Um aumento ou redução dos seus níveis pode estar associado a um aumento de mortalidade e morbidade neonatal → seu diagnostico preciso é importante para o manejo adequado da gestação o Polidrâmnio → aumento do volume de LA → acompanhado de malformações fetais por ausência ou deficiência de deglutição fetal ou absorção do duodeno o Oligodrâmnio → redução do volume de LA → malformações renais fetais ou na ruptura prematura de membranas • Doppler umbilical e uterino o As aplicações do doppler em obstetrícia incluem a avaliação da circulação placentária (doppler da artéria uterina) e da vitabilidade fetal no 3º trimestre (doppler da artéria umbilical, artéria cerebral média e da veia umbilical) o O cordão umbilical possui três vasos (duas artérias e uma veia) → alteração mais comum é a presença apenas de uma artéria umbilical (cordão com 2 vasos) → indica uma avaliação completa → pode haver presença de malformações associadas, principalmente renais ULTRASSONOGRAFIAS 3D E 4D • No caso se algumas anomalias (como as da face e esqueleto) a US 3-D pode fornecer informações adicionais • Melhor época é na 26ª a 29ª semana, pois o bebe já estcrescido o bastante e ainda tem líquido amniótico na barriga da mãe • A geração de imagens 4D também tem sido usada para melhorar a visualização da anatomia cardíaca • Vantagem de possibilitar de reformatar as imagens em qualquer plano Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Placenta, cordão umbilical e âmnio A placenta é formada por duas partes, uma parte materna e uma parte fetal • Parte fetal → córion viloso o As vilosidades coriônicas que surgem do córion se projetam para o espaço interviloso que contém sangue materno • Parte materna → decídua basal • Os genes homeobox (HLX e DLX3) expressos no trofoblasto e nos seus vasos sanguíneos regulam o desenvolvimento placentário Metabolismo • A placenta sintetiza glicogênio, colesterol e ácidos graxos → fontes de nutrientes e energia para o embrião/feto • Os eletrólitos são trocados livremente através da placenta, eles passam para o embrião/feto e afetam os níveis de água e eletrólitos dele Transporte de Gases e Nutrientes • Os gases como Oxigênio, Dióxido de Carbono e Monóxido de Carbono são trocados por meio da difusão • O fluxo sanguíneo é crítico para o fornecimento de oxigênio, já que a quantidade que chega ao feto depende principalmente da sua distribuição e não da difusão Excreção • A ureia (formada no fígado) + ácido úrico → difusão simples → atravessam a placenta • Bilirrubina conjugada é facilmente transportada pela placenta para rápida depuração Anticorpos maternos e proteínas • Feto → sistema imune imaturo → produz poucos anticorpos • A imunidade passiva é conferida ao feto por meio da transferência de anticorpos maternos pela via placentária • IgG gamaglobulinas são transportadas ao feto por transcitose • Anticorpos maternos conferem imunidade fetal a → difteria, varíola e sarampo • Nenhuma imunidade é adquirida por coqueluche (tosse convulsiva) ou varicela (catapora) • Proteína materna transferrina → placenta → carrega ferro para o embrião/feto Síntese e secreção de hormônios O sinciciotrofoblasto da placenta sintetiza hormônios proteicos e esteroides, os principais são • Gonadotrofina coriônica humana (hCG) → mantem o corpo lúteo e a progesterona → sua presença é indicador de gravidez • Somatotrofina coriônica humana (lactogênio placentário humano) → semelhante ao hormônio de crescimento que dá ao feto prioridade sobre glicose sanguínea materna e torna a mãe diabetogênica até certo grau → também promove o desenvolvimento mamário e a produção de leite • Tirotrotofina coriônica humana • Corticotrofina coriônica humana • Hormônios esteroides → progesterona e estrógenos o A progesterona é encontrada durante toda a gestação, essencial para a manutenção da gravidez Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Placenta, cordão umbilical e âmnio o A placenta forma a progesterona a partir do colesterol materno o Os estrógenos são produzidos pelo sinciciotrofoblasto também → altos níveis de estrogênio estimulam o crescimento uterino e desenvolvimento das glândulas mamárias • É o endométrio da grávida, é a camada que se separa após o parto • As células da decídua aumentam de tamanho devido ao acúmulo de glicogênio e lipídio • As três regiões da decídua dependem do local de implantação o Decídua basal → parte materna da placenta o Decídua capsular → parte que cobre o concepto juntamente com o córion viloso o Decídua parietal → restante • 2ª semana → vilosidades coriônicas primárias o Células do citotrofoblasto se proliferam e penetram no sinciciotrofoblasto → colunas de células circundadas por sincício • Início da 3ª semana → mesênquima extraembrionário central cresce para dentro para dentro dessas vilosidades → forma o eixo central de tecido mesenquimal → vilosidades coriônicas secundárias → revestem toda a superfície do saco coriônico • Células mesenquimais nas vilosidades → diferenciam em capilares e células sanguíneas → vasos no interior das vilosidades coriônicas secundárias → vilosidades coriônicas terciárias • Posteriormente, vilosidades coriônicas se fundem → formando redes arteriocapilares → por meio de vasos que se diferenciam do mesênquima do córion e do pedículo de conexão → vão se conectar com o coração do embrião • Oxigênio + nutrientes → presentes no espaço interviloso → se difundem através das paredes das vilosidades → sangue do embrião • CO2 + resíduos → se difundem do sangue dos capilares fetais → paredesdas vilosidades coriônicas → sangue materno • As células citotrofoblásticas das vilosidades coriônicas proliferam e se estendem através do sinciciotrofoblasto → formando a capa citotrofoblástica extravilosa Vilosidades coriônicas-tronco • as vilosidades que vão ter os citrotofoblastos em grande quantidade Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Placenta, cordão umbilical e âmnio • se prendem ao tecido materno através da capa citrotofoblástica Vilosidades ramificadas • são as ramificações das vilosidades troncais • é através da parede das vilosidades ramificadas → ocorre a principal troca de material → sangue materno e embrião • as vilosidades ramificadas são banhadas por sangue materno do espaço interviloso, que é renovado continuamente No início do segundo mês de desenvolvimento • polo embrionário → vilosidades numerosas e bem formadas → vascularizadas → córion frondoso • polo abembrionário → poucas vilosidades → crescimento do saco coriônico → vilosidades da decídua capsular são comprimidas → avasculares → córion liso • córion liso + âmnio → se fusionam → membrana amniocoriônica → ela que se rompe durante o trabalho de parto → ‘’bolsa estourou’’ • vilosidades coriônicas do córion frondoso se ligam firmemente à decídua basal através da capa citrotofoblástica (funciona como uma cola) • as artérias e veias endometriais espiraladas passam livremente por fendas da capa citrotofoblástica e entram no espaço interviloso • septos placentários → espaços formados com a erosão das vilosidades na decídua basal • cotilédone → estão entre os septos e possui → uma vilosidade-tronco e várias ramificações das vilosidades • a expressão dos genes quinase e do fator de transcrição Gcm1 nas células-tronco do trofoblasto regulam o processo de ramificação das vilosidades-tronco para formar a rede vascular na placenta • o sangue materno entra no espaço interviloso (lacunas formadas no sincício durante a 2ª semana) pelas artérias endometriais espiraladas → sangue materno derramado → passa pelo sincício, citrotofoblasto e endotélio dos vasos sanguíneos do embrião → troca de nutrientes mãe/feto • as veias endometriais também penetram na capa citrotofoblástica e drenam o espaço interviloso Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Placenta, cordão umbilical e âmnio • Sangue pobre em oxigênio → artérias umbilicais (dentro do cordão) → placenta → elas se ramificam em artérias coriônicas ao sair do cordão • Esse sistema proporciona uma grande área de superfície para troca de produtos metabólicos e gasosos o Normalmente não há contato entre o sangue materno com o fetal • Sangue fetal bem oxigenado → veias da vilosidade coriônica → veia umbilical (dentro do cordão) → feto • Sangue materno → artérias espiraladas endometriais na decídua basal → passam pelas fendas da capa citrotofoblástica → banham o espaço interviloso→ placa coriônica → troca de metabólicos com o feto • O sangue retorna pelas veias endometriais o Redução da circulação → hipóxia fetal + restrição do crescimento intrauterino (RCIU) Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Placenta, cordão umbilical e âmnio • Função e circulação e nutrição • Com a progressão do desenvolvimento do embrião, a cavidade amniótica aumenta rapidamente e cola na cavidade coriônica. • O âmnio, a partir do dobramento lateral e horizontal, começa a envolver as estruturas para poder formar o cordão umbilical o Cordão umbilical primitivo → pedúnculo de conexão + pedúnculo do saco vitelínico o Distalmente do cordão → pedúnculo da vesícula vitelínica + vasos umbilicais o Proximalmente ao cordão → alças intestinais e o remanescente do alantóide • a vesícula vitelínica geralmente regride e é gradualmente obliterada • a cavidade abdominal fetal é temporariamente muito pequena para as alças intestinais → algumas ficam no espaço extraembrionário do cordão umbilical → hérnia umbilical fisiológica • ao final do terceiro mês → as alças voltam para a cavidade abdominal do feto • geleia de Wharton → Tecido conjuntivo mucoso, com função protetora para os vasos sanguíneos • o cordão umbilical é constituído por duas artérias e uma grande veia circundadas pela geleia de Wharton • devido aos vasos umbilicais serem maiores que o cordão, a torção e flexão deles são comuns → nós verdadeiros (podem apertar e levar a morte por anóxia) e nós falsos (insignificantes) • a adesão do cordão umbilical à placenta é geralmente próxima ao centro da superfície fetal, mas ele pode aderir em qualquer ponto • adesão do cordão próximo a margem da placenta → placenta em formato raquete Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Placenta, cordão umbilical e âmnio • O âmnio forma o saco amniótico preenchido pelo líquido amniótico que circunda o embrião/feto • Enquanto o âmnio aumenta de tamanho, ele gradualmente elimina a cavidade coriônica e forma a cobertura epitelial do cordão umbilical No decorrer da gestação, o volume de LA aumenta até atingir os valores máximos ao redor das 32 semanas, quando passa a diminuir gradativamente até o termo (nascimento) Início da gestação • LA é provavelmente derivado de três fontes: o Superfície fetal da placenta o Ultrafiltrado do plasma materno o Secreções da superfície do corpo do embrião Segundo trimestre Principais fontes de alimentação do LA • início do segundo trimestre → fluxo transcutâneo (pela pele) → a difusão do líquido extracelular através da pele fetal torna a composição do LA semelhante ao do plasma fetal • a partir das 20 semanas o acontece a queratinização da pele, cessando o fluxo transcutâneo o a urina fetal começa a entrar no saco amniótico → 30% do peso corporal do feto o os pulmões também começam a secretar um fluido para o LA (fluido que vai ajudar no desenvolvimento da caixa torácica para ele respirar adequadamente quando nascer) Principais fontes de reabsorção • reabsorve principalmente por meio da deglutição → 20 a 25% do peso corporal do feto • absorção intestinal • trocas através da superfície da membrana que revestem o cordão umbilical, a face fetal da placenta e a parede uterina • Permite o crescimento externo simétrico do embrião/feto • Evita fenômenos compressivos com o cordão • Atua como uma barreira à infecção • Permite o desenvolvimento pulmonar fetal • Impede a aderência do âmnio ao embrião/feto • Amortece impactos mecânicos • Ajuda no controle da temperatura corporal, mantendo uma temperatura constante • Permite a movimentação do feto, ajudando no desenvolvimento de articulações e músculos • Auxilia na manutenção da homeostase de líquidos e eletrólitos Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Distúrbios do líquido amniótico • O líquido amniótico mantém a homeostase térmica, protege o feto contra traumas mecânicos, evita a compressão umbilical e é fundamental para o adequado desenvolvimento do sistema músculo-esquelético, permitindo a movimentação corporal. • As alterações no volume amniótico são importantes de serem notadas, uma vez que estão associadas ao aumento do risco perinatal e complicações no parto e puerpério No decorrer da gestação, o volume de LA aumenta até atingir os valores máximos ao redor das 32 semanas, quando passaa diminuir gradativamente até o termo (nascimento) • LA é provavelmente derivado de três fontes: o Superfície fetal da placenta o Ultrafiltrado do plasma materno o Secreções da superfície do corpo do embrião • início do segundo trimestre → fluxo transcutâneo (pela pele) → a difusão do líquido extracelular através da pele fetal torna a composição do LA semelhante ao do plasma fetal • a partir das 20 semanas o acontece a queratinização da pele, cessando o fluxo transcutâneo o a urina fetal começa a entrar no saco amniótico → 30% do peso corporal do feto o os pulmões também começam a secretar um fluido para o LA (fluido que vai ajudar no desenvolvimento da caixa torácica para ele respirar adequadamente quando nascer) • reabsorve principalmente por meio da deglutição → 20 a 25% do peso corporal do feto • absorção intestinal • trocas através da superfície da membrana que revestem o cordão umbilical, a face fetal da placenta e a parede uterina • → presença de pequena quantidade de LA entre as interfaces fetais e parede uterina → pequenas partes fetais muito ‘’aglomeradas’’ → dificulta o estudo da morfologia fetal • → aumento evidente de volume de LA com identificação de grandes bolsões → nos casos graves, a placenta se torna fina por causa da acentuada distensão da cavidade amniótica Redução do líquido amniótico como valores abaixo de 300 a 400 mL CAUSAS FETAIS • Durante o 2º trimestre gestacional, o quadro está ligado a o Insuficiência placentária grave o Restrição do crescimento fetal (RCF) o Anomalias fetais que impedem a eliminação da urina fetal na cavidade amniótica → agenesia renal bilateral, doença renal cística e obstruções urinárias baixas ou bilaterais • Quadro relacionado a insuficiência placentária → déficit nutritivo + hipoxia → desencadeia o fenômeno de redistribuição da circulação fetal → destina maior fluxo para cérebro coração e adrenais em detrimento de rins, pulmões e sistema digestório • Diminuição gradativa de volume amniótico → favorece a compressão do cordão umbilical → sofrimento fetal e óbito Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Distúrbios do líquido amniótico CAUSAS MATERNAS • Síndromes hipertensivas o O uso de medicamentos anti-hipertensivos → bloqueiam receptores de angiotensina → inibição da enzima conversora de angiotensina → mal formação do sistema renal do feto → anúria (diminuição ou supressão da produção de urina) → oligodrâmnio • Medicamento como a indomecatina → inibidor da prostraglandina sintetase → redução do fluxo vascular renal → oligoidrâmnio • Desidratação → a desidratação da mãe reduz o fluxo de água transplacentária → aumenta a osmolaridade materna → favorece a transferência de água do feto para a mãe → promovendo a transferência do líquido amniótico para o feto → oligoidrâmnia • Diabetes com vasculopatia • Colagenoses / SAF EFEITOS NO DESENVOLVIMENTO FETAL • As principais repercussões de oligoâmnio de instalação precoce incluem a ocorrência o Hipoplasia pulmonar o Aumento do risco de óbito perinatal o Deformidades no polo cefálico e da face o Mau posicionamento das extremidades Definido quando o volume de líquido amniótico excede 2000 mL O quadro pode se desenvolver de 2 formas: • Aguda → mais frequente no 2º trimestre (24 semanas), um quadro grave que leva ao parto prematuro e elevados índices de mortalidade perinatal • Crônica → maior frequência no 3º trimestre, a evolução fetal é mais favorável CAUSAS FETAIS • Obstruções gastrointestinais o Atresia esofágica e duodenal o Associadas à deglutição e a absorção do líquido amniótico para o controle • Anomalias no SNC o Anencefalia e espinha bífida • Alterações cardiovasculares o Arritmias cardíacas • Tórax com desvio de mediastino • Displasia esquelética • Infecções congênitas • Hidroplasia fetal não imune • Tumores fetais CAUSAS MATERNAS • Diabetes mellitus o Glicose materna passa passa pela placenta por difusão facilitada → mãe faz hiperglicemia → feto também tem hiperglicemia o Uma consequência da hiperglicemia é a poliúria → incremento da diurese fetal → polidrâmnio → favprece a rotura prematura de membranas e prematuridade o Aumento da concentração de glicose no LA → osmose → água vai m direção à cavidade amniótica • Gestantes aloimunizadas o Sensibilização da mãe ao antígeno anti-D quando o feto é RH positivo e ela é RH negativo o Relacionado ao hiperdinamismo da circulação fetal decorrente da anemia grave DEFEITOS NO DESENVOLVIMENTO FETAL • Polidrâmnio está associado a taxas de morbidade e mortalidade perinatais significantemente maiores do que na população geral • Maior frequência de malformações e aneuploidias fetais • Malformação fetal, prematuridade, baixo peso ao nascer e mortalidade perinatal Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca TABAGISMO EM GESTANTES Tabagismo EM GESTANTES Dentre os vários componentes do tabaco que interferem na evolução da gravidez, destacam-se: nicotina e monóxido de carbono (CO) Obs: o feto não é um fumante passivo, ele é um ser altamente vulnerável, numa fase de risco para o comprometimento do seu desenvolvimento • A mãe fumante expõe seu feto não só aos componentes da fumaça do cigarro que cruzam a placenta, mas também às alterações na oxigenação e metabolismo placentário, e às mudanças no seu próprio metabolismo secundários ao fumo. o Qualquer substância tóxica passa da mãe para o feto, pois a placenta não filtra essas substâncias. • O maior risco de prematuridade e baixo peso ao nascer ocorre no terceiro trimestre → fase em que o fumo atua como fator de diminuição do desenvolvimento fetal • Maior número de abortos espontâneos, ruptura prematura de membranas ovulares • Placenta prévia, descolamento prematuro da placenta • Polidrâmnio, sangramentos vaginais e redução do apetite • Elevação da pressão arterial e frequência cardíaca • Os bebês podem apresentar distúrbios de comportamento → hiperatividade, alterações de atenção e baixos resultados em testes de leitura e escrita • Alterações no sistema respiratório • Comprometimento do desenvolvimento neurológico • Malformações fetais → fenda palatina, lábio leporino, malformações faciais, urogenitais, cardiovasculares e do sistema nervoso central e deficiências auditiva e visual • Baixo peso ao nascer • Restrição do crescimento uterino • A ruptura prematura das membranas tem relação com maior frequência de infecções no líquido amniótico, pois a nicotina atravessa facilmente as barreiras placentárias • A gestante apresenta maior incidência para polidrâmnio e oligodrâmnio, ruptura prematura das membranas (RPM) e para infecção do líquido amniótico, certamente, causada pela inflamação aguda do cordão umbilical e da placa corial da placenta • Como o líquido amniótico está contaminado, haverá uma produção aumentada deste para suprir as necessidades fetais → causando polidrâmnio • Causa inflamação aguda no cordão e na placa corial da placenta • Causa alterações degenerativas do endotélio vascular do cordão umbilical (veias e artérias) por ação da nicotina e do monóxido de carbono → mostradas pela microscopia eletrônica • A degeneração do endotélio → impede a formação de prostaciclina e prostaglandina I2 (poderoso inibidor natural da agregação plaquetária e vasodilatador potente) • Monóxido de carbono (CO) → atravessa a placenta por difusão simples ou facilitada → tem uma afinidade de mais de 200x maior que o oxigênio → carboxihemoglobina → muito tóxica → inibe a liberação de oxigênio no tecido fetal → resulta em hipoxia → redução da pressão arterial do oxigênio no sangue fetal → havendo uma redistribuição do fluxo sanguíneopara os órgãos nobres (cérbero, coração e suprarrenais) → restrição do crescimento intrauterino assimétrico • Nicotina atravessa facilmente as barreiras placentárias → sistema neuroendócrino do feto → liberação de catecolaminas (principalmente adrenalina e noradrenalina) → dimuição da perfusão placentária pela vasoconstrição (diminuição do calibre dos vasos) → ocorrência de taquicardia (elevação da FCF), acidose, hipoxia e redução do fluxo sanguíneo placentário o Diminuição do fluxo sanguíneo → recém nascidos com baixo peso devido nutrição inadequada o Num estudo do impacto do tabagismo materno sobre a restrição do crescimento fetal → fumo promove o ‘’emagrecimento’’ fetal, de modo seletivo, como nos músculos periféricos por causa da diminuição da circunferência abdominal • Nicotina → diminuição do fluxo sanguíneo no espaço interviloso → provocando diminuição na perfusão uteroplacentária + má oxigenação + má nutrição fetal • Placenta prévia (placenta na parte inferior do útero) → fumo acelera o desenvolvimento de lesões escleróticas nas pequenas artérias e arteríolas uterinas → diminuição da vascularização → redução do fluxo sanguíneo em muitas áreas do endométrio o Também ocorre um aumento da quantidade de colágeno nas vilosidades estromais e um alargamento da membrana mais profunda (abaixo do sincício e do citrotofoblasto) o Capilares e arteríolas exibem edema pronunciado, reduzindo drasticamente a vascularização Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca TABAGISMO EM GESTANTES Tabagismo EM GESTANTES • Alterações no sinciciotrofoblasto → modificações no retículo endoplasmático rugoso, que se acha dilatado • Há um consenso de que existe o espessamento da lâmina basal do trofoblasto e redução do número e da luz dos capilares fetais • Redução crônica do fluxo sanguíneo através dos espações intervilosos placentários → aumento da permeabilidade do endotélio induzido pelo CO ou hipoxia → estresse hipóxico • (alguns autores falam que há relação, outros dizem que não há diferença significativa) → o fumo também exerce influência no peso da placenta • Maior risco de descolamento prematuro da placenta • Enzima hidroxilase aril hidrocarbono (AHH) → induzida pelos compostos do fumo → oxida hidrocarbonetos policíclicos aromáticos do cigarro → provoca tromboses subcoriônicas e calcificação placentária • A placenta da fumante pode ter uma aceleração de sua maturidade por causa da elevada calcificação e deposição subcoriônica de fibrina o A calcificação precoce está relacionada ao avanço progressivo da idade gestacional → comprometimento das funções da placenta e ocasionando efeitos deletérios sobre a mãe e o feto Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca TERATOGENICOS TeratOgenicos • É externo ao genoma • Qualquer substancia, organismo, agente físico ou estado de deficiência que, estando presente durante a vida embrionária ou fetal, produz uma alteração na estrutura ou na função da descendência. • Qualquer agente que possa produzir um efeito congênito (anomalia congênita) ou aumentar a incidência de um defeito na população • Qualquer anormalidade estrutural presente no nascimento • Pode ser micro ou macroscópica, na superfície interna ou externa do corpo Malformação • Defeito morfológico que resulta de um processo de desenvolvimento intrínseco anormal • Desenvolvimento anormal na concepção ou em fases precoces da embriogênese o Exemplo → defeitos associados a uma anomalia cromossômica → anormalidades no SNC, face, esqueleto etc Disrupção • Defeito no desenvolvimento por fatores extrínsecos ou intrínsecos, produzindo quebra ou interferência no desenvolvimento • Não é hereditária, entretanto, a composição genética materna ou fetal pode influenciar o desenvolvimento da disrupção o Exemplo → síndrome da hidantoína fetal depende do genótipo fetal Deformação • Forma ou posição anormal de determinada parte do corpo causada por forças mecânicas o Exemplo → em casos de oligoâmnio → compressões → mau posicionamento, pé torto o Exemplo → hipoplasia pulmonar (pulmão menor do que deveria) decorrente de herniação do intestino no tórax (buraco no diafragma que faz os órgãos subirem para o tórax) Displasia • Formação anormal do tecido, relacionada à histogênese • Não tem causa específica e frequentemente afeta vários órgãos • É adotada a classificação da Food and Drug Admnistration (FDA) que divide os medicamentos em diferentes categorias O desenvolvimento do concepto ocorre em três períodos distintos e cada estágio de desenvolvimento determina sua susceptibilidade ao teratógeno Período de fertilização e nidação • Corresponde às 3 primeiras semanas do desenvolvimento • Fenômeno do ‘’tudo ou nada’’ • Caracterizado por intensa atividade mitótica com as células em capacidade totipotencial Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca TERATOGENICOS TeratOgenicos • Agentes tóxicos nesse período normalmente não determinam efeitos teratogênicos, mas o aborto pode acontecer • Durante esse período, os teratógenos danificam todas ou quase todas as células → morte celular • Ou danificam poucas células → embrião consegue se recuperar e se desenvolver sem defeito Período embrionário propriamente dito • Vai de 4 a 8 semanas • É a fase de organogênese, estágio mais sensível às repercussões teratogênicas • Teratógenos causam maior dano • Período mais crítico, pois tem intensa divisão celular, diferenciação celular e a morfogênese está no auge • É quando a mulher está com 1 semana de atraso menstrual, na maioria das vezes não sabem que estão grávidas e não percebem a gravidade da exposição a agentes teratogênicos Período fetal • 8 semanas ao parto • Fase de desenvolvimento do concepto, menos exposta aos efeitos teratogênicos • Se tiver exposição, os efeitos podem ser morfológicos ou funcionais, de menor dano Tabela do período crítico • o tipo de anomalia congênita depende de que órgão está mais suscetível no momento da ação do teratógeno • Perturbações ambientais nas 2 primeiras semanas → podem interferir na clivagem do zigoto e na implantação do blastocisto → morte e aborto espontâneo embrião • Período crítico do encéfalo → 3 a 16 semanas → podem produzir deficiência mental durante o período embrionário e fetal • Desenvolvimento dos dentes → pode ser perturbado por tetraciclinas a partir de 14 semanas até os 8 anos • Sistema esquelético → período crítico que se estende até a infância Tabaco (categoria X na gestação) • Entre os teratógenos estão a nicotina e o monóxido de carbono como os que mais preocupam → tem efeitos vasoativos e reduzem os níveis de oxigênio → hipoxia (CO) e diminuição do fluxo sanguíneo uterino no espaço interviloso da placenta (nicotina) • Causa bem estabelecida de restrição do crescimento intrauterino (RCIU) → baixo peso ao nascer (menos de 2kg) • Período que causa mais dano é no 3º trimestre • O tabagismo na gestação está associado aos seguintes aspectos o Gravidez ectópica, aborto espontâneo o Baixo peso ao nascer, parto prematuro o Placenta prévia, descolamento prematuro da placenta o Rotura prematura das membranas ovulares (RMPO) • Efeitos causados → depende da quantidade de cigarro consumidos por dia o Anomalias congênitas → gastrósquise, onfalocele, atresia de intestino delgado, fenda labial e palatina, hidrocefalia, microcefalia e anomalias de mãos o Efeitos na vida adulta ou na infância tardia → asma e infecções de repetidão após 2 anos de vida, dermatite atópica e artrite reumatoide juvenil oAlterações neurológicas clínicas → cefaleia crônica, alterações de comportamento Álcool (categoria X se usada em grande quantidade) • O consumo moderado e alto de álcool no inicio da gravidez pode alterar o crescimento e a morfogênese do embrião ou do feto • Síndrome fetal do alcoolismo materno → condição extremamente grave com risco de morte fetal, causam algumas alterações Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca TERATOGENICOS TeratOgenicos Andrógenos (categoria X) • Os ovários não secretam andrógenos (testosterona e derivados). • De 7 a 20 semanas os tecidos genitais femininos respondem à exposição de andrógenos e podem levar à masculinização parcial ou genitália ambígua • Exposição de andrógenos → masculinização da genitália feminina e crescimento anormal da genitália masculina • Feminino → exposição no 1º trimestre leva à o Hipertrofia do clítoris, fusão completa ou parcial dos lábios e agenesia (ausência) de vagina Estrógeno • Dietilestilbestrol (DES) → composto estrogênico não esteroide sintético → categoria X • Estrógeno sintético utilizado no passado para a prevenção de problemas reprodutivos, como abortamento, parto prematuro, óbito intra-uterino e pré- eclâmpsia o DES alterações em filhas → malformações de corpo e do colo uterino, adenose vaginal, adenocarcinoma de células claras da vagina e do colo uterino, anomalias estruturais do colo uterino e vagina, defeito nas tubas uterinas o DES em filhos → hipospadia, criptorquidia, microfalo e hipoplasia testicular o Exposição intrauterina a DES → expressão do gene homeobox HOXA10 é alterada Prostágenos (contraindicados, categoria X) • Exposição de progestina no período crítico do desenvolvimento → associada a malformações o Defeitos cardiovasculares o Fetos masculinos → duplica a incidência de hipospadias da glande Tetraciclinas (categoria D) • As tetraciclinas atravessam a membrana placentária e se depositam nos locais de ativação de calcificação → ossos e dentes • 1g de tetraciclina ao dia no 2º e 3º trimestre → pode provocar descoloração marrom-amarelada dos dentes e diminuição do crescimento dos ossos longos • O uso oral ou parenteral deve ser contraindicado no 2º e 3º trimestre, ou evitado sempre que possível Estreptomicina (categoria D) • Foi relatada surdez em bebês de mães tratadas com altas doses de estreptomicina como antituberculose • Mais de 30 casos de déficit auditivo e lesão do nervo vestíbulo coclear Obs: a penicilina é inofensiva ao embrião e ao feto Heparina (categoria C, indicada) • É a droga de escolha para a anticoagulação na gestação • É um anticoagulante não teratogênico → tem alto peso molecular → não atravessa a placenta Varfina (categoria X) • É antagonista da vitamina K → anticoagulante Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca TERATOGENICOS TeratOgenicos • É um teratógeno conhecido → causa má formações → hipoplasia da cartilagem nasal, epífises pontilhadas e vários defeitos no SNC • Período de maior sensibilidade → 6 a 12 semanas após a fecundação • Exposição no 2º e 3º trimestre → deficiência mental, atrofia do nervo óptico e microcefalia • Malformações cardíacas e defeitos faciais são as mais comuns • O mecanismo de teratogênese → efeito direto o na membrana celular o no acúmulo de radicais livres (que possuem efeito carcinogênico e mutagênico) o No metabolismo do folato o Metabolismo da vitamina K Trimetadiona (categoria D) • Contraindicado no 1º trimestre da gestação • Utilizado para o tratamento de epilepsia • Síndrome fetal da trimetadiona → retardo do desenvolvimento, sobrancelhas no formato de V, orelhas de implantação baixa, fenda no lábio/palato, defeitos cardíacos, geniturinários e de membros. Fenitoína (grupo D) • Deve ser usada somente se o benefício justificar o risco fetal • Síndrome da fenitoína fetal → caracterizada por RCIU, atraso no desenvolvimento, defeitos cardíacos, alterações craniofaciais, dismorfismo facial, hipoplasia de unhas ou falanges distais Ácido valproico (categoria D) • Deve ser usada somente se o benefício justificar o risco perinaral • O uso do ácido valproico em gestantes provoca um padrão de defeitos congênitos → defeitos craniofaciais, cardíacos, de membros e retardo do desenvolvimento cognitivo pós-natal • O risco de defeitos é potencializado pela deficiência de folato • Altera a expressão do homeobox genes hox, e essa desregulação pode impedir o fechamento normal do neuroporo posterior • Compostos químicos para inibição tumoral → altamente teratogênicos → inibem a mitose em células de divisão rápida • Contrários ao ácido fólico (B9) → fundamental para a formação de DNA e RNA e para a duplicação normal das células Ciclofosfamida (categoria D) • Uso contraindicado no 1º trimestre de gestação • Agente alquelante que inflinge agressão química nos tecidos fetais em desenvolvimento → morte celular e alterações no DNA das células sobreviventes • Anomalias fetais → dedos ausentes, fenda palatina, artéria coronária única, ânus imperfurado, RCIU com microcefalia etc Metotrexato e aminopterina (categoria X) • São contraindicados • Medicamentos que alteram o metabolismo do ácido fólico, essencial para a replicação normal • Efeitos → restrição de crescimento, diminuição da ossificação do crânio, baixa implantação das orelhas, anomalia de membros e retardo mental • Anti-inflamatórios não devem ser usados nas últimas semanas de gravidez Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca TERATOGENICOS TeratOgenicos • Devido aos riscos de hemorragia fetal e fechamento prematuro do ducto arterioso • Categoria D, sendo seu uso desaconselhado • A angiotensina é um vasoconstritor mais potentes • Os inibidores da enzima conversora de angiotensina são utilizados como anti-hipertensivos arteriais • Utilizados no 2º e 3º trimestre → efeitos hipotensor e de hipoperfusão no feto • Causando disfunção renal com anúria → oligodrâmnio • Hipoplasia pulmonar, restrição de crescimento, membros relativamente curtos e mau desenvolvimento do crânio Vitamina A (categoria A) • A vitamina A é um retinoide essencial para o crescimento normal, a diferenciação dos tecidos, a reprodução e a visão • O retinol, que é a vitamina A pré-fabricada e uma das formas dessa vitamina encontrada → altas doses de suplementação com vitamina A → mal formações • Recomendação → não exceder a dosagem de 5.000 UI/dia de vitamina A Isotretinoína ou ácido retinoico (categoria X) • Uso contraindicado na gestação • Substancia ativa do ROACUTAN • A isotretinoína (ácido retinóico 13-cis) é um isômero da vitamina A efetiva no tratamento de acne • Utilização no 1º trimestre → associada a alta taxa de abortamento e mal formação fetal • Malformações compreendem → anomalias no SNC, defeitos craniofaciais, defeitos cardiovasculares, defeitos no timo etc • Analgésicos são classificados como categoria D • Aspirina (ácido acetilsalicílico – AAS) e paracet costumam ser usados na gravidez para alivio da dor → altas doses são possivelmente lesivas para o embrião/feto o Aspirina não é um agente teratogênico, MAS altas doses devem ser evitadas, especialmente no 1º trimestre de gestação o Estudos sugerem associação de AAS com gastroquise e atresia do intestino delgado quando utilizado no 1º trimestre Ergotamina (categoria X) • É um medicamento anti-enxaqueca → são vasoconstritores e apresentam atividade ocitócica • São contraindicados na gestação • O uso de doses baixas e esporádicas para aenxaqueca não tem problema • Uso frequente e em altas doses → teratogênico → efeitos de disrupção vascular • As drogas antitireoidianas interferem na síntese dos hormônios tireoidianos • Fazem parte do grupo → propiltiouracila, tiamazol e carbamizol → categoria D • Anomalias congênitas foram associadas • Absolutamente contraindicada • Atualmente usada para o tratamento de hanseníase • Em 1959 → usada para tratar ansiedade, insônia e náusea matutina em gestantes → desastre da talidomida → exposição fetal resultou em graves defeitos de membros e órgãos • Malformações → redução dos membros (amelia, focomelia, aplasia ou hipoplasia de ossos longos) • Anomalias na orelha externa, surdez, malformação do aparelho genitourinário e malformações do sistema cardiovascular • Período crítico de exposição → 20 a 36 dias após a fecundação Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca TERATOGENICOS TeratOgenicos Benzodiazepínicos (categoria D) • A exposição no 1º trimestre deve ser evitada por causa do risco de teratogênese • O diazepan é a droga mais utilizada pra os fins de tranquilizantes necessários para tratar mulheres com distúrbio de ansiedade ou que se encontram em surtos psicóticos • Malformações seriam de extremidades e fenda labiopalatina e alterações faciais Antipsicóticos – lítio (categoria D) • Lítio é indicado no tratamento de episódios maníacos e transtorno bipolar • Deveria ser evitada no 1º trimestre → risco de malformações → cardiovasculares, polidrâmnio, bócio e espinha bífida Antidepressivos (categoria C, seguro) • Essas drogas são inibidores seletivos da recaptura de serotonina (ISRS) → usados para tratar a depressão durante a gravudez • Riscos no 3º trimestre, deve-se lidar com cautela, tentando escolher a melhor droga ou reduzir a dose • Complicações neonatais por ISRS no 3º tri → hipoglicemia, taquipneia, hipotermia, choro fraco ou ausente, síndrome da abstinência Maconha (categoria X) • A maconha potencializa o efeito do álcool e pode estar associada a aumento do risco de defeito no septo interventricular • Seu uso isolado não foi relacionado a maldeformações, entretando, afeta o neurodesenvolvimento na infância e na adolescência → distração, hiperatividade, impulsividade e delinquência Metadona (categoria D) • É um opioide narcótico usado no tratamento de viciados em heroína • Uso em altas doses classifica a categoria D • Disfunção do SNC, menor peso ao nascer, menor circunferência cefálica, risco de trombose Cocaína • É a droga ilícita mais utilizada entre as mulheres na idade fértil • Relatos que lidam com os efeitos pré-natais → descolamento da placenta, aborto espontâneo, prematuridade, RCIU, microcefalia, anormalidades neurológicas etc Mercúrio orgânico • O mercúrio é um metal liquido pesado extremamente tóxico • Metilmercúrio em alimentos das mães → bebês com lesão encefálica grave, deficiência mental e cegueira • Mães que se alimentavam bastante de peixe (predador) com altos níveis de mercúrio orgânico → doença da minamata → caracterizada por paralisia cerebral, microcefalia, retardo mental, cegueira e hipoplasia cerebelar • A redução da ingestão de peixes carnívoros tem sido sugerida a fim de não exceder a exposição máxima permitida Chumbo • Presente em abundancia nos locais de trabalho e no meio ambiente • O chumbo atravessa a placenta e se acumula nos tecidos embrionários e fetais • Exposições a doses muito altas → abortamentos, anomalias fetais, RCIU, deficiência funcional e atraso no desenvolvimento • Doses baixas não apresentam efeito teratogênico Bifenilas policloradas • Outro produto químico que pode contaminar peixes • Riscos semelhantes àqueles causados pela contaminação com chumbo • Alterações observadas → RCIU, alterações da cor da pele, pigmentação da gengiva, hipoplasia de unhas etc • Pode estar presente em equipamentos hidráulicos e produtos de borracha, plásticos, papeis etc Radiação externa • O termo ‘’rad’’ é usado como unidade da dose de radiação absorvida pelo tecido o 5 rad → limite da dose de radiação fetal o Acima de 15 rad → a partir disso, o risco de malformação passa a ser aumentado o A maioria dos exames diagnósticos realizados na gestação, a dose de radiação fetal é menor que 5 rad Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca TERATOGENICOS TeratOgenicos • O efeito da radiação ionizante na gestação depende da idade gestacional e não somente da dose absorvida o Período mais crítico → período embrionário ao fetal, principalmente até 15 semanas pós- concepção • Quanto maior for a quantidade de radiação no período crítico, maior será o dano Efeitos no período mais crítico • Aborto • Rebaixamento do QI • Malformações → microcefalia, fenda palatina, microftalmia, catarata, estrabismo, degenetação na retina, hipospadia, hipoplasia da genitália, malformações esquelética • Comprometimentos no SNC e retardo mental grave o Mais comum em 3 a 11 semanas pós concepção • Restrição do crescimento e microcefalia o 10 a 20 semanas após a concepção Isótopos radioativos • Estimar a dose de radioisótopo absorvida e o ano ao embrião/feto é complexo, porque ele pode se localizar em órgãos-alvo específicos, podendo ou não atravessar pela placenta • O iodo radioativo deve ser evitado na gestação, a menos que não há outro tratamento e ele tenha que ser usado como necessidade para a mãe Efeitos do iodo radioativo • Risco de disfunção tireoidiana principalmente no período em que a tiroide começa a concentrar iodo → 10 a 12 semanas de gestação Ultrassonografia • É amplamente usada na gravidez para diagnóstico fetal e cuidados pré-natais • Uma revisão da USG obstétrica indica que não existem efeitos nocivos confirmados sobre o feto Ressonância nuclear magnética • Estudos epidemiológicos em humanos desmonstraram que a exposição a ondas de radiofrequência eletromagnéticas não causa danos ao produto conceptual • Entretando, recomensa-se evitar o uso de contraste paramagnético (gadolínio) → uma vez no compartimento fetal, esse contraste não consegue ser excretado pela placenta Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Infecções perinatais O Ministério da Saúde recomenda que sejam realizados os exames sorológicos de triagem para as seguintes doenças: • Sífilis → orienta realizar VDRL na 1ª consulta e repetir na 30ª semana • Hepatite B → HBsAg se disponível próximo da 30ª semana • HIV → teste anti-HIV na 1ª consulta e repetir na 30ª semana • Toxoplasmose → pesquisa de IgM na 1ª consulta, sem recomendação de repetir • Rubéola (somente quando tiver sintomas sugestivos) • Causada pelo hepadnavírus (vírus DNA) → ou vírus da hepatite B (VHB) que pode cursar de forma sintomática ou assintomática Transmissão • Altamente infectante e facilmente transmitido através o Via sexual o Transfusões de sangue o Contato com sangue contaminado o Transmissão vertical (mãe-filho) Transmissão vertical • Transmissão via placentária (intrauterina) → rara • Transmissão perinatal → momento do parto → principal o Ingestão de material infectante durante o parto o Exposição das membranas mucosas do feto ao sangue ou fluidos corporais maternos infectados pelo HBV • Transmissão pela amamentação → comum Efeitos no RN • Na ausência de qualquer profilaxia, os índices de prevenção vertical em portadoras crônicas de Hepatite B são de 10 a 20% dos casos • Os RN podem ser assintomáticos, porém, alguns desenvolvem doença fulminante• A maioria dos casos (70 a 90%) tornam-se crônicos, com risco significativo de desenvolver, no futuro, carcinoma hepatocelular e/ou cirrose. Prevenção da transmissão vertical do VHB • Recomenda-se triagem sorológica durante o pré-natal, por meio do HbsAg (antígeno de superfície do VHB) → preferencialmente, próximo a 30ª semana de gestação • Tratar o RN com imunoglobulina humana e vacina depois do parto antes de amamentar Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Infecções perinatais É uma infecção parasitária comum → agente Toxoplasma gondii → o gato é o hospedeiro definitivo e os humanos são os hospedeiros intermediários Transmissão de toxoplasmose • Via 1 → ingestão de oocitos provenientes do solo, areia, latas de lixo contaminadas com fezes de gatos infectados • Via 2 → ingestão de carne crua e mal cozida infectada com cistos, especialmente carne de porco e carneiro • Via 3 → infecção transplacentária → ocorrendo em 40% dos fetos de mães infectadas (durante a gestação) Toxoplasmose congênita • Gravidade das manifestações clínicas no feto → inversamente proporcional a idade gestacional (IG) o Quanto mais cedo na gestação, pior a gravidade o Infecções no 1º e 2 trimestre pode ocasionar abortamentos e óbitos fetais • Tríade clássica de sintomas da toxoplasmose congênita é caracterizada por o Coriorretinite o Calcificações intracranianas o Hidrocefalia • Infecção no 1º trimestre → é mais grave, embora menos frequente → abortamento espontâneo e até a Síndrome da Toxoplasmose Congênita o Alterações no SNC (microcefalia, calcificações cerebrais, retardo mental, convulsões etc) o Alterações oculares (coriorretinite, microftalmia, surdez etc) • Infecção no último trimestre → maior IG → o recém nascido pode ser assintomático ou apresentar o Ausência de ganho de peso o Hepatite com icterícia o Anemia o Plaqueotopeneia o Coriorretinite o Pneumonia o Miocardite • Deve-se solicitar IgM e IgG, sempre que possível, para todas as gestantes, ainda no 1º trimestre de gestação, sem recomendações de repetir depois Revisão IgG e IgM • IgM → anticorpo produzido na fase inicial da infecção, anticorpo precoce produzido na primeira semana • IgG → anticorpo que demora um pouco mais para ser produzido, começa a ser produzido na 2ª semana, pode indicar imunidade já. Interpretação de sorologias • IgG + e IgM – o melhor diagnóstico o já tiveram contato e não tem risco o gestante não suscetível e sem doença atual • IgG + e IgM + o Infecção recente o Administrar espiramicina imediatamente até o diagnostico da infecção fetal o Realizar teste de avidez para saber se tem menos ou mais de 16 semanas que a gestante foi infectada o Teste de avidez baixo → contato menos de 16 semanas → tratar a mãe e investigar o feto o Teste de avidez alto → antigo, tem mais de 16 semanas que foi infectada → segue pré-natal normalmente e interrompe espiramicina • IgG – e IgM + o Infecção aguda o Gestante deve ser informada sobre os riscos da infecção para o feto/RN e encaminhada para serviço de referência o Diagnóstico de infecção fetal → amniocentese, PCR do cordão e USG morfológica o Comprometimento fetal confirmado → está indicada a terapia tríplice por 3 semanas o Afastada infecção fetal → manter o uso de espiramicina até o parto e o controle de USG mensalmente • IgG – e IgM – o Nunca teve contato com o agente toxoplasma o Deve-se orientar medidas de prevenção o Mãe está suscetível a se infectar Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Infecções perinatais Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Sífilis congênita • Causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum → espiroqueta • Doença infecciosa de caráter sistêmico e de evolução crônica, sujeita a surtos de agudização e períodos de latência • Forma adquirida → espiroqueta transmitida predominantemente por relações sexuais • Forma congênita → infecção materno-fetal (vertical) Primária • Desenvolvimento do cancro duro no local de inoculação da espiroqueta o Úlcera indolor, única, bordas endurecidas o Lesão rica em bactérias • Muitas vezes, passa despercebido pela mulher, pois o cancro duro pode surgir na vulva, vagina e colo uterino • Aparece até 21 dias (3 semanas) pós infecção • Desaparece sozinha, independente do tratamento Secundária • Manifestações mais dermatológicas • Reaparece em média de 6 a 8 semanas • Afetará pele e órgãos internos • Lesões ricas em bactérias • Acometimento das regiões palmares e plantares → exantema maculopapular róseo • Também acontece alopecia (queda) de couro cabeludo e sobrancelhas Sífilis latente recente e tardia • Período entre a sífilis 2ª e 3ª • Não há manifestações clinicas • Fase assintomática • Recente → evolução inferior a 1 ano • Tardia → sífilis com duração superior a 1 ano Sífilis terciária • Pode surgir de 2 a 40 anos após o inicio da infecção • Comprometimento sistêmico o SNC, cardiovascular (aórtico), ossos (artrite e osteocondrite) • Lesões → goma sifilítica o Nódulos, tubérculos e placas nódulo ulceradas o Assimétricas o Endurecidas com bordas bem marcadas o Segmento de círculos • Acompanhamento pré-natal o Sorologia obrigatória no 1º e 3º trimestre • O diagnóstico sorológico é feito com testes não treponêmicos e treponêmicos VDRL → Teste não treponêmico • É o exame mais utilizado para o rastreamento durante o pré-natal • Permite acompanhamento pós tratamento da doença, quando dá negativo • Torna-se reativo a partir da 2ª semana depois do aparecimento do cancro Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Sífilis congênita • Teste qualitativo → indica presença ou ausência de anticorpo na amostra • Teste quantitativo → permite a titulação (diluído) e o resultado é expresso em títulos, como 1:2, 1:4, 1:64 etc o Apresenta títulos elevados quando há infecção aguda → fase secundária principalmente • Detecta anticorpos específicos anticardiolipina o Cardiolipina → materiais lipídicos liberados por células que foram danificadas pelo treponema o Pode dar falso positivo → doenças autoimunes, como a lúpus, podem dar falso positivo para sífilis Testes treponêmicos → FTA-Abs ou TPHA • Identificam anticorpos específicos contra o treponema • Maior custo e complexidade • Limitação → não serve para resposta ao tratamento, pois, uma vez positivo, sempre positivo • São utilizados para confirmar o teste do VDRL • VDRL positivo e teste treponêmico não disponível → considerar como sífilis latente de duração indeterminada e efetuar o tratamento da gestante e do parceiro. • Monitoração com VDLR mensalmente • Avaliação clinica Cura sorológica • É considerado cura quando eu tiver → queda nos títulos de VDRL o 2 diluições em 3 meses. → ex: era 1/64 e foi pra 1/16 o 4 diluições em 6 meses → ex: era 1/64 foi pra 1/4 Condições de tratamento adequado em gestantes • Tratei com penicilina e iniciei o tratamento até 30 dias antes do parto • Documentação em queda de VDRL • Avaliação de risco de reinfecção • Orientar a abstenção das relações sexuais até a conclusão do tratamento e desaparecimento dos sintomas • Orientar o uso de preservativo, que deve ser mantido, após o tratamento, em todas as relações sexuais • Transmitida pela placenta → Treponema pallidum • Mãe portadora de sífilispode transmitir para o concepto em qualquer estágio • Maior risco → sífilis 1ª e 2ª → alto número de espiroquetas • Raro: transmissão pelo contato com a lesão genital ou mamária • Não ocorre transmissão pelo leite materno • Surge até o 2º ano de vida • 50% das crianças são assintomática ao nascer • Principais características o Hepatomegalia o Rinite sero-sanguinolenta o Pênfigo palmo-plantar o Icterícia o Anemia o RCIU, prematuridade o Baixo peso ao nascer Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Sífilis congênita • Surge após o 2º ano de vida • Substituição dos órgãos por tecidos de granulação sinfilítica • Principais características o Retardo mental o Nariz em sela o Hidrocefalia o Surdez congênita o Dentes de Hutchinson o Tíbia em sabre Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Virus da imunodeficiencia humana - Hiv • A importância do estudo do HIV na gestação reside no esforço em reduzir as taxas de transmissão vertical da doença • O vírus da imunodeficiência adquirida (HIV) causa a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) • Durante o trabalho de parto • Transmissão intrauterina → principalmente nas últimas semanas de gestação • Aleitamento materno • Falha de crescimento • Microcefalia • Aspectos craniofaciais específicos • Mulher iniciou o pré-natal → solicitação de teste anti-HIV na primeira consulta e repetir no 3º trimestre gestacional → após consentimento e aconselhamento pré e pós-teste Resultados não reagentes (negativos) • Não reagente na etapa 1 → definida como ‘’amostra não reagente para HIV’’ • Caso exista suspeita de infecção pelo HIV → nova amostra coletada após 30 dias da data da primeira + solicitar sorologia anti-HIV no 3º trimestre Resultados reagentes (positivos) • O diagnóstico reagente de infecção pelo HIV deve ser realizado mediante pelo menos 2 etapas de triagem (etapa 1 e etapa 2) • Amostra reagente na etapa 1 → solicitar coleta de segunda amostra pra comprovar a primeira → etapa 2 • Etapa 2 reagente → diagnóstico positivo definido → encaminhar gestante ao pré-natal de alto risco / Serviço de Atenção Especializada em DST/AIDS (SAE) → realiza o aconselhamento e ingressa no serviço • Iniciar a terapia antirretroviral → TARV Resultados indeterminados • A gestante deverá ser encaminhada ao pré-natal de alto risco/ SAE Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Virus da imunodeficiencia humana - Hiv • Prestar suporte psicológico necessário, informar sobre o uso da TARV e a necessidade de acompanhamento médico durante a gestação • Informar sobre os riscos da transmissão vertical pela amamentação, orientando sobre como alimentar o bebê com fórmula infantil • Informar sobre a contra-indicação do aleitamento cruzado (amamentação por outra mulher) • Discutir a necessidade da testagem do parceiro e do uso de preservativos • Informar sobre a necessidade de acompanhamento periódico da criança em serviço especializado de pediatria para crianças expostas ao HIV • Continuar o acompanhamento da gestante encaminhada, com atenção para a adesão às recomendações/transcrições Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Padrões monogenéticos Genótipo → o genótipo de uma pessoa em um determinado locus é constituindo por ambos os alelos que ocupam aquele locus nos dois cromossomos homólogos. São para os locus autossômicos e ligados ao X nas mulheres. Fenótipo → é a expressão do genótipo seja como um traço morfológico, clínico, celular ou bioquímico • Qualitativo: indica presença ou ausência de uma doença. • Quantitativo: pode ser mensurável, como o peso, IMC ou glicemia. Homozigoto → quando a pessoa tem um par te alelos idênticos em um locus no DNA. Ex: AA ou aa Heterozigoto → quando os alelos são diferentes. Ex: Aa Hemizigoto → quando um homem apresenta um alelo anormal localizado no cromossomo X e não há outra cópia do gene (por isso ele não pode ser homo ou hetero) Dominante • Quando apenas um alelo já é suficiente para expressar o fenótipo. Basta ter 1 A • Homozigoto = AA, heterozigoto = Aa Recessivo • Quando eu preciso de 2 alelos para expressar o fenótipo • Sempre em homozigose (aa) Penetrância • Probabilidade de um ou mais alelos mutantes expressarem o fenótipo • Penetrância incompleta → quando alguns dos genes falham completamente em expressar o genótipo Expressividade • Refere-se à diferenças na expressão do fenótipo entre os indivíduos que tem o mesmo genótipo • Podemos ter doenças ou condições clínicas que vão se expressar diferente • Expressividade variável → quando o mesmo genótipo pode conferir fenótipos diferentes Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Padrões monogenéticos Existem 4 tipos de herança monogênica • Autossômica dominante • Autossômica recessiva • Dominante ligada ao sexo • Recessiva ligada ao sexo O padrão de herança visto em distúrbios monogênicos depende de dois fatores • Localização cromossômica do locus gênico o Autossomo (cromossomos 1 ao 22) o Cromossomo sexual (X e Y) o Genoma mitocondrial • Depende do fenótipo o Dominante o Recessivo HERANÇA AUTOSSÔMICA DOMINANTE • Quando os genes responsáveis estão localizados nos autossomos (par 1 ao 22 de cromossomos homólogos). • Esse gene se manifesta mesmo em dose simples, ou seja, basta apenas 1 alelo para eu ter a expressão do fenótipo • Dominante pode ser o Heterozigoto = Aa o Homozigoto = AA Identificando no heredograma: Sei que é autossômica (não tá ligada ao sexo) pois: • Homens e mulheres são afetados em igual proporção • Pode ser transmitida diretamente de homem pra homem A característica é dominante porque: • Ocorre em todas as gerações (não há saltos, pelo menos um indivíduo é afetado em cada uma) • Em média, um afetado tem 50 % de chance dos seus filhos também serem afetados Herança autossômica dominante rara ou herança dominante incompleta • Muitos genes que determinam características dominantes raras são letais em homozigose → o que explica a raridade desses homozigotos na população • Na maioria dos casos, os afetados homozigotos são mais gravemente afetados do que os heterozigotos. • Assim, na herança autossômica dominante rara o A prole afetada nasce, geralmente, de um casal → um é heterozigoto (Aa) e o outro é normal (aa) Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Padrões monogenéticos Casos clínicos • Hipercolesterolemia de herança autossômica dominante o Homozigotos → colesterol bem mais elevado e desenvolvimento de doença cardiovascular aterosclerótica na infância Acondroplasia – mutação no gene FGFR3 • Displasia esquelética dominante incompleta • tipo mais comum de nanismo, afeta homens e mulheres • basta apenas que um alelo esteja alterado para que o fenótipo já se manifeste • o casamento entre duas pessoas com acondroplasia são frequentes • heredograma mostra a união de dois heterozigotos afetados • a criança falecida, indivíduo III-3 era homozigoto pra essa condição e apresentava uma doença muito mais grave que de seus pais, causando sua morte logo depois do nascimento• nos indivíduos com acondroplasia não necessariamente tem pais afetados • só ‘’aa’’ é capaz de expressar a doença • preciso de um indivíduo com os 2 alelos mutados para que ocorra • geralmente, o probando pode ser o único membro afetado da família, mas se houver outros afetados, geralmente esses estão na irmandade e não em outro lugar do heredograma • probabilidade aumenta em uniões consanguíneas tipos de união • tipo mais comum → pais heterozigotos normais, não afetados, só são portadores, assintomáticos o Aa x Aa → 25% de aa • contudo, qualquer união na qual cada genitor tenha ao menos um alelo recessivo pode produzir uma prole homozigótica como interpretar o heredograma A característica é autossômica porque: • aparece igualmente entre homens e mulheres • pode ser transmitida diretamente de homem pra homem A característica é recessiva porque • há saltos de gerações • os pais, em geral, só são portadores → heterozigotos (pais iguais filhos diferentes) • a característica aparece em irmandades e não nos genitores ou netos dos afetados Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Padrões monogenéticos • os genitores dos afetados frequentemente são consanguíneos consanguinidade • devido à raridade dos alelos mutantes na população, os indivíduos com distúrbio autossômicos recessivos raros são mais tipicamente heterozigotos compostos (Aa) do que realmente homozigotos • a presença de consanguinidade entre os genitores de um paciente com distúrbio genético → forte evidencia (mas não uma prova) → de que o distúrbio foi herdado de maneira autossômica recessiva, mesmo que as demais informações no heredograma sejam insuficientes para definir tal padrão de herança Caso clínico • xeroderma pigmentoso → defeito de reparo de DNA bastante raro com herança autossômica recessiva, mais de 20% dos casos ocorrem na prole de casais de primos em primeiro grau. • Fibrose cística – mutação no gene CFTR o Doença que está presente no teste do pezinho o Tem uma expressividade variável → formas diferentes de se manifestar → podemos ter a doença → infecções múltiplas nos pulmões e vias aéreas, ou uma infecção pancreática ou alterações gastrointestinais Agora a alteração está nos cromossomos sexuais, no caso, o X. Dessa forma, a distribuição agora é desigual para homens e mulheres dentro das famílias. A herança patrilinear do cromossomo Y é evidente (pois só o pai pode transferir o Y pro filho homem). Porém, existem poucos genes puramente ligados ao Y, a maioria deles estão envolvidas na determinação das características sexuais 1ª ou 2ª. Homens só tem um X → só existem 2 genótipos possíveis para os homens → ou é afetado ou não é afetado • Lembrando que um homem com o X mutado é hemizigoto para aquele alelo Mulheres tem XX → existem 4 possibilidades de carregar esses alelos mutantes Exemplo: Xh é o alelo da doença e XH é o alelo normal Inativação do X e expressão dos genes ligado ao X • As mulheres inativam um dos X nas células somáticas, um processo fisiológico normal, de modo a igualar a expressão dos genes ligados ao X em ambos os gêneros (porque o homem só tem um X também) • Essa inativação em doenças ligadas ao X rem uma profunda importância clinica → faz com que as mulheres Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Padrões monogenéticos tenham duas populações celulares que expressão os genes de um ou de outro cromossomo X Exemplo: Distrofia muscular de Duchenne • Distúrbio hereditário de fraqueza muscular progressiva • Dependendo do padrão de inativação aleatória do X nos dois cromossomos X, duas mulheres heterozigotas para uma doença ligada ao X podem ter apresentações clinicas bastante distintas → devido a diferença de proporção de células que têm o alelo mutante no X ativo em um tecido relevante FIGURA 711 Imunomarcação da distrofina em amostras musculares. • A → Uma mulher normal → coloração cria sinais brilhantes • B → Um homem com distrofia muscular de Duchenne (DMD) → músculos sem coloração • C → Uma mulher portadora (tem o gene no X) o O músculo de portadoras para DMD mostra áreas positivas e negativas para imunomarcação da distrofina, representando fibras tanto com o alelo normal quanto com o alelo mutante no cromossomo X ativo • Padrão definido e fácil de reconhecer → a mutação se expressa em todos os homens que a recebem, consequentemente → distúrbios ligados ao X são restritos aos homens. • Os homens → hemizigotos • Mulheres → homozigotas ou heterozigotas • Recessivo → preciso do alelo afetado no cromossomo X para que o fenótipo acabe se manifestando Interpretação do heredograma A característica é ligada ao sexo porque: • Não se distribui igualmente nos dois sexos • Não há transmissão direta de homem para homem (justamente porque o alelo é o X e não o Y) A característica é recessiva porque: • Há mais homens afetados do que mulheres afetadas (pois nos homens basta ter um X alterado) • O homem transmite por intermédio das suas filhas, ou seja → suas filhas vão ser portadoras → mas os filhos delas (netos dele) vão ter maior chance de manifestar o fenótipo novamente • Homens afetados geralmente tem filhos e filhas normais Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Padrões monogenéticos Ex. clinico → hemofilia A – mutação no gene F8 • Há falha na coagulação sanguínea devido à deficiência do fator VIII, uma proteína da cascata da coagulação • Doença tendenciosa a sangramentos e alterações hematológicas • Os homens são afetados pela forma grave → herança ligada ao X recessivo • Filhas de homens afetados e mães normais → portadoras obrigatórias, não vão ter distúrbios sanguíneos, mas → seus filhos tem grande chance de ter • Um fenótipo ligado ao X pode ser dominante se tiver expressão regular em heterozigotas • Homem com X dominante → hemizigoto • Apenas 1 cópia do alelo doente no cromossomo X é necessário para uma mulher ser afetada • As mulheres são mais afetadas Características • A expressão em mulheres heterozigotas é mais atenuada o Porque o alelo mutante localizado no X é inativo em algumas células, desse modo, a maioria dos distúrbios dominantes ligados ao X é dominante incompleta, como ocorre na maioria dos distúrbios autossômicos dominantes • Expressa em todos os homens que apresentam o alelo mutado → hemizigotos • Os homens só vão ser afetados se receberem o alelo mutante da mãe • Homens afetados só podem transmitir a doença para suas filhas mulheres o Pai nunca passa para filhos homens, pois o pai passa o cromossomo Y o Basta a mulher ter um alelo afetado que ela já vai manifestar a doença • Cada criança de mulher afetada tem 50% de chance de herdar a característica, seja qual for o gênero → filho homem ou mulher tem 50% de chance de adquirir a característica o Como é visto em mulheres heterozigotas, ou a mãe passa o alelo mutante ou não passa Diferença de X dominante para autossômica dominante • Elas são muito semelhantes em diversos aspectos, mas o que diferencia mesmo é: ➔ Na do X dominante eu tenho ausência de transmissão homem-homem ➔ É impossível de ocorrer porque os homens transferem o cromossomo Y para os filhos ➔ Todas as filhas de homens afetados são afetadas o Porque só basta a menina ter um alelo mutado (que veio do pai) para manifestar a doença ➔ Nenhum filho de homem afetado é afetado Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94- HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Padrões monogenéticos Interpretação de heredograma A característica é dominante porque: • Há mais mulheres afetadas do que homens afetados • TODAS as filhas de pais afetados → expressão a doença, são afetadas • TODOS os filhos de homens afetados → são normais, não expressam a doença A característica é ligada ao sexo porque: • Não se distribui igualmente entre os sexos • Não há transmissão direta de homem pra homem Caso clínico → raquitismo hipofosfatemico • Mutação no gene PHEX • Doença em que os ossos ficam fracos, além de ter pouca quantidade de fosfato no organismo • Gene localizado no cromossomo X dominante • Basta ter apenas um alelo afetado para termos as manifestações • Essas doenças ligadas ao X dominante são quase exclusivamente acometidas em mulheres porque nos homens afetados a doença é muito letal, causando a morte deles • Não se vê homens afetados pela alta taxa de letalidade Caso clínico → Síndrome de Rett • Mutação no gene MECP2 • Meninas com alterações no neurodesenvolvimento • Costumam ter dificuldade no aprendizado • Ocorre quase exclusivamente em mulheres • Os homens com o X afetado morrem, é letal • As meninas que tem o outro X normal ainda são compatíveis com a vida (um X veio da mãe afetada e o outro X veio de um pai normal) Caso clínico → incontinência pigmentar • Mutação no gene IKBKG • As meninas afetadas, em geral heterozigotas, apresentam lesões de pele vesiculares eritematosas inflamatórias ao nascer • Aparecem pigmentações escuras, chamadas de ‘’bolo de mármore’’ o As melaninas se depositam nas camadas mais profundas da pele e reflete o padrão de inativação do X normal → a pele com o pigmento normal não é produzida o Onde o padrão é reproduzido, pelo X doente, o pigmento produzido é escuro Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Padrões monogenéticos • Também pode ocorrer queda de cabelo, anomalias dentárias (ausência de alguns dentes e dentes conoides – menores que o normal) e convulsões • Os homens com a condição são tão gravemente afetados que morrem ainda no útero Distúrbios dominantes ligados ao X que poupam os homens • Os homens hemizigotos são amplamente poupados das consequências da mutação que carregam Caso clínico → Epilepsia com comprometimento • Mutação do gene da protocaderina 19 que codifica uma molécula de superfície celular expressa em neurônios do SNC • Limitada às mulheres, ocorre em mosaico (por causa da inativação do X) • As mulheres começam a ter crises convulsivas e apresentam atraso no desenvolvimento de leve a severo • Os homens hemizigotos são totalmente assintomáticos • Os neurônios dos homens não apresentam essa proteína de superfície, sendo poupados da doença • São padrões que não apresentam aqueles típicos da herança mendeliana • É a herança de distúrbios codificados por genes contidos no DNA mitocondrial • É herdada exclusivamente da mãe, pois, apenas as mulheres transmitem o DNA mitocondrial para filhos e filhas, não há participação do pai • Os distúrbios causados por mutação no DNA mitocondrial têm vários aspectos incomuns • a mitocôndria é a moeda energética da célula, portanto, perturbações na produção de energia devido a mutações no mtDNA (DNA mitocondrial) resultam em distúrbios graves o comprometimento no SNC e musculoesquelético o quanto mais o tecido/órgão precisar de energia, mais ele será afetado • exemplo: epilepsia mioclônica com fibras rotas vermelhas existem três tipos • herança materna • homoplasmia • heteroplasmia Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Padrões monogenéticos herança materna do mtDNA • apenas o mtDNA materno é transmitido para a geração futura • mãe com mutação → passa para os filhos que também irão apresentar a mutação • homem afetado → só pode ter vindo da mãe afetada • homem não transmite a doença • exemplo: neuropatia óptica hereditária de Leber Homoplasmia e heteroplasmia Expressividade variável → as mitocôndrias possuem DNA próprio, o qual se replica normalmente. Assim, algumas células tem distribuídas aleatoriamente a quantidade de DNA mutante e DNA normal • heteroplasmia → vários tipos de mtDNA, mesmo dentro de uma mesma célula → mistura de mtDNA mutante e não mutante → fenótipo leve • homoplasmia → todas as nossas mitocôndrias tem exatamente o mesmo código genético → DNA mitocondrial todo igual (ou só com mutante ou só com o normal → fenótipo mais rigoroso Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Heredogramas Esther Santos Fonseca Heredogramas O estudo da herança de uma característica é feito pela análise de genealogias ou heredogramas, um método abreviado e simples para representar os dados de uma família A montagem é realizada a partir de informações prestadas pelo probando, que é o indivíduo (afetado ou não) a partir do qual a família será estudada pelo profissional. Alguns dados sobre as doenças dos membros familiares são importantes para a construção • Dados da doença: início, evolução e etc • Parentes em 1º grau do afetado (pais, filhos e irmãos) • Consanguinidade • Origem étnica etc É importante representar na genealogia indivíduos normais e afetados, abortos e natimorfos. Mantendo-a sempre atualizada 1. Colocar todas as pessoas de uma mesma geração na mesma linha 2. Conectar os cônjuges por uma linha matrimonial (horizontal) (a linha deve ser dupla no caso de consanguinidade) 3. Conectar uma linha vertical a partir da linha matrimonial à linha da irmandade (horizontal e paralela da matrimonial), a qual se conecta com os filhos do casal 4. Colocar os filhos por ordem decrescente de nascimento, da esquerda pra direita (do mais novo ao mais velho) 5. Numerar as gerações com algarismos romanos, em ordem decrescente (da mais remota até a mais recente) 6. Numerar os indivíduos de cada geração acima e à direita do símbolo, em ordem crescente da esquerda pra direita 7. O probando deve ser assinalado por uma seta 8. Quando for o caso, colocar a idade de cada um abaixo do símbolo Obs: deverão ser representados os indivíduos normais, abortos e natimortos. Além daqueles não pertencentes à família, mas que, de alguma maneira, estão relacionados Obs: Um aborto espontâneo é a perda de um feto por causas naturais antes da 20ª semana de gestação. Um concepto natimorto é a perda de um feto por causas naturais após a 20ª semana de gestação. Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 • São características que são determinadas por vários genes (genética), com influência ambiental variável (ambiente), mas apresentam distribuição descontínua na população • A maioria das características e doenças humanas apresenta herança complexa Características • Agregação familiar • Não seguem um padrão mendeliano (leis) • Grande interação gene-gene • Enorme interação gene-ambiente • As características nas quais a variação seja causada por efeitos combinados de múltiplos genes • Tenho vários genes atuando ao mesmo tempo • Nenhum gene é dominante ou recessivo ao outro • Esses genes podem estar presentes para determinar uma característica/doença atuam em conjunto de forma aditiva Poligênico aditivo • Quando determinada doença é expressa por vários genes ao mesmo tempo (no caso, ABCDE) • Exemplo: características fisiológicas como altura A = pessoa alta, a = pessoa baixa. Não existe dominância entre eles, então eu posso ter AA→ alto Aa → média Aa → intermediária Gene principal • Um gene de efeito maior (principal) representa um pouco mais na quantidade de influência genética que essa característica carrega o Não significa que ela seja dominante entre as outras Efeito maior de dois ou mais genes • Dois genes mais ‘’importantes’’ determinam a expressão da doença/característica Exemplo: diabetes melito • Como as heranças multifatoriais são causadas por efeitos aditivos de várias fatores genéricos e ambientais, essas características tendem a seguir uma distribuição normal, ou ‘’em forma de sino’’ nas populações. • Inúmeras doenças não seguem o padrão de sinos, ao contrário, elas parecem estar presentes ou ausentes nos indivíduos • Explicação → é que existe uma distribuição de susceptibilidade para estas doenças na população • Para as doenças multifatoriais presentes ou ausentes, acredita-se em um limiar de susceptibilidade precisa ser ultrapassado para que se tenha a doença o Abaixo do limiar → pessoa normal o Acima do limiar → pessoa afetada Caso clínico → esteanose pilórica • Doença que se caracteriza por estreitamento e obstrução do piloro, a área entre estomago e intestino → vômitos, perda de peso e desequilíbrio eletrolítico como resultado • É mais comum em homem do que mulheres Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 o Acredita-se que essa diferença reflita dois limiares de distribuição, um mais baixo em homens e um mais alto em mulheres • Limiar masculino baixo → quer dizer que eu preciso de menos fatores para a doença se manifestar • Limiar feminino alto → precisam ser expostas a mais fatores causadores da doença para desenvolverem ela de fato → precisa ter mais fatores genéticos e ambientais • Nas doenças monogênicas, eu posso dar um risco de recorrência de confiança o Exemplo, 50% de chance para doenças autossômicas dominantes, 25% para autossômicas recessivas etc • Para as doenças multifatoriais → são deduzidos riscos empíricos baseados em observação direta de dados. o Riscos empíricos de recorrência para doenças multifatoriais são baseados em estudos de grande conjuntos de famílias o Estes riscos são específicos para uma dada população. Podem ser diferentes entre países, por exemplo. 1) O risco de recorrência é maior se mais de um membro da família é afetado 2) Se a expressão da doença no probando for mais severa, o risco de recorrência é maior • Isso porque uma expressão mais severa indica que o indivíduo afetado está na cauda extrema da susceptibilidade • Os seus parentes, então, possuem um risco maior de herdarem genes de doenças • Ex: lábio leporino/palato bilateral tem risco de recorrência maior à família do que a de unilateral por ser mais severo 3) O risco de recorrência é maior se o probando for do sexo mais comumente afetado • Isso ocorre porque um indivíduo afetado do sexo menos susceptível está geralmente na posição mais externa de distribuição da susceptibilidade → precisa ter mais fatores genéticos e ambientais para se expor 4) O risco de recorrência para a doença geralmente diminui rapidamente em parentes remotos • Quanto mais afastado o grau de parentesco, menor o risco de adquirir a doença Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 5) Se a prevalência da população é f, o risco da prole e de irmãos do probando é de aproximadamente raiz de f • Poucas características são influenciadas exclusivamente pelos genes ou somente por fatores ambientais. A maioria é influenciada por ambos • Determinação da influencia relativa entre fatores genéticos e ambientais o Pode levar ao melhor entendimento da etiologia da doença o Pode ajudar no planejamento de estratégias de saúde pública. • Uma doença em que a influencia é hereditária é baixa, como o câncer de pulmão, pode ser evitada de forma mais eficiente pela ênfase nas mudanças de estilo de vida (evitar tabaco) • Quando uma doença é mais relevante pela hereditariedade, como o câncer de mama, o exame do histórico familiar deve ser priorizado em relação às modificações no estilo de vida. • estudos de gêmeos e estudos de adoção → estratégias de pesquisa geralmente utilizadas para estimar a influencia ambiente x gene • as doenças multifatoriais se dividem em congênitas, presentes no nascimento, e em doenças na população adulta • aproximadamente 2% dos recém nascidos apresentam uma má formação congênita, e a maiorias destas condições são consideradas multifatoriais na etiologia • é bastante comum as malformações congênitas estarem associadas a outras doenças malformações 2ª da espinha bífida → hidrocefalia e o pé torto malformações 2ª da trissomia do 13 → lábio leporino e palato fendido defeitos congênitos associados a trissomia do 13, 18 e 21 → defeitos congênitos do coração Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Fatores genéticos associados às malformações congênitas → ainda não foram identificadas, mas → está sendo feito um estudo do isolamento de genes únicos que causam → famílias gênicas HOX, PAX e TBX Fatores ambientais envolvidos → exposição à teratógenos durante a gestação e hábitos de estilo de vida • talidomida → causa focomelia (membros severamente curtos) • ácido retinóico → roacutan → defeitos no coração, ouvido e SNC • rubéola → defeitos no coração Hipertensão • não é uma doença propriamente dita, pois não apresenta sintomas clínicos, mas é considerada um fator de risco, se não for controlada → pode levar a uma enfermidade grave e incapacitante → problemas cardiovasculares • pode ser considerado vários fatores → o genéticos, físicos (idade, raça, obesidade etc), o psicológicos (estresse), o ocupação, o álcool, tabagismo o e localização geográfica • fatores genéticos → muitos genes já foram mapeados como o o gene da feniletanolamina-N-metiltransferase (PNMT) o e o gene prostaciclina-sintase (PRGIS) → poligênica, vários genes contribuem • marcadores genéticos para a susceptibilidade à hipertensão o anormalidades na função renal o ou no sistema simpártico • fatores de risco ambientais causam variações na pressão sanguínea o ingestão elevada de sódio, o diminuição da atividade física, o estresse e obesidade Trombose venosa (trombofilia) • se formam coágulos venosos ou arteriais de maneira anormal, com complicações de risco de vida • genes envolvidos são, em geral, de susceptibilidade e não genes que representam a causa primária do distúrbio o foi identificado um locus de suscetibilidade para a doença no cromossomo 6p24.1 o alelo C do polimorfismo do gene HIVEP1 • interação gene-gene → precisa de mais de um gene necessário para o desenvolvimento da doença o mutação em alguns dos genes dos fatores de coagulação, anticoagulantes ou trombolíticos o funcionando isoladamente ou em conjunto com alterações em outros fatores genéticos • fatores ambientais → tabagismo e uso de contraceptivos orais contendo estrogênio sintético aumenta o risco de trombose Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Esther Santos Fonseca Aconselhamento genEtico é uma das bases da medicina fetal, definido pela OMS como: ‘’ um processo de comunicação que se ocupa com problemas genéticos associados ao aparecimento ou risco de aparecimento de doenças genéticas em uma familia’’ • Envolve aspectos éticos, psicossociais e médicos Ético • Os princípios éticos envolvidos fundamentam-se na autonomia do indivíduo/casal e ao caráter confidencial das informações (sigilo) • Em obstetrícia,o aconselhamento genético tem por objetivo o Estimar o risco gestacional o Avaliar a probabilidade de um diagnóstico pré- natal o Propor uma eventual terapia intrauterina Comunicação • Primeiro principio para que haja compreensão por parte do paciente/casal • A comunicação de um resultado anormal é uma das etapas mais difíceis • Deve-se fazer uma pequena introdução sobre as principais anormalidades genéticas • Uso de diagramas, tabelas e gráficos para reforçar os conceitos • Disseminar e obter informações da forma mais acurada possível sobre o diagnóstico • Conhecer a herança familiar é indispensável para um bom aconselhamento Defesa psicológica • O aconselhamento genético provoca uma defesa psicológica importante entre os envolvidos • É muita ansiedade quando o casal procura o aconselhamento depois de ter quadros repetitivos de aborto espontâneo, filho anterior com malformação ou problema genético • Quando passam por resultados obstétricos desfavoráveis, os pais manifestam reações de raiva, culpa e resolução • Somente após 4 a 6 semanas que o casal começa aceitar a situação e ficar mais receptivo ao aconselhamento. • A mais comum é a idade avançada • O aconselhamento genético pré-concepcional é o mais ideal, pois permite que as famílias em risco para anormalidades congênitas tomem decisões reprodutivas mais conscientes → ainda dá tempo de estabelecer um diagnóstico mais preciso antes mesmo da concepção, realizar exames adicionais e estabelecer o risco de recorrência • O momento ideal é antes de iniciar a gravidez, o que possibilita intervenções que venham reduzir o risco de acometimento da prole • Iniciar com a coleta acurada de informações sobre o maior número possíveis de membro da família o Orientação de pelo menos 3 gerações • A informação deverá ser organizada em forma de heredograma • A informação em geral é coletada do membro afetado (probando), cujo risco para uma doença genética será determinado • Procura-se anotar o Nome completo, DN o Numero de filhos, abortamentos e óbitos fetais o As patologias presentes na família o Consanguinidade Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228 Referências Fisiologia Humana, uma abordagem integrada – Silverthorn 5ª edição Biologia celular e molecular – Junqueira & Carneiro 8ª edição Embriologia Clínica – Keith Moore 8ª edição Embriologia Médica – Langman 13ª edição Rotinas em Obstetrícia – 6ª edição Licensed to Jéssica Ruana Eugênia Pereira da Silva - jehruanna.wdalves@gmail.com - 011.165.042-94 - HP15716450479228