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TURMA X - MEDFASA ANA CAROLINA VIANA VASCONCELOS 
 
ANATOMIA E HISTOLOGIA DAS GÔNADAS (VASCULARIZAÇÃO, 
SUSTENTAÇÃO). 
 
SISTEMA GENITAL MASCULINO: 
Os órgãos incluem os testículos, um sistema de ductos (eferente, 
epidídimo, ducto deferente, ductos ejaculatórios e uretra), glândulas 
sexuais acessórias (glândulas seminais, próstata e glândulas 
bulbouretrais) e estruturas de apoio, como o escroto e pênis. Os 
testículos (gônadas masculinas) produzem espermatozoides e 
secretam hormônios, como a testosterona (participa da 
espermatogênese, diferenciação sexual durante o desenvolvimento 
embrionário e fetal e controle da secreção de gonadotropinas) e o seu 
metabólito, a di-hidrotestosterona (age em órgãos e tecidos do corpo 
durante a puberdade e vida adulta). O sistema de ductos transporta e 
armazena os espermatozoides, auxilia na maturação e libera-os para 
o meio externo. O sêmen contém espermatozoides + as secreções 
produzidas pelas glândulas sexuais acessórias. O pênis entrega os 
espermatozoides no aparelho reprodutivo feminino e o escroto 
contém os testículos. O epidídimo (conjunto que canalículos) dá 
origem ao ducto deferente, que caminha em direção à região interna 
da pelve indo para a parte posterior da bexiga em direção à próstata, 
une-se dentro da próstata com a glândula seminal e desemboca na 
URETRA PROSTÁTICA (local de união do sistema urinário com o 
reprodutor) e segue a uretra peniana. A genitália externa tem a região 
do púbis (na região dos ossos púbicos), juntamente com os pelos 
pubianos, a bolsa escrotal (contém testículo, epidídimo e ducto 
deferente), o corpo e a glande do pênis e o óstio externo da uretra. 
 
 ESCROTO: 
Estrutura que contém os testículos, consiste em pele solta e tela 
subcutânea subjacente. Fica pendurado na raiz (parte anexa) do 
pênis. Externamente é uma bolsa de pele ímpar separada em porções 
laterais por uma crista mediana, a rafe do escroto. Internamente, o 
septo do escroto divide o escroto em 2 sacos, cada um contendo um 
testículo – o septo é constituído por uma tela subcutânea e tecido 
muscular (músculo dartos, também encontrado na tela subcutânea do 
escroto), composto por feixes de fibras de músculo liso. Associado a 
cada testículo fica o músculo cremaster, composto por pequenas 
bandas de músculo esquelético que descem como uma extensão do 
músculo oblíquo interno do abdome por meio do funículo espermático 
para circundar os testículos – músculo responsável pelo movimento 
de retração do testículo (reflexo cremastérico, por trauma ou 
estímulo da região medial da coxa) em direção superior. 
 
CAMADAS DO ESCROTO: pele do escroto  tela subcutânea do 
escroto (túnica dartos)  fáscia espermática externa  músculo 
cremaster e fáscia cremastérica  fáscia espermática interna  
estruturas internas dos funículo espermático (vasos, nervos e ducto 
deferente)  lamina parietal da túnica vaginal (envolve a parede da 
bolsa escrotal)  espaço virtual com líquido que permite o 
deslizamento no testículo  lâmina visceral da túnica vaginal (envolve 
o testículo, a túnica albugínea)  epidídimo e testículo. 
 
A localização e contração das fibras musculares do escroto regulam a 
temperatura dos testículos. A produção normal de espermatozoides 
demanda uma temperatura de 2 a 3 graus abaixo da temperatura 
corporal central – temperatura reduzida mantida pelo escroto estar 
fora da cavidade pélvica. Em resposta a temperaturas frias, os 
músculos cremaster e dartos se contraem – a contração do cremaster 
move os testículos para mais perto do corpo, onde eles podem 
absorver o calor do corpo; já o do dartos reduz o volume do escroto 
(aspecto enrugado), que reduz a perda de calor. A exposição ao calor 
inverte essas ações. Na parte mais externa do testículo e do epidídimo 
fica túnica albugínea, abaixo da lâmina visceral da túnica vaginal, a 
estrutura já propriamente dita do testículo, que dá a proteção externa. 
Em sequência, há a formação dos lóbulos do testículo a partir do 
séptulos que fazem essa divisão. O testículo se une ao epidídimo a 
partir do dúctulos eferentes. 
 
 
 TESTÍCULOS: 
São um par de glândulas ovais no escroto com cerca de 5cm de 
comprimento e 2,5 de diâmetro. Cada testículo pesa de 10 a 15g. 
Desenvolvem-se perto dos rins, na parte posterior do abdome e 
TURMA X - MEDFASA ANA CAROLINA VIANA VASCONCELOS 
 
começam sua descida para o escroto por meio dos canais inguinais 
(passagem na parede anteroinferior do abdome) durante a 2ª metade 
do sétimo mês de desenvolvimento fetal. A túnica vaginal (serosa) é 
derivada do peritônio e se forma durante a descida dos testículos, 
recobrindo-os parcialmente – o hidrocelo, líquido seroso nessa parte, 
pode ser causado por lesões nos testículos ou inflamação do 
epidídimo. Internamente à túnica, o testículo é circundado por uma 
cápsula fibrosa branca de tecido conjuntivo irregular, a túnica 
albugínea, que se estende internamente formando septos que 
dividem o testículo em lóbulos. Cada um dos 200 a 300 lóbulos dos 
testículos contêm de 1 a 3 túbulos bem enrolados, os túbulos 
seminíferos contorcidos, onde os espermatozoides são produzidos. 
 
Os vasos que nutrem o epidídimo e o testículo partem de veias que se 
unem formando o plexo pampiniforme e na parte mais central fica a 
artéria testicular, que vem da aorta, perto dos rins, justarenal, 
descendo no retroperitônio até entrar no funículo espermático 
através do canal inguinal e ganhar a bolsa escrotal. Os lóbulos (regiões 
produtoras de espermatozoides) caminham em direção ao hilo, parte 
central que recebe a rede do testículo com pequenos dúctulos. 
 
VASCULARIZAÇÃO: 
ARTERIAL: As artérias direita e esquerda testiculares surgem da 
aorta, logo abaixo das artérias renais, descendo no 
retroperitônio por toda a região lombar, entrando 
no canal inguinal junto com o nervos e ducto 
deferente, formando as estruturas internas do 
funículo espermático – estrutura envolvida pelo 
músculo cremastérico e sua fáscia. Essas artérias 
emitem ramos que vão diretamente para o testículo 
e para a cabeça, corpo e cauda do epidídimo. 
VENOSA: A veia testicular direita drena diretamente para a 
veia cava e a esquerda para a veia renal esquerda. 
Eventualmente a esquerda pode drenar para cava. O 
feixe vascular é formado por 1 artéria e 2 veias, com 
as veias se ramificando e com diversas anastomoses 
entre si, formando o plexo pampiniforme. Ao longo 
do funículo espermático existem ramos que saíram 
dos vasos superiores, formando a artéria e veia 
cremastérica e as do ducto deferente. 
LINFÁTICA: Os canalículos linfáticos drenam, ao longo do 
funículo, saindo para os linfonodos inguinais 
superficiais (caminha para o linfonodo inguinal 
externo) e profundo (para o interno), indo tudo para 
os ilíacos comuns. O linfonodo pré-sinifisal recebe a 
drenagem direta do pênis, mas pode receber 
também da bolsa escrotal, assim como pelas vias 
linfáticas dos testículos ao longo dos vasos 
testiculares, drenando para a cadeia linfática 
perirenal no retroperitônio. 
NERVOSA: A inervação sacral e vesical na parte inferior, junto 
com o nervo pudendo, faz a inervação do pênis e do 
escroto. Há também por meio do plexo testicular, 
pelo funículo na parte interna (estímulo para a 
produção de espermatozoides), originário do plexo 
sacral; na parte externa existem 2 ramos 
importantes: genital do nervo genitofemoral e 
escrotal anterior do nervo ilioinguinal. 
 
DUCTOS DO SISTEMA GENITAL NOS HOMENS: 
Ducto dos testículos: a pressão produzida pelo líquido que é secretado 
pelas células sustentaculares empurra os espermatozoides e o líquido 
ao longo do lúmen dos túbulos seminíferos e, em seguida, por uma 
série de ductos muito curtos, os túbulos seminíferos retos, que levam 
a uma rede de ductos nos testículos (rede do testículo). Dessa rede, os 
espermatozoides se movem por uma série de ductos eferentes 
enrolados no epidídimo, que se esvaziamem um tubo único, o ducto 
do epidídimo. 
 
 EPIDÍDIMO (EPDD): 
Fica dentro da bolsa escrotal com o testículo. Órgão em forma de 
vírgula de, aproximadamente, 4cm de comprimento e fica ao longo da 
margem posterior de cada testículo. Consiste principalmente em 
ductos do epidídimo bem enrolados que dão origem ao ducto 
deferente. Os ductos eferentes do testículo se unem aos ductos do 
epidídimo na parte maior e superior do epidídimo, chamado de 
“cabeça do EPDD”. O corpo do EPDD é a parte média estreita e a 
cauda, a parte inferior menor. Na sua extremidade distal, a cauda 
continua como o ducto deferente e possui o dúctulo aberrante 
inferior, que não serve para nada, é mais uma projeção. Seus ductos 
medem 6m de comprimento quando desenrolados, sendo revestidos 
por epitélio pseudoestratificado e circundados por camadas de 
músculo liso. As superfícies livres das células cilíndricas contêm 
estereocílios, microvilosidades longas e ramificadas (não são cílios), 
que aumentam a área de superfície para a reabsorção de 
espermatozoides degenerados. O tecido conjuntivo em torno da 
túnica muscular se insere nas alças do ducto do epidídimo e transporta 
os vasos sanguíneos e nervos. Funcionalmente, é o local de maturação 
dos espermatozoides, processo pelo qual adquire motilidade e 
capacidade de fertilizar um óvulo, o que ocorre ao longo de 14 dias. 
Também ajuda a impulsionar os espermatozoides pelos ductos 
deferentes durante a excitação sexual, pela contração peristáltica do 
seu músculo liso. Além disso, o epidídimo armazena espermatozoides 
que permanecem viáveis até por vários meses – qualquer um que não 
foi ejaculado durante esse período de tempo é reabsorvido. 
 
 DUCTO DEFERENTE: 
No interior da cauda do epidídimo, o ducto do epidídimo torna-se 
menos enrolado e seu diâmetro aumenta. Além deste ponto, o ducto 
é conhecido como ducto deferente, medindo 45cm de comprimento, 
ascendendo ao longo da margem posterior do epidídimo através do 
funículo espermático e, em seguida, entra na cavidade pélvica. Ele 
contorna o ureter e passa lateralmente, descendo pela face posterior 
da bexiga urinária. A parte terminal dilatada do ducto deferente é a 
ampola. Sua túnica mucosa é composta por epitélio 
pseudoestratificado e lâmina própria (tecido conjuntivo areolar). A 
túnica muscular é composta por 3 camadas de músculo liso: as 
camadas interna e externa são longitudinais e a do meio é circular. 
Funcionalmente, transporta os espermatozoides, durante a excitação, 
do epidídimo em direção à uretra por contrações peristálticas de seu 
revestimento muscular. Como o epidídimo, o ducto também pode 
armazenar espermatozoides durante vários meses e depois também é 
reabsorvido. É um prolongamento que sai do epidídimo, na porção 
mais inferior e posterior do escroto, fletindo e subindo cranialmente 
através do funículo espermático (na parte interna dele), passando pelo 
canal inguinal, indo para a região posterior inferior em relação à 
bexiga, entrando na próstata para desaguar na uretra prostática (a 
próstata fica na parte de baixo da bexiga, no trígono vesical) – é uma 
estrutura completamente extraperitoneal. O ducto deferente passa 
entre o ureter e a bexiga – a porção mais final desse ducto é chamada 
de ampola, para fazer um armazenamento de espermatozoides. 
 
HISTOLOGIA – SISTEMA GENITAL MASCULINO: 
Os testículos possuem uma cápsula de tecido conjuntivo denso, a 
TÚNICA ALBUGÍNEA, espessada na superfície dorsal do testículo e 
esse espessamento forma o mediastino, que emite septos fibrosos, 
dividindo o parênquima testicular em cerca de 240 lóbulos testiculares 
piramidais – são divisões incompletas e, por conta disso, há 
comunicações entre os lóbulos. Os lóbulos são compostos por: 1-4 
túbulos seminíferos, tecido conjuntivo frouxo, vasos sanguíneos e 
TURMA X - MEDFASA ANA CAROLINA VIANA VASCONCELOS 
 
linfáticos, nervos e células de Leydig (intersticiais). Os testículos se 
desenvolvem dentro da cavidade abdominal no período embrionário 
em uma posição retroperitoneal na porção dorsal da parede, 
migrando e se alojando na bolsa escrotal e ficam suspensos na 
exterminada do cordão espermático – nessa migração, levam consigo 
um folheto de peritônio visceral que, junto com o parietal, forma a 
túnica vaginal do testículo, recobrindo as porções laterais e anterior 
do testículo. Os túbulos seminíferos produzem células reprodutoras 
masculinas (espermatozoides) e as células intersticiais secretam o 
andrógeno testicular. 
 
 
Os túbulos seminíferos (cada testículo tem de 250 a 1000 túbulo 
seminíferos que medem 150 a 250mm de diâmetro e 30 a 70cm de 
comprimento cada) são compostos por um epitélio germinativo que 
são várias camadas de células envoltas por uma lâmina basal e um 
tecido conjuntivo com fibroblastos, células mióides (na camada mais 
interna bem aderida à lamina basal, com características de células 
musculares lisas, achatadas e contráteis) e de Leydig (células 
intersticiais, ficam no tecido conjuntivo e ocupam a maior parte do 
espaço entre os túbulos seminíferos, produzem testosterona). No 
espaço entre os túbulos fica o tecido intersticial (setas). 
 
 
 
O epitélio germinativo/seminífero é composto por 2 tipos de células 
com diferenças na morfologia e função: 
 
 Células de Sertoli: piramidais, com superfície basal em contato 
com a lâmina basal do túbulo seminífero, de núcleo basal claro 
(vesicular, triangular e com nucléolo evidente), a extremidade 
apical dessas células é a luz dos túbulos seminíferos e possui 
diversos recessos (servem para alojar as células da linhagem 
espermatogênica), dificultando sua determinação (limites) 
histológica. Serve para: (1) suporte, proteção e suprimento 
nutricional aos espermatozoides, como há o isolamento pela 
barreira hematotesticular, os espermatozoides dependem das 
células de Sertoli para a troca de nutrientes e metabólitos; (2) 
fagocitose do excesso de citoplasma que se origina com a 
formação dos espermatozoides; (3) secreção do fluido 
testicular, com esteroides, proteínas, íons e uma proteína que é 
ligante da testosterona, concentrando-a nos túbulos 
seminíferos, onde ela age estimulando a espermatogênese. A 
secreção da proteínas ligante é controlada pelo FSH e pela 
testosterona – as Sertoli também podem converter a 
testosterona em estradiol e secretar o peptídeo inibina, que 
suprime a síntese e liberação do FSH; (4) produção do hormônio 
antimulleriano, age no desenvolvimento embrionário, 
promovendo a regressão dos ductos de Muller (ductos 
paramesonéfricos) e induzindo o desenvolvimento dos ductos 
de Wolff (ductos mesonéfricos); (5) barreira hematotesticular, 
por meio de junções ocludentes entre uma célula de Sertoli e a 
outra, protegendo a espermatogênese de substâncias que sejam 
potencialmente nocivas e protege também do reconhecimento 
imunológico por linfócitos. As espermatogônias têm livre acesso 
às substâncias encontradas no sangue, as etapas avançadas não. 
 Células da linhagem espermatogênica: si dispõem de 4 a 8 
camadas, com função de produzir espermatozoides. Originam-
se do saco vitelínico. Onde acontece a espermatogênese e a 
diferenciação em espermatozoides (espermiogênese). Possui 4-
8 camadas. 
 
 
 
TECIDO INTERSTICIAL: importante para a nutrição das células dos 
túbulos seminíferos, transporte de hormônios e produção de 
andrógenos. Os espaços entre os túbulos seminíferos são preenchidos 
com tecido conjuntivo (com fibroblastos, células conjuntivas 
indiferenciadas, mastócitos e macrófagos), nervos, vasos sanguíneos 
e linfáticos. Os capilares sanguíneos dos testículos são fenestrados e 
possibilitam a passagem livre de macromoléculas, como as proteínas 
do sangue. É onde ficam as células intersticiais do testículo (Leydig) 
produtoras de esteroides – dependem de estímulo hormonal (LH). 
 
Ductos intratesticulares: os túbulos seminíferos vão estardispostos 
em alças e a extremidades desses túbulos seminíferos vão continuar 
como túbulos retos, que se conectam à rede testicular na região do 
mediastino (canais anastomosados, composta por epitélio simples 
pavimentoso ou cúbico simples). Saindo da rede, ficam os ductos 
eferentes (de 10-20, com uma camada fina de células musculares lisas 
concêntricas), compostos por células epiteliais cuboides não ciliados, 
com células ciliadas alternado com os cuboides – os cílios servem para 
conduzir o fluido no sentido do ducto epididimário, que constitui o 
epidídimo. Epitélio com característico aspecto com saliências e 
reentrâncias e ductos eferentes gradualmente se fundem para formar 
o ducto do epidídimo. 
 
TURMA X - MEDFASA ANA CAROLINA VIANA VASCONCELOS 
 
Ductos genitais extratesticulares: têm como função o transporte de 
espermatozoides para o meato do pênis. O DUCTO EPIDIDIMÁRIO 
(esticado tem de 4 a 6m) é um tubo único e enovelado, formando o 
corpo e a cauda do epidídimo, recoberto por uma cápsula de tecido 
conjuntivo – epitélio colunar estratificado, células basais 
arredondadas, células colunares com estereocílios (longos e 
ramificados, parecidos com microvilos irregulares), lâmina basal, 
células musculares lisas (contração ajuda a mover o líquido ao longo 
do ducto) e tecido conjuntivo frouxo que se liga às estruturas 
adjacentes. O epitélio do ducto epididimário participa da absorção e 
digestão dos corpos residuais das espermátides, eliminado durante a 
espermatogênese. 
 
A extremidade do ducto epididimário dá origem ao DUCTO 
DEFERENTE, que termina na uretra prostática, com uma luz estreita e 
uma camada mucosa que forma pregas/dobras longitudinais 
(composta por epitélio colunar pseudoestratificado com esterocílios), 
têm uma lâmina própria formada por tecido conjuntivo rico em fibras 
elásticas e uma espessa camada de músculo liso (3 partes: longitudinal 
externa, circular média e longitudinal interna), que contrai para a 
eliminação do sêmen durante a ejaculação. O ducto deferente faz 
parte do cordão espermático, juntamente com o plexo pampiniforme, 
artéria testicular e nervos – antes de entrar na próstata o ducto 
deferente forma uma ampola (epitélio mais espesso e muito 
pregueado), onde desembocam as vesículas seminais. Ao penetrar na 
próstata ganha o nome de ducto ejaculatório, com a mucosa igual, 
mas não é envolvida por músculo liso e em seguida abre na uretra 
prostática. 
 
 
SISTEMA GENITAL FEMININO - ANATOMIA: 
Os órgãos incluem os ovários (gônadas), as tubas uterinas, o útero, a 
vagina e órgãos externo (pudendo feminino, vulva). As glândulas 
mamárias são consideradas parte do tegumento e do sistema genital 
feminino. O monte do púbis é a região onde ficam os pelos, os grandes 
lábios são a parte mais externa da vulva e mais internamente, os 
pequenos lábios. Cranialmente fica o clitóris com o prepúcio fazendo 
sua cobertura. Possui o introito da cavidade vaginal, o orifício externo 
da uretra, o períneo e a região anal. Na genitália interna fica o canal 
vaginal, útero, tubas uterinas e ovários. Tem como função a produção 
de gametas femininos (ovócitos), manter um ovócito fertilizado 
durante seu desenvolvimento completo ao longo das fases 
embrionária e fetal até o nascimento e produz hormônios sexuais que 
controlam órgãos do sistema genital e têm influência sobre outros 
órgãos no corpo. 
 
 OVÁRIOS: 
Relações anatômicas de anterior para posterior: bexiga, útero e reto. 
Lateralmente ao útero fica as tubas uterinas e os ovários. Os vasos 
ilíacos relacionam-se bastante com os ovários: a aorta e a veia cava 
vão se bifurcar em vasos ilíacos comuns que vão caminhar em direção 
à perna, passando pela pelve, emitindo os vasos ilíacos internos e 
externos que depois viram vasos femorais. O ovário esquerdo tem 
relação com o colo sigmoide e o direito com o ceco, apêndice e colo 
ascendente. O “fundo de saco de Douglas” é uma reflexão do 
peritônio, que vem entre o reto e o útero, descendo pelo útero e 
subindo pelo reto, formando a região da escavação retouterina (é o 
peritônio descendo por uma estrutura, refletindo na sua porção mais 
inferior, onde termina o espaço intraperitoneal e depois ele volta 
subindo), um espaço entre os 2 órgãos, que são revestidos pelo 
peritônio. Tanto o ovário, como a tuba uterina (o útero também possui 
uma porção) são estruturas intraperitoneais. 
 
 
São um par de glândulas semelhantes a amêndoas, homólogas aos 
testículos (mesma origem embrionária), com cerca de 3 a 4cm, 
exposto em uma posição mais oblíqua, quase vertical. O ovário é 
sustentado por 2 ligamentos: o suspensor do ovário (derivado do 
músculo psoas da fáscia), que os insere na parede pélvica e na parte 
medial, pelo ligamento útero-ovárico (faz a sustentação e ligação 
medial do útero com o ovário). Há também o ligamento largo do 
útero, que faz uma grande sustentação e manutenção do útero na sua 
posição – é uma prega de peritônio parietal, que se insere nos ovários 
por uma dobra de 2 camadas do peritônio (mesovário), que faz a 
nutrição do ovário (o ovário recebe vasos que caminham juntos ao 
ligamento suspensor e depois eles se ramificam para fazer a drenagem 
arterial e venosa). Cada ovário contém um hilo, o ponto de entrada e 
saída para os vasos sanguíneos e nervos com os quais o mesovário 
está ligado. Acima do ovário fica o mesossalpinge, uma prega lateral 
do mesovário que passa sobre a tuba uterina (trompa), participando 
do sistema suspensor e fixador do ovário e principalmente das tubas, 
constituindo-se de membrana peritoneal – é análogo ao mesentério, 
faz a nutrição para a tuba uterina. 
 
O ovário tem uma extremidade superior (tubal), relacionada com a 
tuba uterina, onde há a liberação pelo folículo do óvulo e a captação 
pela tuba; uma extremidade uterina (ínfero-medial), uma 
extremidade livre sem estruturas e a do mesovário. Produzem 
TURMA X - MEDFASA ANA CAROLINA VIANA VASCONCELOS 
 
gametas, os oocítos secundários que se desenvolvem em óvulos 
maduros após a fertilização e hormônios, incluindo a progesterona e 
os estrogênios (hormônios sexuais femininos), a inibina e a relaxina. 
Ficam um em cada lado do útero, descendo até a margem da parte 
superior da cavidade pélvica durante o 3º mês de desenvolvimento. 
 
VASCULARIZAÇÃO: 
ARTERIAL: Diretamente da aorta partem as artérias ováricas 
direita e esquerda, que vão se juntar com o 
ligamento superior, caminhando em direção ao 
mesovário, fazendo a nutrição. 
VENOSA: A veia ovárica direita drena diretamente para a VCI 
e a esquerda drena para a veia renal esquerda. 
LINFÁTICA: A parte mais inferior da pelve drena para os plexos 
dos linfonodos ilíacos internos, acompanhando os 
vasos ilíacos internos e também para os linfonodos 
ilíacos comuns, em direção ao ducto torácico. 
Existem também uma drenagem que acompanha 
os vasos ováricos de ambos os lados, fazendo uma 
drenagem para a parte mais superior, dos 
linfonodos renais e do tronco celíaco. 
NERVOSA: O plexo aórtico e os hipogástricos superior e 
inferior vão emitir ramos para formar o plexo 
ovárico. Na região há também os plexos vesical e 
renal. Fazem a inervação simpática (T10-T11) e 
parassimpática (S2-S4) do órgão. 
 
HISTOLOGIA – SISTEMA REPRODUTOR FEMININO: 
É divido em órgãos internos (ovários, tubas uterinas, útero e vagina) e 
externos (vulva, monte pubiano, clitóris, uretra, vagina, lábios maiores 
e menores, vestíbulo e orifício das glândulas vestibulares maiores). 
O monte pubiano é composto por pele (com os pelos pubianos 
protegendo) e tecido adiposo subcutâneo. Os lábios maiores formam 
os limites laterais vulva, com uma superfície externa mais pigmentada 
e coberta por pelos e uma interna mais rosada e lisa com glândulas 
sebáceas (lubrificada) – possuem músculo liso, tecido adiposo, nervos, 
vasos e outras glândulas entre as superfícies e são revestidos por 
epitélio estratificadopavimentoso queratinizado. Os lábios menores 
estão internamente aos lábios maiores, localizados entre eles, 
partindo do clitóris até a região posterior e são desprovidos de gordura 
(estrutura mais fina, praticamente sem músculo liso, mas ainda possui 
nervoso e vasos) – unem-se na região próxima ao clitóris, formando o 
prepúcio, região que cobre o clitóris. O clitóris é responsável pela 
sensitividade, por ser uma região extremamente inervada, 
externamente parece pequeno, mas internamente é muito maior do 
que o que se consegue ver. É análogo ao pênis (por possuir órgãos 
cavernosos, possui 2 corpos cavernosos), revestido por epitélio 
estratificado pavimentoso, possui raiz, corpo e glande (região mais 
externa) e é um epitélio com alta sensibilidade cutânea (muitas 
terminações nervosas). 
 
 OVÁRIOS: 
São as gônadas femininas, formam os ovócitos e produzem os 
hormônios (estrógeno e progesterona). É formado por EPITÉLIO 
GERMINATIVO pavimento ou cúbico simples, coberto por uma 
camada de tecido conjuntivo denso que dá a coloração esbranquiçada 
do ovário (túnica albugínea), dividido em uma região CORTICAL (mais 
externa, onde ficam os folículos ovarianos e o estroma de tecido 
conjuntivo, onde os folículos ficam com fibroblastos em um arranjo de 
redemoinho) e uma MEDULAR (composta por tecido conjuntivo 
frouxo ricamente vascularizado por vasos e tecido linfático). 
 
 
 
GAMETOGÊNESE MASCULINA (ESPERMATOGÊNESE) E FEMININA 
(OVULUGÊNESE) 
 
O desenvolvimento humano inicia-se na fecundação, quando um 
espermatozoide se une ao oócito, para formar o ZIGOTO, altamente 
especializado, totipotente (capaz de diferencia-se em qualquer tipo 
celular) e contém cromossomos e os genes derivados da mãe e do pai. 
Ele se divide muitas vezes e transforma-se progressivamente em um 
ser humano multicelular. A GAMETOGÊNESE é a formação dos 
gametas, processo de desenvolvimento de células germinativas 
especializadas (oócitos e espermatozoides) a partir de células 
precursoras bipotentes. É um processo que envolve cromossomos e o 
citoplasma dos gametas, preparando-as para fecundação. Durante a 
gametogênese, o número de cromossomos é reduzido pela metade e 
a forma das células é alterada. Um cromossomo é definido pela 
presença de um centrômero, constrição de uma porção do 
cromossomo. Antes da replicação do DNA na fase S do ciclo celular, os 
cromossomos existem com uma cromátide única. Uma cromátide 
consiste em filamentos paralelos de DNA. Após a replicação do DNA, 
os cromossomos tornam-se cromossomos de cromátides duplas. O 
espermatozoide e o oócito (gametas masculino e feminino) são células 
sexuais altamente especializadas. Cada uma dessas células contém 
metade do número de cromossomos (haploide) presentes nas 
células somáticas – esse número é reduzido durante a meiose, divisão 
celular que ocorre somente durante a gametogênese. 
 
 MEIOSE: 
Envolve duas divisões mitóticas; as células germinativas diploides 
dão origem aos gametas haploides. A 1ª DIVISÃO MEIÓTICA é uma 
divisão reducional, pois o número de cromossomos é reduzido de 
diploide para haploide por conta do pareamento dos cromossomos 
homólogos na prófase (1º estágio da meiose) e pela segregação deles 
na anáfase (estágio no qual os C se movem da placa equatorial). Os 
cromossomos homólogos (pai e mãe) formar um par durante a prófase 
e se separam durante a anáfase, com um representante de cada par 
indo, aleatoriamente, para cada polo do fuso meiótico. O fuso se 
conecta ao cromossomo no centrômero (a parte mais condensada). 
Nessa fase, são C de cromátides duplas. Os cromossomos X e Y não 
são homólogos, mas possuem segmentos homólogos na 
extremidade dos braços curtos. Eles se emparelham somente nessas 
regiões. Ao final da 1º divisão meiótica, cada nova célula formada 
(espermatócito ou oocíto secundários) tem um número cromossômico 
haploide. Essa separação dos C homólogos pareadas constitui a base 
física da segregação, separação dos alelos (podem ocupar o mesmo 
locus em um cromossomo específico) durante a meiose. 
TURMA X - MEDFASA ANA CAROLINA VIANA VASCONCELOS 
 
A 2ª DIVISÃO MEIÓTICA vem sem uma interfase normal, etapa de 
replicação do DNA. Cada cromossomo de cromátide dupla se divide 
e cada metade (cromátide) é direcionada para um polo diferente da 
célula. Assim, o número haploide de cromossomos (23) é mantido e 
cada células filha formada por meiose tem um representante de cada 
par cromossômico (C com cromátide única). A 2ª divisão é uma mitose 
normal, exceto que o número de cromossomos que entra na meiótica 
é haploide. A meiose possibilita: 
 A constância do número cromossômico de geração a geração 
pela redução do número cromossômico de diploide para 
haploide, produzindo gametas haploides. 
 O arranjo aleatório dos cromossomos materno e paterno 
entre os gametas. 
 Reposiciona os segmentos dos cromossomos materno e 
paterno, por meio do cruzamento de segmentos 
cromossômicos, que embaralham os genes, produzindo a 
recombinação do material genético. 
 
 ESPERMATOGÊNESE: 
As ESPERMATOGÔNIAS ficam próximas à lâmina basal e são 
originadas do saco vitelínico do embrião, no 5º mês fetal. São células 
germinativas primordiais que migram para a gônada em 
desenvolvimento, onde aparecem como espermatogônias – elas 
começam a se diferenciar e na puberdade é quando se dá o início da 
mitose. Existem espermatogônias do tipo A (células tronco, 
permanecem indiferenciadas, reservatório de células para a divisão 
celular futura e subsequente produção de espermatozoides) e do tipo 
B (dão origem aos espermatócitos primários, cuja mitose começa na 
puberdade). Os 2 ESPERMATÓCITOS PRIMÁRIOS continuam próximos 
à lâmina basal e possuem um DNA duplicado, com 46 cromossomos. 
Na meiose I, pares de cromossomos homólogos se alinham na placa 
metafásica, e ocorre o crossing-over. Em seguida, o fuso meiótico puxa 
um cromossomo (duplicado) de cada par para um polo oposto da 
célula em divisão e dão origem aos 2 ESPERMATÓCITOS 
SECUNDÁRIOS (não ocorre a duplicação do DNA) com 23 
cromossomos (diploides, DNA ainda duplicados, cada cromossomo 
com 2 cromátides), momento da anáfase da 1ª divisão meiótica 
(reducional), quando os cromossomos homólogos se separam. 
Quando entra na 2ª divisão meiótica, os cromossomos se alinham em 
fila indiana ao longo da placa metafásica, e as duas cromátides de cada 
cromossomo se separam são originadas as 4 ESPERMÁTIDES com 23 
cromossomos (haploides, metade da quantidade regular de DNA) – 
quando estão mais maduras têm um núcleo claro, oval e elíptico; 
quando começam a ir para os estágios finais de maturação, a 
cromatina fica mais densa e alongada e as extremidades afiladas. 
Portanto, um único espermatócito primário produz quatro 
espermátides por meio de dois episódios de divisão celular (meiose I 
e meiose II). Conforme as células espermatogênicas proliferam, elas 
não conseguem completar a separação citoplasmática (citocinese). As 
células permanecem em contato por meio de pontes citoplasmáticas 
ao longo de todo o seu desenvolvimento 
 
 Observação: as células-filhas resultantes das divisões das 
espermatogônias tipo B não se separam completamente e 
permanecem unidas por pontes citoplasmáticas intercelulares 
que tornam possível a comunicação entre os espermatócitos 
primários, secundários e espermátides derivados de uma única 
espermatogônias, contribuindo para o sincronismo dos 
eventos da espermatogênese. 
 
 
 
ESPERMIOGÊNESE: 
As espermátides viram espermatozoides na espermiogênese (células 
especializadas na transferência do DNA masculina até o ovócito que 
contém o DNA feminino), a fase final de produção sem nenhuma 
divisão celular durante essa transformação. Há a formação do 
espermatozoide se dá a partir: 
 
 Desenvolvimento do acromossomo, na cabeça do 
espermatozoide, com enzimas hidrolíticas que sejam para 
digerir as célulasda corona radiata e da zona pelúcida. 
 Condensação e alongamento do núcleo. 
 Desenvolvimento do flagelo, grande concentração de 
mitocôndrias na parte proximal (peça intermediária) para 
permitir a movimentação desse flagelo. O movimento 
flagelar é resultado da interação de microtúbulos, ATP e 
dineína, uma proteína com atividade de ATPase. 
 Perda da maior parte do citoplasma (corpo residual), sendo 
posteriormente fagocitado pelas células de Sertoli. O 
espermatozoide maduro é liberado na luz do túbulo 
seminífero. 
 
A espermiogênese pode ser dividida em 3 etapas: do complexo de 
Golgi, do acrossomo e de maturação (nessa ordem). A 1ª etapa 
consiste em: o citoplasma das espermátides contém um complexo de 
Golgi desenvolvido, com grânulos PAS-positivos (proacrossômicos), 
que acumulam no complexo e fundem para formar um único grânulo 
acrossômico no interior da vesícula acrossômica. Os centríolos migram 
para perto da superfície das células e iniciam a formação do axonema 
(conjunto de microtúbulos que formam o eixo central do flagelo). A 
2ª etapa: a vesícula e o granulo acrossômico se estendem sobre a 
metade anterior do núcleo como um capuz e vira o ACROSSOMO 
(contém enzimas hidrolíticas, como a hialuronidase, neuraminidase, 
fosfatase ácida e protease parecida com a tripsina). A etapa de 
maturação acontece quando grande parte do citoplasma forma os 
corpos residuais. 
 
São liberados de suas conexões com as células sustentaculares 
(ESPERMIAÇÃO). Os espermatozoides são transportados 
passivamente dos túbulos seminífero para o epidídimo, onde são 
armazenados e tornam-se funcionalmente maduros durante a 
puberdade. Em seguida vem o ducto deferente, que transporta os 
espermatozoides para a uretra. Os espermatozoides maduros são 
células ativamente móveis, que nadam livremente, constituídos por 
uma cabeça e uma cauda. O colo é a junção entre a cabeça e a cauda. 
A cabeça forma a maior parte dele, onde se localiza o núcleo. Os dois 
terços anteriores da cabeça são cobertos pelo acrossoma. A cauda tem 
TURMA X - MEDFASA ANA CAROLINA VIANA VASCONCELOS 
 
três segmentos: a peça intermediária, principal e terminal. A cauda 
fornece motilidade que auxilia o seu deslocamento até o local da 
fecundação. A peça intermediária contém mitocôndrias que fornecem 
o ATP, fornecendo energia para a motilidade do espermatozoide. Uma 
vez ejaculados, a maior parte dos espermatozoides não sobrevive por 
mais de 48 h no sistema genital feminino. 
 
 
Fatores que influenciam a espermatogênese: substâncias nocivas, 
temperatura, hormônios, desnutrição, alcoolismo. O hormônio FSH 
nas células de Sertoli leva a síntese da proteína ligante de 
testosterona, que serve para manter a testosterona em altos níveis no 
túbulo seminífero, onde é importante para estimular a 
espermatogênese. Há também o LH nas células de Leydig, levando a 
produção da testosterona. A espermatogênese acontece apenas em 
temperaturas menores que 37 graus e o testículo mantém uma 
temperatura de 35 graus, mantida com o auxílio do: plexo 
pampiniforme (plexo venoso que faz a troca de calor), evaporação do 
suor na bolsa escrotal na tentativa de perder calor e contração dos 
músculos cremastérico (aproxima o testículo do canal inguinal, 
aumentando a temperatura em situações de frio). Os 
espermatozoides liberados no lúmen dos túbulos são transportados 
ao epidídimo pelo fluido testicular, produzido pelas células de Sertoli 
e as da rede testicular. 
 
 
 OOGÊNESE: 
Todas as oogônias se desenvolvem em oócitos primários antes do 
nascimento; nenhuma desenvolve após o nascimento. Durante a vida 
fetal inicial, as oogônias proliferam por mitose (duplicação). 
Desenvolvimento e crescimento folicular: 
A formação dos ovócitos começa desde a vida embrionária: a mulher 
já nasce com uma quantidade pré-determinada de folículo ovariano 
que será desenvolvido até o fim do seu período fértil. Os ovócitos têm 
origem a partir de CÉLULAS GERMINATIVAS. No 1º mês de vida 
embrionária, há a migração das células germinativas (provenientes do 
saco vitelínico) primordiais até os primórdios gonodais. Na 3ª semana 
de gestação já existem as células germinativas primitivas, que sofrem 
um processo de diferenciação, formando, na 5ª semana, alguns 
milhões de OVOGÔNIAS. No 3º mês de gestação, as ovogônias se 
dividem, realizando a prófase da 1ª divisão meiótica e param de 
evoluir na fase de diplóteno (na 1ª fase da meiose), dando origem aos 
OVÓCITOS PRIMÁRIOS (antes do 7º mês de gestação as ovogônias já 
viraram OP). Os ovócitos primários (de núcleo esférico e nucléolo bem 
evidente), na 12ª semana, são envoltos por células foliculares, 
gerando de 5 a 7 milhões de FOLÍCULOS PRIMORDIAIS, ficam 
próximos a túnica albugínea, na periferia do ovário e são separados do 
estroma por uma membrana basal delimitadora que envolve os 
folículos. 
 
O crescimento dos folículos primordiais acontece a partir da 
puberdade e eles permanecem inativos até essa fase, quando começa 
a produção e liberação dos hormônios hipofisários LH e FSH, que 
estimulam o desenvolvimento dos folículos, dando início aos ciclos 
sexuais mensais – inicialmente, um grupo de folículos sofre um rápido 
crescimento, dando origem aos FOLÍCULOS PRIMÁRIOS. No folículo 
primário há um aumento do número de mitocôndrias e RE, os 
complexos de Golgi migram para próximo da superfície celular e há um 
aumento do volume nuclear e das células foliculares, que deixam de 
ser pavimentosas e passam a ser cuboides. De início, há apenas uma 
camada das células cuboides (unilaminar), mas com o 
desenvolvimento, torna-se um epitélio multilaminar estratificado, a 
CAMADA GRANULOSA – o folículo é denominado folículo primário 
multilaminar ou pré-antral. Há também a ZONA PELÚCIDA, uma 
camada de glicoproteína que envolve o ovócito, secretada pelo 
ovócito e pelas células foliculares. À medida que os folículos crescem, 
principalmente em virtude do aumento (em tamanho e número) das 
células da granulosa, eles ocupam as áreas mais profundas da região 
cortical. As células foliculares que envolvem secretam o inibidor da 
maturação do oócito, que mantém parado a meiose do oócito. 
 
 
Em seguida há o FOLÍCULO SECUNDÁRIO OU ANTRAL: começa a se 
acumular líquido entre os ovócitos e as células foliculares, fazendo 
com que as células granulosas da multilaminar se organizem para dar 
espaço para o ANTRO FOLICULAR que contém o liquido folicular (com 
TURMA X - MEDFASA ANA CAROLINA VIANA VASCONCELOS 
 
componentes do plasma e produtos secretados pelas células 
foliculares, como glicosaminoglicanos, proteínas, esteroides, 
andrógenos e estrógeno). Quando há a reorganização das células da 
granulosa, elas formam o CUMULUS OOPHORUS, que serve de apoio 
para o ovócito que passa a boiar e organização da estrutura da 
CORONA RADIATA, quando as células granulares envolvem o ovócito. 
 
 
 
Durante essas modificações que ocorrem no folículo, também vão 
acontecendo modificações no estroma ovariano ao redor, com a 
formação das TECAS FOLICULARES: 
 
 Teca interna: células poliédricas, núcleos arredondados, 
citoplasma acidófilo e produção de esteroides, a 
androstenediona, que é transportada até a granulosa e sob a 
influência do FSH vai produzir a enzima AROMATASE que 
transforma a androstenediona em estradiol. Pequenos vasos 
sanguíneos do estroma percorrem a teca interna e formam um 
rico plexo capilar ao redor das células secretoras. 
 Teca externa: é semelhante ao estroma, mas se organiza ao 
redor do folículo secundário de forma concêntrica. 
 
O FOLÍCULO PRÉ-OVULATÓRIO/DE GRAAF/MADURO, é o folículo 
dominante (2,5cm diâmetro), sendo o único que amadurece no ciclo 
menstrual. Nele há um grande acúmulo de líquido, a camada 
granulosa fica mais delgada e as tecas muito espessas. É tão grande 
que faz uma saliência na superfície do ovário, podendo ser 
identificada no ultrassom,usado para saber se a mulher está ou não 
no período ovulatório. O processo total de crescimento do folículo 
primordial até o pré-ovulatório (maduro) é de 90 dias. É esse folículo 
que prossegue até a ovulação, os demais sofrem atresia. 
 
 ATRESIA FOLICULAR: 
Alguns desses folículos sofrem ATRESIA (morte celular), pois um grupo 
de folículos primordiais é recrutado, mas apenas 1 desses FP se 
transforma no folículo maduro/de Graaf e é eliminado a cada ovulação 
e o resto sofre atresia e são eliminados por células fagocíticas. O 
processo de atresia consiste em: (1) morte celular granulosa 
(aparecimento de núcleos picnóticos, bem pequenos); (2) separação 
das células da granulosa (soltas boiando no líquido folicular); (3) 
morte do ovócito (por alterações do núcleo e citoplasma); e (4) 
pregueamento da zona pelúcida e fagocitose dessas estruturas por 
macrófagos. O que sobra é uma cicatriz de colágeno, pois o que sobra 
é uma ocupação por fibroblastos. Por conta disso, ao nascimento, 
existem cerca de 600-800 mil folículos primordiais. Até a puberdade, 
vão sofrendo mais atresia, havendo cerca de 400 mil quando é dado 
início à vida fértil. Durante a MENACME (período fértil), vários 
folículos vão sofrendo atresia, fazendo com que o ciclo reprodutivo da 
mulher seja limitado e, quando chega na menopausa, existem menos 
de 1000 folículos. Como geralmente só um ovócito é liberado pelos 
ovários em cada ciclo menstrual (duração mais comum de 28 dias) e a 
vida reprodutiva dura de 30 a 40 anos, são liberados por uma mulher 
cerca de 450 ovócitos, todos os outros degeneram por atresia. 
 
 
 
 
 
 
 
TURMA X - MEDFASA ANA CAROLINA VIANA VASCONCELOS 
 
 OVULAÇÃO: 
Com o folículo de Graaf. Há um pico de secreção de LH, com altos 
níveis de estrógeno que aumentam o fluxo sanguíneo com ovário e, 
com a chegada de prostaglandinas (histamina, vasopressina e 
colagenase) que enfraquecem a parede e geram uma ruptura de parte 
da parede do folículo maduro, há a liberação do ovócito (junto com 
ele vai a zona pelúcida, corona radiata e fluido folicular) – as células da 
granulosa produzem ácido hialurônico para se soltarem da camada, 
juntamente com a contração de células musculares lisas. Processo que 
acontece em torno da metade do ciclo menstrual. Caso o ovócito não 
seja fertilizado nas primeiras 24 horas após a ovulação, ele degenera 
e é fagocitado. Esse ovócito eliminado é captado pela parte dilatada 
(ampola) da tuba uterina, começando sua migração até o útero. A 1ª 
divisão da meiose que está parada desde o período fetal é completada 
um pouco antes da ovulação. Os cromossomos são divididos 
igualmente entre as células-filhas, mas um dos ovócitos secundários 
retém quase todo o citoplasma; enquanto o outro se torna o 1º 
CORPÚSCULO POLAR, uma célula muito pequena que contém um 
pequeno núcleo e uma quantidade mínima de citoplasma (divisão 
desigual). Imediatamente após a expulsão do 1º corpo polar, o núcleo 
do ovócito inicia a 2ª divisão da meiose e estaciona em metáfase até 
que haja a fertilização. Se um espermatozoide penetra o ovócito 
secundário, a 2º divisão meiótica é completada e a maior parte do 
citoplasma é novamente mantida em uma célula: o FOLÍCULO 
FECUNDADO. O 2º CORPO POLAR é formado e degenera. Assim que 
os corpos polares são expelidos, a maturação do oócito está 
completa. 
 
Geralmente há um ovócito eliminado por vez, mas pode ter ciclo que 
elimina mais de um ou que não elimina (anovulatórios). O que sobra 
do folículo depois da ovulação dá origem ao CORPO LÚTEO, formado 
depois da ovulação por uma reorganização das células da granulosa e 
da teca interna que ficaram, células essas que sofrem estímulo do LH. 
A perda do fluido folicular após a ovulação resulta em colapso da 
parede do funículo, que se torna pregueada. Devido à ruptura da 
parede do folículo, um pouco de sangue pode fluir para a cavidade do 
antro folicular, onde coagula e é invadido por tecido conjuntivo, que 
constitui a parte mais central do corpo lúteo. O corpo lúteo é 
composto basicamente por: tecido conjuntivo, coágulos sanguíneos, 
células granulosa-luteínicas (secreção de esteroides, compõe 80% do 
total), células teca-luteínicas (semelhante às granulosas, porém 
menores e acumulam-se nas pregas da parede do corpo lúteo), vasos 
sanguíneos e linfáticos. 
 
O corpo lúteo é uma glândula temporária e sob o estímulo de LH, 
secreta progesterona e estrógenos, funcionando por 10 a 12 dias 
quando não tem gravidez. Quando a mulher menstrua, ele degenera 
por apoptose e no lugar, o que sobra é fagocitado por macrófagos e 
substituído pelos fibroblastos por uma cicatriz de colágeno, o CORPO 
ALBICANS – a menstruação é uma consequência da secreção 
decrescente de progesterona (por falta de estímulo do LH), levando a 
descamação do endométrio. Altas taxas de estrógeno circulante 
inibem a liberação de FSH pela hipófise; em contrapartida, depois da 
degeneração do corpo lúteo, a concentração de esteroides do sangue 
diminui e o FSH é liberado em quantidades maiores, estimulando o 
crescimento rápido de alguns folículos e iniciando o ciclo menstrual 
seguinte. Caso aconteça a gestação, há o estímulo de HCG produzido 
pelo embrião e isso estimula a secreção e produção de progesterona 
(mantém a mucosa do útero e estimula a secreção das glândulas 
uterinas, importante para a nutrição do embrião antes da placenta se 
tornar funcional) pelo menos até metade da gestação pelo corpo 
lúteo (4º-5º mês). Depois disso ele degenera, sofre apoptose e é 
substituído pelo corpo albicans IMENSO, porque ficou funcionando 
por muito tempo. 
 
 
SECREÇÃO E REGULAÇÃO HORMONAL DAS GÔNADAS (TESTÍCULOS 
E OVÁRIOS). 
 Síntese dos hormônios: 
As células de Leydig são esteroidogênicas, sintetizam colesterol novo, 
e adquirem através de receptores para lipoproteínas de baixa (LDL) e 
alta densidade (HDL), já que a maior parte do colesterol utilizado 
como substrato é transportado por essas proteínas; posteriormente 
são armazenados na forma de éster de colesterol. Dentro da célula, 
colesterol livre é gerado pela enzima hidrolase do éster de colesterol. 
Quando há estímulos para a produção de hormônios esteroides, o 
colesterol livre é transferido para a membrana mitocondrial externa e 
depois para a interna, o que depende da proteína reguladora aguda 
esteroidogênica (StAR), caracterizando a etapa limitadora de 
velocidade. Na mitocôndria sofre a ação de uma enzima chamada 
COLESTEROL DESMOLASE (enzima P450scc/CYP11A1), formando um 
produto chamado de PREGNENOLONA, que é transportada até o RE 
liso. Os produtos produzidos que sofrem uma CONVERSÃO 
PERIFÉRICA. Esses hormônios começam a produção em um período 
chamado de ADRENARCA, na puberdade, quando começa a produção 
de hormônios sexuais. A célula de Leydig se assemelha à célula da zona 
reticular do córtex da adrenal (também responsável pela produção de 
hormônios esteroides), mas expressa um nível maior de 3β-HSD, de 
forma que a via Δ4 é essencialmente favorecida. Outra grande 
diferença é a expressão de uma isoforma da 17b-hidroxiesteroide 
desidrogenase (17b-HSD tipo 3) específica pela célula de Leydig. 
Zona reticular do córtex da adrenal: a pregnenolona sofre a ação da 
CYP17 (P-450c17) e vira a 17(OH)-pregnenolona. A partir da hidroxi-
pregnenolona é transformada em DHEA (desidroepiandrosterona) e 
sofre a ação onde é colocado um radical sulfeto nela, virando a DHEA 
sulfatada. A partir desse ponto há produção por vias paralelas, com a 
produção final de ANDROTENEDIONA que é convertida 
perifericamente nos hormônios andrógenos e estrógenos. Pode ter 
uma produção pequena de glicocorticoides. 
 
Via biossintética da testosterona: o colesterol sofre a ação da enzima 
colesterol desmolase estimulada pelo LH  o colesterol vira 
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pregnenolona pela CYP11A1  depois vira a progesterona através da 
3 beta hidroxiesteroidedesidrogenase (3B-HSD)  vira 17-OH 
progesterona através da 17-alfa-hidroxilase  irá virar 
androstenediona através da 17-20 e 3β-hidroxiesteroide 
desidrogenase (3b-HSD), por fim, vira a testosterona a partir da ação 
da enzima 17B-HSD tipo 3 (essa última enzima só está presente nas 
células de Leydig, não existe na zona reticular). A CYP17 é uma enzima 
bifuncional com atividade 17-hidroxilase e atividade 17,20-liase. 
A testosterona pode virar estradiol (17B-estradiol) nos tecidos 
periféricos através da ação da aromatase (sofre aromatização), 
enzima CYP19 expressada pelas células de Sertoli. Precisam de 
proteínas plasmáticas transportadoras para circular na corrente 
sanguínea. A importância dos androgênios na produção global dos 
hormônios esteroides sexuais é de cerca de 50% dos androgênios 
totais na próstata do adulto. Os valores de DHEA E DHEAS diminuem 
conforme o aumento da idade, resultando em uma drástica redução 
na formação de androgênios e estrogênios. Nas mulheres, os 
androgênios suprarrenais contribuem na libido. Devido à proximidade 
das células de Leydig com os túbulos seminíferos, quantidades 
significativas de testosterona se difundem para os mesmos e são 
concentradas no compartimento adluminal pela ABP. Os níveis de 
testosterona nos túbulos seminíferos são mais de 100 vezes maiores 
que os circulantes, necessários para a espermatogênese normal. As 
células espermáticas humanas expressam pelo menos uma isoforma 
do receptor de estrogênio – em diversos tecidos, especialmente o 
adiposo, a testosterona é convertida em estrógeno, que desempenha 
um papel na maturação e biologia dos ossos do homem. 
 SECREÇÃO DO FSH E LH: 
As gonadotrofinas são importantes na estimulação dos esteroides 
sexuais (progesterona, estrógeno nas mulheres e testosterona nos 
homens), constituindo os eixos hipotalâmico-pituitário-testicular e 
ovariano – o FSH também aumenta a secreção de um hormônio 
proteico relacionado ao fator de crescimento transformador beta 
(TGF-B), a inibina em ambos sexos. O FSH e o LH são acondicionado 
em grânulos secretores distintos e não são conssecretados em 
quantidades equimolares, são secretados independentemente. Sua 
secreção é regulada pelo pró-hormônio GNRH (LHRH – liberado de 
gonadotrofinas) hipotalâmico liberado em pulsos. O GNRH é liberado 
de maneira pulsátil  chega no receptor da hipófise  estimulou 
Ca++ e PKC  se houver pulsos de GNRH com uma frequência LENTA 
(3 horas), é estimulado preferencialmente a síntese e secreção de FSH 
 caso sejam pulsos com frequência ALTA (1 hora), síntese e secreção 
de LH  FSH e LH agem nos seus respectivos receptores  ativa a PKA 
 estimula a esteroidogênese e gametogênese  esteroides sexuais 
fazem a alça de retroalimentação. 
 
A testosterona e a DHT atuam pelo um mesmo receptor androgênico 
(AR). Na ausência de ligante, o AR encontra-se no citoplasma, 
acoplado a proteínas chaperonas. A ligação testosterona-AR ou DHT-
AR causa dissociação das proteínas chaperonas, seguida de 
translocação nuclear do complexo andrógeno-AR, dimerização, 
ligação a um elemento de resposta ao andrógeno (ARE), e 
recrutamento de proteínas co-ativadoras e fatores gerais de 
transcrição para a vizinhança de um promotor gênico específico. 
Quando a testosterona entra na circulação periférica, ela se liga a 
proteínas séricas, rapidamente atingindo um equilíbrio. Cerca de 60% 
da testosterona circulante está ligada à globulina ligadora de 
hormônio sexual (SHBG), 38% estão ligados à albumina, e cerca de 2% 
permanece como hormônio “livre”. A testosterona e seus metabólitos 
são essencialmente excretados pela urina. Quase 50% dos 
andrógenos excretados são encontrados como 17-cetosteroides 
urinários, com grande parte dos remanescentes sendo andrógenos 
conjugados ou derivados diol ou triol. Apenas cerca de 30% dos 17-
cetosteroides urinários são provenientes dos testículos, o restante é 
produzido de andrógenos adrenais. Os andrógenos são conjugados 
com glicuronato ou sulfato no fígado e os esteroides conjugados são 
excretados na urina. 
 
 
CONTROLE DA FUNÇÃO HORMONAL DA FUNÇÃO TESTICULAR: 
Embora os fatores de iniciação sejam desconhecidos, na puberdade, 
determinadas células neurosecretoras do hipotálamo aumentam a sua 
secreção de hormônio liberador de gonadotropina (GnRH). Este 
hormônio estimula, por sua vez, os gonadotrofos na adeno-hipófise a 
aumentar sua secreção de duas gonadotropina, o hormônio 
luteinizante (LH) e o hormônio foliculoestimulante (FSH). O LH 
estimula as células intersticiais que estão localizadas entre os túbulos 
seminíferos a secretar o hormônio testosterona. Este hormônio 
esteroide é sintetizado a partir do colesterol nos testículos e é o 
principal androgênio. É lipossolúvel e se difunde facilmente das 
células intersticiais para o líquido intersticial e, em seguida, para o 
sangue. A testosterona, via feedback negativo, suprime a secreção de 
LH pelos gonadotrofos da adeno-hipófise e suprime a secreção de 
GnRH pelas células neurossecretoras do hipotálamo. 
 
Em algumas células-alvo, como aquelas dos órgãos genitais externos e 
da próstata, a enzima 5-alfarredutase converte a testosterona em 
outro androgênio, chamado di-hidrotestosterona (DHT). Existem 
duas isoformas da 5α-redutase, tipo 1 e tipo 2. Os principais locais de 
expressão da 2 são o trato urogenital masculino, a pele genital, os 
folículos pilosos e o fígado. A 5α−redutase 2 gera DHT, o qual é 
necessário para a masculinização da genitália externa in útero e para 
muitas das mudanças associadas à puberdade (crescimento e 
atividade da próstata, crescimento do pênis, escurecimento e 
pregueamento do escroto, crescimento de pelos pubianos e axilares, 
crescimento de pelos faciais e corporais e aumento da massa 
muscular). O início da expressão da 5α-redutase 1 ocorre na 
puberdade, expressa essencialmente na pele e contribui para a 
atividade das glândulas sebáceas e a acne associada à puberdade. 
 
O FSH atua indiretamente ao estimular a espermatogênese. O FSH e a 
testosterona atuam sinergicamente nas células sustentaculares 
estimulando a secreção da proteína de ligação a androgênios 
(ABP) no lúmen dos túbulos seminíferos e no líquido intersticial em 
torno das células espermatogênicas. A ABP se liga à testosterona, 
mantendo a sua concentração elevada. A testosterona estimula as 
etapas finais da espermatogênese nos túbulos seminíferos. Uma vez 
alcançado o grau de espermatogênese necessário para as funções 
reprodutivas masculinas, as células sustentaculares liberam inibina, 
um hormônio proteico assim chamado por inibir a secreção de FSH 
(exclusivamente) pela adeno-hipófise. Se a espermatogênese ocorrer 
TURMA X - MEDFASA ANA CAROLINA VIANA VASCONCELOS 
 
muito lentamente, menos inibina é liberada, o que possibilita maior 
secreção de FSH e aumento da espermatogênese. A testosterona e a 
di-hidrotestosterona se ligam aos mesmos receptores de androgênios, 
que se encontram no interior dos núcleos das células-alvo. O 
complexo hormônio-receptor regula a expressão do gene, ativando 
alguns genes e desativando outros. Em decorrência dessas alterações, 
os androgênios produzem vários efeitos: 
 
 Desenvolvimento pré-natal: antes do nascimento, a testosterona 
estimula o padrão masculino de desenvolvimento dos ductos do 
sistema genital e a descida dos testículos para o escroto. A di-
hidrotestosterona estimula o desenvolvimento dos genitais 
externos. A testosterona também é convertida no encéfalo em 
estrogênios (hormônios feminilizantes), atuando no 
desenvolvimento de regiões do encéfalo em homens. 
 Desenvolvimento das características sexuais masculinas: na 
puberdade, a testosterona e a di-hidrotestosterona realizam o 
desenvolvimento e o alargamento dos órgãos sexuais masculinos 
e o desenvolvimento das características sexuais secundárias 
masculinas, que distinguem os homens das mulheres, mas não têm 
um papel direto na reprodução. Estes incluem o crescimento 
muscular e esquelético que resulta em ombroslargos e quadris 
estreitos; os pelos faciais e torácicos (dentro dos limites da 
hereditariedade) e a presença de mais pelos em outras partes do 
corpo; o espessamento da pele; o aumento da secreção das 
glândulas sebáceas e o aumento da laringe e consequente 
engrossamento da voz 
 Desenvolvimento da função sexual: os androgênios contribuem 
para o comportamento sexual masculino e espermatogênese e 
para o desejo sexual (libido) em homens e mulheres. Lembre-se 
de que o córtex da glândula suprarrenal é a principal fonte de 
androgênios nas mulheres. O LH estimula as células de Leydig a 
secretar testosterona, participa da espermatogênese do homem. 
O FSH estimula as células de Sertoli (expressam receptores para o 
hormônio e não os espermatozoides em desenvolvimento) a 
converterem as espermátides em espermatozoides 
 Estimulação do anabolismo: os androgênios são hormônios 
anabólicos; isto é, estimulam a síntese de proteínas. Este efeito é 
evidente no maior peso dos músculos e massa óssea que é 
observado na maior parte dos homens em comparação às 
mulheres. 
 Efeitos metabólicos: aumento das lipoproteínas de densidade 
muito baixa (VLDL) e LDL, enquanto reduz a HDL; promove a 
deposição do tecido adiposo abdominal; aumenta a produção de 
eritrócitos; promove o crescimento e higidez dos ossos; e exerce 
um efeito anabolizante proteico nos músculos. 
 
Um sistema de feedback negativo regula a produção de testosterona. 
Quando a concentração de testosterona no sangue aumenta até um 
determinado nível, isso inibe a liberação de GnRH pelas células 
hipotalâmicas. Os gonadotropos na adeno-hipófise então liberam 
menos LH, de modo que a concentração de LH no sangue sistêmico 
cai. Com menos estimulação pelo LH, as células intersticiais dos 
testículos secretam menos testosterona e há um retorno à 
homeostasia. Se a concentração de testosterona no sangue cai muito, 
o GnRH é novamente liberado pelo hipotálamo e estimula a secreção 
de LH pela adeno-hipófise. O LH, por sua vez, estimula a produção de 
testosterona pelos testículos. 
 
 O LH e FSH, nas mulheres, se relacionam com a origem da 
ovulação e fabricação do corpo lúteo, além de estimularem a 
secreção de estrogênio e progesterona pelos ovários. 
As Sertoli também expressam a enzima CYP19, a qual converte a 
testosterona em um potente estrógeno, o 17B-estradiol; produz a 
proteínas de ligação a andrógeno (ABP), a inibina e o hormônio 
antimulleriano (AMH – substância inibitória mulleriana), que induz a 
regressão dos ductos mullerianos embrionários, programados para 
originar o trato reprodutor feminino. 
 
REGULAÇÃO HORMONAL DO CICLO REPRODUTIVO FEMININO: 
O GnRH secretado pelo hipotálamo controla os ciclos ovariano e 
uterina, estimulando a liberação do FSH e do LH pela adeno-hipófise. 
O FSH inicia o crescimento folicular e o LH estimula o 
desenvolvimento adicional dos folículos ovarianos. Além disso, o FSH 
e o LH estimulam os folículos ovarianos a secretar estrogênio. O LH 
estimula as células da teca de um folículo em desenvolvimento a 
produzir androgênios. Sob influência do FSH, os androgênios são 
absorvidos pelas células granulosas do folículo e, em seguida, 
convertidos em estrogênios. No meio do ciclo, o LH estimula a 
ovulação e promove a formação do corpo lúteo, a razão para o nome 
hormônio luteinizante. Estimulado pela LH, o corpo lúteo produz e 
secreta estrogênios, progesterona, relaxina e inibina. Existem 3 
principais estrogênios no plasma das mulheres: beta(β)-estradiol, 
estrona e estriol. Em uma mulher não grávida, o estrogênio é o 
estradiol mais abundante, que é sintetizado a partir do colesterol nos 
ovários. Os estrogênios secretados pelos folículos ovarianos têm 
várias funções importantes: 
 
 Promove o desenvolvimento e manutenção das estruturas 
reprodutivas femininas, características sexuais 
secundárias (a distribuição do tecido adiposo nas mamas, 
no abdome, no monte do púbis e nos quadris; tom da voz; 
uma pelve ampla; e o padrão de crescimento de pelos no 
corpo) e mamas. 
 Aumenta o anabolismo proteico, incluindo a formação de 
ossos fortes. Em relação a isso, os estrogênios são 
sinérgicos com o hormônio do crescimento (hGH) 
 Baixar o nível sanguíneo de colesterol, que provavelmente 
é o motivo de as mulheres com menos de 50 anos 
correrem risco muito menor de doença da artéria 
coronária (DAC) do que os homens de idade semelhante. 
 Níveis sanguíneos moderados inibem tanto a liberação de 
GnRH pelo hipotálamo quanto a secreção de LH e de FSH 
pela adeno-hipófise. 
 
A progesterona, secretada principalmente pelas células do corpo 
lúteo, coopera com os estrogênios para preparar e manter o 
endométrio para a implantação de um óvulo fertilizado e preparar as 
glândulas mamárias para a secreção de leite. Altos níveis de 
progesterona também inibem a secreção de LH e GnRH. A pequena 
quantidade de relaxina produzida pelo corpo lúteo durante cada ciclo 
mensal relaxa o útero inibindo as contrações do miométrio. A 
implantação de um óvulo fertilizado ocorre mais facilmente em um 
útero “tranquilo”. Durante a gestação, a placenta produz muito mais 
relaxina e isso continua relaxando o músculo liso do útero. No final da 
gestação, a relaxina também aumenta a flexibilidade da sínfise púbica 
e pode ajudar a dilatar o colo do útero, que facilitam a saída do bebê. 
TURMA X - MEDFASA ANA CAROLINA VIANA VASCONCELOS 
 
A inibina é secretada pelas células granulosas dos folículos em 
crescimento e pelo corpo lúteo após a ovulação. Ela inibe a secreção 
de FSH e, em menor grau, de LH. 
Nas mulheres, a progesterona e a testosterona exercem uma 
retroalimentação negativa sobre a função gonadotrófica hipotalâmica 
e pituitária. Em doses baixas, o estrógeno também exerce uma 
retroalimentação negativa sobre a secreção do FSH e LH – níveis altos 
de estrógeno mantidos por 3 dias produzem um pico na secreção de 
LH e em menor grau, do FSH – retroalimentação positiva: no 
hipotálamo a amplitude e frequência dos pulsos de GNRH aumenta e 
na pituitária é elevada a sensibilidade dos gonadotrofos ao GNRH pelo 
aumento dos níveis de receptores e dos componentes da via de 
sinalização pós-receptor. 
PROCESSO DE DETERMINAÇÃO SEXUAL. 
O material genético do pai e da mãe se unem quando um 
espermatozoide se fundem a um oócito secundário para formar um 
zigoto. Os filhos se assemelham aos pais porque herdam 
características transmitidas pelos dois genitores. A herança é a 
transmissão de características hereditárias de uma geração para a 
seguinte – processo pelo qual adquire-se as características dos pais. 
Os núcleos de todas as células humanas, exceto os gametas, contêm 
23 pares de cromossomos – diploide (2n). Um cromossomo de cada 
par veio da mãe e o outro do pai. Cada um destes dois homólogos 
contém genes que controlam as mesmas características. Por 
exemplo, se um cromossomo do par contém um gene que controla os 
pelos corporais, seu homólogo conterá um gene que controla os pelos 
corporais na mesma posição. As formas alternativas de um gene que 
codificam a mesma característica e estão na mesma localização em 
cromossomos homólogos são chamadas de alelos. Um alelo do gene 
que controla os pelos corporais mencionado anteriormente pode 
codificar pelos grossos e outro pelos finos. Uma mutação consiste em 
uma alteração hereditária permanente em um alelo que produz uma 
variante diferente da mesma característica. 
 
A relação entre os genes e a hereditariedade é ilustrada pela análise 
dos alelos envolvidos em um distúrbio chamado fenilcetonúria (PKU). 
As pessoas com PKU não conseguem produzir a enzima fenilalanina 
hidroxilase. O alelo que codifica a fenilalanina hidroxilase é 
simbolizado por P; o alelo mutante que não consegue produzir uma 
enzima funcional é representado por p (quadro de Punnett). Na 
construção do quadro, os possíveis alelos paternos no 
espermatozoide são escritos no lado esquerdo e os maternos na parte 
superior do quadro. Os quatro espaços no quadro mostram como os 
alelospodem ser combinados em zigotos formados pela união destes 
espermatozoides e óvulos para produzir as três combinações 
diferentes de genes, os genótipos: PP, Pp ou pp. Observe no quadro 
de Punnett que 25% dos descendentes terão o genótipo PP, 50% Pp e 
25% pp – são probabilidades; os pais que têm quatro filhos não 
necessariamente terão um com PKU.) As pessoas que herdam 
genótipos PP ou Pp não têm PKU e aqueles de genótico pp sofrem do 
distúrbio. Embora as pessoas com um genótipo Pp tenham um alelo 
PKU (p), o alelo que codifica para a característica normal (P) mascara 
o alelo PKU. Um alelo que domina ou mascara outro alelo o alelo 
dominante e a característica que expressa é o traço dominante. O 
alelo cuja presença é completamente mascarada é o alelo recessivo, 
e a característica que ele controla é o traço recessivo. Um indivíduo 
com os mesmos alelos em cromossomos homólogos (PP ou pp) 
é homozigoto para a característica – PP é homozigoto dominante 
e pp é recessivo. Um indivíduo com alelos diferentes em cromossomos 
homólogos (Pp) é heterozigoto para a característica. 
 
Fenótipo se refere ao modo como a composição genética é expressa 
no corpo; é a expressão física ou externa de um gene. Uma 
pessoa Pp (um heterozigoto) tem um genótipo diferente de uma 
pessoa PP (um homozigoto), mas ambas têm o mesmo fenótipo – 
produção normal de hidroxilase-fenilalanina. Os indivíduos 
heterozigotos que carregam um gene recessivo, mas não o expressam 
(Pp), podem passar o gene aos seus descendentes. Estes indivíduos 
são denominados portadores do gene recessivo. A maior parte dos 
genes dá origem ao mesmo fenótipo, independentemente de serem 
herdados da mãe ou do pai. Em alguns casos, no entanto, o fenótipo 
é drasticamente diferente, dependendo da origem parental 
(imprinting genômico). 
 
Os alelos que codificam características normais nem sempre dominam 
sobre aqueles que codificam as anormais, mas os alelos dominantes 
para distúrbios graves geralmente são letais e causam a morte do 
embrião ou do feto. Ocasionalmente, um erro na divisão celular 
chamado não disjunção genética resulta em número anormal de 
cromossomos. Nesta situação, cromossomos homólogos (durante a 
meiose I) ou cromátides-irmãs (durante a anáfase da mitose ou 
meiose II) não se separam corretamente. Uma célula a partir da qual 
um ou mais cromossomos foi adicionado ou suprimido é chamada de 
uma aneuploidia. Em uma célula monossômica (2n – 1) está faltando 
um cromossomo; em uma célula trissômica (2n + 1) há um 
cromossomo extra. A síndrome de Down é um distúrbio de 
aneuploidia em que há trissomia do cromossomo 21. A não disjunção 
genética geralmente ocorre durante a gametogênese (meiose), mas 
raramente podem resultar da não disjunção nas divisões mitóticas. 
 
Outro erro que ocorre na meiose é a translocação. Neste caso, dois 
cromossomos que não são homólogos se quebram e trocam porções. 
O indivíduo que tem uma translocação pode ser perfeitamente 
normal, se não houver perda de material genético quando o rearranjo 
ocorreu. No entanto, alguns dos gametas da pessoa podem não conter 
a quantidade e o tipo de material genético correto. O indivíduo que 
tem essa translocação é normal e nem sequer sabe que é um 
“portador”. No entanto, quando este portador produz gametas, 
alguns gametas acabam com um cromossomo X inteiro mais outro 
cromossomo com o fragmento translocado do cromossomo X. Na 
fertilização, o zigoto então tem três, em vez de duas, cópias de parte 
do cromossomo X. 
 
A expressão fenotípica de um gene especifico pode ser influenciada 
não só pelos alelos presentes, mas também por outros genes e pelo 
ambiente. A maior parte das características hereditárias são 
influenciadas por mais e um gene e a maior parte dos genes pode 
influenciar mais do que uma característica. 
 
 DETERMINAÇÃO DO SEXO: 
Todo um conjunto de cromossomos disposta em ordem decrescente 
de tamanho e de acordo com a posição do centrômero é chamado do 
cariótipo. Em 22 pares, os cromossomos homólogos são parecidos e 
têm a mesma aparência em ambos os sexos (autossomas). Os dois 
membros do par 23 são os cromossomos sexuais e são diferentes em 
TURMA X - MEDFASA ANA CAROLINA VIANA VASCONCELOS 
 
homens e mulheres. Nas mulheres, o par consiste em XX e nos 
homens, XY. Quando um espermatócito sofre meiose para reduzir o 
seu número de cromossomos, ele dá origem a 2 espermatozoides que 
contêm um cromossomo X e dois que contêm um Y. Os oócitos não 
têm cromossomos Y e produzem gametas com X. Se o oócito 
secundário for fertilizado por um espermatozoide X, o descendente é 
do sexo feminino e ser for Y, masculino. O sexo do indivíduo é 
determinado pelos cromossomos do pai. 
 
 
Os embriões femininos e masculinos se desenvolvem de modo 
idêntico até 7 semanas após a fertilização. Depois, um ou mais genes 
acionam uma cascata de eventos que leva ao desenvolvimento de um 
homem; na ausência de expressão normal, ocorre o padrão de 
desenvolvimento feminino. O principal gene que determina o sexo 
masculino é o SRY (região de determinação do sexo do cromossomo 
Y) e apenas se ela existir e for funcional em um óvulo fertilizado que o 
feto desenvolverá testículos e será do sexo masculino. Se não houver 
SRY, o feto desenvolverá ovários e se diferenciará para o feminino. 
 
Pode-se encontrar mulheres fenotípicas com um genótipo XY com 
mutações no gene SRY. Estes indivíduos não conseguiram se 
desenvolver normalmente como homens porque o gene SRY era 
defeituoso. Encontra-se também homens fenotípicos com um 
genótipo XX com um pequeno fragmento do cromossomo Y, incluindo 
o gene SRY, inserido em um dos cromossomos X. Além de determinar 
o sexo dos descendentes, os cromossomos sexuais são responsáveis 
pela transmissão de várias características não sexuais. Muitos dos 
genes para tais características são encontrados no cromossomo X, mas 
não existem no Y. A característica produz um padrão de 
hereditariedade, a herança ligada ao sexo. 
 O sexo genético é definido pelos cromossomos sexuais, XY 
nos homens e XX nas mulheres. 
 O sexo gonádico é definido pela presença dos testículos nos 
homens e dos ovários nas mulheres. 
 O sexo fenotípico é definido pelas características do trato 
genital interno e genitália externa. 
FENÓTIPO MASCULINO: os testículos dos indivíduos com sexo 
gonádico masculino secretam hormônio antimulleriano e 
testosterona. A testosterona estimula o crescimento e a diferenciação 
dos ductos de Wolff, que se desenvolvem e formam o trato genital 
interno masculino e o hormônio antimulleriano provoca a atrofia dos 
ductos de Muller, que formariam o trato genital feminino. 
FENÓTIPO FEMININO: os ovários dos indivíduos com sexo gonádico 
feminino secretam estrogênio, mas não secretam hormônio 
antimulleriano nem testosterona. Na ausência da testosterona, os 
ductos de Wolff não se diferenciam e na ausência do antimulleriano, 
os ductos de Muller não são suprimidos e desenvolvem-se no trato 
genital interno feminino. 
REPRODUÇÃO MASCULINA: 
A testosterona é o principal androgênio sintetizado e secretado pelas 
células de Leydig, que contêm 21B-hidroxilase nem 11B-hidroxilase, 
ao contrário do córtex suprarrenal, não podendo sintetizar 
glicocorticoides e mineralocorticoides. O LH (em ação paralela à do 
ACTH no córtex suprarrenal) aumenta a síntese de testosterona por 
meio do estímulo da colesterol desmolase, a 1ª etapa da vida. Os 
órgãos sexuais acessórios (próstata) contêm a 5A-redutase, que 
converte a testosterona em sua forma ativa, a di-hidrotestosterona 
(DHT). Os núcleos arqueados do hipotálamo secretam GnRH no 
sangue do sistema porta hipotalâmico-hipofisário. O GnRH estimula a 
adeno-hipófise a secretar FSH e LH. 
 
O FSH atua sobre as células de Sertoli mantendo a espermatogênese. 
As células de Sertoli também secretam inibina, que está envolvida 
no feedback negativo da secreção de FSH. O LH atua sobre as células 
de Leydig, promovendo a síntese de testosterona. A testosterona 
atua por meio de ummecanismo parácrino intratesticular, reforçando 
os efeitos espermatogênicos do FSH sobre as células de Sertoli. 
A testosterona inibe a secreção de LH por inibição da liberação de 
GnRH pelo hipotálamo e inibição direta da liberação de LH da adeno-
hipófise A inibina (produzida pelas células de Sertoli) inibe a secreção 
de FSH pela adeno-hipófise. 
 
 Ações da testosterona: diferenciação do epidídimo, ducto 
deferente e vesículas seminais; estirão do crescimento da 
puberdade; interrupção do estirão (fechamento das epífises); 
libido; espermatogênese nas células de Sertoli (efeito 
parácrino); mudança na voz, que se torna mais grave; aumento 
da massa muscular; crescimento do pênis e das vesículas 
seminais; feedback negativo sobre a adeno-hipófise. 
 Ações da di-hidrotestosterona (DHT): diferenciação do pênis, 
bolsa escrotal e próstata; padrão do cabelo masculino; calvície 
do padrão masculino; atividade das glândulas sebáceas e 
crescimento da próstata. 
 
A puberdade masculina e feminina é iniciada pela liberação pulsátil 
de GnRH (suprarregula o seu receptor na adeno-hipófise) do 
hipotálamo, igual ao FSH e LH. Na infância, os níveis de hormônios são 
mínimos e FSH > LH. Na puberdade e durante os anos férteis aumenta 
e LH > FSH. Na senescência, são mais elevados e FSH > LH. 
 
REPRODUÇÃO FEMININA: 
Nos ovários, as células da teca produzem testosterona (estimuladas 
na primeira etapa pelo LH). A androstenediona difunde-se para 
as células da granulosa adjacentes, que contêm 17β-hidroxiesteroide 
desidrogenase, que converte a androstenediona em testosterona, e 
aromatase, que converte a testosterona em 17β-estradiol 
(estimuladas pelo FSH). Como nos homens, o GnRH secretado de 
modo pulsátil estimula a adeno-hipófise a secretar FSH e LH. O FSH e 
o LH estimulam processos nos ovários: (1) esteroidogênese no folículo 
ovariano e no corpo lúteo; (2) desenvolvimento folicular além do 
estágio antral; (3) ovulação; e (4) luteinização. 
TURMA X - MEDFASA ANA CAROLINA VIANA VASCONCELOS 
 
 
 
O estrogênio apresenta feedback tanto negativo quanto positivo 
sobre a secreção de FSH e LH; produz maturação e manutenção das 
tubas uterinas, do útero, do colo do útero e da vagina; produz o 
desenvolvimento das características sexuais secundários femininas 
na puberdade; causa o desenvolvimento das mamas; suprarregula os 
receptores de estrogênio, LH e progesterona; causa a proliferação e 
desenvolvimento das células da granular dos ovários; mantém a 
gravidez; reduz o limiar uterina para estímulos contráteis durante a 
gravidez; estimula a secreção de prolactina (porém, em seguida, 
bloqueia a sua ação nas mamas). 
 
A progesterona apresenta efeitos de feedback negativo sobre a 
secreção de FSH e LH durante a fase lútea; mantém a atividade 
secretora do útero durante a fase lútea; mantém a gravidez; eleva o 
limiar uterina para estímulos contráteis durante a gravidez; e 
participa do desenvolvimento das mamas. 
 
CICLO MENSTRUAL: 
 Fase folicular (1ª fase, dias 1 a 14): o folículo primordial 
desenvolve até o estágio de Graaf, com atresia dos folículos 
adjacentes. Os receptores de LH e FSH são suprarregulados nas 
células da teca e granulosa. Os níveis de estradiol aumentam e 
causam proliferação do útero; enquanto os níveis de FSH e LH 
são suprimidos pelo efeito de feedback negativo do estradiol 
sobre a adeno-hipófise e os níveis de progesterona estão baixos. 
 Ovulação (dia 14): acontece 14 dias antes da menstruação 
subsequente, independentemente da duração do ciclo – assim, 
em um ciclo de 28 dias a ovulação ocorre no dia 14 e em um de 
35 dias, no dia 22. Um pico na síntese de estradiol no final da 
fase folicular exerce um efeito de feedback positivo sobre a 
secreção de FSH e LH, com pico de LH. Ocorre ovulação em 
consequência do pico de LH induzido pelo estrogênio. Os níveis 
de estrogênio diminuem logo após a ovulação, porém 
aumentam novamente durante a fase lútea. A quantidade de 
muco cervical aumenta e ele se torna menos viscoso e mais 
penetrável pelos espermatozoides. 
 Fase lútea (dias 14 a 28): o corpo lúteo começa a se desenvolver 
e sintetiza estrogênio e progesterona. A vascularização e a 
atividade secretora do endométrio aumentam, preparando-o 
para receber um ovo fertilizado. A temperatura corporal basal 
aumenta, em virtude do efeito da progesterona sobre o centro 
termorregulador do hipotálamo e se não houver fertilização, o 
corpo lúteo regride no final da fase. Em consequência, os níveis 
de estradiol e progesterona diminuem de maneira abrupta. 
 Menstruação (dias 1 a 4): o endométrio descama, por causa da 
suspensão abrupta do estradiol e progesterona. 
 
PROCESSO DA FECUNDAÇÃO 
 
CICLO SEXUAL FEMININO: 
Em relação ao ciclo menstrual, a cada 28 dias aproximadamente, 
hormônios gonadotrópicos da hipófise anterior (FSH e LH) fazem com 
que cerca de 8 a 12 folículos comecem a crescer nos ovários, com 1 
deles se desenvolvem até o estágio final e ovulando. Durante o 
crescimento dos folículos é secretado principalmente estrogênio. 
Depois da ovulação, as células secreções dos folículos residuais de 
desenvolvem em corpo lúteo que secreta grande quantidade dos 
principais hormônios femininos, estrogênio e progesterona. No 
período endometrial há uma fase proliferativa (estimulo maior do 
endométrio pelo estrogênio) e uma secretória. No 14º dia do ciclo 
ovariano de 28 dias há a OVULAÇÃO, com um pico de LH e o folículo 
liberando o ovócito, que depois transforma-se em óvulo. A partir do 
momento que se dá início à ovulação, começa a fase secretória, com 
maior participação da progesterona, responsável pela secreção das 
células do endométrio importantes para a nutrição de um embrião 
que poderá ou não ser formado. Caso haja a fecundação do óvulo, o 
corpo lúteo formado irá persistir produzindo progesterona, o que 
mantém a gestação nas primeiras semanas. Caso não tenha a 
fecundação, o corpo lúteo degenera formando o corpo albicans, com 
a descamação do endométrio (menstruação). 
 
O período embrionário se estende desde a fecundação até a oitava 
semana de gestação. A 1ª semana de desenvolvimento é 
caracterizada pela fertilização, clivagem do zigoto, formação do 
blastocisto e implantação. Dos 200 milhões de espermatozoides 
introduzidos na vagina, menos de 2 milhões alcançam o colo do útero 
e apenas cerca de 200 alcançam o oócito secundário. A fertilização 
acontece na tuba 12 a 24 horas após a ovulação. O espermatozoide 
permanece viável até 48h após a deposição na vagina e o oócito cerca 
de 24h após a ovulação. Os espermatozoides que alcançam a 
vizinhança do oócito minutos após a ejaculação não 
conseguem fertilizá-lo até 7h depois. Durante este tempo passam 
pela capacitação, uma série de alterações funcionais que fazem com 
que a cauda do espermatozoide se mova ainda mais vigorosamente e 
prepare a sua membrana plasmática para se fundir com a do oócito. 
Durante a capacitação, os espermatozoides são influenciados por 
secreções do sistema genital feminino que resultam na remoção do 
colesterol, das glicoproteínas e das proteínas da membrana 
plasmática em torno da cabeça do espermatozoide. Apenas os 
espermatozoides capacitados conseguem ser atraídos e responder aos 
fatores químicos das células circundantes do oócito ovulado. 
 
GESTAÇÃO – PROCESSOS: 
 FECUNDAÇÃO: UNIÃO DO ÓVULO E ESPERMATOZOIDE. 
Nos ovários há a produção dos folículos até o maduro que promove a 
ovulação no 14º dia – no ovário o óvulo se encontra no estágio de 
oócito primário. Pouco antes de ser liberado do folículo ovariano, seu 
núcleo se divide por meiose e o 1º corpo polar é expelido do núcleo 
do oócito, que passa a ser o oócito secundário. Nesse processo, cada 
um dos 23 pares de cromossomos perde um de seus componentes, 
que se incorpora no corpo polar expelido, deixando 23 cromossomos 
sem par. Há a liberação do ovócito na cavidade peritoneal, sendo 
apanhado pelas tubas uterinas e suas fimbrias, projeções no final da 
trompa, com tentáculos revestidosde epitélio ciliado – os cílios são 
ativados pelo estrogênio ovariano, que faz com que eles batam na 
direção da abertura (óstio) da tuba envolvida, permitindo a entrada do 
óvulo, para que possa ser fecundação pelo espermatozoide. A ação de 
varredura as fimbrias e a corrente de fluido produzida pelos cílios das 
células da mucosa das fimbrias “varrem” o oócito secundário para o 
infundíbulo afunilado da tuba uterina. 
 
O espermatozoide é levado até a cavidade uterina por meio de 
estímulos de hormônios e citocinas até a região da AMPOLA (onde 
ocorre a fertilização) das tubas uterinas – no líquido seminal há 
prostaglandinas, substância que promove a contração uterina e das 
tubas uterinas, estimulando e auxiliando o espermatozoide a chegar 
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na ampola da tuba. No orgasmo feminino há muita liberação de 
ocitocina, que também promove essas contrações. O óvulo chega na 
ampola porque no epitélio da tuba uterina existem cílios que 
promovem movimentos. Quando há a penetração do espermatozoide 
no óvulo, ele tem que superar as barreiras da corona radiata e zona 
pelúcida glicoproteíca, por meio da liberação de proteínas que irão 
promover a lise dessas estruturas (principalmente a HIALURONIDASE 
que fica na cabeça do espermatozoide). A passagem do 
espermatozoide através da corona radiata é pela enzima 
hialuronidase; a penetração da zona pelúcida de células granulosas é 
pelas enzimas esterase, ACROSINA (principal enzima proteolítica) e 
neuraminidase parecem causar a dissolução. Uma das glicoproteínas 
da zona pelúcida, a ZP3, atua como um receptor de espermatozoide 
– sua ligação às proteínas de membrana específicas da cabeça do 
espermatozoide desencadeia a reação acrossomal. 
 
 
 
Uma vez que o espermatozoide penetra a zona pelúcida, ocorre a 
REAÇÃO ZONAL, uma alteração nas propriedades da zona pelúcida, 
tornando-a impermeável a outros espermatozoides – a membrana 
celular do oócito despolariza e desencadeia a liberação intracelular de 
íons de cálcio, que estimulam a exocitose de vesículas secretoras de 
oócito, que inativam as moléculas ZP3 e enrijecem toda a zona 
pelúcida (bloqueio da polispermia). A composição da cobertura 
glicoproteica extracelular muda após a fecundação. É o resultado da 
ação de enzimas lisossomais liberadas por grânulos corticais próximos 
a membrana plasmática do oócito; o conteúdo desses grânulos é 
liberado no espaço perivitelino. Em seguida, há a fusão das 
membranas plasmáticas do oócito e dos espermatozoides: elas se 
fundem e se rompem na região da fusão. A cabeça e a cauda do 
espermatozoide entram no citoplasma no oócito, mas a membrana 
celular espermática (membrana plasmática) e as mitocôndrias não 
entram. Uma vez que o espermatozoide tenha entrado no óvulo, o 
oócito se divide mais vez, formando o óvulo maduro e um 2º corpo 
polar, que é expelido. Se o oócito não for fecundado na ampola, ele 
passa lentamente pela tuba e chega ao corpo do útero, onde se 
degenera e é reabsorvido. A fecundação pode acontecer em outras 
partes da tuba, mas não no corpo do útero. 
 
Há o término da 2ª divisão meiótica do oócito e formação do 
pronúcleo feminino: com 23 cromossomos. Em seguida, os 
cromossomos maternos se descondensam e o núcleo do oócito maduro 
se torna o pronúcleo feminino. A formação do pronúcleo masculino: 
dentro do citoplasma do oócito, o núcleo do espermatozoide aumenta 
para formar o PM e a cauda do espermatozoide degenera. 
Morfologicamente os pronúcleo masculino e feminino são 
indistinguíveis – durante o crescimento deles, eles replicam o DNA-1N 
(haploide), 2C (2 cromátides). O oócito contendo 2 pronúcleos 
haploides é um oótide. Quando os pronúcleos se fundem em um único 
agregado diploide de cromossomos, o oótide se torna um ZIGOTO, 
com 46 cromossomos. Os cromossomos no zigoto se organizam em 
um fuso de clivagem, em preparação para as sucessivas divisões do 
zigoto. O zigoto é geneticamente único, porque metade dos 
cromossomos é materna e outra paterna (herança biparenteral). A 
fecundação determina o sexo cromossômico do embrião e inicia a 
clivagem do zigoto. Depois de ocorrida a fertilização, normalmente são 
necessários 3 a 5 dias para o transporte do ovo fertilizado pelo 
restante da trompa de Falópio até a cavidade uterina, principalmente 
devido ao epitélio rugoso das trompas e seu istmo contraído, que 
impedem a passagem do óvulo. 
 
O transporte é feito pela fraca corrente de líquido na trompa, 
decorrente da secreção epitelial + ação do epitélio ciliado que reveste 
que batem na direção do útero. A progesterona secretada cada vez 
mais rapidamente pelo corpo lúteo ovariano primeiro promove mais 
receptores de progesterona nas células do músculo liso da trompa e 
ativa os receptores, exercendo um efeito de relaxamento tubular que 
permite a entrada do ovo no útero. O transporte lento do ovo 
fertilizado permite a ocorrência de diversos estágios de divisão 
celular antes que ele – agora denominado blastocisto – entre no 
útero. Durante esse tempo, as células secretoras da trompa produzem 
grande quantidade de secreções usadas para nutrir o blastocisto em 
desenvolvimento. Depois de atingir o útero, o blastocisto em 
desenvolvimento, geralmente permanece na cavidade uterina por 
mais 1 a 3 dias antes de se implantar no endométrio; assim, a 
implantação normalmente ocorre em torno do 5º ao 7º dia depois da 
ovulação. Antes da implantação, o blastocisto obtém sua nutrição das 
secreções endometriais uterinas. A implantação resulta da ação de 
células trofoblásticas que se desenvolvem na superfície do 
blastocisto. Essas células secretam enzimas proteolíticas que digerem 
e liquefazem as células adjacentes do endométrio uterino. Parte do 
líquido e dos nutrientes liberados é transportada ativamente pelas 
mesmas células trofoblásticas no blastocisto, dando mais sustento ao 
crescimento. Uma vez tendo ocorrido a implantação, as células 
trofoblásticas e outras células adjacentes se proliferam rapidamente, 
formando a placenta e as diversas membranas da gravidez. 
 
 DESENVOLVIMENTO DO EMBRIÃO: 
A divisão (SEGMENTAÇÃO, com muitas mitoses aceleradas) do 
embrião geralmente começa na tuba uterina, porque a fecundação 
ocorre na AMPOLA da tuba. Há a 1ª clivagem (começa 
aproximadamente 24h após a fertilização e é completada 
aproximadamente 6h mais tarde), onde uma célula vira 2. A 
CLIVAGEM consiste em divisões mitóticas repetidas, com um aumento 
rápido do número de células (blastômeros), que tornam-se menores 
a cada divisão. Durante a clivagem, o zigoto continua dentro da zona 
pelúcida. No 2º dia após a fertilização, a 2ª clivagem é concluída e 
existem 4 células. No final do 3º dia, 16 células. Após o estágio de nove 
células, os blastômeros mudam sua forma e se agrupam firmemente 
uns com os outros para formar uma bola compacta de células – 
fenômeno da compactação, que possibilita uma maior interação 
célula-célula e é um pré-requisito para a separação das células 
internas que formam o embrioblasto (massa celular interna) do 
blastocisto. A via de sinalização hippo desempenha um papel 
essencial na separação do embrioblasto do trofoblasto. Quando 
existem 12 a 32 blastômeros, o ser humano em desenvolvimento é 
chamado de MÓRULA. As células internas da mórula são circundadas 
pelas células trofoblásticas. A mórula se forma aproximadamente 3/4 
dias após a fecundação e chega ao útero. 
Ao longo da multiplicação do zigoto em blastômeros, o embrião migra 
com a ajuda dos movimentos ciliares do epitélio da tuba até a cavidade 
uterina (mais ou menos no 5º/6ºdia). O ovo/zigoto vai se proliferar 
formando a MÓRULA no 4º dia e a partir do 5º dia há a formação do 
blastocisto. Uma secreção rica em glicogênios liberada pelas glândulas 
do endométrio do útero passa para a cavidade uterina e entra na 
mórula através da zona pelúcida (leite uterina), rico em nutrientes. Na 
fase de 32 células, o líquido entra na mórula, acumula-se entre os 
blastômeros. Surge, então, no interiorda mórula um espaço 
preenchido por líquido, a cavidade blastocística (blastocele). A massa 
em desenvolvimento passa a ser chamada de BLASTOCISTO. 
Conforme o líquido aumenta na cavidade blastocística, ele separa os 
blastômeros em duas partes: 
 
 Uma delgada camada celular externa, o TROFOBLASTO, que 
forma a parte embrionária da placenta. Se desenvolve no 
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saco coriônico externo que circunda o feito e a face fetal da 
placenta, local de troca de nutrientes e resíduos entre a mãe 
e o feto. 
 Um grupo de blastômeros localizados centralmente, o 
EMBRIOBLASTO (massa interna), que formará o embrião. 
 
Uma proteína imunossupressora, o fator de gestação inicial, é 
secretada pelas células trofoblásticas e aparece no soro materno cerca 
de 24 a 48 horas após a fecundação. O fator de gestação inicial é a 
base do teste de gravidez durante os primeiros 10 dias de 
desenvolvimento. O embrioblasto agora se projeta para a cavidade 
blastocística e o trofoblasto forma a parede do blastocisto. Depois 
que o blastocisto flutuou pelas secreções uterinas por 
aproximadamente 2 dias, a zona pelúcida gradualmente se degenera 
e desaparece, o que permite o rápido crescimento do blastocisto. 
Enquanto está flutuando no útero, o blastocisto obtém nutrição das 
secreções das glândulas uterinas. Aproximadamente 6 dias após a 
fecundação (dia 20 de um ciclo menstrual de 28 dias), o blastocisto 
adere ao epitélio endometrial, normalmente adjacente ao polo 
embrionário. Logo que o blastocisto adere ao epitélio endometrial, o 
trofoblasto se prolifera rapidamente e se diferencia em duas camadas: 
 
 Uma camada interna, o citotrofoblasto. 
 Uma camada externa, o sinciciotrofoblasto, que 
consiste em uma massa protoplasmática multinucleada 
na qual nenhum limite celular pode ser observado. 
 
 
 
OBJETIVO 2: ENTENDER O PROCESSO DE NIDAÇÃO. 
Em torno de 6 dias, os prolongamentos digitiformes do 
sinciciotrofoblasto se estendem pelo epitélio endometrial e invadem 
o tecido conjuntivo. No final da 1ª semana, o blastocisto está 
superficialmente implantado na camada compacta do endométrio e 
obtém a sua nutrição dos tecidos maternos erodidos. O 
sinciciotrofoblasto, altamente invasivo, se expande rapidamente pelo 
polo embrionário, adjacente ao embrioblasto e produz enzimas que 
erodem os tecidos maternos, possibilitando ao blastocisto se 
implantar no endométrio. As células endometriais também participam 
controlando a profundidade da penetração do sinciciotrofoblasto. Por 
volta de 7 dias, uma camada de células, o hipoblasto (endoderma 
primário), aparece na superfície do embrioblasto voltada para a 
cavidade blastocística. A implantação do blastocisto termina durante 
a 2ª semana. Ela ocorre durante um período restrito entre 6 e 10 dias 
após a ovulação e a fecundação. Conforme o blastocisto se implanta, 
mais o trofoblasto entra em contato com o endométrio e se diferencia 
em duas camadas: 
 
 Uma camada interna, o citotrofoblasto, que é 
mitoticamente ativa e forma novas células que migram 
para a massa crescente de sinciciotrofoblasto, onde se 
fundem e perdem as membranas celulares. 
 O sinciciotrofoblasto, uma massa multinucleada que se 
expande rapidamente, na qual nenhum limite celular é 
visível. É erosivo e invade o tecido conjuntivo endometrial 
enquanto o blastocisto vagarosamente vai se 
incorporando ao endométrio. As células 
sinciciotrofoblásticas deslocam as células endometriais no 
local de implantação. As células endometriais sofrem 
apoptose (morte celular programada), o que facilita a 
invasão. 
 
 
Os mecanismos moleculares da implantação envolvem a 
sincronização entre o blastocisto invasor e um endométrio receptivo. 
As microvilosidades das células endometriais, as moléculas de adesão 
celular (integrinas), citocinas, prostaglandinas, hormônios 
(gonadotrofina coriônica humana [hCG] e progesterona), fatores de 
crescimento, enzimas de matriz extracelular e outras enzimas 
(metaloproteinases de matriz e proteína quinase A) têm o papel de 
tornar o endométrio mais receptivo. Além disso, as células 
endometriais ajudam a controlar a profundidade de penetração do 
blastocisto. As células do tecido conjuntivo ao redor do local da 
implantação acumulam glicogênio e lipídios e assumem um aspecto 
poliédrico (muitos lados) e algumas (células deciduais), se degeneram 
nas proximidades do sinciciotrofoblasto, que as usa essas como uma 
rica fonte de nutrientes para o embrião. O sinciciotrofoblasto produz 
um hormônio glicoproteico, o hCG, que entra na circulação sanguínea 
materna através de cavidades isoladas (lacunas). O hCG mantém a 
atividade hormonal do corpo lúteo no ovário, durante a gestação, 
estrutura que secreta estrogênio e progesterona para manter a 
gestação, com o revestimento do útero em um estado secretor, 
evitando a menstruação. Radioimunoensaios altamente sensíveis são 
usados para detectar o hCG e formam a base dos testes de gravidez. 
Uma quantidade suficiente de hCG é produzida no final da segunda 
semana para resultar em um teste positivo, mesmo que a mulher não 
saiba. 
 
Nidação: lá para o 8º/9º dia depois que ocorreu a fecundação. É a 
fixação do blastocisto no endométrio, promovida pelo trofoblasto. O 
blastocisto é formado por um conjunto de células externas, o 
trofoblasto e células mais internas que dão origem ao embrião em si. 
O trofoblasto se divide em 2 grupos celulares: o sinciciotrofoblasto 
(responsável efetivamente pela fixação, mais interno e promove a 
invaginação no endométrio) e citotrofoblasto (mais externo). O 
sinciciotrofoblasto começa a penetrar no endométrio até um ponto, 
pois a camada muscular não permite a sua passagem – forma, 
futuramente, a placenta do feto. 
 
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O corpo lúteo produz progesterona e por isso é o responsável por 
manter a gestação nas primeiras 10 semanas. Na 11ª/12ª semana a 
placenta já está mais desenvolvida e toma essa função, começando a 
produção de progesterona e o corpo lúteo pode degenerar. A partir 
desse momento, há a formação da DECÍDUA, a camada endometrial 
que é secretiva, responsável pela nutrição do embrião até a formação 
e desenvolvimento da placenta – é uma só, mas a depender o local 
onde se encontra pode ser: basal (parte do endométrio entre o 
embrião e o estrato basal do útero, fornece grandes quantidades de 
glicogênio e lipídios para o embrião e feto em desenvolvimento – mais 
tarde torna-se a parte materna da placenta), marginal, capsular (entre 
o embrião e a cavidade uterina) e parietal (endométrio modificado 
remanescente que reveste as áreas não envolvidas do restante do 
útero). À medida que o embrião e depois o feto aumentam de 
tamanho, a decídua capsular se projeta para a cavidade uterina e se 
funde com a parietal, obliterando a cavidade uterina. Por volta de 27 
semanas, a capsular degenera a desaparece. 
 
A placenta é formada a partir da invaginação do sinciciotrofoblasto: 
há a formação de vilosidades coriônicas aderidas ao endométrio, com 
a consequente formação de toda a estrutura placentária que irá ligar 
o corpo materno ao feto através do cordão umbilical (meio de 
transporte de substâncias da mãe para o feto e vice-versa). Possui uma 
face fetal, voltada para o feto e uma materna, voltada para a mãe. Os 
cotilédones da placenta são as vilosidades coriônicas que ficam 
fixados na parede endometrial, responsável por promover as trocas 
entre as veias e artérias do endométrio para as 2 artérias e para veia 
umbilical. A placenta produz progesterona e fornece nutrição para o 
embrião, além de: 
 
 Favorecer a troca de substâncias entre a mãe e o feto: há o 
transporte de oxigênio da mãe para o feto por meio da 
difusão facilitada, de uma região de maior concentração 
para uma de menor. 
 
A pressão do oxigênio no sangue materno (50mmHg) é diferente da 
fetal (30mmHg), mas mesmo com a pressão menor, o transporte de 
oxigênio no sangue fetal é extremamenteefetivo, por 3 motivos: (1) 
presença da hemoglobina fetal (HB), um tipo de hemoglobina que 
consegue transportar até 50% a mais de oxigênio do que a 
hemoglobina normal (A); (2) concentração maior da HB fetal; e (3) 
duplo efeito Bohr, relacionado à difusão de oxigênio a partir do CO2: 
o sangue que vai do feto para mãe geralmente é um sangue muito rico 
em CO2, tendo uma maior concentração desse gás no sangue da mãe, 
deixando o sangue materno mais ácido, fazendo com que a afinidade 
da hemoglobina com o oxigênio diminua, o que faz com que saia do 
sangue da mãe e passe para o sangue fetal. Há também a passagem 
da mãe para o feto de proteínas, nutrientes e eletrólitos (sódio, 
potássio, cloreto, ácidos graxos, glicose) e a passagem do feto para a 
mãe de produtos de excreção, como o CO2, ureia e creatinina (os dois 
últimos são escórias nitrogenadas). 
 
REGULAÇÃO HORMONAL DURANTE A GESTAÇÃO. 
Os principais hormônios produzidos pela placenta são: estrogênios e 
progesterona, gonadotrofina coriônica humana (HCG) e 
somatomamotropina coriônica humana. 
 
O HCG é um hormônio produzido pelo trofoblasto e é possível ser 
detectado no sangue materno a partir do 7º dia em que ocorreu a 
fecundação, com o pico de produção acontecendo entre a 10ª-12ª 
semana, onde a placenta já está formada – a dosagem no sangue é 
feita para saber se a mulher está gravida ou não através do beta HCG. 
O HCG tem uma subunidade alfa e uma beta, a alfa é comum a outros 
hormônios como o FSH e a unidade beta é a específica do hormônio. 
Ele é responsável por manter o corpo lúteo funcionante (a 
progesterona produzida por ele é um hormônio pró-gestação, protege 
a gestação e a sua falta pode gerar um aborto) até a formação da 
placenta e estimula as células intersticiais dos testículos nos fetos 
masculinos para que produzam testosterona (auxilia na virilizarão da 
genitália externa masculina, na descida dos testículos até a bolsa 
escrotal). Esses hormônios impedem a menstruação e fazem com que 
o endométrio continue a crescer e armazenar grandes quantidades de 
nutrientes, em vez de se descamar em produto menstrual. Sob a 
influência da gonadotropina coriônica, o corpo lúteo cresce para cerca 
de duas vezes seu tamanho inicial, por volta de um mês depois do 
início da gravidez. O pico de secreção do hCG ocorre na 9ª semana. 
Durante o quarto e o quinto mês de gestação, os níveis de hCG 
diminuem acentuadamente e, em seguida, zeram até o parto. 
 
O cório começa a secretar estrogênios após as primeiras 3 ou 4 
semanas de gestação e progesterona por volta da sexta semana. Esses 
hormônios são secretados em quantidades crescentes até o momento 
do nascimento. A secreção contínua de estrogênios e progesterona 
mantém a natureza decidual do endométrio uterino, o que é 
necessário para o desenvolvimento inicial do feto. Se o corpo lúteo for 
removido antes de aproximadamente sete semanas de gestação, 
quase sempre ocorrerá aborto espontâneo, às vezes até a 12ª semana. 
Depois dessa época, a placenta secreta quantidades suficientes de 
progesterona e estrogênios para manter a gravidez pelo restante do 
período gestacional. O corpo lúteo involui lentamente depois da 13ª-
17ª semana de gestação. A placenta, assim como o corpo lúteo, 
secreta tanto estrogênios quanto progesterona. Os estrogênios 
também relaxam os ligamentos pélvicos da mãe, assim as articulações 
sacroilíacas ficam relativamente maleáveis; e a sínfise pubiana, 
elástica. Essas mudanças facilitam a passagem do feto pelo canal de 
parto. A progesterona além de ser secretada em quantidade 
moderada pelo corpo lúteo no início da gravidez, é secretada 
posteriormente em quantidades enormes pela placenta. Os efeitos 
especiais da progesterona, essenciais à progressão normal da 
gravidez, são: 
 
 Desenvolvimento de células deciduais no endométrio uterino. 
 Diminuição da contratilidade do útero grávido, evitando aborto 
espontâneo. 
 Contribui para o desenvolvimento do concepto mesmo antes da 
implantação, pois aumenta as secreções das trompas de Falópio 
e do útero. 
 Ajuda o estrogênio a preparar as mamas da mãe para a lactação. 
 
A PROGESTERONA é responsável pela nutrição do embrião 
inicialmente e reduz a contratilidade o útero para manter a gestação. 
Os estrogênios não são produzidos diretamente pela placenta, são 
formados a partir da conversão dos androgênios das adrenais da mãe 
e do feto, promovendo o aumento das mamas e estrutura ductal, do 
útero, da genitália externa no final da gestação e relaxa os ligamentos 
pélvicos da mãe, importante no momento do parto. Durante a 
gestação os níveis de progesterona estão aumentados e quando 
começa o final da gestão para o momento do parto há uma troca, com 
o aumento dos estrogênios e diminuição da progesterona. A 
somatomamotropina coriônica humana não tem uma função muito 
bem estabelecida e começa a ser secretada na 5ª semana de gestação 
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e aumenta progressivamente ao longo da gravidez. Auxilia no 
desenvolvimento das mamas, atua mais ou menos como o GH (pode 
estimular o crescimento e proliferação de alguns tecidos fetais) e 
reduz a sensibilidade da mão à insulina, disponibilizando uma maior 
quantidade de glicose para o feto o que é bom, mas também pode 
promover o início de um diabetes melito gestacional. 
 
Outras glândulas envolvidas: na gestação há o aumento da hipófise 
anterior, com a inibição do FSH e LH (feedback negativo pela elevação 
do estrogênios e progesterona) e secreção de ACTH (corticotropina, 
aumento de glicorticoides com mobilização de aminoácidos do 
organismo materno para a formação de alguns tecidos fetais e 
aldosterona que aumenta a retenção hídrica de saís e água, com o 
aumento do volume plasmático), TSH (tireotropina, aumento de T3 e 
T4 e da secreção das paratireoides (paratormônio) que aumenta a 
reabsorção óssea, tirando o cálcio do osso materno e jogando na 
circulação sanguínea para ir para a circulação fetal e formar os ossos 
do feto) e prolactina (estimula a produção de leite). A relaxina, um 
hormônio produzido inicialmente pelo corpo lúteo do ovário e depois 
pela placenta, aumenta a flexibilidade da sínfise púbica e dos 
ligamentos das articulações sacroilíaca e sacrococcígea e ajuda a 
dilatar o colo do útero durante o trabalho de parto. Ambas as ações 
facilitam o nascimento do recém-nascido. 
 
DIFERENCIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL E EMBRIONÁRIA. 
 
A idade gestacional é o tempo decorrido a partir do início do último 
período menstrual da mulher, geralmente contato em semanas e dias 
e não é a idade embriológica real do feto – estimativas da IG podem 
basear-se em: períodos menstruais, data da concepção, 
ultrassonografia fetal e parâmetros físicos após o nascimento. A idade 
embriológica é o tempo decorrido desde da data da concepção. Por 
convenção (e supondo um ciclo menstrual de 28 dias), a idade 
embriológica é 2 semanas menos que a idade gestacional. As mulheres 
podem estimar com maior precisão da data da concepção com base 
no período de ovulação como identificado por testes hormonais em 
casa e medições da temperatura corporal basal. 
 
A gravidez é convencionalmente calculada em semanas, a partir do 
primeiro dia da última menstruação. A idade gestacional (ou tempo de 
gravidez) terá que ser contada em semanas e não em meses. A idade 
gestacional, quando calculada com base na última menstruação, 
pressupõe que a ovulação e a concepção aconteceram cerca de 14 dias 
depois da última menstruação. Isto realmente ocorre na maioria dos 
casos. Para mulheres que tem ciclos menstruais irregulares ou que não 
ovulam no 14º dia do ciclo, possivelmente o cáculo da idade 
gestacional será realizado com base no primeiro exame de ultrassom 
da gravidez, pois quanto mais precoce for o exame menor é a margem 
de erro. Isto pode causar um pouco de confusão para aquelas 
pacientes que tentam estabelecer a data aproximada da concepção 
com base na idade gestacional. Quando a menstruação está atrasadaem 2 semanas (numa mulher com ciclo de 28 dias), a idade gestacional 
será de 6 semanas. Mas isto não significa que a paciente está gravida 
há 6 semanas, pois a concepção aconteceu cerca de 14 dias após o 
início da última menstruação. Dessa forma, a concepção ocorre por 
volta da “2 semanas de gestação”. Assim sendo, se você está com 6 
semanas de gestação a concepção ocorreu há 4 semanas (sempre 2 
semanas a menos que a idade gestacional).

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