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Habilidades e estilos de aprendizagem- DeAquiino

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Prévia do material em texto

Carlos Tass o Eira DeAquino 
Como 
aprexder 
Andragogia e as habilidades de aprendizagem 
CW 
PEARSON ALWAYS LEARNING 
2008 by Carlos Tasso Eira DcAquino 
Todos os direitos reservados. Nenhunma parte desta publicação poderá 
ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, 
eletronico ou mecânico, incluindo lotocópia, gravação ou qualquer outro tipo 
de sistema de armazenamento c transniss�o de informação, sem prévia autorização, 
por eserito, da Pearson Education do Brasil. 
Gerente editorial: Roger Trimer 
Editora sênior: Sabrina Cairo 
Editora de desenvolvimento: Josie Rogero 
Editora de texto: Sheila Fabre 
Preparação: Arlete Sousa 
Revisão: Maria Aiko Nishijima e Thaís Richter 
Capa: Alexandre Mieda 
Editoração eletrônica: Figurativa Editorial MM Ltda. 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) 
DeAquino, Carlos Tasso Eira 
Como aprender: andragogia e as habilidades de aprendizagem/ Carlos Tasso Eira 
DeAquino.- 1. ed.- São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. 
ISBN 978-85-7605-158-9 
1. Aprendizagem - Habilidade 2. Educação de adultos 
3. Ensino 4. Pedagogia 5. Sala de aula -Direção I. Título. 
07-6726 CDD-371.102 
Indice para catálogo sistemático: 
1. Ensinoe aprendizagem: Técnicas: Educação 371.102 
4 reimpressão - agosto 2012 
Direitos exclusivos para a língua portuguesa cedidos à 
Pearson Education do Brasil Ltda., 
uma empresa do grupo-Pearson Education 
Rua Nelson Francisco, 26 
CEP 02712-100 São Paulo - SP- Brasil 
Fone: 11 2178-8686- Fax: 11 2178-8688 
vendas@pearson.com 
TEXTO 10 
-
4 Habilidades e estilos de aprendizagem 
4.1 Considerações iniciais 
No Capítulo 2, foi discutido o contínuo pedagógico-andragógico de aprendizagem e 
apresentada uma breve descrição de fatores que poderiam influenciar no posicionamen- 
to correto de um determinado grupo de aprendizes nesse intervalo. Dentre esses fatores, 
foi incluído o estilo de aprendizagem dos alunos e mencionada a variedade existente 
nos grupos e a necessidade dos educadores de criar consciência dessa diversidade e de 
se preparar adequadamente para ela. O Capítulo 4 tem como objetivo discutir de modo 
detalhado os estilos de aprendizagem e seus impactos. 
Mas, afinal, o que é um 
estilo de aprendizagem? 
Estilos de aprendizagem representam as competências pessoais dos aprendizes para 
processar informação em um ambiente de aprendizado. Cada indivíduo tem sua própria 
capacidade para receber e processar informação, que pode ser resultante de experiências 
prévias ou de outros fatores cognitivos. 
De acordo com MacKeracher' estilos de aprendizagem podem ser vistos como um 
meio pelo qual as pessoas: 
Coletam informação. 
.Selecionam certas informações para posterior processamento. 
Usam significados, valores, habilidades e estratégias para solucionar problemas, 
tomar decisões e criar novos significados. 
Por que 'devemos nos 
preocupar com isso? 
Imagine a seguinte situação: 
Umapessoa tenta se comunicar com alguém de outro país, alguém que fale uma lín- 
gua diferente e'que n�o é dominada por essa pessoa. Se você já presenciou tal situação, 
Capftulo 4| Habilidades e estilos de aprendizagem 45 
provavelmente notou a pessoa tentar uma ou muitas das seguintes táticas, na tentativa de 
Superar a barreira da língua e solicitar 
Fale mais alto! 
Fale mais devagar! 
Tente soletrar! 
Use sinais! 
..e finalmente desistir!
Alguma dessas táticas resolve o problema? Provavelmente não. N�o importa o 
quão intensamente tentamos, se não dominarmos a língua falada por outra'pessoa, a 
comunicação será impossível. É desnecessário dizer que esse fator também se aplica a 
outras áreas. por exemplo, a aprendizagem. Se sua linguagem pessoal não for conhe- 
cida-no caso do aprendizado essa linguagem é representada pelo estilo preferencial 
de cada aprendiz-as chances de criar sinergia e formar algum entendimento signi- 
ficativo conjunto são bastante remotas. Déssa maneira, a aprendizagem fica bastante 
prejudicada. 
4.2 Estilos de aprendizagemeo aprendizado em sala de aula 
O problema maior enfrentado na educação superior hoje em dia é que a maioria 
dos educadores falha em reconhecer a importância em se entender a "linguagem' dos 
aprendizes. Essa falta de consciência e preocupação em entender as outras pessoas cria, 
muitas vezes, estereótipos em anmbientes educacionais, de maneira que algumas pessoas 
muitas vezes são rotuladas de 'despreparadas' ou incapazes' por estarem sujeitas a um 
único estilo de transmissão de conhecimento que não é o seu. 
E necessário, portanto, conhecer os diferentes estilos de aprendizagem existentes
para evitar uma má sintonia entre facilitadores e aprendizes. Como já dito, o estilo de 
aprendizagem representa a maneira preferencial de um indivíduo aprender. Quando o 
estilo do facilitador está alinhado ao do aprendiz, este vivencia, normalmente. grande 
satisfação e atitude mais positiva em relação à disciplina ou ao curso do qual ele par- 
ticipa. Entretanto, ainda existe bastante controvérsia quanto ao grau em que os estilos 
de aprendizagem afetam efetivamente a capacidade de um aprendiz em se sair bem 
nos estudos. 
Uma falta de alinhamento entre o estilo do facilitador e o dos aprendizes pode resultar 
em sérios problemas no processo de aprendizagem. Considere uma situação hipotética em 
que os aprendizes prefiram aprender por meio de trabalhos individuais e leituras, mas o 
facilitador prefere trabalhos em grupo. Aparentemente, se for considerado que a opção do 
facilitador está mais alinhada a uma postura andragógica, considerada, na maioria das ve- 
zes, a melhor para aprendizes adultos, então a expectativa óbvia seria a de grande eficácia no aprendizado, mas o mais provável é que se tenha um resultado ruim. 
46 Como aprender: andragogia e as habilidades de aprendizagem 
EXISte uma tendência natural das pessoas em supor que todo o resto do mundo apren- 
de da mesma forma que elas. Se, ao escolher uma determinada técnica de implementd-
çao de aprendizagem, o facilitador considerar somente seu estilo pessoal e/ou conduzir 
processo de aprendizagem focando simplesmente a sua forma preferencial de coletar 
e processar informações, ele poderá perder uma boa oportunidade de atingir um grupo 
maior de aprendizes, principalmente aqueles que tenham estilos preferenciais de apren- 
dizagem diferentes do seu. 
Um alinhamento mais bem-sucedido entre estilos de aprendizagem e educação pode 
ser resultante de três iniciativas diferentes: 
A primeira iniciativa consiste em identificar o estilo preferencial dos indivíduos 
envolvidos em um processo de aprerndizagem e então adaptar o modo de treinar a 
essas preferências e aos pontos fortes das pessoas envolvidas no aprendizado. ODs 
perfis dos aprendizes podem ser construídos usando-se diferentes instrumentos de avaliação de estilos de aprendizagem, dos quais três são tratados neste capítulo. 
Uma segunda maneira é agir de acordo com o estilo preferencial dos aprendizes e preparar o treinamento em função de estilos que sejam opostos a estes, de forma 
a fortalecer os pontos fracos deles. Esta abordagem apresenta resultados bastante 
controversos sobre sua eficácia. 
A terceira abordagem implica usar dliferentes métodos instrucionais e mídias no 
projeto do curso ou na disciplina como um todo, em vez de tentar identificar o estilo preferencial dos indivíduos. Esta abordagem representa uma tentativa de 
atingir todos os aprendizes, com seus diferentes estilos de aprendizagem, supon- do que cada um descobrirá no curso algo de importante para si. 
4.3 Classificaçäo dos estilos de aprendizagem 
A pesquisa desenvolvida sobre o assunto intensificou-se a partir da última década do século X}X; gerando, com isso, numerosas formas de categorizar os estilos de aprendiza- gem. NoCapítulo 1 discutiu-se a existência dos domínios de aprendizagem: o cognitivo, o físico eo emocional. Muitos instrumentos de avaliação dos estilospreferenciais de aprendizagem foram desenvolvidos com base em um único desses domínios, enquan- to outros, com um caráter mais integrador e transdisciplinar, englobam características determinantes de mais de um domínio e por isso são conhecidos como transversais integradores. 
Instrumentos de avaliação de estilos físicos de aprendizagem enfatizam o uso pre ferencial de um único sentido ao se aprender: visão, audição ou toque/movimento. Por exemplo, algumas pessoas podem se sentir mais confortáveis em ouvir uma informação que deve,ser coletada para objetivos de aprendizado. Nesse caso, elas podem ser descri- tas como aprendizes possuidores de um estilo de aprendizagem auditivo. Um aprendiz com estilo preferencial visual, por outro lado, aprenderia melhor se estivesse lendo a 
Capituio 4 Habilidades e estilos de aprendizagem 47 
mesma informação. O que se quer concluir com a aplicação desses instrumentos é que 
a maioria dos adultos tem uma forte preferência de sentido sobre os outros, no que con- 
cerne à coleta e ao processamento de informação. 
Outro tipo de instrumento de avaliação, o de estilos cognitivos de aprendizagem, leva 
em conta o modo preferencial de pensar do aprendiz, com base em diversos aspectos do 
domínio cognitivo. 
Neste livro, nosso foco concentra-se em dois instrumentos cognitivosd um transver 
sal, listados a seguir. 
Cognitivos 
Delineador de Estilos, de Anthony Gregorc 
LSI (Instrumento de Avaliação de Estilos de Aprendizagem), de David Kolb 
Transversais 
Inteligências multiplas, de Howard Gardener 
"Adultos desenvolvem, naturalmente, formas particulares e organizadas de focar, 
coletar e processar informação. O conjunto delas pode ser chamado de estilo cogni- 
tivo e supoe-se que ele permaneça relativamente imutável e consistente ao longo de 
toda a fase adulta de cada pessoa.'" 
Autor desconhecido 
4.4 Instrumentos cognitivos 
4.4.1 Delineador de Estilos de Anthony Gregorc 
Um exemplo de instrumento de avaliação de estilo cognitivo especialmente relevante 
para o conceito do contínuo pedagógico-andragógico é o Delineador de Estilos de Gre 
gorc. Seu idealizador, Anthony Gregorc. que é profossor e pesquisador da área de educa- 
ção, baseou seu instrumento de avaliação dos estilos de aprendizagem emn sua pesquisa 
sobre hemisférios cerebrais. Os estilos mensurados por seu delineador caracterizam um 
intervalo contínuo, e não posições polarizadas, como outros instrumentos adotam. 
Em seu trabalho, Gregorc identifica dois principais processos cognitivos envolvidos 
noprocesso de aprendizagem, para os quais os aprendizes apresentam preferências pes- 
soais: 
Percepção da informação. 
Organização da informação. 
Considerando inicialmente a dimensão de percepção da informação, o instrumento 
sugere que nosso cérebro trabalhe em um intervalo que vai do concreto ao abstrato (Fi- 
gura 4.1). Os aprendizes que se posicionam mais próximos à extremidade concreta do 
48 Como aprender: andragogia e as habilidades de aprendizagem 
intervalo utilizam extensivamente seus sentidos e preferemo uso de muitos exemplos 
para ilustrar conceitos, assim como desejam obter produtos concretos e tangiveis como 
resultados de sua aprendizagem. Por outro lado, os aprendizes que têm uma postura 
mais próxima da extremidade abstrata deste contínuo fazem uso da razão e da intuição 
e interessam-se mais pelo processo de aprendizagem em si do que propriamente por 
algum produto resultante dele. 
No que concerne à dimens�ão de organização da informação, o cérebro trabalha 
também ao longo de um contínuo, que varia de uma extremidade seqüencial a outra 
randômica ou aleatória. Assim, alguns aprendizes preferem ter o material de apren- 
dizagem apresentado de maneira seqüencial e linear, ou seja, passo a passo. Essas 
pessoas são conhecidas como aprendizes seqüenciais. Por outro lado, outros alunos 
preferem uma abordagem mais holística ou global, ou seja, a seqüência em que a 
informação é apresentada é mènos importante para eles. Contanto que a informação 
chegue até eles, a ordem não importa. Esses aprendizes são conhecidos como rando 
micos ou aleatórios 
Com base nas preferências pessoais nessas duas dimensões do processo de aprendi- 
zagem, Gregorc identificou quatro estilos cognitivos preferenciais:
Concreto-seqüencial (CS). 
Abstrato-seqüencial (AS). 
Concreto-aleatório (CR). 
Abstrato-aleatório (AR). 
Aprendizes com estilo CS (Concreto-Seqüencial) 
Características gerais: 
Precisam contar com uma abordagem estruturada para conseguir aprender. 
FiGURA 4.1; lnstrumento de Gregorc. 
PERCEPÇÃO DA INFORMAÇ 
abstrato concreto 
ORGANIZAÇ�O DA INFORMAÇÃO 
aleatório seqüencial 
Fonte: adaptado de GREGORC, A. Gregorc style delineator. Columbia, CT: Gregorc Associates, Inc. 
Capitulo 4 Habilidades e estilos de aprendizagem 49 
Cronogramas específicos e requisitos detalhadamente descritos para os cursos 
nos quais estão matriculados são extremamente importantes para eles. 
E necessário que sejam definidas expectativas claras de desempenho. 
Eles se sentirão mais confortáveis se os trabalhos forem conduzidos passo a 
passo, com um esquema de validação contínua ao longo de todo o processo e 
com a utilização de exemplos da vida real. 
Técnicas de aprendizagem mais indicadas: 
Cadermos de atividades, com instruções detalhadas. 
Diagramas. 
Fluxogramas. 
E-learning. 
Documentação extensiva. 
Atividades práticas. 
Aprendizes com estilo AS (Abstrato-Seqüencial) 
Caracterfsticas gerais: 
Sentem-se extremamente confortáveis em ambientes academicos e, normal- 
mente, saem-se muito bem em seus estudos universitários, em pesquisa e na 
aprendizagem com livros. Seu lema é'conhecimento é poder'. 
Trabalham melhor de modo independente e preferem materiais bem organi- 
zados. 
Gostam de abordagens escritas, verbais.e visuais de aprendizagem, porém 
têm muita dificuldade em entender dicas não verbais sutis e n�o gostam de 
distrações. 
São muito céticos. Só aceitam mudanças após muita discussão e deliberação. 
Técnicas de aprendizagem mais indicadas: 
Aulas expositivas. 
Leitura. 
Pesquisas na Internet. 
Outras maneiras que permitam que o aprendiz tenha tempo para refletir sobre 
suas reações. 
Aprendizes com estilo CR (Concreto-Aleatório) 
Características gerais: 
Podem trabalhar com mesmo desempenho tanto em grupos como individual 
mente e precisam de experiências concretas para reforçar seu aprendizado. 
Dificilmente se sentem confortáveis em ambientes acadêmicos e em situações 
nas quais haja autoridade externa, uma vez que sentem muita necessidade de 
experiências abertas e vivenciais de aprendizagem. 
São pensadores divergentes e implementadores de mudanças, com grande ten- 
dência à impulsividade. 
. 
50 Como aprender: andragogia e as habilidades de aprendizagem 
Preferem uma abordagem de aprendizagem do tipo 'tentativa e errTo'. 
Preferem liberdade de escolha e um ambiente bastante encorajador e 
estimu- 
lante, que valorize a competição, principalmente quando podem 
usufruir de 
suas vitórias. 
Técnicas de aprendizagem mais indicadas 
Estudos independentes. 
Jogos e simulações. 
Atividades mais participativas. 
Atividades radicais aplicadas ao desenvolvimento de habilidades. 
Aprendizes com estilo AR (Abstrato-Aleatório) 
Características gerais: 
Os relacionamentos desempenham papel fundamental para uma aprendiza- 
gem eficaz, o que faz com que eles trabalhem melhor em grupos. 
Gostam de interagir com outros aprendizes e pessoas e, por iss0, podem se 
sentir desconfortáveis com uma modalidade de educação a distância, por ela 
não incluir o envolvimento emocional das reuniðes presenciais. 
Aprendem melhor com o esclarecimento de seu pensamento por meio de dis- 
cussões com outras pessoas, além de estarem constantemente avaliando expe- 
riências pessoais. 
Trabalham com afinco para obter a aprovação de seus facilitadores. 
Em termos acadêmicos, esses aprendizes podem responder muito bem a mé- 
todos visuais de aprendizagem, discussõesem grupo e tempo para refiexão. 
Técnicas de aprendizagem mais indicadas: 
Vídeos. 
Discussão em grupos. 
Videoconferência. 
Estudos de caso. 
Salas de discussão (Internet). 
Palestras de convidados. 
O delineador de estilos de Gregorc é extremamente útil para ajudar a identificar onde 
os aprendizes se posicionam ao longo do contínuo pedagógico-andragógico 
discutido 
no Capítulo 2. Por exemplo, um aprendiz que tenha um estilo fortemente CS terá pro- 
blemas com a aprendizagem facilitada, enquanto unm aprendiz de 
estilo CR apresentará 
dificuldade de aprender se a abordagem ou técnicas de implementação utilizadas no 
processo de aprendizagem estiverem mais próximas da 
extremidade pedagógica do in- 
tervalo. 
Exi_tem muitos outros instrumentos cognitivos, mas um 
também amplamente utili- 
zado é o LSI (Learning Styles Inventory), 
desenvolvido por David Kolb?. 
Capitulo 4| Habilidades e estilos de aprendizagem 51 
4.4.2 LSI de David Kolb 
O instrumento L.SI de avaliação de estilos cognitivos de aprendizagem foi desenvol 
vido por David A. Kolb, professor e pesquisador da Case Western, com base na teoria da 
Aprendizagem Vivencial, discutida no Capítulo 3. De acordo com Kolb?, os.aprendizes 
têm duas dimensões preferenciais para lidar com a informação: 
Concreta ou abstrata. 
Por meio de reflexão ou de atividade. 
Combinando-se essas duas dimensões, chega-se a quatro modos de aprendizado, que 
representam as quatro etapas da Teoria de Aprendizagem Vivencial: 
Conceitualização abstrata (CA): aprende-se pensando. 
Experimentação ativa (EA): aprende-se fazendo. 
Experiência concreta (EC): aprende-se sentindo. 
Observação reflexiva (OR): aprende-se refletindo, observando e escutando. 
Os quatro modos de aprendizado podem ser combinados para criar quatro estilos 
de aprendizagem, cada um deles representando a combinação de dois modos de apren 
dizado, como se fossem quadrantes dentro de uma circunferência de aprendizagem, 
conforme mostrado na Figura 4.2. 
Divergente (EC e OR). 
Assimilador (CA e OR). 
Convergente (CA e EA). 
Acomodador (EC e EA). 
FiGURA 4.2 Instrumento de Kolb. 
EC 
Acomodador Divergente 
EA OR 
Convergente Assimilador 
CA 
Fonte: adaptado de 0SLAND, J. S.; KOLB, D. A.; RUBIN, I. M. Organizational behavior: an experimental approach. 7. 
ed. Upper Saddle River: Prentice Hal, 2001. 
52 Como aprender: andragogla e as hablidades de aprendizagem 
Aprendizes com estilo divergente (modo 1) apresentam as seguintes caracteristicas 
gerais: 
Gostam de atividades imaginativas e inovadoras. 
Geram ampla gama de idéias e discussões. 
São sensíveis aos sentimentos das outras pessoas e aos seus próprios. 
Identificam problemas e coletam informações relevantes com faciliclade. 
Envolvem-se de maneira pessoal no processo de aprendizagem. 
.Gostam de atividades em grupo. 
Este estilo também é conhecido como 'modo 1' ou 'estilo do por quê?' pelo fato de 
Os aprendizes desejarem freqüentemente saber o porquê de aprender. Eles buscam um 
propósito para a informação coletada e uma conexão pessoal com o seu conteúdo. Os 
aprendizes querem saber a lógica por trás dessa ação e a ligação do novo conhecimento 
ou habilidade com o que já está consolidado dentro deles. 
O aprendiz pode apresentar resultados eficazes de aprendizagem se o educador atuar 
como um motivador e se as seguintes técnicas forem usadas no process0: 
Estudos independentes. 
Buscas na Internet. 
Grande número de exemplos. 
Atividades de auto-avaliação. 
Para desenvolver habilidades de aprendizagem do modo 1, aprendizes com outros 
estilos devem praticar: 
Sensibilidade quanto aos sentimentos das pessoas. 
Sensibilidade quanto aos valores. 
Capacidade de ouvir com a mente aberta. 
Coleta de informações. 
Aprendizes com estilo assimilador apresentam as seguintes características gerais: 
.Gostam de idéias e conceitos abstratos. 
Criam modelos conceituais. 
Desenham experimentos. 
Capitulo 4I Habilidades e estilos de aprendizagem 3 
Resolvem problenaas, freqüentemente considerando soluções alterna�ivas. 
.Gostam de ler, refletir e participar de atividades estruturadas. 
Analisam informação quantitativa. 
Este estilo também é conhecido como 'modo 2' ou 'estilo do o quê?' pelo fato de os 
aprendizes gostarem de coletar informação. Quando aprendem, eles querem conhecer 
fatos críticos, saber o que os especialistas têm a dizer sobre o assunto. De maneira geral, 
procuram uma teoiia ou modelo para explicar o que está acontecendo. 
Melhores resultados, em termos de aprendizagem, são obtidos neste grupo se o edu 
cador atuar como um especialista e os seguintes aspectos forem respeitádos 
Uso de uma abordagem sistemática. 
Presença de orientações detalhadas. 
Uso opcional de instrução assistida por computador. 
Para desenvolver habilidades de aprendizagem do modo 2, aprendizes com outros 
estilos devem praticar 
Organização de informações. 
Construção de modelos conceituais. 
Teste de teorias e idéias. 
Análise de dados quantitativos. 
Aprendizes com estilo convergente apresentam as seguintes características gerais: 
Gostam de encontrar utilizações práticas para idéias e teorias e de pôr a 'mão na 
massa'. 
Avaliam conseqüências e selecionam soluções para problemas identificados. 
Gostam de receber objetivos claros em uma seqüência l1ógica para a execução de 
atividades e são capazes de seguir passos seqüenciais detalhados. 
Sentem-se confortáveis com abordagens do tipo 'tentativa e erro'. 
Não apresentam bom desempenho em situações que envolvam habilidadese rela 
cionamentos interpessoais. 
Este estilo também é conhecido como 'modo 3' ou 'estilo do como?" pelo fato de 
OS aprendizes deste grupo freqüentemente perguntarem: "Como isso funciona?", 'Essa 
idéia faz sentido?", 'Como eu posso usar isso? Vai funcionar. Eles querem aplicar e 
testar teorias e modelos por conta própria. 
54 Como aprender: andragogia e as habilidades de aprendizagem 
Melhores resultados, em termos de aprendizagem, são obtidos neste grupo 
se o eau- 
cador atuar como um 'coach', oferecendo prática orientada e feedback, 
e as seguintes 
técnicas forem utilizadas: 
. Uso de simulações. 
Seleção de fontes de informação. 
Presença de palestrantes convidados. 
Relação do material aprendido com aplicações claras no 'mundo real'. 
Para desenvolver habilidades de aprendizagem do modo 3, aprendizes com outros 
estilos devem praticar: 
Criação de novas formas de pensar e agir. 
Vivência de novas idéias. 
Escolha de uma melhor solução para um problema. 
Definição de metas. 
Tomada de decisões. 
Aprendizes com estilo acomodador apresentam as seguintes características gerais: 
Gostam de experiências práticas. 
Têm uma postura propícia para a aprendizagem ativa. 
São implementadores de soluções. 
Assumem riscos e se sentem confortáveis com a busca de soluções com base 
tentativae erro. 
São flexíveis e compartilham informações com outras pessoas. 
Não gostam de estrutura e autoridade. 
Trabalham bem com outras pessoas e se destacam quando assumem posiçðes de 
liderànça. 
Este estilo também é conhecido como 'modo 4' ou 'estilo do e se?' pelo fato de gran- 
de parte dos aprendizes ficar entusiasmada em ir além do que foi dado em sala de aula. 
Eles querem adaptar o que foi aprendido para uma nova situação, ambiente ou questão. 
Querem que a aprendizagem possa fazer a diferença em algunma área com a qual se 
preocupem. As perguntas normalmente feitas sãdo: 'e se nós tentássemos..." e 'o que 
aconteceria se combinássemos..." 
O aprendiz pode apresentar resultados eficazes de aprendizagem se o educador ficar 
fora do caminho, maximizando oportunidades para os alunos descobrirem as coisas por 
conta própria é se as seguintes técnicas forem utilizadas no processo: 
Capítulo 4 Habilidades e estilos de, aprendizagem 55 
Atividades do tipo role-play. 
Discussão em classe. 
Debates. 
Apresentações. 
Interação entre colegas de classe. 
Participação em storytelling. 
Para desenvolverhabilidades de aprendizagem do modo 4, aprendizes ¢óm outros 
estilos devem praticar 
Comprometimento pessoal com objetivos e metas. 
Busca de novas oportunidades. 
.Influência e liderança sobre outras pessoas. 
Envolvimento pessoal. 
Interação com pessoas. 
No Quadro 4.1, no final deste capítulo, será apresentado 
um modelo simplificado do 
instrumento de Kolb, para ilustrar a formulação aqui demonstrada. 
4.5 Instrumentos transversais ou integrados 
A maioria dos instrumentos de avaliação de estilos de aprendizagem 
tem sido critica 
da por focar somente um domínio 
da aprendizagem. No entanto, na década de 1980, um 
pesquisador da Harvard School of Education, 
Howard Gardner4, desenvolveu e apre- 
sentou um novo instrumento, que acabou se tornando 
bastante popular no mundo todo, 
o qual possibilita a avaliação de aprendizagem por 
meio das inteligências múltiplas. 
O instrumento avalia sete diferentes tipos de inteligências que 
se espalham pelos três 
domínios. Elas incluem: 
.Verbal-linguística. 
Lógico-matemática. 
.Visual-espacial. 
Corporal-sinestésica. 
Musical-rftmica. 
.Intrapessoal. 
Interpessoal. 
Gardner afirma que, para que uma aprendizagem seja eficaz, 
todas as inteligências 
devem ser consideradas no processo de aprendizagem. 
Embora essa possa ser uma 
56 Como aprender: andragogia e as habilidades de aprendizagem 
arera extremamente complicada para toda e qualquer situação, os educadores devem 
estar conscientes dos tres domínios (físico, cognitivo e emocional) e, tanto quanto 
possível, planejar atividades de aprendizagem que considerem todas elas. 
As inteligências funcionam como uma "lista de verificação' dos tipos de áreas que 
devem ser consideradas de maneira a garantir a obtenção de uma aprendizagem eficaz. 
Atualmente, ainda não há um modo padronizado e universalmente aceito para mensurar 
as inteligências múltiplas, o que torna esta abordagem bastante qualitativa. E importante 
acrescentar que as inteligências podem ser todas desenvolvidas e que algumas delas se 
manifestam em cada um de nós com maior ou menor intensidade, por causa de experi- 
ências anteriores que possamos ter tido, por hereditaricdade ou até mesmo por fatores 
ambientais. 
A inteligência verbal-lingüística representa a capacidade de efetivamente manipular 
a linguagem para se expressar de forma retórica ou poética. Esta inteligência também 
capacita os aprendizes a usar a linguagem como um modo de lembrar informação. Ela 
desempenha um papel importantíssimo no sucesso na vida acadêmica. As atividades 
instrucionais mais relevantes para ajudar a desenvolver esta inteligência são a leitura, a 
escrita e a comunicação mediada por computador. 
A inteligência lógico-matemática representa a capacidade de detectar padrões, de 
racionalizar de forma dedutiva e de pensar de maneira lógica. Esta é outra inteligência 
bastante valorizada pela área acadêmica. Durante muitos anos, as escolas enalteciam 
e mensuravam as pessoas com base em seu QI, uma forma antiga e desatualizada 
de avaliar a inteligência e que se baseia sornente nas inteligências verbal-linguística 
e l6gico-matemática. As atividades instrucionais mais relevantes para ajudar a de- 
senvolver esta inteligência são a resolução de problernas, a programaçãoeo uso de 
planilhas. 
A inteligência visual-espacial representa a capacidade de manipular e criar imagens 
mentais para possibilitar a solução de problemas. As atividades instrucionais mais rele-
vantes para ajudar a desenvolver esta inteligência são a preparação de desenhos e fotos, 
o uso de animação, a criação de imagens mentais, o desenvolvimento de páginas na 
Internet e a imóstra de vídeos. 
A inteligência corporal-sinestésica representa a capacidade de uma pessoa em usar 
suas cap�cidades mentais para coordenar seus próprios movimentos corporais. A ativi 
dade instrucional mais relevante para ajudar a desenvolver esta inteligência são ativida- 
des de role-play. 
A inteligência musical-rítmica representa a competência para reconhecer e compor 
tons e ritmqs musicais. Uma atividade instrucional relevante para ajudar a desenvolver 
esta inteligência seria pedir aos aprendizes para compor uma música ou um tema que 
sumariasse o conteúdo de uma disciplina ou de parte dela. 
A inteligência intrapessoal representa a capacidade de entender os próprios senti- 
mentos e motivações. Ela se relaciona ao quanto estamos conscientes de nossos próprios 
processos de pensamento e emoções. Entre as atividades instrucionais mais relevantes 
57 Capitulo 4 Habilidades e estilos de aprendizagem 
para ajudar a desenvolver esta inteligência estão a preparação e a manutenção 
de um 
diário e a escrita. 
A inteligência interpessoal representa a capacidade de entender os sentimentos 
e as 
intenções das outras pessoas. Ela representa o quanto conseguimos estar bem 
com as 
outras pessoas à nossa volta. Dentre as atividades instrucionais mais. relevantes para 
ajudar a desenvolver esta inteligência podemos incluir as discussões e os projetos 
em 
pequenos grupos e os jogos e simulações didáticos. 
Para finalizar nossa discussão no que se refere à relação das inteligência6 múltiplas 
com a aprendizagem, é importante mencionar uma questão polêmica. Disctute-se muito 
se o educador deve focar no desenvolvimento de uma inteligência por véz, ou se deve 
integrar todas as inteligências durante o processo de aprendizagem. A po[ição de um 
grande número de pesquisadores, que será a defendida neste livro, é que a melhor esco- 
lha seria incluir quantas inteligências diferentes fossem possíveis, para assim aumentar 
a capacidade de aprendizagem dos alunos, porém sem conturbar e/ou confundir o pró- 
prio processo de aprendizagem. 
Quadro 4.1 LSIInstrumento de avaliação de estilo de aprendlizagem. 
Neste instrumento de avaliagão-pessoal David Kolb5 
Neste quadro éapresentada uma versão adap- pede-se que voce complemente as doze-fra 
tada do instrumento LSI, de David Kolb,que pode ses, que descrevem aspectos da aprendizagem. 
ser utilizado para ajudar a identificar os estilos dos Cada frase é acompanhada de quatro possfveis 
aprendizes eñvolvidos em üm processo instruciö-complementos. Para fa~er aste axercicio, con- 
nal. Por causa disso, suá validade será maior se se sidere as.mais recentes situações de aprendi- 
pensar em situações de aprendizado vivenciadas zagem nás quais tenhä se envolvide. Depois, 
atualmente. Essas situações podem ser no traba- classifique os complementos de cada frase de 
Iho, na escola ou em algum outro contexto. 
Sugere-se que sejam gastos alguns minutos modo como você aprendeu. De peso4"' ao com- 
para fazer com que os aprendizes reflitam sobre plemento que mais se aproxima da forma que 
essas situaçes e tomem nota de suas respostas voce aprende melhor e vá diminuindo, até che- 
para as seguintes questões: 
1. Onde você está aprendendo? 
2. Cite algumas coisas importantes que 
você aprendeu no último ano. 
3. Que abordagem você costuma usar para 
novas situações de aprendizagem? 
Após uma discussão sobre as respostas ob- 
tidas, o instrunento poderá, então, ser aplicado, 1. Quando eu aprendo: 
oferecendo-se uma versão impressa do texto a 
seguir. E importante lembrar que o LSI deve ser 
respondido individualmente e sem nenhum tipo 
de consulta a livros e pessoas. 
acordo com o grau que melhor represente o 
gar ao '1', que representará o complemento que 
menos se aproxima. Tenha a certeza de classi- 
ficar todos os complementos para todas as fra- 
ses apresentadas. Use cada valor somente uma 
vez, isto 6., não atribua o mesmo valor para dois 
complementos. 
Gosto de lidar com meus sentimentos. 
Gosto de pensar em idéias. 
Gosto de fazer coisas. 
Gosto de observar e escutar.

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