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TCC - ALIMENTAÇÃO RESIDENCIAL POR SISTEMA HÍBRIDO DE ENERGIA RENOVÁVEL FOTOVOLTAICA E EÓLICA -DAIANA RODRIGUES MENEZES

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DAIANA RODRIGUES MENEZES 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALIMENTAÇÃO RESIDENCIAL POR SISTEMA HÍBRIDO DE 
ENERGIA RENOVÁVEL – FOTOVOLTAICA E EÓLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sorocaba 
2022 
 
 
 
DAIANA RODRIGUES MENEZES 
 
 
 
 
 
ALIMENTAÇÃO RESIDENCIAL POR SISTEMA HÍBRIDO DE 
ENERGIA RENOVÁVEL – FOTOVOLTAICA E EÓLICA 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Faculdade Anhanguera Sorocaba como requisito parcial 
para a obtenção do título de graduado em de Engenharia 
Elétrica. 
 
Orientador (a): Caio Vlvan 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sorocaba 
2022 
DAIANA RODRIGUES MENEZES 
 
 
 
 
 
 
ALIMENTAÇÃO RESIDENCIAL POR SISTEMA HÍBRIDO DE 
ENERGIA RENOVÁVEL – FOTOVOLTAICA E EÓLICA 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Faculdade Anhanguera Sorocaba, como 
requisito parcial para a obtenção do título de 
graduado em Engenharia Elétrica. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
______________________________________ 
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) 
 
 
______________________________________ 
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) 
 
 
______________________________________ 
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) 
 
 
Sorocaba, 26 de novembro de 2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a Deus, pela sua 
infinita misericórdia e por me mostrar 
sempre o melhor caminho a seguir; 
Aos meus pais, Saturnino de Almeida 
Menezes e Ivone Rodrigues Menezes, por 
não medirem esforços, para me ajudar na 
concretização deste tão sonhado e 
batalhado objetivo. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente a Deus que permitiu que tudo isso acontecesse, ao longo da minha 
vida, e não somente neste período como estudante, mas que sempre é o maior mestre 
que alguém pode conhecer e ter. 
Dedico este trabalho a todo o curso de Engenharia Elétrica da Faculdade 
Anhanguera Sorocaba, corpo docente e discente, a quem fico lisonjeado por ele ter feito 
parte. 
Não há exemplo maior de dedicação do que o da nossa família. À minha querida 
família, que tanto admiro, dedico o resultado do esforço realizado ao longo deste percurso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Que os nossos esforços sempre focados 
no desafio à impossibilidade. Todas as 
grandes conquistas humanas vieram 
daquilo que parecia impossível”. 
 
Charles Chaplin 
 
 
MENEZES, Daiana Rodrigues. Alimentação residencial por sistema híbrido de 
energia renovável – fotovoltaica e eólica. 2022. 50 folhas. Trabalho de Conclusão 
de Curso (Graduação em Engenharia Elétrica) – Faculdade Anhanguera Sorocaba, 
2022. 
 
 
RESUMO 
 
A utilização das energias renováveis vem se destacando no cenário mundial e 
brasileiro, sendo ela capaz de proporcionar, para as gerações futuras, significativas 
melhorias no que tange a uma melhor qualidade de vida por meio da preservação 
ambiental e das condições climáticas, favorecendo ainda para suprir as carências 
provenientes da energia elétrica através de uma promoção sustentável. Fazendo com 
que estes meios alternativos renováveis de energia passem a ser utilizado ainda mais 
pela população brasileira, principalmente aquelas provenientes do sistema 
fotovoltaico e eólico, constituindo estas como fontes de energia limpa, sustentável e 
não prejudicial ao meio ambiente. Todavia ressalta-se que a maximização do 
consumo de energia elétrica, a estagnação da produção nas usinas hidrelétricas 
compensadas com o crescimento do consumo de fontes de energia fósseis constitui-
se como fatores que acabam impulsionando a procura por fontes renováveis que 
proporcione a instituição de uma energia mais limpa de maneira que permita a 
compensação das necessidades energéticas sem que haja nenhuma mudança no 
modo de vida da população de uma maneira em geral. Tais transformações 
conseguem ser observadas de forma mais clara nas moradias residenciais, onde que, 
as pessoas vêm procurando por métodos que lhes proporcionem uma maior redução 
dos gastos e a preservação ambiental, dando início assim a um sistema de 
transformação cultural no que tange aos modelos domiciliares de imóveis. Partindo-
se desta perspectiva, o presente estudo vem a apresentar como tema a ser 
desenvolvido: Alimentação Residencial por Sistema Híbrido de Energia Renovável – 
Fotovoltaica e Eólica. Apresentando como objetivo geral o de demonstrar como a 
geração híbrida de energia, por meio dos sistemas fotovoltaicos e eólicos, podem 
contribuir para sanar as necessidades energéticas residenciais. Passando assim a 
utilizar, como forma metodológica de se alcançar o objetivo central proposto, a revisão 
bibliográfica em razão desta propiciar, de uma forma mais qualificada e eficaz, a 
compreensão das pesquisas existentes e, bem como, de obter conclusões mais 
nítidas a partir do tema proposto. Utilizando-se também os métodos qualitativos e 
descritivos na abordagem do tema em si. Resultando na conclusão da viabilidade da 
instalação de um sistema híbrido eólico-fotovoltaico constitui-se de um processo 
capaz de sanar as necessidades residenciais energéticas. 
 
Palavras-chave: Geração híbrida. Sistema fotovoltaico. Sistema eólico. Residencial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MENEZES, Daiana Rodrigues. Residential power supply by hybrid renewable energy 
system – photovoltaic and wind. 2022. 50 sheets. Completion of course work 
(Graduation in Electrical Engineering) – Faculdade Anhanguera Sorocaba, 2022. 
 
ABSTRACT 
 
The use of renewable energies has been standing out more and more in the world and 
in Brazil, being able to provide, for future generations, significant improvements in 
terms of a better quality of life through environmental preservation and climatic 
conditions, favoring yet to meet the needs arising from electricity through a sustainable 
promotion. Making these alternative means of renewable energy to be used even more 
by the Brazilian population, especially those from the photovoltaic and wind system, 
constituting these as sources of clean, sustainable and environmentally friendly 
energy. However, it is noteworthy that the maximization of electricity consumption, the 
stagnation of production in hydroelectric plants, offset by the growth in consumption of 
fossil energy sources, constitute factors that end up driving the search for renewable 
sources that provide the institution of a cleaner energy in a way that allows for the 
compensation of energy needs without any change in the population's way of life in 
general. Such transformations can be observed more clearly in residential housing, 
where more and more people are looking for methods that provide them with a greater 
reduction in expenses and environmental preservation, thus initiating a system of 
cultural transformation regarding to residential real estate models. Starting from this 
perspective, the present study presents as a theme to be developed: Residential 
Power by Hybrid Renewable Energy System - Photovoltaic and Wind. Presenting as a 
general objective to demonstrate how hybrid energy generation, through photovoltaic 
and wind systems, can contribute to meet residential energy needs today. Thus, using, 
as a methodological way to achieve the proposed central objective, the bibliographic 
review, in order to provide, in a more qualified and effective way, the understanding of 
existing research and, as well as, to obtain clearer conclusions from the proposed 
theme. Also using qualitative and descriptive methods in approaching the topic itself. 
Resulting in reaching the conclusion of the feasibility of installing a hybrid wind-
photovoltaic system, it constitutes a process, nowadays, capable of solving residential 
energy needs. 
 
Keywords: Hybrid generation. Photovoltaic system. Wind system. Residential. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
Figura 01 – Processo de geração de energiaelétrica por meio das usinas hidrelétricas 
.................................................................................................................................. 27 
Figura 02 – Componente de um sistema gerador de energia elétrica ..................... 30 
Figura 03 – Parque eólico no Ceará ......................................................................... 34 
Figura 04 – Diagrama de blocos de um sistema híbrido .......................................... 39 
Figura 05 – Sistema híbrido fotovoltaico-eólico residencial isolado ......................... 41 
Figura 06 - Sistema híbrido fotovoltaico-eólico residencial conectado à rede elétrica 
................................................................................................................................... 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 01 – Oferta Interna de Energia .................................................................... 24 
Gráfico 02 – Matriz Elétrica Brasileira em 2019 ....................................................... 24 
Gráfico 03 - Distribuição de água na Terra .............................................................. 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12 
2 MEIO AMBIENTE .................................................................................................. 14 
2.1 A RELAÇÃO EXISTENTE ENTRE O HOMEM E A NATUREZA NO DECORRER 
DOS ANOS ............................................................................................................... 15 
2.2 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ............................................................. 17 
2.3 A IMPORTÂNCIA DE SE TER UMA BOA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA 
................................................................................................................................... 19 
3 CONTEXTUALIZAÇÃO DA ENERGIA ELÉTRICA .............................................. 22 
3.1 ENERGIAS RENOVÁVEIS ................................................................................. 23 
3.2 FONTES DE ENERGIAS RENOVÁVEIS ........................................................... 25 
3.3 A HIDRELETRICIDADE ..................................................................................... 25 
3.4 ENERGIA FOTOVOLTAICA ............................................................................... 28 
3.4.1 A microgeração fotovoltaica e a sua caracterização como mini usina .... 31 
3.5 DA ENERGIA EÓLICA ....................................................................................... 32 
3.5.1 Da microgeração eólica residencial ............................................................ 34 
4 SISTEMA HÍBRIDO DE GERAÇÃO DE ENERGIA .............................................. 36 
4.1 PRINCIPAIS MODELOS DE SISTEMAS HÍBRIDOS ......................................... 37 
4.2 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS HÍBRIDOS DE ENERGIA ......................... 38 
4.3 SISTEMA HÍBRIDO DE ENERGIA FOTOVOLTAICA-EÓLICA ......................... 39 
4.4 A IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS HÍBRIDOS FOTOVOLTAICOS-EÓLICOS 
RESIDENCIAIS ........................................................................ 40 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 43 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
A procura por novos recursos alternativos de energia vem se tornando, um fato 
constante, visto que as tecnologias tradicionais que utilizam a energia por meio do 
emprego dos combustíveis fósseis acabam ocasionando efeitos devastadores no 
meio ambiente em razão da liberação de gases prejudiciais ao ecossistema, 
colaborando para o aquecimento e para as transformações climáticas no planeta. 
Salienta-se ainda que a maximização do consumo de energia elétrica, a 
estagnação da produção nas usinas hidrelétricas compensadas com o crescimento 
do consumo de fontes de energias fósseis constitui-se como fatores que acabam 
impulsionando a procura por fontes renováveis que proporcione a instituição de uma 
energia mais limpa de maneira que permita a compensação das necessidades 
energéticas sem que haja nenhuma mudança no modo de vida da população de uma 
maneira em geral. Além disso, tem-se que a energia solar fotovoltaica utiliza a 
radiação solar para gerar eletricidade, sendo uma fonte de energia não poluente, 
inesgotável e renovável, que pode ser gerada em instalações que vão desde os 
pequenos geradores para autoconsumo até as grandes usinas fotovoltaicas. 
E se justifica em virtude do sistema híbrido, por meio da utilização fotovoltaica 
e eólica. Constituir-se como alternativa de sanar tais problemas energéticos no país, 
principalmente em virtude de utilizar de uma energia limpa e sustentável onde a sua 
empregabilidade pode acarretar dezenas de vantagens para com os consumidores 
residenciais, indo desde a autonomia na energia até a redução de gastos provenientes 
do consumo energético. 
Partindo-se desta perspectiva, o presente estudo vem apresentou como tema 
a ser desenvolvido: Alimentação Residencial por Sistema Híbrido de Energia 
Renovável – Fotovoltaica e Eólica. Tendo como problemática que foi respondida ao 
longo do desenvolvimento deste trabalho o seguinte questionamento: De que forma a 
geração de energia pelo sistema híbrido pode contribuir para sanar as necessidades 
residenciais energéticas? 
Além disso, o presente trabalho objetivou demonstrar como a geração híbrida 
de energia, por meio dos sistemas fotovoltaicos e eólicos, podem contribuir para sanar 
as necessidades energéticas nas residências. Tendo como objetivos específicos 
relacionar a preservação ambiental e as condições climáticas com uma melhor 
13 
 
qualidade de vida da população; conhecer os sistemas de energias renováveis, como 
o fotovoltaico-eólico; estudar o sistema híbrido de produção de energia. 
Desta forma, a utilização das energias renováveis vem se destacando no 
cenário mundial e brasileiro, sendo ela capaz de proporcionar, para as gerações 
futuras, significativas melhorias no que tange a uma melhor qualidade de vida por 
meio da preservação ambiental e das condições climáticas, favorecendo ainda para 
suprir as carências provenientes do sistema tradicional. E, assim, o presente trabalho 
foi construído tomando como base consultas a artigos científicos, livros e trabalhos de 
conclusão de curso. Sendo deixados de lado autores, artigos e toda literatura que 
apenas deram opiniões e que não possuíam embasamento minimamente técnico 
sobre o tema. 
 
1.1 OBJETIVOS 
 
1.1.1 Objetivo Geral 
 
 Demonstrar como a geração híbrida de energia, por meio dos sistemas 
fotovoltaicos e eólicos, podem contribuir para sanar as necessidades energéticas 
residenciais. 
 
1.1.2 Objetivos específicos 
 
● Relacionar a preservação ambiental e as condições climáticas com uma melhor 
qualidade de vida da população; 
● Conhecer os sistemas de energias renováveis, como o fotovoltaico-eólico; 
● Estudar o sistema híbrido de produção de energia; 
 
1.2 JUSTIFICATIVA 
 
Este estudo se justifica em virtude do sistema híbrido, por meio da utilização 
fotovoltaica e eólica, constituir-se como alternativa de sanar tais problemas 
energéticos no país, principalmente em virtude de utilizar de uma energia limpa e 
sustentável onde a sua empregabilidade pode acarretar dezenas de vantagens para 
14 
 
com os consumidores residenciais, indo desde a autonomia na energia até a redução 
de gastos provenientes do consumo energético. 
 
1.3 METODOLOGIA 
 
O trabalho foi construído tomando como base consultas a artigos científicos, 
livros e trabalhos de conclusão de curso. Esta medida aparentementelimitada de 
seleção nas consultas tem como principal objetivo apontar apenas trabalhos sérios e 
criteriosos, com embasamento científico e que não colocariam em discussão o 
conteúdo apresentado. 
 Durante as pesquisas para a produção, foram deixados de lado autores, artigos 
e toda literatura que apenas deram opiniões, mas que não possuíam embasamento 
minimamente técnico sobre o tema. 
 Trata-se de um trabalho de ordem exploratória e documental, uma vez que está 
construído a partir de uma revisão da literatura, ou seja, são aqui apresentados os 
diversos autores selecionados que já escreveram sobre o assunto, limitando-se o 
trabalho à discussão do já apontado por eles. 
 Teve-se o uso das bases de dados Scielo e Google Scholar apenas para 
consulta e confirmações dos apontamentos de autores, mas, em sua maioria, se fez 
uso de acervo bibliotecário, considerando que os livros ainda são as melhores 
referências acadêmicas. 
A pesquisa a ser apresentada responderá a uma natureza qualitativa. 
Nesse sentido, permite uma aproximação ao objeto de estudo e formular os 
primeiros esquemas conceituais que se apresentam, permitindo uma compreensão 
mais profunda sobre o tema. 
O trabalho busca identificar variáveis, especificar os problemas e 
fundamentalmente permitir que os pesquisadores encontrem os procedimentos 
adequados para enfrentar investigações posteriores do tipo explicativo. 
Do ponto de vista metodológico, esse tipo de pesquisa permite caracterizar o 
objeto ou unidades de estudo localizando-os em situações específicas e, por ter um 
desenho flexível, facilita-se a ordenação, agrupamento e sistematização das unidades 
de análise por meio de critérios de classificação. 
 
 
15 
 
2 MEIO AMBIENTE 
 
Antes do assunto em si a ser tratado pelo presente trabalho de conclusão de 
curso ser iniciado, torna-se de fundamental importância realizar uma análise e 
explanação acerca das definições existentes de meio ambiente e sua relação com os 
seres humanos ao longo dos anos, possibilitando assim que o tema se torne mais 
compreensivo para os futuros leitores. 
Nesse sentido Antunes (2014) preceitua que realizar a definição de meio 
ambiente é vasto, onde cada autor possui a sua concepção acerca do assunto. Sendo 
assim muitos levam em consideração a relação dos seres vivos e não vivos, bem 
como relacionando o meio ambiente com os agentes físicos, químicos e biológicos. 
Entretanto, Machado (2003) considera a conceituação dada pela legislação 
acima mencionada muito abrangente, fazendo compreender o sistema ambiental 
como um todo, de maneira mútua e integrativa, podendo assim ser considerada como 
um ecossistema. 
Assim sendo, partindo de uma definição mais vasta e seguindo os preceitos 
constitucionais que tratam do meio ambiente, Silva (2002, p. 18) a conceitua como 
sendo: “[...] a interação do conjunto de elementos naturais, artificiais e culturais que 
propiciem o desenvolvimento equilibrado da vida em todas as suas formas”. 
Segundo Silva (2002) a definição de meio ambiente está ligada não somente a 
natureza, mas também pela união de elementos que propicia o bem estar da 
sociedade. Assim sendo, o autor supracitado acima, relata que: 
 
O conceito de meio ambiente há de ser, pois, globalizante, abrangente de 
toda a natureza original e artificial, bem como os bens culturais correlatos, 
compreendendo, portanto, o solo, a água, o ar, a flora, as belezas naturais, o 
patrimônio histórico, artístico, turístico, paisagístico e arqueológico. O meio 
ambiente é, assim, a interação do conjunto de elementos naturais, artificiais 
e culturais que propiciem o desenvolvimento equilibrado da vida. (SILVA, 
2002, p. 20). 
 
Percebe-se assim a veracidade da abrangência no que tange a definição do 
meio ambiente, onde se deverá levar em conta, de acordo com Nardy (2003) os 
elementos constituintes de sua definição, como os naturais, artificiais, culturais e do 
trabalho. Pois os mesmos, segundo o autor supracitado acima, direcionam-se para o 
atendimento das necessidades organizacionais no que tange ao reconhecimento das 
ações agressoras e do bem devastado. 
16 
 
2.1 A RELAÇÃO EXISTENTE ENTRE O HOMEM E A NATUREZA NO DECORRER 
DOS ANOS 
 
A relação existente entre homem e natureza é datada desde os primórdios, 
entretanto com o passar do tempo este convívio vem sendo marcado por profundas 
transformações. 
Nos anos iniciais o ser humano considerava o meio ambiente como sendo fonte 
de sua vivência, ou seja, os indivíduos retiravam do sistema ambiental a sua 
sustentação, onde realizavam o plantio, capturava animais e ia à procura de novos 
meios naturais como forma de suprir as suas necessidades alimentares. Entretanto a 
partir da inicialização da revolução industrial o ser humano passou a ter um maior 
contato com os meios tecnológicos que iam surgindo ocasionando, 
consequentemente, uma mudança de pensamento onde o homem, a partir deste 
momento, passa a considerar o meio ambiente como um local voltado para o 
fornecimento de matéria prima, passando assim a realizar uma exploração 
descontrolada dos sistemas naturais, tudo com o intuito de proporcionar uma maior 
expansão do sistema industrial (ROBERTS, 2004). 
Desta forma, Roberts (2004) explana que: 
 
Não importa como funcionou, o resultado foi claro; às vezes as espécies com 
características mais “humanas” foram lentamente protegidas do duro 
mecanismo de seleção evolutiva da natureza. Até então a natureza agira 
eliminando grupos genéticos incapazes de se adaptar fisicamente aos 
desafios do meio ambiente. (ROBERTS, 2004, p. 29-30). 
 
Ou seja, o que se imaginava estar relacionado com o desenvolvimento da 
humanidade torna-se um pesadelo para o meio ambiente, pois a partir da introdução 
da Revolução Industrial o que se nota é o aparecimento do consumismo que se deseja 
ter e, em decorrência desta situação, torna-se necessário uma maior produção para 
suprir as necessidades da população, ocasionando, consequentemente, o surgimento 
de novas industriais e uma maior exploração dos recursos naturais (MILARÉ, 2015). 
Assim sendo, Milaré (2015) relata que: 
 
Do ponto de vista ambiental o planeta chegou quase ao ponto de não retorno. 
Se fosse uma empresa estaria à beira da falência, pois limita seu capital, que 
são os recursos naturais, como se eles fossem eternos. O poder da 
autopurificação do meio ambiente está chegando ao limite (MILARÉ, 2015, p. 
56). 
17 
 
 
Assim, o desenvolvimento industrial, com a utilização das fontes não 
renováveis, pode ser considerado como um dos grandes responsáveis pela 
degradação do meio ambiente, onde os recursos naturais são utilizados de forma 
descontrolada e irresponsável. 
Todavia, com o passar do tempo, a humanidade vem se conscientizando da 
necessidade de se realizar a preservação do meio ambiente pois a sua vivência está 
subordinada ao equilíbrio deste sistema, procurando-se realizar uma exploração mais 
consciente e sustentável, evitando-se, desta forma, o desperdício e degradação dos 
recursos naturais (MILARÉ, 2015) 
Ou seja, leis foram instituídas com o intuito de preservar e combater a 
degradação do meio ambiente. 
 
 
2.2 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
 
O aumento do poder econômico da população acabou gerando um grande 
desequilíbrio onde a degradação da natureza e a crescente taxa de poluição vem 
crescendo. Assim sendo, tem-se início a uma nova forma de preservação do meio 
ambiente, ficando conhecida como Desenvolvimento Sustentável, pelas quais busca 
equilibrar os avanços econômicos e sociais com a preservação do meio ambiente, 
estando desta forma presente na vivência mundial (FERNANDES, 2000). 
Assim sendo, de acordo com Fernandes (2000) a expressão desenvolvimento 
sustentável tem o seu surgimento a partir do ano de 1987 pela qual pode ser entendida 
como sendo: 
 
Aquele que atende às necessidades do presente, sem comprometer a 
possibilidade de as geraçõesfuturas atenderem suas próprias necessidades, 
como também é uma forma de otimizar o uso racional dos recursos naturais 
e a garantia de conservação e do bem-estar para as gerações futuras 
(FERNANDES, 2000, p. 03). 
 
Ou seja, o desenvolvimento sustentável pode ser compreendido como uma 
ferramenta de combate a degradação do meio ambiente, pensando-se no futuro das 
novas gerações que estão por vim. 
18 
 
Desta forma Buarque (1996) explana que o desenvolvimento sustentável pode 
ser visto como um instrumento operacional, ou seja, caracterizado como um método 
de transformação social e de crescimento das viabilidades da sociedade, conciliando, 
no tempo e no espaço, o desenvolvimento e a eficácia da economia, a preservação 
da natureza, uma melhor qualidade de vida e um bem-estar social, principiando-se 
assim de um direto comprometimento com o amanhã e com as novas gerações. 
Já para Cavalcanti (1995) desenvolvimento sustentável pode ser entendido 
como um moderno modelo cultural e científico, pois tem como objetivo principal a 
instituição de novos princípios, pensamentos, definições e entendimentos pelas quais 
estabelecerão como a humanidade se comportará em face a vivencia e, bem como, 
de que forma a ciência se organizará, perante os novos desafios que vão surgindo a 
cada momento em que se passa. 
Sen (2000) explana ainda que a sustentabilidade ambiental pode ser 
caracterizada como a maximização ou conservação do volume de sustentação do 
planeta, por intermédio da utilização dos recursos naturais disponíveis, de forma que 
haja o mínimo possível de degradação destes recursos, bem como a restrição no que 
tange a utilização dos bens ambientais não-renováveis, sendo substituídos por bens 
renováveis ou que contenha em abundância no meio ambiente. 
Vale ressaltar que a definição de desenvolvimento sustentável é amplamente 
vasta, ocasionando, consequentemente, diferentes modos de se interpretar. 
Todavia, torna-se necessário salientar que a ideia de desenvolvimento 
sustentável está diretamente ligada as práticas econômicas desempenhadas por 
determinadas instituições industriais pelas quais possuem as suas atividades 
principais dependentes da utilização dos recursos ambientais disponíveis, bem como 
aquelas que se caracterizam por apresentar suas atividades classificadas como de 
alto risco, como por exemplo as industriais fabricantes de tabaco (FIORILLO, 2017). 
É de fundamental importância que tais setores industriais incorporem para si a 
definição de desenvolvimento sustentável, com o intuito de preservar a natureza e da 
manutenção da economia para as gerações futuras. Entretanto, torna-se necessário 
que a população tenha participação neste processo, pressionando as empresas a se 
comprometerem com a sustentabilidade do meio ambiente, proporcionando desta 
forma uma melhor qualidade de vida para toda a sociedade. (FIORILLO, 2017 ). 
Assim sendo, Fiorillo (2017) menciona que: 
 
19 
 
Sabemos que a atividade econômica, na maioria das vezes, representa 
alguma degradação ambiental. O que se procura é minimizá-la, pois pensar 
de forma contrária significaria dizer que nenhuma indústria que venha a 
deteriorar o meio ambiente poderá ser instalada. O correto é que as 
atividades sejam desenvolvidas lançando-se mão dos instrumentos 
existentes adequados para a menor degradação possível (FIORILLO, 2017, 
p. 29). 
 
Ou seja, o desenvolvimento sustentável deve também estar relacionado com a 
conscientização por parte da população pela qual torna-se de fundamental 
importância realizar a preservação do meio ambiente com o intuito de melhorar a 
qualidade de vida e comodidade da comunidade, assegurando ainda a conservação 
da dignidade da pessoa humana e ao mesmo tempo que possibilite os avanços 
econômicos (FIORILLO, 2017). 
 
 
2.3 A IMPORTÂNCIA DE SE TER UMA BOA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA 
 
Antes de dar início ao assunto a ser tratado neste presente tópico, constitui-se 
de suma importância realizar a definição do que venha a ser a qualidade de energia 
elétrica. Assim sendo, Leão, Sampaio & Antunes (2014, p. 70) vem a caracteriza-la 
como sendo “[...] a condição do sinal elétrico de tensão e corrente que permite que 
equipamentos, processos, instalações e sistemas elétricos operem de forma 
satisfatória, sem prejuízo de desempenho e de vida útil”. A partir de então, segundo 
os autores mencionados acima, o aspecto utilizado como padrão de qualidade 
necessita desenvolver uma forma de onda alternada senoidal, representada por 
frequências fixas e de uma amplitude que venha a se transfazer conforme a espécie 
de atendimento, ou seja, de baixa tensão, média ou alta. Sendo que, em cada um 
destes processos o valor eficaz da tensão precisa se conservar dentro dos limites 
estabelecidos e a corrente elétrica manter a robustez de uma onda de tensão, 
mantendo o desvio angular de forma padronizada. 
Efetuada as devidas considerações acerca do que venha a ser “qualidade da 
energia elétrica”, preceitua-se que tem-se notado uma maior preocupação por uma 
energia que venha a apresentar uma boa qualidade em virtude, principalmente, do 
crescimento populacional e, bem como, dos setores industriais que passaram nos 
últimos anos a utilizarem uma quantidade maior de equipamentos e de processos 
20 
 
sensíveis, que podem vir a apresentar alguma falha em virtude das instabilidades da 
energia elétrica (LEÃO, SAMPAIO & ANTUNES, 2014). 
Nesta perspectiva, Kagan, Robba & Schimidt (2009) lecionam que os 
imbróglios advindos pela má qualidade da energia elétrica têm a capacidade de 
originar sérios prejuízos para com os seus consumidores, sejam eles ligados aos 
setores industriais, comerciais e até mesmo para com aqueles residenciais. Sem falar 
daqueles recintos que necessitam de um constante fornecimento de energia, como é 
o caso das alas hospitalares que precisam manter, veemente, os seus equipamentos 
sempre ligados para propiciarem os devidos cuidados em face dos enfermos que ali 
se encontram ou que venha a necessitar do assistencialismo disponibilizado. 
Com isso Castro et. al (2017) preceitua que a qualidade da energia se constitui 
de elemento de suma relevância para com os seus consumidores, em especial para 
os industriais, visto que, e de uma forma em geral, estes setores carecem 
progressivamente que a distribuição da energia elétrica venha a se dar com um alto 
teor de qualidade como meio de impossibilitar a ocorrência de quebras no processo 
produtivo e, consequentemente, da geração de prejuízos. Valendo ressaltar que tais 
prejuízos não está totalmente ligado a percas de valores, mas também aos riscos 
pelas quais os colaboradores estarão expostos a partir do fornecimento de uma 
energia de má qualidade, das perdas das matérias-primas de produção, dos impactos 
provocados em face do meio ambiente, dentre outros fatores. 
Diante desta conjuntura, Rocha (2016) vem a afirmar que em razão das 
agências reguladoras serem as responsáveis pela determinação dos indicadores que 
venha a determinar se o sistema elétrico está desempenhando as suas funções dentro 
dos parâmetros requeridos e almejados, elas passam a apresentar uma maior 
preocupação em face dos distúrbios que o sistema de energia pode vim a desenvolver 
influenciando, diretamente, na qualidade do produto. Todavia, de acordo com o autor 
supracitado, a responsabilização por uma qualidade de energia não pode ser 
creditada tão somente para a agência mencionada acima, tendo os seus 
consumidores papel significante neste acontecimento pois estes, de forma 
inconsciente, podem vir a ocasionar a poluição do sistema elétrico com injeção de 
harmônicos de corrente. 
Percebe-se, mediante toda a contextualização exposta, a importância de ser 
ter uma energia elétrica de qualidade, principalmente em razão da sociedade estar 
inserida em um mundo que a cada dia que se passa novos meios tecnológicos vão 
21 
 
sendodesenvolvidos como forma de propiciar uma melhor qualidade de vida aos 
indivíduos e de uma promoção para os mais variados setores da sociedade 
econômica e social do país. 
 
 
3 CONTEXTUALIZAÇÃO DA ENERGIA ELÉTRICA 
 
Realizado as devidas considerações acerca de meio ambiente, a sua relação 
com ser humano, bem como do desenvolvimento sustentável e da importância de se 
ter uma energia de boa qualidade, parte-se agora para o tema do presente trabalho, 
iniciando-se pela contextualização da energia ao longo do tempo (GOLDEMBERG & 
LUCON,2007) 
Nesse sentido Goldemberg & Lucon (2007) preceituam que tanto a energia 
como o ar e as fontes hídricas correspondem como os principais elementos de 
sobrevivência dos seres humanos, onde que na antiguidade a sua utilização se dava 
de forma limpa e sem que houvesse a sua degradação. A energia fornecida era 
proporcionada por meio da queima de restos de madeiras provenientes das matas 
sendo destinadas para os afazeres domésticos. Todavia, com o passar do tempo tal 
realidade foi se modificando, passando este consumo a crescer, tornando-se assim 
necessário a descoberta de novos métodos e fontes que proporcionasse uma maior 
geração de energia, com o intuito de suprir as necessidades da população. 
Desta forma, de acordo com Goldemberg & Lucon (2007) a partir da Idade 
Média, nota-se a utilização das fontes hídricas e dos ventos como forma de atender 
as necessidades de uma sociedade cada crescente, todavia de forma insuficiente. 
Já a partir do século XVIII, mais precisamente com a Primeira Revolução 
Industrial, de acordo com Amaral (2010), pela qual acabou originando o surgimento 
de um número significativo de industrias e do aparecimento das maquinas a vapor, é 
que se tem a consciência da importância da energia para o desenvolvimento de uma 
sociedade, passando a ser utilizada, de forma continua e demasiada, as fontes não 
renováveis para a geração de energia, como o carvão mineral, o petróleo e o gás 
natural. 
Seguindo os pensamentos do autor supracitado acima, tem-se no séc. XX, o 
descobrimento da energia nuclear, todavia, não muito utilizada pelos países em 
virtude dos perigos ocasionados por tal fonte em face ao meio ambiente. Assim, após 
22 
 
o decurso da 2º Guerra Mundial pela qual acabou originando uma grande crise 
financeira para com os setores petrolíferos onde que os valores dos barris de petróleo 
sofreram uma elevada alta, fizeram que os governos de todo o território mundial 
passassem a procurar novas tecnologias e fontes consideradas renováveis que não 
ocasionasse a degradação e a poluição do meio ambiente e que ao mesmo tempo 
viesse a suprir as necessidades de sua população. 
Diante todo o exposto, nota-se que a energia sempre esteve interligada com o 
meio ambiente e, principalmente, com os avanços socioeconômicos de uma 
sociedade. Ficando assim caracterizado que as fontes energéticas necessitam ser 
aplicadas da melhor forma possível e com eficiência, atendendo as necessidades da 
sociedade sem que o meio ambiente seja degradado. 
 
 
3.1 ENERGIAS RENOVÁVEIS 
 
Segundo Giz (2016) as fontes proporcionadoras de energia estão 
substabelecidas em dois principais grupos, sendo eles das renováveis e não 
renováveis. Onde que as energias renováveis são aquelas provenientes de fontes 
naturais pelas quais ocorre o seu restabelecimento constantemente, como é o caso 
do sol, o vento, produtos orgânicos advindos das residências e das indústrias, dentre 
outros. Sendo estes caracterizados principalmente pela sua sustentabilidade para 
com o planeta, em razão de sua utilização não acarretar uma maior degradação ao 
meio ambiente e de estar sempre disponível para uso. 
Já no que tange as fontes não renováveis, de acordo com Giz (2016), como o 
próprio nome já diz, consiste naquelas fontes cuja a sua renovação não se dá de 
maneira tão fácil, chegando ao ponto de determinados recursos necessitarem de anos 
para se renovar, como é o caso do petróleo e carvão mineral. 
Desta forma, Filho (2009) preceitua que entre os anos de 1980 até 2007 a 
grande maioria dos países utilizavam-se como fonte de geração de energia os 
recursos caracterizados como não renováveis, principalmente os fósseis, ou seja, o 
carvão mineral, o petróleo e o gás natural. Sendo estes tipificados principalmente pela 
grande produção de gás carbônico, responsável pelo efeito estufa, causando, ao 
longo dos tempos o superaquecimento global e das transformações climáticas. 
23 
 
Assim, no ano de 2009, de acordo com Filho (2009), foi realizado na cidade de 
Copenhague a 15º Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre 
Mudanças do Clima – COP 15, pela qual foi debatido acerca da emissão dos gases 
poluentes e prejudiciais para com o planeta. 
Todavia, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética – EPE (2020), 
ainda que a grande maioria dos países continue tendo como principal fonte de geração 
de energia os recursos não renováveis, o Brasil vem se sobressaindo dos demais 
lugares em razão da utilização das fontes renováveis serem superiores do que as não 
renováveis. Nesse sentido, Pacheco (2006) preceitua que: 
Nesta busca por fontes alternativas o Brasil apresenta grande diferencial em 
relação a outros países, pois a sua imensa biodiversidade, permite a geração 
de energia por vários meios, incluindo as fontes de energia renováveis como 
a hidrelétrica e também a busca pelo desenvolvimento de fontes alternativas 
como a utilização da biomassa, para produção de combustíveis renováveis, 
como o álcool, o biodiesel, e, mais recentemente, o H-bio (PACHECO, 2006, 
p. 4). 
 
Desta forma, de acordo com o Balanço Energético Nacional de 2020 (BEN), 
pela qual teve a sua divulgação por meio da EPE, a partir de informações contidas no 
ano base de 2019, aproximadamente 44,5% da geração de energia do Brasil advém 
de recursos renováveis, conforme demonstra o gráfico 01 logo abaixo. 
 
Gráfico 01: Oferta Interna de Energia 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: BEN (2020) 
 
Já no que tange a produção de energia elétrica, de acordo com o BEN (2020), 
o território brasileiro apresenta um elevado grau acerca das fontes renováveis, como 
pode ser demonstrado no gráfico 02 abaixo: 
 
 
24 
 
 
 
Gráfico 02: Matriz Elétrica Brasileira em 2019 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: BEN (2020) 
 
Nota-se, assim, que aproximadamente 80% da geração de energia no Brasil 
advém de fontes renováveis, compreendendo elas a biomassa, a solar, eólica e, 
principalmente a hidráulica. 
 
 
3.2 FONTES DE ENERGIAS RENOVÁVEIS 
 
O Brasil, como demonstrado anteriormente, é reconhecido mundialmente como 
gerador de energias renováveis, apresentando altos indicie na sua produção, seja ela 
qual for o recurso empregado para tal. 
Desta forma, Geller (2003) preceitua que as reservas hídricas, a produção de 
biomassa, o vento em abundância e, bem como, a elevada e continua ocorrência de 
luminosidade na maioria das regiões brasileiras consistem em um processo natural 
pela qual acaba contribuindo para a geração e o consumo de energias renováveis. 
Seguindo ainda os pensamentos do autor supracitado acima, ele relata que o 
desenvolvimento dos meios tecnológicos se constitui como ponto fundamental na 
contribuição para com o crescimento das energias renováveis, reduzindo, desta 
forma, os valores de produção que em grande parte são considerados elevados em 
face às fontes não renováveis. Assim sendo, os setores públicos e privados, dos mais 
variados países, vêm investindo em estudos e em tecnologias objetivando a 
implantação de sistemas que sejam capazes de promoverem um equilíbrio da 
25 
 
natureza e, bem como, a redução dos custos na geração das energias renováveis, 
tornando-as um sistema totalmente eficaz. 
 
3.3 A HIDRELETRICIDADE 
 
Torna-se de fundamental importância, mesmo que não faça parte do tema a 
ser tratado neste estudo, realizar umabreve contextualização acerca da 
hidreletricidade principalmente pelo fato da mesma ser, a fonte renovável mais 
utilizada no Brasil. Assim, as hidrelétricas constituem-se de um sistema de geração 
de energia que utiliza os recursos hídricos para tal produção advindas dos rios. 
Tal fato se dá, principalmente em virtude, de acordo com Shiklomanov (1998), 
do planeta Terra ser constituído de aproximadamente 1,386 milhões de quilômetros 
cúbicos de água, sendo está dividida em 97,30% de águas salgadas estando disposta 
nos oceanos, e 2,7% é formada por água doce encontradas nos rios, lagos, nos 
glaciares e no subsolo. Dentre esta porcentagem demonstrada por último 68,90% 
encontram-se na forma de gelo, 29,9% está presente subterraneamente, 0,90% são 
águas encontradas nos pântanos e apenas 0,3% são formadas por água doce advinda 
dos rios e lagos, sendo está a forma mais comum pela qual os seres humanos mantêm 
a sua subsistência. Como pode ser demonstrado ilustrativamente pelo gráfico 03 logo 
abaixo. 
 
Gráfico 03: Distribuição de água na Terra 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Fonte: Shiklomanov (1998) 
 
Sendo que, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente (2002), o Brasil 
possui cerca de 13,7% da água superficial terrestre, uma vez que dessa totalidade, 
26 
 
70% está contida na região amazônica e os outros 30% estão redistribuídos pelo 
restante do país. Colocando assim o país em um lugar privilegiado no que tange aos 
recursos hídricos disponíveis. 
Nesse sentido, a hidreletricidade vem sendo considerada, como falado 
anteriormente, como o principal sistema de produção energética no Brasil tanto em 
razão dos seus valores econômicos de sua implantação como também pela 
concentração de recursos hídricos presente no território nacional. Tratando-se assim 
de um procedimento eficaz e que demonstra confiança, principalmente em virtude de 
não gerar a emissão de gases que venham a afetar o meio ambiente e por ser um 
recurso renovável. 
Assim, de acordo com a Eletrobrás Furnas (2016) o processo de geração de 
energia por meio da utilização das hidrelétricas se dá por meio de desníveis na 
superfície do terreno entre um reservatório de água e outro, sendo assim a energia 
potencial convertida em energia cinética. A partir de então, a água passa a escoar por 
uma turbina ocasionando a sua movimentação, ocasionando assim a sua mudança 
para a forma de energia mecânica e logo em seguida em energia elétrica em 
decorrência da turbina estar interligada a um eixo que ocasionara esta transformação. 
A figura 01, abaixo vem a demonstrar os processos seguidos para a geração de 
energia elétrica. 
 
Figura 01: Processo de geração de energia elétrica por meio das usinas hidrelétricas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ELETROBRAS FURNAS (2016) 
 
27 
 
Todavia este sistema vem apresentando, de acordo com Faria et. al (2015) 
desvantagens na sua utilização, principalmente em virtude dos fatores climáticos 
pelas quais as pessoas vivenciam, ocasionando grandes períodos de secas e 
consequentemente a redução da vasão destes reservatórios, afetando, de forma 
direta, a geração de energia no país, assim como para com os consumidores finais. 
Um outro ponto a ser levado em conta, de acordo com Tolmasquim (2016), está 
ligado aos danos socioambientais ocasionados pela implantação das usinas 
hidrelétricas, pelas quais, em virtude de necessitarem de grandes áreas para a 
instituição de seus reservatórios acabam afetando diretamente o ambiente, onde que 
os alargamentos ocasionarão prejuízos para com as espécies de seres vivos ali 
presentes, alterando o percurso natural dos rios e a vida aquática dos peixes. 
Nesse sentido, a utilização de outros meios alternativos renováveis vem 
crescendo no território brasileiro, com o intuito de amenizar tais impactos ocasionados 
pelas hidrelétricas, apesar de ser considerada uma fonte limpa e renovável. 
 
 
3.4 ENERGIA FOTOVOLTAICA 
 
O crescimento desordenado da população que, consequentemente, acaba 
ocasionando um maior consumo de energia, juntamente com a degradação do meio 
ambiente provocando a redução dos combustíveis fósseis vem gerando, a busca por 
fontes renováveis que proporcione a instituição de uma energia mais limpa de maneira 
que permita a compensação das necessidades energéticas sem que haja nenhuma 
mudança no modo de vida do planeta. Assim sendo, tem-se o surgimento da energia 
fotovoltaica como sistema de produção de energia capacitada a preencher as 
carências energéticas (GUIMARÃES, 2012). 
Desta forma Guimarães (2012) preceitua que em virtude a crise energética pela 
qual se instalou em todo o planeta a partir do ano de 1973 juntamente com a elevação 
do preço do barril do petróleo e as transformações que vinham acontecendo, de forma 
descontrolada, das condições climáticas fizeram com que as grandes nações 
mundiais passassem a realizar um maior investimento em novos meios tecnológicos, 
mais precisamente ao sistema solar fotovoltaico, objetivando, desta forma, a redução 
dos valores no que tange a produção de energia proveniente do sol. Assim sendo, 
receosos de uma possível escassez de energia os Estados Unidos no ano de 1982 
28 
 
constituiu a sua primeira reserva de geração de energia fotovoltaica. Já a Alemanha, 
no ano de 1990 começa a utilizar este sistema sendo instalados nos telhados 
proporcionando que as pessoas produzissem a sua própria energia. 
Segundo Marini & Rossi (2003), no que tange a produção de energia 
fotovoltaica no Brasil, tem-se, em razão da crise energética de 1973, a instalação em 
território brasileiro da primeira fábrica de painéis fotovoltaicos, tendo a sua sede em 
São Paulo. Já em 1980 tem-se a instalação da empresa Heliodinâmica em Vargem 
Grande Paulista, pela qual começou a fabricar coletores solares para serem utilizados 
em residências familiares e em industrias. Fazendo com que a procura pelos 
mecanismos da energia fotovoltaica crescesse principalmente em virtude da procura 
por meios alternativos capazes de reduzir os custos e de proporcionar a preservação 
do meio ambiente. 
Assim sendo, a partir do ano de 2012, mais precisamente através da resolução 
de número 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL ficou estabelecido 
que os cidadãos brasileiros, a partir deste momento, poderia produzir a sua própria 
energia por meio da utilização de recursos renováveis ou de cogeração qualificada, 
definindo ainda que o excedente gerado se transformaria em créditos para o 
possuidor. Tal fato proporcionou o crescimento pela procura por este sistema de 
produção de energia, principalmente para serem instaladas em residências, em razão 
de possibilitar uma maior autonomia energética, por causarem o mínimo de 
degradação ambiental e, de até produzir lucro. 
Pinho & Galdino (2004) descrevem o sistema fotovoltaico como sendo a 
energia proveniente dos raios solares de forma direta, pela qual se utilizara materiais 
semicondutores que assegurara a sua transformação em energia, conhecido como 
Efeito Fotovoltaico. 
De acordo com Ribeiro (2012) a resolução normativa de número 482/2012 e 
instituída pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) veio com o intuito de 
determinar os requisitos a serem seguidos como forma de proporcionar que a 
microgeração e a minigeração fossem alocadas nas redes de distribuição de energia 
elétrica, viabilizando, desta forma, que nos períodos pelas quais a geração de energia 
seja superior ao consumo, que o excedente seja distribuído no sistema elétrico público 
e, ao mesmo tempo em que a geração não venha a suprir as necessidades do local 
que esta seja abastecida pelo sistema público. 
29 
 
Desta forma, Júnior (2005) explana que os sistemas fotovoltaicos conectados 
à rede elétrica são caracterizados por possuírem geradores pelas quais os seus 
dimensionamentos poderão estar voltados tanto para suprir partecomo a totalidade 
do imóvel. Sendo que a sua geração se dará por meio de corrente contínua e o seu 
uso será por meio de corrente alternada, necessitando, assim sendo, que haja a 
implantação de um inversor possibilitando, desta forma, que a corrente contínua seja 
modificada em corrente alternada. 
Nesse sentido, Pinho & Galdino (2004) explanam que: 
 
[...] as energias consumidas injetadas na rede de distribuição são registradas 
separadamente pelo medidor bidirecional (ou por dois medidores que medem 
a energia em cada sentido). A cada instante apenas o registro em um dos 
sentidos será realizado, dependendo da diferença instantânea entre a 
demanda e a potência gerada pelo sistema fotovoltaico (PINHO; GALDINO, 
2004, p. 290). 
 
Assim, a figura 02 logo abaixo, vêm ilustrar a forma como que o sistema 
fotovoltaico interligado na rede elétrica deverá funcionar, com os seus respectivos 
componentes mencionados acima, possibilitando a distribuição de energia para o 
imóvel. 
 
Figura 02: Componente de um sistema gerador de energia elétrica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Luz Solar (2017) 
 
Vale ressaltar que, a partir do momento em que a energia gerada pelo sistema 
fotovoltaico seja superior ao consumo, o excedente será transformado em crédito em 
face ao consumidor, podendo ela ser utilizada no instante em que a produção, 
originada por este sistema, for inferior ao consumo. Assim, o valor a ser cobrado na 
30 
 
conta tarifaria se dará por meio da diferença entre a energia incorporada no sistema 
elétrico e a energia consumida (PINHO et al., 2008). 
Nesse sentido, inúmeras são as vantagens proporcionadas pela implantação 
da energia fotovoltaica. Assim sendo Pinho et al. (2008) explana que as principais 
benfeitorias estão no fato de: 
● Deste sistema ser constituído por energia renovável e limpa em razão da 
mesma não ocasionar poluição; 
● Um segundo ponto está no fato de suas placas produtoras de energia 
terem vida útil superior a 25 anos, não necessitando que haja 
manutenções constantes; 
● Pode-se ainda citar que a luz solar é gratuita e de forma abundante, não 
ocorrendo o risco de escassez, mesmo em períodos em que o tempo se 
encontrar chuvoso ou nebuloso; 
● Tem a capacidade de proporcionar um aumento em sua potencialidade 
com a simples instalação de novos módulos; 
● Pode ser compartilhada, dentre outras. 
 
Além do mais, vale ressaltar a fala de Leite (2013) que preceitua que: 
 
A procura por substitutos ecologicamente aceitáveis para os combustíveis 
fósseis se tornou mais célere tanto pelo aumento do uso como pela previsão 
da diminuição da oferta, por ser uma fonte de energia não renovável. Neste 
contexto, a implantação e uso de energias renováveis é capaz de promover 
essa segurança, contribuindo para o desenvolvimento social e econômico, 
para a universalização do acesso à energia e para a redução de efeitos 
nocivos ao meio ambiente e à saúde (LEITE, 2013, p. 26). 
 
Nota-se assim que a energia fotovoltaica apresenta significativas vantagens, 
todavia, de acordo com Pinho et al. (2008), a sua implantação no Brasil vem andando 
a passos lentos, principalmente em virtude do alto valor dos equipamentos, tornando-
se inviável para aqueles mais desprovidos de recursos. Tornando-se assim 
necessário que haja uma maior participação dos setores governamentais implantando 
políticas que incentivem e facilite a sua aquisição. 
 
3.4.1 A microgeração fotovoltaica e a sua caracterização como mini usina 
 
31 
 
De acordo com a Resolução Normativa de número 687 de 24 de novembro de 
2015 que veio a alterar a resolução de n.º 482/2012, por intermédio do seu artigo 2º e 
inciso I vem definir micro geração como sendo: 
 
Art. 2º - Para efeitos desta Resolução, ficam adotadas as seguintes 
definições: 
I – micro geração distribuída: central geradora de energia elétrica, com 
potencial instalada menor ou igual a 75 kW e que utilize cogeração 
qualificada, conforme regulamentação da ANEEL ou fontes renováveis de 
energia elétrica, conectada na rede de distribuição por meio de instalações 
de unidades consumidoras (BRASIL, 2015). 
 
Percebe-se assim que em razão a sua potencialidade a micro geração de 
energia fotovoltaica pode ser caracterizada como uma mini usina, sendo 
principalmente instalada em residências cuja a geração de energia seja suficiente para 
atender as necessidades deste local, sendo que o excesso, caso ocorra, seja 
remanejada para a rede de distribuição. 
Nesse sentido, Villaiva & Gazoli (2017) preceituam que este sistema 
proporciona uma instalação fácil de ser desenvolvida e, em razão da baixa quantidade 
de equipamentos, a estabilização das placas fotovoltaicas nos telhados é realizado 
por meio de procedimentos idênticos aos utilizados nas instalações dos coletores 
solares térmicos. 
Partindo-se deste pressuposto Villaiva & Gazoli (2017) descrevem ainda que 
as placas fotovoltaicas passam a ser interligadas no sistema elétrico do imóvel por 
meio de um inversor de corrente continua para corrente alternada, contribuindo assim 
para a produção de energia em nível satisfatório para atender a demanda local, 
minimizando, consequentemente, a emissão de carbono e demais poluentes que 
venha ocasionar danos a natureza. 
Desta forma, a micro geração fotovoltaica ou mini usina, constitui-se como o 
sistema de geração de energia mais utilizada no território brasileiro em razão dos seus 
benefícios proporcionados. Que de acordo com Energybras (2018) podem estar 
relacionadas com a efetiva redução de perdas de energia pelos sistemas de 
distribuição elétrica, bem como pela considerável redução dos valores tarifários 
referentes ao consumo de energia elétrica podendo chegar em até 90%. Contribuindo 
ainda para uma maior autonomia dos consumidores individuais, pela vida útil dos 
painéis fotovoltaicos podendo este chegar a 40 anos de utilização e, principalmente, 
pela conservação do meio ambiente. 
32 
 
 
 
 
3.5 DA ENERGIA EÓLICA 
 
De acordo com Mendonça (2014) os primeiros sistemas de geração de energia 
eólica se deram na Europa e logo em seguida nos Estados Unidos, sendo que este 
método vem crescendo entre os países, principalmente em razão de possuir como 
característica principal a não geração de impactos, favorecendo assim a manutenção 
do meio ambiente. Além do mais a produção de energia pelos sistemas eólicos não 
necessita da utilização de água para a sua produção e, muito menos, produzem gases 
prejudiciais para com a atmosfera, sendo assim considerada, dentre os recursos 
renováveis de produção de energia, como a mais propicia para a geração de energia 
elétrica. 
Já em território brasileiro, de acordo com Miranda (2014), a geração de energia 
elétrica por meio dos procedimentos eólicos somente veio a ocorrer em 1992 com a 
implantação da primeira turbina eólica no arquipélago de Fernando de Noronha, 
chegando a gerar aproximadamente 10% do sistema enérgico consumido neste 
território durante a sua instituição. Sendo que, no ano de 2000, por meio de Agência 
Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, tem-se a implantação da segunda turbina na 
mesma região, ficando assim responsável pela produção de 25% da energia 
consumida. 
Em 2002, segundo Costa (2015), por intermédio da criação do Programa de 
Incentivo às Fontes Renováveis – PROINFA, cujo seu propósito era o de incentivar a 
utilização de fontes renováveis na produção de energia elétrica por meio dos sistemas 
eólicos, biomassa e de mini usinas hidrelétricas possibilitando assim uma maior 
variedade da matriz energética no Brasil, é que se tem, basicamente, os primeiros 
avanços da energia eólica no país, principalmente em virtude do surgimento de 
indústrias voltadas para este segmento. 
Assim, de acordo com dados divulgados pela ANEEL (2020), o Brasil: 
 
[...] passou de 22 megawatts (MW), em 2004, para 8,12 gigawatts (GW) de 
capacidade instalada até janeiro de 2020, como frutodos 353 projetos 
instalados e com uma capacidade de construção de 10,01 GW, o que ainda 
é pouco, se comparado ao potencial estimado de 300 GW (ANEEL, 2020) 
33 
 
 
Nesse sentido, Vanni (2008, p. 12) preceitua que a energia eólica consiste na 
“[...] energia cinética contida nas massas de ar em movimento”. Onde que para que 
haja a transformação desta energia em elétrica torna-se necessário à utilização de 
equipamentos conhecidos como aerogeradores. Sendo que será por meio das 
turbinas eólicas que ocorrerá a transformação das potências provenientes do vento 
para energia mecânica, a partir do movimento ocorrido por estas turbinas, 
possibilitando assim a transformação eletromecânica de energia. 
O Brasil, de acordo com dados divulgados pelo site Ciclovivo (2021), apresenta 
aproximadamente 695 parques eólicos em plena atividade, totalizando a cifra de 8,3 
mil aerogeradores, gerando assim 18 GW de energia. 
Vale ressaltar que, de acordo com Silva (2006, p. 15) os parques eólicos são 
caracterizados como sendo “[...] um conjunto de turbinas dispostas ordenadamente 
em uma mesma área, considerando-se a velocidade do vento, as condições de 
operação, a rugosidade do terreno e a estabilidade térmica vertical da atmosfera”. A 
figuras 03 logo abaixo vem a demonstrar um modelo de parque eólico formado por 
turbinas de geração de energia eólica situada no Ceará. 
 
Figura 03: Parque eólico no Ceará 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Ciclovivo (2021). 
 
Diante todo o exposto nota-se que o Brasil vem se destacando na geração de 
energia proveniente dos sistemas eólicos, principalmente as regiões do nordeste 
34 
 
brasileiro, em virtude de apresentarem condições favoráveis para a implantação das 
usinas eólicas e um alto grau de potencialidade dos ventos. Tornando-se assim um 
processo extremamente vantajoso para a geração de energia por meio da utilização 
de recursos renováveis, constituindo-se uma energia limpa, renovável e que não 
causa a degradação e, muito menos, a poluição do meio ambiente (SILVA,2006). 
 
3.5.1 Da microgeração eólica residencial 
 
Os micros e minigeradores eólicos são caracterizados, de acordo com Lima 
(2017), como mecanismos voltados para a produção de energia elétrica para o 
atendimento residencial e comercial, ou seja, classificados como consumidores de 
pequeno porte. 
Com isso, Breitenbach (2016) vem a destacar que os microgeradores vem a 
apresentar potencial de até 75 kW e os minigeradores de 75 kW a 5 MW. Devendo 
eles serem depositados em torres ou na parte superior da edificação, mantendo 
distância de qualquer tipo de obstáculo para que assim o vento não venha a sofrer 
interferências. 
No que tange aos obstáculos mencionados pelo autor supracitado acima o Guia 
de Microgeração Eólica (2016) vem a determinar que: 
 
Para garantir um bom aproveitamento do vento, é importante manter 
distâncias mínimas entre o gerador eólico e eventuais obstáculos no entorno. 
Uma regra geral é que o microgerador seja instalado a uma altura de pelo 
menos 10 metros a mais que o obstáculo mais alto dentro de um raio de 150 
metros [...]. O profissional deverá verificar se existe uma corrente de ar livre 
– pelo menos na direção principal do vento – e uma saída de ar atrás do 
aerogerador. Caso não haja, ele terá de analisar se é possível aumentar a 
torre, para que o obstáculo não atrapalhe, ou, ainda, afastá-la do local. (GUIA 
DE MICROGERAÇÃO EÓLICA, 2016, p. 06). 
 
Breitenbach (2016) vem a destacar ainda que se torna necessário que seja 
observado as características apresentadas pelos modelos existentes de 
aerogeradores, como qual a utilizar no que tange a posição do eixo de rotação, a 
quantidade pás a ser empregada. Devendo assim ser analisado a velocidade do vento 
necessário para que o sistema, seja o micro como o minigerador, possa alcançar a 
sua performance máxima de produção e, desta forma, atingir os anseios almejados 
pelo consumidor. 
Diante tal fato, Lima (2017) preceitua que: 
35 
 
 
O projeto de instalação é feito analisando, primeiramente, o consumo de 
energia elétrica durante certo período para determinar a capacidade do 
sistema eólico. Depois, são conhecidas as condições físicas do local para que 
a turbina seja instalada com o melhor posicionamento (LIMA, 2017, p. 18). 
 
Analisado os critérios para que haja a instalação das torres eólicas, as 
residências ou pontos comerciais poderão dividir os créditos entre outras pessoas, 
sem que haja a necessidade da utilização da energia gerada. 
Percebe-se assim, diante todo o exposto, que a utilização do sistema eólico se 
constitui de um mecanismo de grande valia, que apesar do seu dimensionamento, 
pode ser empregada para a produção de energia em residências, comércios dentre 
outros, principalmente em razão da sua manutenção não ocasionar grandes 
dispêndios financeiros. Necessitando, todavia, que sejam seguidos os preceitos para 
a sua instalação e, desta forma, venha a atingir a sua eficácia plena (LIMA, 2017). 
 
 
4 SISTEMA HÍBRIDO DE GERAÇÃO DE ENERGIA 
 
Realizada todas as devidas considerações acerca da relação do homem com 
a natureza, das fontes de energia renováveis focando-se na fotovoltaica e na eólica 
em virtude destas constituírem parte integrante do tema proposto a ser desenvolvido 
pelo presente trabalho, dentre outros tópicos mencionados acima pela qual 
compreende de assuntos de extrema importância para a plena promoção e 
compreensão deste estudo, partir-se-á neste momento para o sistema hibrido de 
geração de energia o caracterizando e demonstrando a relevância deste sistema. 
Nesse sentido Barbosa (2006) vem a lecionar que os sistemas híbridos de 
energia podem ser entendidos como aquele processo que venha a utilizar de duas ou 
mais fontes primárias de energia com o intuito de propiciar a geração e a distribuição 
da mesma, de forma organizada e com custos mínimos, em razão da habilidade de 
uma fonte vim a suprir a falta temporária de outra, fazendo com que este sistema 
opere com o mínimo de interrupções. 
Corroborando com esta afirmativa Lima (2017) vem a dispor que os sistemas 
híbridos de energia são: 
 
36 
 
Sistemas que utilizam mais de uma fonte para gerar energia, aumentando 
sua complexidade e exigindo adaptações para otimizar seu uso e aumentar 
sua eficiência. Em geral, esses sistemas são aplicados em casos que visam 
atender um maior número de usuários, pois apresentam maior 
aproveitamento de recursos e minimizam os custos de produção, em 
comparação com sistemas que utilizam somente uma fonte de energia (LIMA, 
2017, p. 27). 
 
Indo ao encontro deste entendimento, Tian & Seifi (2014) vem a definir o 
sistema hibrido de conversão de energia como sendo aqueles que passam a integrar 
duas ou mais fontes de energia, sejam elas renováveis, como a eólica, solar, hídrica, 
marés e biomassa, ou não-renováveis, tais como geradores a diesel, a gás ou a partir 
de outros combustíveis fósseis. 
De uma forma em geral, o sistema de energia híbrido compreende de duas ou 
mais fontes de energia renováveis ou não, empregadas em conjunto como forma de 
propiciar uma maior eficiência no sistema, como também um maior equilíbrio no 
fornecimento de energia. 
 Ressalta-se que este processo de energia não se constitui de um modelo novo 
e passado a ser utilizado tão somente agora, sendo estes sistemas desenvolvidos, de 
acordo com Lima (2017), no ano de 1970 com o objetivo de fazer com que houvesse 
a redução do consumo de óleo combustível e, bem como, dos valores associados ao 
modo operacional. Tornando-se a ser empregado como forma de possibilitar a 
minimização da degradação ambiental na década de 90. Sendo que a partir de então 
a sua utilização vem crescendo, em virtude da união das fontes renováveis, eólica-
fotovoltaica, vim a garantir uma maior confiança ao sistema e, principalmente, por 
possibilitar uma energia de boa qualidade e não degradável. 
Já emse tratando do Brasil, Feitosa et al. (2002) leciona que no ano de 1986 
foi empreendido o primeiro sistema hibrido de energia no país, sendo este instalado 
em Fernando de Noronha, no estado de Pernambuco, desenvolvido com a junção da 
energia eólica com a queima do diesel. 
Entretanto torna-se necessário salientar que apesar da magnitude pelas quais 
as fontes renováveis vêm a representar e, consequentemente, o sistema hibrido de 
energia, o Brasil ainda se constitui de um país carente de políticas que venha a 
incentivar a empregabilidade destes sistemas, principalmente em se tratando do 
processo hibrido. 
 
 
37 
 
 
 
4.1 PRINCIPAIS MODELOS DE SISTEMAS HÍBRIDOS 
 
Existe uma variedade de sistemas híbridos de conversão de energia em pleno 
funcionamento nas mais variadas regiões do mundo, vindo a se destacar, de acordo 
com Lima (2017) em: 
 
● Sistema eólico-diesel: sendo este desenvolvido e instituído por um 
aerogerador unido por um mecanismo de geração diesel-elétrica, onde 
estes constituem-se como o sistema principal enquanto que o eólico 
funciona como uma ferramenta proporcionadora da redução de 
combustíveis. 
● Sistema fotovoltaico-diesel: como a própria especificação já indica, 
constitui-se de um sistema que venha a utilizar as fontes de geração solar 
e do diesel-elétrico como forma da promoção da energia elétrica, se 
destacando sobre a primeira mencionada acima em virtude do seu 
reduzido custo. 
● Sistema fotovoltaico-eólico-dieses: se diferenciando das demais em razão 
da empregabilidade de duas fontes primárias para a geração de energia 
elétrica, possibilitando a minimização do consumo do óleo diesel. 
● Sistema eólico-fotovoltaico: este sistema vem a representar a utilização de 
duas fontes renováveis para a produção de energia elétrica, ou seja, dos 
ventos e da radiação do sol, reduzindo, de forma significativa, os impactos 
ambientais. 
 
Este trabalho vem a tratar da alimentação residencial por sistema híbrido de 
energia renovável fotovoltaica-eólica, logo o mesmo será abordado com maior 
destaque. 
 
4.2 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS HÍBRIDOS DE ENERGIA 
 
No que tange a classificação dos sistemas híbridos de energia Barbosa (2006) 
leciona que elas podem ser isoladas (off-grid) ou interligadas à rede elétrica utilizada. 
38 
 
Constituindo-se a primeira por se tratar de um processo autossuficiente por não 
necessitar dos sistemas elétricos convencionais para o seu funcionamento. Tornando-
se necessário, em razão a tal fato, da utilização de um conjunto de baterias para que 
ocorra o armazenamento da energia produzida para que, na ausência dos recursos 
renováveis, haja a distribuição da energia à carga. 
Barbosa (2006) vem a mencionar ainda que este sistema vem se destacando 
ainda mais em virtude de possibilitar a eletrificação em comunidades isoladas e de 
difícil acesso, onde a disponibilização de recursos para realizar a conexão com os 
meios elétricos convencionais representa valores exorbitantes, além do mais, tem sido 
considerada uma alternativa atrativa para a produção descentralizada. 
Representando um processo extremamente confiável, de fácil manuseio e instalação, 
não requerendo manutenções periódicas. 
Já a segunda classificação, ou seja, os sistemas híbridos interligados a rede 
elétrica (grid-connected), de acordo com Barbosa (2006), não necessitam do 
armazenamento de energia por intermédio das baterias, em razão de toda a produção 
ser conduzida, de forma direta, para a rede de distribuição de energia. Tornando-se o 
processo híbrido como uma fonte complementadora do sistema de energia elétrica 
pela qual se encontrada interligada. 
Ressalta-se que ambas as classificações dos sistemas híbridos de energia 
constituem-se de suma relevância, propiciando verdadeiros benefícios para que 
venha a utiliza-las. 
 
 
4.3 SISTEMA HÍBRIDO DE ENERGIA FOTOVOLTAICA-EÓLICA 
 
A união dos sistemas eólicos e fotovoltaicos no processo híbrido faz com que 
a desvantagem estabelecida pela utilização de apenas uma fonte de produção de 
energia elétrica seja superada, principalmente em relação a periodicidade dos 
recursos. Sendo que ao longo do dia os raios solares passam a seguir uma forma 
regular, menos radiante logo no início da manhã, atingido pico total entre meio-dia e 
diminuindo ao longo da tarde. Já em se tratando dos ventos esta fonte constitui-se de 
uma incógnita, todavia no decorrer do dia ocorre a possibilidade da existência de altas 
velocidades em especial naqueles momentos em que a radiação solar se encontra 
baixa, assegurando, desta forma, a produção de energia elétrica (PINHO, et al., 2008). 
39 
 
Nesse sentido, ressalta-se que a implantação de um sistema híbrido utilizando 
dos recursos fotovoltaicos-eólicos pode se diversificar de acordo com os dispositivos 
estabelecidos por cada projeto. A figura 04 vem a demonstrar o diagrama de blocos 
de um sistema híbrido por meio da geração eólica-fotovoltaica da energia elétrica. 
 
Figura 04: Diagrama de blocos de um sistema híbrido 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Lima (2017). 
 
Partindo-se desta premissa, Pinho et al. (2008) leciona que os sistemas 
híbridos de energia eólica-fotovoltaica, para que haja o seu pleno funcionamento e 
que possibilite chegar nos anseios almejados, torna-se necessário a implantação de 
unidades de controle e monitoramento de potências, propiciando a minimização dos 
custos e o aumento da sua eficácia. Devendo assim possuir, de acordo com o autor 
supracitado acima, as seguintes caracterizações: 
 
Possibilidade de medição de grandezas elétricas, como tensão, corrente e 
frequência de operação, e outras grandezas como temperatura dos módulos 
e baterias, velocidade e direção dos ventos, densidade do ar e irradiância. 
Ajuste do ciclo de carga e descarga das baterias para evitar a diminuição do 
seu ciclo de vida útil. Possuir um sistema capaz de guardar os dados do 
monitoramento. Possuir um sistema de proteção e alerta para prevenir 
imprevistos. Controle e previsão das condições operacionais em tempo real. 
Envio de informações via protocolo de comunicação (PINHO et al., 2008, p. 
187). 
 
Assim, para que haja a elaboração do projeto do sistema híbrido fotovoltaico-
eólico é necessário seguir etapas, que de acordo com Pinho et al. (2008), compreende 
na análise dos recursos disponíveis, análise do consumo a ser atendido, definição da 
estratégia de operação, balanço energético, dimensionamento do sistema de geração 
e por fim o dimensionamento do sistema de condicionamento de potência. 
40 
 
 
4.4 A IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS HÍBRIDOS FOTOVOLTAICOS-EÓLICOS 
RESIDENCIAIS 
 
Os sistemas híbridos de energia fotovoltaica-eólica constituem-se como 
mecanismos capazes de propiciar altas vantagens para com os consumidores, 
principalmente para com aqueles que residem em localidades de difícil acesso e, em 
virtude a tal fato, estão desprovidos dos sistemas convencionais de distribuição de 
energia elétrica. 
Nesse sentido Pinho et al. (2008) leciona que entre as vantagens possibilitadas 
pelo processo híbrido fotovoltaico-eólico é a não empregabilidade de recursos 
energéticos poluentes, além de que, a associação de mais de uma fonte faz com que 
haja a uma venha a suprir a falta temporária de outra, conferindo a este sistema a 
minimização de riscos ligados a interrupção de abastecimento de energia elétrica. 
Um segundo ponto positivo deste processo híbrido está no fato, como 
mencionado anteriormente, da regularidade da geração de energia fotovoltaica 
acontecendo está praticamente durante todo o período da manhã e tarde, e quando 
da sua ausência haverá ventos movendo as pás do rotor dos aerogeradores, fazendo 
com que desta forma ocorra a geração de energia durante todo o dia. Como forma 
ilustrativa as figuras 05 e 06 abaixo vêm a demonstrar o sistema híbrido fotovoltaico-
eólico isolado e compartilhado na rede desenvolvido emuma residência. 
 
Figura 05: Sistema híbrido fotovoltaico-eólico residencial isolado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
Fonte: Ecoplanetenergy (2018) 
Figura 06: Sistema híbrido fotovoltaico-eólico residencial conectado à rede elétrica 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Rockenbach; Silva & Mello (2018) 
 
Assim Zilles (2011) explana que a geração de energia hibrida por meio da 
utilização dos sistemas fotovoltaicos-eólicos caracteriza-se por unidades de produção, 
que além de exercerem o papel de consumidor de energia, passa a gerar grande parte 
da energia requerida, proporcionando autonomia energética, redução nos gastos no 
que tange as contas elétricas produzidas pelas concessionárias, favorecendo assim a 
sua empregabilidade. 
Diante tal fato, os sistemas de geração de energia híbrida fotovoltaico-eólico 
vem sendo, de forma expressiva, empregados nos mais variados setores da 
sociedade, em razão dos benefícios por ela produzida, evitando que interrupções de 
energia ou de qualquer outro tipo de distúrbio do sistema elétrico venha a ocasionar 
danos para com os seus consumidores (ZILLES, 2011). 
Nessa perspectiva e levando em conta a empregabilidade deste mecanismo 
nos recintos domiciliares, Pinho et al. (2008) vem a dispor que o sistema híbrido de 
energia fotovoltaica-eólica funciona como equipamentos capazes de preservar o pleno 
funcionamento dos produtos que necessitam da energia para desempenhar as suas 
funções. 
Percebe-se assim a fundamental importância que estes representam para os 
as locais residenciais, propiciando a distribuição de energia para com aqueles locais 
desprovidos de sistemas elétricos convencionais favorecendo a manutenção dos 
equipamentos que ali se encontram e a vida diária dos cidadãos. 
 
 
42 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A energia elétrica vem se transformando em um elemento de fundamental 
importância na vida dos seres humanos, chegando ao ponto de se tornar 
indispensável para o manejo de toda estruturação populacional. Passando a ser 
utilizada tanto nos domicílios familiares até por setores industriais de grande porte, 
apresentando assim múltiplas aplicações no dia-a-dia da sociedade. Fazendo com 
que assim as pessoas estejam inseridas em uma sociedade que vem se tornando 
submissa e dependente dos meios energéticos. 
Em virtude a tal fato, o seu consumo vem se multiplicando ainda mais nos 
últimos anos, principalmente em razão do crescimento desordenado da população, 
dos setores industriais e da área agrícola, mesmo diante o desenvolvimento e 
implantação de novos métodos de produção de energia e, bem como, do 
desenvolvimento de equipamentos tecnológicos que vem a propiciar uma maior 
eficiência energética. 
Todavia, é percebido estar diante de um sistema elétrico deficitário e de má 
qualidade, onde inúmeros são os distúrbios originados por estas fontes de energia, 
ocasionando, consequentemente, graves prejuízos para com os seus consumidores, 
sejam eles pessoas físicas como também para com os setores industriais e comerciais 
que tanto necessitam desse sistema para a promoção dos seus equipamentos que 
progressivamente vem se tornando em mecanismos tecnológicos sensíveis e de alta 
resolução. Sem mencionar as situações de degradação ambiental pela qual fontes de 
energias, em grande parte as não renováveis, podem ocasionar. 
Com isso, a empregabilidade das fontes renováveis vem sendo requisitada, nos 
últimos anos. Principalmente em se tratando das energias provenientes dos 
mecanismos fotovoltaicos e eólicos, em razão destes constituírem de fontes limpas e, 
sobretudo, em abundância no Brasil. Fazendo com que assim houvesse a sua 
associação em um único sistema de geração e distribuição de energia, passando a 
ficar conhecido como sistema hibrido de energia, passando estas a serem utilizadas 
tanto interligadas aos sistemas convencionais de energia elétrica como também de 
forma isolada. 
Apresentando altos benefícios para os consumidores, indo desde a redução de 
gastos, a proximidade entre consumo e geração, o que reduz perdas, e, em especial, 
43 
 
o desenvolvimento da sustentabilidade com a empregabilidade das fontes renováveis. 
Gerando uma produção autônoma e suficiente para atender as necessidades 
residenciais dos cidadãos, de forma qualificada e com qualidade. 
Chegando-se a conclusão da viabilidade da instalação de um sistema híbrido 
eólico-fotovoltaico constitui-se de um processo, capaz de sanar as necessidades 
residenciais energéticas. Onde uma fonte vem a suprir a produção da outra em um 
determinado momento do dia, fazendo com que desta forma sempre ocorra a sua 
geração, satisfazendo todas as atividades exercidas nestes locais com eficácia, 
produzindo a minimização de custos e propiciando resultados positivos para com os 
seus consumidores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
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