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Assistência de enfermagem ao neonato prematura na unidade de terapia intensiva - UTIN

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JAIANE MARIA SANTOS ALVES
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO NEONATO PREMATURO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
Brasília
2019
JAIANE MARIA SANTOS ALVES
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO NEONATO PREMATURO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Anhanguera Educacional - FACITEB, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Enfermagem. 
Orientador: Natalia Fabri
Brasília
2019
JAIANE MARIA SANTOS ALVES
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO NEONATO PREMATURO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Anhanguera Educacional - FACITEB, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Enfermagem.
BANCA EXAMINADORA
Prof.(a). Titulação Nome do Professor (a)
Prof.(a). Titulação Nome do Professor (a)
Prof.(a). Titulação Nome do Professor (a)
Brasília, 05 de Dezembro de 2019.
SOBRENOME, Nome Prenome do autor. Título do trabalho: subtítulo (se houver). Ano de Realização. Número total de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nome do Curso) – Nome da Instituição, Cidade, ano.
RESUMO
Elemento obrigatório. Consiste em texto condensado do trabalho de forma clara e precisa, enfatizando os pontos mais relevantes como natureza do problema estudado; objetivo geral; metodologia utilizada; principais considerações finais sobre a pesquisa, de forma que o leitor tenha ideia de todo o trabalho. Deverá conter entre 150 e 500 palavras, é escrito em parágrafo único, sem citações, ilustrações ou símbolos, espaçamento simples e sem recuo na primeira linha.
Palavras-chave: Palavra 1; Palavra 2; Palavra 3; Palavra 4; Palavra 5.
(Obs.: São palavras ou termos que identificam o conteúdo do trabalho. Deixe o espaço entre o resumo e as palavras-chave. Escreva de três a cinco palavras chave, com a primeira letra em maiúscula e separada por um ponto-e-vírgula.)
SOBRENOME, Nome Prenome do autor. Título do trabalho na língua estrangeira: subtítulo na língua estrangeira (se houver). Ano de Realização. Número total de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em nome do curso) – Nome da Instituição, Cidade, ano.
ABSTRACT
Deve ser feita a tradução do resumo para a língua estrangeira.
Key-words: Word 1; Word 2; Word 3; Word 4; Word 5.
(Obs.: Siga as mesmas considerações do Resumo)
IG Idade gestacional 
IBGE	Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas 
SNC	Sistema Nervoso Central 
IBGE	Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBICT	Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
NBR	Norma Brasileira
15
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	13
2.	título do PRIMEIRO capítulo (cOLOQUE UM TÍTULO ADEQUADO)	16
3.	título do segundo capítulo (cOLOQUE UM TÍTULO ADEQUADO)	19
4.	título do TERCEIRO capítulo (cOLOQUE UM TÍTULO ADEQUADO)	22
5.	CONsiderações finais	23
REFERÊNCIAS	24
1. INTRODUÇÃO
Chama-se prematuro ou pré-termo o recém-nascido (neonato) com idade gestacional inferior a 37 semanas, conforme posição do Ministério da Saúde (BRASIL, 2017). Normalmente, nesta situação, o bebê possui peso ínfimo (menor que 2,5 quilogramas), além de a formação integral de muitos de seus órgãos estarem ainda incompletas (imaturidade orgânica). E, como tal, depende de condições de tratamento de enfermagem adequadas ao seu pleno desenvolvimento fora da vida intrauterina. 
Em razão dessa fragilidade dos recém-nascidos prematuros, sua permanência em Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN) requer cuidados diferenciados da equipe de assistência, principalmente pelo fato de que nos primeiros seis dias de vida ocorrerem mais da metade das mortes em bebês com menos de 1 ano (BRASIL, 2017).
Diante disto, a equipe de enfermagem que atua em UTIN precisa conhecer suas obrigações técnico-profissionais exigidas nesse ambiente hospitalar, sobretudo para o trato com recém-nascidos prematuros. É sobre este tema que tratará este projeto de pesquisa.
Ao nascer, o neonato classificado como prematuro é imediatamente levado para a UTIN a fim de receber o tratamento específico para a sua condição de vulnerabilidade biológica. É, portanto, imprescindível que sejam bem definidos e evidenciados os cuidados da equipe de enfermagem para com os bebês assim classificados. Deste modo, este trabalho se reveste de grande importância, já que estes conhecimentos são fundamentais para que o recém-nascido sobreviva, cresça e se desenvolva de forma plena. Neste contexto, o projeto em lide é muito importante sob vários aspectos. Para a literatura, vai discutir com os demais estudos, podendo contestar, ponderar e reafirmar os resultados já alcançados. Para a sociedade também é importante, porque servirá como incentivo às equipes de enfermagem no sentido de melhor capacitação para o trato com recém-nascidos prematuros. 
Os índices de mortalidade infantil tendem a diminuir com a melhor capacitação dos novos profissionais de saúde. Pode também contribuir para o aprimoramento da formação profissional dos enfermeiros e de toda a comunidade envolvida com o assunto. Diante desta realidade, quais os principais cuidados da equipe de enfermagem que atua em UTIN para com os bebês prematuros?
O presente trabalho tem como objetivo geral compreender os cuidados de enfermagem para com os recém-nascidos prematuros em UTIN objetivou também especificamente, estudar o que é o neonato prematuro; descrever o serviço realizado na unidade de terapia intensiva neonatal; discutir os principais cuidados da equipe de enfermagem para com os neonatos prematuros.
Pretende-se fazer uma pesquisa exploratória, com revisão bibliográfica, buscando fundamentar o estudo através da opinião de diversos estudiosos do tema proposto. As fontes de pesquisa serão: livros específicos, legislação e normas, artigos científicos, monografias, periódicos, entre outros. Para acesso a essas fontes, utilizar-se-á a internet, livros publicados e revistas sobre o tema, tendo como base os seguintes bancos de dados: LILACS, MEDLINE, PUBMED e SCIELO. Após análise dos artigos mais relevantes, os resultados serão discorridos.
De acordo com Gil (2002, p. 41), as pesquisas exploratórias permitem maior familiarização com o problema, tornando-o mais claro de se entender e de se construir hipóteses. E têm como propósito principal aprimorar as ideias sobre o objeto de pesquisa. Para isto, em geral, elas envolvem revisão bibliográfica, relato de experiências com o problema de pesquisa e apreciação de exemplos típicos, os quais estimulam a compreensão. Além disso, as pesquisas exploratórias têm como objetivo descobrir, achar, elucidar fenômenos, ou explicá-los quando já existem, mas ainda não são aceitos.
Sobre a revisão bibliográfica, Gil (2008, p. 45) ensina que “é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Desta forma, o seu maior benefício é dar ao pesquisador maior abertura para descobrimento de fenômenos, maior que a abertura em relação à pesquisa direta do objeto. É uma importante vantagem dentro da perspectiva deste estudo, em particular. 
2. prematuridade 
Quando o bebê nasce antes da 37ª semana de gestação, isso é chamado de prematuridade. É possível que uma criança nasça com 40 semanas de gestação com um peso igual ao de uma criança prematura, neste caso, é um bebê pequeno para a idade gestacional. Nem todas as crianças prematuras terão os mesmos problemas de saúde, a gravidade desses problemas está associada à idade gestacional, maturação e peso (RAMOS; CUMAN, 2009). 
A criança prematura nasce com uma imaturidade de seus órgãos, tendo esse efeito principalmente em três funções corporais controle de temperatura, respiração e alimentação. O bebê prematuro precisa de apoio para poder sobreviver fora do útero da mãe, sendo necessário entrar em uma unidade hospitalar específica (SILVEIRA et al., 2008). 
É considerado um bebê prematuro se nascer antes do término da gravidez, embora os bebês prematuros sejamgeralmente referidos quando o parto ocorre antes da 36ª semana de gravidez. Quanto mais prematuro o bebê, menor é a probabilidade de que as funções vitais dos sistemas respiratório, digestivo e cardiovascular sejam suficientemente desenvolvidas para poder viver fora do útero. Em outros casos, isso acontece muito tempo depois de tentar evitar o parto prematuro As crianças prematuras nascem em todo o mundo, em países de alta, média e baixa renda. Cerca de 15 milhões de crianças prematuras nascem a cada ano, ou seja, mais de 1 em 10. 60% delas nascem na África subsaariana e no sul da Ásia. (SIQUEIRA et al. , 2011, p. 28). 
O termo prematuro não implica avaliação da maturidade, como prematuramente, embora, na prática, ambos os termos sejam usados de forma intercambiável. A maior parte da morbimortalidade afeta recém-nascidos muito prematuros, cuja idade gestacional (IG) é inferior a 32 semanas e, especialmente aos prematuros extremos que nascem antes da semana 28º da IG (MARTINS et al., 2011). 
A dificuldade de conhecer inequivocamente a IG justificou o uso do peso ao nascer como parâmetro de referência, para classificar o bebê como baixo peso ao nascer menor que 2.500 gr, e subgrupos de muito baixo peso ao nascer com peso inferior a 1500 gr e de extremo baixo peso a menos de 1000 gr Ao estabelecer a relação entre os parâmetros peso e IG, podemos subdividir a população de prematuros, em alto peso, peso adequado e baixo peso para a IG, situação que condicionará a probabilidade (SALGE et al., 2009). 
2.1 INCIDÊNCIAS E TAXAS DA PREMATURIDADE 
Há um aumento das taxas de prematuridade na Brasil nos últimos 20 anos, nos dados disponíveis no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) 3 dos últimos 10 anos, a taxa global de prematuridade variou entre 1996 e 2006 de 5, 84% a 6,84%, aos quais o sub-registro produzido pela legislação brasileira deve ser adicionado (CASCAES et al., 2008). 
Conforme publicaram em sua pesquisa Castro, Rugolo e Margotto (2012) afirmam que existem diferenças entre as comunidades autônomas e entre os diferentes hospitais que excedem 10% do total de nascimentos, em alguns, as taxas publicadas no Brasil excedem 12,5% 5, embora uma porcentagem de 8,8% corresponda àquelas nascidas entre 34 semanas e 36 semanas. O nascimento de prematuros com IG abaixo de 32 semanas permanece relativamente estável e varia entre 1 e 2% do total de nascimentos. 
O registro oficial de recém-nascidos com peso inferior a 1.500 gr. Foi de 0,62% em 1996 e 0,75% em 2006. O número de recém-nascidos no Brasil em 2006 foi de 482.957, e 3.651 crianças com peso inferior a 1500 gr foram tratadas, ambas as taxas referiram-se aos que sobreviveram mais de 24 horas (ALMEIDA et al., 2011). 
A maioria dos bebês prematuros nasce após a apresentação de um parto prematuro espontâneo ou após amniorrexe prematura. Suspeita-se de presença de infecção clínica ou subclínica, embora o tratamento antibacteriano não seja eficaz no parto prematuro espontâneo pelo contrário, seu uso na amniorrexe precoce consegue prolongar a gravidez, diminuir a taxa de coriomionite e melhora os resultados neonatais (GONTIJO. et al., 2010). 
Outros fatores associados são a existência de partos prematuros anteriores, a situação socioeconômica desfavorável da mãe e o tabagismo materno. Medidas que melhora a assistência pré-natal médica, dietética e social são eficazes para corrigir a desigualdade e controlar a taxa de prematuridade (ALMEIDA et al., 2010).
Gravidez espontânea ou induzida múltipla aumenta as taxas de prematuridade e responde por aproximadamente um quarto do pré-termo. A incidência de gêmeos e trigêmeos se multiplicou nos primeiros anos de desenvolvimento de técnicas de reprodução assistida, mais de 50% dos gêmeos e quase todos os trigêmeos e múltiplos são bebês prematuros (GRANER; BARROS, 2009).
As complicações maternas e fetais são a causa de 15 e 25% dos prematuros, o maior percentual é representado por hipertensão materna e desnutrição intrauterina, seguidas por polihidrâmnio. A prematuridade é induzida obstetricamente em certas patologias fetais, como fetopatia diabética, hidropisia fetal etc. (FRANÇA; LANSKY, 2016). 
O tipo de parto é uma questão não resolvida, mas a cesariana é usada com um pico máximo a 28 semanas descendo à medida que a IG avança a taxas de 30% no pré-termo que excedem a 34º semana. O parto deve ocorrer em ambiente hospitalar, de preferência agendado com a presença de um neonatologista e uma enfermeira especialista (PATAH; MALIK, 2011). 
Prepare todo o material necessário para reanimação e transferência em um ambiente térmico estável, fornecido com assistência para fornecer ventilação mecânica, manter a perfusão e monitorar continuamente a saturação de oxigênio e a frequência cardíaca por oximetria de pulso (CAMARNEIRO, 2011).
2.1.1 Complicações da prematuridade
 A incidência e gravidade das complicações da prematuridade aumentam com a redução da idade gestacional e do peso ao nascer, por exemplo, enterocolite necrosante, retinopatia da prematuridade, displasia broncopulmonar, hemorragia intraventricular são incomuns em prematuros tardios e, está relacionada à disfunção de sistemas orgânicos imaturos. Em alguns casos, as complicações resolvem completamente, em outros, há disfunção orgânica residual (ARRUDA; MARCON, 2010). 
Complicações cardíacas, a incidência geral de cardiopatia congênita em prematuros é baixa. A complicação cardíaca mais comum é o ducto arterial persistente (PDA) Em recém-nascidos prematuros, é mais provável que o ducto arterioso não feche após o nascimento. A incidência de ducto arterial persistente (PDA) aumenta quanto maior a prematuridade, a PDA é observada em quase metade dos recém-nascidos com peso ao nascer <1.750 ge em cerca de 80% daqueles com peso ao nascer <1.000 gm (BARREIROS; ANDRADE; AFONSO, 2018).
Aproximadamente um terço a metade dos bebês com PAC apresentam algum grau de insuficiência cardíaca. Recém-nascidos prematuros ≤ 29 semanas de gestação com síndrome do desconforto respiratório têm um risco de 65 a 88% de PDA sintomática. Se as crianças tiverem ≥ 30 semanas de gestação ao nascer, o ducto se fechará espontaneamente em 98% no momento da alta hospitalar (ZOMIGNANI et al., 2009). 
De acordo com Silva et al., (2009) as complicações do Sistema Nervoso Central (SNC), maus reflexos de sucção e deglutição, episódios apnéicos, hemorragia intraventricular, atrasos no desenvolvimento ou cognitivos. Os recém-nascidos com menos de 34 semanas de gestação apresentam coordenação inadequada dos reflexos de sucção e deglutição e devem ser alimentados por via intravenosa ou por sonda nasogástrica. A imaturidade do centro respiratório do tronco cerebral causa episódios de apneia, também podem ser causados apenas pela obstrução da hipofaringe, ambos os tipos podem estar presentes. 
A matriz germinativa periventricular é propensa a sangramentos, que podem se espalhar para os ventrículos cerebrais, o infarto periventricular da substância branca também pode ser devido a razões ainda não conhecidas. Hipotensão, perfusão cerebral inadequada ou instável e aumento da pressão arterial podem contribuir para derrame ou hemorragia cerebral. A lesão periventricular da substância branca é um importante fator de risco para paralisia cerebral e atraso neuromadurativo (VINAGRE et al., 2009). 
Recém-nascidos prematuros, particularmente aqueles com histórico de sepse, enterocolite necrosante, hipóxia e hemorragias intraventriculares e / ou periventriculares, são expostos a atrasos maturacionais e cognitivos, esses bebês necessitam de monitoramento cuidadoso durante o primeiro ano de vida para detectar atrasos auditivos, visuais e neuromadurativos (SILVA et al., 2011). 
Ainda de acordo com Silva et al., (2011) complicações oculares, retinopatia da prematuridade, miopia e / ou estrabismo. A vascularização da retina não é concluída até perto do final, o nascimento prematuro pode interferir no processo normal de vascularização, que determina desenvolvimento vascular anormal e, ocasionalmente, defeitosde visão que incluem cegueira. A incidência de retinopatia da prematuridade é inversamente proporcional à idade gestacional, a doença geralmente se manifesta entre 32 e 34 semanas de idade gestacional.
Complicações no trato intestinal, intolerância alimentar, com risco aumentado de aspiração e enterocolite necrosante. A intolerância alimentar é muito frequente porque os bebês prematuros têm estômago pequeno, reflexos de deglutição e deglutição imaturos e motilidade gástrica e intestinal insuficiente. Esses fatores impedem a capacidade de tolerar a alimentação por via oral e por sonda nasogástrica e geram risco de aspiração (PEDRAS et al., 2008). 
A tolerância à alimentação aumenta com o tempo, principalmente quando as crianças conseguem receber alguma alimentação enteral, geralmente, a enterocolite necrosante se manifesta por fezes com sangue, intolerância alimentar e abdômen distendido, dolorosos à palpação. É a emergência cirúrgica mais frequente no recém-nascido prematuro. As complicações da enterocolite necrosante neonatal são perfuração intestinal com pneumoperitônio, formação de abscessos intra-abdominais, formação de estenose, síndrome do intestino curto, sepse e morte (NICOLAU et al., 2008). 
Ainda segundo Nicolau et al., (2008) as complicações por infecções, sepse e meningite, são cerca de 4 vezes mais prováveis no recém-nascido prematuro e ocorrem em cerca de 25% dos bebês com muito baixo peso ao nascer (MBPN). A maior probabilidade é devida a cateteres intravasculares permanentes e tubos endotraqueais, áreas de continuidade da pele e concentrações marcadamente reduzidas de imunoglobulinas.
Complicações nos rins, acidose metabólica e retardo de crescimento, a função renal é limitada, portanto, há uma diminuição na capacidade de concentração e diluição da urina. A incapacidade dos rins imaturos de excretar ácidos fixos, que se acumulam quando são administradas fórmulas ricas em proteínas e como consequência do crescimento ósseo, pode causar acidose metabólica tardia, sódio e bicarbonato são perdidos na urina (ALVES; SANTOS; SOUZA, 2013). 
Nos pulmões, Síndrome do desconforto respiratório, insuficiência respiratória da prematuridade, doença pulmonar crônica. Frequentemente, a produção de surfactante é inadequada para evitar colapso alveolar e atelectasia, que causam a síndrome do desconforto respiratório. Muitos outros fatores podem contribuir para problemas respiratórios na primeira semana de vida. Independentemente da causa, muitos recém-nascidos extremamente prematuros e muito prematuros apresentam problemas respiratórios persistentes e uma necessidade contínua de suporte respiratório (CHAVES et al., 2008). 
Algumas crianças se desconectam com sucesso do suporte por algumas semanas, outros desenvolvem doença pulmonar crônica com necessidade de suporte respiratório prolongado usando cânula nasal de alto fluxo, pressão positiva contínua nas vias aéreas ou outra assistência ventilatória não invasiva ou ventilação mecânica. O suporte respiratório pode ser administrado com ar ambiente ou com oxigênio suplementar. Se for necessário oxigênio suplementar, deve-se usar a menor concentração de oxigênio que possa manter os níveis de saturação de oxigênio de 90 a 95% (RIBEIRO; MELO; DAVIDSON, 2008). 
Problemas metabólicos, hipoglicemia, hiperbilirrubinemia e doença óssea metabólica, a hiperbilirrubinemia é mais comum em prematuros do que no termo recém-nascido, e o kernícterus pode ocorrer com concentrações séricas de bilirrubina de apenas 10 mg / dL em prematuros pequeno e doente, concentrações mais altas de bilirrubina podem ser devidas, em parte, ao desenvolvimento inadequado de mecanismos de excreção hepática, como deficiências na captação sérica de bilirrubina, conjugação hepática ao glucuronídeo de bilirrubina e excreção no ducto biliar (CRUVINEL; PAULETTI, 2018). 
 A dissimulação da motilidade intestinal permite maior desconjugação do diglucuronídeo de bilirrubina no lúmen intestinal pela enzima luminal beta-glucuronidase, que permite maior reabsorção da bilirrubina não conjugada. Pelo contrário, a alimentação precoce aumenta a motilidade intestinal e reduz a reabsorção da bilirrubina, o que pode reduzir significativamente a incidência e a intensidade da icterícia fisiológica. Em casos pouco frequentes, o atraso no pinçamento do cordão umbilical pode aumentar o risco de hiperbilirrubinemia significativa, permitindo a transfusão de hemácias, com o consequente aumento de sua degradação e produção de bilirrubina (OLIVEIRA; MENDONÇA; FREITAS, 2015).
Einloft et al., (2010)afirma em sua pesquisa que, a doença óssea metabólica com osteopenia é comum, principalmente em recém-nascidos extremamente prematuros. É causada pela ingestão inadequada de cálcio, fósforo e vitamina D e é agravada pela administração de diuréticos e corticosteroides. O leite materno também não possui cálcio e fósforo suficientes e deve ser fortificado. A vitamina D complementar é necessária para otimizar a absorção intestinal de cálcio e controlar a excreção urinária.
O hipotireoidismo congênito, caracterizado por baixos níveis de tiroxina e níveis elevados de hormônios estimulantes da tireoide, é muito mais comum em recém-nascidos prematuros do que em bebês a termo. Em recém-nascidos com peso ao nascer <1500 g, o aumento do TSH pode ser adiado por várias semanas, o que requer avaliação repetida para detecção. Hipotiroxinemia transitória, caracterizada por baixos níveis de T4 e níveis normais de TSH, é muito comum em bebês extremamente prematuros, o tratamento com L-tiroxina não é benéfico (GEJÃO, 2008). 
Ainda segundo Gejão (2008) a crianças muito prematuras, com idade gestacional inferior a 30 semanas ou com problemas graves durante a internação na unidade neonatal, podem se beneficiar do apoio prestado pelos centros de atendimento precoce. O pediatra pode ser perguntado se ele acha apropriado encaminhar a criança para um desses centros. Passar um tempo com a criança brincando com ele ou conversando com ele será bom para o seu desenvolvimento. Foi visto que conversar com crianças prematuras, contar histórias ou ler histórias desde tenra idade os ajuda a se desenvolver. 
3. título do segundo capítulo (cOLOQUE UM TÍTULO ADEQUADO)
4. título do TERCEIRO capítulo (cOLOQUE UM TÍTULO ADEQUADO)
5. CONsiderações finais
REFERÊNCIAS
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