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UNIVERSIDADE POTIGUAR – UNP ESCOLA DA SAÚDE E BEM-ESTAR CURSO: ENFERMAGEM ALUNA: MARIA EDUARDA SALES DA SILVA – 201908968 PROFESSOR: CAIO FERNANDO MARTINS FERREIRA APS – ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA SUMÁRIO 1. Entamoeba hystolitica..........................................................................04 2. Giardia lamblia......................................................................................05 3. Trypanosoma cruzi...............................................................................07 4. Leishmania chagasi..............................................................................09 5. Plasmodium...........................................................................................11 6. Toxoplasma gondii...............................................................................12 7. Schistosoma mansoni..........................................................................14 8. Enterobius vermicularis.......................................................................15 9. Ancylostoma duodenale.......................................................................17 10. Taenia solium x T. saginata.................................................................19 11. Trichuris trichiura.................................................................................20 12. Ascaris lumbricoides...........................................................................22 13. Referencias...........................................................................................24 PARASITAS 1. Entamoeba hystolitica DOENÇA Amebíase AGENTE ETIOLÓGICO Entamoeba hystolytica FORMAS EVOLUTIVAS Cisto e trofozoíta CICLO BIOLÓGICO A infecção amebiana se inicia com a ingestão de resíduos fecais contendo cistos do parasito, através de água e alimentos contaminados, forma mais frequente, ou relação sexual oral-anal (Moran et al, 2005). Estes cistos são resistentes a ação do suco gástrico chegando ao intestino delgado, na porção terminal do íleo onde ocorre o desencistamento com a liberação do metacisto, através de uma pequena fenda na parede cística. SITOMATOLOGIA Caso a pessoa sinta os sintomas, podem ser leves e incluir cólicas e diarreia. Já fezes com sangue, febre e abscesso hepático podem ocorrer em casos graves. DIAGNÓSTICO É realizado por meio de exames de amostra de fezes ou por meio de testes sorológicos. TRATAMENTO O tratamento para casos simples de amebíase geralmente consiste na prescrição de metronidazol por dez dias, administrado por via oral. O médico também pode prescrever medicamentos para controlar náuseas. Já se o parasita invadir os tecidos intestinais ou órgãos internos, o tratamento deve focar, também, no tratamento de todas as áreas afetadas por ele. Se a infecção parasitária causar perfurações no cólon ou em tecidos peritoneais, a cirurgia pode ser necessária. PROFILÁXIA Saneamento básico, ingestão de água tratada ou fervida e de frutas e verduras bem lavadas, higiene pessoal e tratamento dos doentes. 2. Glardia lamblia DOENÇA Giardíase AGENTE ETIOLÓGICO Giardia lamblia FORMAS EVOLUTIVAS Cistos e trofozoitos CICLO BIOLÓGICO A infecção ocorre pela ingestão de cistos em água ou alimentos contaminados. No intestino delgado, os trofozoítos sofrem divisão binária e chegam à luz do intestino, onde ficam livres ou aderidos à mucosa intestinal, por mecanismo de sucção. A formação do cisto ocorre quando o parasita transita o cólon, e neste estágio os cistos são encontrados nas fezes. SINTOMATOLOGIA Podem apresentar diarreia, cólicas abdominais, mal estar, flatulência, náuseas, vômitos e emagrecimento. A maioria dos casos são assintomáticos. DIAGNÓSTICO Cistos são procurados através de exames parasitológicos de fezes. TRATAMENTO Mebendazol, albendazol, metronidazol, tinizadol, nitazoxanida PROFILAXIA É de extrema importância que cada um adote hábitos de higiene, pois em qualquer tipo de situação em que os cistos de giárdia liberados nas fezes alcancem a boca de outras pessoas, causará a contaminação. 3. Trypanosoma cruzi DOENÇA Doença de chagas AGENTE ETIOLÓGICO Trypanosoma cruzi FORMAS EVOLUTIVAS Tripomastigota, amastigota e epimastigota. CICLO BIOLÓGICO O barbeiro se alimenta do sangue do hospedeiro vertebrado e elimina suas fezes e urina. Através de mucosas ou por ferimentos na pele, estes infectam as células do hospedeiro, como as do coração. No interior destas, o parasito ganha forma arredondada, multiplicando-se por divisão binária. Quando as células estão repletas de parasitos, eles novamente mudam de forma, e com a ruptura da célula hospedeira disseminam-se pela corrente sanguínea, sendo capazes de infectar novos tecidos e órgãos. Se o individuo ou animal infectado ao ser picado pelo barbeiro, os parasitos em seu sangue podem ser transmitidos ao inseto. No intestino deste, mudam mais uma vez de forma, multiplicam-se e tornam-se, novamente, formas infectantes, que são eliminadas junto com as fezes e a urina do inseto e assim fecha o ciclo. SINTOMATOLOGIA Fase aguda: dor de cabeça, febre prolongada, inchaço no rosto e pernas e fraqueza intensa. Fase crônica: normalmente não apresenta sintomas, porem em algumas pessoas pode ocorrer problemas cardíacos como insuficiência cardíaca, problema digestivo como megacolon e megaesôfago. DIAGNÓSTICO Fase aguda: exame de sangue utilizando o microscópio Fase crônica: utiliza sorologia. TRATAMENTO Nifurtimox ou benznidazol. PROFILAXIA Cuidados com a conservação das casas para que o barbeiro não forme colônias nelas, aplicação sistemática de inseticidas e utilização de telas em portas e janelas, principalmente em ambientes rurais. 4. Leishmaniose chagasi DOENÇA Leishmaniose visceral AGENTE ETIOLÓGICO Leishmania chagasi FORMAS EVOLUTIVAS Promastigota e amastigota CICLO BIOLÓGICO A fêmea do mosquito palha pica cães, outros animais ou humanos transmitindo o protozoário de Leishmania chagasi. SINTOMATOLOGIA Febre de longa duração, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia e aumento do fígado e baço. DIAGNÓSTICO Pode ser realizado por meio de técnicas imunológicas e parasitológicas. TRATAMENTO Antiparasitário PROFILAXIA A prevenção da Leishmaniose Visceral ocorre por meio do combate ao inseto transmissor. É possível mantê-lo longe, especialmente com o apoio da população, no que diz respeito à higiene ambiental. Essa limpeza deve ser feita por meio de: limpeza periódica dos quintais, dos abrigos dos animais domésticos e uso de inseticida. 5. Plasmodium DOENÇA Malária AGENTE ETIOLÓGICO Plasmodium FORMAS EVOLUTIVAS Possui duas fases de reprodução, desenvolvimento assexual e formação dos microgametas no ser humano e formação sexual dos esporozoítos no mosquito. CICLO BIOLÓGICO Os membros do gênero plasmodium são digenéticos. Ou seja, eles completam seu ciclo de vida em dois hospedeiros.Este ciclo consiste em ciclos sexuais e assexuais que ocorrem no vetor/mosquito e no vertebrado, respectivamente. SINTOMATOLOGIA Febre alta, calafrios, temores, tremores, sudorese e dor de cabeça. DIAGNÓSTICO Só é possível pela demonstração do parasito, ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente, pelos métodos a seguir: · Gota espessa · Esfregaço delgado · Testes rápidos · Técnicas moleculares TRATAMENTO artemeter + lumefantrina ou artesunato + mefloquina PROFILAXIA Existe um tipo de medicamento para quando a pessoa precisa ir em alguma área de risco a doxiciclina. O esquema de uso é um dia antes, durante toda a estadia na área de risco e quatro semanas após retornar. Outros tipos de cuidado que podem ser tomados é o uso do repelente, roupas que cobrem pernas e braços, mosquiteiros, telas em portas e janelas, melhoramento da moradia e das condições de trabalho, entre outros.6. Toxoplasma gondii DOENÇA Toxoplasmose AGENTE ETIOLÓGICO Toxoplasma gondii FORMAS EVOLUTIVAS Ciccidiano e assexuado CICLO BIOLÓGICO Um hospedeiro intermediário suscetível, como por exemplo o ser humano, outros mamíferos ou aves, podem ingerir água ou alimentos contaminados com oocistos maduros, ou carne crua ou má cozida contendo bradizoítos ou leite contaminado contendo taquizoítos. SINTOMATOLOGIA Dor muscular, febre e dor de cabeça. DIAGNÓSTICO É baseado, principalmente em exames de sangue. Em alguns casos, pode ser necessário combinar outros tipos de exames laboratoriais para uma avaliação mais detalhada. TRATAMENTO Antiparasitário ou antibiótico PROFILAXIA É de extrema importância que lave as mãos após pegar em gatos, limpar a caixinha de areia com cuidado e lavar bem as mãos, evitar comer carne crua e malcozida, entre outros. 7. Schistosoma mansoni DOENÇA Esquistossomose AGENTE ETIOLÓGICO Schistosoma mansoni FORMAS EVOLUTIVAS Verme adulto, ovo, miracídio, esporocistos, cercaria e esquistossômulo. CICLO BIOLÓGICO Possui um ciclo de vida complexo que envolve um hospedeiro intermediário, o molusco aquático do gênero Biomphalaria, e um hospedeiro definitivo vertebrado. Essa espécie desenvolve sua fase adulta parasitando a luz dos vasos sanguíneos de seus hospedeiros mamíferos, onde habita preferencialmente as vênulas do plexo hemorroidário superior e nas ramificações mais finas das veias mesentéricas, principalmente a inferior, local de oviposição das fêmeas. SINTOMATOLOGIA Dor de cabeça, fraqueza, febre, calafrios, suores, diarreia, dor muscular, falta de apetite e tosse. DIAGNÓSTICO Realizado através de exames de fezes. TRATAMENTO Praziquantel ou oxamniquina PROFILAXIA Saneamento básico, controle dos hospedeiros intermediários e informações sobre como a doença pode ser transmitida. 8. ENTEROBIUS VERMICULARIS DOENÇA Oxiurose AGENTE ETIOLÓGICO Enterobius vermicularis FORMAS EVOLUTIVAS Ovos e larvas CICLO BIOLÓGICO Inicia na ingestão do ovo pela pessoa. Ao ser ingerido, ele segue até o intestino delgado, quando alocados no órgão, as larvas eclodem e seguem para o ceco, local utilizado para reprodução. Após a reprodução das larvas, o macho é eliminado nas fezes. Já as fêmeas migram para a região perianal e morrem logo após colocarem os ovos e todo o ciclo dura aproximadamente 40 dias. SINTOMATOLOGIA Náuseas, insônia, coceira na região anal ou vaginal, dor abdominal, irritabilidade e agitação. DIAGNÓSTICO Exame de fezes. Quando o parasitismo é muito intenso, deve-se pesquisar diretamente na região perianal, o que deve ser feito pelos métodos de Hall ou de Graham, cuja colheita é feita na região anal, seguida de leitura em microscópio. TRATAMENTO Mebendazol, pamoato de picarintel e albendazol. PROFILAXIA Lavar as mãos antes das refeições, após o uso do sanitário, após o ato de se cocar e antes de mexer com alimentos, manter as unhas aparadas, para evitar acumulo de material contaminado, evitar coçar a região anal desnuda e levar as mãos à boca, troca de roupas de cama, de roupa interna e toalhas de banho, diariamente, para evitar a aquisição de novas infecções pelos ovos depositados nos tecidos e manter os sanitários limpos. 9. Ancylostoma duodenale DOENÇA Ancilostomose AGENTE ETIOLÓGICO Ancylostoma duodenale FORMAS EVOLUTIVAS Bolsa copuladora e cápsula bucal CICLO BIOLÓGICO A larva penetra através da pele e atingem a circulação sanguínea, migrando pelo organismo e chegando aos pulmões e alvéolos pulmonares, também podem ir pela traqueia e epiglote, são deglutidas e chegam ao estômago e, em seguida, intestino, já no intestino, a larva sofre processo de maturação e diferenciação em vermes adultos machos e fêmeas, havendo reprodução e formação dos ovos, que são eliminados nas fezes. Em solos úmidos, especialmente de locais tropicais, os ovos eclodem, liberando as larvas no solo, que desenvolvem em suas formas infectantes e podem infectar mais pessoas. SIMATOLOGIA Irritação na pele, diarreia, dor na barriga, e pode causar anemia. DIAGNÓSTICO Exame microscópico das fezes TRATAMENTO Albendazol, mebendazol ou pamoato de pirantel. PROFILAXIA Impedir a defecação anti-higiênica e evitar o contato direto da pele com o chão, contato direto com areia de praia potencialmente infestada ou outro tipo de solo. 10. Taenia solium x T. saginata DOENÇA Teníase e Cisticercose AGENTE ETIOLÓGICO Taenia solium x T. saginata FORMAS EVOLUTIVAS Verme adulto, ovo e cisticerco. CICLO BIOLÓGICO · Homem parasitado elimina proglotes grávidas com ovos no ambiente, as proglotes se rompem liberando ovos, o hospedeiro intermediário ingere os ovos contendo embrião. · O homem ingere os cisticercos contidos na carne animal, ação do suco gástrico: o cisticerco evagina-se e fixa na parede intestinal através do escólex. SINTOMATOLOGIA Teníase: Dor abdominal, náuseas, diarreia, perda de peso ou prisão de ventre. Cisticercose: Afeta o cérebro, músculos e tecidos. DIAGNÓSTICO Exame microscópico de fezes ou exame de imagem. TRATAMENTO Mebendazol, niclosamida ou clorossalicilamida, Praziquantel, Albendazol / Praziquantel, Dexametasona, para reduzir a resposta inflamatória, Albendazol, Metilprednisolona. PROFILAXIA Trabalho educativo para a população, bloqueio de foco do complexo Teníase/Cisticercose, inspeção sanitária da carne, fiscalização de produtos de origem vegetal, cuidados na suinocultura, e desinfecção concorrente. 11. Trichuris trichiura DOENÇA Tricuríase AGENTE ETIOLÓGICO Trichuris trichiura FORMAS EVOLUTIVAS Ovos e larvas. CICLO BIOLÓGICO Os ovos desse parasita são liberados nas fezes para o ambiente. No solo os ovos passam por um processo de maturação, até que se tornam infectantes. Esses ovos maduros podem ser ingeridos pelas pessoas através do consumo de água e alimentos contaminados e eclodem no intestino, onde sofrem processo de maturação e diferenciação entre macho e fêmea, que reproduzem-se e dão origem a novos ovos. SINTOMATOLOGIA Diarreia, dor ou desconforto ao defecar, vontade frequente para defecar, perda de peso sem razão aparente, devido à má absorção causada pela presença do parasita na parede do intestino, anemia ferropriva, dor de cabeça constante, náuseas e vômitos. DIAGNÓSTICO Exame de fezes, porém dependendo da situação o médico pode solicitar uma endoscopia. TRATAMENTO Mebendazol, albendazol ou ivermectina. PROFILAXIA Tratamento do solo, dos doentes, da água, educação sanitária, higiene pessoal. É importante repetir o exame parasitológico até dar negativo. 12- Ascaris lumbricoides DOENÇA Ascaríase AGENTE ETIOLÓGICO Ascaris lumbricoides FORMAS EVOLUTIVAS Ovo, larvado e infértil verme adulto. CICLO BIOLÓGICO A fêmea produz ovos que são excretados nas fezes. Os ovos não fertilizados podem ser ingeridos, mas não são infecciosos. Já no meio ambiente, os ovos fertilizados, dependendo das condições, se tornam embrionários e infecciosos entre 18 dias e algumas semanas; as condições ideais são solo úmido, quente e sombreado, os ovos infecciosos são deglutidos. No intestino delgado, os ovos eclodem em larvas. elas penetram a parede do intestino e migram via circulação porta até o fígado, a seguir via circulação sistêmica até os pulmões, onde amadurecem ainda mais. Penetram as paredes alveolares, ascendem a árvore brônquica até a garganta e são deglutidas. A seguir retornam ao intestino delgado, onde se transformam em vermes adultos. SINTOMATOLOGIA Cólicas abdominais, náuseas e vômitos, diarreia ou presença de sangue nas fezes, cansaço excessivo e presença de vermes nas fezes. DIAGNÓSTICO Exame de fezes com o microscópio. PROFILAXIA Lavar as mãos e os alimentos, cozinhar e tomar mais algumas medidas sanitárias. REFERENCIAS · http://www.saude.gov.br/ · http://www.medicinanet.com.br/ · https://www.msdmanuals.com/ · https://www.mdsaude.com/ · http://www.profbio.com.br/ · https://www.tuasaude.com/ · http://www.ufjf.br/ · http://www.parasitologia.icb.ufmg.br/ 24
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