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A psicólogia do comportamento desviante

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​​​​​​​Considerando essas circunstâncias e o encaminhamento do jovem para a  avaliação da dependência química, quais passos devem ser seguidos pelo psicólogo e como você deveria fazer a avaliação desse caso?
Levando em consideração que todo trabalho com dependência química é baseado na reestruturação dos pensamentos do indivíduo, primeiro ele terá que procurar entender a relação do sujeito com as drogas, ou a droga como é o caso especifico. Seu modo de trabalho vai depender da abordagem psicológica que ele escolheu para seguir. Mas independente disso, o seu olhar recai sobre o indivíduo. O profissional se debruça sobre a história psicossocial do dependente químico. Nesse caso acima o trabalho do psicologo se fundamentará na escuta compreensiva sobre o jovem em questão. Seu olhar vai terá que ir para além da doença em si. Terá que buscar compreender a história do sujeito, suas motivações, razões. Ele ajuda o dependente a encontrar outras soluções para os seus problemas. O psicólogo objetiva ajudar o indivíduo no processo de autonomia. Se vê como dono de sua própria história. Por isso, o seu papel na dependência química não se baseia numa visão punitiva. O foco do psicólogo não é fazer com que o indivíduo pare de usar a substância. Mas sim, fazê-lo entender que ele é tão dono de sua existência que não precisa de algo para o controlar. Não precisa das drogas para ser feliz, para deixar de ser tímido, para ser reconhecido, ou para qualquer motivo que seja. Como é sabido a Avaliação Psicológica com esse público, é indicado que a priori deve-se investigar a amplitude e as circunstâncias do consumo, ou seja, o profissional deve buscar informações sobre as substâncias consumidas, o modo como são administradas, as circunstâncias e os contextos que envolvem o uso. Desse modo, interessa saber quais comportamentos contribuem para a manutenção do uso e que fatores deste uso contribuem para o condicionamento de determinados comportamentos. Contribuindo assim para uma análise pertinentes, que deverão conduzir a avaliação, a saber: as condições físicas e o estado geral do indivíduo; a coesão familiar e social; a situação econômica; a situação jurídico-legal; o estado psicológico no qual se encontra o sujeito; e o repertório comportamental. Dentre as técnicas possíveis para a avaliação dos tóxicos dependentes, eu introduziria a entrevista, que tem como objetivo levantar dados mais subjetivos sobre a dinâmica psíquica do indivíduo e, nesse caso, sobre o modo pelo qual se dá o uso das substâncias psicoativas; o auto-registro, que busca identificar, tanto por parte do profissional como do indivíduo, os padrões de consumos, além das circunstâncias, pensamentos e os sentimentos do indivíduo antes e depois do uso; os instrumentos psicométricos, específicos para a avaliação de sujeitos usuários de drogas; e as provas biológicas, que permitem, através de exames, detectar o nível de consumo mais fidedignamente, visto que os usuários de drogas, frequentemente, consomem grandes quantidades de substâncias, e possuem uma falsa percepção acerca da quantidade do uso.

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