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Juliane Cristina de Souza Silva Brito / Vivian Alessandra Silva ESTRUTURA E FUNÇÃO HUMANA CAPÍTULO 1 - O QUE É A ESTRUTURA E FUNÇÃO HUMANA? Introdução Seja bem-vindo ao estudo do corpo humano! Você sabe o que é a “Estrutura e Função”? estudo integrado de três ciências básicas: anatomia, histologia e fisiologia humana. Você sabia que anatomia é uma palavra que vem do grego que significa “cortar em pa conhecer a organização estrutural do corpo humano? Já a histologia, também do g significa “o estudo dos tecidos” que compõem as estruturas do corpo humano. Por sua fisiologia, como as demais, uma palavra grega que significa “estudo da função” das estrutu tecidos que compõem o corpo humano. O estudo segregado destas três ciências é possível, porém limitado. Queremos oferecer a um aprendizado próximo à realidade, em que as ciências se integram harmonicamente. Você sabia que o nosso corpo não é simplesmente um conjunto de células ou de órgãos sim um conjunto de células e órgãos que se agrupam para formar estruturas com fun específicas? Neste primeiro capítulo, usaremos de três tópicos de estudo para nivelar conhecimento seja, para saber de que maneira nosso organismo funciona e como se organiza, do que constituído e algumas nomenclaturas que são utilizadas de maneira geral no mundo cientí No último tópico, daremos início à nossa aventura pelo corpo humano, por um sistem grande complexidade por dominar o funcionamento de todos os restantes: o sistema nervo Fique atento ao material apresentado e bons estudos! Você já percebeu que sua frequência respiratória ou a sua frequência cardíaca se alt durante uma prática esportiva? E que, quando você faz uma pausa para descansar, e mesmas frequências retornam ao estado inicial? Ou, ainda, você já notou como seu corp comporta diferente dependendo do clima? Num dia quente, você transpira. Já em um dia você treme. Já parou para pensar em por que ou como seu corpo faz isso? Antes de iniciar o estudo da homeostase, assista ao vídeo que preparamos para você! 1.1 Mecanismos homeostáticos Neste primeiro tópico, você terá a oportunidade de aprender mais sobre o tema. Vamos lá? Nosso organismo tem a capacidade de se adaptar às mudanças ambientais e inte mantendo as funções orgânicas acontecendo de maneira eficiente, independente, da situ A essa característica chamamos de Homeostase. Você, como futuro profissional da área da saúde, precisa compreender de que maneira o n organismo funciona, para que nossas intervenções promovam a saúde, previnam e trate doenças de nossos clientes, pacientes e alunos! Para aprender mais sobre o tema, cliqu setas abaixo. 1.1.1. Homeostase e a membrana plasmática Muitos autores definem homeostase como equilíbrio. Porém, não é assim tão simples, isso porque vivemos num ambiente totalmente dinâmico. O conceito correto seria a “manutenção da constância do ambiente interno independente de qualquer condição. Você dorme, acorda, trabalha, estud além disso, as temperaturas oscilam ao longo do dia, sua alimentação muda, estresse etc.”. Homeostase, do grego, homeo, significa parecido ou similar e stase significa condição. Perceba que nosso organismo não é estático. Toda ve que algo perturba o equilíbrio, a homeostase, rapidamente o organismo s ajusta e retorna ao estado de equilíbrio. A capacidade que nosso organismo tem de manter a homeostase é realmente incrível, mas, para que isso aconteça, é preciso que haja uma comunicação íntima entre todos os sistemas que compõem nosso organismo. Conforme formos aprofundando nosso estudo sobre o corpo humano, você perceberá que sempre existe a presença de um receptor, um centro integrador e um efetor. O receptor será aquele que perceberá a quebra d homeostase; o centro integrador será o responsável pela tomada de decisão do restabelecimento do equilíbrio corporal; e o efetor será aquel responderá ou efetuará o comando do centro integrador. Por exemplo, a temperatura ideal para o funcionamento do nosso corpo fica em torno de 36,5 °C ou 37 °C. Imagine que hoje está fazendo 20 °C l fora e você não imaginava que teria tal queda de temperatura, saiu de cas vestindo apenas uma bermuda e uma regata. Imediatamente a temperatura do ambiente começa a influenciar sua temperatura corporal, porém, para que os nossos órgãos funcionem de maneira adequada, precisamos mantê-los a 36,5 ºC. Receptores localizados na superfície de nosso corpo percebem a temperatura ambiente, enviam esta mensagem para o sistema nervoso que compreende que se a temperatura corpórea diminuir, nossos órgãos poderão sofrer danos. A estratégia tomada então é enviar um comando aos músculos (efetores para que contraiam repetidamente (tremor), gerando calor. Obviamente não é somente esse comando, muitos outros são enviados, mas conseguem compreender a intima relação que há entre os sistemas? Todos com o mesmo objetivo: garantir a homeostase. Essa íntima relação entre os sistemas recebe o nome de feedback ou retroalimentação. T se de uma conversa entre receptores, centro integrador e efetores a fim de garan homeostase momento a momento. Existem dois tipos de feedbacks: o negativo e positivo. Para conhecer mais sobre eles, c nas abas abaixo. O negativo é o mais comum e consiste na reversão de uma variação, po exemplo: a pressão arterial (pressão sanguínea exercida contra a parede dos vasos sanguíneos), deve ser mantida dentro de um limiar, para que todo o corpo receba os nutrientes provindos do sangue de maneira adequada Vamos supor que a sua pressão arterial se eleve ou reduza por algum estímulo, isso pode gerar prejuízos sérios na nutrição tecidual. Neste caso, terminações nervosas localizadas em algumas artérias (barorreceptores) terão a função de receptores, ou seja, serão os responsáveis por perceber se o fluxo sanguíneo está passando com a pressão adequada. Essa informação é constantemente enviada para um centro integrador, que no caso, é o sistema nervoso central. Ele interpreta a mensagem e responde ao coração e aos vasos sanguíneos (efetores), que gerarão diminuição ou aumento da frequência cardíaca, vasoconstrição ou vasodilação, de acordo com a necessidade. Ou seja, se a pressão arteria está elevada, por meio do negativo, essa pressão diminuirá até os valores normais para aquele indivíduo. Porém, se a pressão arterial diminuiu por meio do negativo, os valores da pressão arterial se elevarão até atingir a normalidade daquele indivíduo. feedback feedback Por outro lado, o positivo reforça a variável. Funciona da mesma forma que no negativo, porém, agora, o comando enviado para o efetor é de intensificação, ou seja, aquela variável vai ser ainda mais estimulada. Exemplo: situação de parto. Por meio do negativo, as feedback feedback feedback Feedback negativo Feedback positivo No esquema abaixo, observe uma célula eucarionte, dotada de diversas organelas diferentes funções e de um núcleo contendo em seu interior nosso material genético, o Queremos chamar atenção para o envoltório celular, denominado Membrana Plasmática. A que as demais estruturas celulares sejam interessantes, serão focos de outra disc chamada Processos Biológicos. Figura 1 - A) Uma ilustração de uma célula animal, com seus constituintes citoplasmáticos. B) Uma ampliação do envo celular, conhecido como membrana plasmática, ilustrando sua composição. Fonte: Vladimir Ishuk; KallayanneNaloka Shutterstock. Confira, na sequência, um vídeo sobre a membrana plasmática e a proteção das orga internas de uma célula. contrações uterinas seriam anuladas, mas se isso acontecer o bebê não irá nascer, já que são as contrações uterinas que favorecem a saída do bebê do útero. Com o positivo, quanto mais contrações e estiramentos mais contrações uterinas irão acontecer até que o bebê nasça. feedback Aprofundando um pouco mais nosso conhecimento, o conceito de homeostase é aplicado ao funcionamento celular. Existem diversos tipos de células, vamos usar um modelosimplificado, mas que se aplica a todos os tipos de células eucariontes. Agora, observe o quadro abaixo. Figura 2 - Concentrações iônicas homeostáticas no meio extracelular e intracelular Fonte: Elsevier, [s.d]. Quando a membrana plasmática consegue garantir que as concentrações iônicas intracelu estejam de acordo com a necessidade celular, a célula está em homeostase. A função de transporte entre o meio extra e intracelular é então muito importante pa células. Tanto para entrar (influxo) como para sair (efluxo), todas as substâncias quím atravessam a membrana plasmática. Os transportes pela membrana podem ser dividido acordo com dois critérios: mediados e não mediados, e ativos e passivos. O trans mediado é feito pelas proteínas, que podem ser carreadoras (transportadoras) ou proteín canais. Neste caso, as substâncias que querem entrar ou sair da célula precisam de destas proteínas ou canais. A maior parte das moléculas que são transportadas fazem uso do que chamamo mediadores ou canais transportadores, proteínas localizadas na membrana plasm capazes de mudar a sua conformação ao se ligarem à molécula na qual pos especificidade, transportando-a para o MIC ou para o MEC. Figura 3 - Proteínas transportadoras de membranas plasmáticas Fonte: Sakurra/Shutterstock Robert Hooke foi um cientista inglês da Universidade de Oxford, que viveu no século XVII, o primeiro a descrever a existência das células. Fez isso a partir da análise de cortiça, observou que ela era formada por “pequenas celas”, a qual chamou de células. VOCÊ O CONHECE? Na figura, você pode observar a membrana plasmática em destaque com suas prot transportadoras. À esquerda, um canal fechado e à direita, o canal aberto, permitindo a dif dos íons de um meio para outro. No transporte não mediado, as substâncias atravessam a membrana plasmática sem a de proteínas. Clique nas abas e aprenda mais sobre o tema. No transporte ativo a célula gasta ATP e ele ocorre cont um gradiente de concentração e com uso de um mediad (carreador ou proteína de canal). No transporte passivo, a célula não gasta ATP. São exemplos de transporte passivo: a osmose, realizada pe água no corpo humano, quando ela vai de uma área de a concentração de água para uma área de baixa concentração de água; a difusão simples, que ocorre quando um íon ou gás é transportado sem um mediado sem gasto energético; e a difusão facilitada, ocorrida quando um íon ou gás é transportado com um mediado porém, sem gasto energético. Transpo rte ativo Transpo rte passivo Você sabia que a diabetes é uma doença das células? A glicose provinda da alimentação é a principal matéria prima para a produção de ATP, porém, ele só será produzido a partir do momento que a glicose for transportada do sangue para dentro das células. A insulina (hormônio produzido pelo pâncreas) atua facilitando a entrada da glicose nas células. Existem diversos tipos de diabetes, as mais comuns são a “tipo 1” e a “tipo 2”. Na diabetes tipo 1, a pessoa não produz insulina (é uma doença autoimune, em que o próprio corpo destrói as células pancreáticas produtoras de insulina). Já na diabetes tipo 2, a pessoa tem deficiência nas proteínas celulares que se ligam à insulina. Seja a 1 ou a 2, a pessoa tem dificuldades em fazer essa glicose sanguínea entrar no meio intracelular e, por isso, ela se acumula no sangue. VOCÊ SABIA? Existem milhares de proteínas transportadoras na membrana plasmática, isso porque elas alta especificidade, ou seja, existe uma proteína transportadora específica para o sódio, para o potássio, outra para o cálcio e por aí vai. A membrana plasmática é dinâmica significa que as proteínas transportadoras não são estáticas, ao contrário, migram membrana a fim de garantir que os íons ou moléculas consigam ser transportados para d ou para fora, não importando o local em que estejam. Vamos praticar o que estudamos até aqui? Vimos em nossos estudos sobre os transp ativos e passivos. Clique e arraste o nome de acordo com você aprendeu sobre o tema. Antes de continuar seus estudos, participe de um fórum. Caso clínico: J.M.T., homem, 54 anos, obeso, hipertenso e diabético tipo 2 há 20 anos, procurou o hospital. Ao exame físico, observou-se ferida no pé esquerdo, rarefação de pelos e perda da sensibilidade nas pontas dos dedos. Quando o médico perguntou sobre a ferida, J.M.T. disse que nunca tinha percebido a presença dela. O médico tratou a ferida e orientou J.M.T. em relação à sua doença. Em uma situação normal, o açúcar (glicose) ingerido na nossa dieta é absorvido e cai na corrente sanguínea, aumentando a glicemia (quantidade de glicose no sangue). O aumento da glicemia sinaliza para o pâncreas produzir mais insulina, aumentando a capacidade de captação da glicose pelas células. Com a entrada da glicose nas células, a glicemia diminui. A redução da glicemia sinaliza para o pâncreas reduzir a produção da insulina, formando uma alça de feedback. No caso de J.M.T., no diabetes tipo 2, as células podem adquirir resistência à insulina, destruindo ou não produzindo os receptores de insulina da membrana celular e impedindo a entrada da glicose. Dessa maneira, a glicose fica livre no sangue e acaba se acumulando em alguns tecidos, principalmente nas extremidades do corpo. A produção da insulina é um exemplo muito claro de feedback negativo, pois a redução da glicemia inibe a produção de insulina no pâncreas. O feedback é negativo porque tem uma ação reversa ao estímulo inicial. As alças de feedback negativo são homeostáticas, pois mantêm em equilíbrio dinâmico o funcionamento do organismo. Veja que assim que a glicemia baixar, o feedback negativo fará com que o pâncreas produza menos insulina, já que ela não será mais necessária. No caso do nosso paciente J.MT., a fase do controle da glicemia que está em desequilíbrio é a etapa em que a insulina será transportada para o MIC, por meio uma proteína de membrana (receptor), já que as células do corpo destroem ou deixam de fabricar esses receptores, pois adquiriram resistência à insulina. ESTUDO DE CASO Na sequência, vamos estudar sobre os níveis organizacionais de diferentes tecidos. atento. Para compreender a homeostase, faz-se necessário que compreendamos o que chamam “Níveis Organizacionais”. E é sobre esse tema que estudaremos neste tópico. Antes de iniciar o estudo dos níveis de organização do corpo humano, assista ao vídeo preparamos para você! Ao ler um livro, muitas vezes, não refletimos sobre isso, mas esse livro precisa ser formad capítulos. Esses capítulos são formados por parágrafos, que são formados por palavras são formadas por letras combinadas. Quando observamos um indivíduo, o vemos como um livro finalizado. Porém, esse indivíd formado por sistemas (nervoso, respiratório, cardiovascular, urinário, endócrino, diges esquelético e genital). Cada sistema é formado por um conjunto de órgãos que trabalham a mesma finalidade. Esses órgãos são formados por tecidos, que por sua vez são form por células. 1.2 Como o organismo humano está organizado? Figura 4 - Constituição corporal humana e seus constituintes celulares. Fonte: Tortora e Derrickson(2016); GrapphicsRF/Shutterstock Ainda comparando com um livro, os capítulos interagem uns com os outros. Os sist corporais não trabalham de maneira individual, mas exercem grande influência e até m manutenção no funcionamento dos demais sistemas. Por exemplo, de que adianta o sistema cardiovascular trabalhar e enviar sangue a todo o c se o sistema respiratório não lhe ofertar o oxigênio ou o sistema digestório não ofert nutrientes necessários? De que adianta um carteiro ir às ruas, se não houver quem escre cartas? Entendem como um sistema precisa do outro? A homeostase começa em nível celular. Se as células estão exercendo bem suas funções o tecido também está. Consequentemente, o órgão funciona de maneira adequada e ass sistemas corporais também. Uma das maiores causas de mortes no mundo, deacordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é o Infarto Agudo do Miocárdio. Muitos acreditam que a causa dessa morte é o “entupimento” de algumas artérias cardíacas, as artérias coronárias. No entanto, o problema não é a obstrução das artérias, mas o fato de haver um bloqueio na passagem do sangue (que leva os nutrientes e gases necessários para a vida celular), as células morrem (necrose). Se as células do coração sofrem necrose, logo, o órgão para de funcionar. Por isso que é possível um indivíduo se manter vivo após um procedimento conhecido como revascularização do miocárdio, com a implantação de stent, que desobstrui a artéria e restabelece o fluxo sanguíneo. VOCÊ SABIA? Temos quatro tecidos fundamentais que compõem nosso corpo, são eles: tecido epi tecido muscular, tecido nervoso e tecido conjuntivo. Cada um deles desempenha um papel fundamental à nossa existência, porém, características diferentes. Clique nas abas abaixo e conheça mais detalhes sobre cad deles. O tecido epitelial é responsável pelo revestimento superfícies externas (como a pele, por exemplo) e intern do nosso corpo (nossos órgãos). O tecido epitelial revestimento é responsável por proteger as superfíci internas e externas do corpo ou fazer a absorção elementos. Dessa maneira, as células que o compõe podem apresentar diferentes formatos ou estar dispost em camadas. Ainda existe uma forma especializada tecido epitelial, com a capacidade de secreção. Para es damos o nome de tecido epitelial glandular. O tecido muscular é composto por células co capacidade contrátil. Essas células apresentam forma de fibra e, por isso, recebem o nome de fibra muscul Temos três tipos de tecido muscular: tecido muscu estriado esquelético, que compõe a musculatura do corp tecido muscular estriado cardíaco (ou miocárdio), q compõe o coração; e tecido muscular liso que comp nossos órgãos internos como estômago, intestino, úte etc. O tecido nervoso é um tecido especializado na conduç de informações, na comunicação entre os demais tecid e sistemas. É formado por neurônios (unidade funcional células da glia (dão o suporte necessário para funcionamento adequado dos neurônios e a manutenç do tecido). Já o tecido conjuntivo é o tecido que forma o conjun com os demais. Também chamado de tecido conectiv esse tecido encontra-se associado a todos os dema conectando cada um deles. Isso porque é o único teci Tecido epitelial Tecido muscular Tecido nervoso Na sequência, realize a atividade especialmente proposta para testar seus conhecime sobre a membrana plasmática e outros temas relacionados ao corpo humano. Os quatro tecidos fundamentais formam os órgãos do corpo humano. Alguns órgãos funções semelhantes se agrupam formando os sistemas orgânicos. Figura 5 - Constituição corporal humana Fonte: Macrovector/Shutterstock Aprenda mais sobre os sistemas orgânicos, clicando nas abas abaixo. vascularizado. As células principais são os fibroblastos fibrócitos (responsáveis pela síntese e manutenção matriz extracelular), macrófagos, mastócitos plasmócitos (células responsáveis pela defesa do tecid e a célula mesenquimal (precursora destes tip celulares). Há vários subtipos de tecido conjuntivo, como tecido ósseo, o tecido cartilaginoso, o tecido adiposo outros. Tecido conjuntivo Sistema esquelético O sistema esquelético é formado por ossos e cartilagens e sua função é da sustentação e forma ao organismo. O sistema articular é formado pelas articulações, cuja função é uni segmentos do corpo humano. O sistema muscular é formado pelos músculos associados ao nosso esqueleto, bem como é formado pelo coração e alguns órgãos o músculo liso. A função desse sistema é a geração de movimento, ou seja movimentar o corpo ou impulsionar e movimentar o sangue ou ainda movimentar o bolo alimentar no interior do nosso sistema digestório, po exemplo. O sistema nervoso é formado pelo nosso encéfalo, medula espinal, nervos e gânglios e tem a função de percepção do ambiente interno e externo compreender e gerar respostas para a manutenção da homeostase e gera comportamentos. Sistema articular Sistema muscular Sistema nervoso Sistema circulatório O sistema circulatório é formado pelo coração e uma rede condutora, a qua nomeamos vasos sanguíneos. Tem a função de conduzir o sangue para todo o corpo a fim de serem distribuídos os nutrientes e materiais adequados para a sobrevivência celular. O sistema respiratório é formado pelo nariz, faringe, laringe, traqueia brônquios e pulmões. É responsável por fazer a troca gasosa, filtrar, aquece e umidificar o ar inspirado. O sistema digestório tem a função de captar o alimento, digeri-lo e a parti daí absorver os nutrientes necessários para o corpo e excretar aquilo que não pudemos digerir. É formado pela boca, faringe, esôfago, estômago intestino delgado e intestino grosso, além de algumas glândulas anexas como o fígado, o pâncreas e as glândulas salivares. O sistema urinário é formado pelos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra. É responsável pela filtração do sangue e formação da urina, pela manutenção do volume plasmático, bem como a manutenção iônica plasmática. Sistema respiratório Sistema digestório Sistema urinário Sistema linfático Alguns sistemas podem ser agrupados e formar aparelhos. É o caso dos sistemas esquel articular e muscular, que se juntos permitem a locomoção e, por isso, formam o que cham o aparelho locomotor. Esse também é o caso do Aparelho urogenital, formado pelos sist urinário, genital masculino e feminino. Agora, para continuar seus estudos, no próximo tópico você verá sobre a termino anatômica. Mantenha-se concentrado! Os profissionais de saúde utilizam uma linguagem científica com termos próprios descrever as estruturas anatômicas e suas funções. Esses termos permitem q comunicação seja mais eficaz e precisa. A partir deste momento, vamos discutir alguns te e normas para que possamos adequar nossa linguagem ao contexto profissional. 1.3 Como me comunicar utilizando os termos adequados? O sistema linfático é formado pelos vasos linfáticos e linfonodos. Faz o recolhimento do líquido que se acumula entre os tecidos (liquido intersticial e forma a linfa, faz a absorção dos lipídeos no intestino formando o quilo e ainda pode atuar na defesa do organismo, eliminando possíveis patógenos. O sistema genital masculino é formado pelo testículo, epidídimo, ducto deferente, glândula seminal, ducto ejaculatório, próstata, uretra, glândula bulbouretral, pênis e escroto. Já o sistema genital feminino é formado pelos ovários, tuba uterina, útero, vagina e genitália externa, também chamada de vulva, formada por monte do púbis, lábios maiores, lábios menores, clitóris e glândulas vestibulares. Ambos os sistemas são responsáveis pela formação e manutenção dos gametas (espermatozoide e ovócito) e produção de hormônios. Sistema genital Ao estudarmos o corpo humano, faremos descrição das estruturas anatômicas q compõem. Por exemplo: O estômago é um órgão em formato de “J”, localizado na cav abdominal, ligado ao esôfago e ao duodeno (intestino delgado). Toda a descrição das estruturas anatômicas que serão feitas, serão de estruturas normais Normal na anatomia é toda característica que se repete na maior parte dos indivíduos. En normal que o estômago da maioria das pessoas seja dessa forma. Porém, será que tod indivíduos possuem todas as características corporais normais? Não. Quando um indi apresenta alguma característica que fuja dos padrões normais da anatomia, mas isso interfere no funcionamento daquela estrutura, atribuímos o nome de variação anatô Portanto, variação anatômica é uma característica interna ou externa que não é normal, que mantem a sua função integra. Por exemplo, a estatura. No Brasil, o normal é que os homens apresentem uma estatura m de 1,73 m. Joaquim, é um rapaz de 23 anos que tem 2,04 m. Considerando-se a popu brasileira, a estatura deJoaquim é normal? Do ponto de vista anatômico, um indivíduo com 2,04 m, não é normal, pois difere da maiori ponto de vista anatômico, diríamos que Joaquim apresenta uma variação anatômica, embora a estatura difira da maioria, ela não traz prejuízos funcionais ao Joaquim. Veja que todos somos portadores de variações anatômicas e precisamos que você se le disso quando estiver examinando ou avaliando seus pacientes, alunos e clientes. Quando a morfologia diferente gerar algum tipo de prejuízo na função da estrutura anatô dizemos que isso é uma anomalia. Por exemplo, a fissura lábio-palatina é uma ano anatômica, pois o indivíduo apresenta os lábios e o palato fendidos, impedindo a adeq função alimentar e de fala. Figura 6 - Anomalia: fissura lábiopalatina Fonte: Shutterstock Em nossos estudos sobre o corpo humano, vamos priorizar aquilo que é normal, mas se trazer algum exemplo ou caso de alguma anomalia ou variação anatômica para que possa discutir. O corpo humano é dividido em regiões. No objeto abaixo, clique nas diferentes partes compõem o corpo humano e aprenda mais sobre elas. As estruturas anatômicas contidas na cabeça, estão inseridas na cavidade cranian estruturas contidas no tórax, estão na cavidade torácica; as estruturas contidas no abdô estão na cavidade abdominal; por sua vez, as estruturas localizadas na região da pelve inseridas na cavidade pélvica. Para estudarmos o corpo humano, é preciso que alguns padrões anatômicos s estabelecidos, para que, ao se descrever a localização de determinada estrutura, t compreendam da mesma forma. Para compreender melhor, observe as imagens a seguir. Figura 7 - Corpo humano e suas posições Fonte: MarcusVDT; Africa Studio/Elena EfimovaShutterstock Será que, independentemente da posição que a pessoa se encontre, podemos afirmar que pessoa tem a cabeça acima do pescoço? Obviamente que este exemplo foi bem simplista, mas pense na posição dos órgãos ou o Vamos supor que uma pessoa precise fazer uma cirurgia para a retirada de um tumor intes e o responsável técnico pelos exames de imagem fizesse a tomografia com o paciente “de de bruços”. Será que para o médico seria fácil saber o local certo da incisão? Por isso foi estabelecida a Posição Anatômica. Todo o estudo corporal será baseado posição. Clique sobre os números do infográfico a seguir e aprenda mais sobre essa posição. Pronto. A partir daí, podemos fazer qualquer descrição de localização de órgãos, músc ossos etc. A posição anatômica faz com que qualquer pessoa no mundo compreenda o q dito. Somos indivíduos tridimensionais, isso significa que possuímos profundidade. Como, e descrever as estruturas que estão mais atrás ou mais à frente? Ou mais acima e mais ab Mais de um lado ou mais no meio? Isso também foi padronizado, são os Termos Direcio Para conhecer os principais, clique nos itens abaixo. Superior Para se referir a alguma estrutura que esteja acima de outra. Inferior Para se referir a alguma estrutura que esteja abaixo de outra. Anterior Para se referir a alguma estrutura que esteja mais à frente de outra. A anatomia é uma ciência muito antiga, e há registros de que vem sendo estudada desde antes de Cristo, na Idade Antiga. Durante todos esses séculos de estudo anatômico, essa ciência se modernizou, mas algumas coisas permanecem as mesmas desde os tempos antigos. Você quer saber mais sobre como os primeiros anatomistas criaram essa ciência e a terminologia que descreve o corpo humano? Leia: LAROSA, Paulo Ricardo R. Anatomia humana: texto e atlas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. p. 1-10. Você encontrará essa obra acessando a Minha Biblioteca. VOCÊ QUER LER? Agora, confira alguns exemplos de uso dos principais Termos Direcionais. Posterior Para se referir a alguma estrutura que esteja mais atrás de outra. Medial Para se referir a alguma estrutura que esteja localizada mais ao centro d corpo, comparada a outra. Lateral Para se referir a alguma estrutura que esteja localizada mais à later (direita ou esquerda) do que outra. Super�cial Para se referir a alguma estrutura que esteja mais próxima à superfície d corpo do que comparada a outra. Profundo Para se referir a alguma estrutura que esteja mais distante da superfíc do corpo quando comparada a outra. Proximal Utilizado apenas para os membros superiores e inferiores, para estrutura que estejam mais próximas a região do tronco, quando comparado outra. Distal Utilizado apenas para os membros superiores e inferiores, para estrutura que estejam mais distantes da região do tronco, quando comparado outra. Os olhos são superiores ao nariz. A boca é inferior ao nariz. Repare que, para cada um dos exemplos, foi feito o uso de comparativos. Não se pode apenas: “O coração é inferior”. Pois, nesse caso, ele é inferior a quem? Mas ele tamb superior a alguém, lateral a alguém, anterior e posterior a alguém. Imagine o corpo humano como uma caixa simples. Agora, insira o coração dentro dela. H sempre uma parede da caixa à frente, atrás, nas laterais, acima e abaixo. Por isso, é impor que comparemos sempre ao menos duas estruturas anatômicas para fazer o uso dos te direcionais. O osso esterno é anterior às vértebras torácicas. As vértebras torácicas são posteriores ao osso esterno. O osso ulna é medial em relação ao osso rádio. O osso rádio é lateral em relação ao osso ulna. O músculo oblíquo externo é superficial em relação ao músculo oblíquo interno. O músculo oblíquo interno é profundo ao músculo oblíquo externo. As falanges são distais em relação aos ossos do carpo. Os ossos do carpo são proximais em relação às falanges. Estamos aprendendo os planos tradicionais de secção do corpo humano e os que são utilizados nos livros técnicos e exames de imagem. Mas há quem inove e prepare o corpo humano para estudo de formas diferentes. Um deles é o Dr. Gunther Von Hagens, que viaja o mundo com exposições de ‘arte’ que mostram o corpo humano em posições pouquíssimo convencionais. Assista ao vídeo e tire suas próprias conclusões! Disponível em: <https://youtu.be/yEutJeER0XE (https://youtu.be/yEutJeER0XE)>. VOCÊ QUER VER? https://youtu.be/yEutJeER0XE Figura 8 - Órgãos em caixa. Assim é nosso corpo, somos uma caixa que contém órgãos internamente. Fonte: Adaptado deJocic; decade 3d anatomy online/Shutterstock. Por fim, precisaremos cortar ou seccionar o corpo humano para ver os órgãos e estrutura estão dentro dele. A maneira de cortar o corpo humano foi padronizada, e chamamos de p de secção do corpo humano. São quatro: plano sagital paramediano (divide o corpo hum em partes direita e esquerda); plano sagital mediano (divide o corpo humano exatamen meio, em metades direita e esquerda; plano horizontal (divide o corpo humano em p superior e inferior) e plano frontal (divide o corpo humano em partes anterior e posterior). Figura 9 - Planos de secção Fonte: Blamb/Shutterstock. Esses planos nos ajudarão a compreender e visualizar as estruturas como elas internamente. Assista ao vídeo que preparamos para você e revise esses conceitos! Na sequência, realize a atividade especialmente proposta para testar seus conhecime neste tópico. Vamos começar nosso estudo dos sistemas do corpo humano pelo sistema nervos sistema nervoso é um dos mais complexos e é o principal centro integrador para a manute da homeostase. Seu funcionamento influencia todos os demais sistemas orgânicos. O sis nervoso é responsável por receber estímulos do ambiente ou da periferia do corpo, interp los e gerar respostas adequadas. É dessa maneira que o sistema nervoso contro funcionamento de todos os órgãos do corpo e gera comportamentos. A unidade funcional do SN é uma célula chamada neurônio, célula especializada na capac de transmissão de mensagens, sejam elas químicas ou elétricas. Existem milhões de neur espalhados por todo o corpo, formando o SNC e SNP. As partes que compõe um neurônio corpo celular, onde situa-se o núcleo da célula e suas principais organelas; osdend pequenas ramificações que partem do corpo do neurônio; o axônio, ou fibra nervosa, pela o impulso elétrico será conduzido e as terminações nervosas. Os neurônios podem apresentar de diferentes formas; acompanhe. 1.4 Como o sistema nervoso funciona como centro integrador? Figura 10 - Tipos de neurônios Fonte: Designua/Shutterstock. Mas o modelo didático principal é este ilustrado a seguir. Confira! Figura 11 - Neurônio Fonte: gritsalakkaralak/Shutterstock. A seguir, encontramos as células da glia. São elas: Células de Schwann, Oligodendró Astrócitos, Microglias e Células Ependimárias. Figura 12 - Célula de Glia Fonte: Vector_mine/Shutterstock. Dessas, vamos destacar as células de Schwann e os oligodendrócitos. São duas células têm a mesma função, porém, em locais diferentes. Para conhecê-las, clique nas abas abaix As células de Schwann encontram-se no SNP, enrolando-se ao redor dos axônios dos neurônios, formando a bainha de mielina. Os oligodentrócitos se encontram no SNC e são responsáveis pela formação da bainha de mielina, que aumentará a velocidade da propagação do impulso nervoso. Células de Schwann Oligodendrócitos As demais células irão trabalhar na manutenção das condições adequadas para que neurônios sobrevivam e exerçam suas funções de maneira adequada. Vamos conhecer sobre elas? Clique nos cards a seguir e confira! E você sabe como os neurônios funcionam? Todos os neurônios do nosso corpo são cap de produzir atividade elétrica, e chamamos esta habilidade de potencial de ação. Aq mesmos átomos mencionados no início deste capítulo, fundamentais para a vida celular cargas elétricas positivas ou negativas. Portanto, há, sim, eletricidade constante em seu c não na mesma força de uma corrente elétrica de uma tomada, mas há. A eletricidade c Astrócitos 1 Os astrócitos são células que têm prolongamentos que os fazem semelhantes a astros (estrelas), são as células mais abundantes da neuroglia. Esses prolongamentos conectam os neurônios aos vasos sanguíneos, garantindo uma permeabilidade e nutrição seletiva e protegendo-os contra substâncias nocivas. Micróglias 2 As micróglias são as menores células da glia e funcionam como fagócitos. Ou seja, células que removem restos celulares e microrganismos. Ependimárias 3 Por fim, as células ependimárias produzem e mantêm o líquor. qual estamos acostumados, é medida em volts, enquanto que a corrente elétrica que per nosso corpo é medida em milivolts, ou seja, mil vezes mais fraca do que um volt. Os neur são células capazes de usar destes íons para produzira atividade elétrica. O potencial de ação é iniciado diante de um estimulo que pode ser temperatura, do alteração de glicose sanguínea, pressão arterial etc. Na ausência de estímulo, dizemos que o neurônio está em estado de repouso. No neurônios produzem grandes proteínas carregadas com carga negativa, estas proteínas ânions. No estado de repouso, o MIC do neurônio acaba ficando negativo por causa de grandes ânions de proteína. No repouso, também ocorre entrada livre do íon potássio (K+) o interior da célula. A chegada de um estímulo faz com que canais iônicos sejam ativados na membrana celu neurônio. Os canais de sódio, por exemplo. Como o sódio (Na+) está mais concentrad meio extracelular, por difusão simples, ele tende a entrar no meio intracelular. É como em estação de metrô: se a plataforma está mais cheia, comparada ao vagão, as pessoas tend entrar. A entrada de uma alta quantidade de íons Na+ no MIC faz com que o interior do neurônio de ser negativo e fique positivo, invertendo a sua polaridade. A inversão de carga elé negativa para positiva é chamada de Despolarização. Figura 13 - Despolarização Fonte: Sakurra/Shutterstock Lembrando que no MIC temos íons com cargas positivas e negativas, porém, em proporçã estado de repouso, temos muito mais cargas negativas do que positivas quando compar com o MEC. Por isso, muitos autores descrevem o MIC como um ambiente mais negativ repouso. Com a despolarização, a célula terá no seu interior os grandes ânions de proteína, os ío Na+ e os íons de K+. Para voltar ao seu estado normal de negatividade, o neurônio precisa remover a carga pos Ele começa fazendo isso pelo K+, pois esse íon entra e sai do neurônio por transporte pas sem gasto energético. Com a abertura dos canais de potássio, a célula vai deixando de ter uma carga tão posi vai voltando à negatividade. Essa nova etapa é denominada Repolarização. Com isso, aquele ambiente interno que estava positivo começa a se tornar negativo mais vez e, lentamente, com gasto energético, o Na+ vai sendo bombeado para fora da célula. A questão é que os canais de potássio são muito mais permeáveis do que os canais de s portanto, mesmo após o neurônio já ter atingido a voltagem interna necessária, os íon potássio continuam a sair. O MIC do neurônio, que deveria estar em torno de -65mV, agor bem mais negativo. A essa fase, denominamos Hiperpolarização. A célula agora encontra dois problemas: além de estar muito mais negativa do que de estar, o MIC ainda está concentrado em sódio, e o MEC está concentrado em potássio, qu na realidade para a célula estar em repouso, isso deveria ser ao contrário. Nesse momento, entra em ação a bomba de sódio e potássio, que terá por responsabilida restabelecimento do equilíbrio. Porém, para fazer isso, ela fará o uso de ATP (energia). A bomba de Na+/K+ devolverá os íons para seus meios de origem, mas não na m proporção, pois não podemos esquecer que ela precisa deixar o MIC mais negativo do q MEC. Então, serão três Na+ para o MEC e dois K+ para o MIC. Assim acontecerá até q concentrações e cargas iônicas estejam novamente restabelecidas e o neurônio volt estado de repouso e esteja pronto para receber um novo estímulo. Resumindo: o potencial de ação do neurônio é composto pelas fases de rep despolarização, repolarização e hiperpolarização. Henry Dale foi um farmacologista britânico que viveu de 1875 a 1968. Recebeu o prêmio Nobel de 1936, por fazer descobertas sobre as comunicações químicas entre neurônios, que hoje chamamos de sinapses. VOCÊ O CONHECE? Toda essa descrição que fizemos sobre o potencial de ação parece demorar, mas, na reali cada potencial de ação não ultrapassa a casa dos milésimos de segundos. Agora mesm ler e processar essas informações, milhares de neurônios estão gerando potenciais de numa velocidade incrível. Desde os receptores sensoriais localizados nos seus olhos e ouv até o seu encéfalo, compreendendo cada palavra e organizando em sua memória. Sem dúvida alguma, o neurônio é fundamental para o funcionamento do SN. Mas a veloc de propagação desse impulso nervoso dependentes de algumas células da glia. Você sabe como ocorre esse processo? Bem, para que uma corrente elétrica seja propa precisa de um meio condutor. Por exemplo, se você estiver descalço num piso úmido e descarga elétrica atingir o piso, a chance de você ser eletrocutado é grande, pois a ág condutora de eletricidade. Porém, se você estiver dentro de um carro, a chance é menor porque a borracha dos pneus é isolante elétrica. A bainha de mielina é a própria membrana plasmática da célula de Schwann oligodendrócito, envolvida sobre o axônio do neurônio. Como já vimos, no início deste cap a composição da membrana plasmática é fosfolipídica, portanto, isolante elétrica. Isso aumenta a velocidade da propagação do impulso nervoso, pois aquele potencial de que percorreria todo o axônio, agora acontecerá pontualmente entre uma bainha e outra, r que chamaremos de nós ou nodos de Ranvier. Além disso, há economia de ATP, pois a bo de sódio e potássio será ativada em alguns momentos apenas. Figura 14 - Células formadoras da Bainha de Mielina Fonte: Designua; Pikiru/Shutterstock. Na imagem, podemos ver as células responsáveis pela produção da bainha de mi Também observe de que forma a bainha de mielina aumenta a velocidade de propagaçã impulso nervoso. Lembre-se que as etapasacontecem de maneira completa apenas nos de Ranvier. E você sabe como os neurônios se comunicam? Clique nas setas para aprender sobre o te Por meio de sinapses. Sinapse é a comunicação entre os neurônios. No sistema nervoso humano, a maior parte das sinapses é do tipo química, o seja, os neurônios utilizam substâncias químicas para se comunicar. Ess substâncias químicas são chamadas de neurotransmissores. Os neurotransmissores mais conhecidos são a adrenalina e a acetilcolina. Estas substâncias químicas são produzidas pelos neurônios e ficam A esclerose múltipla é uma doença degenerativa das células da glia, que formam a bainha de mielina. Dessa maneira, os impulsos nervosos vão perdendo a velocidade de propagação de maneira progressiva, até que o controle neural sobre os órgãos alvos se torna inefetivo. VOCÊ SABIA? Assista ao vídeo que preparamos para você e revise estes conceitos! armazenadas em seu interior em pequenas bolsas, chamadas de vesícula sinápticas. As vesículas sinápticas liberam os neurotransmissores no momento certo para que a sinapse possa acontecer. De maneira geral, para que uma sinapse aconteça, precisamos de dois neurônios, sendo um neurônio pré-sináptico e um neurônio pós-sináptico Entre esses dois neurônios, há um pequeno espaço que os separa chamado de fenda sináptica. Durante a sinapse, o neurônio que recebe o estímulo e está despolarizand é o neurônio pré-sináptico. Durante a despolarização, íons de cálcio entra no neurônio pré-sináptico e promovem a migração das vesículas sinápticas para a área de sinapse e a liberação dos neurotransmissores n fenda sináptica. Esse neurotransmissor atua sobre o neurônio seguinte, pós-sináptico. Quando o neurônio pós-sináptico despolariza sob ação do neurotransmissor, dizemos que esse neurotransmissor é excitatório. Quando o neurônio pós-sináptico hiperpolariza sob ação do neurotransmissor, dizemos que esse neurotransmissor é inibitório. Assim um estímulo percebido pode ou não ser passado adiante entre os neurônios. Anatomicamente, o sistema nervoso pode ser dividido em Sistema Nervoso Central e Sis Nervoso Periférico. Recebem esses nomes pela sua localização em nosso corpo, um central, protegido pelos ossos do crânio e da coluna vertebral, e outro espalhado por to periferia do corpo, desprotegido por ossos. O sistema nervoso central (SNC) é formado por: Encéfalo e Medula Espinal, como mos imagem abaixo. Figura 15 - Partes do sistema nervoso central (SNC) Fonte: takito/Shutterstock. Já o sistema nervoso periférico (SNP), é formado por nervos e gânglios e termina nervosas, como visto na imagem abaixo. Figura 16 - Sistema nervoso periférico (SNP) Fonte: Blamb/Shutterstock. Agora, para saber mais sobre o SNP, clique nas abas abaixo. Conheça as regiões que compõem o sistema nervoso central e periférico no o tridimensional abaixo. Movimente-o nas diferentes direções para ter uma visão comple encéfalo, medula espinal e dos nervos. As terminações nervosas do SNP são capazes de perceber qualquer alteração no amb externo ou interno ao corpo. Essas terminações são chamadas de receptores, e específicos e especializados em visão, olfato, tato, dor, temperatura, pressão etc. Nervos são conjuntos de axônios. Gânglios são conjuntos de corpos celulares. Nervos Gânglios Assim que percebe qualquer estímulo, o neurônio é despolarizado, e a inform transformada em um sinal elétrico, é conduzida ao SNCentral. Os neurônios que desempe essa função são chamados de aferentes ou sensitivos. No SNCentral, o sinal elétrico interpretado e lá a decisão sobre o que deve ser feito diante deste estímulo é tomada. resposta será conduzida para a periferia do corpo por um neurônio eferente ou motor exemplo: ao escutar seu telefone tocando, você estica a mão para atendê-lo, certo neurônios que conduziram à informação do som ao SNCentral são aferentes, neles, o im elétrico sai da periferia e vai para o centro. Os neurônios que conduziram a resposta, est mão para atender, são eferentes, neles o impulso nervoso vai do centro para a perifer corpo. Para saber como essas informações migram pelo nosso corpo, clique no infográfico a seg Perceba que essas “setas” representam as informações que vão e vêm. Elas formam o chamamos de “vias”. Toda a informação percebida é enviada por uma via aferente até o S toda resposta enviada migra por uma via eferente até o SNP efetor que executará o coman As vias são como autoestradas de mão dupla, enquanto há informações sendo levada informações sendo trazidas pela medula espinal até o encéfalo e trazidas dele. O sistema nervoso também pode ser dividido em somático e visceral. O sistema ne somático é formado por regiões do sistema nervoso que fazem um controle voluntár organismo, enquanto o sistema nervoso visceral faz o controle involuntário. Por exemplo, você decide, de acordo com a sua vontade, se levantar ou se sentar, por me controle voluntário dos músculos estriados esqueléticos. Estes, portanto, são controlados sistema nervoso somático. Você sabe qual a diferença principal em um indivíduo tetraplégico e outro paraplégico? O primeiro é aquele indivíduo que teve perda de mobilidade e da sensibilidade nos quatro membros. Já o segundo, diz respeito a um indivíduo que teve perda demobilidade e sensibilidade nos membros inferiores. Mas, você sabe o que determina essa diferença? O local da lesão medular. Como a medula espinal obrigatoriamente é o trajeto a ser percorrido pelos neurônios que vão ou vem do encéfalo e, ela está inserida na coluna vertebral, qualquer lesão mais grave na coluna pode interferir no funcionamento do sistema nervoso. Uma pessoa que teve uma lesão cervical, ou seja, na região do pescoço, terá grandes chances de se tornar um tetraplégico, pois as informações não conseguem passar do pescoço. Porém, uma pessoa que teve uma lesão medular na região do tronco, terá mais chances de se tornar um paraplégico. VOCÊ SABIA? O sistema nervoso visceral está relacionado ao controle de órgãos formados por músculo cardíaco ou que sejam glândulas. O controle eferente das vísceras é realizado de ma involuntária pelo sistema nervoso, ou seja, independentemente da nossa vontade. Por exe o coração ou o estômago: não podemos controlar o seu funcionamento de acordo com a n vontade. É como se o SN agisse com autonomia para o controle das vísceras. Por causa d característica, costumamos chamar as regiões do SN que controlam as vísceras de Sis Nervoso Autônomo. Assim, para conhecer mais sobre o funcionamento do sistema nervoso, clique no infog abaixo. O SNC, como já foi dito anteriormente, está dividido em encéfalo e medula espinal. existem ainda algumas subdivisões anatômicas na qual é importante estudarmos. O encéfalo é dividido em: cérebro, cerebelo e tronco encefálico. Por sua vez, o cére subdividido em telencéfalo e diencéfalo, e o tronco encefálico em mesencéfalo, ponte e b Confira no esquema a seguir. Figura 17 - Divisão do SNC Fonte: Elaborado pela autora, 2018. Cada uma dessas regiões tem funções especializadas na manutenção da homeostase, estudará sobre elas nos próximos capítulos. No entanto, é importante conhecer mais so tema, por isso, observe a figura abaixo. Figura 18 - Partes do cérebro Fonte: Adaptado de Sebastian Kaulitzki/Shutterstock. O telencéfalo é ainda dividido em dois hemisférios (direito e esquerdo), por meio da � longitudinal do cérebro. Cada hemisfério é dividido em cinco lobos: lobo frontal, par temporal, occipital e insular. Nesses lobos, encontramos os principais centros de con como raciocínio, linguagem, movimento, memoria, inteligência, emoções, sentidos etc. Cada lobo do telencéfalo é formado por diversos giros, que são separados um do outro sulcos. Confira na imagem abaixo. Recentemente, em nosso país, a epidemia do zika vírus causou o nascimento de muitas crianças portadoras de microcefalia. O vírus da zika ataca justamente os neurônios em formação durante a gestação, impedindoque os lobos do telencéfalo se formem adequadamente. Essas crianças poderão apresentar algumas dificuldades motoras, do raciocínio e da linguagem. ESTUDO DE CASO Figura 19 - Lobos cerebrais Fonte: Moore, Dalley e Agur (ano, p. 862). No diencéfalo, uma região logo abaixo do telencéfalo, encontramos estruturas respons pelo controle do sistema nervoso autônomo e a glândula hipófise. A hipófise é responsáve produzir hormônios que controlam quase que todas as outras glândulas do corpo. Figura 20 - Região do Diencéfalo: Hipotálamo e Hipófise Fonte: Tefi/Shutterstock O tronco encefálico é dividido em mesencéfalo, ponte e bulbo e suas funções e relacionadas ao controle da atividade elétrica cortical, do sono e da vigília e dos nervos controlam funções da cabeça. O cerebelo está relacionado à manutenção da postura, do equilíbrio e da coordenação mo Já a medula espinal, por sua vez, serve como um meio de condução das informaçõe encéfalo para a periferia do organismo do pescoço para baixo e vice-versa. Por isso, quan lesão medular, pode-se perder o controle motor e a sensibilidade dessas regiões. Poré medula espinal não ocupa todo o interior do canal vertebral. Em uma pessoa adult apresenta aproximadamente 45 cm e termina na altura da segunda vértebra lombar (L2). A seguir, clique nas partes coloridas e conheça mais sobre essas importante parte encéfalo. Antes de passar para o próximo capítulo, realize a atividade especialmente proposta para t seus conhecimentos sobre esse tema. Vamos lá? Vimos em nossos estudos que o nosso organismo está em uma busca constante homeostase, e que ela é regida pelo sistema nervoso. Além disso, você pôde entend principais constituintes corporais e estudar sobre os principais sistemas do nosso corpo. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: CONCLUSÃO conhecer as estruturas anatômicas que compõem o SNC e o SNP; compreender de que forma eles se integram e suas principais funç aprender de que forma os neurônios se comunicam e quais as cél responsáveis pela manutenção deste tecido. Clique para baixar conteúdo deste tema. GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de �siologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Histologia básica: Texto e Atlas. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. LAROSA, P. R. R. Anatomia humana: Texto e Atlas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. TORTORA, G. J.; GRABOWSKI, S. R. Corpo Humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. Referências
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