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patologias do útero Colo do útero: - Área da junção escamo-colunar (JEC) é um local de transição epitelial entre o orifício externo e canal endocervical – trata-se de transição entre o epitélio escamoso estratificado e glandular local de tropismo do HPV (genótipos de alto risco de desenvolvimento de neoplasias: 16, 18, 31 e 33) - Principais doenças dessa região: 1. Cervicites 2. Pólipo endocervical 3. Adenocarcinoma 4. Neoplasia intraepitelial cervical (NIC) – lesões displásicas, portanto, pré-neoplásicas – podem ou não evoluir para carcinoma espinocelular invasivo – nesse momento o exame papanicolau é preventivo – após exposição ao vírus a JEC sofre agressões que estimulam o desenvolvimento de carcinoma espinocelular Fatores de risco: infecção pelo HPV (portanto, seus fatores de risco também: início precoce da vida sexual, múltiplos parceiros) e tabagismo Classificação: · NIC I – displasia leve – baixo grau de malignidade – geralmente desaparece de forma espontânea · NIC II – displasia moderada – alto grau de malignidade – necessita intervenção médica · NIC III – displasia grave – alto grau de malignidade – necessita intervenção médica 5. Carcinoma espinocelular – origem na camada espinhosa – grande capacidade de invasão – mesmos fatores de risco da NIC – disseminação por continuidade ou contiguidade – pode se disseminar pela via hematogênica Clínica: início assintomático – em fases avançadas apresenta sangramentos vaginais de pequena quantidade Prevenção: realização anual do exame papanicolau Corpo do útero: 1. Anomalias congênitas 2. Endometrite 3. Adenomiose – presença de glândulas e/ou estroma do endométrio no miométrio Clínica: menorragia (sangramento menstrual abundante), dismenorreia intensa – em decorrência de parte do endométrio estar inserido no interior do miométrio 4. Endometriose – presença de glândulas e/ou estroma do endométrio em localização extra-uterina (ovários, ligamentos uterinos, septo renovaginal, peritônio pélvico, cicatrizes de laparotomia Clínica: dor pélvica, dismenorreia, infertilidade, aderências pélvicas Patogenia: regurgitação da menstruação pelas trompas desloca células endometriais para a região dos ovários // metaplasia endometrial do epitélio celômico // disseminação ngio-linfática 5. Hiperplasia endometrial – aumento de glândulas endometriais devido a exposição prolongada a altos níveis de estrógeno e baixos níveis de progesterona Clínica: sangramento uterino anormal na menopausa Macroscopia: espessamento endometrial maior que 2-3 mm identificado através de curetagem e microscopia Tipos morfológicos: hiperplasia simples, complexa e atípica 6. Neoplasias do corpo uterino a. Pólipo endometrial – benigno – massa séssil única ou em maiores quantidades – pode estar associada a hiperplasia endometrial e pode evoluir para neoplasia maligna – clínica geralmente assintomática mas pode levar a sangramento anormal b. Leiomioma – benigno – arredondados, múltiplos, branco-acinzentados de 3 localizações: intramural, submucoso ou subceroso – clínica com sangramento anormal, dismenorreia, compressão da bexiga urinária e infertilidade c. Adenoma endometrial – maligno – ocorre nas glândulas do endométrio – geralmente em pacientes com hiperestrogenismo e hiperplasia endometrial – clínica com sangramento uterino anormal e dores pélvicas em casos mais graves – disseminação para trompas, ovários, ligamentos uterinos, linfonodos regionais, pulmões, fígado e ossos
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