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Avaliaçã� Nutriciona� d� Pacient� co� Câncer Desnutrição e câncer = Paciente com câncer tem grande risco de desnutrição. Fatores envolvidos na própria doença predispõem isso (aumento do metabolismo, aumento do gasto energético e resposta inflamatória). Os fatores relacionados à intensidade da terapia (efeitos colaterais) e fatores relacionados ao estado psicológico (ansiedade, medo e depressão) do paciente também vão influenciar. 40 - 70% de chance de ser desnutrido. → Os principais fatores determinantes da desnutrição nos pacientes oncológicos são a redução na ingestão total de alimentos, as alterações metabólicas provocadas pelo tumor e o aumento da demanda calórica pelo crescimento do tumor. Triage� � avaliaçã� nutriciona� Triagem = NRS-2002 = levam em consideração a demanda metabólica Avaliação = ASG-PPP (padrão) ou ASG (A = bem nutrido; B = moderadamente desnutrido ou com risco nutricional; C = gravemente desnutrido) Complementar = Anamnese alimentar; Dinamometria Exames bioquímicos quando pacientes em cuidados paliativos Indicadores de desnutrição recomendados pelo INCA 2015 ● NRS 2002 = escore ≥ 3 → paciente em risco nutricional ● ASG-PPP >=2 e ASG = B ou C ● Ingestão alimentar <75% das necessidades nutricionais nas últimas 2 semanas ● Sintomas do TGI de impacto nutricional >3 dias consecutivos ou alternados na última semana ● Localização da doença: cabeça e pescoço, TGI e pulmão ● % perda de peso significativas ou grave ● Previsão de possível cirurgia de grande porte Se possível, avaliar nutricionalmente antes da cirurgia para preparar ASG-PPP (produzida pelo paciente) → Padrão ouro para AN do paciente com câncer → Considerada um instrumento para identificar pacientes com maior risco de mortalidade → Sensibilidade e especificidade aprovadas em estudo prévio → Recomendada pelo INCA para avaliar o EN do paciente com câncer. → Principais diferenças = mais objetiva e traz perguntas específicas do câncer. 1. primeira parte é respondida pelo paciente 2. inclui informações específicas do paciente com câncer Mensuração da força de preensão palmar (dinamometria) - avalia a força física Sentado com o cotovelo flexionada a 90ºC - até 3 tentativas - anotar o maior valor Diagnosticar desnutrição = ASG-PPP Sarcopeni�* perda de massa magra e de força muscular = durante o estresse metabólico; é uma doença e precisa ser tratada Primária = relacionada ao envelhecimento = diminuição da massa muscular e redução da função física Secundária = relacionada a doença = situações específicas = foco na massa muscular esquelética Câncer e idoso = maior chance de ter sarcopenia SARC-F = método de triagem de sarcopenia = É um questionário simples, fácil, de baixo custo e que pode ser facilmente aplicado. Paciente com escore ≥ 4 → risco para sarcopenia → avalia a força muscular por dinamometria Depois, determina a massa muscular e performance = pacientes com baixa força e SARC-F ≥ 4 = provável sarcopenia. ● força ● necessidade de auxílio para caminhar ● levantar da cadeira ● subir escadas ● quedas → Paciente com sarcopenia vai ficar mais tempo no hospital Pode evoluir para atrofia muscular = condição = músculo que não foi usado = atrofia muscular por desuso Caquexi�* → Síndrome multifatorial caracterizada como perda de massa muscular (tendo ou não perda de tecido adiposo) que não pode ser revertida com suporte nutricional convencional. Geralmente é associada a presença de mediadores inflamatórios → Complexa interação entre doença subjacente, alterações metabólicas e diminuição na disponibilidade dos nutrientes. Diferença = nem todo desnutrido são caquéticos, mas todos os pacientes caquéticos são desnutridos. Diagnóstico de caquexia → Perda de peso maior que 5% nos últimos 6 meses ou IMC <20 + perda de massa muscular OU fadiga OU anorexia OU imc baixo OU parâmetros bioquímicos alterados OU alteração na ingestão alimentar Paciente com perda de peso >5% nos últimos 6 meses + alterações na ingestão alimentar = paciente caquetico = câncer = está desnutrido. 22% das mortes do paciente com câncer hospitalizados são causados pela caquexia → É importante distinguir desnutrição, sarcopenia e caquexia no paciente. → A perda de peso maior que 5% em seis meses é considerada um dos indicadores iniciais de caquexia, mesmo quando o paciente ainda não apresenta depleção evidente de massa corporal. Como medir a massa muscular? RM, DXA, tomografía computadorizada de lombar L3 = procedimentos precisos e podem ser utilizados para melhor identificar massa magra corporal e diagnóstico de sarcopenia. → Para confirmar sarcopenia deve-se usar DEXA na prática clínica → CP = boa preditora de desempenho e mortalidade = tem ponto de corte = bom preditor de risco de morte <= 34cm para homens <= 33cm para mulheres → A reavaliação periódica do paciente é muito importante. Aqueles que foram diagnosticados com risco nutricional ou desnutridos devem ser monitorados periodicamente com visitas à beira do leito, investigação da ingestão oral e da tolerância da terapia enteral, avaliar sinais e sintomas, avaliar força muscular através de exames físicos, clínicos e laboratoriais. Recomendaçõe� nutricionai�* → A quantidade de calorias e proteínas ofertada vai depender da condição clínica do paciente, do estado nutricional, da idade, do tipo de tumor, do estadiamento e do tipo de cirurgia realizada. Energia Média: 25 a 30 kcal/kg Paciente desnutrido: 30 a 35 kcal/kg atual Paciente crítico: 15 a 25 kcal/kg atual Paciente obeso: 20 a 25 kcal/kg peso ideal ou 11 a 14 kcal/kg peso atual Pacientes desnutridos graves e os com caquexia: para evitar a síndrome da realimentação = oferta inicial entre 5-10 e 15-20 kcal/kg administrados lentamente na primeira semana com controle de eletrólitos. Proteínas Com estresse moderado e desnutrido: 1,2 a 1,5 g/kg Com estresse elevado: 1,5 a 2,0 g/kg Em fase crítica da doença: até 2,5g/kg Ingestão hídrica → 30 a 35 mL/kg adulto, para o idoso considerar até 40 mL/dia → Individualizar a quantidade de líquidos. Carboidratos → Normo: 45 - 65% Lipídios → Normo: 25 - 35% Quando indicada, a TN deve ser iniciada em que momento? Pré-operatório: após o diagnóstico de risco nutricional ou de desnutrição, por um período de no mínimo 7 dias, desde que estejam hemodinamicamente estáveis. Pós-operatório: dentro de 24-48h (TN precoce) Objetivos da Terapia Nutricional → Manter ou recuperar o EN → Modular a resposta orgânica ao tratamento → Melhorar a resposta imunológica → Controlar efeitos adversos do tratamento → Incentivar e estimular a ingestão oral mediante a adequação da dieta aos sintomas causados pelo tratamento, respeitando os hábitos e tolerância do paciente. → a qualidade de vida do paciente → Evitar a progressão para um quadro de caquexia Orientações nutricionais em situações específicas* Anorexia - Conversar sobre a importância da alimentação; - Adequar de acordo com as preferências do paciente; - Modificar a consistência da dieta conforme aceitação do paciente; - Aumentar o fracionamento e reduzir o volume (6 a 8 refeições); - Aumentar a ingestão de alimentos e preparações com elevada densidade calórica; - Se necessário: complementos hipercalóricos e hiperproteicos; - Pratos coloridos e diversificados = evitar a monotonia alimentar. Disgeusia e disosmia (alteração no olfato e paladar) - Estimular a ingestão de alimentos mais prazerosos; - Aumentar fracionamento e reduzir volume - Modificar a consistência da dieta; - Pratos visualmente agradáveis e coloridos - Utilizar complementos nutricionais com flavorizantes e aromas apreciados pelo paciente; - Estimular a recordação do sabor dos alimentos antes de ingeri-los; - Preferência a alimentos com sabores mais acentuados (ácidos estimulam a salivação); - Preferência para alimentos frios; - Ervas aromáticas e condimentos nas preparações; - Evitar uso de talheres de metal; - Adicionar mel ou açúcar (se permitido na dieta) → podem diminuir o sabor amargo ou ácido. - Limpeza das papilas gustativasantes de comer Náusea e vômito - Preferir alimentos mais secos, simples, frios, com menor teor de gordura; - Evitar jejuns prolongados - Mastigar ou chupar gelo 40min antes das refeições; - Evitar preparações/alimentos gordurosos e frituras; - Evitar preparações/alimentos muito doces; - Adicionar alimentos cítricos as preparações, preferencialmente gelado; - Evitar beber líquido junto das refeições; Xerostomia - Dar preferência a alimentos umedecidos; - Utilizar gotas de limão nas saladas e bebidas; - Ingerir líquidos junto das refeições para facilitar a digestão e mastigação; - Adicionar caldos e molhos as preparações; - Usar ervas aromáticas, evitar sal e condimentos em excesso; - Mastigar e chupar gelo feito de água de coco e suco de fruta natural, sem açúcar; - Goma de mascar ou balas sem açúcar com sabor cítrico para aumentar a produção de saliva; Mucosite e úlceras orais - Modificar a consistência da dieta; - Evitar alimentos ácidos, picantes, condimentados, salgados e doces; - Alimentos a temperatura ambiente ou fria; - Diminuir o sal; - Evitar vegetais frescos crus; - Manter a ingestão hídrica adequada, evitando líquidos ricos em açúcar; - Evitar alimentos secos e abrasivos; Disfagia - Consistência da dieta - Uso de espessantes - se necessário; - Evitar alimentos secos; - Preferência a alimentos umedecidos; - Preparações de fácil mastigação/deglutição; Odinofagia - Modificar a consistência da dieta de acordo com a aceitação do paciente (intensidade da dor) - Evitar alimentos secos e duros - Diminuir sal - Preferência a alimentos de consistência pastosa - Papas de frutas e sucos não ácidos - Mastigar bem os alimentos - Evitar alimentos ácidos que possam irritar a mucosa - Alimentos a temperatura fria ou ambiente Saciedade precoce - Aumentar a densidade calórica das refeições; - Dar preferência a ingestão de legumes cozidos e frutas sem casca e bagaço; - Preferência a ingestão de grãos em geral (liquidificados ou somente o caldo); - Utilizar carnes magras, cozidas, picadas, desfiadas ou moídas; Diarréia - Evitar alimentos flatulentos e hiperosmolares; - Dieta pobre em fibras insolúveis e adequadas em fibras solúveis; Constipação - Ingestão de alimentos ricos em fibra dietética mista - Estimular a ingestão hídrica Neutropenia - Não se recomenda o uso de probióticos; - Utilizar água potável; - Ingerir condimentos e grãos somente cozidos; - Ingerir leite esterilizado e pasteurizado; - Carnes e ovos bem cozidos; - Não consumir oleaginosas; - Evitar carnes processadas;
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