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Metodologia da Atividade em Academias e Personal

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METODOLOGIA DA ATIVIDADE 
EM ACADEMIAS E PERSONAL 
PROF.A MA. GIOVANNA XAVIER DE MOURA
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-Reitoria Acadêmica
Maria Albertina Ferreira do 
Nascimento
Diretoria EAD:
Prof.a Dra. Gisele Caroline
Novakowski
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Marta Yumi Ando
Produção Audiovisual:
Adriano Vieira Marques
Márcio Alexandre Júnior Lara
Osmar da Conceição Calisto
Gestão de Produção: 
Aliana de Araújo Camolez
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de 
Sócrates para reflexão: “a vida sem desafios 
não vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande re-
sponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, 
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica 
e profissional, refletindo diretamente em nossa 
vida pessoal e em nossas relações com a socie-
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente 
e busca por tecnologia, informação e conhec-
imento advindos de profissionais que possuam 
novas habilidades para liderança e sobrevivên-
cia no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino 
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de 
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes 
atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
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01
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................ 4
1. INTRODUÇÃO À MUSCULAÇÃO E EXERCÍCIOS RESISTIDOS ............................................................................. 5
1.1 ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAÇÃO ........................................................................................................ 5
1.2 PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO ......................................................................................................................... 8
1.3 AVALIAÇÃO FÍSICA ................................................................................................................................................ 13
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................................................... 18
INTRODUÇÃO ÀS ATIVIDADES DE 
ACADEMIA E PERSONAL TRAINER
PROF.A MA. GIOVANNA XAVIER DE MOURA 
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
METODOLOGIA DA ATIVIDADE
EM ACADEMIAS E PERSONAL 
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Esta apostila de Metodologia da Atividade em Academia e Personal está dividida em 
quatro unidades. Essa divisão foi estabelecida ponderando os assuntos que consideramos serem 
importantes para a atuação do profissional de educação física em academias, seja como professor 
ou personal trainer, em diversas modalidades. Assim, a divisão foi realizada da seguinte forma: nas 
duas primeiras unidades, buscamos abordar as duas principais e mais conhecidas modalidades 
realizadas em academias: a musculação ou exercícios resistidos e as ginásticas. 
Na Unidade I, são apresentados os aspectos históricos e a conceituação da musculação, 
os princípios do treinamento, a elaboração e prescrição de exercícios, ressaltando as partes e os 
componentes básicos de um programa de treinos e as possíveis formas de avaliação de nossos(as) 
clientes. Na Unidade II, o foco são as ginásticas de academia envolvendo não só os aspectos 
históricos e conceituais, mas também os tipos de ginástica que podem ser realizados e os aspectos 
metodológicos das aulas. 
Na terceira unidade, o foco será especificamente o treinamento personalizado, ou personal 
trainer. Aqui destacaremos o que vem a ser o treinamento personalizado, seus deveres e suas 
responsabilidades, as possíveis metodologias de treinamento e questões ligadas ao marketing, à 
fidelização de clientes. 
Por fim, na última unidade, Unidade IV, abordaremos as diferentes formas de atividade 
física que têm conquistado pessoas e que são tendências no mercado atual como, por exemplo, o 
HIIT, também conhecido como treino intervalado de alta intensidade, o Crossfit, a calistenia e a 
eletroestimulação.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
1. INTRODUÇÃO À MUSCULAÇÃO E EXERCÍCIOS 
RESISTIDOS 
Nesta unidade, vamos discutir sobre o que são os exercícios resistidos, sobre os princípios 
básicos que devemos considerar na elaboração de treinos, sobre a prescrição, organização e 
avaliação de treinos e dos(as) alunos(as). 
Muitas vezes, achamos que os treinos de musculação são uma receita de bolo que já 
vem pronta e que os treinos envolvem sempre a realização de exercícios em 3 séries de 10 a 12 
repetições. Mas você já parou para pensar o quanto a elaboração de uma sessão de treino e de 
uma periodização pode ser complexa? Você saberia por onde começar e terminar uma sessão de 
treinos? E os princípios e componentes que devem ser pensados para sua construção? Se você 
curte musculação e ficou curioso(a), ou se você nunca praticou, esta unidade será essencial para 
entender um pouco mais sobre ela!
Antes de mais nada, para que você entenda todas essas questões, é válido conhecer o que é 
a musculação e os exercícios resistidos e o processo pelo qual eles passaram até chegar ao formato 
que vemos hoje nas academias.
1.1 Aspectos Históricos e Conceituação
Como você já deve saber, o treinamento de força não é uma invenção moderna, mas 
não há uma data certa para seu início. De acordo com Morgan (2008), nos túmulos dos antigos 
egípcios, são encontradas imagens de sacos de pedra e areia sendo jogados e levantados. Na Grécia 
Antiga, também eram vistas competições de halterofilismo, hoje conhecido como levantamento 
de peso, que posteriormente deram origem aos Jogos Olímpicos. Nesse momento, ainda não 
havia equipamentos elaborados, sendo usado somente aquilo que estava disponível na natureza. 
Foi a partir de 1700 que surgiram os halteres, criados por meio de hastes que eram usadas 
entre os sinos das igrejas. No século XIX, equipamento similar ao que hoje chamamos de kettlebell 
eram muito populares e, na segunda metade desse século, aparelhos de musculação como vemos 
hoje, com dispositivos de pressão e em forma de polias, começaram a aparecer (MORGAN, 2008). 
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O treinamento com pesos evoluiu consideravelmente no século XX, com a invenção das 
barras, pois facilitava os ajustes nas cargas. Nesse mesmo século, o bodybuilding, ou fisiculturismo, 
começou a ser praticado nas praias americanas de Venice, na Califórnia. Até esse momento, esse 
tipo de atividade era restrito aos homens e, a partir de então, passou a ter a presença das mulheres 
(MORGAN, 2008).
Na Segunda Guerra Mundial, a musculação se mostrou importante para o treinamento 
e a preparação de militares e também na fase de reabilitação. Após essa data, o treinamento com 
pesos passou a ser mais aceito e valorizado, fazendo crescer também novas academias, marcas e 
aparelhos (LIMOLI, 2005), como, por exemplo, a Gold’s Gym e a marca Nautilus de equipamentos.
Caso você não saiba, Kettlebell (Figura 1) “[...] é uma bola de ferro com uma alça, 
utilizada há séculos para desenvolverforça, potência e condicionamento cardio-
vascular” (TUBARÃO, 2014). No link a seguir, você encontra uma reportagem do 
Globo Esporte sobre esse equipamento: http://globoesporte.globo.com/blogs/es-
pecial-blog/leo-tubarao/post/o-que-e-kettlebell.html.
 
Figura 1 – Kettlebell. Fonte: Yorkbarbell (c2019).
Bodybuilding, ou fisiculturismo, são palavras em alta no campo da musculação. 
O Fisiculturismo pode ser definido como um esporte que visa ao culto ao corpo. 
De acordo com a IFBB Brasil, federação que controla as competições da modal-
idade no Brasil, no fisiculturismo os(as) atletas treinam para terem as partes 
do corpo desenvolvidas de forma harmônica e competem pelo melhor corpo. 
Existem diversas categorias que você pode aprender mais, acessando o site da 
IFBB, pelo link: https://ifbbbrasil.com.br.
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Figura 2 – Fisiculturismo. Fonte: Milléo (2017).
No Brasil, as academias iniciaram com a instalação de uma unidade da Associação Cristã 
de Moços (ACM), em 1930, no Rio de Janeiro, em que eram disponibilizadas atividades físicas 
e outras práticas esportivas típicas dessa época, como o judô, por exemplo. Na década seguinte, 
as academias existentes passaram a ter outras atividades como as ginásticas, lutas, halterofilismo, 
aproximando-se do modelo de academia que vemos hoje em dia. Ao longo do tempo, a atividade 
de academia no Brasil foi acompanhando o movimento fitness mundial, como, por exemplo, a 
popularização do fisiculturismo e as ginásticas aeróbicas (CAPINUSSÚ, 2005).
Atualmente, a musculação e os exercícios resistidos ganharam uma conotação diferente 
que vai muito além da preparação física e da estética. Esse tipo de exercício também tem sido 
usado para auxiliar nas atividades do dia a dia, como forma de cuidar da saúde e prevenção de 
possíveis doenças. Por esse motivo, cada vez mais, estudos têm surgido para buscar melhorar tal 
prática e novas modalidades também aparecem para que todos(as) tenham a possibilidade de 
cuidar de seu corpo.
Por fim, após estudar sobre o processo de surgimento do treinamento de força, você sabe 
qual é, então, o significado de musculação? Segundo a ACSM (2018), a prática dos exercícios 
resistidos é uma forma de atividade física que, ao exercitar um músculo ou um grupo de músculos 
contra uma resistência externa, foi idealizada para melhorar a aptidão muscular, gerando 
resultados positivos. Para a musculação, podem ser usados tanto o peso corporal como anilhas, 
halteres, barras, aparelhos, equipamentos como bolas, TRX e uma infinidade de materiais que 
podem deixar o seu treino ou do(a) seu(sua) aluno(a) mais criativo e eficiente.
Tendo esse conhecimento básico sobre os exercícios resistidos, cabe agora entendermos 
como se dá o processo de criação e elaboração de treinos, quais os aspectos que devem ser 
pensados antes da prescrição e as formas pelas quais você pode avaliar os treinos e seus(suas) 
alunos(as). Os primeiros aspectos que vamos estudar são aqueles que precedem a elaboração de 
um programa de treinos. Você já ouviu falar de princípios do treinamento?
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1.2 Princípios do Treinamento 
Os princípios do treinamento de força são considerados aqueles procedimentos básicos 
que irão guiar e direcionar toda a prescrição de um treinamento de força. Esses princípios são 
essenciais para que um treinamento tenha sucesso e podem ser aplicados a todos os programas 
de treinamento resistido (FOSCHINI et al., 2016; KRAEMER; FLECK, 2009).
Existem diversos princípios que podem ser encontrados nos livros e artigos sobre o 
tema. São eles: sobrecarga, especificidade, reversibilidade, individualidade biológica, progressão, 
manutenção, variabilidade ou interdependência volume/intensidade, adaptação, treinabilidade 
ou acomodação, conscientização. Dentre os princípios mais citados, estão o da sobrecarga, o da 
individualidade biológica, o da adaptação, o da especificidade e o da reversibilidade (KRAEMER; 
FLECK, 2009; FOSCHINI et al., 2016; UCHIDA et al., 2013; ACSM, 2009). É sobre esses princípios 
que vamos tratar aqui. Alguns desses conteúdos já foram estudados na disciplina Fundamentos 
do Treinamento Desportivo, mas aqui serão retomados, por serem de suma importância aos 
estudos sobre as atividades em academias e atendimento personalizado.
O princípio da especificidade diz respeito aos nossos movimentos. Cada movimento ou 
tarefa motora tem um nível de especificidade como, por exemplo, um padrão e a velocidade do 
movimento, a força e potência que são aplicadas para realizar a tarefa. Assim, devemos treinar 
de modo específico para gerar resultados específicos, pois as adaptações fisiológicas, que são 
resultado do treinamento de força, serão específicas dos grupos musculares que foram treinados. 
Assim, cada programa ou sessão de treino tem adaptações singulares (FOSCHINI et al., 2016; 
KRAEMER; FLECK, 2009).
Há diversos tipos de especificidades que devem ser consideradas na elaboração de 
programas de treinamento e que possibilitarão melhores resultados e programas mais elaborados. 
Podemos citar a amplitude ou padrão de um movimento, a velocidade de contração (rápida, 
moderada ou lenta), o tipo de contração muscular (concêntrica, excêntrica e isométrica), fonte 
energética (aeróbia e anaeróbia) predominante nas ações (FOSCHINI et al., 2016; KRAEMER; 
FLECK, 2009; UCHIDA et al., 2013).
Se pensarmos em possíveis exemplos, no caso da elaboração de sessões de treino para 
um(a) atleta de futebol, seria necessário conhecer quais as características da modalidade e os 
movimentos realizados para que o programa elaborado simule as características dessas tarefas 
realizadas. No caso de “atletas da vida real”, devemos lembrar que, na prescrição dos treinamentos 
de força, é importante considerarmos quais atividades ele/ela realiza no dia a dia, os movimentos 
que executa e prepará-lo(a) para tais atividades. 
Para mais informações sobre os tipos de contração muscular, fontes energéticas 
e a amplitude do movimento, acesse o livro de Kraemer e Fleck (2009), Otimizando 
o treinamento de força: programas de periodização não linear, que está disponível 
na biblioteca Pearson online.
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Outro princípio é o chamado adaptação ou recuperação. Adaptação quer dizer o ato de 
ajustar, de reestruturar o organismo no meio ambiente ou em uma situação nova. Nas sessões de 
treino, nosso organismo sofre estresse e sai das condições regulares de repouso. Quando ocorre de 
forma regular e sistemática, esse estresse estimula ajustes, ou adaptações, no organismo. Assim, a 
adaptação não irá ocorrer em uma sessão de treino, mas sim ao longo dos treinamentos (UCHIDA 
et al., 2013; FOSCHINI et al., 2016). Quatro são os fatores que podem determinar a adaptação ao 
treinamento. São eles: a sobrecarga, a individualidade, a especificidade e a treinabilidade. Estes 
fatores também são considerados princípios que veremos a seguir.
De acordo com Kraemer e Fleck (2009) e Uchida et al. (2013), o princípio da sobrecarga 
diz respeito ao aumento gradual do estresse no nosso organismo para aumentar sua capacidade 
de trabalho. Dessa forma, esse princípio tem como consequência a necessidade da variação nos 
treinamentos de força. 
Para que seja possível evoluir, como, por exemplo, o aumento de força, nosso organismo 
precisa treinar com cargas maiores do que aquelas às quais já está adaptado/acostumado a usar. 
O aumento das cargas deve ser de forma progressiva e de acordo com as capacidades fisiológicas 
de cada indivíduo. O organismo vai responder ao aumento da carga e necessita de tempo para se 
adaptar (PRESTES et al., 2016). De acordo coma ACSM (2018), o aumento gradual da sobrecarga 
deve ser de 2 a 5% em grupos musculares pequenos e de 5 a 10% para grupos musculares grandes. 
Esse aumento deve acontecer quando o indivíduo for capaz de executar uma ou mais repetições 
além daquela pré-determinada por duas sessões de treino consecutivas e em todas as séries.
Para além do aumento de cargas, existem diferentes formas de aplicar o princípio da 
sobrecarga ao alterar outras variáveis do treinamento, como, por exemplo, aumentar a intensidade 
de um exercício ou movimento, aumentar o número de repetições em uma série, controlar e 
alterar a velocidade, o tempo das repetições e o tempo do intervalo entre as séries, aumentar o 
volume do treinamento nas séries e/ou repetições (ACSM, 2018).
Quando interrompemos nossos treinos, diminuímos os estímulos dos exercícios em 
nossos treinos ou o estresse aplicado não é capaz de atingir níveis de sobrecarga e promover novas 
adaptações, nosso organismo regride em relação aos resultados que já tinham sido obtidos. Nosso 
organismo é capaz de eliminar as estruturas que não estão sendo utilizadas e aproveitar esses 
recursos não utilizados em outros sistemas. Por isso, precisamos estar atentos à manipulação da 
sobrecarga e das progressões na periodização e nas sessões de treino. Esse é o chamado princípio 
da reversibilidade (FOSCHINI et al., 2016; UCHIDA et al., 2013).
Devemos lembrar, também, que somos indivíduos diferentes uns dos outros e que, por 
esse motivo, devemos sempre acompanhar, monitorar e identificar o momento mais adequado 
para realizar essas alterações e aumentar o estresse no organismo, tendo a certeza de que a 
progressão será segura para nossos alunos(as).
Esse fato tem a ver com o último princípio, o princípio da individualidade biológica. 
Por sermos diferentes, os estímulos, as alterações e os protocolos de treinamento não terão os 
mesmos efeitos quando aplicados a diferentes pessoas. Dessa forma, na elaboração dos programas 
de treinamento, devemos considerar aspectos como as necessidades, capacidades e características 
dos(as) nossos(as) alunos(as), sejam elas biológicas, psicológicas ou socioculturais, os seus hábitos 
de vida, a rotina de atividades que realizam, quais suas preferências, dentre outros aspectos que 
poderiam ser citados. Somente individualizando os treinamentos é que teremos resultados mais 
eficientes, melhor adesão e satisfação dos(as) nossos(as) clientes (UCHIDA et al., 2013).
Por fim, devemos considerar todos esses princípios na elaboração de sessões e na 
periodização dos treinamentos de nossos(as) clientes, assegurando que terão exercícios, cargas 
e progressões pensados para atingirem seus objetivos com segurança e considerando sua 
individualidade. 
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
O próximo passo agora é a elaboração de programas e sessões de treino. Você sabe quais 
as partes que compõem uma sessão de treino?
De acordo com as recomendações apresentadas pela ACSM (2018), uma sessão de treino 
deve conter quatro partes: aquecimento, sobrecarga, resfriamento e alongamento. 
A primeira parte de um treino deve ser o aquecimento, que é o momento em que o 
corpo se prepara e se ajusta às mudanças biomecânicas, fisiológicas e energéticas da parte da 
sobrecarga ou fase esportiva da sessão. Essa é uma das partes mais importantes do treino, pois, 
além de auxiliar na melhora da amplitude dos movimentos, é capaz de reduzir o risco de lesão. O 
período de aquecimento deve ter de 5 a 10 minutos de atividade cardiorrespiratória e muscular 
com intensidade leve a moderada, devendo envolver exercícios dinâmicos (ACSM, 2018). 
A parte de sobrecarga, também chamada de condicionamento, inclui exercícios 
aeróbicos, de resistência, neuromotoras e/ou esportivas. Essa é a fase principal de um treino e, 
por esse motivo, deve ter de 20 a 60 minutos de trabalho intenso. 
A fase de resfriamento é o período em que há a recuperação gradual da frequência 
cardíaca (FC) e da pressão arterial (PA), além da remoção de produtos metabólicos finais 
utilizados durante a fase intensa de sobrecarga. Para esse período, devem ser dedicados de 5 a 10 
minutos de atividade leve ou moderada (ACSM, 2018).
Por fim, o alongamento pode ser realizado tanto após o aquecimento como após a fase de 
resfriamento, pois quando os músculos estão aquecidos, há uma melhora na flexibilidade. Deve-
se dedicar, pelo menos, 10 minutos do treino para essa fase (ACSM, 2018).
Vale destacar que, na fase de sobrecarga, ou condicionamento, existem componentes que 
podem ser controlados e alterados com vistas a melhorar os treinos. Você lembra que, quando 
falamos do princípio da sobrecarga, nós comentamos sobre alguns deles?
Para conferir os valores de referência para as atividades muito leves, leves, mod-
eradas, vigorosas e próximas do máximo, acesse o Guia para testes e prescrição 
de exercícios da American College of Sport Medicine, de 2018, com link disponível 
nas referências.
Quando vamos às academias de musculação, quantas vezes já lhe pediram para ir 
aquecer na esteira? Você já parou para pensar se é realmente necessário colocar 
seus(suas) alunos(as) todos os dias para aquecer, seja na esteira, elíptico ou bike? 
Você acha que podem existir outras formas de aquecer e preparar o corpo para as 
atividades que serão realizadas no treino?
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Esses componentes, chamados de variáveis de treinamento, vão influenciar as respostas 
agudas e adaptações crônicas de um programa de treinamento. As variáveis podem ser a escolha 
e a sequência dos exercícios, o número de séries, a intensidade das atividades, o volume dos 
exercícios, a duração dos intervalos e a frequência de treinos (KRAEMER; FLECK, 2009; UCHIDA 
et al., 2013; ACSM, 2018). No momento de escolher como usar as variáveis de treinamento, deve-
se ter em mente quais os objetivos daquela sessão ou programa de treinos.
Para a seleção dos exercícios a serem utilizados em uma sessão de treino, é necessário 
saber quais os músculos ou grupos musculares serão trabalhados. Dessa forma, se queremos 
trabalhar os músculos dos membros superiores, devemos colocar, nas sessões de treinos, exercícios 
e movimentos que irão promover adaptações fisiológicas nos músculos escolhidos (KRAEMER; 
FLECK, 2009). 
Cabe destacar que há uma variável dentro da variável da seleção dos exercícios, que é a 
utilização de movimentos com peso livre, como os halteres, kettlebell e barras ou em aparelhos 
guiados específicos. Exercícios com peso livre têm a vantagem de se aproximar dos movimentos 
e do recrutamento dos músculos utilizados nas atividades do cotidiano. Além disso, para a 
realização desses exercícios, são necessários maior estabilidade na carga nos três planos (sagital, 
transverso e coronal) e o auxílio de outros músculos para a estabilização. Nos aparelhos guiados, 
como as placas de peso, equipamentos com polias, o movimento é padronizado e restringido pelo 
equipamento e, geralmente, há a utilização de apenas um plano. Nesse caso, o recrutamento do 
músculo é maior e, assim, as adaptações também são maiores. Cabe lembrar que atualmente já 
existem aparelhos de última geração que permitem a utilização de dois ou três planos (KRAEMER; 
FLECK, 2009; UCHIDA et al., 2013). Assim, você, como professor(a), pode analisar o que é 
melhor para seu(sua) cliente e até mesclar as duas formas de exercícios.
Outro fator que pode ser usado para a escolha dos exercícios é a realização de 
movimentos com monoarticulares ou pluriarticulares. Podemos citar, como exemplos de 
exercícios monoarticulares, a cadeira extensora e o crucifixo e, como exemplos de exercícios 
pluriarticulares, o agachamento e o supino. Para Kraemer e Fleck (2013), uma das principais 
diferenças entre os exercícios monoarticulares eos pluriarticulares é que os primeiros geralmente 
recrutam um grupo muscular específico e oferecem menos risco de lesão por não precisarem de 
um nível técnico alto, enquanto os segundos recrutam vários grupos musculares em um mesmo 
movimento, sendo considerados mais eficientes para aumentar a potência corporal total. 
Figura 3 - Cadeira Extensora. 
Fonte: Dicas de Musculação
Figura 4 – Crucifixo.
(2019).Fonte: Pinterest (2019b).
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Figura 5 – Agachamento. 
Fonte: Pinterest (2019a). 
Figura 6 – Supino.
Fonte: Angola Fitness (2017). 
Questões relacionadas à forma de organizar a sequência dos exercícios nos treinos 
também envolvem a utilização de movimentos pluri ou monoarticulares. Em geral, prioriza-se 
iniciar uma sessão de treino com exercícios pluriarticulares, pois assim um estímulo maior é 
fornecido aos músculos como consequência de maior resposta neural, metabólica e hormonal 
(KRAEMER; FLECK, 2009). Outros fatores podem ser tomados como base para a construção dos 
treinos, como os seguimentos corporais (segmento superior, inferior e tronco), as articulações 
adjacentes (combinação de exercícios mono e pluriarticulares de forma sequenciada), os grupos 
musculares, já citados anteriormente, e misto (união de dois ou mais fatores) (FOSCHINI et al., 
2016).
Quanto ao número de séries nos treinos, não há a necessidade de ser o mesmo nos 
exercícios programados para a sessão de treino; para cada tipo de objetivo, há um número x de 
séries que devem ser realizadas, assim como também devemos considerar o nível do praticante. 
O número de séries serve para controlar o volume de um exercício ou programa de treino. Para 
calcular o volume do treinamento de força, deve-se usar a fórmula: séries x repetições x carga 
(KRAEMER; FLECK, 2009; UCHIDA et al., 2013).
No que diz respeito à intensidade do treinamento, ou seja, à quantidade de carga utilizada 
no programa de treinos, geralmente usam-se cargas baseadas em repetições máximas que são 
aquelas cargas realizadas de forma adequada em um número x de repetições por séries como, por 
exemplo, 12 RM ou por zonas de RM (de 12 a 15 RM). Assim, conforme o corpo vai se adaptando 
às cargas, é necessário que seja aumentada para que mantenha o RM ou zona de RM determinada. 
Convém lembrar que, quanto maior a carga, mais difícil é executar um número alto de repetições 
e vice-versa. Outro método muito comum é estabelecer uma repetição macia (1RM) das cargas 
dos movimentos e trabalhar com percentuais dessas cargas (KRAEMER; FLECK, 2009; UCHIDA 
et al., 2013).
Outra variável é a duração do intervalo de descanso entre as séries e os exercícios. Essa 
é uma das variáveis que mais é deixada de lado durante um treino: ou descansamos demais 
ou descansamos de menos. Mas esse é um componente essencial para alcançar os objetivos 
estabelecidos, pois é por meio dele que o nível de recuperação muscular é determinado. No caso 
do treinamento com foco no aumento de força e potência, é sugerido que o tempo de descanso seja 
de 2 a 3 minutos quando os movimentos forem pluriarticulares. Em exercícios monoarticulares 
e treinos para o aumento da força máxima, geralmente são usados descansos de 1 a 2 minutos. 
No caso de o objetivo ser a resistência muscular localizada, são recomendados intervalos de 1 
a 2 minutos com repetições que variam de 15 a 20. Para repetições que variam de 10 a 15, são 
aconselhados intervalos de 1 minuto (KRAEMER; FLECK, 2009; UCHIDA et al., 2013). 
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A duração do intervalo também pode alterar de acordo com a experiência dos(as) 
praticantes. Para pessoas iniciantes, intermediárias e avançadas, são recomendados intervalos 
de 1 a 2 minutos para os dois primeiros e de 2 a 3 minutos e de 1 a 2 minutos para avançados, 
sendo para exercícios pluriarticulares e monoarticulares, respectivamente. Advertimos aqui o 
que afirmamos no início da unidade: que não há receita de bolo pronta para a prescrição de 
exercícios e os intervalos. Você sempre analisa cada um de seus(suas) alunos(as) e adequa o que 
for necessário pensando em suas capacidades e em seus objetivos.
Finalmente, a última variável é a frequência dos treinos. Segundo Uchida et al. (2013), 
são sugeridos de duas a três sessões para alunos(as) iniciantes, trabalhando o corpo de forma 
geral. Para pessoas mais avançadas, que treinam todos os dias da semana, é necessário um 
planejamento minucioso para que os músculos e grupos musculares tenham um período de 
recuperação adequado.
Agora você já conhece e já retomou os princípios e as variáveis de um treinamento. 
Mas você sabe o que é preciso para descobrir quais variáveis devem ser alteradas e como posso 
iniciar a elaboração de um treino? Sempre antes de começarmos um programa de treinamento, 
precisamos conhecer bem nossos(as) alunos(as), saber se está praticando atividade física e, se 
sim, qual atividade e há quanto tempo, quais seus hábitos de vida, se possui algum problema 
cardíaco ou alguma lesão, se possui alguma doença como a hipertensão e diabetes e todas as 
informações que são necessárias para que possamos cuidar e montar o treino adequado para suas 
necessidades. Esse é o tema do próximo tópico.
1.3 Avaliação Física
As avaliações físicas são testes que vão apontar quais as condições físicas de um 
indivíduo, seja ela muscular, cardiorrespiratória ou de gordura corporal (KRAEMER; FLECK, 
2009). As avaliações podem ser realizadas antes ou após o programa de exercícios para saber, 
respectivamente, qual a situação atual de nosso(a) cliente e quantificar suas necessidades e se os 
objetivos estabelecidos anteriormente foram atingidos. 
Segundo Vieira (2014), a avaliação física realizada antes do início dos treinos deve 
considerar fatores como a idade, treinamentos prévios, histórico de saúde e restrições médicas, 
quais seus objetivos e desejos, quanto tempo seu(sua) aluno(a) poderá se dedicar aos treinos. 
Além disso, podemos medir também sua altura e peso, seus percentuais de gordura e massa 
magra, sua força, velocidade, equilíbrio, flexibilidade, capacidade aeróbia e anaeróbia (SOUZA; 
PEREIRA, 2019).
Geralmente, a primeira parte de uma avaliação física pré-treinamentos é a realização 
de uma anamnese, que é uma saída alternativa para a obrigatoriedade da realização de exames 
médicos mais complexos. A anamnese consiste em perguntas que abordam os hábitos de vida e 
históricos de lesões e doenças. Muitas academias e clubes esportivos utilizam questionários como 
o Par-Q (Questionário de Prontidão para Atividade Física). Esse questionário é organizado de 
forma simples e objetiva, com respostas que podem ser positivas ou negativas e, caso exista uma 
ou mais de uma resposta positiva, é recomendado que o indivíduo realize exames médicos antes 
do início dos treinos (SOUZA; PEREIRA, 2019).
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Figura 7 – Questionário Par-Q. Fonte: CEPE-USP (2019).
 
Para medir a gordura corporal, frequentemente, são utilizados os procedimentos de IMC 
(índice de massa corpórea), dobras cutâneas, bioimpedância ou circunferência. O IMC é uma das 
maneiras mais simples de medir a massa corporal, porque não exige nenhum tipo de equipamento. 
Para calculá-lo, você precisa dividir o peso corporal (kg) pela altura (m) ao quadrado (IMC = 
Peso/Altura²) e o resultado final é comparado com os valores da tabela abaixo:
Você pode ter acesso ao questionário Par-Q (Questionário de Prontidão para Ativi-
dade Física) clicando no link: http://www.cepe.usp.br/wp-content/uploads/PARQ-
site-CEPE.pdf.
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Figura 8 – Classificação IMC. Fonte: Bombardi (2016).
 Entretanto, destacamos aqui que o IMC deve ser usado somente em pessoas 
comuns. No caso de atletas ou pessoas com um volume grande de massa muscular, o resultado 
final indicará um valor alto, mesmo que não sejam considerados obesos. Assim, é necessário 
complementar a avaliação com outros protocolos, como os de dobras cutâneas e de bioimpedância.
A avaliação das dobras cutâneas é uma das maneiras mais comuns de se obter o percentual 
de gordura de uma pessoa. Para sua realização, é utilizado um adipômetro e, por meio da espessura 
da dobra combinada com equações específicas, é que são calculados os percentuais (SOUZA; 
PEREIRA, 2019; KRAEMER; FLECK, 2009). Existem equações que utilizam 3 dobras, como a de 
Jackson e Pollock ou Guedes; 4 dobras, como as de Durnin e Womersley, Faulkner ou Petroski; 
ou 7 dobras, de Jackson, Pollock e Ward, para obter o resultado final. Cabe ao avaliador(a) optar 
por aquela que melhor se enquadre na população ou no indivíduo em que será aplicada.
A bioimpedância também é um procedimento bastante utilizado em academias. É um 
equipamento que mede a composição corporal com base na resistência de estímulos elétricos 
oferecidos pelo corpo. Existem diversos tipos de bioimpedância. Em um deles, são colocados 
eletrodos em, pelo menos, duas regiões do corpo (SOUZA; PEREIRA, 2019) e, no outro, o 
indivíduo sobe em uma plataforma e segura uma haste com as duas mãos. Por meio de correntes 
elétricas, o equipamento faz a avaliação. 
Figura 9 - Bioimpedância com eletrodos. Fonte: Mundo Boa Forma (2019).
 
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Figura 10 – Bioimpedância. Fonte: Lamarco (2018).
Para avaliar a flexibilidade, o teste de sentar e alcançar, também conhecido como Banco 
de Wells, é o procedimento mais utilizado. O teste consiste em um banco posicionado no chão 
em que o indivíduo, sentado no chão, encosta os pés na parte de baixo do banco e, mantendo 
os joelhos estendidos, deve projetar os braços para a frente e ir o mais longe possível (Figura 
11). As mãos deslizam sobre uma fita expressa em centímetros que marcarão a pontuação do(a) 
avaliado(a) com base no sexo e na idade, como mostra a tabela a seguir (Figura 12).
 Figura 11 – Teste de sentar e alcançar. Fonte: Projeto Esporte Brasil (2019).
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Figura 12 – Tabela de classificação de resultados do Teste de Sentar e Alcançar. Fonte: Albino et al. (2010).
 
A avaliação da força muscular também é comum nas academias. Como já dissemos 
anteriormente, uma das formas de se calcular é a partir dos testes de repetição ou repetições 
máximas, que se resumem em encontrar a maior carga para a realização de um determinado 
movimento em uma única repetição ou um maior número de repetições com uma carga pré-
determinada. Cabe enfatizar que esses testes devem ser realizados somente com pessoas que já 
têm um nível de atividade física e força consideráveis (SOUZA; PEREIRA, 2019).
Existem inúmeros possíveis testes que podem ser utilizados para avaliar nossos(as) 
clientes, mas apresentar todas essas possibilidades foge do escopo de nossa disciplina, pois você 
terá acesso a essas informações nas disciplinas de Avaliação. 
Para mais informações sobre os tipos de contração muscular, fontes energéticas 
e a amplitude do movimento, acesse o livro de Kraemer e Fleck (2009), Otimizando 
o treinamento de força: programas de periodização não linear, que está disponível 
na biblioteca Pearson online.
Entretanto, nem só de musculação vivem as academias. Você já deve ter conhe-
cimento de outras modalidades, certo? Quais outras modalidades você poderia 
citar? Com certeza, as aulas de ginástica passaram pela sua cabeça. Esse é o 
tema da nossa próxima unidade.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Nesta unidade, foi possível observar elementos que nos ajudam a entender o que é a 
musculação e os exercícios resistidos. Na primeira parte, compreendemos os aspectos históricos 
da musculação e que nos deram suporte para as etapas seguintes da apostila. Em seguida, 
estudamos os elementos que compõem um treino, os princípios que devemos considerar na sua 
prescrição, assim como as variáveis que podem ser alteradas para potencializar o treinamento 
resistido. Aqui foi possível reconhecer a importância de cada um desses elementos e perceber que 
a elaboração de um programa de treino não é tão simples quanto parece, não é?
Além disso, na última etapa desta unidade, conhecemos algumas das formas pelas quais 
podemos avaliar nossos(as) alunos(as) de acordo com o seu histórico de vida e hábitos, sua 
composição corporal, flexibilidade e força. Essa é parte importante do processo de criação dos 
treinos e deve ser repetida pelo menos a cada 3 ou 4 meses como forma de comparação e, também, 
para mostrar o quanto o seu trabalho tem surtido os efeitos esperados nos(as) seus(suas) clientes.
Ah, e não se esqueça: a prescrição de treinos não vem pronta! Cabe a nós estarmos sempre 
atualizados e buscando conhecimento para melhorar os treinos que construímos. De qualquer 
forma, espero que, após essa unidade, você possa usar como suporte os itens aqui tratados e usar 
a sua criatividade para elaborar programas diferentes para cada um(a) de seus(suas) alunos(as).
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................... 20
1. ASPECTOS HISTÓRICO ........................................................................................................................................... 21
2. MODALIDADES DE GINÁSTICA EM ACADEMIA ................................................................................................... 23
3. ASPECTOS METODOLÓGICOS ............................................................................................................................... 29
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................... 33
GINÁSTICA DE/EM ACADEMIA
PROF.A MA. GIOVANNA XAVIER DE MOURA 
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
METODOLOGIA DA ATIVIDADE
EM ACADEMIAS E PERSONAL 
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INTRODUÇÃO
 
Você já deve ter reparado que, na maioria das academias, existe uma sala especial toda 
espelhada com materiais diferentes encostados nos cantos, como steps, cama elástica e colchonetes, 
certo? Essas salas são destinadas a outra modalidade de peso, que são as ginásticas. Esse é o tema 
da nossa segunda unidade.
Esta unidade está dividida em três tópicos. Na primeira parte, vamos abordar alguns 
aspectos históricos da ginástica, que vão desde a Grécia Antiga, passando pelos métodos ginásticos, 
o início dessas atividades no Brasil até chegar às modalidades de ginástica de academia que temos 
hoje. 
A segunda parte está voltada para as diferentes modalidades da ginástica. Pensando 
na possibilidade de você atuar com essa área importante e de alto fluxo em uma academia, 
entendemos ser necessário que você conheça as principais modalidades. Atualmente, há uma 
grande variedade de aulas que podem ser disponibilizadas nas academias, como a ginástica 
localizada, o step training, o jump, o GAP (glúteos, abdômen e pernas), as aulas de ritmos, de 
alongamento. Nesta etapa, você aprenderá um pouco sobrealgumas dessas modalidades, o foco 
e objetivo de cada uma, quais os principais movimentos e o tempo de duração.
A terceira etapa da nossa unidade está destinada aos aspectos metodológicos de uma aula 
de ginástica. Você estudará quais as partes de uma aula, as diferentes formas de aplicação e como 
as aulas podem ser estruturadas com base nas músicas escolhidas.
Esperamos que, após esta unidade, você consiga minimamente ser capaz de elaborar uma 
aula ou, pelo menos, saber quais os aspectos que você deve considerar antes de começar sua 
atuação nessa área tão forte nas academias.
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1. ASPECTOS HISTÓRICO
A história da ginástica de academia tem relação com o início da prática de atividade física. 
Inicialmente, no período da Grécia Antiga e em Roma, a ginástica era usada para a preparação 
de guerreiros. Na Grécia, a ginástica também servia como forma de exaltar a beleza e ocupar o 
tempo livre das pessoas (MARTINS; SOUZA; REZENDE, 2012; FLORES, 2015).
Figura 1 – Preparação para a guerra. Fonte: Armae (2011).
Durante a Idade Média, a atividade física e o culto ao corpo passaram a ser considerados 
pecados e, por isso, o conhecimento sobre eles ficou apagado nesse período. Foi somente a partir 
do período renascentista que o valor da atividade física foi recuperado, voltando-se o culto ao 
corpo belo. A partir de então, a prática da ginástica foi assumindo diferentes formas e conceitos 
em cada época a partir da cultura corporal (MARTINS; SOUZA; REZENDE, 2012; FLORES, 
2015).
Em algum momento da sua graduação, ou mesmo durante o ensino regular, você já deve 
ter ouvido falar dos métodos ginásticos, certo? Os métodos ginásticos são grandes influenciadores 
da ginástica em academias que temos hoje. Surgidos na Europa por volta dos séculos XVIII e 
XIX, esses métodos tinham como objetivo desenhar corpos, moldar comportamentos a partir 
dos ideais de saúde. Os métodos mais conhecidos são o método alemão, o método sueco e o 
método francês (MARTINS; SOUZA; REZENDE, 2012; FLORES, 2015). 
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Esses métodos também eram associados às representações de civilidade, do corpo limpo, 
belo e saudável, e à construção de sentimento nacionalista. Os movimentos eram padronizados 
e tinham características pedagógicas e, por isso, as atividades eram sistematizadas. As atividades 
eram realizadas em grandes grupos e, nas escolas, por exemplo, os(as) alunos(as) eram 
posicionados em colunas e realizavam os movimentos de forma sincronizada (FLORES, 2015).
Figura 2 – Métodos ginásticos. Fonte: IDES (2009). 
No Brasil, os métodos ginásticos foram incluídos como conteúdo das aulas de Educação 
Física com objetivos educativos, auxiliando na construção de bons hábitos e bons comportamentos 
associados à composição corporal (FLORES, 2015). Nosso objetivo, aqui, não é nos aprofundar 
nas características e peculiaridades de cada um desses métodos, ou mesmo como eles chegaram 
ao Brasil e se expandiram. Nosso intuito é que você entenda que eles serviram como suporte para 
o que hoje consideramos a ginástica em academia.
Sobre os diferentes métodos ginásticos, você pode acessar a sequência de vídeos 
de Ronald Turíbio: “Movimento Ginástico Europeu #01 (Introdução)”, “Movimen-
to Ginástico Europeu #02 (Método Alemão)”, “Movimento Ginástico Europeu #03 
(Método Sueco)” e Movimento Ginástico Europeu #04 (Método Francês)”, disponi-
bilizados, respectivamente, nos links: 
https://www.youtube.com/watch?v=kmA9abg7Qoo.
https://www.youtube.com/watch?v=TzXOtZCFSEs.
https://www.youtube.com/watch?v=igBSzAuRWgk.
https://www.youtube.com/watch?v=sjMhoNeUH0o.
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A primeira academia de ginástica no Brasil surgiu por volta de 1930. Sob coordenação 
de Gretch Hillefeld, as atividades eram organizadas com base no método analítico, mas com 
pequenas alterações para adequar o modelo às necessidades dos(as) brasileiros(as). Até a década 
de 1990, o foco das aulas de ginástica eram os cuidados estéticos, a reabilitação e a socialização. 
Até esse período, ainda não eram usadas músicas para acompanhar os movimentos. Com as ruas 
cada vez mais perigosas e a inserção das músicas e dos movimentos casados, as aulas de ginástica 
cresceram rapidamente (VIDAL; ANIC; KERBEJ, 2018).
Inspirada pelo movimento fitness nos Estados Unidos, principalmente pela influência de 
Jacki Sorensen, na aerobic dance, Phyllis Jacobson, na hooked on aerobics, e Jane Fonda, com seus 
programas de workouts, a ginástica próxima ao que vemos hoje nas academias começou a ser 
trabalhada no Brasil (VIDAL; ANIC; KERBEJ, 2018).
O “boom” da ginástica de academia no Brasil aconteceu na década de 1980, com a chegada 
da ginástica aeróbica. O interesse de donos(as) de academia e de profissionais da área fizeram com 
que investissem fortemente nesse novo campo e a ginástica se expandisse rapidamente (VIDAL; 
ANIC; KERBEJ, 2018).
De acordo com Vidal, Anic e Kerbej (2018), as ginásticas que conhecemos, atualmente, 
podem ser tanto competitivas quanto não competitivas. Nesta unidade, trabalharemos com as 
modalidades não competitivas, que são aquelas praticadas nas academias com o objetivo de 
melhorar a resistência cardiorrespiratória, o alongamento e, também, cuidar da saúde física e 
mental.
A ginástica de academia, em geral, assim como vimos nos métodos ginásticos, também é 
realizada em grupos, e é utilizada tanto como terapia e fortalecimento da musculatura, como para 
a melhora da capacidade cardiorrespiratória. Os exercícios também são organizados de forma 
sistematizada e, na maioria das vezes, são acompanhados por música. Para Vidal, Anic e Kerbej 
(2018), o fato de as aulas serem realizadas em grupos é um dos motivos da grande adesão de 
pessoas a essa prática, pois é uma atividade motivante e divertida. 
Existem diferentes tipos de ginástica e todas possuem essas mesmas características. Os 
tipos mais comuns são a ginástica localizada, a ginástica aeróbica, o GAP, o step training, o jump, 
as ginásticas de alongamento e flexibilidade, as aulas de ritmos e aquelas vinculadas a grandes 
marcas, como o fitdance, a zumba e a bodysystem. Assim, nossa próxima sessão terá como objetivo 
abordar um pouco algumas dessas modalidades de ginástica.
2. MODALIDADES DE GINÁSTICA EM ACADEMIA
Como citado no tópico anterior, existem diferentes tipos de ginástica realizados nas 
academias do Brasil e mundo afora. Esse modelo que temos hoje teve início por volta da década 
de 1980, com a expansão do movimento fitness. Os dois primeiros modelos de ginástica que 
surgiram foram a ginástica localizada e a ginástica aeróbica.
A ginástica localizada é fundamentada nos métodos da musculação e, também, da 
calistenia, e é uma das maiores responsáveis pela entrada das mulheres nas academias. Nessa 
modalidade, o indivíduo realiza uma sequência de exercícios e movimentos utilizando o peso 
corporal ou pesos livres. Os movimentos são acompanhados de música, permitindo que o ritmo 
e a batida das músicas auxiliem no ritmo e tempo de execução dos exercícios (FLORES, 2015). As 
aulas costumam ter entre 45 a 60 minutos e têm como objetivo desenvolver a resistência localizada 
de um músculo ou grupo muscular e tonificá-lo de forma a auxiliar em outras atividades físicas 
(PORTAL EDUCAÇÃO, 2019; VIDAL; ANIC; KERBEJ, 2018).
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Figura 3 – Ginástica localizada. Fonte: Nascimento (2019).
A ginástica localizada pode ter duas divisões: oGAP, que significa “glúteos, abdômen 
e pernas”, e o PAP, que significa “peito, abdômen e pernas”. Nessas categorias, são focalizados 
os segmentos corporais que dão a elas o nome (FLORES, 2015). Nestes casos, são utilizados 
principalmente materiais como caneleiras, colchonetes.
Logo em seguida ao surgimento da ginástica localizada, surgiu a ginástica aeróbica, no 
final da década de 1980 e na década de 1990. Essa modalidade se popularizou não só dentro das 
academias pelas aulas, mas se tornou uma modalidade competitiva (FLORES, 2015).
Nos links a seguir, você pode assistir às apresentações da equipe brasileira de 
ginástica aeróbica nas olimpíadas de Sydney – 2000, trio masculino, e no campe-
onato mundial da modalidade, em 1995, dupla mista, respectivamente: https://
www.youtube.com/watch?v=_UFzFWNQYgo e https://www.youtube.com/
watch?v=4W2aJntJ_WU. Atualmente, esses campeonatos ainda existem e ger-
almente são realizados em competições por grupos, como podem ser vistas no 
vídeo das apresentações do Campeonato Mundial de 2014: https://www.youtube.
com/watch?v=zqtCieE-5tc.
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A ginástica aeróbica, assim como a ginástica localizada, é a realização de exercícios e 
movimentos com o acompanhamento de músicas. Nessa modalidade, priorizam-se a coordenação 
motora e a melhora do desempenho cardiorrespiratório em uma aula que varia de 45 a 60 minutos 
(VIDAL; ANIC; KERBEJ, 2018). Aqui não há a utilização de aparelhos ou materiais e os exercícios 
recebem influência dos movimentos ginásticos.
Dentro da ginástica aeróbica, podemos citar algumas atividades bem conhecidas nas 
academias, como o jump, o step, o spinning, por exemplo. O step, em inglês, passo, degrau, é 
uma modalidade que tem como foco os membros inferiores. As aulas levam em média de 45 a 
60 minutos (VIDAL; ANIC; KERBEJ, 2018) e acontecem com a utilização de um step, material 
retangular e que simula um degrau de uma escada, os movimentos são coreografados e combinados 
à música escolhida. São realizados deslocamentos laterais, frontais, com subidas e descidas, saltos, 
avanços, agachamentos, movimentos de rotação e movimentos semelhantes às corridas estáticas 
e uma variedade enorme de movimentos que podem ser criados. A atividade exige equilíbrio, 
coordenação e ritmo. Apesar de ser voltada ao trabalho de pernas, o(a) professor(a) pode criar 
movimentos diferentes e trabalhar movimentos que trabalhem membros superiores e o core.
Figura 4 – Aula de step. Fonte: Ativo (2015).
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Outra modalidade conhecida é o jump, em inglês, pular, nome dado, pois os exercícios 
são realizados sobre um minitrampolim. As aulas acontecem durante 30 a 45 minutos (VIDAL; 
ANIC; KERBEJ, 2018) e, assim como no step, no jump o foco principal são os membros inferiores 
e são realizados movimentos de corrida estática, flexão e extensão de joelhos, elevações de 
joelho, transferências de peso entre as pernas e sempre executados com pequenos ou grandes 
saltos. Os exercícios realizados também acompanham o ritmo da música e, por isso, exigem 
muita coordenação. Aqueles(as) que têm dificuldade em sentir o ritmo da música podem ter 
dificuldades em acompanhar a aula.
Figura 5 – Aula de jump. Fonte: Ecofit (2017).
No vídeo Funcional Step Training, disponível no link https://
www.youtube.com/watch?v=7BeiHs3_Klk, você pode vis-
ualizar rapidamente como funciona a parte principal de 
uma aula de step training.
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Uma modalidade que esteve fortemente presente nas academias na década de 2000 é o 
spinning. Atualmente, nem todas as academias possuem horários dedicados ao spinning, pois, 
para que aconteça, há a necessidade de um espaço preparado com uma quantidade considerável 
de bicicletas ergométricas específicas para a modalidade. No spinning, são utilizados movimentos 
em pé ou sentado na bicicleta, flexão e extensão de tronco, as pedaladas podem ter variações 
aumentando-se e/ou diminuindo-se a frequência ou mesmo alterando-se as marchas.
Figura 6 – Aula de spinning. Fonte: Caras (2016).
 
No vídeo disponibilizado pela profissional Carol Borba, você 
pode acompanhar como acontece uma aula de jump e os no-
mes de alguns dos movimentos. O vídeo está na plataforma 
do Youtube e pode ser acessado pelo link: 
https://www.youtube.com/watch?v=Oua9fQowSOk.
No vídeo Spinning Choreo, C.C.T. Austria, the second, dis-
ponível no link https://www.youtube.com/watch?v=482h-
kQZGgDI, você pode ver uma coreografia que poderia ser 
aplicada em uma aula de spinning.
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Existem algumas academias especializadas nesse tipo de treino. Você já deve ter ouvido 
falar do Studio Velocity, por exemplo. Nessas academias, você pode fazer pacotes ou aulas avulsas 
e reservar sua bike. As aulas são sempre muito animadas fazendo com que alunos(as) tenham 
uma experiência positiva.
Algumas aulas de ginástica são mais voltadas para a dança, conhecidas como aula de 
ritmos. As aulas consistem em coreografias com baixo impacto montadas a partir da música 
escolhida e giram em torno de 30 a 60 minutos (VIDAL; ANIC; KERBEJ, 2018). As aulas de 
ritmos são uma das mais populares nas academias. A modalidade leva esse nome porque nela 
podem ser trabalhados diferentes ritmos musicais como a salsa, o forró, o sertanejo, o reggaeton, o 
funk, o axé, o samba. As músicas podem ser preparadas anteriormente pelos(as) professores(as), 
que podem trabalhar de duas formas: a primeira é quando as coreografias são ensinadas durante 
as aulas, e a segunda é quando o(a) professor(a) dança e os(as) alunos(as) tentam acompanhar 
sem uma instrução prévia. Geralmente, são escolhidas músicas que são hits ou aqueles famosos 
axés e funks dos anos 1990 que, quando ouvimos, não conseguimos não nos animar.
Atualmente, no mercado, existem algumas franquias que pré-coreografam músicas e há a 
necessidade de realizar cursos e se credenciar para aplicá-las, como o fitdance e a zumba. Nessas 
aulas, os(as) funcionários(as) contratados pela empresa montam as aulas e as coreografias e o(a) 
professor(a) aplica em suas turmas. Esses diferentes modelos de aula serão abordados no próximo 
tópico da unidade.
Nessa modalidade, diferentemente de algumas que vimos anteriormente, não há a 
utilização de equipamentos, permitindo que os(as) professores(as) explorem as possibilidades de 
movimentos que nosso corpo pode realizar acompanhando as músicas escolhidas.
Existem também as aulas de alongamento. Essas aulas acontecem durante 30 a 60 
minutos e priorizam a postura, o equilíbrio, a concentração e, em especial, a flexibilidade. Podem 
ser realizadas com ou sem o uso de materiais e focam os principais grupos musculares (VIDAL; 
ANIC; KERBEJ, 2018).
No vídeo disponibilizado pela FitDance Life pelo link: 
https://www.youtube.com/watch?v=-bwcoWcoji0, você 
pode acompanhar como é uma coreografia de uma aula 
de ritmos.
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Figura 7 – Ginástica de Alongamento. Fonte: Nova Erechim (2018).
3. ASPECTOS METODOLÓGICOS
Agora que você já conhece algumas das principais modalidades de ginástica de academia, 
entendemos ser necessário que você também saiba como se dá a preparação e construção de uma 
aula de ginástica, independentemente da modalidade.
Assim como na musculação, um treino ou uma aula de ginástica também tem uma 
estrutura organizada em três partes: o aquecimento; a parte principal, também chamada defase fundamental; e a fase final ou alongamento.
O aquecimento é a fase inicial da aula, em que há a preparação orgânica e funcional 
dos(as) participantes da aula. Essa fase é importante, pois irá auxiliar não só na melhora da 
performance durante a aula, mas também na prevenção de possíveis lesões (FLORES, 2015; 
SIMÕES, 2008). No período de aquecimento, a temperatura do corpo deve aumentar de forma 
gradativa, trazendo benefícios ao sistema neuromuscular, cardiorrespiratório e ósseo-articular. 
Devem-se incluir movimentos simples e ritmados ou ainda alongamentos dinâmicos ou estáticos 
com pouca amplitude (VIDAL; ANIC; KERBEJ, 2018).
Para Vidal, Anic e Kerbej (2018), existem três tipos de aquecimento: o aquecimento 
passivo, o aquecimento mental e o aquecimento ativo. Entretanto, nas aulas de ginástica, é usado 
o aquecimento ativo. O aquecimento ativo pode ser geral ou específico. No aquecimento geral 
ativo, são trabalhados movimentos contínuos focando grandes grupos musculares dos membros 
superiores e inferiores de maneira simultânea. A aquecimento geral ativo precede o aquecimento 
ativo específico, que irá trabalhar com os movimentos específicos da modalidade escolhida 
preparando as partes específicas a serem trabalhadas durante a aula.
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A segunda parte, denominada parte principal, é a fase em que serão trabalhadas as 
atividades específicas com vistas a atingir o objetivo proposto. Essa é a maior parte da aula, que 
pode durar entre 20 e 40 minutos, ocupando em média de 70% a 80% do total da aula (VIDAL; 
ANIC; KERBEJ, 2018), dependendo da intensidade dos movimentos e do nível dos(as) alunos(as) 
que estarão participando. 
A parte de alongamento ou relaxamento visa à manutenção do corpo após o esforço 
realizado na fase anterior e baixar a frequência cardíaca (SIMÕES, 2008). Segundo Vidal, Anic e 
Kerbej (2018), a parte final da aula também tem como objetivo restabelecer os sistemas funcionais 
orgânicos e relaxar a musculatura utilizada durante a aula. Em geral, nessa fase, utilizam-se, no 
máximo, 10% do total de duração da aula.
Com base nessas partes, cabe ao(à) professor(a) elaborar a aula pensando na relação dos 
movimentos com a música escolhida. Em geral, as músicas possuem mais ou menos o mesmo 
formato, com frase, estrofes, refrão com tempos musicais. Por isso, você precisa ter uma noção 
básica de musicalidade para poder preparar suas aulas. 
Agora que você já conhece as partes de uma aula, você precisa saber como se dá o processo 
de construção e planejamento das aulas.
Existem três formas de aplicar as aulas de ginástica. A primeira é o estilo livre, em que 
o(a) professor(a) da turma é o(a) elaborador(a) da aula e das coreografias, escolhe as músicas, 
os movimentos, o número de repetições. É ele(ela) que prepara a aula de acordo com o nível 
de condicionamento físico de seus(as) alunos(as) e os objetivos que estabeleceu. A segunda 
forma são as aulas pré-coreografadas, em que o(a) professor(a) não participa do processo de 
elaboração das atividades e coreografias. Ele(ela) irá receber um material com o roteiro das 
atividades, as músicas que serão usadas e a sequência de exercícios ou de movimentos. O(a) 
professor(a) é um reprodutor. A terceira forma são as aulas pró-coreografadas. Nesse modelo, 
a base é a mesma das aulas pré-coreografadas com a diferença de que o(a) professor(a) pode 
realizar pequenas alterações na estrutura da aula, adequando-a ao público que atende sem deixar 
de lado as diretrizes que são estabelecidas pela empresa na qual é licenciado(a) (VIDAL; ANIC; 
KERBEJ, 2018). A Figura 8 mostra alguns exemplos de cada uma das formas de aplicar uma aula.
Se você quer saber um pouco mais sobre musicalidade, sobre as estruturas e os 
tempos musicais, as diferentes contagens, indicamos a leitura do capítulo 3 do 
livro de Vidal, Anic e Kerbej (2018), intitulado Ginástica de academia: aprendendo 
a ensinar. Mais à frente no curso, a disciplina de Dança também abordará estes 
conteúdos.
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Figura 8 – Modelos de aulas e seus exemplos. Fonte: Vidal, Anic e Kerbej (2018).
Aqui vamos trabalhar brevemente sobre o estilo livre. Todas as vezes que você for 
elaborar uma aula de alguma das modalidades da ginástica, você deve conhecer os movimentos 
básicos de cada uma delas e quantos tempos musicais esse movimento utiliza. Você também 
deve considerar sempre na elaboração o ato de trabalhar igualmente os dois lados do corpo no 
caso das modalidades como a ginástica localizada, o jump, o step, por exemplo (VIDAL; ANIC; 
KERBEJ, 2018). 
Além disso, as aulas são organizadas nas músicas por meio de blocos. De acordo com 
Vidal, Anic e Kerbej (2018), os blocos são a união de movimentos que casam com as etapas de 
uma música, isto é, as frases musicais. Isso facilita para que você consiga ensinar o(a) aluno(a). 
Ao final, você irá juntar os blocos e compor a música toda.
Vamos tentar pensar como funcionam os blocos. Pense em uma música que você usaria 
para uma aula de ginástica. Certamente essa música tem um refrão, que é a parte que se repete 
várias vezes. O refrão seria um dos blocos. No começo da música e após o refrão, temos as estrofes, 
que podem ser cantadas com a mesma letra ou não. Independentemente disso, o tempo que elas 
levam e as contagens são as mesmas. Esses seriam outros blocos da música em que você pode 
repetir ou não a coreografia. Em algumas músicas, há o pré-refrão, que são pequenos trechos da 
música. Esse seria mais um bloco coreografado de forma diferente. Conseguiu identificar essas 
partes na música que você pensou? Conseguiu imaginar como você elaboraria uma coreografia 
de alguma das modalidades com base nessa música?
Com base no que pensamos anteriormente, vamos tentar ser mais práticos. Ouça 
a música Onda Onda de Tchakabum, disponível no link: https://www.youtube.com/
watch?v=bw-peE4HkrI. Quantos blocos você consegue identificar? Em quais blo-
cos você conseguiria repetir a mesma coreografia? Por qual bloco você começaria 
a ensinar a coreografia?
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Após identificar os blocos de cada música, você deve pensar no objetivo da sua aula, em 
quais movimentos você gostaria de usar, quais movimentos casam com o tempo de cada um 
dos blocos. Além disso, você deve pensar na fluência de transição de um movimento para outro 
para que os(as) alunos(as) tenham tempo de se preparar e pensar nos próximos passos sem se 
perder. Por exemplo, se estou elaborando uma aula de step e o último movimento que coloquei na 
coreografia termina com o pé direito como apoio, seria difícil trocar o pé de apoio rapidamente 
se o tempo da música não permitir, certo? Esse é o tipo de informação que você deve pensar na 
elaboração das coreografias.
Por fim, temos mais algumas informações que consideramos necessárias que você 
saiba para que tenha sucesso. Diferentemente da atuação na sala de musculação em que o(a) 
profissional faz o auxílio dos(as) alunos(as) e nem sempre os(as) acompanha durante todo o 
período de treino, nas aulas de ginástica, o(a) professor(a) precisa ser o(a) grande incentivador(a) 
e motivador(a) de seus(suas) clientes. As aulas precisam ser animadas, você precisa ter carisma e 
criar empatia com os(as) alunos(as). Precisa saber conduzir uma boa aula, usando boa instrução 
de forma que todos(as) consigam realizar os movimentos com excelência, saber mudar o tom de 
voz de acordo com o momento da aula (VIDAL; ANIC; KERBEJ, 2018).
Antes de aplicar suas aulas, existem algumas recomendações e procedimentos apresentados 
por Vidal, Anic e Kerbej (2018) que poderão auxiliar você. No período que antecede aaula, você 
deve planejar e testar a aula. Pense em qual estilo musical você irá usar, como você pode explorar 
o espaço da sala com deslocamentos e organização dos alunos. Quando chegar à sala de aula, 
verifique as condições do espaço físico, dos equipamentos que você irá usar, se terá equipamentos 
para todos(as) e, caso tenha algum problema, que você tenha uma opção B preparada para adaptar 
a aula. 
No início da aula, receba os(as) alunos(as) pessoalmente, cumprimente-os(as), pergunte 
como estão e, de preferência, já deixe a sala organizada e pronta para a aula. Antes de começar, 
não esqueça de explicar o objetivo da aula e como você a organizou e como você irá conduzi-la. 
Isso facilitará o acompanhamento dos(as) seus(suas) clientes. Durante a aula, lembre-se sempre 
de manter os(as) alunos(as) motivados, alterando o tom de voz em momentos específicos da 
música e da aula. Use instruções verbais e corporais para ajudar os alunos a compreender melhor 
o que irá acontecer. Em dias de comemorações especiais, você pode usar diferentes acessórios, 
fantasias e, inclusive, combinar com os(as) alunos(as) para que entrem e se fantasiem também 
(VIDAL; ANIC; KERBEJ, 2018).
Após as aulas, não se esqueça de se despedir dos(as) alunos(as) e dedicar um tempo 
para que possam tirar possíveis dúvidas, conversar. É uma ótima oportunidade de estreitar o 
relacionamento com eles(elas) (VIDAL; ANIC; KERBEJ, 2018).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na segunda unidade de nossa disciplina, estudamos sobre a ginástica, que é uma das 
principais modalidades que as academias possuem. Na primeira parte da unidade, estudamos 
sobre os aspectos históricos que envolvem a ginástica de academia. Passamos por sua conceituação, 
seu início na Grécia Antiga e em Roma, voltada para a preparação de guerreiros e o culto ao 
corpo e à beleza, e pela Idade Média. Comentamos também sobre o início da ginástica no Brasil 
que, inicialmente, era voltada aos métodos ginásticos e como o movimento fitness se tornou o 
que conhecemos como as ginásticas de academia atualmente.
Na segunda etapa, conhecemos as diferentes modalidades que podem ser aplicadas, 
dando foco à ginástica localizada e suas variações, o GAP e o PAP, a ginástica aeróbica voltada 
para o jump, o step, o spinning e as aulas de alongamento e relaxamento. Voltamos nossos olhares 
para o tempo de duração das aulas, os principais movimentos de cada uma delas, o foco de 
grupos musculares usados. Além disso, por meio de vídeos, você conseguiu visualizar como é 
uma coreografia de cada uma dessas modalidades.
Na terceira parte da unidade, estudamos os aspectos metodológicos da ginástica de 
academia. Inicialmente, aprendemos sobre as três partes de uma aula, que são o aquecimento, 
que pode ser ativo geral ou ativo específico; a parte principal; e a fase final, também chamada 
de alongamento ou relaxamento. Logo após, vimos as diferentes formas de aplicação das aulas 
por meio do estilo livre, aquele em que o(a) professor(a) elabora a coreografia; o estilo pré-
coreografado, em que a coreografia já vem montada por empresas; e o estilo pró-coreografado, 
em que as coreografias já vêm prontas, mas o(a) professor(a) pode realizar algumas alterações. 
Por fim, vimos sobre a estruturação coreográfica por meio de blocos baseados na 
estrutura das músicas escolhidas, ressaltando a importância de se estudar bem a música antes de 
coreografá-la. Ainda, demos algumas sugestões de como você pode atuar em uma aula, a postura 
que você deve ter para que sua aula seja um sucesso.
Agora você já pode experimentar as diferentes modalidades na academia que você 
frequenta ou fazer uma aula e ter um olhar diferente, observando os aspectos aqui tratados. Além 
disso, você pode ver qual mais combina com o seu estilo e se aperfeiçoar na modalidade escolhida.
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03
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................................. 35
1. O QUE É SER UM PERSONAL TRAINER? .............................................................................................................. 36
2. ORGANIZAÇÃO DA SESSÃO DE TREINO E A UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO DA ACADEMIA ................................... 41
3. MARKETING E ESTRATÉGIAS DE VENDAS ........................................................................................................... 42
3.1 POSICIONAMENTO DE MERCADO ....................................................................................................................... 42
3.2 FIDELIZAÇÃO .........................................................................................................................................................44
3.3 INVESTIMENTOS: VALORES E MATERIAIS ........................................................................................................ 45
4. DEVERES E RESPONSABILIDADES ....................................................................................................................... 47
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................................................... 48
GINÁSTICA DE/EM ACADEMIA
PROF.A MA. GIOVANNA XAVIER DE MOURA 
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
METODOLOGIA DA ATIVIDADE
EM ACADEMIAS E PERSONAL 
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INTRODUÇÃO 
Depois de você conhecer um pouco sobre algumas das principais modalidades da área de 
atuação nas academias, a musculação e a ginástica, nesta unidade, nosso foco será uma área que 
tem crescido muito para os profissionais de educação física: ser um(a) personal trainer. 
O personal training é um serviço que tem crescido muito nos últimos anos, principalmente 
pelo aumento do interesse das pessoas no cuidado com o corpo, seja pela estética ou pela saúde. 
Por esse motivo, achamos interessante que você, como futuro(a) profissional de educação física, 
tenha conhecimento sobre essa prática tão procurada.
Assim, nossa unidade está dividida em quatro subtemas, que foram pensados para dar 
suporte nesse campo de atuação. Na primeira parte desta unidade, iremos entender melhor o que 
é ser um personal trainer, quais as vantagens e desvantagens de contratar esse tipo de serviço, 
qual o público atendido e todas as informações básicas e necessárias para que você também possa 
prestar esse serviço.
Na segunda parte, abordaremos brevemente as principais formas de organizar uma 
sessão de treino como personal trainer e, também, questões que envolvem a utilização do espaço 
da academia na elaboração e aplicação dos treinos dos(as) seus(suas) alunos(as).
Na segunda metade desta unidade, optamos por abordar temas que julgamos interessantes 
para aqueles(as) que desejarem trabalhar como personal trainer. Um dos temas está relacionado 
ao marketing e às estratégias de venda, em que também estudaremos sobre o posicionamento de 
mercado, isto é, a forma como seu trabalho será visto por clientes e uma possível especialização 
em determinada área, sobre a fidelização de clientes e sobre os investimentos, que vão desde 
valores até a compra de materiais. 
O segundo tema diz respeito aos nossos deveres e responsabilidades enquanto profissionais 
de educação física, com conselhos regionais, com as academias e com nossos(as) alunos(as). Você 
já parou para pensar se você tem responsabilidade quando um(a) aluno(a) se machuca ou passa 
mal durante um treino supervisionado por você?
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1. O QUE É SER UM PERSONAL TRAINER?
Como você já deve saber, PersonalTrainer é um(a) profissional formado em educação 
física, registrado no Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) e no Conselho Regional 
de Educação Física (CREF) de seu estado, que atua na elaboração, prescrição e aplicação de 
treinamentos (VIEIRA, 2014). Geralmente, o(a) profissional realiza o atendimento de forma 
individualizada ou em pequenos grupos, como uma espécie de professor particular e, por isso, 
leva o nome de Personal Trainer, que em inglês significa treinador pessoal. 
Figura 1 – Personal Trainer. Fonte: Correio de Carajás (2019).
Vieira (2014) define algumas características necessárias para ser um bom profissional 
como, por exemplo, saber falar bem e transitar pelos mais diversos assuntos (afinal, você e 
seu(sua) aluno(a) não vão conversar somente sobre treinos, não é mesmo?), ser organizado e 
preparar e planejar seu horários e treinos, evitando confusões e trocas, e ser uma pessoa que 
busque conhecimento e se atualize no que vem surgindo de novas possibilidades de metodologias 
de treinamento, de avaliação física, fisiologia do exercício, biomecânica dos movimentos e muitas 
outras que poderíamos citar. Os autores também citam questões que envolvem marketing, 
criatividade, utilização de diferentes ferramentas, que também são tópicos que serão abordados 
nesta unidade.
A atuação do(a) Personal Trainer não é restrita às atividades dentro da academia. Por ser 
um treino com número reduzido de pessoas, há a flexibilidade para atuar em outros ambientes, 
como parques, praças, praias ou qualquer lugar em que você possa usar a sua criatividade e 
materiais alternativos ou de fácil deslocamento para a realização dos treinos (VIEIRA, 2014). 
Além disso, a atuação vai além do campo da musculação. São inúmeras as possibilidades de área 
de atuação como, por exemplo, nas áreas da corrida, das lutas, do futebol, da natação e de todas 
as atividades físicas em que o(a) aluno(a) queira ter um pouco mais de atenção do que nas aulas 
e atividades em grandes grupos. 
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Novaes e Vianna (2003) reforçam que esse acompanhamento individualizado é a maneira 
ideal de realizar atividade física, pois a orientação de profissional qualificado acontece tanto 
na elaboração quanto na observação e avaliação da execução dos movimentos. Entretanto, os 
autores também destacam uma forma diferente de contratação. O(a) personal trainer elabora o 
programa e as sessões de treino que devem envolver todos os detalhes e informações necessárias 
para o seu cumprimento, como as atividades, o tempo de duração e de descanso das atividades, 
qual o ritmo e carga a serem utilizados etc. Ao longo das sessões e dos meses, o cliente passa um 
feedback ao(à) profissional que, a partir disso, reorganiza e elabora novas sessões. Atualmente, 
esse é um mercado que tem crescido muito no Brasil e que tem sido chamado de Assessoria ou 
Consultoria Online. Em alguns casos, quando profissional e cliente residem na mesma cidade, 
o(a) profissional pode ir até o local de treino antes da primeira sessão e explicar quais são os 
movimentos a serem realizados. Nestes casos, o valor a ser cobrado também pode ser reduzido e, 
por esse motivo, muitos clientes têm aderido a esse tipo de acompanhamento.
Figura 2 – Consultoria online. Fonte: Sardinha (2017).
Antes de se apresentar como personal trainer, você precisa saber os motivos pelos quais 
as pessoas contratam ou deixam de contratar esse tipo de serviço. Assim, é importante você 
se preparar na hora de conversar com o(a) cliente e destacar as vantagens em contratá-lo(a) 
e, também, estar ciente das desvantagens que ele(ela) possa citar e contorná-las, apresentando 
soluções para elas. 
Vieira (2014) apresenta algumas dessas vantagens e possíveis desvantagens. Uma das 
principais vantagens em contratar um(a) personal trainer é que, como já citado anteriormente, 
o(a) aluno terá acompanhamento em tempo integral durante as atividades. Dessa forma, as 
chances de realizar um movimento de forma inadequada são mínimas. Além disso, com esse 
atendimento próximo, o(a) profissional fica atento(a) a possíveis deficiências e problemas que 
o(a) aluno(a) possa ter, como problemas na coluna, nos joelhos, nos ombros, que podem interferir 
também na execução dos movimentos.
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Você também já percebeu o quanto as pessoas conversam durante o treino e às vezes 
demoram horas para terminá-lo? E aqueles que nunca terminam o número de séries ou repetições 
prescritas? Os treinos com um(a) profissional têm a vantagem de serem controlados, em especial, 
o tempo de descanso e de execução dos movimentos. Assim, o mesmo treino que demoraria 2 
horas pode ser realizado em 45 minutos e ser mais eficiente, já que será feito de maneira correta, 
apresentando os resultados de forma rápida. Também o(a) personal não deixa que o(a) aluno(a) 
desista no meio das repetições, ajudando e motivando a cumprir o planejado. 
Nesse sentido, o(a) professor pode adequar os treinos às situações do dia a dia que podem 
mudar as condições físicas, como o cansaço, e psicológicas, como reuniões ou problemas em 
casa e no trabalho e que, possivelmente, fariam o(a) aluno(a) não ir caso não tivesse contratado 
um(uma) personal trainer. Cabe ao(à) profissional ter sensibilidade e conhecer bem o seu aluno e 
mantê-lo motivado a treinar, criando treinos diferentes e ajustando quando necessário.
Outro fator que tem facilitado muito a adesão ao servido de personal training é que, 
atualmente, muitos prédios e condomínios possuem uma academia para os moradores. Nesses 
casos, nem sempre há um(a) profissional contratado(a) para ficar na academia durante o dia. 
Pela proximidade e facilidade de não ter que sair de casa para se exercitar, muitas pessoas têm 
acertado com o(a) professor(a) para realizarem os treinos nesses locais. Entretanto, sempre 
existem aqueles(as) alunos(as) que preferem treinar nas academias, estar em um ambiente mais 
agitado, com mais pessoas, fator que auxilia na socialização e motivação para os treinos.
Ligado a esse fator, as academias não residenciais possuem uma variedade de equipamentos 
e espaço grande para a realização dos movimentos. Isso contribui para a elaboração e eficiência 
dos treinos. No caso das academias residenciais, na maioria das vezes, o espaço é reduzido e com 
poucos equipamentos, podendo dificultar a variação de exercícios e movimentos. Nesses casos, 
cabe ao(à) profissional conhecer diferentes metodologias e usar a criatividade para usar o que há 
disponível nesses locais.
Outra vantagem que pesa muito quando pensamos em contratar ou não um professor 
particular é que os horários são pré-estabelecidos. Isso facilita muito e impede aquelas “fugas” 
de ir à academia por preguiça ou por desmotivação. Com o horário definido, aquele tempo do seu 
dia já está reservado para a academia, evitando as faltas. Apesar do fator positivo, para algumas 
pessoas que não têm uma rotina com horários definidos, isso pode se tornar um problema. Sem 
a flexibilidade de alterar os horários de treino ou ir à academia em horários diferentes a cada dia, 
o(a) cliente deixa de contratar um(a) personal, ou um(a) que não possa ter essa maleabilidade.
Além dos horários pré-estabelecidos, outro fator que pode ser uma vantagem e uma 
desvantagem é a questão dos valores. O fato de pagarmos um serviço faz com que o façamos 
valer a pena. Então, se um(a) aluno(a) estiver pagando para que você o(a) acompanhe nos treinos, 
dificilmente ele(ela) irá faltar, alcançando, assim, os resultados. Mas o preço a ser pago pode nem 
sempre ser acessível a todos(as). O valor de hora/aula pode variar bastante (mais para frente 
vamos abordar isso com mais calma), fazendo que ao mesmo tempo em que o personal training 
seja um serviço acessível,

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