PRATICA INTERDISCIPLINAR - Papper - CROSSFIT

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O TREINAMENTO DESPORTIVO PARA APTIDÃO FÍSICA E SAÚDE – Performance do Praticante de CrossFit. 
Murillo Luiz de Carvalho Barreto ¹
Dario da Silva Monte Nero ²
RESUMO
Nesse trabalho o intuito é explicar como funciona o Crossfit para iniciantes e principalmente esclarecer que é uma modalidade que pode ser praticada por qualquer pessoa apta e que gradativamente evolua na pratica cotidiana. Assim, traremos o que é o Crossfit e suas modalidades usuais para iniciantes, e principalmente relatar a experiência ao observar os trabalhos realizados com um grupo de alunos. 
Palavras-chave: Crossfit. Força. Treinamento. 
1. INTRODUÇÃO
O Crossfit tem por definição um conjunto de exercícios funcionais constantemente variados, executados a alta intensidade e através de uma vasta gama de modos e períodos de tempo. O Crossfit carateriza-se como uma modalidade, com uma taxa de procura recentemente bem considerável nas academias. Com efeito, vista a imensa procura a esta modalidade, a aprendizagem, aquisição e desenvolvimento de competências profissionais e pessoais realizado na Up Box de Crossfit, vêm como uma mais-valia para uma futura integração neste mercado de trabalho. Asssim, abrangeremos num todo a modalidade Crossfit fazendo referência à definição da modalidade, à metodologia da mesma para iniciantes, em sequencia abordaremos algumas técnicas usadas em atividades muito parecidas com agachamento, levantamento de peso, abdominais avançados, equilíbrio e força nas argolas e o uso da subida de cordas. 
Ao final será relatado a experiência em observar as atividades dos alunos escolhidos dentro da perspectiva provável de estudos e quais os impactos que isso pode transparecer na vida individual do aluno, do profissional e também no contexto social. 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Essa modalidade esportiva foi criada nos Estados Unidos da América e ganhou mundo com força total. Hoje no mundo todo temos adeptos e praticantes de crossfit nas grandes e pequenas cidades. Segundo Oliveira (2017, p. 720 apud Sprey 2015, p. 1-8): “No Brasil, em 2015 são mais de 650 espaços credenciados utilizando tal pratica.” 
Oliveira ainda relata que (2017, p. 720 apud Tibana, Almeida e Sousa, 2016): “é uma modalidade relativamente nova com poucos estudos com rigor científico. Essa modalidade esportiva utiliza padrões de movimentos diversos de alta intensidade e constantemente variados. ” 
Muito assuntos tem surgido sobre quem pode fazer CrossFit. Pessoas desinformadas, acreditam que somente atletas bem condicionados estão aptos a essa pratica. 
Mas, segundo o site oficial do CROSSFIT comentado por Da Silva (2017, p. 242 apud CROSSFIT 2017):
O CrossFit é para todos! Independentemente do seu nível de fitness, a ideia é que a cada dia de treino o praticante melhore um pouco mais e ganhe mais em qualidade de vida. Visto isto, surgiu uma nova modalidade dentro do CrossFit, que seria uma nova categoria, a dos ‘adaptados’, ou seja, para pessoas que apresentam alguma deficiência física. 
Ou seja, além do praticante comum, o crossfit também pode ser praticado por deficientes físicos. Podemos observar que, considerando a importância da prática de exercícios físicos, diferentes propostas, incluindo distintos meios e métodos de treinamento, vêm sendo aplicadas e investigadas. A propostas aqui é enfatizar os esforços físicos de alta intensidade, dentro do programa de treinamento denominado HIIT (treinamento intervalado de alta intensidade), o que é pouca coisa diferente do crossfit, pois neste último normalmente não há descanso entre os exercícios, já no HITT existem os programas intervalados. Por isso um dos fatores mais atraentes pelos praticantes é justamente o tempo total da pratica. Isso porque no crossfit segundo Gava (2016, p. 14 apud PAOLE et. al 2011; THOMTON e POTTEIGER, 2011):
Ao terminar uma sessão de exercícios físicos o organismo leva algum tempo para reestabelecer seus níveis iniciais de metabolismo, portanto dependendo da intensidade e do volume do estimulo que foi gerado este reestabelecimento pode demorar algumas horas, fazendo com que o organismo se mantenha acelerado mesmo após o término da sessão, gerando um gasto energético, que está aliado a intensidade com que o exercício é executado, sendo então os programas de alta intensidade e com um maior volume mais vantajosos que os de intensidade baixa e moderada. 
Crossfit segundo Tibana (2015, p. 182): “é definido como um conjunto de movimentos funcionais sendo constantemente variados e realizados em alta intensidade.” 
Gava (2016, p. 15 apud KUHN, 2013) explica acerca das divisões aplicadas as sessões de treino de crossfit, que basicamente são de três momentos: 
i) Aquecimento, realizado em intensidade e níveis de complexidade menores, objetivando a preparação do corpo para as atividades que virão na subsequência; 
ii) Um segundo momento é realizado o "skill" sendo esse um momento para trabalhar a habilidade, podendo esse ser variado, com o aprendizado de um novo movimento ou composto por séries de exercício de força; 
iii) A terceira parte da sessão, considerada o momento principal do treino, é o WOD, caracterizada por combinações de diferentes tipos de esforços com distintas durações, tais como movimentos da ginastica, LPO (levantamento de peso olímpico), corrida e outros, sempre priorizando a execução em alta intensidade.
Observe na discrição de KLISZCZEWICZ (2015, p. 85): “que, no CrossFit não há um momento especifico de descanso durante o WOD, pois é necessário que de seu máximo dentro daquele tempo com o mínimo de pausa.” Entende-se que os exercícios que compõe o CrossFit são realizados em alta intensidade e promovem diversos benefícios em um tempo reduzido, se comparado aos modelos tradicionais, sendo de suma importância a continuidade nesse programa que reuni uma combinação variada de atividades aeróbias, ginástica e resistência em exercícios multiarticulares. 
3. MATERIAIS E MÉTODOS
A presente pesquisa será descritiva, que será desenvolvida com intuito de buscar respostas para o questionamento dentro de um programa de treinamento de força e resistência apresentando dados específicos. 
Para desenvolve a pesquisa observaremos um grupo de 08 atletas (06 homens e 02 mulheres) que atuam na Academia de Crossfit na Avenida João Durval Carneiro, nesta cidade de Feira de Santana que se prontificaram a fazer parte da pesquisa. Esses participantes tem uma faixa etária de 19 a 52 anos de idade. 
Como material uma planilha descritiva na qual cada aluno será observado em cada modalidade executada, seu desempenho, habilidades, flexibilidade e resistência. Os materiais são de uso exclusivo e de propriedade da academia
Na primeira fase avaliaremos os exercícios de aquecimento dos praticantes; 
Na segunda fase avaliaremos as habilidades nos exercícios de força moderada; 
Na terceira fase avaliaremos as combinações de treino. 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
As atividades de Crossfit na Academia UP BOX são realizadas de segunda a sexta nos horários das 06hs às 11hs e das 16hs às 21hs. Já aos sábados das 07hs as 11hs. Sua localização se dá na Avenida João Durval Carneiro, n.537, próximo do Colégio Estadual Polivalente no Bairro Brasília, nesta cidade de Feira de Santana. A coleta foi realizada após observar os alunos dos horários das 16hs às 17hs nos dias de segunda, quarta e sexta, entre os dias de 11, 13, 15, 18, 20, 22, 25, 27 e 29 de junho. Nos dias 09, 11, 13, 16,18, 20, 23, 25 e 27 de julho. Nos dias 06, 08, 10, 13, 15, 17, 20, 22, 24, 27, 29 2 31 de agosto.
Foi feita observação nos 10 alunos escolhidos e frequentadores deste horário. Os 80% dos praticantes observados tem por objetivo emagrecer e consegui ter mais resistência física e força com o menor tempo possível, já que a ideia que se tem é que o crossfit vai fazer o famoso “milagre.
Em junho foi analisado o treinamento de aquecimento e força moderada (1ª e 2º fase), e no meses de julho e agosto a velocidade, e treinamento intervalado (3ª fase).
 No aquecimento eram executados: flexão de tronco, marcha no lugar, polichinelo,prancha braço estático, salto calcanhares atrás, joelhos ao peito, rotação do tronco, caminhada e corrida circular associado com agachamento lateral, afundo saltando, e rotação dos braços. No aquecimento ocorre a técnica associada de força moderada. 
No treinamento intervalado, foram executados O primeiro elemento da exercuão é o air squat é o alicerce do CrossFit. O segundo elemento é o air squat eleva o centro de massa do atleta de uma posição sentada para uma posição de pé. A outra base técnica é a front squat é a barra carregada na parte frontal do corpo. A barra é apoiada contra o tronco na posição de rack frontal. O terceiro elemento do crossfit é o overhead squat é a carga adicionada acima da cabeça. O quarto elemento é o shoulder press é fundamental para todos os levantamentos acima da cabeça. Os elementos-chave desse levantamento são a coluna na posição neutra, o caminho reto da barra e a posição correta acima da cabeça. 
O quinto elemento é o push press se desenvolve a partir do shoulder press. A posição inicial, o caminho da barra e a posição acima da cabeça são iguais ao shoulder press. O que diferencia o push press é o dip vertical do tronco seguido pela rápida extensão do quadril, o que adiciona velocidade ao movimento. O sexto elemento mais usado no crossfit é o deadlift é fundamental para todos os levantamentos com puxada. Para executar o deadlift corretamente, a coluna deve estar neutra em todos os momentos, e o objeto deve permanecer próximo ao plano frontal por toda a amplitude de movimento. É como se você se preparasse para executar o levantamento terra, o movimento é todo concentrado no quadril, amplitude ereta da coluna. 
O sétimo elemento é o sumo deadlift high pull se desenvolve a partir do deadlift, utilizando uma base mais aberta e uma pegada mais fechada. Esse levantamento também traz mais velocidade e uma amplitude de movimento maior, e é um bom exemplo de movimento do centro para a extremidade: a barra é acelerada pelo quadril e pelas pernas antes que os braços sejam envolvidos para concluir a puxada. Simula o agachamento terra com ênfase aos glúteos associado com a puxada central para ombros. 
O pull-up com kipping já é uma pratica mais elevada. Utilizando os membros superiores sob impulso com as pernas para elevar o corpo acima da barra, ou seja, puxe até que o queixo esteja acima da barra. 
O muscle-up, o atleta puxa da posição pendurada até a posição de suporte que, neste caso, é acima das argolas. A pegada falsa e o posicionamento das argolas durante a transição são os elementos-chave para ligar o pull-up ao dip. O famoso movimento muito executado pelos ginastas em argolas nas competições de ginastica artística. Essa modalidade não foi realizada ainda com perfeição por alguns praticante na academia devido ao alto grau de execução. Mas, existem alguns que conseguem realizá-lo com dificuldades, mas conseguem pela persistência realizar, o que é mais comum entre os homens, assim como o levantamento do corpo em barra fixa. 
Os seis primeiros elementos de execução são realizados nas aulas da semana. Entretanto, dentre os homens o desempenho da maior foi maior, apesar da fadiga, dois deles por estrem ainda no sobrepeso sentem mais cansaço e fadiga mais rápido, mas apresentam determinação em atingir os objetivos futuros. As mulheres, apenas uma das quatro apresentou mais energia e disposição na execução das atividades, a fadiga se apresentava no final das atividades, duas delas estão em fase inicial e por estrem acima do peso não conseguem corresponder as habilidades que o crossfit exige, na maioria das vezes pelo cansaço rápido acabam intervalando, o que nas regras do crossfit não é permitido: intervalo. As series são sem intervalos e no menor tempo possível a sua execução. 
5. CONCLUSÃO
O Crossfit é uma modalidade que requer agilidade de compreensão, a pesar de ser um trabalho desenvolvido gradativamente, o que requer um período de tempo indeterminado e a depender do desempenho do praticante, como homem, profissional, e futuro deducador físico, venho assim a reforçar alguns aspetos positivos e a corrigir alguns aspetos negativos, de maneira a evoluir na área profissional. 
O crossfit é uma modalidade a que qualquer indivíduo se pode propor, é uma modalidade que faz com que os praticante e atleta trabalhem em prol de um desenvolvimento tanto individual como em equipa. Outra observação a ser pontuada é que senti grandes dificuldades na metodologia, todos os termos que se usavam na BOX eram completamente diferentes daqueles que eu tinha conhecimento, levando-me assim a estudar o que era o Crossfit e toda a sua essência com ajuda do manual do crossfit (nível I). 
Entretanto, a modalidade de Crossfit requer muita atenção na sua pratica, além de aplicação das técnicas de postura e desenvolvimento do exercício. Pode-se notar que boa parte das modalidades são parecidas com atividades olímpicas como levantamento de peso, mais conhecido como halterofilismo, e dos exercicos de argolas, usadas por atletas de ginastica artistica com argolas, exercico de força, balanço e equiibrio, tem também a subida na corda, um exercício comumente trabalhado em treinamento militar, levantamento de penel, apoio com alteres, abdominais, dentre outros exercícios que fazem parte do rol. São exercícios não convencionais, mais que fazem diferenças no dia a dia do atleta. 
REFERÊNCIAS
CROSSFIT. Guia de Treinamento nível I. Crossfit Training. Brasília, 2018; p 247. Disponível em: http://library.crossfit.com/free/pdf/CFJ_L1_TG_Portuguese.pdf Acesso em: 01/09/2018. 
GAVA, Tainara Teixeira. CROSSFIT: Uma Análise Crítica. Universidade Estadual de Campinas – Limeira, 2016. 
DA SILVA, Luciano; MAGALHÃES, Arley Mendes. SIM, O CROSSFIT É PARA TODOS. TREINAMENTO DE CROSSFIT PARA CADEIRANTES. Relato de Experiência. Anais do IV - Fórum de Pesquisa Científica e Tecnológica de Ponte Nova - ISSN: 2447-1674. Disponível em: https://even3storage.blob.core.windows.net/anais/72627.pdf Acesso em: 01/09/2018. 
KLISZCZEWICZ, B. et al. Acute Exercise and Oxidative Stress: CrossFit™ vs. Treadmill Bout. Journal of human kinetics, v. 47, n. 1, p. 81-90, 2015.
OLIVEIRA, Alinne Alves; OLIVEIRA, Alanne Alves. SUPLEMENTAÇÃO E PERFORMANCE EM PRATICANTES DE CROSSFIT®. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 11. n. 66. p.719-723. Nov./Dez. 2017. ISSN 1981-9927. Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício. 
TIBANA, Ramires Alsamir; ALMEIDA, L. A.; PRESTES, J. Crossfit® risks or benefits? What do we know so far. Rev. Bras. Ciência Mov, v. 23, p. 182-185, 2015.
1 Acadêmico do Curso de Bacharelado em Educação Física. 
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso (BEF001) – Prática do Módulo I – 04/09/2018