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DI_CURRIC_INOV_ Livro Didático Digital 4-6-mesclado

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11/14/22, 1:08 PM lddkls212_cur_ino
https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=391966 1/5
FOCO NO MERCADO DE TRABALHO
CURRÍCULO E INOVAÇÕES
Neide Rodriguez Barea
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SEM MEDO DE ERRAR
A professora Priscila leciona para a primeira série do ensino fundamental e, ao
implementar propostas para o ensino remoto, durante a pandemia de Covid-19,
interessou-se pelas metodologias ativas. Você, como coordenador pedagógico da
escola precisa criar uma apresentação com as principais metodologias ativas
Fonte: Shutterstock.
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Áudio disponível no material digital.
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11/14/22, 1:08 PM lddkls212_cur_ino
https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=391966 2/5
(aprendizagem baseada em problemas, aprendizagem baseada em projetos,
gamificação, sala de aula invertida, ensino híbrido, ensino personalizado)
apresentando cada uma delas em três slides contendo:
1º. Slide: apresentação da técnica (o que é e como funciona).
2º. Slide: sua relação com a BNCC.
3º. Slide: um exemplo de aplicação.
Caso não possa construir uma apresentação eletrônica, é possível utilizar um
editor de texto ou outro tipo de portador.
Para ajudar você a resolver esta situação-problema, vamos apresentar um
exemplo que pode servir como modelo para as demais.
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11/14/22, 1:08 PM lddkls212_cur_ino
https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=391966 3/5
Agora, é preciso desenvolver a mesma proposta para as demais metodologias.
Bom trabalho e boas reflexões!
AVANÇANDO NA PRÁTICA
CRIANDO UMA PROPOSTA DE ENSINO PERSONALIZADO
Esta situação-problema será diferente das demais. Desta vez, o enfoque será
sobre sua aprendizagem. Você escolherá um tema sobre o qual precisa ou
gostaria de aprender mais, de acordo com as temáticas do seu curso de
graduação. Você vai criar uma proposta de ensino personalizado para si,
estruturando as etapas de construção de conhecimento, de consolidação e de
apresentação de sua aprendizagem.
Em primeiro lugar, decida o tema que pretende estudar. Em segundo lugar, crie
uma agenda de estudo, apontando prazos e materiais específicos a serem
investigados. Em seguida, testes e exercícios sobre esta temática, para testar se a
aprendizagem foi concretizada. Por fim, escolha uma forma de apresentar esta
aprendizagem: um paper, um seminário, um vídeo expositivo.
O ensino personalizado atende as demandas do educando (seus interesses e suas
necessidades), aproveitando as habilidades mais consistentes para que a
aprendizagem seja consolidada. Mas também exige que esta aprendizagem seja
evidenciada, ou seja, que você, de alguma forma, demostre que aprendeu.
É importante que você possa socializar sua proposta com seus colegas.
Bom trabalho e bom estudo!
RESOLUÇÃO
Esta situação-problema solicita que você crie uma proposta de ensino
personalizado para si próprio.
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Este roteiro irá ajudá-lo a elaborar a proposta desta metodologia ativa,
chamada ensino personalizado. Você vai perceber que também se associa à
sala de aula invertida, uma vez que há uma preparação (pré-aula), uma
execução (aula) e uma reflexão ou síntese final (pós-aula).
Esboço da proposta de ensino personalizado 
Tema a ser estudado: determine aqui aquilo que você precisa aprofundar ou
tem interesse, dentro da área de educação.
Prazo de início: dia, mês, ano.
Prazo de término: dia, mês, ano.
Agenda de estudo:
Aqui você vai arrolar os seguintes itens, organizados como uma agenda de
estudo, de forma que atenda sua própria metodologia de aprendizagem:
Filmes, documentários e vídeos importantes a serem assistidos.
(Observação: quando você começa a pesquisar filmes, documentários e
vídeos, podem aparecer outros temas interessantes que vão atrair sua
atenção e poderão afastá-lo de seu objetivo; aqui a dica é anotar para assistir
em outro momento, evitando perder o foco e objetividade). 
Artigos e livros a serem lidos.
Entrevistas a serem realizadas.
Produção de trabalho escrito, com as considerações sobre a aprendizagem
realizada.
Avaliação e consolidação da aprendizagem:
Localização de questões (ENADE, banco de questões do ensino superior,
exercícios em livros) e realização dos testes – avaliando se o resultado foi
satisfatório ou se há necessidade de retomada dos estudos.
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Apresentação de resultados: escolha do formato em que vai apresentar os
conhecimentos adquiridos: escrita de paper (artigo resumido, em torno de
cinco páginas), apresentação de projeto, apresentação de trabalho no formato
de seminário, gravação de vídeo, produção de blog, ou outra proposta.
Socialização: apresentação do roteiro de estudo entre colegas.
Agora, basta preencher com as temáticas de seu interesse!
Bom trabalho!
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NÃO PODE FALTAR
CURRÍCULO E INOVAÇÕES
Neide Rodriguez Barea
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PRATICAR PARA APRENDER
Olá, aluno! Bem-vindo à nossa última seção de estudo desta disciplina. 
Os estudos sobre currículo são fundamentais para a educação, pois tratam da
centralidade e finalidade desta área. Um dos aspectos fundamentais sobre o
currículo é sua relação com a contemporaneidade e as inovações próprias do
contexto no qual está inserido.
Fonte: Shutterstock.
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O fato é que a tecnologia e o aumento de informações provocaram
transformações profundas no mundo, nos conhecimentos e nas relações. Tais
transformações precisam ser consideradas na perspectiva educacional de um
país e estarem presentes no currículo escolar.
Neste sentido, o currículo deve refletir a preparação dos educandos para a vida
no presente e futuro próximo. O mundo em transformação propõe a necessidade
de indivíduos que sejam comunicativos, criativos, críticos, participativos,
colaborativos e protagonistas. Mas, como atingir esta perspectiva formativa?
Reflita um pouco sobre isso. Como organizar os processos escolares para formar
o cidadão e a cidadã para os desafios da contemporaneidade?
O currículo deve investir no desenvolvimento das competências básicas,
especificamente aquelas propostas na BNCC, proporcionar flexibilidade
suficiente para promover o diálogo e a articulação entre o conhecimento local e o
global e deve ser modernizado por meio da inserção de metodologias inovadoras
e ativas.
Já estudamos o uso das tecnologias, a diversidade cultural e o multiculturalismo e
agora chegou o momento de explorar as técnicas metodológicas voltadas à
autonomia e ao protagonismo do aluno em seu processo de aprendizagem. 
A aprendizagem significativa ocorre melhor quando o(a) educando(a) realiza as
ações de organizar, contextualizar, sistematizar, comparar e avaliar
conhecimentos, sendo capaz de questionar e criticar, desenvolvendo conclusões
próprias, apoiadas em bases científicas, superando as compreensões equivocadas
ou superficiais. Existem metodologias específicas para desenvolver processos
significativos de aprendizagem, são chamadas metodologias ativas e conhecidas
como: ensino híbrido, aprendizagem baseada em problemas, aprendizagem
baseada em projetos, sala de aula invertida, ensino personalizado e gamificação.
O ano de 2020 foi um ano marcado por uma pandemia por um vírus chamado
SARS-COV2, causador do COVID-19, que ocasionou a morte de mais de dois
milhões de pessoas pelo mundo. O vírus, facilmente transmissível e que traz
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consequências graves para quem sofre a contaminação,obrigou que os países do
mundo criassem mecanismos para contenção do vírus, entre eles: lockdown, uso
de máscaras e equipamentos de proteção, criação de protocolos de higiene e
notificações e multas para aqueles que não cumprem as novas regras.
A educação também precisou se adaptar. As escolas fecharam e não puderam
mais atender alunos no modelo presencial, mas a educação continuou apoiada
pelos recursos da tecnologia, incluindo os processos de alfabetização e os
princípios de inclusão escolar e respeito às diversidades.
Priscila é professora da primeira série do ensino fundamental e em 2020 foi a
primeira vez que lecionou. O ensino remoto foi implementado nos primeiros
meses de 2020 e os alunos de Priscila tiveram aulas virtuais e seguiram com o
processo de alfabetização. Agora, as escolas já foram abertas, porém muitas
práticas pedagógicas do período da pandemia foram incorporadas no processo
educacional escolar.
Priscila precisa reorganizar o processo educativo, incluindo:
O uso das (TDIC) Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação,
favorecendo a transformação das relações no interior da escola e trazer
formas inovadoras de ensinar e aprender, enfocando o multiletrar com a
utilização das TDIC.
As perspectivas identitárias em torno da sexualidade, das identidades
nacionais e étnicas, geracionais, religiosas, de classe, o currículo inclusivo e
bilingue e a educação igualitária para negros, deficientes, indígenas,
quilombolas, além de outros.
Uma análise crítica, reflexiva, moderna e prática a partir de novas estratégias
de ensino, metodologias ativas e inovadoras e propostas que promovam a
comunicação, a criatividade, a análise crítica, a participação, a colaboração e
o protagonismo, de acordo com uma proposta de diálogo e articulação entre o
conhecimento local e global.
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Você é o coordenador pedagógico da escola na qual a professora Priscila trabalha
e seu papel é ajudá-la a melhorar seu processo educativo. Nesta seção, vamos
trabalhar com o terceiro item referente à reorganização do processo educativo a
ser realizado pela professora.
As metodologias ativas são empregadas para colocar os estudantes como
protagonistas de sua aprendizagem, promovendo a comunicação, a criatividade,
a análise crítica, a participação e a colaboração, de acordo com uma proposta de
diálogo e articulação entre o conhecimento local e global.
A professora Priscila se interessou por estas metodologias de ensino. Ela entende
que as metodologias ativas podem promover a aprendizagem significativa,
porém possui pouco conhecimento sobre isso.
Você, como coordenador pedagógico, precisa elaborar uma apresentação que
traga informações detalhadas sobre as metodologias ativas (as principais técnicas
são: aprendizagem baseada em problemas, aprendizagem baseada em projetos,
gamificação, sala de aula invertida, ensino híbrido, ensino personalizado, entre
outras). Crie três telas (ou slides) para cada técnica mencionada, contendo:
apresentação da técnica (o que é e como funciona), sua relação com a BNCC e um
exemplo de aplicação.
Como profissional da educação, você sabe que precisará se atualizar
constantemente sobre os recursos e processos de ensino modernos. É preciso
aperfeiçoar as formas de ensinar, estruturando ações que promovam a
aprendizagem significativa baseada em metodologias ativas, já que estas
apresentam uma relação propícia para o desenvolvimento das competências.
Este é o enriquecimento das práticas pedagógicas que tanto se almeja e você é
uma das principais pessoas responsáveis por estas mudanças educacionais,
portanto, aproveite os estudos que vamos propor agora. Desejamos a você uma
excelente aprendizagem e ótimas reflexões!
CONCEITO-CHAVE
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Como já estudamos, a BNCC (BRASIL, 2018) traz uma perspectiva inovadora e
contemporânea ao propor que a educação em território nacional seja organizada
em torno do desenvolvimento de dez competências básicas. A seguir,
apresentamos um quadro que traz uma versão resumida das dez competências
gerais da educação básicas da BNCC.
Figura 4.7 | Dez competências gerais da educação básica
Fonte: adaptada de Brasil (2018).
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Essas dez competências, para serem desenvolvidas, precisam de construção de
conhecimentos, prática de habilidades, mobilização de atitudes e edificação de
valores. Aulas expositivas não favorecem o desenvolvimento de competências, a
escola nos dias atuais, precisa formar o educando para se adaptar às
transformações constantes do mundo, por este motivo precisa investir em
metodologias que estimulem criatividade, resiliência, comunicação,
proatividade, criticidade, colaboratividade e protagonismo. Veja como as
competências propostas na BNCC se colocam tanto para a construção de
conhecimentos (competências 1, 2 e 5), como para seu emprego no
cotidiano (competências 4 , 7 e 10), bem como para o desenvolvimento
socioemocional (competências 3, 6, 8 e 9).
A escola precisa adotar metodologias inovadoras, pois são mais apropriadas ao
desenvolvimento das competências e para a formação integral do educando.
Neste caso, as metodologias ativas são mais adequadas. Elas exigem uma nova
postura tanto do professor, que passa a ser um mediador, orientador,
provocador, quanto do educando, que se torna ativo, protagonista, líder em sua
aprendizagem.
Vamos estudar seis metodologias ativas: ensino híbrido, sala de aula invertida,
aprendizagem baseada em problemas, aprendizagem baseada em projetos,
ensino personalizado e gamificação.
ENSINO HÍBRIDO
Também conhecido como blended learning, é uma organização metodológica que
emprega ações pedagógicas em sala de aula presencial e em momentos virtuais
(blended signigica misturar, misturado). As novas tecnologias digitais de
comunicação e informação propiciaram novos modelos de aprendizagem
baseados em recursos tecnológicos. O ensino híbrido faz isso: mistura o formato
presencial (offline) com o on-line. O ensino híbrido teve seu início na década de
1960, nos Estados Unidos, com a criação de programas de ensino assistidos pelo
computador, mais voltados ao ensino superior. Com a disseminação dos
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computadores pessoais, smartphones e outros recursos tecnológicos, o ensino
híbrido foi aprimorado e reorganizado, de forma a criar possibilidades para as
diferentes etapas de ensino.
O ensino híbrido se organiza em diversas possibilidades, conforme mostra a
figura a seguir.
Figura 4.8 | Ensino híbrido
Fonte: adaptada de Bacich, Tanzi Neto, Trevisani (2015).
O modelo rotacional é o mais indicado para a educação infantil e para o ensino
fundamental, foco da sua formação em Pedagogia.
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Tabela 4.2 | Ensino híbrido: modelo rotacional
Estilo Como funciona
O professor cria várias estações de atividades diferentes a serem
realizadas por grupos de aluno. Durante a aula, os alunos rotacionam
pelas diversas estações. Uma das estações utiliza recursos digitais.
O professor organiza duas estações de aprendizagem e dois grupos de
alunos para realização de uma determinada pesquisa: uma estação
presencial em sala de aula, para que o primeiro grupo de alunos
pesquisem usando livros, revistas, entre outros; outra estação de
aprendizagem, ainda na escola, para o segundo grupo de alunos,
utilizando recursos tecnológicos (computador e tablet) para realizar a
pesquisa. Em seguida, os grupos rotacionam entre as duas estações na
escola, ou seja, complementamsua pesquisa usando os recursos
próprios de cada estação.
Neste modelo, os alunos se preparam estudando a teoria de um
determinado conhecimento antes da aula para depois realizam
atividades práticas sobre este conhecimento. Depois da aula, realizam
atividades de fixação de aprendizagem.
Este modelo é tão importante e interessante que vamos aprofundá-lo
logo mais.
Cada aluno recebe uma proposta individualizada de estudo, que o
professor organizou para que ele empregue recursos on-line e offline
para que possa realizá-la; aqui, se considera que cada aluno tem um
potencial diferenciado, bem como interesses individuais, por este
motivo realiza uma proposta individualizada.
Fonte: adaptada de Bacich, Tanzi Neto, Trevisani (2015).
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A professora Lilian Bacich é uma das maiores pesquisadora e autora no campo
do ensino híbrido no Brasil, para conhecer um pouco mais sobre isso,
recomendamos que acompanhe seu trabalho em sua página na internet.
O ensino híbrido traz diversas vantagens para os estudantes. Além de propiciar
aprendizagem a partir de recursos tecnológicos, inserindo-os no ambiente virtual
e informatizado, estimulando o desenvolvimento destas competências, permite
que o aluno assuma o controle sobre sua aprendizagem (protagonismo e
proatividade). É claro que o professor monitora todo o processo, cuidando para
que o estudante aproveite o máximo para sua aprendizagem.
A rotação pelas estações, em todos os estilos apresentados, permite que o
estudante desenvolva suas competências, aprenda no seu próprio tempo e de
acordo com sua subjetividade, aproveitando melhor os recursos com os quais
possui mais afinidade e aprendendo sobre os demais.
SALA DE AULA INVERTIDA
Também conhecida como flipped classroom, organiza-se em três momentos: pré-
aula, aula e pós-aula. Será que estes termos não são bem conhecidos por você?
Acreditamos que sim, já que o modelo KLS utiliza exatamente esta metodologia
nos cursos de graduação!
Figura 4.9 | Organização da metodologia sala de aula invertida
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https://conteudo.avaeduc.com.br/202101/INTERATIVAS_2_0/CURRICULO_E_INOVACOES/LIVRO_DIGITAL/assets/img/fig_4.9.png
11/14/22, 1:08 PM lddkls212_cur_ino
https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=391966 10/17
Fonte: elaborada pela autora.
Os três momentos da sala de aula invertida podem e devem contar com o uso de
recursos tecnológicos. Esta metodologia ativa exige que alunos se concentrem e
dediquem, organizando-se para o aprendizado, encontrando caminhos para
construção do conhecimento de acordo com suas potencialidades, tornando-se
reais protagonistas de sua aprendizagem.
As atividades organizadas pelo professor podem ser escritas, pode haver
explanação por parte do professor, pode-se empregar recursos de
videoconferência, entre outras possibilidades.
APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMA
Nesta metodologia, o professor traz um problema a ser analisado pelos
estudantes, para que eles possam buscar soluções e apresentar alternativas.
Neste caso, não se trata de um problema matemático simples, mas sim de um
problema de ordem social, científica ou filosófica, no sentido de levar os alunos a
pesquisarem diversas áreas do conhecimento e trazer uma solução que as
integre, gerando valor para a sociedade.
APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETO
Esta metodologia é muito similar a anterior, porém o enfoque não é resolver um
problema, mas criar um projeto para uma determinada situação. Normalmente,
o projeto é criado para o enfrentamento de uma situação real e de ordem social,
por exemplo: um projeto para recuperação de uma área degradada da escola ou
do entorno (nestes casos talvez seja necessário obter autorização dos órgãos
públicos) ou para o cuidado com uma praça ou, ainda, para a instalação de
equipamentos de lazer, entre outros.
ENSINO PERSONALIZADO
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Metodologia que considera as características individuais dos educandos e
proporciona percursos de aprendizagem exclusivos a cada um, propiciando
rápido avanço na construção e no emprego de conhecimentos. Não se trata de
aprofundar apenas os temas de interesse dos alunos, mas criar trilhas de
aprendizagem personalizadas. Os recursos digitais são bastante empregados
nesta metodologia, pois permitem o desenvolvimento de diversas habilidades:
pesquisa, sintetização de informações, comparações, análises e práticas
envolvendo o conhecimento adquirido.
GAMIFICAÇÃO
Em linhas gerais, trata-se de aplicar a lógica dos jogos para estimular a
aprendizagem. O professor pode usar recursos tecnológicos, tais como
aplicativos, ambientes virtuais de aprendizagem, simuladores virtuais, testes,
portais educacionais, entre outros, para propor uma sequência de atividades que
seja estimuladora, desafiadora e promova aprendizagem. Ou então o professor
pode criar um jogo que conduza à aprendizagem de determinado conceito, por
exemplo.
A vantagem da gamificação é que as propostas normalmente são executadas em
grupo, proporcionando interatividade e resolução de problemas, envolvendo as
competências gerais da educação. 
As metodologias ativas são consideradas, atualmente, um modelo inovador e
moderno para as propostas de ensino, pois colocam o aluno como centro do
processo de aprendizagem, estimulando o desenvolvimento de suas
competências, habilidades e atitudes.
A questão central em qualquer uma das metodologias ativas é o planejamento,
que é de responsabilidade do professor e precisa ser preparado com
antecedência, analisado e ajustado antes de sua realização prática. 
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Outra questão importante é que as metodologias ativas envolvem, em maior ou
menor grau, o uso de recursos tecnológicos, pois são competências e habilidades
fundamentais para o futuro do educando.
ASSIMILE
A BNCC organiza o processo educativo nacional em torno do
desenvolvimento de dez competências gerais, ou seja, conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores devem ser movimentados para tornar os
educandos competentes para viver a vida moderna, com todos os seus
desafios e suas oportunidades. As metodologias ativas colocam os alunos
no centro do processo de aprendizagem, estimulando a aprendizagem
significativa, a criatividade, a resiliência, a comunicação, a proatividade, o
protagonismo, a criticidade, a participação e a colaboratividade, entre
outros, favorecendo que as competências sejam desenvolvidas plena e
consistentemente.
REFLITA
Os processos escolares acompanham o tempo histórico. Estamos,
certamente, vivendo uma transição nos modelos pedagógicos. Se você
pudesse avaliar o modelo pedagógico que orientou sua formação escolar
no ensino fundamental e no ensino médio você diria que ele está mais
próximo do tradicional, do construtivismo, do socioconstrutivismo? Agora
que você se torna cada vez mais próximo de ser responsável por construir
e executar processos educacionais, como pretende realizá-los? Como fará
a transição das práticas tradicionalistas para as práticas inovadoras, tais
como as metodologias ativas? Talvez você não tenha as respostas para
esta pergunta, mas é sempre importante mantê-las em vista, certo?
EXEMPLIFICANDO
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Tratamos de vários estilos de metodologias ativas nesta seção e vamos
detalhar uma delas aqui. A rotação por estações (é um dos estilos do
Ensino Híbrido) é uma das mais interessantes, pois o professor consegue
acompanhar todo o processo e todas as estações, já que acontecem
exclusivamente na escola e não demandam recursos extras dos alunos, já
que tudo ocorre dentro da escola.
Nesta proposta,os alunos são divididos em grupos para realizar uma
pesquisa ou aprendizagem e passam por estações preparadas
previamente pelo professor. Por exemplo: digamos que vão estudar o ciclo
da água na natureza. Uma estação pode ser um vídeo que demonstra o
processo de evaporação-condensação-precipitação. Em outra estação,
poderão ler textos sobre isso, separados pelo professor. Em outra estação,
poderão fazer uma experiência: com uma vela, aquecer um pequeno
recipiente com água, observando o vapor gerado. O vapor pode ser
concentrado em uma tampa inclinada, para que ocorra a condensação e,
conforme as gotas se formam e se unem, acabam precipitando e podem
ser colhidas em outro recipiente. Em outras estações, os educandos podem
fazer seus registros sobre tudo o que aprenderam. Mas, é importante que
discutam a importância do ciclo da água na natureza e que isso abra
oportunidade para outras discussões, tais como a importância da
preservação dos mares, oceanos e rios, das florestas e do meio ambiente
em geral, para a preservação dos recursos hídricos, fonte significativa de
nossa sobrevivência. Esta pode ser outra estação: debate e discussão sobre
esses temas, com criação de propostas ou projetos de intervenção de
preservação dos recursos hídricos.
O tempo de permanência em cada estação deve ser em torno de 15 a 20
minutos.
Destas propostas, podem surgir outras bem interessantes, não é mesmo?
FOCO NA BNCC
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Independentemente da duração da jornada escolar, o conceito de
educação integral com o qual a BNCC está comprometida se refere à
construção intencional de processos educativos que promovam
aprendizagens sintonizadas com as necessidades, as possibilidades e os
interesses dos estudantes e, também, com os desafios da sociedade
contemporânea. (BRASIL, 2018, p. 14)
Este trecho da BNCC aponta o importantíssimo papel dos professores na
construção intencional dos processos educativos, tal como estamos
tratando ao longo desta seção, conforme apresentamos as metodologias
ativas, mais apropriadas aos propósitos formativos apresentados na
BNCC.
Chegamos ao final desta unidade e desta disciplina. Esperamos que você tenha
aproveitado bastante as aprendizagens até aqui. Os estudos sobre currículo vão
perdurar por toda a sua formação e por toda sua vida profissional, visto que o
currículo está em constante aprimoramento, atendendo as demandas
contemporâneas para formação dos educandos. 
Muito sucesso e grandes realizações!
FAÇA VALER A PENA
Questão 1
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O ensino híbrido, na perspectiva do autor, assemelha-se a um modelo natural de
aprender, pois:
O ensino é híbrido, também porque não se reduz ao que planejamos institucionalmente, intencionalmente.
Aprendemos através de processos organizados, junto com processos abertos, informais. Aprendemos quando
estamos com um professor e aprendemos sozinhos, com colegas, com desconhecidos. Aprendemos
intencionalmente e aprendemos espontaneamente, aprendemos quando estudamos e aprendemos também
quando nos divertimos. Aprendemos com o sucesso, e aprendemos com o fracasso. Hoje temos inúmeras
formas de aprender. Por que tantos se perdem, não se interessam, abandonam o que iniciaram? Ensino é
híbrido porque todos somos aprendizes e mestres, consumidores e produtores de informação e
conhecimento. Passamos em pouco tempo de consumidores da grande mídia para “prosumidores” –
produtores e consumidores – de múltiplas mídias, de múltiplas plataformas e formatos para acessar
informações, publicar nossas histórias, sentimentos, reflexões e nossa visão de mundo. Somos o que
escrevemos, o que postamos, o que “curtimos”. Neles expressamos nossa caminhada, valores, visão de
mundo, nossos sonhos e limitações. Num sentido mais amplo, há muitos portais e aplicativos que facilitam
que qualquer um pode ser professor, pode ensinar algo que interesse a alguém (de forma gratuita ou paga).
Todos ensinamos e aprendemos o tempo todo, de forma muito mais livre, em grupos mais ou menos
informais, abertos ou monitorados.
— (BACICH; TANZI NETO; TREVISANI, 2015, [s. p. ])
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a.  É uma metodologia exclusivamente escolar, criada por pesquisadores e acadêmicos que incorporaram
práticas do cotidiano.
b.  É uma proposta baseada exclusivamente em tecnologias digitais da informação e comunicação, por
este motivo se chama híbrido (bledend).
c.  É uma proposta que não é própria do ambiente escolar, já que é empregada informalmente, com
recursos aos quais o aprendente tem acesso.
d.  É uma prática que o ser humano emprega para adquirir conhecimentos e desenvolver competências,
independente do ambiente e da formalização escolar.
e.  É fortemente utilizada em empresas, considerando que a educação corporativa não pode ser executada
no horário de trabalho.
Questão 2
[…] metodologias ativas, como são conhecidas, trazem inúmeras vantagens nos processos de ensino e
aprendizagem, como a autonomia e o protagonismo do aluno, flexibilidade, personalização do ensino,
engajamento, aprofundamento e ampliação na abordagem de conceitos, possibilidade de
transdisciplinaridade, otimização do tempo disponível, possibilidade de debates, colaboração, trabalho em
grupo… A lista de vantagens é grande.
— (PUGLIESE, 2018)
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Considerando o contexto, avalie as afirmativas a seguir:
I. Metodologias ativas são propostas pedagógicas alinhadas com a BNCC.
II. O desenvolvimento de competências é favorecido quando o educando
aprende por meio de metodologias ativas.
III. As perspectivas da educação tradicionalista não se associam às metodologias
ativas, pois as primeiras colocam o professor no centro do processo, como
transmissor do conhecimento, e as segundas colocam o educando no centro
do processo, como protagonista da aprendizagem.
IV. As metodologias ativas mais conhecidas são: aulas expositivas, ensino
dirigido, ensino híbrido, sala de aula invertida, aprendizagem baseada em
projeto e gamificação.
Considerando o contexto apresentado, assinale a alternativa correta.
a.  Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
b.  Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
c.  Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
d.  Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.
e.  As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
Questão 3
Com base no trecho, analise as seguintes asserções e a relação proposta entre
elas:
I As crises na educação ocorrem quando se percebe que a formação oferecida
As metodologias ativas vêm a calhar justamente quando há um sentimento constante de crise na educação,
nos modelos pedagógicos existentes e na escola convencional (especialmente a escola pública)”. 
— (PUGLIESI, 2018)
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REFERÊNCIAS
BACICH, L.; TANZI NETO, A.; TREVISANI, F. D. M. Ensino híbrido: personalização e
tecnologia na educação, 1. ed. Porto Alegre: Penso, 2015. 
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
Disponível em: https://bit.ly/3wnNVYu. Acesso em: 28 jan. 2021.
MELLO, C. de M.; ALMEIDA NETO, J. R. M. de; PETRILLO, R. P. (Orgs.).
Metodologias ativas: desafios contemporâneos e aprendizagem. Rio de Janeiro:
Freitas Bastos, 2019. 
PUGLIESI, G. Porque e (para quê) tantas metodologias. Porvir, 2018. Disponível
em: https://bit.ly/2TFsQfb. Acesso em: 3 abr. 2021.
I. As crises na educação ocorrem quando se percebe que a formação oferecida
aos educandos não corresponde aos desafios pessoais, profissionais e sociais
que eles enfrentarão após formados
PORQUE
II. as metodologias ativas trazem a possibilidade de superar a criseatual na
educação, pois promovem a comunicação, a criatividade, a análise crítica, a
participação, a colaboração e o protagonismo.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.
a.  As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
b.  As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
c.  A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d.  A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e.  As asserções I e II são proposições falsas.
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http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/
https://porvir.org/por-que-e-para-que-tantas-metodologias/
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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO
DIVERSIDADE E CURRÍCULO
Neide Rodriguez Barea
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SEM MEDO DE ERRAR
Como coordenadora pedagógica, você ajudará a professora Priscila a
implementar pelo menos uma das práticas solicitadas. Você deverá escolher uma
das opções para fazer um trabalho de pesquisa na BNCC, especificamente no
primeiro ano do ensino fundamental.
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Aqui, apresentamos uma pequena contribuição para nortear o seu trabalho.
Perspectivas identitárias em torno da sexualidade: a BNCC não traz
especificamente um trabalho para esta dimensão, apenas cita que: 
Nos anos iniciais, as características dos seres vivos são trabalhadas a partir
das ideias, representações, disposições emocionais e afetivas que os alunos
trazem para a escola. Esses saberes dos alunos vão sendo organizados a partir
de observações orientadas, com ênfase na compreensão dos seres vivos do
entorno, como também dos elos nutricionais que se estabelecem entre eles no
ambiente natural.
Aqui, cabe a você ampliar a discussão, podendo elencar elementos que já
foram apresentados na leitura, por exemplo: cor, roupa, brinquedo de
menino X de menina.
Perspectivas de identidades nacionais e étnicas, geracionais, religiosas, de
classe: em Língua Portuguesa, por exemplo, a BNCC indica o campo artístico-
literário para trabalhar com a diversidade cultural: CAMPO ARTÍSTICO-
LITERÁRIO – Campo de atuação relativo à participação em situações de
leitura, fruição e produção de textos literários e artísticos, representativos da
diversidade cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas.
Alguns gêneros deste campo: lendas, mitos, fábulas, contos, crônicas, canção,
poemas, poemas visuais, cordéis, quadrinhos, tirinhas, charge/ cartum, entre
outros.
O currículo inclusivo: ao longo da apresentação do currículo para o primeiro
ano, a educação inclusiva é citada diversas vezes, sempre mencionando a
construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva:
Em competências específicas de linguagens para o ensino fundamental:
conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e
linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar
aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e
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colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e
inclusiva.
Em competências específicas de Ciências da Natureza para o ensino
fundamental: Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas
das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e
procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no
debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do
trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma
sociedade justa, democrática e inclusiva.
Em competências específicas de ciências humanas para o ensino
fundamental: construir argumentos, com base nos conhecimentos das
Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e opiniões que respeitem
e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando
a responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a
construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
O currículo bilíngue:
Em competências gerais da educação básica: utilizar diferentes linguagens –
verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora
e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e
científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e
sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.
Em competências específicas de linguagens para o ensino fundamental:
utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e
escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e
produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à
cooperação.
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A educação igualitária para negros, deficientes, índios, quilombolas, entre
outros: retomar o capítulo intitulado O pacto interfederativo e a
implementação da BNCC, no qual se discutem as questões de igualdade,
diversidade e equidade.
AVANÇANDO NA PRÁTICA
MULTICULTURALISMO, DIVERSIDADE CULTURAL E PERSPECTIVAS
IDENTITÁRIAS: PARCERIA COM A FAMÍLIA
Você e seus colegas são educadores sociais e trabalham em uma Organização da
Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP, antigamente conhecida como ONG –
Organização Não-Governamental) que atende 40 crianças de seis a doze anos no
contraturno escolar. O objetivo desta OSCIP é desenvolver atividades de apoio
escolar, desenvolvimento artístico, esporte e leitura. Acontece que as crianças se
manifestam de forma tímida, demonstram baixa autoestima, não valorizam sua
própria cultura original nem suas manifestações cotidianas.
A instituição entende que o multiculturalismo e a diversidade cultural são um
patrimônio histórico e social do país e gostaria que as crianças entendessem isso
e valorizassem, não só a história da nação, mas a história de si mesmas, pois a
construção da perspectiva identitária atravessa tanto a história do país quanto a
história pessoal.
Ao conversar com seus colegas, você percebeu que a problemática não se localiza
apenas nas crianças, mas também nas famílias, que não valorizam sua própria
origem e cultura.
Neste sentido, vocês construíram um projeto que foi submetido à diretoria da
OSCIP. A proposta do projeto é construir um movimento de valorização do
multiculturalismo e da diversidade cultural local. Entre as diversas ações, há um
momento especial em que se realiza um encontro com as famílias, para resgatar
suas raízes sociais e culturais.
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Este encontro não deve ser apenas um momento em que os palestrantes (no caso,
vocês, educadores sociais) ficam transmitindo informações histórias sobre a
colonização do país e o multiculturalismo. Vocês querem realizar uma proposta
mais viva, dinâmica e com a intensa participação das famílias e das crianças.
Como seu grupo organizaria este encontro?
Em grupo, elabore a proposta do encontro, pensando em uma abertura, um
processo de construção e um fechamento.
RESOLUÇÃO
Nesta situação-problema o grupo precisa planejar um encontro a ser
realizado com as famílias, envolvendo as crianças que participam da OSCIP,
para realizar um trabalho de resgate e valorização do multiculturalismo e da
diversidade cultural.
A preparação do evento pode ser realizada previamente, para que as famílias
se preparem.
Então, a sugestão é que se escolhauma temática que será desenvolvida no
encontro. Vamos sugerir algumas e exemplificar uma mais detalhadamente.
Temáticas sugeridas: 
História de vida dos avós das crianças
História dos primeiros anos de vida da criança com fotografias ou outros
elementos marcantes
Como eram as roupas dos avós, dos pais e das crianças: o que mudou?
Como era a alimentação? Algum prato tradicional na família?
Tradições familiares: origem e adaptações
Podem ser elencados outros temas. Para exemplificar, vamos escolher uma
temática: Alimentação.
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Título: Prato tradicional da família
Ações prévias: informar as famílias sobre o encontro, pedir que elaborem o
prato para trazer no dia, pedir que enviem a receita antecipadamente (para
que a equipe conheça e possa fazer a ação formativa), pedir que investiguem
a origem da tradição na família (quem começou, o que aconteceu, como foi,
quem continuou – apontando as transformações e também o valor desse
prato nos eventos familiares – buscando resgatar a cultura que envolve a
realização do prato e seu consumo – porque, às vezes, há todo um ritual para
o momento do consumo: é sempre a mãe que põe a comida no prato de todo
mundo? É sempre o avô que destrincha o frango? Faz alguma oração? Faz
alguma brincadeira (“é pavê ou pá cumê”)? As crianças devem participar da
preparação do prato e do resgate histórico.
Ao receber as receitas, o grupo de educadores sociais deverá incrementar
com informações importantes, que serão distribuídas entre as famílias. Por
exemplo:
Na feitura de um doce: a origem do açúcar, o papel dos escravizados nas
primeiras lavouras da cana-de-açúcar, a riqueza agrícola da lavoura de
açúcar.
Feijoada: origem da feijoada, por qual razão os escravizados cozinhavam o
feijão com pedaços de carne, como isso se tornou uma iguaria nobre.
Se for um prato típico regional (pão de queijo, arroz carreteiro, vatapá):
procurar a origem histórica e cultural que envolveu a criação do prato, a
constituição histórica da região onde o prato foi criado.
No dia do encontro: as famílias se rodiziam para degustação (veja, não se
trata de uma refeição completa, apenas uma degustação – se for biscoito,
trazer um para cada; se for feijoada, dividir em copinhos de café; se for bolo,
dividir em pedações bem pequenos mesmo. Pense que haverá bastante tipos
de alimento e troca de conhecimentos sobre a feitura dos pratos. 
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Encerramento do encontro: cada família, juntamente com as crianças,
apresenta o que aprenderam a partir das informações que trocaram com
outras famílias, com as informações que os educadores trouxeram, momento
de contar histórias e partilhar conhecimentos.
Após o encontro: os educadores conversam com as crianças e propõe ações
para valorizar a origem de cada uma delas e da construção cultural que
envolveu cada um dos pratos: o que não sabiam, o que aprenderam, se
gostam ou não gostam desse prato. É interessante que registrem de forma
escrita, por desenho ou colagem.
Agora é a sua vez! Como seu grupo organizaria um encontro com outra
temática? E se for a mesma, que tal fazer diferente?
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NÃO PODE FALTAR
DIVERSIDADE E CURRÍCULO
Neide Rodriguez Barea
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PRATICAR PARA APRENDER
Você já parou para pensar o quanto a sociedade evoluiu nos últimos séculos e
milênios? Há 150 anos pessoas escravizadas eram vendidas e o Brasil vivia em
um regime escravocrata. Há séculos, era comum que humanos lutassem com
leões famintos em uma arena, para diversão do povo que assistia ao evento.
Fonte: Shutterstock.
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Como se sabe, em geral, os leões venciam. Há menos de 100 anos vivemos a
disseminação de um grupo étnico que exterminou seis milhões de pessoas por
meio da fome e em câmeras de envenenamento por gás, mortes lentas e cruéis.
Ainda existe um gigantesco número de pessoas cujos direitos essenciais são
violados por serem pobres, crianças, pretos, mulheres.
O estudo desta seção traz questões que possibilitam divergência de ideias e
precisam ocupar um espaço importante dentro dos temas contemporâneos no
contexto escolar, pois faz parte do nosso papel social como professores evidenciá-
las e propiciar reflexões que levam a uma possível mudança de atitudes. 
Assim, esta seção tratará de temas desafiantes que são explorados nas teorias
pós-críticas do currículo. É importante que você assuma cada vez mais uma
postura acadêmica e científica, bem como crítica e proativa, evitando as
impressões pessoais e, principalmente, práticas preconceituosas que são
disseminadas na sociedade e que podem ter feito parte da sua formação.
Nesta seção, você conhecerá um pouco mais sobre as tendências críticas acerca
das formas de preconceito que ferem a dignidade humana, que são fruto de
dominação entre classes e que promovem a manutenção do status quo.
Você observou o quanto somos multiculturais e como a cultura se expressa em
diversas formas? A construção da nossa nação é baseada em culturas de diversos
países, que se consolidaram aqui em diversos períodos históricos e contamos
também com uma cultura nativa, dos primeiros habitantes dessas terras, os
indígenas. Além da composição cultural, ainda há a forma com a qual a cultura
se manifesta, mediante linguagem oral, escrita e corporal, por meio das
vestimentas e dos adereços, da música e da dança. O ambiente escolar,
certamente, é permeado pelo multiculturalismo e pela diversidade cultural, você
já observou isso?
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Aprofundando um pouco mais a questão: já refletiu sobre como as questões de
gênero, etnia, geracionais, religiosas e de classe são tratadas na escola? Ou não
são tratadas, portanto se mantém o status quo? Como a igualdade e a equidade
são tratadas na escola? As práticas inclusivas realmente ocorrem da forma como
deveriam?
A escola é um cenário de discussão, de formação, de desenvolvimento de
habilidades referentes à tomada de consciência de conceitos, muitas vezes,
culturalmente produzidos ao longo da história. Na escola as desigualdades, as
várias formas de preconceitos estão presentes devido a diversidade dos
estudantes, assim, é de competência da escola promover o debate quanto aos
temas contemporâneos e propiciar o desenvolvimento de competências
cognitivas e socioemocionais. Os processos de ensino e aprendizagem devem
promover mudanças de atitudes e a conscientização. 
Quando você não lida com tais questões, a que tipo de currículo está atendendo?
São estas as reflexões que trataremos agora!
O ano de 2020 foi um ano marcado por uma pandemia por um vírus chamado
SARS-COV2, causador do COVID-19, que ocasionou a morte de mais de dois
milhões de pessoas pelo mundo. O vírus, facilmente transmissível e que traz
consequências graves para quem sofre a contaminação, obrigou que os países do
mundo criassem mecanismos para contenção do vírus, entre eles: lockdown, uso
de máscaras e equipamentos de proteção, criação de protocolos de higiene e
notificações e multas para aqueles que não cumprem as novas regras.
A educação também precisou se adaptar. As escolas fecharam e não puderam
mais atender alunos no modelo presencial, mas a educação continuou apoiada
pelos recursos da tecnologia, incluindo os processos de alfabetização e os
princípios de inclusão escolar e respeito às diversidades.
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Priscila é professora da primeira série do ensino fundamental e em 2020 foi a
primeira vez que lecionou. O ensino remoto foi implementado nos primeiros
meses de 2020 e os alunos de Priscila tiveram aulas virtuais e seguiram com o
processo de alfabetização. Agora, as escolas já foram abertas, porém muitas
práticas pedagógicas do período da pandemia foram incorporadas no processo
educacional escolar.
Priscila precisa reorganizar o processo educativo, incluindo:
O uso das TDIC, favorecendo a transformação das relações no interior da
escola e trazer formas inovadoras de ensinar e aprender, enfocando o
multiletrar com a utilização das TDIC.
As perspectivas identitárias em torno da sexualidade, das identidades
nacionais e étnicas, geracionais, religiosas, de classe, o currículo inclusivo e
bilíngue e a educação igualitária para negros, deficientes, indígenas,
quilombolas, além de outros.
Uma análise crítica, reflexiva, moderna e prática a partir de novas estratégias
de ensino, metodologias ativas e inovadoras e propostas que promovam a
comunicação, a criatividade, a análise crítica, a participação, a colaboração e
o protagonismo, de acordo com uma proposta de diálogo e articulação entre o
conhecimento local e global.
Você é a coordenadora pedagógica da escola na qual a professora Priscila
trabalha e seu papel é ajudá-la a melhorar seu processo educativo. Nesta seção,
vamos trabalhar com o segundo item referente à reorganização do processo
educativo a ser realizado pela professora.
A turma da professora Priscila é composta por crianças em torno de seis e sete
anos. Trata-se que é uma excelente idade para se trabalhar o respeito à
diversidade e à individualidade, como a identidade de gênero, religiosa e étnica,
por exemplo, pois, como ensina Piaget (1994), as crianças destas idades estão
passando da heteronomia (seguir regras sem reflexão analítica profunda) para
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autonomia (reflexão analítica e respeito às regras sociais por compreensão e não
apenas porque existem). Como coordenadora pedagógica, escolha um destes
aspectos a seguir e verifique na BNCC como são trabalhados na primeira série do
ensino fundamental. Em seguida, faça um resumo de uma a três páginas para a
professora:
Perspectivas identitárias em torno da sexualidade.
Perspectivas de identidades nacionais e étnicas, geracionais, religiosas, de
classe.
O currículo inclusivo.
O currículo bilíngue.
A educação igualitária para pretos, deficientes, indígenas, quilombolas, entre
outros.
Sua responsabilidade como professor é grande! A escola, além de seu papel
acadêmico e propedêutico, também tem a função de construir boas práticas
sociais e formar indivíduos competentes e socioemocionalmente estruturados.
Conheça e explore as temáticas que levam à reflexão à conscientização, pois são
elas que fazem o diferencial na sua atuação profissional!
CONCEITO-CHAVE
Imagine a seguinte situação: você foi admitido como professor em uma escola de
ensino fundamental e vai lecionar pela primeira vez. É preciso acolher seus
novos alunos para uma aproximação significativa, para isso, é preciso conhecê-
los melhor. Primeiramente, você os observa: vestimenta, acessórios, o modo
como se comportam, como se comunicam, os olhares. Aspectos que expressam o
multiculturalismo e a diversidade cultural. 
Vamos esclarecer um pouco estes conceitos.
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Multiculturalismo é o reconhecimento, o respeito e a valorização das diferenças
étnicas que existem em um determinado território ou grupo social. Por exemplo:
o Brasil é um país reconhecidamente multicultural, pois recebeu um contingente
grande de pessoas oriundas de determinados países, tais como: holandeses
(predominância no Nordeste), alemães (predominância no Sul), portugueses,
italianos, judeus, japoneses, árabes e sírios (predominância em São Paulo),
africanos (predominância na região central), entre outros. Mas isso quer dizer
que não há indivíduos de origem africana em São Paulo? Claro que existem e em
quantidade significativa, mas também existe predominância de determinadas
etnias em determinadas regiões devido à colonização, à escravização e à
imigração, o fato é que todas as culturas se misturam no território nacional.
Neste sentido, é importante salientar que a exclusão dos pretos do sistema
escolar foi uma prática que ocorreu durante grande parte da história da
educação brasileira. E mesmo em relação aos brinquedos infantis, a grande
representatividade ainda continua sendo branca, como se vê nesta reportagem
do portal de notícias do G1: Bonecas negras ajudam a promover diversidade e
autoestima entre as crianças. 
Além disso, é papel da escola evidenciar ideologias de supremacia do homem
branco em relação ao homem preto veiculadas implicitamente em vários canais
de comunicação e em várias relações sociais. Um exemplo disso ocorre quando
uma família de etnia branca é servida por uma mulher preta em um programa
televisivo, ou ainda, em uma propaganda quando um homem branco leva seu
carro a uma oficina mecânica é atendido por um mecânico preto (que, inclusive,
[…] o multiculturalismo tornou-se uma temática fundamental no processo da democracia de muitos países e
desenvolveu-se com a evolução dos direitos humanos da última geração, quando neles se introduz o debate
sobre o direito das minorias e dos grupos étnicos marginalizados em grandes áreas culturais. Esses direitos
passam a ser explicitados amplamente a partir do direito à diferença e com o direito ao reconhecimento da
identidade étnica.
— (OLIVEIRA; SOUZA, 2011, p. 123)
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pode ser o proprietário da oficina) mas é apresentado em posição de
inferioridade ao dono do veículo, principalmente quando se usam jargões do
tipo: “E aí, doutor, qual o problema do possante?”.
A escola é o espaço de encontro de diversas identidades étnico-raciais, portanto é
nela que devem ser desenvolvidas práticas educativas voltadas tanto à formação
cidadã que respeite e valorize a pluralidade étnica e cultura da própria
sociedade. Principalmente em relação às populações negras, indígenas,
quilombolas e outras minorias étnicas, é fundamental que se discuta em nível de
currículo, como a escola deve se organizar para desenvolver ações educacionais
igualitárias e equitativas que atendam estes públicos.
O multiculturalismo representa muito mais do que apenas o reconhecimento da
existência de diversas etnias compartilhando o mesmo espaço e se influenciando
mutuamente: significa um olhar voltado à igualdade de direitos e respeito à
cultura de origem a todos os indivíduos e não apenas aos representantes da
chamada cultura dominante. Até bem poucos anos atrás, o multiculturalismo
estava associado aos povos africanos e os migrantes do norte e do nordeste, que
se dirigiam às regiões do sudeste em busca de melhor qualidade de vida.
Atualmente, como o reconhecimento e valorização de outras etnias, ampliou-se a
visão multicultural. Da mesma forma, observa-se um nível de criticidade que
retoma a origem de determinadas palavras que conduz à conscientização e
mudanças de hábitos, como se vê na matéria do Instituto Fazendo História:
Vamos repensar nosso vocabulário?
Em geral, o multiculturalismo está associado à matriz biológica e geográfica do
nascimento, que trazem características físicas específicas, tais como a cor da pele,
os traços e a cor dos olhos, a cor e textura dos cabelos, entre outros.
No entanto, mesmo dentro de etnias preservadas, como a comunidade japonesa,
por exemplo, na qual não há grande miscigenação, ainda pode haver diversidade
cultural.
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Desta forma, é possível encontrar um gaúcho vegano? Um japonês evangélico?
Sim. E qual o motivo de esta discussão se tornar tão importante quando falamos
em currículo?
Em primeiro lugar, a BNCC (2018) aponta que a diversidade cultural não é uma
meta a ser atingida, mas um ponto de partida para os processos educacionais. Em
segundo, o Brasil tem se tornado um reduto de amparo a populações que sofrem
com contexto de guerra, fome, situação econômica precária e violação dos
direitos humanos. Colombianos, venezuelanos, haitianos, peruanos, bolivianos,
bem como senegaleses, angolanos, chineses, sírios têm no Brasil o segundo lar e é
na escola que as crianças de todas estas etnias se encontram proporcionando
uma rica diversidade.
Figura 4.4 | Multiculturalismo e diversidade cultural na escola
A diversidade cultural engloba as diferenças culturais que existem entre as pessoas, como a linguagem,
danças, vestimenta e tradições, bem como a forma como as sociedades organizam-se conforme a sua
concepção de moral e de religião, a forma como eles interagem com o ambiente, etc. O termo diversidade diz
respeito à variedade e convivência de ideias, características ou elementos diferentes entre si, em
determinado assunto, situação ou ambiente.
— (OLIVEIRA; SOUZA, 2011, p. 128)
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Fonte: Freepik.
Hoje se observa, em qualquer sala de aula, a presença do multiculturalismo e da
diversidade cultural.
É muito importante perceber que existem outras perspectivas identitárias
relacionadas à sexualidade, às relações de gênero, ao pertencimento geracional,
à religiosidade, à classe social, entre outras.
Em relação à sexualidade ou às relações de gênero, a principal discussão se dá
em torno da formação biológica do indivíduo (masculina ou feminina) e sua
identidade de gênero, ou seja, a forma como se identifica e se reconhece. Esta
matéria do governo do estado do Mato Grosso retrata o respeito à dignidade e à
cidadania ao reconhecer e explicar os procedimentos para inserção do nome
social no RG: Documento de identidade possibilita que pessoas trans sejam
reconhecidas pelo nome social. 
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Antes da classificação de identidade sexual, o professor precisa ter claro que ali
se apresenta um ser humano em formação e o seu papel não é o de julgamento,
mas o de respeito, acolhida, organizador de processos de aprendizagem. Sem
dúvida, a escola também tem seu papel protetivo, ou seja, deve intervir
acionando os órgãos competentes caso identifique situações de violência física ou
emocional em relação a qualquer aluno que ocorram em casa quanto no
ambiente escolar.
As relações de gênero, por sua vez, merecem um outro olhar do professor: o
olhar crítico que desvela as relações opressoras e de desigualdade em relação ao
sexo feminino e supervalorização e proteção ao sexo masculino. 
A maior contribuição que os professores podem fazer desde a educação infantil é
manter a atenção promovendo situações reflexivas sobre o que é de menino e o
que é de menina, tais como estes exemplos: meninas não podem usar a quadra
esportiva, meninos sentam na frente da sala e meninas atrás (para evitar
bagunça), uso de termos agressivos e pejorativos (“tinha que ser menininha
mesmo”), imposição de cores e roupas específicas (rosa e saia para meninas, azul
e shorts para meninos), divisão de brinquedos “femininos” e “masculinos”, entre
outras tantas situações. 
Professores também devem trabalhar de forma adequada cada faixa etária para
despertar a consciência crítica: observar e questionar como as mulheres são
retratadas em imagens e textos nos materiais didáticos, programas televisivos,
reportagens, propagandas, etc. O papel é de submissão? Na escola em que
trabalha, há mais mulheres ou homens? Nos ministérios que formam o governo,
há mais mulheres ou homens? Por quê? O estudo dos desenhos que as crianças
assistem também são importantes, pois em alguns já se observa o papel central
dedicado ao gênero feminino.
Você deve ter percebido que essa discussão se alinha a uma perspectiva mais
crítica ou pós-crítica de currículo. É preciso verificar como a escola se posiciona
frente a estas e outras questões, para entender e promover os ajustes em termos
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curriculares.
É preciso entender também como o currículo se coloca em termos de
identificação geracional. Aqui a discussão perpassa a compreensão de mundo, o
espaço da criança e do adulto, as diferenças etárias em sala de aula, as emersões
de novas manifestações culturais, entre outras.
Embora o curso de Pedagogia enfoque mais diretamente a formação de
professores da educação infantil e do ensino fundamental anos iniciais, há outros
espaços educacionais que o pedagogo pode exercer seu trabalho, tais como
educação de jovens e adultos, educação em organizações da sociedade civil de
interesse público (as antigas ONGs – Organizações não Governamentais), projetos
populares e sociais, educação corporativa, etc, nos quais o conflito entre gerações
pode se tornar mais evidente, pois cada grupo geracional possui características
próprias e visão de mundo particular.
Mas, mesmo na escola de educação infantil pode-se encontrar o conflito de
gerações entre professores recém-formados e professores que já possuem longa
jornada profissional. Outro exemplo ocorre quando a equipe diretiva é mais
jovem do que a equipe docente (ou vice-versa). Ou mesmo quando uma turma do
primeiro ano disputa a quadra com uma turma do oitavo ano: a tendência é
favorecer os mais velhos ou os mais novos, quando o ideal é permitir e estimular
que cheguem a um consenso e que todos sejam atendidos.
A figura a seguir traz um pequeno exemplo de como as questões identitárias
geracionais são diferenciadas e complexas.
Figura 4.5 | Classificação das gerações
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Fonte: elaborada pela autora.
Se, por um lado as gerações mais X e Y sejam vistas como antiquadas e não
acompanham o ritmo dos Millennials, são essas gerações que trazem equilíbrio,
orientações, antecipação de problemas, soluções mais coerentes e objetivas.
O fato é que conforme as novas gerações vão nascendo, novas manifestações
culturais as acompanham em seu desenvolvimento. Assim, cada época teve a sua
forma de manifestação e que nem sempre são aceitas por gerações anteriores.
Movimentos sociais, passeatas, cultura hippie, hip hop, rap e funk, como isso é
visto dentro da escola? Na escola, é preciso cuidar para que a os mais jovens
tenham espaço para incluir, discutir e vivenciar as diversas manifestações
culturais, que perpassam o compartilhamento de linguagens, as expressões
corporais, como a dança, e as expressões de musicalidade, por exemplo.
Da mesma forma, a diversidade cultural também aparece nas escolhas religiosas.
O Brasil é um país com uma das maiores diversidades religiosas. Temos as
religiões de matriz africana, tais como o candomblé e a umbanda, o cristianismo,
que se divide em catolicismo, protestantismo, evangelismo, o hinduísmo, o
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islamismo, o taoísmo, o espiritismo (embora nem sempre se classifique como
religião), o budismo, o xintoísmo, a wicca, as tradições religiosas indígenas, o
paganismo, o agnosticismo e o ateísmo, que é a não crença em um Deus.
A Figura 4.5 demonstra os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) referentes ao último censo realizado em 2010 em relação à identidade
religiosa da população brasileira.
Figura 4.6 | População residentepor religião, 2010
Fonte: https://bit.ly/3hkFfy2. Acesso em: 23 mar. 2021.
A identidade religiosa talvez seja uma das diversidades culturais mais
desrespeitadas, principalmente aquelas que estão associadas às matrizes
africanas, muito provavelmente por conta do próprio preconceito racial.
É preciso mencionar que outro aspecto da diversidade cultural está associado à
identificação ou pertencimento a uma classe social. 
Nas discussões realizadas sobre a diversidade cultural, não podemos deixar de
lado os processos inclusivos escolares. Mencionamos a necessidade de um olhar
responsável e inclusivo para as pessoas com deficiências e altas habilidades que
participam do contexto escolar. Este grupo também é considerado uma minoria,
alvo de preconceito, e deve ter seus direitos educacionais resguardados.
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https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9662-censo-demografico-2010.html?edicao=9749&t=destaques
https://conteudo.avaeduc.com.br/202101/INTERATIVAS_2_0/CURRICULO_E_INOVACOES/LIVRO_DIGITAL/assets/img/fig_4.6.png
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O guia de orientações básicas para a inclusão de pessoas com deficiência
(BRASIL, 2005), define deficiência: “É toda restrição física, mental ou sensorial, de
natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade funcional de
exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária”. Educandos com estas
restrições têm mais dificuldade em acessar a escola e receber educação.
Para isso, há ações que os professores precisam desenvolver junto às suas turmas
que envolvam aspectos de socialização, de trabalhos em grupo, de respeito, de
inclusão nas atividades, de adaptação curricular, de atendimento às necessidades
educacionais específicas, do uso de equipamentos próprios e até mesmo do
ensino de Libras (Língua Brasileira de Sinais) na perspectiva do bilinguismo.
Como você deve ter percebido a discussão sobre cada um dos temas que envolve
o multiculturalismo, a diversidade cultural e os processos de inclusão é profunda,
longa, multifacetada, envolve a imersão na própria diversidade cultural, a
construção de valores que remetem ao respeito e à preservação dos direitos
humanos e a identificação do papel social e cultural da própria escola.
As perspectivas curriculares que levam a esta profundidade de discussão e de
ação são as críticas e as pós-críticas. O papel do professor não é apenas
evidenciar os mecanismos de opressão, preconceito e desrespeito, mas criar
ações e propostas pedagógicas voltadas à formação de indivíduos que valorizem
a própria diversidade cultural e tenha uma postura respeitosa e inclusiva em
relação a manifestações culturais que não sejam próprias do seu repertório.
ASSIMILE
O multiculturalismo e a diversidade cultural nem sempre receberam o
devido espaço nos processos educacionais escolares. Há bem poucas
décadas, a educação tinha o papel de normatizar a sociedade de acordo
com valores preestabelecidos por uma cultura branca, machista,
opressora, exclusivista. Quem não se adequasse, não conseguia se manter
na escola.
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Os estudos críticos e pós-críticos sobre o currículo e as práticas escolares
permitiram que novos olhares pedagógicos se desenvolvessem e que
novas práticas inclusivas, respeitosas, valorativas e acolhedoras fossem
implantadas nas escolas.
REFLITA
Há muitos anos havia uma enquete da TV Cultura que pedia a pedestres a
responderem: “Onde você guarda o seu racismo?”. O entrevistador não
perguntava se as pessoas eram racistas, mas onde elas guardavam seu
racismo. Esta enquete foi repetida algumas vezes e, se você pesquisar,
encontrará outros vídeos. Neste momento, convidamos você a fazer uma
reflexão íntima e pessoal: você já se percebeu racista, homofóbico,
preconceituoso? Como lidou com isso?
EXEMPLIFICANDO
Muitos projetos já são desenvolvidos nas escolas que visam práticas
inclusivas e de respeito à diversidade cultural e ao multiculturalismo.
Vejamos:
Chá com as vovós: as avós são convidadas a passar um dia na escola e
contar como foi a infância delas = enfrentamento do conflito entre
gerações, abertura a diferentes realidades e culturas.
Festa das Nações: apresentação de aspectos culturais de diversos países =
multiculturalismo.
Festival de talentos: apresentação de danças, músicas, teatro, etc. =
diversidade cultural.
Debates com representantes religiosos = diversidade cultural.
Que outras práticas além das citadas você conhece?
FOCO NA BNCC
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As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) é um dos documentos que
embasam a BNCC:
Mais à frente, a BNCC propõe propostas de leitura e desenvolvimento
cognitivo que considerem a:
A BNCC, como documento normatizador dos currículos escolares
nacionais, está alinhada com as propostas de respeito, valorização e
disseminação da diversidade cultural.
Ao final desta seção, vale levar adiante a reflexão de que as diferenças entre
seres humanos é que proporcionam a própria evolução da sociedade, pois nos
leva a refletir sobre nosso posicionamento e nossas ações frente ao
multiculturalismo, à diversidade cultural e à diversidade entre pessoas,
estimulando o exercício da empatia.
FAÇA VALER A PENA
Em 2010, o CNE promulgou novas DCN, ampliando e organizando o conceito de
contextualização como “a inclusão, a valorização das diferenças e o atendimento
à pluralidade e à diversidade cultural resgatando e respeitando as várias
manifestações de cada comunidade.
— (BRASIL, 2018, p. 11)
“
Diversidade cultural, de maneira a abranger produções e formas de expressão
diversas, a literatura infantil e juvenil, o cânone, o culto, o popular, a cultura de
massa, a cultura das mídias, as culturas juvenis etc., de forma a garantir
ampliação de repertório, além de interação e trato com o diferente.
— (BRASIL, 2018, p. 75)
“
Questão 1
No Brasil, um país caracterizado pela autonomia dos entes federados, acentuada
diversidade cultural e profundas desigualdades sociais, os sistemas e redes de
ensino devem construir currículos, e as escolas precisam elaborar propostas
pedagógicas que considerem as necessidades, as possibilidades e os interesses
dos estudantes, assim como suas identidades linguísticas, étnicas e culturais.
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Multiculturalismo, diversidade cultural, equidade e igualdade são conceitos
importantes que precisam ser contemplados nas construções curriculares e ações
pedagógicas. O trecho aborda:
a.  O conceito de multiculturalismo, já que o Brasil é composto por indivíduos de diferentes
nacionalidades.
b.  O conceito de divergência cultural, já que menciona a necessidade de englobar as identidades
linguísticas, étnicas e culturais.
c.  O conceito de igualdade, já que propõe ações pedagógicas igualitárias a todos os educandos.
d.  O conceito de equidade, pois as propostas pedagógicas devem respeitar as diferenças culturais e as
necessidades dos educandos.
e.  O conceito de universalização do ensino e acessibilidade à educação escolar, conforme objetivo de
desenvolvimento sustentável 4, proposto pela ONU.
Questão 2
O conceito antropológico de cultura passa necessariamente pelo dilema da
unidade biológica e a grande diversidade cultural da espécie humana. Consiste
em uma preocupação com a diversidade de modos de comportamento existentes
entre os diferentes povos. 
Quanto à diversidade, esta se encontra ligada aos conceitos de pluralidade,
multiplicidade, diferentes ângulos de visão ou de abordagem, heterogeneidade e
variedade. Também, pode ser encontrada na comunhão de contrários, na
intersecção de diferenças, ou ainda, na tolerânciamútua. É a pluralidade cultural
que faz do mundo um lugar rico.
Com base no excerto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre
elas.
I. A identificação, o respeito e a valorização à diversidade cultural é uma forma
de manter o status quo
PORQUE
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II. desafiar o status quo leva à necessidade de mobilizar saberes, visões, buscar
alternativas, encontrar equilíbrio, justiça, igualdade e equidade, promovendo
a constituição de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.
a.  As asserções I e II são proposições falsas.
b.  A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
c.  A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d.  As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
e.  As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
Questão 3
Temática: Lógicas comerciais e mercantis da modernidade
Objetos de
conhecimento: Habilidades:
As lógicas
mercantis e o
domínio europeu
sobre os mares e o
contraponto
Oriental
(EF07HI13) Caracterizar a ação dos europeus e suas
lógicas mercantis visando ao domínio no mundo
atlântico.
(EF07HI14) Descrever as dinâmicas comerciais das
sociedades americanas e africanas e analisar suas
interações com outras sociedades do Ocidente e do
Oriente.
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Objetos de
conhecimento: Habilidades:
As lógicas internas
das sociedades
africanas 
As formas de
organização das
sociedades
ameríndias 
A escravidão
moderna e o tráfico
de escravizados
(EF07HI15) Discutir o conceito de escravidão moderna e
suas distinções em relação ao escravismo antigo e à
servidão medieval. 
(EF07HI16) Analisar os mecanismos e as dinâmicas de
comércio de escravizados em suas diferentes fases,
identificando os agentes responsáveis pelo tráfico e as
regiões e zonas africanas de procedência dos
escravizados.
A emergência do
capitalismo
(EF07HI17) Discutir as razões da passagem do
mercantilismo para o capitalismo.
Fonte: Brasil (2018, p. 422-423).
O excerto da BNCC aborda uma temática de história para o ensino fundamental.
Considerando o excerto, avalie as alternativas a seguir.
I. Uma das origens do multiculturalismo presente atualmente no Brasil foi a
escravização dos povos negros.
II. Certas questões que já deveriam ter sido superadas pela sociedade, como o
domínio de um povo sobre outro e a escravidão, mas a verdade é que ainda
persistem.
III. O conhecimento histórico ajuda a compreender a constituição do
multiculturalismo e da diversidade cultural e traz esclarecimentos que levam
ao entendimento, ao respeito e à valorização das diferenças.
IV A ã d b t ã l i ló i d it l
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
Disponível em: https://bit.ly/3wnNVYu. Acesso em: 28 jan. 2021.
BRASIL. Congresso. Senado Federal. Comissão Especial de Acessibilidade.
Acessibilidade: passaporte para a cidadania das pessoas com deficiência. Guia de
orientações básicas para a inclusão de pessoas com deficiência / Comissão
Especial de Acessibilidade. – Brasília: Senado Federal, 2005. Disponível em:
https://bit.ly/3i0Z6l5. Acesso em: 23 mar. 2021.
G1 RS. Bonecas negras ajudam a promover diversidade e autoestima entre as
crianças. 2017. Disponível em: https://glo.bo/2TF7H4K. Acesso em: 30 mar. 2021.
IBASE. Onde você guarda o seu racismo? 1º Fase – 2004. Disponível em:
https://bit.ly/3jRmjsa. Acesso em: 28 jun. 2021.
IBGE. Principais resultados – características gerais da população, religião e
pessoa com deficiência. 2010. Disponível em: https://bit.ly/3hkFfy2. Acesso em: 23
mar. 2021.
INSTITUTO FAZENDO HISTÓRIA. Vamos repensar nosso vocabulário? 2020.
Disponível em: https://bit.ly/3hKf2rx. Acesso em: 28 jun. 2021.
IV. A opressão de um povo sobre o outro não se relaciona com lógica do capital,
portanto a emergência do capitalismo não deveria ser discutida em questões
relacionadas ao multiculturalismo e à diversidade cultural.
Considerando o contexto apresentado, assinale a alternativa correta.
a.  Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
b.  Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
c.  Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
d.  Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.
e. As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
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http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/42/742398.pdf?sequence=3
https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/bonecas-negras-ajudam-a-promover-diversidade-e-autoestima-entre-as-criancas.ghtml
https://www.youtube.com/watch?v=pUAXPPVp_9Y
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9662-censo-demografico-2010.html?edicao=9749&t=destaques
https://www.fazendohistoria.org.br/blog-geral/2020/11/20/vamos-repensar-nosso-vocabulrio
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https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=391966 21/21
MENDES, S. Documento de identidade possibilita que pessoas trans sejam
reconhecidas pelo nome social. 2021. Disponível em: https://bit.ly/3jTTMCC.
Acesso em: 30 mar. 2021.
OLIVEIRA, E. de; SOUZA, M. L. de. Multiculturalismo, diversidade cultural e
direito coletivo na ordem contemporânea. Cadernos da Escola de Direito e
Relações Internacionais, Curitiba, n. 16, v. 3, p. 121-139, 2011. Disponível em:
https://bit.ly/2SY1noy. Acesso em: 20 mar. 2021.
PIAGET, J. O juízo moral na criança. São Paulo: Summus, 1994.
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http://www.mt.gov.br/-/16380473-documento-de-identidade-possibilita-que-pessoas-trans-sejam-reconhecidas-pelo-nome-social#:~:text=sensa%C3%A7%C3%A3o%E2%80%9D%2C%20contou.-,Nome%20social%20no%20RG,garantindo%20ser%20transexual%20ou%20travesti
https://portaldeperiodicos.unibrasil.com.br/index.php/cadernosdireito/article/view/2950/2520
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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO
O CURRÍCULO E AS TECNOLOGIAS DIGITAIS DA INFORMAÇÃO
E COMUNICAÇÃO – TDIC
Neide Rodriguez Barea
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SEM MEDO DE ERRAR
Priscila leciona para o primeiro ano do ensino fundamental cujo enfoque é o
processo de alfabetização e do multiletramento.
Fonte: Shutterstock.
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Neste sentido, a professora pode lançar mão de diversas opções que envolvam as
TDIC. Aqui citaremos três, que ajudarão você a criar suas próprias reflexões e
propostas de trabalho:
Construção de um dicionário usando uma planilha eletrônica: as crianças, em
sua maioria, se interessam muito em pensar em conjuntos de palavras que
tenham uma associação entre si. Então, este dicionário pode se referir a qualquer
temática: dicionário de bichos, dicionário de elogios, dicionário de sentimentos,
dicionário de objetos da casa, e, tal como um dicionário, é preciso apresentar o
verbete e seu significado. Aqui se propõe uma prática de letramento, que é a
aprendizagem sobre a língua materna escrita e sobre a organização de um
dicionário. O uso de uma planilha eletrônica é indicado porque permite que se
apresente uma planilha para cada letra, que se organize em ordem alfabética
rapidamente, que se organizem os dados em linhas e colunas. Aqui estamos
entrando em uma prática de multiletramento. A formação de professores pode
ser uma necessidade real, já que algumas ferramentas tecnológicas podem não
fazer parte de suas competências.

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