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Infectologia - Leishmaniose

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Mayra Alencar
Leishmaniose
Conceito:
Infecção sistêmica causada por protozoário intracelular obrigatório da
família Trypanosomatidae.
➔ No Brasil, maior número de casos na região nordeste;
➔ Doença mais comum na infância;
Apresenta-se em 2 tipos:
- Leishmaniose visceral (calazar);
- Leishmaniose tegumentar;
Agente etiológico: Leishmania chagasi (visceral) → 2 formas evolutivas:
➔ Promastigota → Flagelada, alongada e móvel (presente no
mosquito);
- Reprodução ocorre no mosquito;
➔ Amastigota → Aflagelada, arredondada, parasita intracelular
obrigatório;
- Reprodução ocorre dentro dos macrófagos;
Obs.: Subtipos:
- Leishmania braziliensis e Leishmania amazonensis →
Relacionados com a leishmaniose tegumentar;
Vetor da doença: Mosquito flebotomíneos;
- Brasil → Mosquito palha; birigui; tatuquira;
- Hábito noturno;
- Pouco adaptado a cidade;
- Principal reservatório → cães;
LEISHMANIOSE VISCERAL:
Patogênese:
1) Transmissão da leishmania através da picada do mosquito,
contendo agente na forma promastigota →
2) Fagocitose por macrófagos e transformação para forma
amastigota e replicação intracelular →
3) Transporte via corrente sanguínea, atingindo fígado, baço e
medula óssea →
4) Multiplicação do protozoário nos macrófagos, dentro dos órgãos
→
5) Reação inflamatória com aumento de volume dos órgão e
redução da função
- Hepatoesplenomegalia e pancitopenia;
Manifestações clínicas:
Forma oligossintomática:
➔ Febre;
Mayra Alencar
➔ Mal estar;
➔ Diarreia;
➔ Hepatomegalia discreta;
➔ Esplenomegalia discreta;
Forma aguda:
➔ Febre;
➔ Calafrios;
➔ Diarreia;
➔ Hepatomegalia;
➔ Esplenomegalia;
➔ Hemograma → Pancitopenia
Forma crônica:
➔ Febre persistente ou intermitente;
➔ Tosse seca e mal estar (Gripe persistente);
➔ Fraqueza;
➔ Hiporexia;
➔ Diarréia ou constipação intestinal;
➔ Perda ponderal;
➔ Hepatoesplenomegalia;
➔ Hipoalbuminemia;
➔ Pancitopenia com piora ao avançar da doença;
Quando suspeitar ? Presença de sintomas:
- Febre + perda ponderal;
- Hepatoesplenomegalia;
- Pancitopenia;
- Hipoalbuminemia;
Diagnóstico:
1) Anamnese e Exame físico;
2) Exames laboratoriais inespecíficos:
- Hemograma;
- Função hepática (TGO/TGP; Albumina total e frações,
coagulograma);
- Exames de imagem:
● Radiografia de abdome;
● USG;
● TC;
3) Exames específicos:
➔ Esfregaço de sangue periférico (sensibilidade < 30%):
● Presença de leishmania em macrófagos e
monócitos, com uso de corantes específicos;
➔ Aspirado de medula óssea (sensibilidade 70%)
● Presença de leishmania observada em material
colhido com agulha grossa em medula óssea;
➔ Aspirado esplênico (sensibilidade > 90%)
● Exame padrão ouro;
● Critérios para realização do exame:
- Esplenomegalia > 3cm;
- Atividade de protrombina > 60%;
- Plaquetas > 40000 /mm3;
➔ Cultura da Leishmania (sensibilidade 60%)
Mayra Alencar
● Cultura do protozoário através de amostra de
sangue em meios apropriados;
➔ Teste intradérmico de montenegro
● Utilizado para vigilância epidemiológica, logo,
NÃO faz diagnóstico;
● Reação em área de epiderme, em que se aplica o
protozoário inativo;
● Fase aguda da doença há consumo de
anticorpos → Exame falso negativo;
Tratamento:
HOSPITALAR
➔ Antimoniais pentavalentes:
- Antimoniato de N-metil- glucamina (Glucantime);
- Estibogluconato de sódio (Pentostan);
- Primeira escolha;
- EA: Artralgias, mialgias, dor abdominal, náuseas e
vômitos, pancreatite e morte súbita por taquiarritmias
ventriculares (raro);
➔ Anfotericina B:
- Antifúngico;
- Segunda opção;
- Principal EA: Nefrotoxicidade (CI em IR);
➔ Antibioticoprofilaxia:
- Prevenção de infecções bacterianas secundárias a
neutropenia;
- Ce�riaxona + Oxacilina;
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR:
Proliferação da Leishmania pelo tecido cutâneo via vasos linfáticos, com
reação inflamatória local, evoluindo para lesões de pele e/ou mucosas;
Causada por 2 subtipos de leishmania:
- Leishmania braziliensis;
- Leishmania amazonensis;
Lesões variam em relação com subtipo de Leishmania e resposta
humoral:
Forma cutânea localizada:
➔ Lesões ulcerosas localizadas em membros, face e tronco;
➔ Borda elevada, bem definida e com fundo granuloso;
➔ Geralmente, indolores;
Mayra Alencar
➔ Podem espalhar e aumentar de tamanho, formando lesão de
grande tamanho;
Forma mucosa:
➔ Tendência a lesões em cavidade nasal e oral;
➔ Poder ser dolorosas;
➔ Destruição tecidual com evolução das lesões;
➔ Disfagia e odinofagia;
➔ Alterações na voz e na respiração;
Forma anérgica difusa ou nodular:
➔ Formação de nódulos que podem acometer todo o corpo;
➔ Tamanho variado, geralmente indolores;
Diagnóstico:
1) Anamnese e Exame físico;
2) Exames específicos:
- Raspado da lesão:
● Exame padrão ouro;
● Coleta de material da borda da lesão, e observa
a presença de amastigotas à microscopia;
- Cultura do material:
● Cultura de amostra da lesão com verificação da
presença do protozoário;
- Intradermorreação de montenegro:
● Fase aguda → risco de falso negativo;
Tratamento:
Hospitalar ou ambulatorial;
➔ Antimoniais pentavalentes:
- Antimoniato de N-metil- glucamina (Glucantime);
- Estibogluconato de sódio (Pentostan);
- Primeira escolha;
- EA: Artralgias, mialgias, dor abdominal, náuseas e
vômitos, pancreatite e morte súbita por taquiarritmias
ventriculares (raro);
➔ Anfotericina B:
- Antifúngico;
- Segunda opção;
- Principal EA: Nefrotoxicidade (CI em IR);
Mayra Alencar
➔ Isotionato de Pentamidina:
- Mecanismo de ação: Se une ao DNA do protozoário e
impede a divisão celular;
- EA: Boca amarga,náuseas,palpitações, dispneia;
➔ Imiquimod:
- Uso cutâneo;
- Mecanismo de ação: Estimula linfócitos T helper a
aumentar a produção de TNF, interferon gama e
interleucina 12, com ação sobre o protozoário;
- Melhor resultado se usado em associação;

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