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SINAIS E SINTOMAS 
Sinais: Manifestações objetivas reconhecidas por qualquer pessoa. Ex. Manchas na pele pode ser um sinal de 
alguma patologia e não somente o paciente consegue notar isso. 
Sintomas: São manifestações subjetivas anormais que somente o paciente consegue perceber. Ex. A dor é 
um sintoma que somente o paciente sabe que tem. 
 
SINAIS VITAIS: 
PRESSÃO ARTERIAL (PA): Sinal vital referente a pressão do sangue contra as paredes do vaso, é aferido 
com auxílio de instrumentos próprios (Esfigmomanômetro e Estetoscópio). 
PA Sistólica Diastólica 
Normal ≤ 120 ≤ 80 
Pré – Hipertesão 121 - 139 81 - 89 
Hipertensão estágio1 140 - 159 90 - 99 
Hipertensão estágio 2 160 - 179 100 - 109 
Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110 
• Manobra de Osler – Manobra utilizada para evitar insuflar mais que o suficiente o manguito do 
esfigmomanômetro no braço do paciente, evitando um falso positivo de hipertensão. Procede – se inflando 
o manguito e palpando o pulso radial do paciente, assim que não sentir mais o pulso radial marca a 
quantidade de mmHg insuflado e desinfla o manguito, aguarda 1 minuto e volta a insuflar o manguito, 
ultrapassando 20 mmHg do insuflado anteriormente, a partir daí faz-se o procedimento de aferição 
normalmente. 
• Fatores que Interferem: Idade, Estresse, Raça, Medicamentos, Ciclo circadiano, Condições do coração, 
Condições das artérias. 
 
 TEMPERATURA CORPORAL: Temperatura Corporal = Calor produzido – Calor perdido 
Temperatura Corpórea 
≥ 41 Hipertermia 
39,5 a 41 Febre Alta 
37,5 a 39,5 Febre 
36 a 37,5 Normal 
≤ 35 Hipotermia 
• Fatores que interferem: Hormônios, Exercícios físicos, Estresse, Infecções, Temperatura ambiente, 
Idade, Ciclo circadiano. 
 
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (FR): Refere-se à quantidade de vezes que uma pessoa inspira e respira o ar. 
Pulso 
Frequência 
em inc/min 
RN 30 a 60 
1 Ano 25 a 40 
5 Anos 25 a 32 
10 
Anos 
20 a 30 
Adulto 12 a 20 
 
 
Sons de Korotkoff – Sons auscultados através 
do estetoscópio no momento da aferição da 
pressão arterial, 5 fases, sendo a primeira mais 
forte, relacionada a sistólica e a última mais fraca, 
relacionada a diastólica. 
 
Locais de mensuração da temperatura: 
Retal – 36,0 a 37,5 
Oral – 36,0 a 37,4 
Axilar – 35,5 a 37,4 
Membrana timpânica (mais precisa) – 36,0 a 37,4 
 
Tipos de Respiração: 
Apneustica – Inspiração longa, expiração 
curta. 
Cheyne-Stokes – Rápidas, profundas, 
seguido de período de apneia. 
Kusmaul – Rápida, profunda, sem pausa 
e trabalhosa. 
 
PULSO: O pulso refere aos batimentos cardíacos, sua aferição é dada através da palpação das artérias 
distribuídas pelo corpo. 
Idade 
Frequência 
em bpm 
RN 140 a 160 
1 110 a 130 
5 90 a 115 
10 80 a 105 
Adulto 60 a 80 
 
ENTREVISTA: Instrumento para coleta de dados (Anamnese), é divido em 4 fases. 
Preparação: Preparar ambiente propício, rever informações do paciente, checar prontuário... 
Orientação: Apresentar-se ao paciente, informar e explicar sobre a entrevista, tirar dúvidas... 
Corpo da Entrevista: Etapa da Anamnese 
Fechamento da Entrevista: Esclarecer dúvidas, resumir os principais aspectos da anamnese. 
 
INSTRUMENTOS BÁSICOS ESSENCIAIS DA ENTREVISTA: 
Comunicação, Observação, Conhecimento Cientifico, Habilidades Críticas, Conhecimentos Básicos, 
Experiência. 
DIRETRIZES PARA UMA BOA ENTREVISTA: 
Concentração, Objetividade, Simpatia, Organização, Paciência, Habilidade Técnica, etc. 
ARMADILHAS DA ENTREVISTA: 
Fornecer falsa tranquilização; Dar conselhos não solicitados; Uso de autoridade; Uso de eufemismo; 
Distanciamento; Uso de jargão profissional; Falar muito e ouvir pouco... 
 
ANAMNESE: 
Dados Biográficos 
Queixa principal 
História patológica atual – PQRST 
História Patológica Pregressa 
Avaliação funcional e estilo de vida 
Revisão dos sistemas 
INFORMAÇÕES SUBJETIVAS 
Cefaleia (local, intensidade e tempo), Traumatismo, tontura/vertigem, lipotimia/síncope, convulsões, diplopia, 
zumbidos, tremores/movimentos involuntários, incoordenação, náuseas/vômitos, plegia, paresia, paresteria, 
distúrbios esfincterianos, disfasia, dislalia, afagia, disfagia, limitações das atividades diárias, riscos ambientais 
e ocupacionais. 
 
 
 
 
Locais de aferição: Temporal, 
Carotídeo, Braquial, Radial, Ulnar, 
Apical, Femoral, Poplíteo, Tibial 
posterior, Pedioso. 
 
S. NEUROLÓGICO - EXAME FÍSICO 
FUNÇÃO MENTAL: Despertar e conteúdo de consciência. 
Estímulos sonoros: 
Voz normal; 
Voz alta; 
Bater palmas. 
 
Estímulos físicos: 
Toque no paciente; 
Pressão no leio ungeal; 
Pinçamento no músculo trapézio; 
Pressão incisura supraorbitária. 
 
Cálculo: Pede para o paciente fazer um cálculo simples. 
Linguagem: Pede para o paciente repetir uma frase. 
Orientação: Pergunta o dia da semana, data, ano, onde mora, nome, idade, onde está no momento... 
Conhecimento: Perguntar sobre qualquer coisa que não seja privativo do paciente. 
Memória: 
Imediata: Perguntar sobre algo que aconteceu a pouco tempo, falar ao paciente quatro palavras distintas para 
ele repetir posteriormente. 
Recente: Perguntara sobre algo do dia anterior 
Remota: Perguntar sobre algo passado 
 
Escala de Glasgow: 
Abertura ocular: 1-4 
Resposta verbal: 1-5 
Resposta motora: 1-6 
• Escore mínimo 3, máximo 15 
• 3 – 8 Grave 
• 9 – 12 Moderada 
• 13 – 15 Leve 
 
FUNÇÃO MOTORA: Avalia o Tônus muscular, força muscular e tamanho do músculo. 
Inspeção e palpação do sistema motor: 
Tônus Muscular: Avalia o músculo em sua forma semicontraída, a fim de avaliar o sistema neuromuscular. 
Normalmente se apresenta com leve resistência e é uniforme ao movimento. 
Tamanho do músculo: Avalia-se o tamanho do músculo, definindo se está em condições de atrofia, hipotrofia, 
ou hipertrofia 
 
Força muscular: Avalia a força o músculo através o teste de Mingazzini, onde o paciente estende seus braços 
ou pernas e as mantém estendida por 1 minuto, em caso de enfraquecimento muscular o membro afetado sofre 
queda. O paciente também pode realizar contração nas mãos do enfermeiro, com aperto firme, forte e igual em 
ambas as mãos, em pacientes inconscientes, faz-se o estímulo doloroso. 
Grau 5: Força normal 
Grau 4: Movimentação normal com força muscular reduzida 
Grau 3: Consegue vencer a força da gravidade 
Grau 2: Não consegue vencer a força da gravidade, faz movimentos de lateralização 
Grau 1: Esboço de contração muscular (tenta e não consegue) 
Grau 0: Paralisia total do músculo. 
 
FUNÇÃO SENSORIAL: 
Trato Espinotalâmico – Temperatura, dor e tato. 
Temperatura: Tubo de ensaio quente e frio, o paciente identifica a qual é qual. 
Dor: Espetar o paciente nas extremidades com agulha de fino calibre. 
Tato: Chumaço de algodão no paciente. 
 
Trato da coluna – Vibração, Propioceptação, Discriminação tátil 
Vibração: Diapasão nas extremidades ósseas. 
Propioceptação: Perceber se o paciente acompanha movimento das mãos e se tem mobilidade vertebral. 
Discriminação tátil: 
Esteriognosia: Identificar objetos com os olhos fechados. 
Grafestesia: Identificar escrita em mão 
Disfunção cerebelar: Tocar em dois pontos do paciente para verificar se o mesmo identifica os locais. 
 
FUNÇÂO CEREBELAR: Quando afetada, atrapalha a marcha. 
Teste de marcha: Primeiramente o profissional avalia a marcha normal do paciente depois pede que ele ande 
com um pé afrente do outro e o profissional avalia se há plegia, equilíbrio, coordenação, etc. 
Teste de Romberg: Paciente em posição ortostática, fecha os olhos e o enfermeiro avalia o equilíbrio. 
Teste de Mingazzini: Com o paciente em pé, sentado ou deitado, o avaliador pede que ele estenda os braços 
ou as pernas e mantenha por um minuto, o membro que houver alguma redução da força tende a cair. 
Teste do dedo – Paciente deve tocar o dedo do examinador enquanto ele movimenta a mão. 
Teste do dedo nariz – Paciente em posição ortostática estende seus braços lateralmente, posiciona os pés 
juntos e comos olhos fechados, deve tocar o nariz de forma alternada. 
Movimentos Rápidos Alternados – Paciente deve acompanhar um padrão de movimentos criado pelo 
examinador. (Escravos de Jó) 
Teste calcanhar canela – Paciente deve posicionar a região do calcâneo na região tibial, formando um 4 
 
 
 
TESTE DE NERVOS CRANIANOS E SEMIOTÉCNICA DE EXAME. 
1 – Nervo Olfatório: 
Nervo responsável pela percepção de aromas na mucosa nasal. Deve-se observar possíveis obstruções como 
desvio de septo, fraturas e presença de secreção. Teste: De olhos fechados o paciente tenta identificar aromas 
diferentes, uma narina de cada vez. 
Hiposmia: Redução do olfato 
Anosmia: Ausência do olfato 
2 – Nervo Óptico: 
Nervo que forma o quiasma óptico (fibras nervosas de cada retina). Teste: Paciente mantém os olhos fixos em 
um ponto e o enfermeiro posiciona os dedos indicadores juntos na frente do nariz do paciente e afasta devagar 
até o paciente não ver mais. 
Acuidade Visual: Paciente tenta enxergar letras a 6 metros. 
3 – Nervo Óculo-motor: 
4 – Nervo Troclear: 
6 – Nervo Abducente: 
Nervos 3,4 e 6 responsáveis pelo movimento dos olhos, distúrbios nesses nervos pode causar dilatação pupilar, 
com perda de reflexo luminoso, diplopia, ptose palpebral, estrabismo. Teste: Movimentos extraocular, reflexo 
pupilar e reflexo palpebral. 
5 – Nervo Trigêmeo: 
Nervo misto, com raiz motora e sensitiva. Possui 3 ramos a raiz sensitiva: Oftálmica, Maxilar e Mandibular. 
Teste: passar chumaço de algodão no rosto do paciente para examinar sensibilidade, pedir para o paciente 
tentar abrir a boca enquanto o examinador tenta mantê-la fechada, palpar músculo temporal e pedir para o 
paciente apertar os dentes. 
7 – Nervo Facial: 
Inerva a maioria dos músculos da face. Possui função sensitiva = teste dos sabores e função motora = Teste 
espetando o rosto do paciente. 
Teste: estimular movimentos faciais = assobiar, franzir a testa. 
8 – Nervo Vestíbulo-coclear: 
Duas funções: Teste de acuidade auditiva e equilíbrio 
Teste da voz sussurrada: Paciente fica a um metro de distância, o examinador começa a falar normalmente e 
vai diminuindo o volume. Teste de Rinne e Weber com diapasão. 
Teste de equilíbrio: O paciente move a cabeça para frete e para trás, para um lado e para o outro. 
9 – Nervo Glossofaríngeo: 
Responsável pela deglutição, salivação e paladar. 
Teste: Inspecionar úvula, deve estar centralizada. 
10 – Nervo Vago: 
Reflexo do vômito, fala e sensibilidade da garganta. 
Teste: Com a espátula, abaixo a língua do paciente e peço para que emita um som de (ah), observa-se a úvula, 
testar reflexo do vômito e sensibilidade para deglutir. 
 
 
 
11- Nervo Acessório: 
Relacionado a deglutição e movimento da cabeça. Teste: Com as mãos nos trapézios, o paciente se mantém 
sentado e peço para que ele tente levantar fazendo força contrária, o paciente deve fazer rotação com a cabeça. 
12 – Nervo Hipoglosso: 
Responsável pelo movimento da língua. Teste: pedir para o paciente mover a língua para todos os lados, para 
cima e para baixo. 
 
TESTES DE REFLEXO 
Reflexo pupilar: Passar a luz da lanterna de fora para dentro, com a luz a pupila faz miose. Pupilas do mesmo 
tamanho: Isocóricas. De tamanhos diferentes: Anisocóricas. 
Reflexo Córneo Palpebral: Passar pedaço fino de algodão na pálpebra inferior. 
Reflexo óculo cefálico: Mover a cabeça do paciente de um lado para o outro e os olhos o paciente devem 
acompanhar o movimento da cabeça. 
Reflexo bicipital: Com o braço relaxado apoiado o enfermeiro percute com o martelo buck de reflexos 
neurológicos na articulação do polegar, deve causar flexão do antebraço ou contração do bíceps. 
Reflexo patelar: Com as pernas relaxadas e livres o enfermeiro utiliza o martelo buck de reflexos neurológicos 
para percutir no tendão patelar, observa-se leve extensão da perna. 
Reflexo tricipital: Com o braço em abdução, manter antebraço relaxado e percutir com o martelo buck no 
tendão tricipital, observa-se extensão do antebraço. 
Reflexo braquiorradial: Sustentando o antebraço do paciente sobre o braço do avaliador, utilizar o martelo 
buck percutindo a 3 dedos do processo estiloide do rádio, observa-se leve desvio do punho e pronação do 
antebraço. 
Reflexo aquileu: Com o paciente sentado com as pernas livres, localiza-se o tendão aquileu, com a mão não 
dominante apoia a planta do pé e com o martelo buck faz-se percussão sobre o tendão, observa-se flexão 
plantar. 
Reflexo abdominal: Com o paciente em decúbito dorsal e abdome relaxado, faz-se estímulo na direção do 
umbigo, observa-se contração dos músculos abdominais e deslocamento do umbigo para o lado estimulado. 
Reflexo cremastérico: Com paciente em decúbito dorsal, o examinador faz estímulo em região proximal da 
coxa, próximo ao escroto, observa-se elevação do escroto, do lado do estímulo. 
Reflexo de Babinski: Com o paciente em decúbito dorsal e pernas estendidos o avaliador executa estímulo 
na face plantar do pé a ser avaliado, se positivo ocorre a extensão do hálux, com os demais dedos em forma 
de leque. 
Teste de rigidez de nuca: Com o paciente em decúbito dorsal, o examinador tenta encostar o mento na região 
do esterno. 
Sinal de Brudzinski: Com o teste de rigidez de nuca o avaliador examina se durante o teste o paciente flexiona 
os MMII. 
Sinal de Kerning: Paciente em decúbito dorsal, perna fletida frontalmente a 90º, o avaliador faz extensão 
passiva da perna, onde em casos de irritação meníngea o paciente tem resistência ao movimento e sente dor.

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