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Exame Neurológico COMPLETO

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1 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
Exame Neurológico 
 
 
AVALIAÇÃO DO EQUILIBRIO 
EQUILIBRIO DINÂMICO (MARCHA) 
 Avaliar a marcha e o balanceio dos braços pedindo o paciente para andar até a porta e 
voltar (avaliar base da marcha que é a distância entre os pés, altura em que o paciente 
levanta o pé para andar, para onde ele olha). 
 Paciente descalço 
 Verificar se o paciente tem dificuldade em manter-se em pé ou dar a volta. 
 Pedir ao paciente para andar nas pontas dos pés/calcanhares e pé ante pé na linha do 
piso; “Na marcha normal é o individuo que se desloca, na marcha patológica é a doença 
que define o andar”. 
Alargar a base = estratégia para melhorar o equilíbrio quando este está comprometido, e 
qualquer afastamento pode ser um sinal precoce de disfunção; 
Encurtamento da passada = pode ser o primeiro sinal de doença bifrontal ou extrapiramidal; 
Em casos de fraqueza 
muscular, é comum ver 
movimentos excessivos dos 
quadris; 
TIPOS DE MARCHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
 
 
 
 
 
 
 
EQUILÍBRIO ESTÁTICO 
 TESTE DE ROMBERG 
Paciente de pé, pede para juntar os pés e encostar os braços no corpo, e olhar fixamente na 
mesma altura do examinador durante 30s; 
Pedir ao paciente para fechar os olhos, o examinador deve se posicionar ao lado do paciente 
para evitar quedas, observa se o paciente tem tendência a queda e para qual lado, observar 
também os tendões dos pés porque o paciente pode ter uma déficit de propriocepção e para 
manter o equilíbrio os tendões da musculatura dos membros inferiores da região distal, começa 
a contrair (dança dos tendões), observar durante 30s; 
Romberg positivo: paciente tende a queda 
Sensibilizar o teste: pedir para colocar o pé na frente do outro e braços cruzados no ombro. 
Avalia propriocepção. 
DICAS IMPORTANTES 
Toda vez que o equilíbrio ou a marcha tiver um padrão muito pior com olhos fechados do que 
com os olhos abertos, pensar em distúrbio sensitivo (propriocepção); 
Distúrbios Cerebelares: 
 Causam alteração da coordenação associados que serão unilaterais em casos de 
acometimento do lobo cerebelar; 
 É comum a presença de disartria e nistagmo; 
 Paciente tende a cair ou pender para o lado acometido; 
Distúrbios Vestibulares: 
 Tendem a ser unilaterais; 
 Queixas de vertigem; 
 Paciente tende a cair ou pender para o lado acometido; 
 Comumente há nistagmo e não há disartria; 
Alterações extrapiramidais cursam comumente com algum dos sintomas de parkinsonismo: 
rigidez, bradicinesia, tremor de repouso e instabilidade postural; 
 
3 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
Alterações do sistema piramidal são vistas na avaliação motora com padrão de fraqueza 
diversos, tendo ou não acometimentos dos reflexos; 
MOTRICIDADE 
 
 
Lesão no neurônio motor superior  lesão no sistema piramidal 
Como examinar? 
 Movimentos ativos; 
 Tônus muscular (hipotonia/hipertonia): tensão em um músculo 
que está relaxado ou a resistência que esse músculo exerce a 
um movimento passivo na ausência de contração voluntária; 
Rigidez elástica (sinal do canivete): quando a gente puxa o braço, ele 
volta logo para o lugar – Sistema piramidal. 
Rigidez plástica (sinal da roda dentada): “engrenagem” – Sistema 
extrapiramidal 
 Trofismo 
 Força muscular: Testar ambos os membros, distal e proximal, 
contra a resistência. 
Paresia = diminuição da força ou fraqueza; 
Plegia = ausência de contração muscular ou paralisia; 
 
 
 
 
 
 
 
Nos graus do MRC, qualquer nível abaixo de 5 denota fraqueza significativa e, abaixo de 4, 
fraqueza grave; 
MANOBRAS DEFICITÁRIAS 
Pacientes com lesões leves podem ter força normal em exames de rotina; 
O déficit neurológico pode ser detectado por manobras deficitárias > manobras de 
sensibilização; 
VOLUNTÁRIA – sistema piramidal/corticoespinal; 
 
4 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
1. MANOBRA DE MINGAZZINI 
Manobra de Mingazini MMSS: 
paciente sentado faz extensão 
dos braços e faz flexão de punho, 
o examinador se posiciona ao 
lado do paciente e observa se há 
queda de algum dos membros. 
Manobra de Mingazini MMII: 
Flexão de coxa e quadril em 90º e 
pede ao paciente para manter 
nessa posição, e observar se há 
tendência a queda por 60s. 
2. MANOBRA DE BARRÉ 
Com o paciente em decúbito ventral, as 
pernas são fletidas em ângulo reto sobre as 
coxas; 
Quando há déficit motor > ocorre queda 
progressiva da perna (déficit dos músculos 
flexores); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
 
Responsável por movimentos automáticos, por facilitar movimentos voluntários e por inibir 
movimentos indesejados; 
 Lesões não provocam paralisias, mas sim movimentos involuntários anormais 
(hipercinesias, tremores, coreia, atetose e balismo); 
 Aumento dos efeitos inibitórios > Distúrbios Hipocinéticos > parkinsonismo; 
 Diminuição da inibição > Distúrbios Hipercinéticos > coreia, hemibalismo e distonia. 
 
 
INVOLUNTÁRIA – sistema extrapiramidal; 
 
6 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
Coordenação motora 
Cerebelo: centro de coordenação motora 
 Paleocerebelo – vérmis (motricidade automática/tônus postural e cinético) 
 Neocerebelo – Hemisférios cerebelares (motricidade voluntaria) 
 Arquicerebelo – equilíbrio 
Exploração 
I. Estática – Sinal de Romberg (feito para testar propriocepção mas 
pode indicar acometimento cerebelar) 
II. Dinâmica – Marcha/prova index nariz/calcanhar joelho. 
 TESTE INDEX-NARIZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TESTE CALCANHAR-JOELHO-TÍBIA 
 
7 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
Exame Neurológico 
 TESTE DOS MOVIMENTOS ALTERNADOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENSIBILIDADE 
EXAME DA SENSIBILIDADE 
Classificação 
1. Especial (visão, audição, olfação e gustação) e Somáticas. 
2. Clínico: Superficial (Tátil, térmica, dolorosa) e Profundas (Palestésicas ou vibratórias, 
cinético-postural, barestésica, estereognósica). 
ANAMNESE 
Queixas senstivas: 
 Alodinia (sente muita dor neuropática, em queimação, piora em periodo noturno, 
desencadeado por algo que não geraria dor) 
 Analgesia 
 Anestesia (perde a sensibilidade) 
 Hipoestasia ( sensibilidade diminuida) 
 
8 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
 Parestesia (sensibilidades desconfortaveis como dormencia e formigamentos) 
 Disestesia (qualquer disfunção de sensibilidade) 
 Hiperpatia (aumento do estimulo doloroso) 
 Astereognosia (reconhecer somente pelo tato) 
Sintomas Negativos: dormência, hipoestesia, anestesia. 
Sintomas Positivos: dor, parestesia; 
EXAME FÍSICO 
Tem como objetivo o diagnóstico topográfico, feito em etapas. Deve-se explicar ao paciente 
previamente. 
Pesquisa metódica/comparativa; Fazer com o paciente com os olhos fechados e não 
sugestionar o paciente (quando você sentir, voce me avisa) 
Material: Diapasão, algodão, microfilamentos, palitos, tubos de ensaio. 
 TÁTIL PROTOPÁTICO - grosseiro, lento e impreciso. 
Utiliza algodão, cotonete, escova, ponta dos dedos. 
Comparar: Direito e esquerdo/ proximal e distal/ nível sensitivo/ 
Centro e periferia. 
Começa o teste em lugares que não tem queixa. Ex: queixa de 
perda de sensibilidade na mão, começa o exame encostando o 
algodão na face, pede para o paciente fechar os olhos, e quando 
sentir algo relatar. 
Ex: Manchas de hanseniase começa testando do centro para a periferia. 
 TÁTIL EPICRÍTICO - é preciso, rápido, discriminativo e apresenta uma representação 
espacial detalhada. 
Grafestesia: pega uma caneta e desenha um numero ou letra na 
palma da mão do paciente, sem ele visualizar e pede ele para 
identificar. Ir diminuindo gradativamente o tamanho das letras e 
numeros. Testar sempre os dois lados. 
Estereognosia: coloca um objeto, como moeda, chave e pede o 
paciente para identificar sem ver. Testar os dois lados. 
Distinção entre dois pontos: Com um compasso,dois palitos ou 
diapasão, marca-se dois pontos e vai diminuindo a distancia entre 
eles, pede para o paciente relatar até que ponto ele consegue 
distinguir esses dois pontos. Em diferentes partes do corpo, essa 
distancia é diferente. 
 TÉRMICA 
Colocar em dois tubos substancias com temperaturas diferentes e comparar em regioes direita e 
esquerda, proximal e distal. 
 
9 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
 DOLOROSA 
Utilizar algo pontiagudo para picar e perguntar ao paciente o que ele sente e testar 
comparando as regiões. Utilizar a mesma precisão em ambas as regiões. 
 VIBRATÓRIA OU PALESTESIA 
Utilizar o diapasão (128), segurando na base e encostar nas saliências ósseas e encosta a base 
nessas extremidades. Perguntar ao paciente se ele sente vibrando. Comparar as regiões. 
 CINÉTICO OU POSTURAL 
Coloque o membro em uma posição e solicitar ao paciente para colocar o contralateral na 
mesma posição, ele estando com os olhos fechados. Isso é chamado de batiestesia. 
Ex: Pede ao paciente para realizar a flexão de um dos braços e cerrar o punho/fazer um legal, 
pede para ele fechar os olhos e repetir o mesmo movimento com o outro braço. 
Posição do dedo: Segura na base do hálux, e faz movimentos de flexão e extensão, pede ao 
paciente que quando você pare o movimento, ele diga se o dedo está para cima ou para 
baixo. 
Teste de Romberg: paciente posiciona-se de pé com os pés juntos e observa se tem queda ou 
movimento para algum lado. 
 
ALTERAÇÕES GERAIS DA SENSIBILIDADE 
 Déficit em um território de nervo/raiz: MONONEUROPATIA/RADICULOPATIA. 
 
 Déficit em padrão de botas e luvas (perde a sensibilidade das mãos e pés): 
POLINEUROPATIA. Se for um déficit de posição/vibratória é de Fibras Grossas. E se for 
Nociceptiva/termestesia é de Fibras Finas. 
 
 Déficit abaixo de um determinado ponto 
(nível sensitivo): LESÃO MEDULAR. 
 
 Déficit cruzado: TRONCO CEREBRAL; 
 
 Déficit dimidiado, incluindo a face: 
TALÂMICO. 
 
 Déficit dimidiado: CÓRTEX 
 
10 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
REFLEXOS 
Não depende da atenção ou cooperação do 
paciente; 
2 tipos de reflexos: Reflexos musculares ou profundos 
e Reflexos Cutâneo mucosos ou superficiais. 
Arco reflexo: o estimulo segue pelo neurônio sensitivo 
até a medula que envia impulsos nervosos pelo 
neurônio motor até o musculo do membro que 
efetua o movimento; 
 
 
Reflexos profundos 
São manifestações físicas do reflexo miotatico de tração; 
Martelo de percussão; 
A eficácia depende do local e da velocidade. E o paciente deve estar relaxado. 
Classificação: 
 
Observar a amplitude do movimento, a área do reflexo e a simetria. 
 FACE (AXIAIS DA FACE) 
GLABELAR: posiciona-se posterior ao paciente e faz movimentos na 
glabela. Via aferente: ramo oftálmico do trigêmeo; 
ORBICULAR DA BOCA: movimento com martelo na parte superior dos 
lábios. 
MENTONIANO: movimento de elevação do queixo. 
 
0: abolidos 
I: diminuído (amplitude pequena) 
II: normal 
III: vivo (amplitude alta, mas área normal) 
IV: exaltado (amplitude alta e área exacerbada) 
Não confunda arco reflexo com ato reflexo. Ato reflexo é o movimento da perna, enquanto 
arco reflexo é o trajeto em forma de arco que o impulso nervoso faz. 
 
11 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
 MMSS 
REFLEXO BICIPITAL (C5-C6): Braço relaxado, com o antebraço a 
meio caminho entre flexão e extensão e levemente pronado. 
Repousa o cotovelo na nossa mão. Palpa o tendão do bíceps e 
coloca a nossa falange distal do polegar sobre o tendão do bíceps 
e percute. Resposta adequada: flexão do antebraço com discreta 
supinação. 
 
 
REFLEXO TRICIPITAL (C6-C8): com o braço sustentado 
pelo examinador, percute o tendão do tríceps, logo 
acima do olecrano. Resposta normal é a extensão do 
antebraço. 
 
 
RELEXO BRAQUIORADIAL OU ESTILORADIAL (C5-C6): Realiza a 
percussão no processo estiloide do rádio, estando o antebraço em 
semiflexão e levemente pronado. Resposta normal: flexão com 
supinação do antebraço. Exaltado: flexão do punho e dos dedos 
com adução do antebraço. 
 
REFLEXO FLEXOR DOS DEDOS (C8-T1): 
Manobra de Watenberg - Com o 
antebraço em semiflexao e supinação 
e os dedos em leve flexão. O 
examinador coloca seus dedos médios 
e o indicador sobre a superfície palmar 
das falanges dos pacientes e percute 
os seus próprios dedos. 
 
 
 
Manobra de Hoffman: A falange media do dedo médio do 
paciente é fixada entre o segundo e terceiro dedo que 
com seu polegar determina a flexão brusca da última 
falange do paciente, pressionando e relaxando-se 
subitamente. A resposta é a contração dos músculos 
flexores do dedo. 
 
12 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
Manobra de Troemer: percussão brusca da polpa dos dedos médios 
e indicador do paciente com o seu próprio dedo médio. 
 
 
 
 MMII 
REFLEXO PATELAR (L3-L4): Paciente sentado ou em 
decúbito dorsal, mas o joelho deve estar fletido. Realizar 
a percussão logo abaixo da patela. Resposta normal é 
uma extensão da perna por contração do quadríceps 
femoral. Manobra de reforço: Jendrassik (paciente junta 
as mãos e faz força puxando). 
 
 
REFLEXOS ABDUTORES DA COXA (L3-L4): Pode ser observado 
simultaneamente (púbis) ou isoladamente (percussão sobre o 
côndilo interno do fêmur). Com o paciente sentado ou em 
decúbito dorsal com as pernas fletidas e os pés apoiados na 
superfície da cama. 
 
REFLEXOS AQUILEU (S1-S2): 
Com o pé colocado em 
ângulo reto, percute-se o 
tendão de Aquiles e obtém 
contração dos músculos 
gêmeos e sóleo com uma 
flexão plantar. Com o paciente sentado, o examinador deve 
exercer com a mão livre, um ligeiro movimento de flexão 
dorsal do pé para obter algum grau de estiramento do 
tendão. 
 
REFLEXOS SUPERFICIAIS 
 MMSS 
REFLEXO PALMOMENTONIANO: Este reflexo se caracteriza 
pela contração do mento/orbicular da boca em 
resposta a um estimulo cutâneo homolateral na região 
tenar em direção ao polegar. Assimetria: lesão 
frontal/cortical difuso. 
 
13 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
 ABDOME 
REFLEXO CUTANEO ABDOMINAL SUPERFICIAL: Estimulação 
mecânica da cicatriz umbilical para periferia, em movimentos 
centrípeta/centrifuga e promove contração dos músculos 
abdominais, resultando em desvio lateral do umbigo. 
 MMII 
 
 
REFLEXO CREMASTÉRICO (S1): O estimulo proximal e ao longo 
da face interna das coxas provoca a contração do musculo 
cremaster homolateral (elevação da bolsa escrotal); 
 
REFLEXO CUTANEOPLANTAR (Sinal 
de Babinsk): O estimulo plantar, 
com um objeto de ponta romba, 
passando pela borda externa, 
desde o calcanhar até a porção 
media do coxin dos metatarsos terminando na base do hálux. 
Resposta esperada no adulto: flexão do halux e demais dedos. A 
extensão plantar é o sinal de babinsk, e pode significar lesão de 
neurônio motor superior. 
 
ALTERAÇÕES DE REFLEXOS 
 Hiperreflexia (grau IV): SÍNDROME DO NEURÔNIO MOTOR 
SUPERIOR – CORTICAL/MEDULAR. 
 Hipo/arreflexia (grau I/0): SINDROME DO NEURÔNIO MOTOR INFERIOR (RAIZ/NERVO 
PERIFÉRICO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
 Exame Neurológico 
 
 
NERVOS CRANIANOS: 
 Há 12 nervos cranianos; 
 Eles têm origem no trono encefálico ou 
se dirigem para ele, com exceção dos dois primeiros (não têm 
características morfológicas de nervo, e sim de tecido cerebral) 
e do ramo externo do XI (origem na medula cervical); 
Exclusivamente sensitivo; 
As impressões olfatórias são recolhidas pelos receptores da 
mucosa nasal e conduzidas aos centros corticais da olfação, 
situados nos hipocampos, após atravessarem os dois lobos 
frontais; 
Entrevista Clínica = interrogar sobre traumatismo cranioencefálico prévio, história de tabagismo, 
infecção de via aérea superior recente, comorbidades, nutrição e exposição a toxinas; 
Paciente pode queixar-se de perda do paladar; 
Exame da Olfação: empregar substâncias com odoresconhecidos = café, canela, cravo, 
tabaco, álcool etc; 
De olhos fechados, o paciente deve reconhecer o aroma que o examinador colocar diante de 
cada narina; 
Quando são afastadas as condições que impedem o reconhecimento do odor (resfriado 
comum, atrofia da mucosa), as alterações 
deficitárias (hiposmia e anosmia) ganham 
maior significado clínico; 
Hiposmia e Anosmia dependem de distúrbios 
neurológicos (sífilis nervosa, fratura do andar 
anterior da base do crânio e neoplasia da 
goteira olfatória); 
Alterações da olfação por lesões corticais: 
 Parosmia = perversão do olfato; 
 Alucinações olfatórias; 
 
15 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
 Cacosmia = sensação olfatória 
desagradável na ausência de qualquer 
substância capaz de originar odor; 
1) Percebe o cheiro? (indica continuidade da via) 
2) Qual cheiro? (indica função cortical intacta) 
 
Exclusivamente sensitivo; 
Via óptica: Retina >> Nervo óptico >> Trato óptico >> Corpogeniculado lateral >> Trato 
geniculocalcarino (radiação óptica) >> Córtex visual (Occipital). 
Nosso campo visual é basicamente dividido em dois, uma parte temporal e a parte nasal. O 
campo visual temporal, ele é captado pela retina nasal, e o campo visual nasal é captado pela 
retina temporal. 
A manifestação do paciente depende de onde é 
a lesão na via optica. 
Lesão em A (nervo óptico): perde a visão 
completa do lado direito (amaurose). 
 
16 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
Lesão em B (quiasma óptico): perde parte da visão dos dois lados (hemianopsia heterônima 
bitemporal). O quiasma pode ser comprimido pela hipófise. 
Lesão em C: vai ter uma hemianospsia nasal do olho direito. 
Lesão em D (trato óptico): como ocorre no AVC, onde junta fibra nasal do olho direito e remporal 
do esquerdo, o paciente tem uma hemianopsia homônima. 
Lesão em E (radiações ópticas): manifesta com uma quandrantopsia. 
ACUIDADE VISUAL 
Acuidade visual é o grau de aptidão do olho para 
discriminar a forma e o contorno dos 
objetos, por meio do reconhecimento de dois pontos 
próximos; 
Usa-se a Escala de Snellen, na qual em cada linha, na 
lateral esquerda da tabela, existe um 
número 
decimal, 
que 
corresponde 
à medida 
da 
acuidade visual; 
Pede-se ao paciente que diga o que vê na sala de 
exame (na parede, na mesa) ou leia alguma coisa; 
Examina-se cada olho em separado; 
Ambliopia = diminuição 
Amaurose = abolição; 
Tanto ambliopia quanto amaurose podem ser uni 
ou bilaterais e costumam ser causadas por neurite 
óptica, neoplasias e hipertensão intracraniana; 
 
17 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
CAMPO VISUAL 
É o limite da visão periférica; 
Teste de Confrontação; 
Sentado, o paciente fixa um ponto na face do 
examinador, postado à sua frente; 
Examinador desloca um objeto nos sentidos 
horizontal e vertical, e o paciente dirá até que 
ponto está “percebendo” o objeto nas várias 
posições; 
Cada olho é examinado separadamente; 
Avaliação do campo visual ou Campimetria; 
FUNDOSCOPIA 
Oftalmoscópio; 
Podem ser reconhecidos o tecido nervoso (retina e papila 
óptica) e os vasos (artérias, veias e capilares); 
Alterações: 
 Palidez da papila = atrofia do nervo óptico; 
 Edema de papila = inflamação do nervo ou 
hipertensão intracraniana; 
 Modificações das arteríolas = hipertensão 
arterial. 
 
18 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
 
REFLEXO FOTOMOTOR 
Pupila é examinada por meio de um feixe luminoso e 
pela convergência ocular; 
Em ambiente de pouca luminosidade; 
Paciente deve olhar para um ponto mais distante; 
O examinador incide o feixe de luz em uma pupila e 
observa a resposta nos dois lados; 
❖ Reflexo Fotomotor Direto = contração da pupila na 
qual se fez o estímulo; 
❖ Reflexo Motor Indireto ou Consensual = contração da 
pupila oposta; 
❖ Reflexo de Acomodação = aproxima-se dos olhos um objeto e as pupilas se contrairão 
normalmente; 
São examinados em conjunto, pois inervam os vários músculos que têm por função a motilidade 
dos globos oculares; 
❖ Músculos: 
 Reto Medial, Reto Superior, Reto Inferior e 
Oblíquo Inferior (N. Oculomotor); 
 Oblíquo Superior (N. Troclear); 
 Reto Lateral (N. Abducente); 
O III nervo inerva também a musculatura elevador 
da pálpebra; 
OS4RL6: Oblíquo Superior IVN, Reto lateral 
VI. O resto é inervado pelo III. 
 
19 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
MOTILIDADE EXTRÍNSECA: 
❖ A posição do globo ocular é dada pelo funcionamento harmônico dos vários músculos; 
❖ Caso haja predomínio de um deles (paresia ou paralisia de seu antagonista), ocorre 
estrabismo (desvio do olho de seu eixo normal); 
❖ Estrabismo pode ser horizontal (convergente ou divergente) ou vertical (superior ou inferior); 
❖ Na presença de estrabismo, pelo menos na fase inicial, o paciente reclama de visão dupla ou 
diplopia; 
❖ Exame é feito em cada olho separadamente e, depois, simultaneamente; 
❖ Paciente com a cabeça imóvel, o examinador solicita a ele que desloque os olhos nos 
sentidos horizontal e vertical; 
❖ No exame simultâneo, acrescenta-se a prova de convergência ocular, que é feita 
aproximando gradativamente um objeto dos olhos do paciente; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
Nervo misto, constituído de várias raízes; 
RAIZ MOTORA: 
Nervo Mastigador; 
Inervam os músculos destinados à mastigação = 
temporal, masseter e pterigoideos (lateral e medial); 
RAIZ SENSITIVA: 
Nervo Oftálmico, Maxilar e Mandibular; 
Paciente deve estar com os olhos virados para 
o lado oposto, a fim de perceber o 
menos possível a prova; 
A resposta normal é a contração do orbicular 
das pálpebras = Reflexo Córneo-palpebral; 
Causas de alterações do trigêmeo = 
herpeszoster, traumatismo e neoplasias; 
Comprometida a raiz sensitiva, o paciente vai 
referir dor, limitada à área correspondente à 
sua 
distribuição
; 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
 Motora: musculatura mimica da face; 
 Autonômica: glândulas lacrimais 
 Sensitiva: gustação 2/3 ant. da língua/pavilhão auditivo 
Exame: 
Solicita-se ao paciente enrugar a testa, franzir os supercílios, fechar 
as pálpebras, mostrar os dentes, abrir a boca, assobiar, inflar a 
boca e contrair o platisma ou músculo cutilar do pescoço; 
Quando o paciente tem paralisia do andar superior e inferior da 
face você tem uma paralisia periférica, se só a boca desviar, 
paralisia central. Isso porque a parte superior da face tem 
representatividade cortical bilateral; 
 
 
 
 
 
22 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
Exclusivamente sensitivo; 
 É constituído por duas raízes = coclear (audição) 
e vestibular (equilíbrio); 
No exame neurológico de rotina, faz-se apenas 
uma exploração mais ou menos grosseira das 
duas raízes; 
RAIZ COCLEAR: 
❖ Métodos de avaliação: 
 Diminuição gradativa da intensidade da 
voz natural; 
 Voz cochichada; 
 Atrito suave das polpas digitais próximo à 
orelha; 
 Prova de Rinne; 
 Teste de Weber; 
 Hipoacusia: Perda auditiva parcial; 
Hiperacusia: é a percepção anormal de Sons, 
frequente na paralisia do Músculo estapédio 
devido a Distúrbios que afetam o nervo facial / 
Pode ocorrer em distúrbios Psiquiátricos e como 
aura na crise Epiléptica e na enxaqueca; 
Anacusia: perda auditiva completa; 
Presbiacusia: perda auditiva neurossensorial 
Progressiva com o aumento da idade, Sobretudo 
em altas frequências; 
Disacusia: diferença na altura ou intensidade 
do Mesmo som ouvido nas duas orelhas; 
Fonofobia: aversão a sons, sobretudo sons 
altos, Comum na enxaqueca; 
 
 
 
 
 
 
23 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
RAIZ VESTIBULAR: 
❖ Métodos de avaliação: 
 Equilíbrio estático (Teste de Romberg); 
 Equilíbrio dinâmico: 
Pedir para o paciente andar 10 passos para e para trás, 
cinco vezes e com olhos fechados. Quando o 
problema está de um lado vestibular, ele começa a 
andar mais para esse lado,desenhando uma “estrela” 
no chão. 
 Pesquisa de nistagmo; 
Manobra de Dix-Halpike: essa manobra diagnostica 
Vertigem Paroxística Benigna, que é um problema do 
sistema vestibular (labirinto), sendo uma das principais 
causas de tonturas das vertigens. Posiciona o paciente 
sentado com as pernas em cima da maca, com o 
examinador atrás do paciente lateraliza a cabeça 
para o lado, faz um movimento rápido de descida e 
inclinação para trás e observa durante 30s se há 
presença de nistagmo. 
 Teste do estimulo calórico; 
Com o paciente em decúbito dorsal com a cabeceira 
elevada 30º, irriga-se o conduto auditivo com 50ml de 
agua fria por 60s. Observar se ocorre desvio tônico dos 
olhos para o lado estimulado (obs: quente – lado 
oposto). Esperar 5 minutos para testar lado 
contralateral. 
 Teste do impulso da cabeça; 
Segurando a cabeça do paciente sentado a sua frente com as 
duas mãos na região bitemporal, o examinador solicita que ele 
fixe na ponta do nariz e realiza um movimento de grande 
aceleração e de pequena amplitude. Neste momento, o 
examinador observa se os olhos mantem fixo no alvo. A 
existência de 
sácade para 
refixação significa 
diminuição do 
RVO. 
 
 
 
 
24 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
 Sensitiva: 1/3 posterior da língua 
 Parassimpática: inervação glândula parótida 
 Motora: elevação e dilatação da faringe junto com o nervo vago 
 
Como examinar? 
 4 sabores: doce, salgado, azedo e acido 
 1/3 posterior da língua: exteriorizar a língua, 
colocar um sabor de cada vez, seca com 
gazes entre um e outro, o paciente deve 
anotar o gosto experimentado. 
 Sensibilidade geral: tocar o 1/3 posterior da 
língua com o abaixador 
 Motora: palato mole/faringe e laringe 
(eferência nos reflexos de vômitos e tosse) 
 Fibras autonômicas parassimpáticas 
 Sensitiva: epiglote, laringe, faringe, conduto 
auditivo externo e área cutânea retroauricular. 
 
Como examinar? 
 Inspeção estática e dinâmica do 
palato (solicite o paciente que diga “aaaa” 
varias vezes e observar a elevação do 
palato/úvula, se há desvio, paralisação etc). 
 Reflexo do vomito: encosta o abaixador na região da faringe, de forma rápida. 
 
Ageusia: abolição do gosto 
Hipogeusia: diminuição do gosto 
Parageusia: perversão do gosto 
Disfagia: dificuldade de engolir 
Neuralgia do glossofaríngeo: dor em pontada na faringe. 
Disartria: distúrbio da fala por deficiência do aparelho de fonação (paralisia, ataxia, tremor ou 
espasticidade). 
 
25 Marcela Oliveira – Medicina 2021 
Exclusivamente motor; 
Inerva os músculos esternocleidomastóideo e a porção superior do 
trapézio; 
 Lesão do acessório por traumatismo, esclerose lateral amiotrófica ou 
siringomielia causa atrofia desses músculos, deficiência na elevação do 
ombro (trapézio) e na rotação da cabeça para o lado oposto 
(esternocleidomastóideo) do músculo comprometido; 
 Observar queda de escapula, 
que pode ser vista caso um 
ombro esteja mais baixo que o 
outro, ou solicitando o paciente 
para estender os braços e 
verificar a altura entre eles. 
 
Exclusivamente motor; 
Origina-se no bulbo e se dirige para os músculos da 
língua. 
 Inspeção estática: solicitar ao paciente que 
abra a boca, ainda com a língua no interior e 
observar se há desvios, atrofia (quando há paralisia, 
pode haver atrofia ipsilateral, pois são dois nervos) ou 
fasciculações que são contrações involuntárias. 
 Inspeção dinâmica: 
1) Solicitar ao paciente para 
exteriorizar a língua e realizar movimentos de 
lateralidade e verticalidade (se há desvio para o lado 
direito, o hipoglosso que está parado é o do lado 
direito, é sempre ipsilateral). Quando a língua retorna 
para a cavidade oral, a língua tende a ser puxada 
para o lado sã (nervo afetado do lado direito, língua 
desvia para a esquerda). 
2) Pede ao paciente que 
movimento a língua para baixo, para cima, e para 
ambos os lados, para verificar se há paresia. 
 Palpação: Solicitar ao paciente que empurre 
seu dedo com a língua dentro da cavidade oral, o 
examinador deve colocar o dedo na bochecha do 
paciente. Deve-se verificar tônus e trofismo.

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