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Infectologia - Tétano

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Mayra Alencar
TÉTANO
Conceito:
Doença infecciosa não contagiosa causada pelas toxinas liberadas
pelo Clostridium tetani, com ação principalmente sobre o SNC.
- Associada a ausência de profilaxia → Vacina antitetânica;
2 formas da doença:
1) Tétano neonatal → Transmissão vertical;
2) Tétano acidental → Transmissão via porta de entrada em pele;
Agente etiológico: Clostridium tetani
➔ Bacilo gram positivo, esporulado e anaeróbio;
➔ Encontrado na natureza (fezes, terra, plantas, águas putrefatas,
instrumentos cortantes e enferrujados, poeira de rua e pele);
➔ Encontrado na forma de esporo (resistência);
➔ Produção de toxinas:
- Tetanospasmina → Ação sobre o SNC;
Modo de transmissão:
➔ Ferimentos (superficiais ou profundos) com entrada de esporos
e presença de ambiente ideal para proliferação bacteriana (meio
anaeróbio);
➔ Principais porta de entrada:
- Trauma de MMII, queimaduras, pé diabético, úlceras,
infecções dentárias;
➔ Período de incubação: 10 dias;
Fisiopatogenia:
1) Contaminação com a bactéria através de ferimento com
material infectado →
2) Proliferação bacteriana local e liberação de tetanospasmina →
3) Tetanospasmina penetra no neurônio motor através da junção
neuromuscular →
4) Fluxo neuronal retrógrado até o corno anterior da medula
espinhal →
5) Penetra em neurônios inibitório produtores de GABA e interfere
na produção e liberação deste neurotransmissor →
6) Contrações musculares intensas e espasmódicas secundárias a
estímulos sensoriais;
Obs.:
- Umas vez que a toxina chega ao neurônio da medula,
permanece por longo período fixada a célula ( 3 semanas);
- A toxina também tem ação sobre neurônios do sistema nervoso
autônomo, levando a quadro de disautonomia;
- Não há alterações nos níveis de consciência;
Manifestações clínicas:
Relacionadas a hipertonia muscular:
➔ Trismo (primeiro sinal);
Mayra Alencar
➔ Riso sardônico;
➔ Rigidez de nuca;
➔ Hiperextensão de membros;
➔ Contractura de músculos paravertebrais → Opistótono;
➔ Contratura de diafragma → Risco de insuficiência respiratória;
➔ Contratura da musculatura de bexiga → Esforço miccional;
Outras manifestações:
- Febre;
- Sudorese;
Diagnóstico:
1) Anamnese:
- Questionar sinais e sintomas;
- Avaliar histórico vacinal;
2) Exame físico:
- Buscar porta de entrada da bactéria;
- Avaliar contrações musculares;
3) Exames laboratoriais:
- Pouco benefício para diagnóstico da doença;
- CPK elevada → Alteração mais comum, porém
inespecífica;
4) Exames laboratoriais solicitados para exclusão de outras
doenças:
- Meningite;
- Raiva;
- Intoxicações exógenas (Estriquinina);
- Comorbidades psiquiátricas (histeria);
- Infecções de boca e faringe (trismo);
Prognóstico:
Quanto maior a quantidade de itens positivos, maior o risco de óbito e
sequelas:
➢ Grau de hipertonia;
➢ Frequência dos espasmos;
➢ Graus de disfagia;
➢ Crises apnéias;
➢ Foco da doença;
Tratamento:
Hospitalar → Unidade de terapia intensiva;
- Mínimo de estímulos (visuais, auditivos e de temperatura);
- Sonda vesical de demora;
Etapas do tratamento:
1) Redução da contração muscular e controle da dor:
- Sedação do paciente com uso de BZD e miorrelaxantes
(curare e baclofeno);
-
2) Neutralização da toxina tetânica:
- Soro antitetânico → 20.000UI IM dividida em duas
massas musculares;
- Imunoglobulina humana → 5.000UI IM dividida em duas
massas musculares;
- Antibioticoterapia → Metronidazol ou Penicilina
cristalina;
3) Debridamento do foco (porta de entrada):
Mayra Alencar
- Remoção de tecido desvitalizado e corpo estranho;
- Se necessidade de antibioticoterapia → Tetraciclina e
eritromicina;
4) Controle da disautonomia (se houver):
- Drogas vasoativas (Nitroprussiato de sódio, dopamina,
adrenalina);
- Controle do volume sanguíneo;
Profilaxia:
Para realização da profilaxia, deve-se avaliar:
1) Imunização prévia:
- Verificar a imunização, número de doses e período em
que recebeu a última dose;
2) Características da ferida:
- Ferimento com risco aumentado:
● Ferimentos profundos ou superficiais
contaminados;
● Ferimentos com presença de tecido sem vida;
● Queimadura;
● Ferida com arma branca ou de fogo;
● Politraumas;
● Fraturas expostas;
- Ferimento com risco mínimo: Superficiais, limpos,
ausência de corpo estranho ou tecidos sem vida;

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