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Patologias Digestivas - Estômago

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Timpanite Rumenal ou Timpanismo
Acúmulo de gases, que deveriam ser eructados pelo esôfago e boca → distensão do rúmen;
São esses gases: metano, dióxido de carbono, monóxido de carbono e outros gases em
quantidade menor como dissulfeto de hidrogênio (venenoso).
Sabe-se que a ingestão de leguminosas verdes, frescas e suculentas (trevo e alfafa p. ex.)
aumenta a probabilidade de ocorrer o timpanismo.
Timpanismo Espumoso ou Primário
Gás disperso em pequenas bolhas no líquido rumenal viscoso;
Incapacidade do gás escapar desse líquido, o que depende da tensão superficial do líquido;
Não se sabe ao certo o que causa essa mistura dos gases ao líquido, mas sabe-se que
medicamentos ajudam a diminuir a tensão superficial do líquido e resolver o quadro (o animal
não consegue eructar);
É agudo, de forma súbita e frequentemente causa a morte do animal em poucas horas;
Timpanismo Secundário ou Timpanismo de Gás
Obstrução física da via esofágica ou faríngea;
Tumores, abscessos, linfonodos inchados;
Nesse caso a pressão é retirada através de cirurgia;
O rúmen muito expandido comprime vísceras e oclui a veia cava caudal, isso faz com que o
sangue se desvie da parte caudal para a parte cranial do corpo, resultando em anóxia e
morte.
Timpanismo – Exame Post-Mortem
Deslocamento anterógrado do diafragma, compressão dos pulmões, vísceras abdominais com
aspecto pálido, conteúdo rumenal com bolhas de gás retido (timpanismo espumoso) eliminação
de muito gás e presença de lesão obstrutiva envolvendo faringe e/ou esôfago (timpanismo
secundário).
Reticulite / Peritonite Traumática
● Trauma
● Ingestão de corpo estranho
● Prego, arame, parafuso
● Pericardite traumática
● Pleurite traumática
● Comum em caprinos e ovinos
Estômago – Estenose e Hipertrofia do Piloro
Prejuízo esvaziamento gástrico → episódios frequentes de vômitos e diminuição na taxa de
crescimento;
Hipertrofia da musculatura lisa do piloro visível à olho nu ou apenas um distúrbio funcional
sem que ocorram lesões macro ou microscópicas;
Gastropatia Pilórica hipertrófica: cães idosos, anatomicamente vê-se uma hipertrofia da
mucosa pilórica com ou sem hipertrofia da musculatura;
Gastropatia Pilórica
Hipertrófica
Sua causa é desconhecida;
Macroscopicamente:
- Excesso de mucosa
pilórica que se lança em
pregas ou rugas focais ou
difusas;
Microscopicamente:
- Massas de glândulas mucosas redundantes, algumas císticas;
- Presença de linfócitos e plasmócitos na lâmina própria e submucosa;
- Pode ocorrer hipertrofia de fibras musculares lisas.
Dilatação e Torção Gástrica
Humanos, cães, cavalos, suínos, coelhos, gatos e macacos;
É mais comum em cães de grande porte;
Manifesta-se com desconforto, dores abdominais, distenção do abdômen e relutância em se
mover;
Como algumas causas tem-se excessiva ingestão de alimentos, cirurgia abdominal e
traumatismos;
Com a dilatação, a torção gástrica é uma sequela comum, o estômago sofre rotação entre
190° e 300° em torno do seu eixo longitudinal resultando em torção do
omento gastroesplênico;
Dilatação e Torção Gástrica
Obstrução mecânica da veia cava caudal e veia porta, desvio de sangue para veias
intervertebrais e ázigos;
Distensão das veias ilíacas comuns, ilíacas circunflexas e renais;
Débito cardíaco reduzido, hipotensão arterial, aumento do metabolismo celular, função renal
reduzida;
Achados post-mortem:
- Estômago muito dilatado com gás e restos de comida;
- Torção do omento gastrosplênico;
- Veias caudais ingurgitadas e tecidos congestos;
- Pode haver rompimento do estômago com conteúdo espalhado pela cavidade
peritoneal;
- A porção cranial do corpo está isquêmica e pálida;
- Fígado pálido e friável e baço ingurgitado;
- Pode haver petéquias e equimoses no peritônio e edema subcutâneo;
Em Equinos comumente ocorre ruptura gástrica, peritonite e morte;
Ingestão de quantidade muito elevada de cereais, normalmente quando o animal se solta e
acessa o paiol de ração;
Os principais sintomas são: salivação, dificuldade ou incapacidade de engolir, contrações
antiperistálticas do esôfago, frequência cardíaca acelerada, sudorese intensa, tremores
musculares, ílio, timpanismo e baço ingurgitado.
Lesões e Inflamações
Gastrite:
- Inflamação do estômago: é
essencialmente um distúrbio do revestimento
mucoso;
- Caracteriza-se por dor, anorexia e vômito;
Existem diferentes tipos de Gastrite que serão descritos a seguir.
Gastrite Catarral Aguda
Avermelhamento e espessamento crescentes de toda ou parte da superfície da mucosa
gástrica;
Aumento na secreção de muco que pode ou não ser visto macroscopicamente;
Microscopicamente:
- Rubor devido à hiperemia e descamação;
- Infiltração leve à moderada de linfócitos ou neutrófilos;
- Aumento dos linfonodos mucosos, que, em casos crônicos, podem ser vistos à olho nu.
Gastrite Hemorrágica Aguda
Avermelhamento mais intenso e presença de sangue livre na superfície ou no conteúdo
gástrico;
Normalmente esse sangue está associado ao muco o que leva à uma coloração
vermelho-acastanhada;
Microscopicamente:
- Hemorragia no interior da mucosa gástrica com reação inflamatória.
***Atenção: ***
A presença de sangue livre na mucosa, SEM a presença de reação inflamatória, deve ser
considerada apenas hemorragia e não gastrite hemorrágica.
Gastrite Hipertrófica Crônica
Também conhecida como “Gastrite Rugosa Gigante”;
Etiologia desconhecida;
Caracteriza-se por letargia, emaciação (emagrecimento), vômito, anorexia prolongada,
anemia, hepatopatia e icterícia. Em estágios avançados ocorre hipoalbuminemia (perda de
proteínas);
Macroscopicamente:
- Elevação e pregueamento da mucosa com rugas salientes
- aspecto cerebral;
- Hiperplasia epitelial;
- Mucosa rósea à vermelho ou violeta com presença de petéquias;
Microscopicamente:
- Hiperplasia compensatória de células caliciformes;
- Células mononucleares inflamatórias edemaciadas;
- Glândulas císticas na base das criptas cheias de muco - quadro denominado “Gastrite
Cística Profunda”;
Gastrite Eosinofílica
Lesões inflamatórias graves do estômago nas quais os eosinófilos são componentes
importantes;
Fibrose da parede do estômago, com necrose fibrinóide da parede das artérias musculares e
hipertrofia muscular;
Pode ocorrer de forma focal causando uma resposta eosinofílica às larvas encarceradas de
nematódeos;
Pode ocorrer de forma difusa de natureza alérgica ou por repetidas infecções por helmintos
( Toxocara canis)
Gastrite Traumática
Animais que têm tendência a ingerir corpos estranhos (Bovinos e Cães);
Cães: Ossos, alfinetes de fralda, brinquedos, material plástico, bolas, meias, pedras e
objetos de couro;
Bovinos: arames, pregos, clipes de cerca elétrica, parafusos, etc.
Podem causar a gastrite imediatamente ou permanecer por um tempo sem lesionar;
Em casos de corpos estranhos grandes (brinquedos, meias, bolas) pode ocorrer obstrução ou
atrapalhar o funcionamento do piloro;
Objetos cortantes/perfurantes podem causar lesões por penetração na mucosa; As lesões
normalmente são lacerações, contusões, hemorragia e ulceração;
Se ocorrer perfuração presença de granulócitos e evolução para um abscesso, granuloma,
tecido cicatricial ou peritonite;
Clinicamente: desconforto abdominal, anorexia abrupta, letargia e posição compensatória de
dor, vômito, leucocitose e resposta neutrofílica.
Úlceras
Algumas gastrites podem ser ulcerativas, principalmente em estágios avançados;
Todas as úlceras podem ser agudas e superficiais, porém se não tratadas podem tornar-se
perfurativas e causar problemas como peritonite;
Estão associadas à lesões de gastrites bacterianas, parasitárias ou traumáticas e pH
estomacal ácido;
Possuem formas irregulares e podem ser únicas ou múltiplas.
Neoplasias Estomacais
Adenocarcinoma Gástrico:
- No cão corresponde à 1-2% de todas as neoplasias malignas e 47-72% das neoplasias
gástricas;
- Pode assumir uma, dentre três formas de crescimento:
1. Estender-se ao lúmen de modo irregular e formando elevações – essaforma é
chamada FUNGIFORME;
2. Comprometer a mucosa de tal modo que ocorre ulceração ULCERATIVA;
3. Expandir-se lateralmente causando um espessamento difuso e enrijecimento da parte
afetada – essa forma é chamada LINITES PLÁSTICA.
Adenocarcinoma Gástrico
Microscopicamente: Dividido em 2 tipos:
- Tipo intestinal: Células neoplásicas apresentam um distinto arranjo glandular, na
forma de túbulos ou ácinos – Possui células bem diferenciadas, com células epiteliais
polarizadas e bordas em escova bem definidas;
- Tipo fusiforme: Mais comum, as células infiltrativas tem origem gástrica, estando
disseminadas pela mucosa e submucosa, linfáticos e camadas musculares em
aglomerados e bainhas celulares (sem arranjo tubular ou acinar);
- Fazem metástase para linfonodos regionais, fígado, pulmões e glândulas adrenais.
Linfossarcoma Gástrico
Afeta cães e bovinos (abomaso) e corresponde à 12 a 15% nas neoplasias gástricas caninas;
A infiltração começa na lâmina própria, submucosa ou nódulos linfóides da parede gástrica;
É insidiosa e quando aparece manifestação clínica já houve espessamento neoplásico;
São localizados e pode haver ulceração da sua superfície;
A mucosa gástrica fica espessada com aumentos de rugas semelhantes à gastrite
hipertrófica.
Microscopicamente:
- Grande quantidade de linfócitos neoplásicos em padrão difuso, tornando a lâmina
própria e submucosa distendida ou distorcida;
- As células neoplásicas estão entre as fibras musculares e em alguns casos
estendem-se até a serosa;
Clinicamente: Dores abdominais, perda de peso, vômito, debilidade, repleção abdominal e
eructação

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