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08/10/2022 1 FORMAS FARMACÊUTICAS SEMISSÓLIDAS Departamento de Produtos Farmacêuticos PFA 608 - Farmacotécnica II Cremes Géis Pomadas Pastas • Consistência pastosa • Sistema não escoa nem flui sob baixo estresse de cisalhamento à temperatura ambiente • Preparações destinadas à aplicação externa ❑ Pele ❑ Mucosas (oral, ocular, nasal, vaginal ou retal) • Capacidade de adesão • Ação local ou sistêmica Formas Farmacêuticas Semissólidas Preparações Semissólidas Oleaginosas Bases de absorção Removíveis em água Solúveis em água Pomadas Anidras Emulsões A/O Emulsões O/A Geis Classificação FORMAS FARMACÊUTICAS SEMISSÓLIDAS Departamento de Produtos Farmacêuticos PFA 608 - Farmacotécnica II Bases Emulsivas Creme ✓ É a forma farmacêutica semissólida que consiste de uma emulsão, de média a alta viscosidade, contendo um ou mais princípios ativos dissolvidos ou dispersos em uma das fases aquosa ou oleosa. ✓ Consistência macia e de fácil espalhabilidade sobre a pele. ✓ Emulsão A/O ou O/A https://www.sabaoeglicerina.com.br/ Componentes Básicos Componentes Concentração Usual (%) FASE AQUOSA Água 10,0 – 85,0 Umectante 2,0 – 5,0 Espessante de fase aquosa 0,1 – 2,0 Antioxidante (hidrossolúvel) 0,001 - 0,1 Agente quelante 0,05 – 0,2 FASE OLEOSA Emolientes 2,0 – 10,0 Antioxidante (lipossolúvel) 0,001 - 0,1 Emulsificantes 1,0 – 5,0 Substâncias graxas 5,0 – 80,0 Espessante de fase oleosa 0,1 – 2,0 FASE ADICIONAL (termolábeis) Conservantes 0,05 – 1,0 Insumo farmacêutico ativo qs https://www.sabaoeglicerina.com.br/ 08/10/2022 2 ❑ Retém a água → propriedades higroscópicas ❑ Atua como hidratante ❑ Altas concentrações → maior pegajosidade ❖Propilenoglicol ❖Butilenoglicol ❖Glicerina Agentes Umectantes ❖Sorbitol ❖ Polietilenoglicol Emolientes ❑ Substância que amacia a pele ou alivia a irritação na pele ou mucosas. ❑ Propriedade oclusiva ❑ Exemplos: ❑ Hidrocarbonetos derivados do petróleo ❑ Óleos vegetais, compostos de origem animal ❑ Triglicerídeos ❑ Ésteres de álcoois e ácidos graxos ❑ Álcoois graxos ❑ Polidimetilsiloxanos Palmitato de isopropila Miristato de isopropila Emolientes Dispersão Caráter Oleoso Exemplos Baixa Alto Óleo de rícino, Vaselina, Óleo de amêndoa, Óleo mineral, Triglicerídeos ácido palmítico, Oleato de oleila Média Médio Triglicerídeos de ácido cáprico/caprílico, Octildodecanol, Álcool oleílico, Hexildecanol, Estearato de octila, Miristato de miristila, Óleo de silicone Alta Baixo Dioctilciclohexano, Estearato de isopropila, Miristato de isopropila, Palmitato de isopropila, Laurato de hexila, Éter dicaprílico, Ciclometicone, Dimeticone Emulsionante ❑ Combinação de emulsionantes (A/O + O/A) → obtenção de emulsões estáveis ❑ Emulsionantes Primários ❖ Aniônicos ❖ Não-iônicos ❑ Bases auto-emulsionantes ❖ Aniônicas: ❖Lanette N (álcool cetoestearílico e cetil estearil sulfato de sódio) ❖Lanette W (álcool cetoestearílico e laurilsulfato de sódio) ❖ Não-iônicas: Polawax (álcool cetoestearílico e monoestearato de sorbitano etoxilado) Tween Laurilsulfato de sódio ❑ Fase aquosa ❑ Melhoram estabilidade ❑ Altas concentrações → aumentam pegajosidade ❑ Gomas xantana, poliacrilatos, polímeros derivados de celulose, goma guar, silicato de alúminio e magnésio, bentonitas e derivados do ácido acrílico Espessantes ❑ Fase oleosa ❑ Espessamento e emoliência ❑ ceras de carnaúba, parafina, álcoois graxos, cera de abelha Bases Emulsivas A/O ❑ Cold cream: constituído basicamente de óleos (40-70%), água (20-40%) e cera de abelhas (5-15%) e borato de sódio (0,5-5%). ❑ Forma um filme oleoso protetor que permanece sobre a pele após a evaporação da água. Componentes Quantidade Petrolato líquido 50 g Cera branca de abelha 15 g Butil-hidroxitolueno 0,05 g Borato de sódio 1 g Solução conservante de parabenos 3,3 g Propilparabeno 0,15g Água purificada qsp 100 g Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira, 2ª edição Rev. 02 Emulsionante in situ 08/10/2022 3 Bases emulsivas A/O ❑ Base de absorção: São bases que contém água e absorvem quantidades variadas de água ou álcool etílico. ❑ Não é facilmente lavável → mantém os fármacos em contato com pele ❑ menor penetração dos fármacos ❑ Base de ação epidérmica ou endodérmica ❑ Pouca aceitação pelos pacientes: alta oleosidade CARACTERÍSTICAS ✓ Insolúvel em água ✓ Não lavável com água ✓ Pode absorver água ✓ Contém água ✓ Emoliente ✓ Oclusiva ✓ Oleosa USOS ✓ Emoliente ✓ Creme de limpeza ✓ Veículo para líquidos ✓ Veículo para fármacos sólidos Cold cream Nívea® Bases emulsivas A/O ❑ Creme evanescente ou diaderminas: o agente emulsionante é um sabão monovalente do ácido esteárico (15 a 25%) ❑ Agentes alcalinos: hidróxidos ou carbonatos de Na+ ou K+, trietanolamina, aminometilpropanol a 95% ou borato de sódio. Bases Emulsivas O/A Componentes Quantidade Ácido esteárico 18,0 g Petrolato Líquido 2,0 g Lanolina 0,5 g Oleato de sorbitano 0,5 g Trietanolanina ou aminometilpropanol a 95% 0,7 g Solução conservante de parabenos 3,3 g Solução de sorbitol 70% p/p 3,7 g Água purificada qsp 100 g Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira, 2ª edição Rev. 02 Emulsionante formado in situ CARACTERÍSTICAS ✓ Insolúvel em água ✓ Lavável com água ✓ Absorve água ✓ Contém água ✓ Não Oclusiva ✓ Não oleosa ✓ Ação diadérmica Creme tipo Lanette® Creme evanescente Creme Polawax USOS ✓ Emoliente ✓ Veículo para líquidos ✓ Veículo para fármacos e sólidos Bases emulsivas O/A Método de Preparo Fase aquosa 75-80ºC Fase oleosa 70 – 75ºC Emulsão acabada Método convencional ❑ Tipo e quantidade de emulsionantes ❑ O/A → uso de agente umectante (glicerina e propilenoglicol 2 a 5%) ❑ Arrefecimento→ lento ❑ Escolha dos agentes conservantes/antioxidantes Pontos críticos FORMAS FARMACÊUTICAS SEMISSÓLIDAS Departamento de Produtos Farmacêuticos PFA 608 - Farmacotécnica II Gel 08/10/2022 4 ❖ Gel é um sistema semissólido que consiste em uma dispersão de pequenas partículas inorgânicas ou uma solução de grandes moléculas orgânicas interpenetradas por um líquido, formando um produto transparente ou translúcido. ❖ Aplicação: tópica, nasal, vaginal e retal. GEL ❖ Vantagens: ✓ Forma farmacêutica apreciada pela transparência cristalina → idéia de pureza, refrescância e ausência de oleosidade ✓ Forma atraente e de fácil espalhabilidade ✓ Quantidade de polímero utilizada é baixa → baixo custo ❑ Espessantes ❑ substâncias inorgânicas insolúveis (dióxido de silício, silicatos) ou substâncias orgânicas solúveis (polímeros sintéticos e naturais). ❑ Conferir viscosidade → preparações com consistência e suavidade adequadas ❑ Veículo ❑ água, etanol, óleo mineral, silicones Componentes Básicos ❑ 80% = H2O ❑ Solvente : água livre ❑ H2O ligada através de ligação H ou íon-dipolo ❑ Solvente (H2O) entrelaçada na estrutura molecular ❑ H2O livre = ❑ H2O reticulada = Interação polímero-solvente Substância Viscosidade (cP) Água 1,002 Glicerina 400 Metilcelulose a 2% 15 - 4.000 Carbômero a 0,5% 40.000 – 60.000 ❑ Substâncias estabilizantes ❑ conservantes, antioxidantes, quelantes ❑ Agentes umectantes ❑ propilenoglicol, glicerina ❑ Substâncias neutralizantes ❑ aminas, bases inorgânicas Componentes Básicos ❑ Retém a água → propriedades higroscópicas ❑ Atua como hidratante ❑ Altas concentrações → maior pegajosidade ❖Propilenoglicol ❖Butilenoglicol ❖Glicerina Agentes Umectantes ❖Sorbitol ❖ Polietilenoglicol 1. ORIGEM DOS POLÍMEROS Naturais ou sintéticos 3. SOLUBILIDADE Hidrófilos (hidrogéis) Hidrofóbos (lipogéis) 2. NATUREZA QUÍMICA Orgânicos Inorgânicos 4. CARGA IÔNICA Não-iônicos Aniônicos Classificação 08/10/2022 5 ❑ São hidrocolóides derivados de plantas vegetais ou marinhas, ou obtidos por biotecnologia: ❑ Goma guar (semente de plantas) ❑ Goma xantana (fermentação aeróbica) ❑ Alginatos (algas marinhas) ❑ Pectinas (cascas de frutas) ❑ Amido (raízes de plantas)❑ Celuloses (plantas fibrosas) Goma guar Amido Pectina Espessantes Naturais Miconazol Composição Cada grama contém: Miconazol 20 mg; Excipientes: Amido pré-gelatinizado, sacarina sódica, polissorbato (20), aroma de laranja, aroma de cacau, álcool etílico, glicerina, água purificada. Indicações Tratamento da candidíase da cavidade bucofaríngea. Daktarin gel oral ❑ Celulose R = H ❑ Metilcelulose (MC) R = CH3 ❑ Etilcelulose (EC) R = C2H5 ❑ Hidroxietilcelulose (HEC) R = CH2-CH2OH ❑ Carboximetilcelulose Sódica (CMC-Na) R = CH3-COO -Na+ ❑ Hidroxipropilcelulose (HPC) R = CH2-CH (CH3)OH ❑ Hidroxipropilmetilcelulose (HPMC) R = CH3CH(OH)CH2 O(R) CH2O(R) O(R) OH CH2O(R) CH2O(R) O(R) CH2O(R) n O(R) O O O Celulose: polímero de cadeias longas não ramificadas composto por β-D- glicose com grupos –CH2OH alternados acima e abaixo do plano da molécula Estrutura química geral da celulose e seus derivados. Derivados de Celulose ❑ Em água intumesce formando uma solução coloidal viscosa ❑ Caráter não iônico → ampla faixa de pH (3-12) ❑ Vantagens: pouco afetada por concentrações moderadas íons monovalentes, tolera concentrações elevadas de álcool ❑ Desvantagens: fármacos ou substâncias que se associam fortemente à água → precipitação do polímero. ❑ Dispersão em água à temperatura ambiente → formação de um aglomerado desordenado ❑ concentração de uso: 0,2 - 5%. ❑ Aplicação: gel vaginal O(R) CH2O(R) O(R) OH CH2O(R) CH2O(R) O(R) CH2O(R) n O(R) O O O OCH3CH2OCH3 CH2OCH3OCH3 O O Metilcelulose ❑ Ausência de grupo ionizável ❑ Ampla faixa de pH (2-12) = maior possibilidade de formulações ❑ Vantagens: compatível com [eletrólitos], pH alcalino e aumento da temperatura ❑ Dispersão em água à temperatura ambiente → forma aglomerado desordenado ❑ Cellosize QP, Natrosol (concentração de uso: 0,5 - 2%) ❑ Aplicação: géis contendo ácido glicólico, hidroquinona. O(R) CH2O(R) O(R) OH CH2O(R) CH2O(R) O(R) CH2O(R) n O(R) O O O O(CH2)2OHCH2O(CH2)2OH CH2O(CH2)2OHO(CH2)2OH O O Hidroxietilcelulose Carboximetilcelulose ❑ Têm caráter aniônico ❑ Estável em pH 4 a 10 (ideal 6 a 9) ❑ Vantagens: interação íon-dipolo com água → menor potencial de desidratação ❑ Desvantagens: incompatível com aditivos catiônicos e eletrólitos ❑ Dispersão da substância em água fria, resultando em solução límpida em 1 a 2 h. ❑ Aplicação: creme dental, gel para eletrocardiograma 08/10/2022 6 ❑ Carbopol 934, 940, 941, 1342, 2020, ultrez, etc. ❑ Copolímeros sintéticos do ácido acrílico de alto peso molecular ❑ Concentrações usuais : 0,2 a 2,0% ❑ Após dispersão em água (pH 2,5 a 3,5) ❑ Neutralização com uma base ❑ Eletrólitos (Ca2+ e Al3+) diminuem a consistência dos géis Carbômeros COOH COOH COO- NH4 + COO- NH4 + COO- NH4 + NH4OH V is c o s id a d e ( c P s ) pH ~40000 cPs NEUTRALIZANTE Quantidade para 1 g polímero (pH 7,0) Aminometilpropanol (AMP) 0,9 g Diisopropilamina (DIPA) 1,2 g Hidróxido de potássio a 18% (KOH) 2,7 g Hidróxido de sódio a 18% (NaOH) 2,3 g Trietanolamina 1,5 g Tris-hidroximetilaminometano (Tris Amino ou Trometamina) 3,3 g Tetrahidroxipropil etilenodiamina (Neutrol TE) 2,3 g Neutralizantes comumente utilizados Composição Concentração Carbômer 980 1,0% Propilenoglicol 5,0% Solução de Imidazolidinil ureia a 50% (Chemynol®) 0,5% Edetato dissódico 0,05% Água purificada qsp 100% Solução de Trietanolamina a 50% (p/v) qs Gel base iônico Preparo: ❑ Solubilizar o edetato dissódico, o propilenoglicol e a solução conservante de imidazolidinilureia na água purificada. ❑ Dispersar o carbômer na preparação anterior ❑ Neutralizar com a solução de trietanolamina, ajustando o pH entre 6,5 e 7,0 Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira, 2ª edição Rev. 02 Composição Quantidade Alcool etílico 96 ºGL 75,73 g Carbômer 980 0,5 g Solução de Trietanolamina a 50% (p/v) qs Água purificada 100 g Álcool Gel Preparo: ❑ Misturar o álcool etílico e a água. ❑ Dispersar o carbômer 980 sob agitação. ❑ Ajustar o pH entre 5,0 e 7,0 com solução de trietanolamina 50% Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira, 2ª edição Rev. 02 Carbopol ❑ Presença de eletrólitos = ❑ São mais utilizados (relação custo/benefício) ❑ Não deixam resíduos (membrana polimérica) ❑ Preparados sempre a frio Derivados de Celulose ❑ Não iônicos ❑ Estáveis em ampla faixa de pH ❑ Compatíveis com eletrólitos ❑ Pode ser preparado a quente ou a frio ❑ Maior pegajosidade Diferenças entre carbômeros e derivados de celulose Adição do Polímero Hidratação do Polímero - Turvação Solubilização do Polímero – Clarificação e Turvação 08/10/2022 7 ❑PEMULEN ❑ Polímero aniônico derivado do acido acrílico ❑ Apresenta uma região lipofílica (metacrilato) bem como uma região hidrofílica (ácido acrílico) → atua como emulsificante primário. ❑ Confere sensorial aquoso quando aplicado à pele. ❑ concentração usual: 0,1-0,3% ❑ Maior viscosidade pH 5-8→ neutralização com base ❑ Incompatível com eletrólitos e substâncias catiônicas ❑ Aplicações: Loções e protetores solares resistentes à água. Outros espessantes ❑ARISTOFLEX ❑ Copolímero do ácido sulfônico acriloildimetiltaurato e vinilpirrolidona ❑ Pré-neutralizado → Simples adição de água e conservantes sob agitação ❑ Apresenta excelentes propriedades sensoriais, conferindo uma agradável sensação à pele, sem o toque pegajoso característico dos polímeros tradicionais. Outros espessantes ✓ Solúvel em água ✓ Lavável com água ✓ Absorve água ✓ Pode conter álcool ✓ Hidratada ✓ Não Oclusivo ✓ Não Untuoso ✓ Livre de lipídeos USOS ✓ Veículo para líquidos ✓ Veículo para fármacos e sólidos ✓ Ideal para administrar nas mucosas Gel Pomadas Hidrofílicas ❑ Pomadas não oleosas ❑ Laváveis ❑ Pomadas de polietilenoglicóis (Carbowax®, Macrogol®) ❑ Pode causar ardência em mucosas ❑ Pele queimada ou lesionada → natureza irritante , toxicidade sistêmica e reações de hipersensibilidade ❑ Combinação de PEG sólidos + líquidos ❑ PEG 200-600 - líquidos viscosos ❑ PEG > 1000 – sólidos (ceras) Pomadas Hidrofílicas Composição Quantidade Polietilenoglicol 4000 33,3 g Polietilenoglicol 400 33,3 g Propilenoglicol 33,3 g Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira, 2ª edição Rev. 02 ❑ Não é indicada a adição de grande quantidade de água. ❑ Mais frequentemente utilizada para incorporação de substâncias sólidas. Preparo:❑ Aquecer as substâncias até a fusão completa dos componentes (~65 °C) ❑ Misturar até a solidificação FORMAS FARMACÊUTICAS SEMISSÓLIDAS Departamento de Produtos Farmacêuticos PFA 608 - Farmacotécnica II Aula 3 – Pomadas e Pastas 08/10/2022 8 Pomadas ❑ CONSTITUIÇÃO: o Hidrocarbonetos (petrolato ou vaselina, parafina) o Compostos de origem animal o Óleos vegetais o Silicones ❑ Forma farmacêutica semissólida que consiste da solução ou dispersão de um ou mais princípios ativos em baixas proporções em uma base adequada, usualmente não aquosa. Bases de hidrocarbonetos ❑ Vaselina branca ❑ Mistura de hidrocarbonetos ❑ Transparente, odor fraco, baixo teor de água ❑ Faixa de fusão: 38-60 ºC ❑ Base emoliente ❑ Concentrações usuais: 100 % pomadas; 10-30 % em cremes ❑ Forma um filme oleoso sobre a pele, inibindo a perda de umidade e melhorando a hidratação da camada córnea. ❑ Pouca capacidade de permeação Vaselina Salicilada ❑ Plastibase ❑ Base para pomadas e géis oleosos transparentes. ❑ Bases de hidrocarbonetos (vaselina, parafina) contendo polietileno que formam uma estrutura matricial em sistemas homogêneos constituindo preparações semissólidas. ❑ Menos irritante (produtos infantis, peles sensíveis e oftálmicos). Bases de hidrocarbonetos 46 Bases oleosas CARACTERÍSTICAS ✓ Insolúvel em água ✓ Não lavável com água ✓ Anidra ✓ Não absorve água ✓ Emoliente ✓ Oclusiva ✓ Oleosa Vaselina branca Bases de silicone Plastibase® USOS ✓ Protetor ✓ Emoliente ✓ Veículo para fármacos propensos à hidrólise Bases de absorção A.ANIDRAS - Absorvem água para formar emulsões A/O Ex.: Lanolina anidra B.HIDRATADAS - Adição de substâncias miscíveis com hidrocarbonetos que possuem grupos polares como: lanolina, colesterol, lanosterol e outros esteróis acetilados ou ésteres parciais de álcoois polihídricos colesterol lanosterol Bases de absorção • LANOLINA ❑ Anidra ❑ Hidratada ❑ Miscível com vaselina ❑ Cheiro desagradável* ❑ Propriedades emulgentes A/O ❑ Faixa de fusão: 38-44 ºC Pomada de lanovaselina (pomada simples) Lanolina anidra.......... 30% Butil hidroxitolueno..... 0,05% Vaselina sólida qsp.... 100% 08/10/2022 9 CARACTERÍSTICAS ✓ Insolúvel em água ✓ Não lavável com água ✓ Anidra ou hidratadas ✓ Pode absorver água ✓ Emoliente ✓ Oclusiva ✓ Oleosa Vaselina Lanolina Aquaphor Aquabase Polysorb USOS ✓ Protetor ✓ Emoliente ✓ Veículo para soluções aquosas ✓ Veículo para fármacos e sólidos Bases de absorção Pastas ❑ Pomadas contendo grande quantidade de sólidos em dispersão. ❑ Em geral, 20-50 % de pós. ❑ Consistência macia e firme. ❑ Menos gordurosas que as pomadas porque o pó absorve os hidrocarbonetos fluidos. ❑ Deixam um filme espesso, não quebradiço, relativamente impermeável, opaco que pode agir como um eficiente filtro solar. ❑ Grande poder de absorção de água ou de exsudatos. Pastas - Classificação A. COM EXCIPIENTES GRAXOS Vaselina sólida, vaselina líquida Lanolina, ceras, silicones, etc. B. COM EXCIPIENTES HIDRÓFILOS Géis de pectina (orobase), pasta de gelatina-glicerinada (bota de UNNA) Exemplos Pasta de Lassar Componentes Quantidade Óxido de zinco 25% Amido 25% Vaselina sólida qsp 100% Indicação: dermatoses pruriginosas Componentes Quantidade Óxido de zinco 25% Talco 25% Glicerol 25% Água de cal 25% Pasta d’água Indicação: irritações cutâneas, queimaduras solares, assaduras, etc. 1. SIMPLES INCORPORAÇÃO ❑ Não utilizam agentes levigantes → os ativos sólidos ou líquidos são incorporados diretamente à base. ❑ Pequenas porções da base podem ser usadas para facilitar a redução das partículas ou a sua incorporação. 2. LEVIGAÇÃO e INCORPORAÇÃO ❑ Utilizado para ativos insolúveis. ❑ Ativo + agente levigante → incorporação à base ❑ Agentes levigantes: vaselina líquida, glicerina, PEG 400... Técnicas Gerais de Preparo de Pomadas Agentes de levigação ❖ O que é levigação? ❖ Agente de levigação o Líquido com viscosidade razoável o Capaz de melhorar a molhabilidade de um sólido o Atua como agente lubrificante o Concentração usual: máx. 5 % Glicerina Propilenoglicol PEG 400 Óleo mineral ou vaselina líquida Óleo de algodão Óleo de rícino Polissorbato 80 08/10/2022 10 3. SOLUÇÃO e INCORPORAÇÃO ❑ Ativos são dissolvidos em solvente apropriado e a solução obtida é posteriormente adicionada à base. 4. FUSÃO e INCORPORAÇÃO: ❑ O excipiente é fundido antes da incorporação do(s) ativo(s). ❑ Uma porção da massa fundida pode ser usada como agente levigante. ❑ Utilizado para incorporar ceras. ❑ OBS.: substâncias termolábeis Técnicas Gerais de Preparo de Pomadas • AULTON, M. E. Delineamento de formas farmacêuticas. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. • ALLEN JR, L.V., POPOVICH, N.G., ANSEL, H.C. Farmacotécnica: formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 9. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. • FARMACOPÉIA BRASILEIRA 6 ed. http://portal.anvisa.gov.br/farmacopeia-brasileira • FORMULÁRIO NACIONAL DA FARMACOPÉIA BRASILEIRA , 2 ed. http://portal.anvisa.gov.br/formulario-nacional • ROWE, R. C., SHESKEY, P. J., OWEN, S.C. Handbook of Pharmaceutical Excipients. 6. ed. Londres:The Pharmaceutical Press, 2009. • THOMPSON, J. E. A prática farmacêutica na manipulação de medicamentos. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. Referências Bibliográficas http://portal.anvisa.gov.br/farmacopeia-brasileira http://portal.anvisa.gov.br/formulario-nacional
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