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Parasitologia | Lorena C. Plens Enterobius vermicularis - doença: enterobíase - parasita conhecido desde a antiguidade Morfologia - comum em ambos os sexos: ● cor branca ● corpo filiforme ● cutícula estriada em sentido transversal ● expansões vesiculares lateralmente à boca ● 3 lábios retráteis Fêmea - 1 cm - cauda longa e pontiaguda - vulva no terço médio anterior - possui 2 úteros - quando possui muitos ovos seu corpo de distende (até 16 mil ovos) Macho - menor que a fêmea - cauda curvada em sentido ventral - um único testículo - possui um espículo para cópula - sem gubernáculo Ovo - aspecto de letra D → um lado é achatado e o outro convexo - dupla camada - liso e translúcido - quando deixam o corpo da fêmea já apresentam uma larva formada em seu interior - na superfície existe uma substância viscosa de natura albuminosa que favorece a aderência do ovo em outras substâncias Hábitat - ceco + apêndice vermiforme - podem ficar livres ou aderidos à mucosa - alimentam-se do conteúdo intestinal - exemplares jovens podem ser vistos no íleo - formas imaturas ocorrem o intestino delgado - fêmeas grávidas são encontradas no ânus e na região perianal - em mulheres o parasita pode ser encontrado em regiões ectópicas: uretra e vagina Ciclo Biológico - monoxênico - depois da cópula os machos são eliminados com as fezes e morrem - as fêmeas grávidas se deslocam até o ânus e são eliminadas nas fezes - pode botar os ovos na região perianal mas é mais comum é que os ovos sejam liberados quando ocorre ruptura do corpo da fêmea → traumatismos, incluindo o ato de coçar do hospedeiro - os ovos podem resistir até 3 semanas no ambiente - após a ingestão de ovos do parasito pelo hospedeiro, as larvas eclodem no duodeno e fazem o trajeto até o ceco Transmissão ● heteroinfecção: ovos em alimentos, poeiras alcançam novo hospedeiro ● indireta: ovos presentes em alimentos, poeiras alcançam o mesmo hospedeiro que o eliminou ● autoinfecção externa ou indireta: o indivíduo parasitado coça a região perianal e leva os ovos até a boca ○ frequente em crianças ○ mecanismo responsável por casos duradouros da infecção ● autoinfecção interna: as larvas eclodem dentro do reto e migram até o ceco ● retroinfecção: larvas eclodidas na região perianal readentram o sistema digestivo pelo ânus e migram até o ceco Patogenia e Sintomatologia - patogenicidade é baixa causando ausência de sintomas Parasitologia | Lorena C. Plens - alterações causadas pelo verme dentro do intestino - lesões anais e perianais - lesões decorrentes de parasitismo ectópico - lesões locais e irritações no intestino são mínimas: ● lesões e discretas inflamações ● ulcerações da mucosa ou abcessos da submucosa são causados por infecção bacteriana secundária ● grande número de parasitos: inflamação catarral na região ileocecal ○ náuseas, vômito ○ dores abdominais ○ alteração na frequência evacuatória - o deslocamento da fêmea grávida na mucosa anal causa a manifestação clínica mais prevalente: coceira ● à noite é pior por causa do calor do leito - escoriações e sangramentos pela coceira persistente - alterações neurocomportamentais pelo prurido anal que interfere na qualidade do sono - vermes adultos fora do TGI podem causar complicações ● infiltrado inflamatório rico em linfócitos com eosinófilos ● granulomas ● possibilidade de necrose do tecido - infecção bacteriana por bactérias entéricas carreadas pelos vermes - parasitismo ectópico do trato urinário feminino é mais frequente - prevalência do parasito me apendicites crônicas Epidemiologia - helminto mais prevalente na Europa,Austrália e EUA - no Brasil a ineficácia do diagnóstico não permite saber a prevalência - crianças em idade escolar são mais parasitadas - prevalência em climas temperados - indivíduos que vivem próximos e com má higiene - reinfecção é comum Profilaxia - manejo adequado de roupas e roupas de cama do indivíduo infectado - corte das unhas e lavagem das mãos - banho diário - não coçar a região perianal - limpeza com aspirador de pó - tratamento das pessoas parasitadas