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Funções Administrativas

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1 
 
 
 
 
 
RESUMO DA UNIDADE 
 
Ao conjunto das funções administrativas, consideradas como um todo 
integrado, o nome de processo administrativo serve de base para a literatura 
neoclássica da administração, que busca explicar como as funções administrativas 
são desenvolvidas pelas organizações. O PPP (projeto político pedagógico) é uma 
ferramenta de planejamento e avaliação que deve ser usado como uma espécie de 
guia, cada vez que uma decisão precisa ser tomada. Embora ele também deva ser 
elaborado com o auxílio de toda a comunidade escolar, ele é mais complexo do que 
o planejamento. As especificidades sobre o que se espera de cada área são 
descritas dentro do Regime Escolar, incluídas no Projeto Pedagógico e 
apresentadas aos integrantes da instituição, a fim de que todos tomem 
conhecimento de suas atribuições nesse ambiente e durante um ano de convívio. É 
esperado que nessa unidade o aluno consiga aprender, compreender e desenvolver 
os conhecimentos sobre a funções administrativas e os elementos que são 
necessários para que estas sejam elaboradas no ambiente educacional. 
 
Palavras-Chave: Planejamento, Direção, Controle, Organização. 
 
 
FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS 
2 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
RESUMO DA UNIDADE.........................................................................................................1 
SUMÁRIO .................................................................................................................................2 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO .........................................................................................3 
CAPÍTULO 1 - PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO E DIREÇÃO .............................4 
1.1 Planejamento .............................................................................................................4 
1.2 Organização ............................................................................................................ 10 
1.3 Direção ..................................................................................................................... 15 
RECAPITULANDO............................................................................................................... 20 
CAPÍTULO 2 - FORMAS DE ADMINISTRAÇÃO ........................................................ 28 
2.1 Administração Japonesa ....................................................................................... 28 
2.2 Benchmarking ......................................................................................................... 32 
2.3 Administração Empreendedora ........................................................................... 35 
2.4 O Emprego .............................................................................................................. 37 
2.5 Metodologia 5S ....................................................................................................... 41 
RECAPITULANDO............................................................................................................... 44 
CAPÍTULO 3 - CONTROLE DE GESTÃO .................................................................... 48 
3.1 Controle ................................................................................................................... 48 
3.2 Analise SWOT ........................................................................................................ 55 
3.3 Gestão Escolar ....................................................................................................... 58 
RECAPITULANDO............................................................................................................... 63 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 67 
FECHANDO A UNIDADE ................................................................................................... 68 
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 71 
 
 
3 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO 
 
Este material abordará as razões pelas quais o sistema de gestão escolar é 
importante. No momento, existem inúmeras escolas que implementaram esse 
sistema. Em geral, esse sistema conseguiu facilitar a tarefa de administradores, 
professores, equipes e outros por meio de uma plataforma multifuncional. Não 
apenas limitado à gerência interna, a gerência do sistema escolar também gerencia 
a interação da escola com os alunos e os pais. Esse recurso realmente torna eficaz 
a comunicação entre as três partes. 
A liderança tem um papel vital a desempenhar na criação de condições para o 
sucesso em todos os níveis dos sistemas de educação e treinamento. Os líderes 
escolares são os principais atores no estabelecimento de vínculos efetivos entre os 
diferentes níveis de educação e treinamento, famílias, mundo do trabalho e 
comunidade local, com o objetivo comum de aumentar a conquista de alunos. 
Gestão educacional é um campo que se preocupa com o funcionamento de 
organizações educacionais. 
É o processo de planejamento, organização e direção de atividades em uma 
escola, utilizando efetivamente recursos humanos e materiais, a fim de alcançar os 
objetivos da escola. Não é um campo limitado aos diretores da escola. Todas as 
partes envolvidas na educação devem ter uma visão da Gestão Educacional, pois é 
vital ajudar as escolas a funcionarem com sucesso e efetivamente atingirem seus 
objetivos. 
Já o instrumento benchmarking possui um diferencial frente ao planejamento 
estratégico, por procurar, além de suas próprias operações ou indústrias, fatores-
chave que influenciem produtividade e resultados. Portanto, trata-se de um recurso 
que pode auxiliar na melhoria do desempenho escolar. 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
CAPÍTULO 1 - PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO E DIREÇÃO 
 
1.1 Planejamento 
 
Planejamento, organização, direção e controle (PODC) são as ações que 
compõem o ciclo do processo administrativo. De maneira ampla, essas são as 
quatro grandes funções administrativas de uma empresa. 
Ao conjunto das funções administrativas, consideradas como um todo 
integrado dá-se o nome de processo administrativo. Ele serve de base para a 
literatura neoclássica da administração, que busca explicar como as funções 
administrativas são desenvolvidas pelas organizações. 
A figura 01 traz um esquema sobre o processo administrativo: 
 
Figura 1 Processo administrativo 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborada pela autora (2019) 
 
Planejar é decidir com antecedência o que fazer, como fazer, quando fazer, e 
quem deve fazer. O planejamento cobre o espaço entre onde estamos e para onde 
queremos ir. Torna possível a ocorrência de eventos que, em caso contrário, não 
aconteceriam. Embora o futuro exato não possa ser predito, e fatores incontroláveis 
podem interferir com os planos mais bem formulados, a menos que haja 
planejamento, os eventos serão deixados totalmente ao sabor do acaso. 
Planejamento é um processo intelectual exigente; requer determinação consciente 
Planejamento 
Organização Controle 
Direção 
5 
 
 
 
 
das alternativas de ação e a fundamentação de decisões em finalidades, 
conhecimentos e estimativas cuidadosas. 
O planejamento consiste em analisar os cenários que impactam na 
organização e delinear as estratégias futuras diante deles. É o momento de definir 
os objetivos e os meios para alcançá-los, com a intenção de reduzir as incertezas e 
orientar a tomada de decisões no processo administrativo. 
A partir do momento em que definimos que precisamos ou queremos 
conquistar alguma coisa, é essencial, fazer um planejamento pessoal ou 
profissional que nos permita alcançar efetivamente este objetivo. 
Por exemplo, se uma pessoa deseja fazer uma viagem internacional, um MBA 
numa boa escola, comprar um carro ou casa própria, ou ainda investir num 
procedimento estéticocirúrgico, ela precisa planejar: onde, quando e como realizará 
esta meta. 
Antes de começar um projeto ou atribuição, você deverá ter uma ideia geral de 
como isso afetará os outros, será necessária uma reavaliação quando houver uma 
alteração no ambiente de trabalho, uma reavaliação sempre será necessária. 
Estabeleça padrões altos para obter qualidades no desempenho dos seus 
projetos, assim você estará mais próximo de alcançar o topo da qualidade e um 
desempenho superior em outros projetos. 
 
FIQUE ATENTO 
O planejamento consiste em analisar os cenários que impactam na organização e 
delinear as estratégias futuras diante deles. É o momento de definir os objetivos e os 
meios para alcançá-los, com a intenção de reduzir as incertezas e orientar a tomada 
de decisões no processo administrativo. 
 
O planejamento estratégico é um importante componente do planejamento 
empresarial, que facilita de forma substancial a gestão de uma empresa. 
Planejar estrategicamente significa usar os recursos disponíveis de forma 
eficiente, aumentando a produtividade de um indivíduo ou empresa. A gestão do 
tempo é crucial para qualquer empresa, pois é um dos recursos mais valiosos à 
6 
 
 
 
 
nossa disposição. A gestão estratégica dos riscos também é uma área importante 
para qualquer empresa. 
A gestão administrativa além da técnica de administrar, ainda se utiliza de 
outros ramos como o direito, a contabilidade, economia, psicologia, matemática e 
estatística, a sociologia, a informática, entre outras. A gestão de pessoas é uma 
parte essencial da gestão administrativa ou de empresas. 
Em uma empresa, o ato de administrar significa planejar, organizar, coordenar 
e controlar tarefas, visando alcançar produtividade, bem-estar dos trabalhadores e 
lucratividade, além de outros objetivos definidos pela organização. Um dos ramos da 
administração de empresas é a administração financeira, que consiste na 
administração das finanças da organização. 
O empreendedorismo é essencial nas sociedades, pois é através dele que as 
empresas buscam a inovação, preocupam-se em transformar conhecimentos em 
novos produtos. Existem, inclusive, cursos de nível superior com ênfase em 
empreendedorismo, para formar indivíduos qualificados para inovar e modificar as 
organizações, modificando assim o cenário econômico. 
Atualmente, a inovação pode ser considerada um sinônimo de adaptação e, 
para que as empresas possam obter resultados e continuar na "batalha" no mercado 
empresarial, as inovações são essenciais para que possam se moldar às mudanças 
que acontecem nas estruturas sociais e econômicas. 
O planejamento deve ser uma constante na rotina das empresas, de tal forma 
que as empresas tenham no planejamento uma ferramenta útil, para que o grau de 
incertezas seja minimizado, incertezas quanto aos vários sistemas que compõem 
uma empresa: sistema financeiro, de comunicação, de Recursos Humanos, 
estratégia e outros sistemas. 
O planejamento formal é de grande relevância para o desenvolvimento das 
soluções mais importantes para a empresa, e torna a empresa integrada e com uma 
cultura voltada ao planejamento sistêmico em todas as situações e enfoque nos 
objetivos e metas o que direciona a empresa em um único objetivo. 
 
 
 
7 
 
 
 
 
SE LIGA 
Atualmente, a inovação pode ser considerada um sinônimo de adaptação e, para 
que as empresas possam obter resultados e continuar na "batalha" no mercado 
empresarial, as inovações são essenciais para que possam se moldar às mudanças 
que acontecem nas estruturas sociais e econômicas. 
 
Planejamento é precisamente um processo que identifica as metas e os 
objetivos que se quer alcançar. O planejamento produz estratégias para conseguir o 
que se propõe; organizar os meios pelos quais se quer conseguir um objetivo; 
planejamento dirige e controla todos os passos na sequência apropriada. 
O planejamento é um processo de tomada antecipada de decisões. Por meio 
do planejamento, o gestor já sabe o que precisará fazer antes que uma ação seja 
necessária. Isso porque, ao criar a estrutura e desenhar o plano de aplicação de 
suas ideias, ele já terá estudado e selecionado caminhos alternativos com base em 
simulações de futuro, estando preparado para contornar adversidades e para 
aproveitar oportunidades. 
Os objetivos estratégicos são aqueles mais amplos, que dialogam diretamente 
com a missão da empresa. Por exemplo, no caso de uma empresa que tenha entre 
suas missões proporcionar o bem-estar de seus colaboradores, um de seus 
objetivos estratégicos poderia ser, por exemplo, diminuir a rotatividade dos seus 
recursos humanos até um determinado patamar. 
Segundo Fayol, é uma função gerencial que busca especificar os recursos que 
devem estar disponíveis para cada produto e fornece cronogramas. 
Para planejar a estratégia de maneira coerente com o negócio e com a 
realidade do mercado, é muito importante que se tenham determinados os 
segmentos de clientes que podem ser atingidos, seus recursos disponíveis e os 
benefícios, características e diferenciais do produto ou serviço ofertado. 
Lembre-se que o mercado está em constante mudança. Contínuas e 
imprevisíveis alterações nas características dos consumidores, surgimento de novos 
produtos, concorrentes e fornecedores e a mudança no posicionamento estratégico 
da organização implicam na necessidade de ininterrupta revisão dos objetivos e 
ações. 
8 
 
 
 
 
 
SAIBA MAIS 
O planejamento formal é de grande relevância para o desenvolvimento das soluções 
mais importantes para a empresa, e torna a empresa integrada e com uma cultura 
voltada ao planejamento sistêmico em todas as situações e enfoque nos objetivos e 
metas, o que direciona a empresa em um único objetivo. 
 
Esse replanejamento constante garante que o negócio esteja sempre 
atualizado e progredindo. 
O planejamento não se restringe ao programa de conteúdo a ser ministrado em 
cada disciplina. Ele vai muito além. Está inserido dentro do plano global da escola, 
que inclui o papel social, as metas e seus objetivos. A escola, por sua vez, faz parte 
do sistema educacional e é ligada às secretarias de Educação, nos diversos níveis, 
que também determinam expectativas de aprendizagem para as diferentes áreas de 
conhecimento. 
O planejamento escolar costuma ser realizado antes do início das aulas, 
durante a semana pedagógica. Neste período, diversos membros da comunidade 
escolar se reúnem para compartilhar suas experiências do ano anterior e definir o 
que se espera do ano que está por vir. É importante lembrar que nem todas as 
discussões necessitam da presença de todos. A definição dos currículos de cada 
disciplina, por exemplo, não faz necessária a mobilização de toda a equipe escolar, 
mas tão somente dos professores especialistas e da equipe pedagógica. 
O PPP é uma ferramenta de planejamento e avaliação que deve ser usada 
como uma espécie de guia cada vez que uma decisão precisa ser tomada. Embora 
ele também deva ser elaborado com o auxílio de toda a comunidade escolar, ele é 
mais complexo do que o planejamento. Nele, constam aspectos como: 
A missão, visão e valores da escola — juntos, eles formam a identidade da 
escola: determinam qual é o propósito da instituição e quais são suas aspirações e 
suas crenças; 
A clientela — qual o público-alvo a quem são dirigidos os seus serviços; 
Os recursos — de onde virão os recursos financeiros necessários para a 
escola e como eles serão empregados; 
9 
 
 
 
 
As diretrizes pedagógicas — qual será o currículo escolar a ser lecionado, os 
materiais didáticos a serem usados, a metodologia utilizada, as metas de 
aprendizagem a serem alcançadas, etc; 
Planos de ação — neles contêm os objetivos, as ações a serem feitas, os 
responsáveis por cada uma das ações e os seus prazos de execução; 
Ao longo dos meses, é importante acompanhar se as ações previstas no 
planejamento têm sido implantadase se as estratégias estão dando certo. Essa 
avaliação pode ocorrer a cada bimestre ou trimestre ou, ainda, semestralmente. 
Nessa altura, algumas perguntas são essenciais: Tudo o que estava programado 
deu certo? Por que tal atividade deu errado? Como podemos melhorar para os 
próximos meses? Com as respostas dessas perguntas em mãos, inicia-se 
o replanejamento. 
Não há uma fórmula pronta para a administração de uma escola. Isso depende 
de suas características, de seus gestores e de seus relacionamentos, 
invariavelmente. Porém, novas formas de administração devem ser consideradas, já 
que não se pode levar em conta apenas o que foi aplicado no passado. Ao mesmo 
tempo em que indicadores mostram necessidades de melhorias, a participação dos 
envolvidos neste processo, sendo eles professores, diretores alunos ou seus pais, é 
fundamental para que se alcance bons resultados. 
Planejar o processo educativo significa, portanto, organizar, racionalizar e 
coordenar a ação docente visando à articulação entre os programas curriculares 
(oficiais ou de redes privadas), a prática da sala de aula e as problemáticas 
inerentes ao contexto social e cultural onde cada instituição está inserida. Nesse 
sentido, quanto maior a clareza do docente no que diz respeito ao conceito de 
planejamento e ao ato de planejar propriamente dito, maior liberdade e autonomia 
serão aplicadas no processo de ensino e aprendizagem. A organização 
do planejamento escolar é um dos pontos essenciais para que a escola obtenha 
bons resultados de ensino. Sem planejamento, a equipe docente se dispersa: cada 
um realiza suas próprias atividades sem uma coordenação que integre esse trabalho 
aos objetivos pedagógicos da escola. 
A figura 02 traz um esquema sobre o processo administrativo escolar: 
 
10 
 
 
 
 
Figura 2- Processo administrativo escolar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborada pela autora (2019) 
 
Considerando todo o contexto de atuação da instituição de ensino (isto é, 
relações internas entre discentes, docentes e funcionários; assim como externas, 
com os pais, o governo e toda a comunidade, o planejamento articula todos os 
interesses diversos com o papel da própria escola, a fim de atingir seu objetivo final 
— educar seus alunos — da melhor forma possível. Um bom planejamento escolar é 
construído com base não apenas no contexto e na realidade da escola do presente, 
mas também nos resultados e documentos de anos anteriores, mesmo que tenham 
sido elaborados por processos distintos. 
Nesse contexto, é muito importante analisar os resultados por meio de dados, 
que oferecem uma perspectiva objetiva e precisa do que aconteceu. Assim será 
possível identificar de maneira assertiva as estratégias e atitudes que não têm sido 
positivas e substituí-las por novas soluções. Além disso, a análise de dados também 
vai ajudar a escola a levantar dificuldades e desafios para que sejam trabalhados e 
superados com a ajuda do novo planejamento. 
 
1.2 Organização 
 
Depois de planejar suas estratégias e ações, a empresa passa para a 
organização. Nessa etapa, ela deve olhar para os seus recursos (financeiros, 
Acompanhar 
Avaliar 
Divulgar 
Reestruturar ou 
manter as 
propostas de 
ação 
11 
 
 
 
 
humanos e materiais) e definir a estrutura administrativa e a divisão de trabalho que 
irão gerenciá-los. 
Ao definir a gestão como elemento prioritário em seu escopo de ações, a 
escola adquire a capacidade de se concentrar na promoção do crescimento, da 
coordenação e da organização das condições básicas para afiançar um progresso 
sustentável. 
Na gestão da escola, a preocupação é lidar com todos os aspectos pertinentes 
às rotinas educacionais. Seu foco primordial é a obtenção de resultados, de 
empenho na execução de uma liderança exemplar, de relevância do currículo e da 
participação ativa dos pais. 
 
ATENÇÃO 
Nesse contexto, é muito importante analisar os resultados por meio de dados, que 
oferecem uma perspectiva objetiva e precisa do que aconteceu. Assim será possível 
identificar de maneira assertiva as estratégias e atitudes que não têm sido positivas 
e substituí-las por novas soluções. 
 
Apesar de não ser uma empresa, colégios transcendem o perfil de instituição e, 
assim como outros segmentos da economia, precisam de regras administrativas 
para o seu desenvolvimento e para o seu controle. Organização e planejamento 
escolar são imprescindíveis para a sua sobrevivência no mercado — no caso das 
privadas — e para evitar crises, como algumas das públicas enfrentam. 
O planejamento e a organização escolar das tarefas e das metas de um colégio 
não devem ser levados a ferro e a fogo. Portanto, deve existir certa flexibilidade para 
se adaptar às mudanças ao longo do percurso. Assim, a avaliação periódica das 
metas e dos planos de ação devem ser feitas periodicamente para se ter uma visão 
estratégica clara do seu planejamento e da sua organização escolar. 
A cultura dá sentidos e fornece direção aos humanos, enquanto estes 
interagem com o mundo social (a sociedade, o Estado, o sistema educacional ou 
ainda uma gestão escolar e sua cultura política) constituindo normas. Assim, essas 
normas são convertidas em regras de comportamento dos atores sociais envolvidos 
12 
 
 
 
 
em processos da organização escolar que refletem ou incorporam os valores de 
uma cultura (GIDDENS, 2010). 
A escola para realizar esses objetivos necessita de uma gestão para a tomada 
de decisões e a direção e controle dessas decisões. Sendo assim, para Libâneo, a 
organização e gestão visão: prover as condições, os meios e todos os recursos 
necessários ao ótimo funcionamento das escolas e do trabalho e sala de aula; 
 promover o envolvimento das pessoas no trabalho por meio da participação e 
fazer o acompanhamento e a avaliação dessa participação, tendo como referência 
os objetivos de aprendizagem; e c) garantir a realização da aprendizagem de todos 
os alunos. 
(LIBÂNEO, p.88, 2013). 
 
Durante um tempo, a organização e gestão escolar eram concebidas tendo 
como referência as teorias utilizadas pela Ciência Administrativa. Assim, as 
organizações produtivas em uma lógica capitalista visavam alcançar a eficiência e 
eficácia na obtenção do aumento do consumo e, consequentemente, do lucro. 
(LAKATOS, 1997; MORGAN, 1996). 
A profissionalização e a modernização de procedimentos administrativos, 
referentes à nova concepção de gestão escolar, o realinhamento de funções e 
relações de trabalho e a integração de todos os participantes da escola na definição 
e encaminhamento das decisões quanto ao seu gerenciamento técnico-pedagógico, 
tornam-se fatores decisivos para a concretização de uma gestão democrática. 
 A gestão educacional está associada ao compartilhamento de 
responsabilidades e fixação de relações de confiança, exigidas pela crescente 
complexidade dos processos sócios educacionais que surgem no cotidiano escolar, 
impondo desafios aos modelos de gestão das instituições de ensino, onde o 
desenvolvimento de relações de interdependência e reciprocidade entre todos os 
segmentos da escola e a capacidade para a tomada de decisões, elaboração de 
projetos, administração coerente dos recursos humanos, materiais e financeiros, são 
ações que propiciam o alcance dos resultados desejados. 
As concepções de gestão escolar refletem, portanto, posições políticas e 
concepções de homem e sociedade. O modo como uma escola se organiza e se 
13 
 
 
 
 
estrutura tem um caráter pedagógico, ou seja, depende de objetivos mais amplos 
sobre a relação da escola com a conservação ou a transformação social. A 
concepção funcionalista, por exemplo, valoriza o poder e a autoridade, exercidos 
unilateralmente. 
Com base nos estudos existentes no Brasil sobre a organização e gestão 
escolar e nas experiências levadas a efeito nos últimos anos, é possível apresentar, 
de forma esquemática, três das concepções deorganização e gestão: a técnico-
científica (ou funcionalista), a autogestionária e a democrático-participativa. 
Alguns autores destacam a importância de o gestor coordenar o trabalho da 
escola a partir de duas instâncias ou dimensões fundamentais para as quais se 
dirige o seu trabalho – uma interna e outra externa. Nesse sentido, os processos de 
planejamento e de avaliação deverão contemplar a escola em seu contexto. Ou seja, 
é preciso considerar a escola como instituição que desenvolve uma cultura própria, 
que influencia e é influenciada pela cultura geral. Assim, as duas dimensões 
mencionadas deverão ser cuidadosamente analisadas no momento de realização do 
planejamento e da avaliação escolar. 
Existe uma distinção entre estudos que trabalham com enfoques bem 
diferentes a respeito da organização e da gestão da escola. Na realidade existem 
duas concepções. Um enfoque científico-racional e um enfoque crítico, de cunho 
sócio-político. A primeira concepção vê a organização da escola como sendo 
tomada uma realidade objetiva, neutra, técnica, que funciona racionalmente, ou seja, 
pode ser planejada, organizada, controlada, de modo a alcançar maiores 
indicadores de eficácia e eficiência. A maioria das escolas atua nesse modelo de 
organização. Tem organogramas de cargos e funções, normas e regulamentos. Este 
é o modelo mais comum de funcionamento da organização escolar. 
 
FIQUE ATENTO 
Alguns autores destacam a importância de o gestor coordenar o trabalho da escola a 
partir de duas instâncias ou dimensões fundamentais para as quais se dirige o seu 
trabalho – uma interna e outra externa. 
 
14 
 
 
 
 
A segunda vê a organização da escola como um sistema de agregação de 
pessoas, onde existe uma intencionalidade de trabalhar com as interações sociais 
que acontecem dentro e fora da escola. A organização seria uma construção social 
atribuída aos professores, alunos, pais e integrantes da comunidade mais próxima. 
(LIBÂNEO, 2001). 
Atualmente, o modelo democrático-participativo tem sido influenciado por uma 
corrente teórica que compreende a organização escolar como cultura. Esta corrente 
afirma que a escola não é uma estrutura totalmente objetiva, mensurável, 
independente das pessoas, ao contrário, ela depende muito das experiências 
subjetivas das pessoas e de suas interações sociais, ou seja, dos significados que 
as pessoas dão às coisas enquanto significados socialmente produzidos e mantidos. 
Em outras palavras, dizer que a organização é uma cultura significa que ela é 
construída pelos seus próprios membros. 
Toda a instituição escolar necessita de uma estrutura de organização interna, 
geralmente prevista no Regimento Escolar ou em legislação específica estadual ou 
municipal. O termo estrutura tem aqui o sentido de ordenamento e disposição das 
funções que asseguram o funcionamento de um todo, no caso a escola. Essa 
estrutura é comumente representada graficamente num organograma um tipo de 
gráfico que mostra a interrelações entre os vários setores e funções de uma 
organização ou serviço. Evidentemente a forma do organograma reflete a 
concepção de organização e gestão. A estrutura organizacional de escolas se 
diferencia conforme a legislação dos Estados e Municípios e, obviamente, conforme 
as concepções de organização e gestão adotada, mas podemos apresentar a 
estrutura básica com todas as unidades e funções típicas de uma escola. 
A educação intercultural perpassa a organização escolar, o tipo de relações 
humanas que existe entre os profissionais e os usuários da escola, o respeito a 
todas as pessoas que nela trabalham. Ou seja, trata-se de uma mudança de 
mentalidade, de transformação das formas de pensar, de sentir, de comportar-se em 
relação aos outros. É preciso considerar, além disso, que os alunos trazem para a 
escola e para as salas de aula um conjunto de significados, valores, crenças, modos 
de agir, resultante de aprendizagens informais, que muitos autores chamam de 
cultura paralela ou currículo extraescolar. Fazem parte dessa cultura paralela o 
15 
 
 
 
 
cinema, a TV, os vídeos, as conversas entre adultos e entre amigos, as revistas 
populares, o rádio, de onde os alunos extraem sua forma de ver o mundo, as 
pessoas, as diferentes culturas, povos etc. 
De fato, a organização e a gestão, referem-se aos meios de realização do 
trabalho escolar, isto é, à racionalização do trabalho e à coordenação do esforço 
coletivo do pessoal que atua na escola, envolvendo os aspectos, físicos e materiais, 
os conhecimentos e qualificações práticas do educador, as relações humano-
interacionais, o planejamento, a administração, a formação continuada, a avaliação 
do trabalho escolar. Tudo em função de atingir os objetivos. Ou seja, como toda 
instituição as escolas buscam resultados, o que implica uma ação racional, 
estruturada e coordenada. Ao mesmo tempo, sendo uma atividade coletiva, não 
depende apenas das capacidades e responsabilidades individuais, mas de objetivos 
comuns e compartilhados e de ações coordenadas e controladas dos agentes do 
processo. 
Assumir o objetivo da educação intercultural não significa reduzir o currículo 
aos interesses dos vários grupos culturais que frequentam a escola. O que se 
propõe é que, com base em uma atitude coletiva definida pela escola no sentido de 
um pluralismo cultural - uma visão aberta e plural em relação às culturas existentes 
na sociedade e na comunidade -, seja formulada uma proposta curricular que 
incorpore essa visão intercultural. Não basta, todavia, pensar apenas no currículo 
formal. 
A organização escolar e os professores precisam saber como articular essas 
culturas, ajudar os alunos a fazerem as ligações entre a cultura elaborada e a sua 
cultura cotidiana, de modo que adquiram instrumentos conceituais, formas do pensar 
e de sentir, para interpretar a realidade e intervir nela. 
 
1.3 Direção 
 
O bom funcionamento de uma escola depende de uma série de fatores. Entre 
eles, tem-se a estrutura física: ela é composta por carteiras, computadores, 
bibliotecas, salas de aula, cantinas e até o pátio onde as crianças e os adolescentes 
podem conviver nos intervalos. 
16 
 
 
 
 
Só que nós sabemos que isso não é o essencial. Alunos, professores e demais 
colaboradores são considerados o que há de mais valoroso dentro de uma escola. A 
administração escolar não se resume a lidar com suprimentos, folhas salariais ou 
reposição de livros. Há pessoas envolvidas! A partir daí, notamos como a gestão 
escolar é desafiadora. 
Buscando compreender a importância da gestão escolar, muitos pesquisadores 
da área realizaram trabalhos que nos permitem entender como as práticas de 
escolas que seguem a integração desses três agentes vêm se tornando mais 
eficazes para o crescimento da escola e para a satisfação de pais e alunos, que 
aprendem melhor e absorvem com mais facilidade todo o conteúdo que lhes é 
apresentado. 
Enquanto o diretor da escola recebe o feedback e orientações da Secretaria da 
Educação, orientadores e coordenadores estão mais próximos dos alunos e da 
gestão da instituição de ensino. Por isso, é importante que todos se comuniquem e 
criem uma relação de confiança que terá como maior beneficiado o estudante. 
Um diretor escolar é, por definição, um profissional que carrega consigo 
grandes responsabilidades. Além de organizar a parte pedagógica, ele também tem 
que dar conta de tarefas administrativas. Por isso, o diretor de uma escola precisa 
ser uma pessoa extremamente eficiente e qualificada para desenvolver sua função. 
Muitas vezes o erro de uma gestão escolar começa pela má escolha do diretor. 
O cargo muitas vezes é ocupado por professores sem nenhuma experiência em 
administração ou, pelo contrário, por alguém vindo do mundo dos negócios e sem 
visão pedagógica. 
Os 6 maiores desafios da direção escolar 
1. Ser claro em relação aos objetivos. 
2. Direcionar novos investimentos.3. Entender a realidade dos alunos. 
4. Explorar o ambiente da escola. 
5. Pensar na governança. 
6. Ser empreendedor. 
 
17 
 
 
 
 
Dentro do espaço escolar, o gestor passa por muitas situações que precisam 
ser resolvidas na hora. Pode ser um aluno que não está se sentindo bem, um 
atendimento familiar que surge ou um professor que falta. Além disso, tem a rotina 
administrativa e pedagógica ocupa bastante espaço na agenda. Temos que apoiar o 
coordenador de turno e o pedagogo, participando das conversas e reuniões 
rotineiras com as famílias nos casos mais sérios de indisciplina, bem como nas 
dificuldades de aprendizagem. 
É importante que o diretor valorize o que cada um tem de bom, demonstrando 
seu nível de satisfação com os mesmos. Isso acontece quando fala aos pais dos 
alunos sobre as conquistas alcançadas, sobre os projetos e metas que serão 
atingidos. Esses objetivos devem ser traçados pelo grupo, pela equipe pedagógica e 
administrativa da escola. Não pense que fazer uma lista de objetivos e distribuí-la 
para o pessoal será elemento motivador. Pelo contrário, decisões arbitrárias são 
totalmente desmotivadoras, castradoras, pois limita o trabalho a ser desenvolvido na 
sala de aula. Os professores são os gestores das aulas, devem ter autonomia para 
trabalhar e seguir os caminhos que consideram mais importantes, os melhores 
caminhos. 
 
FIQUE ATENTO 
Dentro do espaço escolar, o gestor passa por muitas situações que precisam ser 
resolvidas na hora. 
 
O diretor deve: 
• Se manter informado sobre tendências educacionais e auxiliar os professores 
para que deem aulas interessantes e relevantes; 
• Acompanhar a evolução e direcionar a equipe no preparo de materiais para 
os alunos com baixo desempenho, alunos superdotados e os alunos portadores de 
necessidades especiais; 
• Definir junto à coordenação pedagógica e docentes que tipo de materiais e 
recursos são necessários para atender a todos os alunos; 
• Estipular quando ocorrerá a observação das aulas; 
18 
 
 
 
 
• Pensar junto com a equipe sobre como explorar as novas tecnologias em sala 
de aula, etc.; 
• Definir quais procedimentos podem ser adotados para evitar as reprovações; 
• Estimular a equipe e manter um relacionamento próximo com os responsáveis 
pelos alunos. 
Os bons relacionamentos criados por um diretor também servem para que ele 
seja capaz de mobilizar a família para estabelecer uma parceria de verdade. Quando 
esse profissional tem voz ativa e estabelece comunicação constante com os 
familiares, ele consegue desenvolver a percepção de que a escola é uma extensão 
da casa no que tange à educação, e não o contrário. 
E quando há esse entendimento, o acompanhamento e o suporte da vida 
escolar dos estudantes tornam-se maiores, o que favorece bastante a assimilação e 
internalização dos conteúdos apresentados em sala de aula. 
 
1.3.1 Deveres e Responsabilidades dos Diretores da Escola 
 
Diretores de escolas eficazes se preocupam profundamente com o sucesso do 
aluno e reconhecem que as notas dos testes não são a única medida de uma 
educação de qualidade. Ao mergulhar em todos os aspectos do sistema escolar, os 
diretores monitoram as atividades diárias, bem como as questões emergentes. 
Nenhum dia é o mesmo por causa das variadas responsabilidades do trabalho. Se 
se é um líder visionário, com habilidades efetivas de comunicação e deseja oferecer 
a diversos alunos uma educação excepcional, você pode ter o que é necessário 
para servir com confiança no papel de diretor da escola. 
As funções de um diretor em uma escola de ensino fundamental, médio ou 
médio são semelhantes, independentemente de a configuração ser pública ou 
privada. O papel do diretor é fornecer orientação estratégica no sistema escolar. Os 
diretores desenvolvem currículos padronizados, avaliam métodos de ensino, 
monitoram o desempenho dos alunos, incentivam o envolvimento dos pais, revisam 
políticas e procedimentos, administram o orçamento, contratam e avaliam 
funcionários e supervisionam as instalações. Outras tarefas importantes envolvem o 
19 
 
 
 
 
desenvolvimento de protocolos de segurança e procedimentos de resposta a 
emergências. 
O trabalho geralmente inclui assistir a funções da escola após o expediente, 
como jogos de basquete, concertos, peças de teatro, conferências de pais e 
reuniões do conselho escolar. Ter uma presença visível mostra interesse e 
dedicação aos alunos. Muitas vezes surgem problemas que precisam de atenção 
imediata, como uma questão disciplinar do aluno ou uma ligação de um pai 
preocupado cujo filho está sofrendo na sala de aula. 
 
 
20 
 
 
 
 
RECAPITULANDO 
 
QUESTÕES DE CONCURSOS[m1][MB2] 
QUESTÃO 1 
Ano: 2017 Banca: Nosso Rumo Órgão: SEDUC-SP Prova: Nosso Rumo - 2017 - 
SEDUC-SP - Diretor de Escola 
Um diretor de escola, ao discutir com a equipe escolar sobre o projeto político 
a ser desenvolvido no ano letivo, propôs que este fosse elaborado e 
desenvolvido a partir do eixo “Inclusão de alunos com necessidades 
especiais: seus limites e benefícios”. Fundamentou sua proposta nos artigos 
58 e 59 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n° 9.394/96), os 
quais asseguram o direito à educação especial, e deve, portanto, considerar o 
seguinte item: 
A - a necessidade do atendimento de crianças com necessidades especiais em 
idade escolar como uma das formas de assisti-las em horário de trabalho dos pais e 
a renovação da escola, tendo em vista a sociedade inclusiva. 
B - a necessidade de cumprir a legislação que trata da inclusão de crianças com 
necessidades especiais e, assim, atender à orientação da Secretaria da Educação e 
Diretoria de Ensino, às quais a escola está vinculada. 
C - o desenvolvimento de um projeto que contemple a inclusão de crianças com 
necessidades especiais em escolas e classes comuns, que, além de atender à 
legislação, é um dos meios de conscientizar a própria comunidade, criando vínculos 
pautados em valores e ideais compartilhados, tendo em vista a sociedade inclusiva. 
D - a inclusão social dos portadores de necessidades especiais deverá acontecer 
em escolas especiais, com professores especializados e mantidas pelo governo ou 
pela iniciativa privada. 
E - sendo o pessoal docente despreparado frente à inclusão, esta apenas poderá 
ser realizada após a superação dos limites referentes à formação de professores 
para atuar com diferentes tipos de necessidades especiais. 
 
 
 
21 
 
 
 
 
QUESTÃO 2 
Ano: 2017 Banca: Nosso Rumo Órgão: SEDUC-SP Prova: Nosso Rumo - 2017 - 
SEDUC-SP - Diretor de Escola 
Ao matricular-se no ensino médio de uma escola pública estadual, um aluno 
solicitou ao diretor da escola, através de requerimento, a utilização de seu 
nome social não só pelos colegas, funcionários e professores, como também 
nos atos e procedimentos escolares (lista de chamada, histórico escolar, entre 
outros). O diretor da escola, ao tomar conhecimento da solicitação e no uso de 
suas atribuições, deve se posicionar da seguinte forma: 
A - levar a solicitação requerida pelo aluno à apreciação e decisão do conselho de 
escola que, após análise criteriosa, deliberará pelo deferimento ou não da 
solicitação. 
B - encaminhar a solicitação ao supervisor escolar, que em sua apreciação deixará 
lavrado ser competência do diretor o deferimento ou indeferimento da solicitação. 
C - indeferir a solicitação e, entre as alegações, orientar o aluno para que este 
encaminhe à justiça comum a mudança do seu nome civil. 
D - deferir o pedido, com base no Decreto n° 55.588/10, na Deliberação n° 125/14, 
na Resolução n° 45/14; contudo, deve solicitar ao aluno que entre com solicitação na 
justiça comum para mudança do nome civil. 
E - deferir o pedido, com base no Decreto n° 55.588/10, na Deliberação n° 125/14 e 
na Resolução n° 45/14 e promover, entre a equipe escolar, alunos, pais e 
responsáveis, orientações e esclarecimentossobre a questão. 
 
QUESTÃO 3 
Ano: 2017 Banca: Nosso Rumo Órgão: SEDUC-SP Prova: Nosso Rumo - 2017 - 
SEDUC-SP - Diretor de Escola 
Leia o fragmento abaixo. 
Para o exercício da cidadania democrática, a educação, como direito de todos 
e dever do Estado e da família, requer a formação dos(as) cidadãos(ãs) (...) a 
educação em direitos humanos está imbricada no conceito da educação para 
uma cultura democrática (...) nos valores da tolerância, da solidariedade, da 
justiça social e na sustentabilidade, na Inclusão e na pluralidade. 
22 
 
 
 
 
SEDH/MEC. 
Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download 
&alias=2191 -plano-nacional-pdf&category_slug=dezembro-2009- 
pdf<emid=30192 
Uma escola estadual vive o recrudescimento da violência, tempos difíceis e 
conturbados por inúmeros conflitos; a intolerância é a sua marca central. Há 
um descompasso entre os conflitos e as normas do Regimento Escolar e de 
convívio expressas no Projeto Pedagógico da escola. O diretor da escola, de 
acordo com os princípios da gestão democrática, juntamente com o Conselho 
de Escola, questiona como intervir. Considera que a violência não pode ser 
entendida como natural, comum ou aceitável e nem ser vista apenas como um 
crime. Em consonância com os princípios da educação em direitos humanos, 
propõe: 1. Mapeamento e identificação dos atos que envolvem violência, para 
além do reconhecimento do conflito; 2. Agir na busca da resolução não 
violenta dos conflitos. Sendo assim, é correto afirmar que este diretor deve 
buscar concretizar as ações mediante o seguinte procedimento: 
A - identificar o líder e os grupos de alunos violentos. Aplicar as sanções previstas 
no Regimento Escolar. Chamar os pais isoladamente para conversar; registrar no 
livro de ocorrência colhendo as assinaturas; suspender o aluno por determinados 
dias; caso necessário, orientar os familiares sobre a solicitação da transferência para 
evitar a expulsão compulsória. 
B - encaminhar o mapeamento das ações violentas para os órgãos regionais de 
educação e solicitar orientações e intervenções. De fato, a escola pertence a um 
sistema, não é uma instituição isolada e não tem autonomia para propor 
intervenções nos casos de violências. 
C - encaminhar o mapeamento das ações violentas e dos atos infracionais para a 
Delegacia de Polícia e/ou da Justiça e/ou do poder Executivo Municipal e solicitara 
intervenção judicial. 
D - reconhecer que a escola, dependendo de onde se localiza, também é produtora 
e reprodutora das violências, em suas mais diversas manifestações, presentes na 
comunidade e omitir-se em casos mais graves. 
23 
 
 
 
 
E - desenvolver um projeto de construção coletiva para reduzir a violência e a 
intolerância, denominado “Vamos nos conectar”. Seu objetivo está voltado para as 
atitudes cotidianas e para a prática do respeito. Toda e qualquer punição, quando 
necessária, deve ter marcas pedagógicas. 
 
QUESTÃO 4[MB3] 
Leia o fragmento abaixo. 
(...) A simples profissão de fé democrática não divide os homens (...) as atuais 
controvérsias ideológicas não se concentram no significado de democracia, 
mas nas teorias sobre as condições de seu desenvolvimento e os meios de 
realização. 
AZANHA, José Mário Pires, 2004. 
Articulando as necessidades locais da Unidade Educacional com as diretrizes 
definidas pela Secretaria Estadual de Educação, o diretor de uma escola 
estadual divulga amplamente o Plano de Ação para o ano letivo. Este foi 
discutido e aprovado pelo Conselho de Escola, e está comprometido com os 
princípios da educação de qualidade para todos e todas. Sua primeira meta é 
garantir que 100% dos alunos estejam alfabetizados ao término do terceiro 
ano, com oito anos de idade. Adota como estratégias: sondagens periódicas e 
fortalecimento das práticas pedagógicas de recuperação contínua, turmas de 
recuperação no contraturno utilizando espaços alternativos e recuperação 
intensiva ao término de cada semestre. Diante do exposto, é correto afirmar 
que a maneira de compreender a democratização do ensino se expressa na 
seguinte alternativa: 
A - reduzir a alfabetização em treinamento para garantir resultados, mesmo que 
signifique perda de qualidade e não a oferta dos mesmos padrões de qualidade para 
todos, promovendo a aprendizagem realmente significativa. 
B - possibilitar uma intensa ocupação do espaço escolar, provocando o 
rebaixamento do ensino de outras áreas do conhecimento. Trata-se de concepção 
quantitativa. 
24 
 
 
 
 
C - negar a ampla autonomia didática e não visar à renovação metodológica e 
curricular desejada. Adotar procedimentos que obrigam o professor a se ajustar à 
realidade do aluno. 
D - não respeitar o ritmo de cada criança e negar a liberdade do aluno como base 
para todo projeto pedagógico e o papel do aluno como agente da própria educação. 
Trabalhar para atingir certa expectativa elou objetivo educacional e não para a 
formação da cidadania. 
E - não se democratiza uma instituição pública se ela não atinge a todos. A 
existência de alunos não alfabetizados, prováveis reprovados, anula a política de 
garantir vagas para todo. 
 
QUESTÃO 5 
Ano: 2017 Banca: Nosso Rumo Órgão: SEDUC-SP Prova: Nosso Rumo - 2017 - 
SEDUC-SP - Diretor de Escola 
No início do ano letivo, durante os dias de planejamento, um diretor de escola 
estadual e sua equipe, tendo em vista os resultados do rendimento escolar 
obtidos pelos alunos no ano anterior, o nível de evasão escolar e a baixa 
participação dos pais na escola, resolveram rediscutir o Projeto Político-
Pedagógico da escola, como forma de analisar e estabelecer objetivos no 
sentido da melhoria da qualidade de ensino, de diminuir o índice de evasão 
escolar e promover aumento da participação dos pais na escola. Assim sendo, 
devem considerar que o Projeto Político-Pedagógico seja reelaborado a partir 
das seguintes dimensões: 
A - dimensão política, que contribui com a formação social e cultural do cidadão para 
um determinado tipo de sociedade, e dimensão pedagógica, a qual se cumpre na 
medida em que se realiza enquanto prática especialmente pedagógica das diversas 
disciplinas curriculares. 
B - dimensão política, no sentido de uma ideologia, e dimensão pedagógica, a qual 
prioriza as metodologias e práticas a serem utilizadas nas salas de aula, em 
diversos anos e disciplinas escolares. 
25 
 
 
 
 
C - dimensão política, porque deve considerar a realidade na qual a escola está 
inserida, e dimensão pedagógica, porque é restrita à transmissão de conteúdos e 
avaliação dos resultados. 
D - dimensão política, que contribui para a formação social do aluno e da 
comunidade eficaz, e dimensão pedagógica, porque prioriza o papel das novas 
tecnologias aplicadas à educação. 
E - dimensão política, porque assegura o envolvimento da comunidade, e dimensão 
pedagógica, porque é embasada nos conhecimentos sistematizados, preparando o 
aluno para a vida prática. 
 
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE 
Quem é responsável por fazer o planejamento escolar? 
 
TREINO INÉDITO 
Qual alternativa apresenta a definição de planejamento? 
a) É definir os objetivos, decidir como alcançar os planos, programar as atividades, 
alcançar as metas. Algumas empresas ainda adotam o método arcaico de 
administração às escuras e não planejam, desta forma, não se preparam para 
possíveis reveses e acabam tendo insucesso em seus objetivos. 
b) Compreende várias fases, como a elaboração dos níveis hierárquicos e definição 
das estruturas organizacionais. Pode ser definida como a ordenação dos recursos 
materiais e recursos humanos, visando atingir os objetivos estabelecidos. 
c) Tomada de decisões, de liderança e intercomunicação com os subordinados. 
Fazer acontecer, dinamizar, esta função administrativa exige muito da habilidade 
humana do profissional pela área relacionada, a direção pode ser a nível 
institucionalabarcando toda a empresa, nível departamental abrangendo as 
unidades em separado e, por fim, a nível operacional. 
d) Nesta função devem ser avaliados os progressos da empresa em seus objetivos e 
feitas as devidas correções para garantir que os resultados sejam satisfatórios. 
e) Qual será o currículo escolar a ser lecionado, os materiais didáticos a serem 
usados, a metodologia utilizada, as metas de aprendizagem a serem alcançadas, 
etc. 
26 
 
 
 
 
 
NA MÍDIA 
A era das fabricas inteligentes está começando 
A Secretaria de Estado de Educação (SEE) deu início ao processo de escolha dos 
novos diretores e vice-diretores das escolas estaduais mineiras. A Resolução SEE 
nº 4.127/2019, que traz as novas normas, foi divulgada nesta quarta-feira (24). Os 
servidores interessados em participar do processo devem criar uma chapa formada 
por candidatos aos cargos de diretor e vice-diretor. Serão escolhidos gestores para 
3.443 escolas. As chapas concorrentes devem apresentar, no ato da inscrição, um 
Plano de Gestão na perspectiva democrática, participativa e transparente, voltada 
aos resultados de aprendizagem dos alunos. 
Fonte: Hoje em Dia0 
Data: 24 de abril de 2014 
Leia a notícia na íntegra: 
https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/educa%C3%A7%C3%A3o-inicia-escolha-
dos-diretores-da-rede-estadual-de-ensino-1.709742 (Acesso em 23 de abril de 2020) 
 
NA PRÁTICA 
O equilíbrio é a tônica do diretor escolar democrático, preocupa-se com as reais 
necessidades de sua comunidade, procura minimizar problemas, auxiliando e 
interagindo com o intuito de valorizar e desenvolver talentos. 
A responsabilidade do diretor escolar vai além das tarefas burocráticas e da 
autoridade que o cargo lhe confere. É esperado que sob sua gestão a escola atinja a 
qualidade objetivada pelos sistemas de ensino e legislação pertinente. Para isto 
necessita obter o desempenho plenamente satisfatório de todos os integrantes do 
ambiente escolar. 
Além de manter-se atualizado com as diretrizes educacionais do projeto pedagógico 
da escola, deve ser mediador entre ela e a comunidade a que pertence, 
administrando conflitos, prevendo custos e despesas, além de zelar pela segurança, 
gerir o calendário escolar, e promover o clima democrático e participativo na escola. 
Muito além de todas essas tarefas o diretor precisa ser um educador e como tal 
envidar esforços no sentido de promover o sucesso em relação a aprendizagem dos 
27 
 
 
 
 
alunos. Diante de tantas responsabilidades ele pode, em sua gestão, ser autocrático 
ou burocrático ou do tipo que dá carta branca aos seus agregados. 
Fonte: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/gestao-escolar.htm 
 
PARA SABER MAIS 
Vídeo: Organização como função administrativa. Disponível em 
https://www.youtube.com/watch?v=eb8lHhTGHC0 (Acesso em 23 de abril de 2020) 
Vídeo: O desafio da Gestão Escolar. Disponível em 
https://www.youtube.com/watch?v=4Ig7q29BBPA (Acesso em 23 de abril de 2020) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=4Ig7q29BBPA
28 
 
 
 
 
CAPÍTULO 2 - FORMAS DE ADMINISTRAÇÃO 
 
2.1 Administração Japonesa 
 
Após a derrota na Segunda Guerra Mundial, encontramos um povo decidido a 
apagar as lembranças do período anterior e uma nação em busca de prosperidade. 
Uma nova visão de poder se instala: não mais expansão através do poderio militar, 
mas através do poder econômico. 
Nos sistemas educacionais dos países industrializados, somos obrigados a 
reconhecer que o japonês é o mais desenvolvido: tanto a cobertura quanto a 
eficiência terminal do ensino fundamental, médio e secundário estão próximas de 
cem por cento. Assim, o sistema japonês garante às jovens gerações uma educação 
escolar mínima de doze anos. 
Este sistema - como veremos ao longo deste trabalho - é descentralizado: as 
autoridades locais reservam a educação obrigatória para si (escolas primárias e 
secundárias) e deixam o bacharelado e, acima de tudo, o ensino superior, aberto à 
participação do setor privado. Embora o sistema educacional japonês garanta o nível 
mais alto de educação em comparação com seus pares em outros países, sua 
rigidez inibe o desenvolvimento da criatividade individual. 
Por esta razão, as autoridades educativas estão se preparando para realizar 
uma nova reforma, a fim de enfrentar os desafios impostos ao Japão por sua 
posição internacional. Desde a Restauração Meiji, uma das principais preocupações 
do governo era a educação da comunidade. Com o desejo de obter resultados 
rápidos e sólidos nesse domínio, em 1871 foi criado o Ministério da Educação (MdE) 
e encarregado da administração central do sistema educacional. 
Em 1872, a primeira "Lei da Educação" estabeleceu três níveis de educação: 
elementar, intermediário e universitário; Com esta reforma, o antigo sistema 
educacional feudal foi definitivamente substituído pelo moderno. Em 1886, quatro 
leis reestruturaram os três níveis existentes de educação e criaram a escola normal; 
escola elementar, cuja duração foi estabelecida em quatro anos, foi declarada 
universalmente compulsória. Em 1900, uma nova lei reforçou a obrigatoriedade do 
ensino fundamental e, em 1908, a duração foi ampliada para seis anos. Ao mesmo 
29 
 
 
 
 
tempo, leis foram aprovadas regulando os diversos setores do sistema educacional. 
Com isso, o governo japonês buscou incorporar os avanços educacionais 
alcançados pelos países ocidentais. 
Em 1947, a "Segunda reforma educacional" foi iniciada. Nesse ano, foi 
promulgada a Constituição japonesa e, no campo educacional, a "Lei Fundamental 
da Educação" (Lei nº 25) e a "Lei da Educação Escolar"; estes introduziram novas 
reformas, entre as quais se destacam a criação do "Sistema 6-3-3-4" 1 e a extensão 
do ensino obrigatório a nove anos (seis do ensino fundamental e três do ensino 
médio). Nos anos subsequentes, o caráter compulsório da educação foi ampliado 
até mesmo para as escolas dos deficientes e o funcionamento das escolas privadas 
(1949) e das escolas especializadas foi regulamentado. 
A Lei no. 25 de 1947 estabeleceu as diretrizes essenciais do sistema 
educacional japonês contemporâneo. Considerando essa lei, o Estado é concebido 
como o meio que permite ao Japão contribuir para a paz mundial e o bem-estar da 
humanidade. Além disso, o estado é definido como democrático e cultural. Portanto, 
a educação é considerada um dos meios fundamentais para realizar os ideais de 
paz e bem-estar. 
Os vários artigos da lei determinam as características da educação: - A 
educação visa desenvolver a personalidade do indivíduo. Ele deve amar a verdade e 
a justiça, valorizar os valores individuais, respeitar o trabalho e ter um profundo 
sentido de responsabilidade (Artigo 1). - A educação deve ser abrangente 
(desenvolvida em todos os momentos e em todos os lugares), respeitar a liberdade 
acadêmica, assumir a vida contemporânea e cultivar um espírito espontâneo (artigo 
2). - Todos os cidadãos devem ter as mesmas oportunidades educacionais, e as 
autoridades estaduais e locais devem ajudar financeiramente aqueles com 
problemas financeiros (art. 3). - As autoridades estaduais e locais devem promover a 
educação dentro da família e fornecer a infraestrutura social apropriada para a 
educação (Artigo 7). - Todos aqueles que têm filhos sob sua responsabilidade são 
obrigados a garantir que recebam nove anos de educação geral. A educação 
obrigatória, fornecida por organizações nacionais e locais, é gratuita (Artigo 4). - A lei 
deixa em aberto a possibilidade de funcionamento de órgãos privados de educação - 
embora regulados por leis - e define a respeitabilidade do status do professor e suas 
30 
 
 
 
 
percepções salariais, para que este possa viver com decoro (artigo 6). - A educação 
visa fornecer conhecimento político, mas fora de qualquer atividade política (artigo 
8). Deve também promovera tolerância religiosa e permanecer fora de qualquer 
órgão religioso (Artigo 9). (ENSINO NO JAPÃO, 2015) 
Vale destacar que a "educação relaxada" (yutori kyōiku) foi realizada para 
reduzir a carga de estudo das crianças e, assim, assegurar-lhes alguma 
tranquilidade mental e permitir que cultivassem ideias mais livres. Por exemplo, 
atividades complementares e atividades comunitárias foram introduzidas como parte 
do cronograma de aprendizagem integral, o total anual de horas de ensino foi 
reduzido e a semana letiva de cinco dias foi totalmente introduzida. 
No entanto, mais tarde, pesquisas internacionais sobre desempenho 
acadêmico revelaram que houve uma queda acentuada no desempenho acadêmico 
de crianças japonesas. A partir de abril de 2012, as novas diretrizes da escola serão 
aplicadas a fim de pôr fim ao "relaxamento". O número de horas de aula para cada 
assunto vai aumentar em 10% (nos três anos do ensino secundário e seis anos de 
escola primária) e habilidades de pensamento crítico, discernimento e capacidade 
de expressão serão reforçados, bem como os conhecimentos e habilidades básicos 
que devem ser adquiridos e especificados. 
Acho que o objetivo da filosofia da "educação relaxada", que buscava 
desenvolver "a capacidade de pensar por si mesmo", não era ruim. O problema é 
que esse ideal não penetrou suficientemente entre professores e pais, e também 
que nenhuma medida concreta foi tomada para tornar essa filosofia uma realidade 
na sala de aula. 
Na educação no Japão do pós-guerra, a ênfase foi colocada na "educação 
condensada", um sistema educacional baseado na memorização, que se concentrou 
em comprimir o conhecimento e não foi capaz de cultivar suficientemente o desejo 
de aprender por si mesmo ou peão capacidade[MB4] de julgamento independente das 
crianças. Por essa razão, o curso foi mudado e a "educação condensada" foi 
mudada para "educação relaxada". As horas de ensino foram reduzidas, cada escola 
foi autorizada a projetar e estabelecer, com base em sua criatividade, uma variedade 
de aprendizado abrangente, em que a iniciativa e a personalidade das crianças 
31 
 
 
 
 
foram respeitadas e lhes ofereceram aulas eletivas para desenvolver seu 
aprendizado. 
No entanto, a fim de aplicar adequadamente os cronogramas de aprendizagem 
integral, em que o conteúdo das classes poderia ser livremente projetado, era 
necessária mais energia do que o previsto. Além disso, as qualidades e capacidades 
pessoais dos professores exerciam uma influência muito grande, o que significava 
que existiam grandes diferenças entre as iniciativas de algumas escolas e outras. 
Em muitos casos, essas aulas acabam usando os cronogramas de 
aprendizagem integral de maneira improvisada, para preparar competições 
esportivas, viagens escolares e outros tipos de eventos escolares. Também 
ocorreram problemas com as aulas eletivas, por causa das preferências das 
crianças e das limitações nos edifícios e instalações disponíveis. As crianças nem 
sempre podiam escolher as opções que queriam e, em muitos casos, os 
funcionários não tinham capacidade didática suficiente para organizar um currículo 
progressivo. Havia então, uma enorme distância entre o ideal de yutori kyōiku e a 
realidade na sala de aula. É evidente que muitos professores e escolas sentiram que 
tinham sido encarregados de uma tarefa que não conseguiam enfrentar. 
Outro problema importante foi que o yutori kyōiku foi longe demais para reduzir 
as horas de aula. É necessário garantir certo número de horas de aula para que as 
crianças aprendam o básico. Por outro lado, a redução radical das horas de aula 
significou que mais classes de reforço são necessárias, o que resultou em uma 
carga ainda maior para os professores. Essa falha em ensinar os fundamentos 
adequadamente também parece explicar porque o yutori kyōiku não atingiu seu 
objetivo principal de desenvolver a capacidade de as crianças pensarem por si 
mesmas. 
Não há dúvida de que a educação escolar do pós-guerra desempenhou um 
papel vital no rápido crescimento econômico do Japão. A educação baseada no 
conhecimento da compressão funcionou bem durante os anos em que a economia 
japonesa se fortaleceu. Mas, inevitavelmente, o crescimento atingiu um patamar em 
que a economia amadureceu. Em uma sociedade em rápida mutação, onde diversos 
valores coexistem, a automotivação e o julgamento independente são 
absolutamente vitais. Nesse sentido, a decisão de reformar o sistema educacional 
32 
 
 
 
 
foi um ato digno de elogios. Eu vou dizer mais uma vez: o ideal para o qual o yutori 
kyiku aspirava não era ruim. 
As novas diretrizes educacionais que já estão em vigor nas escolas primárias 
do país (e que serão aplicadas às escolas secundárias desde o início do novo ano 
acadêmico em abril de 2012) mantêm o ideal do yutori kyōiku, incorporando medidas 
concretas para resolver os problemas que surgiram a partir dele. 
Por fim, se destaca o modelo Ohnoísmo que superou o tradicionais modelos 
fordista e taylostista e também se assenta em um regime de produção em massa. 
Atualmente, é considerado um dos paradigmas dominantes de modelo produtivo. 
Também chamado de Sistema de Produção Toyota (SFT), surgiu no contexto de pós 
segunda guerra mundial. 
 
2.2 Benchmarking 
 
O benchmarking consiste em aprender com outras empresas, sendo um 
trabalho de grande intensidade, que requer bastante tempo e disciplina. Pode ser 
aplicado a qualquer processo e é relevante para qualquer organização, tendo em 
conta que se trata de um instrumento que vai contribuir para melhorar o 
desempenho da empresa ou organização. 
O American Productivity & Quality Center (APQC) é uma das instituições 
referências no mundo quando o assunto é benchmarking. A instituição criou 
um código de conduta do benchmarking, em que propõe oito princípios para o 
relacionamento entre empresas, nas práticas de benchmarking de cooperação. 
Benchmarking é um processo contínuo que é tomado como produtos de 
referência, serviços ou processos de trabalho de empresas líderes, para comparar 
com a sua própria empresa e, em seguida, fazer melhorias e implementá-las. Não se 
trata de copiar o que a concorrência está fazendo, mas de aprender o que os líderes 
estão fazendo, para implementar em sua empresa, adicionando melhorias. Se 
considerarmos aqueles que estão na área, que queremos melhorar e estudar suas 
estratégias, métodos e técnicas para melhorar e adaptar à nossa empresa mais 
longe, vai alcançar um elevado nível de competitividade. 
33 
 
 
 
 
Existem diferentes tipos de benchmarking: competitivo, interno e funcional. O 
objetivo comum dos três tipos é ajudar os gerentes a olhar para fora de seus 
departamentos, suas organizações, a sua autoridade ou a outros setores onde 
existam empresas que são as melhores da sua classe: 
 
2.2.1 Competitivo 
 
Benchmarking competitivo procura medir produtos, serviços, processos e 
funções dos principais concorrentes, para comparação com sua empresa e para 
detectar e fazer melhorias que excedem os dos concorrentes. 
Talvez seja o mais complicado de realizar dos três tipos, uma vez que a análise 
e o estudo, como mencionei, são realizados nos principais concorrentes. 
Considerando sua competência direta, na grande maioria dos casos eles não estão 
interessados em colaborar. Isso significa que, se eles não colaborarem, não 
podemos realizá-lo? Claro que não, mas obviamente, na coleta dos dados 
necessários, devem ser usados mais recursos e, portanto, será muito mais caro. 
 
2.2.2 Interno 
 
O benchmarking interno é realizado dentro da mesma empresa. Geralmente é 
realizado em grandes empresas que possuem diferentes departamentos ou também 
com grupos de negócios que são formados por várias empresas. No processo de um 
departamento ou área este é um exemplo a seguir por seus bons resultados para 
conduzir um benchmark a outros departamentos internos da empresa.É mais fácil de executar em empresas com estruturas com um determinado 
tamanho, é também normalmente o mínimo de recursos necessários para realizá-lo, 
porque a informação é obtida a partir da própria empresa. 
 
2.2.3 Funcional 
 
34 
 
 
 
 
O benchmarking funcional identifica as melhores práticas de uma empresa, que 
é excelente na área a ser melhorada. Não é necessário que esta empresa seja 
concorrente ou mesmo que pertença ao mesmo setor. 
É geralmente muito produtivo, porque uma vez que não são organizações que 
são concorrentes diretos não há nenhum problema de confidencialidade e, 
geralmente, fornecer as informações necessárias para o estudo. 
Para projetar e executar corretamente um processo de benchmarking em sua 
empresa recomenda seguir os seguintes passos: planejamento, coleta de dados, 
análise, ação e monitoramento: 
 
2.2.4 Planejamento 
 
O objetivo principal desta primeira etapa é planejar a pesquisa que será 
realizada. Nesta etapa, temos que responder três perguntas: 
• O que eu quero medir? Toda pesquisa deve ter um motivo, e isso deve estar 
relacionado a uma área da nossa empresa que queremos melhorar. 
• Quem vou medir? Para responder a esta segunda questão, temos que nos 
perguntar que tipo de benchmarking vamos seguir: competitivo, interno ou funcional. 
Depois de termos tomado a decisão, saberemos se seremos comparados com 
nosso próprio departamento ou com uma empresa dentro ou fora do setor. 
• Como vamos fazer isso? Para realizar o projeto, temos que criar uma equipe 
de trabalho para ser responsável pela organização e seu gerenciamento. 
 
2.2.5 Dados 
 
A coleta de dados é fundamental para o benchmarking, o sucesso ou o 
fracasso de todo o processo dependerá dele em grande medida. Podemos obter 
dados de diferentes fontes: associações internas, profissionais ou pesquisa própria, 
entre outros. 
 
2.2.6 Análise 
 
35 
 
 
 
 
Uma vez compiladas as informações necessárias, devemos analisar os 
elementos que causam as diferenças entre nossa empresa e as empresas 
estudadas, a fim de identificar oportunidades de melhoria. 
Uma vez que tenhamos identificado a magnitude das diferenças, é hora de 
propor as melhorias que vamos realizar. Devemos levar em conta que apenas 
selecionaremos as melhorias que por tamanho, recursos e infraestrutura que sejam 
viáveis para realizar por nossa empresa. 
 
2.2.7 Ação 
 
O próximo passo, depois de analisar as informações e selecionar os aspectos 
de referência nas empresas selecionadas, é hora de se adaptar a nossa empresa, 
mas sempre implementar melhorias. Em outras palavras, depois de analisar as 
informações e identificar as melhores. 
 
2.2.8 Acompanhamento e Melhoria 
 
Nesta última etapa, um relatório deve ser feito com todas as informações 
destacadas do processo. Isso ajudará a retomar o trabalho em projetos 
subsequentes. A ideia é que se torne um exercício da empresa sustentada ao longo 
do tempo para adotar uma melhoria contínua. 
 
2.3 Administração Empreendedora 
 
O termo entrepreneur foi cunhado por volta de 1800 pelo economista francês 
Jean-Baptiste Say, para identificar o indivíduo que transfere recursos econômicos de 
um setor de produtividade mais baixa para um setor de produtividade mais elevada e 
de maior rendimento (empreendedor perturba e desorganiza). 
Para Schumpeter a tarefa do empreendedor é a destruição criativa. Ele 
postulava que o desequilíbrio dinâmico provocado pelo empreendedor inovador, em 
vez de equilíbrio e otimização, é a norma de uma economia sadia e a realidade 
central para a teoria econômica e a prática econômica. 
36 
 
 
 
 
Segundo Drucker: 
o empreendedor sempre está buscando a mudança, reage a ela e a explora 
como sendo uma oportunidade. Ele cria algo novo, algo diferente, ele muda 
ou transforma valores, não restringindo o seu empreendimento a instituições 
exclusivamente econômicas. Ele é capaz de conviver com os riscos e 
incertezas envolvidos nas decisões. Ele inova. Contudo, seu espírito 
empreendedor não é uma característica de personalidade. Qualquer 
indivíduo que tenha à frente uma decisão a tomar pode aprender e se 
comportar de forma empreendedora. A inovação é o ato que contempla os 
recursos com a nova capacidade de criar riqueza, de fato podendo até criar 
um recurso na medida em que dote de valor econômico alguma coisa da 
natureza, não utilizada anteriormente para esse fim. A inovação não precisa 
ser técnica, não precisa ser uma coisa, não se restringe a uma invenção. 
Pode ser social também. Essencialmente ela consiste na concretização de 
ideias. A inovação atribui ao empreendedor a habilidade de edificar 
negócios que geram empregos e a habilidade de manter naturalmente a 
inovação sistemática no seu negócio diferenciando-o e mantendo-o 
competitivo no mercado. A inovação não precisa ser técnica, é não o 
precisa ser uma coisa, não se restringe. Pode ser social também. 
Essencialmente ela consiste na concretiza o de ideias. (DRUCKER, p. 33, 
1975) 
 
A obra de Ouchi (1985) muito ajudou, senão diretamente na prática, mas 
inicialmente na teoria, a criar a nova visão de que as empresas americanas estavam 
fora da competitividade (e não sobreviveriam) devido ao seu modelo de 
administração tradicional. Um modelo apenas de produção em massa sem a devida 
preocupação com o que o cliente desejava. Assim, o esforço para mudar tal situação 
levou ao desenvolvimento do “modelo” de administração empreendedora, um tipo de 
administração mais moderna e inovadora. 
O gênio criativo do trabalhador comum deve ser libertado, ninguém conhece a 
empresa melhor do que ele. Focalize a inovação naquilo que pode mantê-lo 
competitivo. A única forma de assegurar que nada dê errado focalizando a inovação 
nos produtos e nas relações com os clientes. Inovar nos processos internos podem 
perder de vista os resultados a serem obtidos conforme Gifford Pinchot III, os dez 
mandamentos do empreendedorismo são: 
1. Vá para o trabalho a cada dia disposto a ser demitido. 
2. Evite quaisquer ordens que visem interromper seu sonho. 
3. Execute qualquer tarefa necessária a fazer seu projeto funcionar, a despeito 
de sua descrição de cargo. 
4. Encontre pessoas para ajudá-lo. 
37 
 
 
 
 
5. Siga sua intuição a respeito das pessoas que escolher e trabalhe somente 
com as melhores. 
6. Trabalhe de forma clandestina o máximo que puder; a publicidade aciona o 
mecanismo de imunidade da corporação. 
7. Nunca aposte numa corrida, a menos que esteja correndo nela. 
8. Lembre-se de que é mais fácil pedir perdão do que pedir permissão. 
9. Seja leal às suas metas, mas realista quanto às maneiras de atingi-las. 
10. Honre seus patrocinadores. 
 
2.4 O Emprego 
 
Não adianta mais acumularmos um estoque de conhecimentos. É preciso que 
saibamos aprender. Sozinhos e sempre. Como realiza o empreendedor na vida real: 
fazendo, errando, aprendendo (CHAGAS, 2000). 
A visão do mundo real de negócios é um pouco diferente da visão do 
acadêmico que, ainda não teve oportunidades de atuar no mercado, daí a 
divergência entre a teoria e a prática. Os professores de Administração buscam 
permanentemente melhorar esta relação, procurando interagir com maior ênfase na 
aplicação da teoria voltada à realidade empresarial, mostrando os benefícios e 
fundamentos das teorias administrativas com toda sua amplitude e princípios, 
voltados a dar respostas e soluções aos problemas do dia a dia da empresa, 
buscando a maximização da eficiência e eficácia do produto, processos e/ou 
serviços objetivando diminuir déficit, insatisfações e centrando o foco na busca de 
resultados mais relevantes que retratem com fidelidade a estrutura e o perfil 
organizacional. 
O desemprego não é um fenômeno novo na história da civilização. No início do 
século Taylor foi acusado de provocar desemprego com seus princípios de 
administração científica. Durante a revolução industrial a saúde dos trabalhadoresdo campo foram deslocados e posteriormente absorvidos pelas indústrias 
nascentes. A quebra da bolsa de Nova York, em 1929, repercutiu na maioria dos 
industrializados, causando depressão econômica e níveis de desemprego 
alarmantes. 
38 
 
 
 
 
Os níveis de emprego são fatos econômicos considerados normalmente no 
planejamento institucional. A preocupação com a falta de trabalho remunerado está 
sendo amplamente discutida, da mesma forma que em períodos anteriores à crise. 
Por isso, se de um lado o tema não pode ser ignorado, pois impacta em todos os 
cidadãos da aldeia global, por outro lado deve ser tratado com realismo, já que se 
trata de um problema inserido num amplo contexto e condicionado a muitas 
variáveis. 
As filas de desempregados e subempregados cresceram diariamente na 
América do Norte, na Europa e no Japão. Mesmo nas que estavam em 
desenvolvimento, enfrentando o desemprego tecnológico, na medida em que as 
empresas multinacionais constroem instalações de produção com tecnologia de 
ponta em todo o mundo, acarretando a substituição de milhões de trabalhadores de 
baixa remuneração, sem qualificação ou semiqualificados, tanto administrativos 
quanto operacionais. 
Vários fenômenos econômicos relacionados são resultados do equilíbrio 
dinâmico instável de cinco grandes formas da economia mundial atual: 
• O fim do comunismo; 
• Um deslocamento tecnológico no sentido das indústrias de alto conteúdo de 
massa cinzenta; 
• Um crescimento demográfico sem paralelo na história; 
• Uma economia globalizada; 
• Uma era sem potências econômicas, políticas e militares dominantes. 
O desemprego deve ser compreendido como uma das consequências do 
desenvolvimento tecnológico, que permeia direta ou indiretamente a maior parte dos 
problemas emergentes. O desenvolvimento tecnológico não pode ser detido, pois, 
trata-se da própria capacidade de criação do intelecto humano. E que pese todos os 
seus desdobramentos nefastos, o desenvolvimento tecnológico também trouxe 
riqueza para as nações que nele investiram. Por isso ele não deve ser detido, mas 
direcionado para o bem-estar de toda a humanidade. 
As empresas, individualmente, estão fazendo o que consideram necessário 
para sobreviver no mercado, estão criando um impacto mais amplo, que pode 
significar uma ameaça política ao capitalismo liberal. 
39 
 
 
 
 
Os trabalhadores ficam inseguros e sensíveis a políticos nacionalistas, que 
prometem proteger e preservar seus empregos. 
O desafio para este século será criar o capitalismo sustentável, um sistema 
que, embora baseado em princípios de mercado encorajador da competição, leva 
em consideração o respeito pelo meio ambiente, e dever evitar que se crie uma 
situação, na qual apenas uma pequena elite, altamente educada, tenha bons 
empregos e todos os demais vivam inseguros em relação ao trabalho. 
Ainda que seja impactante, não causa surpresa que o principal executivo de 
uma empresa anuncie a demissão de centenas de pessoas. Trata-se de uma 
questão de sobrevivência: ou a empresa se mantém competitiva, ou não pode servir 
aos interesses de seus empregados e da sociedade. 
Não obstante as divergências entre os economistas parecem que todos 
concordam. É com um pressuposto básico da teoria econômica: sem renda não há 
demanda. Partindo desse pressuposto que novas propostas estão sendo 
formuladas. 
Uma proposta para minimizar o desemprego foi formulada por Jeremy Rifkin, 
considerando basicamente uma combinação entre redução da jornada de trabalho e 
investimento no terceiro setor, o social. Esta proposta assume implicitamente que a 
manutenção do trabalho remunerado é essencial para sustentar esta demanda. 
Como os seres humanos não são capazes de produzir todos os bens e 
serviços que desejam para satisfazer suas necessidades, uma parte das atividades 
por eles desempenhadas dever se classificar como trabalho remunerado. Ainda sob 
um ponto de vista psicossocial, Rifkin pressupõe a necessidade intrínseca. 
O segundo aspecto na formulação de Rifkin se refere à reformulação do 
contrato social. Anteriormente media-se o valor humano quase exclusivamente em 
termos comerciais. Com a reformulação, dosa padrões de referência, o valor 
humano passa a ser medido pelas relações comunitárias, nas quais doar o próprio 
tempo a outros toma o lugar de relações de mercado. 
O novo enfoque é: o trabalho que precisa ser feito. As pessoas não deverão 
ser contratadas para um determinado cargo ou função, elas serão contratadas para 
desempenhar determinado trabalho, condicionado a determinados resultados. 
40 
 
 
 
 
Terminado o trabalho, apresentados os resultados e não havendo 
momentaneamente outra tarefa a ser executada, fim do contrato. 
O segundo desafio está relacionado às pessoas que estão formalmente 
empregadas e que tendem a constituir duas classes de trabalhadores: os 
trabalhadores do conhecimento e os trabalhadores de serviços, pois, subentende-se 
a automação dos processos industriais. Drucker defende a necessidade de se 
buscar o aumento da produtividade dos trabalhadores de serviços para evitar o 
perigo de um conflito de classes entre os dois grupos, devido ao reflexo das 
diferenças de produtividade na remuneração e nos benefícios recebidos pelo 
trabalhador. A este conflito esperamos que não se acrescente uma terceira classe, a 
dos desempregados. 
A organização vende seu produto por um valor maior do que a soma dos 
custos dos diversos trabalhos envolvidos, gerando um lucro que o resultado da 
soma das energias individuais despendidas na execução do trabalho são e não 
contabilizadas pelos modos tradicionais. Ou seja, economicamente, o trabalho que 
suporta a lei básica de mercado, a lei da oferta e da procura. 
Das ciências básicas sabe-se que trabalho é essencialmente uma forma de 
energia e que o metabolismo da atividade interna integra-se a todo o ser. Conforme 
Drucker, é consistente a análise das atividades dos complexos seres humanos 
através de várias dimensões. Apesar de dimensões distintas que apresentam 
diferentes exigências e podem ser analisadas independentemente, estas precisam 
ser administradas juntas, pois de sua harmonia depende a integridade do 
metabolismo do ser. 
Indicadores de insustentabilidade, juntamente com poluição intermitentes e 
ameaças biodiversidade, escasseamento nas fontes de recursos e deteriorar o 
persistente. Todos esses fatores poderiam resultar em declínio econômico, ruptura 
política, desintegra o social e deteriora o ambiental. Eles devem ser considerados de 
forma relacionada, e entendidos numa amplitude global, merecendo ação um 
tratamento é adequado num foro internacional com poder efetivo de decisão e ação, 
muito além de medidas isoladas nas fronteiras nacionais. 
A discussão de alternativas para minimizar grau de desemprego crescente 
deve ocorrer em todos os níveis de organização da sociedade, haja vista que os 
41 
 
 
 
 
impactos relacionados se farão sentir no destino de todos os indivíduos, sem 
qualquer distinção. 
 
2.5 Metodologia 5S 
 
Esse metodologia é a etapa inicial e a base para implantação da qualidade 
total, a metodologia 5S é assim chamada devido à primeira letra de 5 
palavras japonesas: Seiri (Classificação), Seiton (Ordem), Seiso (limpeza), Seiketsu 
(padronização), Shitsuke (Disciplina). 
O Programa “5S” é uma filosofia de trabalho que busca promover 
a organização, limpeza e disciplina no ambiente em que nos encontramos, através 
da consciência e responsabilidade de todos, de forma a tornar o local de estudos, 
nossa casa ou trabalho mais agradável, seguro e produtivo. 
Esse pequeno programa/sistema japonês facilita a prática da Gestão pela 
Qualidade Total por todos dentro de uma organização, onde os processos simples, 
do dia a dia são trabalhados. Considerado a porta de entrada de um Programa de 
Qualidade Total, apresenta resultados rápidos e visíveis, tendo, portanto, um

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