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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA PÚBLICA ANTROPOLOGIA DO DIREITO II – 2020.2 THAYS GOUVÊA DA SILVA 3 – Um dos argumentos centrais do texto de Policarpo e Martins sobre o processamento judicial dos casos do uso de maconha medicinal é a de que quanto mais doente, mais digno é o paciente do ponto de vista legal. Explique. Em seu texto, Policarpo e Martins buscam focar em como é construído um uso especifico da maconha, que não o recreativo, “por determinados sujeitos e em determinados contextos”. Ao descrever como se dá o processo de “entrar na justiça” para conseguir garantir o direito à saúde, por parte de pacientes e/ou familiares desses nota-se que, os advogados - e posteriormente promotores e juízes - acessam o caminho da “dignidade da pessoa humana”, quando ao construírem seus argumentos acionando o eixo “direito/ saúde” focando no quanto a dor pode afetar o paciente, e quando esse é uma criança, a moralidade dos operadores do direito (promotores e juízes) ultrapassa a legislação, do ponto de vista deles é possível “torcer a lei para fazer acontecer”. Num determinado trecho do texto, onde é citada uma das entrevistas realizadas uma promotora diz que: “o direito funciona pela sensibilidade dos operadores”. “Por essa razão, os pedidos de habeas corpus que os advogados elaboram estão repletos de apelos emocionais, como a invocação de graça e misericórdia por um julgamento compassivo, ou do cultivo como um ato de coragem, ou para provar que Justiça deve ser promovida até mesmo pelo Direito Penal a ultima ratio, com amor.” (p. 158, 2019, POLICARPO E MARTINS) Referências Bibliográficas POLICARPO, Frederico; MARTINS, Luana. Dignidade, doença e remédio: Uma análise da construção médico-jurídica da maconha medicinal. ANTROPOLÍTICA: REVISTA CONTEMPORÂNEA DE ANTROPOLOGIA, v. 1, p. 143-166, 2019.
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