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Paralisia Obstétrica

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Paralisia Obstétrica 
A paralisia braquial perinatal ou 
obstétrica é a paralisia do plexo 
braquial, que ocorre no momento 
do parto. 
 
ANATOMIA PATOLÓGICA 
O desvio lateral da cabeça, 
acompanhado do abaixamento da 
cintura escapular isto provoca 
distensão dos nervos, 
comprimindo-os contra as 
primeiras costelas, podendo 
resultar em lesão. 
Uma outra causa é a força 
propulsiva maternas a rotação 
deficiente do feto. 
PARALISIA SUPERIOR MUSCULOS 
ACOMETIDOS: Romboides, elevador 
da escápula, Serrátil Anterior, 
Deltóide, Supra-Espinhoso, Bíceps 
Braquial, Braquial, Supinador, 
Extensores Longos do Carpo, dos 
dedos e do polegar. 
PARALISIA INFERIOR MÚSCULOS 
ACOMETIDOS: Músculos extensores 
do carpo e dedos, músculos 
intrínsecos das mãos. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
PARALISIA DE ERB-DUCHENE: 
 Lesão de raízes superiores 
(C5 e C6); 
 
 Mais Comum; 
 Melhor prognóstico por 
causa da movimentação da 
mão; 
 
 Visualizar assimetria; 
 Padrão extensor do braço; 
 Não tem moro, porém tem 
apreensão palmar; 
 
 Paralisia superior; 
 
 
PARALISIA KLUMPKE: 
 Lesão de raízes inferiores 
(C8-T1); 
 
 Mais rara; 
 Pior prognóstico; 
 Paralisia da mão; 
 O moro presente, não tem 
preensão palmar; 
 
 
PARALISIA TOTAL OU ERB KUMPKE: 
 Lesão de raízes (C5-T1); 
 As vezes C4: Desconforto 
respiratório, lesão do nervo 
frênico, diminuição do 
ângulo costofrênico; 
 
 T1: Síndrome de Horner 
(miose, ptose e anidrose). 
 
 Não tem moro e nem 
preensão palmar. 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DE SEDDON 
 
Normal: 
 
 
Neuropraxia: 
 
 
Axonotmese: 
 
 
Neurotmese: 
 
 
FATORES DE RISCO 
 RN GIG; 
 Tipo de parto: Pélvico (73%) 
e cefálico (88% ou 96%) 
 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
 Postura assimétrica; 
 MS flácido; 
 Paralisia ou paresia; 
 Contraturas; 
 Dificuldade em equilibrar-se 
na posição sentada; 
 
 Luxações; 
 Os achados clínicos variam de 
acordo com as raízes 
envolvidas; 
EXAMES COMPLEMENTARES 
 Clínico; 
 Exames radiológicos; 
 Eletroneuromiografia; 
 
AVALIAÇÃO 
 Classificação de Mallet 
Modificada: Usada em 
crianças com idade 
cronológica superior a 2 anos. 
É ideal para 
acompanhamento da 
evolução funcional de 
crianças submetias ou não ao 
procedimento cirúrgico; 
 
 Palpação; 
 
 Amplitude; 
 
 Dor; 
 
 Moro; 
 
 RTCA; 
 
 Preensão palmar; 
 
TRATAMENTO 
 Aumentar as habilidades 
funcionais; 
 
 Potencializar o 
desenvolvimento motor; 
 Prevenir o não uso do 
membro acometido; 
 Prevenir contraturas e 
deformidades; 
 Aumentar ou mantes a ADM; 
 Aumenta a força muscular; 
 Aumentar a densidade 
mineral óssea; 
 Minimizar as assimetrias 
e/ou alterações posturais; 
 Prevenir Luxações e/ou 
subluxações de ombro e 
instabilidade escapular; 
 
 Prevenir a diferença de 
comprimento de membros 
superiores; 
 
 Orientar pais e/ou 
cuidadores; 
 
 Em crianças com fratura 
deve-se ter o RX para 
confirmar a cicatrização; 
 
 Modalidades térmicas são 
evitadas em alteração ou 
perda de sensibilidade; 
 
TRATAMENTO 
FISIOTERAPEUTICO 
Nos primeiros 15 dias deve-se 
realizar o cuidado no processo 
inflamatório e imobilizar o braço, 
depois de 15 dias pode realizar a 
fisioterapia. 
 
 Posicionamento; 
 Mobilização Passiva Suave; 
 Estimulação Ativa dos 
Movimentos; 
 Proteção para evitar 
maiores estiramentos; 
 Estimulação sensorial; 
 Estimulação do 
desenvolvimento motor; 
 Hidroterapia; 
 Feedback; 
 Órteses; 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
Criança com PBO global associada 
á síndrome de Horner e 
aproximadamente 3 meses de 
idade devem ser submetidas a 
intervenção. 
A cirurgia é recomendada se não 
houver movimento para flexão de 
 cotovelo contra gravidade ao 3 
meses. 
Após 6 meses de idade, o resultado 
da cirurgia pode ser insatisfatório; 
 
TRATAMENTO 
FISIOTERAPEUTICO PÓS 
CIRÚRGICO 
OBJETIVO: 
 Criar melhores condições 
para a recuperação da 
capacidade funcional; 
 
 Proporcionar condições 
ambientais necessárias para 
os músculos reassumirem 
suas funções; 
 
 Treinar o controle motor 
mediante exercícios, como 
estender o braço para 
alcançar objetos; 
 
 Prevenir contraturas de 
tecidos moles e deformidades; 
 
 Prevenir comportamento 
motor adaptativo e desuso 
do membro. 
TREINAMENTO DA MOTRICIDADE 
Após a cirurgia, o braço da criança 
é imobilizado durante 3 a 6 
semanas. 
Exercícios recomendados pelo 
Hospital Saint louis; 
Exercício de mobilização leve e 
passiva devem ser iniciados e 
mantidos em plano neutro até que 
a sutura cicatrize. 
6 a 8 semanas após a cirurgia, 
deve começar com exercícios 
ativos sem resistência e peso; 
Regeneração dos nervos pode ser 
notada entre 6 e 12 meses. 
 
CONTRAINDICAÇÃO 
Imobilizar retarda a cura; 
 
AO LONGO PRAZO DA 
DOENÇA 
 Assimetria; 
 Crescimento do membro; 
 Movimentos 
Compensatórios; 
 Escoliose; 
 Lordose; 
 Mãos em garra; 
 
PROGNÓSTICO 
 Depende da gravidade da 
lesão; 
 
 A regeneração é pouco 
provável nos casos que 
ocorreu ruptura completa, 
nestes casos existe atrofia 
e o membro deixará de 
crescer normalmente. 
 
 Muitas delas tem indicação 
cirúrgica, após a cirurgia os 
resultados aparecerão 6 
meses após e a melhora se 
estenderá no anos 
seguintes; 
 
 Já foi observado sinais 
eletromiográficos de 
reinervação e de volta da 
capacidade de condução 
nervosa 6 a 8 anos após a 
lesão.

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