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– ª Sara Monteiro de Moura − São uma classe de antibióticos que mostram-se ativos contra os bacilos gram-negativos, tem ação bactericida sobre microrganismos sensíveis, não são absorvíveis por via oral e são tóxicos para os rins e sistema nervoso periférico − A estreptomicina foi o primeiro aminoglicosídeo descoberto CARACTERISTICAS GERAIS DO AMINOGLICOSIDEOS − Sua atividade antimicrobiana é é influenciada pelas condições de pH e aerobiose do meio, exercendo sua função em meio aeróbio e pH alcalino Espectro de Ação − São ativos principalmente contra as bactérias gram-negativas aeróbias da família das enterobactérias ▪ E. coli, Enterobacter, Klebisiella, Proteus, Morganella, Serratia, etc. ▪ A sensibilidade dessas bactérias varia de acordo com a origem (comunitária ou hospitalar) − Alguns aminoglicosídeos de ação sistêmica mostram-se ativos contra a Pseudomonas areuginosa − Contra os gram-negativos sensíveis a gentamicina é o mais ativo ▪ A amicacina é o que, em geral, mantem maior eficácia frente aos microrganismos resistentes − Apresentam sinergismo de ação com as penicilinas contra estreptococos − Com exceção da estreptomicina, os aminoglicosídeos são ativos contra S. aureus e epidermis, contudo sua ação é mais lenta que os beta-lactamicos − Não são eficazes nas infecções causadas por Haemophilus influenzae, Legionella pneumophila, Mycoplasma, Clamidia, Bordetella, Shigella Mecanismo de ação − São antibióticos bactericidas por causarem formação de proteinas erradas ao se ligarem ao ribossomo bacteriano − Podem também agir como drogas bacteriostáticas, ao inibirem a síntese de proteinas − O transporte dos aminoglicosídeos é dependente de oxigênio − Uma vez dentro das células, essa droga se liga irreversivelmente à subunidade 30S do ribossomo, deformando e alterando o funcionamento dessa organela − Com isso, formam-se proteinas anormais que, ao participarem de estruturas essenciais da célula levarão a alterações lesivas à sobrevivência do germe, resultando em sua morte → ação bactericida − Alem disso, podem inibir a síntese de proteinas por interagirem com um ou mais pontos de ligação do ribossomo, impedindo a união dos aminoácidos para formar a proteína codificada → ação bacteriostática Resistência − A resistência aos aminoglicosídeos manifesta-se por três mecanismos: 1. Alteração do receptor da droga (ribossomo) 2. Diminuição da penetração da substancia no interior da bactéria 3. Produção de enzimas que modificam e alteram o antibiótico (mais comum) − A amicacina é o aminoglicsideo menos atingido pelas enzimas inativantes, porem tem sido observada resistência à gentamicina e a amicacina em bacilos gram-negativos hospitalares no Brasil Farmacocinética e Metabolismo − Os aminoglicosídeos não são, praticamente, absorvidos por via oral − Para exercerem efeito antibacteriano sistêmico é necessário administra-los via parenteral − A administração por via IV está indicada em pacientes com infecções de alta gravidade, sobretudo em infecções hospitalares (pneumonia, sepse) por bactérias gram-negativas − A atividade antimicrobiana é dose dependente ▪ Quanto maior é a sua concentração, maior é a sua ação (ainda que acima da CIM) Indicações clínicas − Os aminoglicosídeos de ação sistêmica são indicados na terapêutica de infecções pelos gram-negativos da família das enterobactérias − Associação com beta-lactamicos em infecções de maior gravidade por S. aureus e epidermis − As infecções causadas pela Pseudomonas areuginosa indicam emprego dos aminoglicosídeos sitemicos, exceto estreptomicina ▪ Associa-se a um beta lactâmico com ação antipseudomona (ceftazidina, aztreonam, ticarcilina, pipetazo, imipenem, meropenem) − Na tuberculose é a droga de segunda escolha, superada pela rifampicina AMINOGLICOSIDEOS EM USO CLINIC NO BRASIL Estreptomicina • Caracteres Gerais, Espectro de Ação − Ação predominantemente bactericida − Embora tenha ação sobre vários bacilos gram-negativos, a estreptomicina é empregada, principalmente nas infecções pelo Mycobacterium tuberculosis − Usado em associação com as penicilinas nas infecções causadas por estreptococos e enterococos − Associação com a Penicilina G nas infecções endocárdicas causadas por Streptococos salivarius e outros estreptococos viridans • Indicações clinicas − A principal indicação da estreptomicina é a tuberculose em suas varias formas clinicas em casos de tuberculose resistente a rifampicina − Endocardite e sepse por estreptococos Gentamicina • Caracteres gerais, espectro de ação − Caracteriza-se por sua ação contra mos bacilos gram-negativos do grupo das enterobactérias e por sua atividade sobre as Pseudomonas − Pode apresentar ou não resistência cruzada com outros aminoglicosídeos ▪ A amicacina pode mostrar atividade contra bacilos resistentes à gentamicina − Tem atividade sinérgica com a penicilina G e a ampicilina, no tratamento de endocardite por enterococo − Não age contra Haemophilus influenzae e nem contra bactérias anaeróbias − Não é absorvida por via oral, e para obter efeito sistêmico deve-se emprega-la por via parenteral • Indicações clinicas − Está indicada nas infecções por gram-negativos, em partículas as causadas por Pseudomonas aureginosa, Klebisiella, Enterobacter, E. coli, Proteus e por estafilococos produtores de penicilinase − Endocardite por enterococo − No tratamento de infecções urinarias, a gentamicina provoca alto percentual de cura − Tratamento de infecções hospitalares graves Amicacina • Características gerais, espectro de ação − Suas propriedades se diferenciam dos demais aminoglicosídeos por ser resistente à inativação pela maioria das enzimas produzidas pelas enterobactérias e pela Pseudomonas areuginosa − Utilizada em tratamentos no hospedeiro imunocomprometido − O espectro de ação da amicacina é similar ao dos demais aminoglicosídeos − Não é absorvível por via oral, apenas parenteral • Indicações clinicas − Está indicada nas infecções graves determinadas por bacilos gram- negativos e estafilococo − Nas pneumonias e sepses estafilococicas, indica-se associação com beta-lactamico − Utilizada contra a Pseudomonas areuginosa, em associação com beta-lactamicos antipseudomonas quando há resistecia à gentamicina − Em paciente granulocitopenico febril, a amicacina pode ser utilizada na terapêutica empírica, em associação com uma cefalosporina de terceira geração − Também utilizada em pneumonias hospitalares por gram-negativos
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