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Semiologia do Abdome

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Semiologia do Abdome 
Pedro Antonio 
 ANATOMIA E FISIOLOGIA 
o O abdome é divido em quatro quadrantes por linhas imaginárias: 
o Superior direito e esquerdo 
o Inferior direito e esquerdo 
 
 
 
 
 
o Outro sistema divide o abdome em nove seções 
 
o No exame do abdome, vários órgãos são palpáveis, as exceções são o estomago e grande parte do 
fígado e baço. 
 No quadrante superior direito (QSD): 
 A borda inferior do fígado é frequentemente palpável na altura do rebordo costal direito. 
ou suprapúbica 
 A vesícula biliar fica situada na superfície inferior do fígado. 
 O duodeno situado mais profundamente, não sendo comumente palpável. 
 Em um nível mais profundo pode ser percebido o polo inferior do rim direito, especialmente em 
pessoas negras, com musculatura abdominal relaxada. Os rins são de localização retroperitoneal, 
ou seja, posterior. 
 A aorta abdominal geralmente apresenta pulsações visíveis, sendo habitualmente palpável na parte 
superior do abdome. 
 No quadrante superior esquerdo (QSE): 
 O baço situa-se lateral e posterior ao estômago, logo acima do rim esquerdo, na linha axilar média 
esquerda. A borda superior repousa contra a cúpula diafragmática. A 9ª, 10ª e 11ª costelas 
protegem a maior parte do baço. 
 O pâncreas é impalpável nos indivíduos hígidos. 
 No quadrante inferior direito (QID): 
 Localizam-se as alças intestinais e o apêndice, na cauda do ceco, próximo a junção do intestino 
delgado com o grosso. Estes órgãos não são palpáveis nos indivíduos hígidos. 
 É possível palpar a bexiga distendida acima da sínfise púbica. 
 No quadrante inferior esquerdo (QIE): 
 Geralmente se pode perceber o firme, estreito e tubular colo sigmoide. 
 Na parte inferior da linha média encontram-se a bexiga, o promontório da base do saco, a borda 
óssea anterior da primeira vértebra sacral, as vezes confundida com um tumor, e, nas mulheres, 
útero e ovários. 
 
 ANAMNESE 
o As queixas gastrointestinais são uma causa importante de consulta médica. 
o Existe uma gama de sinais e sintomas gastrointestinais superiores, inclusive dor abdominal, pirose, 
náusea, vômitos, dificuldade (disfagia) ou dor à deglutição (odinofagia), vomito de conteúdo 
gástrico ou sangue, perda de apetite (anorexia) e icterícia. 
o As queixas gastrointestinais inferiores também são comuns: diarreia, constipação intestinal, 
alteração do ritmo intestinal e sangue nas fezes, descrito frequentemente como vermelho vivo 
(hematoquezia) ou preto e pastoso (melena). 
o Alguns sintomas também originam do sistema genitounitário: dificuldade de urinar, urgência, 
polaciúria, hesitação e redução do jato urinário em homens, grande volume de urina, micção 
durante a noite, incontinência, hematúria, além de dor no flanco e cólicas provocadas por cálculos 
ou infecção renal. 
o Padrões e mecanismos de dor abdominal: 
 Dor visceral – ocorre quando órgãos abdominais ocos, como o intestino, contraem-se de forma 
extremamente vigorosa ou são distendidos ou esticados. 
 Pode ser uma dor de localização difícil 
 Dor visceral no quadrante superior direito pode resultar de distensão da cápsula hepática na 
hepatite alcoólica. 
 Característica da dor visceral: CORROSÃO/ QUIMAÇÃO/ CÓLICA /VAGA E IMPRECISA 
 Quando é intensa, pode associar-se a sudorese, palidez, náusea, vômitos e inquietação. 
 Dor visceral periumbilical pode implicar a fase inicial da apendicite aguda, por distensão do 
apêndice inflamado. 
 Dor parietal – origina-se de inflamação no peritônio parietal. A sensação álgica é constante e vaga, 
geralmente mais intensa que a dor visceral e mais precisa. Esse tipo de dor é tipicamente agravado 
pelos movimentos ou tosse. Os pacientes com esse tipo de dor preferem ficar imóveis ou deitados. 
 Dor referida – é percebida em locais mais distantes, que são inervados pelos mesmos níveis 
espinais que as estruturas acometidas. 
 No geral é bem localizada 
 Dor de origem duodenal ou pancreática pode ser referida para o dorso. 
 Dor da pleurisia ou do IAM pode ser referido na região epigástrica 
 
 SISTEMA DIGESTÓRIO 
 Dor ou desconforto AGUDO na parte alta do abdome: 
 1º) Determine primeiro a cronologia: 
 Ela é aguda ou crônica? 
 A dor teve início gradual ou súbito? 
 Quando começou? 
 Há quanto tempo persiste? 
 Qual é o seu padrão em um período de 24h? 
 Trata-se de uma doença aguda ou crônica recorrente? 
 2º) Solicite ao paciente que descreva a dor com suas próprias palavras. Investigue detalhes 
importantes: onde a dor começa, se ela se irradia, como é a dor. 
 Se o paciente tiver dificuldade de dizer como é a dor, usar técnica do MENU. A dor é vaga e 
imprecisa? Em queimação? Em corrosão? Em cólica? 
 O ato de dobrar o corpo devido à dor em caráter de cólica indica cálculo renal. Já a dor epigástrica 
súbita, em caráter de facada, ocorre na pancreatite por cálculos biliares. 
 3º) Indique o local exato da dor 
 Dor na região de QSD e na região superior do abdome é comum na colecistite. 
 Peça ao paciente pra avaliar a intensidade da dor numa escala de 0 a 10. 
 4º) Fatores que aliviam ou exacerbam a dor, prestando atenção a qualquer associação com as 
refeições, consumo de bebidas alcoólicas, medicamentos (incluindo AINES), estresse, posição do 
corpo e uso de antiácidos. 
 A angina por doença coronária na parede inferior do coração pode manifestar-se como 
‘’indigestão’’, mas é desencadeada pelo esforço físico e aliviada pelo repouso 
 Dor ou desconforto CRÔNICO na parte alta do abdome 
 Dispepsia é definida como dor ou desconforto crônico recorrente, centrado na região superior do 
abdome. Pode incluir sintomas diversos, como distensão abdominal, náuseas, plenitude gástrica e 
pirose. 
 Dispepsia = indigestão 
 Aerofagia = gases 
 Maioria dos pacientes com dor ou desconforto na parte alta do abdome queixam-se de pirose, que 
quando acontecem mais de uma vez por semana são sugestivos de DRGE. 
 Pirose = desconforto ou dor em queimação retroesternal crescente, ocorrendo 1x ou mais na 
semana. É tipicamente agravada por bebidas alcoólicas, chocolate, café, frutas cítricas, cebolas e 
hotelã-pimenta. 
 Epigastralgia = dor no estômago 
 Alguns pacientes com DRGE apresentam sinais e sintomas respiratórios atípicos, como tosse, sibilos 
e pneumonia por aspiração. Outro se queixam de sinais faríngeos, como rouquidão e dor de 
garganta crônica. 
 Alguns pacientes podem ser sinais de alarme (red flag), como a disfagia (dificuldade de degrlutir), 
odinofagia (dor à deglutição), vômitos recorrentes, evidencias de sangramento do TGI, perda de 
peso, anemia ou fatores de risco para câncer gástrico. 
 Paciente com DRGE não complicada que não respondem ao tratamento empírico, pacientes com 
mais de 55 anos e aqueles com sintomas de alarme, constituem indicação de endoscopia para 
detecção de esofagite, estenoses pépticas ou esôfago e Barrett. 
 Dor e desconforto na parte baixa do abdome 
o Aguda: 
 Pacientes podem queixar de dor aguda localizada no quadrante inferior direito. Verificar se é 
intensa e continua, ou é intermitente e como cólicas, fazendo com que ele se curva para frente. 
 Dor no QID, ou que migra a partir da região periumbilical, associada a rigidez da parede abdominal 
à palpação, é mais provavelmente causada por apendicite. 
 Dor em cólica, que se irradia para o QID ou QIE do abdome, pode ser causado por cálculo renal 
(nefrolitíase). 
 Quando os pacientes relatam dor aguda no QID ou dor abdominal difusa, é preciso questionar se 
há sinais ou sintomas associados, como febre e perda de apetite (anorexia). 
 Dor no QIE com massa palpável pode ser decorrente de diverticulite. Dor abdominal difusa com 
peristalse ausente e abdome rígido, defesa ou descompressão dolorosa na palpação indica 
obstrução do intestino delgado ou grosso. 
 Crônica: 
 Paciente com dor crônica na região baixa do abdome deve ser perguntado a respeitode alterações 
do ritmo intestinal, bem como de alternância entre diarreia e constipação intestinal. 
 A alteração do ritmo intestinal associada a massa expansiva indica câncer de colo intestinal. Dor 
intermitente durante 12 semanas dos 12 meses anteriores, com alivio a defecação ou alteração na 
forma das fezes (bolinhas, aquosas) indicam intestino irritável. 
 Sinais e sintomas associados a dor abdominal 
 Pacientes com dor abdominal geralmente vem associada com outros sinais e sintomas. 
 Perguntar o paciente como está o apetite, verificando se vai relatar náusea, vômitos, indigestão e 
anorexia. 
 Náusea = sensação de estomago embrulhando 
 No caso de vômitos, pergunte o paciente a cor, cheiro, volume (uma colher de chá? Uma xícara 
cheia? Duas colheres de chá?). Perguntar se tem presença de sangue. 
 No vomito, o suco gástrico é claro e mucoide, e presença de bile amarelada ou esverdeada são 
comuns e não tem importância especial. Já os vômitos com material acastanhado ou preto, com 
aspecto de borra de café, sugere sangue alterado pelo ácido gástrico. 
 Hematêmese = eliminação de vomito em forma de borra de café ou sangue vermelho-vivo 
proveniente do sistema digestório. 
 Verificar se o paciente apresenta desidratação decorrente do vomito ou pela perda de sangue. 
 Outros sinais e sintomas abdominais 
 Disfagia = dificuldade para deglutir. O alimento parece grudar, empacar ou até mesmo não descer 
direito. A sensação de bolo na garganta ou na região retroesternal não é uma disfagia verdadeira. 
SOLICITE AO PACIENTE ONDE OCORRE A DISFAGIA. 
 A indicação de um ponto abaixo da incisura esternoclavicular indica disfagia esofágica. 
 Investique quais tipos de alimentos provocam os sintomas, se são líquidos, sólidos. Pergunte 
quando começou a disfagia, se ela é intermitente, se vem progredindo e se há sinais associados a 
disfagia. 
 Odinofagia = dor à deglutição. 
 Pode ser induzida por medicamentos (AINES) 
 Alteração da função intestinal 
 A função intestinal precisa ser avaliada frequentemente, inicie perguntando: 
 Como anda seu intestino? Com que frequência defeca? Notou alguma mudança no seu ritmo 
intestinal? *Os parâmetros atuais sugerem que o mínimo pode ser de apenas duas defecações por 
semana. 
 Alguns pacientes queixam flatulência = AEROFAGIA. Considerar aerofagia o consumo de legumes 
ou outros alimentos produtores de gases, deficiência de lactase intestinal ou síndrome do intestino 
irritável. 
 Diarreia e constipação intestinal 
o Diarreia: 
 O aumento do conteúdo de água nas fezes = diarreia. Os pacientes, porém, enfatizam 
habitualmente a diarreia como fezes líquido-pastosas, ou maior frequência de defecação. 
 Pergunte o paciente sobre a duração da diarreia: 
 Diarreia aguda dura até 2 semanas, já a crônica é definida como persistente durante 4 semanas ou 
mais. A diarreia crônica geralmente não está relacionada a processos infecciosos. 
 Pergunte sobre as características das fezes, incluído volume, frequência e consistência: 
 Existe muco, pus ou sangue nas fezes? Necessidade urgente de defecar, acompanhada por dor, 
cólicas ou esforço de defecação involuntário? 
 Diarreia noturna? Geralmente tem alguma importância patológica. 
 As fezes são gordurosas? Espumosas? Geralmente estão associadas com insuficiência pancreática 
e no crescimento excessivo de bactérias do intestino delgado. 
 Investigue os medicamentos atuais, alguns possuem relação com diarreia, como as penicilinas e 
macrolideos, antiácidos a base de magnésio, fitoterápicos e medicamentos alternativos. 
o Constipação intestinal: 
 As definições atuais estipulam que a constipação intestinal deve ocorrer por no mínimo 12 semanas 
nos últimos 6 meses, associado com pelo menos 2 condições abaixo: 
- Menos de três defecações por semana 
- 25% ou mais das defecações com esforço ou sensação de defecação incompleta 
- Fezes em bolinhas ou duras 
- Necessidade de facilitação manual 
 Pergunte a respeito da frequência das defecações, eliminação das fezes duras ou com dor, esforço 
para defecar e sensação de esvaziamento retal incompleto ou pressão no reto. 
 Medicamentos como anticolinérgicos, BCC, ferro e opioides podem causar constipação. Ocorre 
também em pacientes com DM, hipotireoidismo, hipercalcemia. 
 Pergunte a respeito da coloração das fezes: 
 Há melena? = fezes pretas e pastosas (HDA) 
 Há hematoquezia? = fezes com coloração avermelhada ou acastanhada (HDB) 
 O sangue, no caso de ‘’hematoquezia’’ é misturado as fezes ou no papel higiênico? Sangue na 
superfície das fezes ou no papel higiênico pode ocorrer no caso de hemorroidas. 
 Icterícia 
 A icterícia é observada pela coloração amarelada da pele e das escleróticas por níveis aumentados 
de bilirrubina, um pigmento biliar derivado principalmente da degradação da hemoglobina. 
 Mecanismos da icterícia: 
 - Aumento da produção de bilirrubina (anemia hemolítica) 
 - Redução da captação de bilirrubina pelos hepatócitos 
 - Diminuição da capacidade hepática de conjugação de bilirrubina (síndrome de Gilbert) 
 - Redução da excreção de bilirrubina pela bile, resultando em absorção de bilirrubina conjugada. 
Défict da exreção de bilirrubina conjugada acontece na hepatite viral, cirrose, colestase 
farmacoinduzida (ACO e clorpromazina). 
 Ao avaliar um paciente ictérico, é necessário dar sinais e sintomas associados ao contexto em que 
ocorreu a doença. Perguntar: 
 Qual é a coloração da urina quando o paciente adoeceu? Quando o nível de bilirrubina conjugada 
aumenta no sangue, ela pode ser excretada por via urinária = COLÚRIA (urina escura). 
 Pergunte também sobre a coloração das fezes, afinal, quando ocorre obstrução da excreção de 
bilirrubina pelo intestino as fezes se tornam claras = ACOLIA FECAL. 
 Pergunte a respeito das doenças hepáticas: 
 HEPATITE A = viagens ou refeições em regiões de condições sanitárias precárias? 
 HEPATITE B = exposição parenteral ou das mucosas a líquidos corporais infecciosos como sangue, 
soro, sêmen e saliva, principalmente por contato sexual ou por agulhas infectadas? 
 HEPATITE C = uso de drogas ilícitas intravenosas ou transfusões de sangue? 
 HEPATITE ALCOÓLICA/CIRROSE 
 LESÃO HEPÁTICA POR MEDICAMENTOS 
 DOENÇAS OU CIRURGIA DE VESICULA BILIAR 
 
 SISTEMA URINÁRIO 
 Pergunte ao paciente sobre a história geral da urina: 
 Você sente dificuldade para urinar? 
 Com que frequência você urina? 
 Precisa levantar a noite pra urinar? Com que frequência? 
 Sente dor ou ardência? 
 Já urinou de forma involuntária? Eliminação involuntária de urina, ou falta de percepção da micção, 
sugerem déficits cognitivos neurossensoriais. 
 Pergunte às mulheres se a ocorrência de tosse súbita, espirros ou o riso provoca alguma eliminação 
de urina. 
 Pergunte homens com idades mais avançadas: 
 Tem dificuldade em começar a urinar? 
 Houve alteração na força ou tamanho do jato? 
 Há gotejamento de urina mesmo depois de acabar de urinar? 
 Essas causas acima podem ser comuns em homens com obstrução da saída vesical por causa de 
hiperplasia prostática benigna (HPB). 
 Dor suprapúbica 
 Os distúrbios do sistema urinário podem gerar dor no abdome ou no dorso. Os distúrbios da bexiga 
causam dor suprapúbica. 
 A dor na região abdominal inferior é tipicamente surda e em caráter de compressão nos casos de 
infecção vesical. 
 Disúria, urgência ou polaciúria. 
 A infecção ou irritação da bexiga costumam provocar, geralmente, vários sintomas 
 Disúria = dor à micção, como sensação de ardência ou queimação. Alguns médicos resguardam o 
termo para usar em dificuldade de urinar. As mulheres geralmente sentem ardência na região 
interna da uretra e os homens, na região proximal à glande. 
 Urgência urinária = desejo intenso e imediato de urinar 
 Polaciúria = necessidade de urinar mais do que o normal 
 Hematúria = presença de sangue na urina 
 Associado a estessintomas, interrogue se há febre, calafrios e dor na região de flanco. 
 Poliúria ou noctúria 
 Poliúria = aumento significativo do voluma urinário de 24h definido como superior a 3l. Deve ser 
diferenciada da polaciúria 
 Noctúria = aumento da frequência urinaria pela noite 
 A polaciúria sem poliúria diurna sugere distúrbio vesical ou obstrução ao fluxo no colo vesical ou 
abaixo dele. 
 Incontinência urinária 
 Até 30% dos idosos apresentam alguma preocupação com a incontinência urinária, ou seja, 
eliminação involuntária de urina. 
 Descubra se o paciente elimina pequenos volumes de urina por aumento da pressão intra-
abdominal (durante a tosse, espirro, riso ou levantamento de objetos pesados) ou tem dificuldade 
de reter a ruina uma vez que tenha apresentado necessidade de urinar. 
 Diversas lesões nervosas centras ou periféricas podem afetar a micção normal. 
 Além disso, o estado geral do paciente tem grande impacto na micção normal, então é necessário 
avaliar: ele está lucido? Tem capacidade de responder as solicitações miccionais e ir ao banheiro? 
 Hematúria 
 A existência de sangue na urina é uma causa importante de preocupação. Nas mulheres, certifique-
se de fazer o diagnóstico diferencial entre sangue menstrual e hematúria. 
 Se a urina tiver avermelhada, questione sobre a ingesta de beterraba ou de medicações capazes de 
alterar a cor. 
 Dor no rim ou no flanco; cólica uretral 
 Os distúrbios do sistema urinário também podem causar dor renal, geralmente relatada como dor 
no flanco, no rebordo costal inferior. 
 A dor pode irradiar para a parte anterior, na direção do umbigo. 
 A dor renal é do tipo visceral, provocada geralmente pela distensão da capsula renal, é surda, vaga 
e inconstante, bem diferente da dor de origem ureteral. 
 A dor ureteral é intensa, sentida como cólica, e costuma originar no ângulo costovertebral, até 
atingir o QI do abdome, a região superior da coxa, os testículos ou os lábios do pudendo. 
 
 EXAME FÍSICO 
o ABDOME 
 Inspeção 
 Inspecione o abdome sempre de pé, à direita do paciente. 
 
 Observar na pele: 
 Cicatrizes 
 Estrias: as antigas são consideradas normais, as de coloração rosa-violácea indica síndrome de 
Cushing. 
 Veias dilatadas: algumas de pequenos calibres são normalmente visíveis. Veias muito dilatadas 
podem ser um indicio de cirrose hepática ou obstrução da VCI. 
 Erupção cutâneas ou equimoses: são encontradas em casos de hemorragia intra ou retroperitoneal. 
 Umbigo: 
 Observe o contorno e a localização, bem como sinais de inflamação ou protrusão, sugestivos de 
hérnia. 
 
 Contorno do abdome: 
 Retificado, arredondado, protuberante ou escafoide? 
 Abdome se mostra simétrico? Assimetria sugere visceromegalia ou massa 
 Há órgãos ou massas visíveis? 
 Peristaltismo: 
 Observe o abdome durante alguns minutos caso suspeite de obstrução, ele estará ausente. 
 Pulsações: 
 Geralmente a pulsação aórtica é visível no epigástrio. 
 Ausculta 
 A ausculta deve ser feita antes da palpação e percussão para que não ocorra a alteração da 
frequência dos sons intestinais. 
 Ausculte os sons intestinais e observe sua frequência e suas características, por 2 a 5 minutos. 
 Os sons normais consistem em estalidos e gorgolejos, que ocorrem numa frequência estimada de 5 
a 34 por minuto. 
 Sons intestinais modificam-se na diarreia, obstrução intestinal, íleo paralitico e na peritonite. 
 Ocasionalmente são auscultados borborigmos = ‘’ronco do estomago’’ 
 Ausculte sobre o fígado e baço a procura de atritos. Os atritos são indicativos de hepatoma, infecção 
gonocócica peri-hepática, infarto esplênico e carcinoma pancreático. 
 Percussão 
 Auxilia avaliar a quantidade e a distribuição dos gases no abdome, possíveis massas sólidas ou cheias 
de liquido e as dimensões do fígado e do baço. 
 Deve-se percutir os quatro quadrantes do abdome para avaliar a distribuição do timpanismo e da 
macicez. 
 O timpanismo costuma predominar decorrente dos gases existentes, mas também são existentes as 
regiões de macicez em virtude de haver líquidos e fezes. 
 Abdome protuberante e totalmente timpânico sugere obstrução intestinal. 
 Pesquise regiões de macicez sugestivas de massa ou um órgão aumentado de tamanho. 
 Observe a transição de timpanismo para macicez das estruturas posteriores sólidas, nos dois lados 
de um abdome protuberante. 
 Macicez nos flancos é uma indicação de pesquisa adicional de ascite. 
 Palpação 
o Superficial 
 É útil para identificar dor à palpação, resistência muscular e alguns órgãos ou massas superficiais. 
 Se houver resistência, tente diferenciar a defesa do espasmo muscular involuntário 
 
 Perceba o relaxamento dos músculos abdominais que acompanham a inspiração 
 Solicite ao paciente que respire pela boca 
 A defesa voluntária costuma diminuir com essas manobras 
o Profunda 
 É necessário para delimitar massas abdominais 
 Palpe todos os quatro quadrantes, verifique se há presença de quaisquer massas e registre sua 
localização, forma, tamanho, consistência, hipersensibilidade, pulsações e mobilidade com 
respiração ou com a mão examinadora. 
 As massas abdominais podem ser classificadas como: fisiológicas (útero gravídico), inflamatórias 
(diverticulite do colo intestinal), vasculares (aneurisma da aorta abdominal), neoplásicas (carcinoma 
de colo intestinal) ou obstrutivas (bexiga destendida ou alça intestinal dilatada). 
 
o Avaliação de possível peritonite 
 Inflamação do peritônio parietal é um sinal de abdome agudo. 
 Os sinais incluem: sinal da tosse positivo, defesa (contração voluntária do abdome), rigidez 
(contração reflexa involuntária), descompressão dolorosa e dor à percussão. 
 As causas incluem apendicite, colescitite e perfuração da parede intestinal 
 
o FÍGADO 
 Percussão 
 Meça o limite vertical da macizez hepática na linha hemiclavicular 
 Começando em um nível abaixo do umbigo no quadrante inferior direito, percuta suavemente para 
cima em direção ao fígado, identificando a borda inferior da macizez hepática na linha 
hemiclavicular. 
 Em seguida identifique a borda superior da macizez hepática na linha hemiclavicular. Começando na 
linha mamilar, seguindo o som claro atimpânico pulmonar para baixo, no sentido da macicez 
hepática. 
 Hepatimetria: 
 
 A amplitude da macicez hepática diminui quando o fígado é pequeno ou quando existe ar ivre abaixo 
do diafragma, como na perfuração de vísceras ocas. 
 
 
 
HEPATIMETRIA NORMAL 
 Palpação 
 Coloque a mão por baixo do paciente, paralela à 11ª e 12ª costelas para ficar mais fácil a palpação. 
 Coloque os dedos da mão direito abaixo da borda inferior da macizez hepática, e uma leve 
compressão para dentro e para cima é aplicada. 
 Peça ao paciente que respire fundo e procure 
sentir as bordas do fígado quando ela desce de 
encontro às pontas de seus dedos. Fígado de 
consistência firme ou endurecida, com borda 
romba ou arredondada e de contorno irregular, 
sugere anormalidade hepática. 
 Verifique se ocorre dor à palpação, sendo o 
fígado normal levemente doloroso à palpação. 
 Durante a INSpiração o fígado é palpável cerca de 
3cm abaixo do rebordo costal. 
 Técnica do gancho: 
 Pode ser útil principalmente quando o paciente é obeso 
 Peça ao paciente que respire fundo, a borda hepática é palpável com as polpas digitais das duas 
mãos 
 
 
 Avaliação da dor à percussão de um fígado impalpável 
 Coloque a mão esquerda esticada sobre o gradil costal inferior direito e, em seguida golpeie a caixa 
torácica com a superfície ulnar do seu punho direito. Faça do lado esquerdo também e peça para o 
paciente comprar a dor. 
 Aumento de sensibilidade sobre o fígado sugere inflamação, como na hepatite, ou congestão, como 
na IC. 
 
o BAÇO 
 Percussão 
 Duas técnicas auxiliam na detecção do aumento do baço 
 1ª) Percussão da região inferior esquerdada parede torácica (espaço de TRAUBE) – Durante a 
percussão ao longo 
dos trajetos 
sugeridos pelas setas 
abaixo, é possível 
perceber a extensão 
lateral do 
timpanismo. 
 Se houver macicez à 
percussão, a 
palpação detecta 
corretamente se há 
ou não 
esplenomegalia em mais de 80% dos casos 
 Se houver líquidos ou sólidos no 
estomago ou colo intestinal, pode 
provocar macicez no espaço de Traube. 
 2ª) Pesquisa do sinal de percussão 
esplênica 
 Percuta o espaço intercostal mais baixo 
da linha axilar anterior esquerda. O som 
nesta região costuma ser timpânico. 
 Em seguida peça o paciente que respire 
fundo, e torne a percutir. Quando o baço 
for normal, a percussão permanecerá 
timpânica. 
 A transição de uma percussão timpânica 
para a macicez durante a inspiração 
sugere esplenomegalia (sinal de 
percussão esplênica positivo) 
 Palpação 
 Com a mão esquerda, segura-se o 
paciente de modo a apoiar e comprimir 
pra frente a região inferior da caixa 
torácica. Com a sua mão direita por baixo 
do rebordo costal esquerdo, faça pressão 
para dentro, na direção do baço. Inicie a 
palpação em uma altura mais baixa para 
permitir a detecção de um possível aumento do baço. Solicite ao paciente que inspire 
profundamente. Fique atento a qualquer hipersensibilidade. 
 
 A manobra é repetida com o paciente em decúbito lateral direito. Nessa posição, a gravidade traz o 
baço para a frente e para a direita, passando a ocupar uma localização palpável. 
 
o RINS 
 Palpação 
 São órgãos retroperitoneais e habitualmente não são palpáveis, porém, o aprendizado das técnicas 
auxilia para diferenciar rins aumentados. 
 Coloque a mão direita nas costas do paciente, logo abaixo e paralelamente à 12ª costela, e com as 
pontas dos dedos apenas tocando o ângulo costovertebral. Eleve a mão, tentando deslocar o rim 
para frente. 
 Coloque a mão esquerda no quadrante superior esquerdo, lateral e paralelamente ao musculo reto 
do abdome, e solicite ao paciente que respire fundo. No pico da inspiração, aperte sua mão esquerda 
firme e profundamente no quadrante superior esquerdo, e tente capturar o rim entre as duas mãos. 
 Libere lentamente procurando sentir o rim voltando pra a sua posição expiratória. 
 Se for palpável, descreva seu tamanho, contorno e se há hipersensibilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Pesquisa de punhopercussão dolorosa – SINAL DE GIORDANO 
 Coloque a mão espalmada sobre o ângulo costovertebral e, a seguir, desfeche um golpe com a 
superfície ulnar de seu punho. 
 Dor a punhopercussão sugere pielonefrite, mas também pode ter uma causa musculoesquelética. 
 
o BEXIGA 
 Normalmente não pode ser palpada, a menos que esteja distendida e ultrapasse a sínfise pubiana. 
 Pesquise e utilize a percussão para identificar a macicez e determinar a altura da bexiga em relação 
à sínfise pubiana. 
 
 MANOBRAS ESPECIAIS 
o Ascite 
 Um abdome protuberante com flancos abaulados, sugere possibilidade de ascite. 
 A percussão das regiões inferiores do abdome com ascite evidencia macicez, pesquise esse padrão 
percutindo de dentro para fora, em várias direções, a partir da região de timpanismo central. 
 
 Teste da macicez móvel (macicez de decúbito) 
 Peça ao paciente para que vire para um dos lados. Percuta e marque as margens novamente. O 
indivíduo sem ascite as margens entre timpanismo e macicez relativamente constantes. Na ascite, a 
macicez desloca-se para o lado mais baixo, enquanto o timpanismo desloca-se para cima. 
 
 Sinal de PIPAROTE 
 Solicite ao paciente que comprima a linha média do abdome com firmeza, usando as bordas das 
mãos. 
 Percuta um dos flancos com a ponta dos dedos, e com a outra mão tente sentir no flanco oposto um 
impulso transmitido pelo liquido. É comum esse sinal permanecer negativo até a ascite se torne bem 
evidente. 
 
 
o Apendicite 
 É uma causa comum de dor abdominal aguda. 
 É preciso pesquisas com cuidados sinais de irritação peritoneal e os sinais adicionais de dor à 
palpação do ponto de McBurney, Sinal de Rovsing, sinal de Psoas e sinal do obturador. 
 Solicite ao paciente que determine o local onde a dor surgiu e onde se encontra no momento. Solicite 
que tussa e informe onde ocorreu a dor. 
 Sinal de Rovsing 
 Comprima profundamente o quadrante inferior esquerdo e rapidamente retire os dedos. Se o 
paciente sentir dor no quadrante oposto, ou seja, no inferior direito = sinal de Rovsing + (sugere 
apendicite) 
 
 Sinal de Psoas 
 Coloque sua mão acima do joelho e peça para que o paciente eleve essa coxa contra a sua mão. A 
intensificação da dor abdominal provocada por uma dessas manobras constitui sinal de Psoas +, 
sugestivo de irritação do musculo psoas por um apêndice inflamado 
 
 Outra maneira é solicitar que o paciente vire para o lado esquerdo e solicitar que estique a perna 
direita até a altura do quadril 
 
 Sinal do obturador 
 Flexione a coxa direita do paciente até a altura do quadril, com os joelhos dobrados, efetue a rotação 
da perna na altura do quadril. Dor na região hipogástrica direita constitui sinal do obturador positivo, 
que é sugestivo de irritação do músculo obturador por um apêndice inflamado. 
 
 Sinal de Blumberg 
 Descompressão dolorosa do ponto de Mc Burney (1) – irritação peritoneal (apendicite) 
 
 
o Avaliação de possível colecistite aguda 
 Sinal de Murphy 
 Coloque o dedo polegar no ponto cístico e peça ao paciente para que respire fundo. 
 O aumento súbito da dor à palpação com parada brusca da inspiração constitui sinal de Murphy + da 
colescitite aguda. 
 
 Sinal de Courvoisier 
 É um sinal médico que define uma vesícula biliar distendida (palpável) sem a presença de dor. É um 
forte indicativo de câncer pancreático (principalmente periampular), e pode ser usado para distinguir 
o câncer pancreático da colecistite aguda ou coledocolitíase. 
o Pneumoperitônio 
 Sinal de Jobert 
 É a perda da macicez hepática na percussão abdominal (fica timpânico) 
 Presença de gás interposto entre o fígado e parede abdominal 
 
 
o Pancreatite 
 Sinal de Cullen 
 Sinal médico que é caracterizado equimoses azuis-pretas na região periumbilical devido à 
hemorragia retroperitoneal. 
 
 Sinal de Grey- Turner 
 Refere a equimoses nos flancos 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sinal_m%C3%A9dico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Equimose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Umbigo

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