Buscar

Ginecologia e Obstetrícia - 2 etapa

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ginecologia e Obstetrícia 
2ª etapa - Pedro Antônio 
 OVULAÇÃO, IMPLANTAÇÃO E EMBRIOGÊNESE 
 Ciclo menstrual: 
 
- O ciclo menstrual tem início através do hormônio GnRH produzido pelo hipotálamo que vai atuar diretamente sobre a 
adenohipófise, estimulando a produção de FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante). 
- FSH vai atuar no recrutamento do folículo ovariano, e além disso, seu pico vai levar ao estímulo de estrogênio (estrogênio 
a nível ovariano -> crescer folículo e preparar para ovular / estrogênio a nível uterino -> proliferação endometrial). 
- LH vai ser responsável pela liberação do óvulo na metade do ciclo (quando regular), e além disso, vai ser responsável por 
estimular a produção de progesterona através do corpo lúteo (progesterona a nível uterino -> manter o endométrio 
proliferado). 
- Quando não há fecundação, o nível de progesterona produzido pelo corpo lúteo vai regredir diminuindo a produção de 
progesterona e fazendo com que ocorra a descamação do endométrio -> menstruação (início do novo ciclo). 
- A partir do momento em que a mulher menstrua, o organismo já começa a ativar novamente o FSH para reiniciar todo 
ciclo. 
 Obs.: 
 Primeira fase (proliferativa) = predomínio de FSH e estrogênio. 
 Segunda fase (lútea) = predomínio de LH e progesterona. 
 O aumento de estrogênio e de progesterona fazem feedback negativo para diminuir a produção de FSH e LH. 
 
 Ovários 
- São divididos em duas zonas: 
 Zona cortical -> contém os folículos ovarianos, formados pelas células germinativas e células foliculares. Há 
também o corpo lúteo, glândula endócrina cordonal (resultante da ruptura do folículo maduro na ovulação) que 
é responsável pela produção de progesterona. 
 Zona medular -> é continua ao hilo e é de tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado 
- A cada ciclo menstrual os ovários vão produzir vários folículos, porém apenas UM é recrutado para amadurecer. Eles 
passam pelos estágios de crescimento, são eles: primordiais -> primário -> secundário -> terciário/pré antral -> 
antral/maduro (folículo de Graaf), e quando não ocorre a fecundação eles sofrem atresia. 
 
- Folículos primordiais são constituídos pelo oócito primário e por uma camada de células foliculares pavimentosas. 
- O oócito cresce, se desenvolve e produz a zona pelúcida - camada extracelular com glicoproteína. 
- A proliferação das células foliculares resulta em crescimento de várias camadas celulares - células da granulosa (mais 
interna) e posteriormente as células da teca (mais externa). 
- As células da granulosa e da teca comunicam entre si devido a presença de receptores. 
 Obs.: 
 Teoria das duas células: um estimulo chega na parte mais externa (células da teca) onde se localiza o receptor de 
LH e o de LDL. Toda gordura que entra para a célula, através estímulo de LH, vai sofrer reações que vão ser 
responsáveis pela sua conversão em progesterona. A progesterona formada vai ser convertida em androgênios. 
Parte desse androgênio produzido na célula da teca será convertido em testosterona que vai caminhar para a 
corrente sanguínea e a outra parte será encaminhada para a célula da granulosa. O androgênio que chega na 
granulosa, com predomínio do receptor de FSH, vai ser convertido em testosterona e estrogênio através da 
enzima aromatase, sendo a forma circulante do estrogênio na mulher fértil (menacme) é na forma de ESTRADIOL, 
que ao entrar na corrente sanguínea vai promover seus efeitos. 
 
- Com o acúmulo de fluido e sódio dentro das células foliculares, o folículo atinge a forma antral. Nesse estágio, 24h após 
o nível máximo de estrogênio, há o pico de LH. O oócito primário conclui a primeira meiose, originando o oócito 
secundário. 
- Com o acúmulo de fluído e aumento do antro, ocorre divisão da camada granulosa -> cumulus oophorus (projeção no 
antro) e corona radiata (circunda o oócito) -> formação do folículo de Graaf ou maduro (ele é formado 7 dias antes da 
ovulação – ele que vai liberar o óvulo para ser fecundado) 
- Quando acontece a liberação do óvulo, o corpo lúteo é formado (fica localizado na região de trompa uterina). Se não 
ocorrer fecundação, o corpo lúteo sobrevive por 10 a 14 dias e se degenera, levando a diminuição de progesterona – vai 
ocorrer a menstruação e o estimulo para a produção de FSH para reiniciar o ciclo. Se ocorrer fecundação, corpo lúteo se 
mantem até placenta se formar e ser autossuficiente para a produção de progesterona. 
 
 Implantação 
- Durante período da ovulação, devido níveis elevados de estrogênio, as fímbrias fazem “varreduras” no ovário a fim de 
captar um óvulo. 
- A fecundação ocorre na trompa uterina, especificamente na região denominada ampola. 
 
- O transporte do óvulo fecundado até a cavidade uterina leva cerca de 3 a 4 dias. 
- Para ocorrer a fecundação, é necessário que o espermatozoide passe por 2 processos: 
 Capacitação (ocorre ainda no trato feminino): desprendimento da cobertura superficial de glicoproteína 
 Reação acrossômica: influxo de Ca2+ que provoca fusão da camada externa do acrossomo com a membrana 
plasmática do espermatozoide para que consiga penetrar no óvulo e assim ocorrer a fecundação 
- O óvulo fecundado chega na cavidade uterina na fase de MÓRULA, e a implantação ocorre por volta do 21º dia do ciclo 
menstrual na fase de blastocisto (levando em consideração que a ovulação ocorre geralmente na metade do ciclo – 14º 
dia). 
 - Logo após a fase de mórula -> blastocisto 
 
- Etapas: (obs.: prof disse que não precisa decorar e que isso não cai em prova nenhuma) 
 Espermatozoide atravessa a corona radiata 
 Espermatozoide atravessa a zona pelúcida 
 Fusão das membranas citoplasmáticas - Após a fusão com o oócito, ocorre o bloqueio a polispermia (forma rápida: 
despolarização da membrana do oócito; e forma lenta: reação cortical) 
 Término da meiose e formação do pro-núcleo feminino 
 Formação do pro-núcleo masculino 
 Fusão dos pro-núcleos  origina célula diploide – zigoto 
– Fase de clivagem ou segmentação – o zigoto sofre divisões: 
 Após sucessivas divisões mitóticas ocorre a formação dos blastômeros 
 Com 16 blastômeros é denominado de MÓRULA 
 Com 32 blastômeros é denominado BLASTOCISTO propriamente dito 
 
 Cada estágio de divisão demora 1 dia 
 Até o estágio de 8 células, diz-se que o desenvolvimento é regulado; porém a partir desse estágio, o 
desenvolvimento passa a ser chamado de desenvolvimento em mosaico (expressão genética diferente – células 
terão destinos diferentes) 
 O blastocisto é formado por uma camada superficial, o trofoblasto e em um pequeno grupo interno de células, o 
embrioblastos 
 O trofoblasto deriva parte da placenta e o embrioblasto origina o embrião propriamente dito 
 
- Fase de implantação (2ª semana): 
- Etapas: aposição, adesão e invasão 
 Aposição: adesão inicial do blastocisto à parede uterina. 1ª etapa da implantação é o hatching (eclosão) –> saída 
do blastocisto pela ruptura da zona pelúcida. 
 Adesão: aumento do contato físico entre o blastocisto e o epitélio uterino. Esse blastocisto penetra as estruturas 
do miométrio da mulher com o intuito de aumentar ainda mais o aporte de nutrientes e O2 para nutrir o feto. 
 Invasão: O blastocisto encosta no epitélio uterino pelo polo embrionário e a partir dessa região, surge o 
sinciciotrofoblasto (8º dia após fecundação). O sinciciotrofoblasto penetra o endométrio até terço médio do 
miométrio, atingindo glândulas e vasos sanguíneos. As células mais internas, constituem o citotrofoblastos –> 
principal componente secretório da placenta. Além disso, o sinciciotrofoblasto produz beta hCG e já no final da 
segunda etapa, já tem níveis existentes no plasma materno. 
 Com a implantação, o endométrio sofre a reação decidual – os trofoblastos diferenciam-se nas células deciduais 
 Completada a implantação, o trofoblasto se diferencia em duas linhas – trofoblastos viloso e extraviloso: Trofoblasto viloso – vilosidades coriônicas –> transporte de O2 e nutrientes entre mãe e feto 
 Trofoblasto extraviloso –> migra para dentro da decídua (futuramente dará origem a placenta) e do 
miométrio, penetra a vasculatura materna 
 
 Invade a decídua para a formação do leito placentário e penetração das artérias 
espiraladas 
 Trofoblasto intersticial 
 Trofoblasto endovascular 
 No 12º dia, o endométrio está reconstituído e cobre totalmente o embrião, como se fosse uma camada protetora 
 Obs.: 
 Os trofoblastos que serão responsáveis pela penetração vascular na mulher grávida, fazendo com que os vasos 
que nutrem o útero e futuramente a placenta tenham um calibre adequado. Isso ocorre porque a mulher fora da 
gestação possui uma artéria uterina de um jeito diferente de quando engravida, ou seja, ela precisa que durante 
a gravidez ocorra a vasodilatação dessa artéria para que maior quantidade de sangue chegue ao útero para nutrir 
o feto (trofoblastos extravilosos) 
 Uma das teorias da pré-eclâmpsia é que quando esses trofoblastos extravilosos não conseguem invadir a 
vasculatura materna, ao invés dos vasos dilatarem, eles ficam com o diâmetro que é normal fora do período 
gestacional, e isso leva a um aumento da pressão devido a elevada demanda de nutrição do feto. 
- Fase de formação da placenta (placentação): 
 Durante a gestação, o endométrio é chamado de decídua (protege o ovo da destruição e promove a nutrição) 
 Pode ser dividida entre: 
- Basal: entre o embrião e o miométrio (onde ocorre a nidação) 
- Capsular: recobre o zigoto 
- Parietal: é o restante da decídua que reveste a superfície interna do útero 
 
 
 Na 2ª semana, os trofoblastos (viloso) formam as vilosidades primárias 
 Na 3ª semana, as vilosidades primárias são penetradas pelo mesoderma extraembrionário –> surgem as 
vilosidades secundárias e terciárias. As vilosidades terciárias são chamadas de vilosidades coriônicas que 
pertencem ao córion frondoso. 
 O córion possui área sem vilosidade (córion liso) e área com vilosidade (córion viloso/frondoso) 
 Com o crescimento do embrião, a decídua capsular se funde a decídua parietal, obliterando a luz do útero. 
 A decídua capsular se degenera e desaparece. 
 
Fusão decídua capsular e parietal 
 A placenta é formada pela decídua basal e pelo córion viloso (componente materno e fetal) 
 A placenta apresenta 2 faces: 
- Materna: em contato com a decídua basal (contato com útero) 
- Fetal: recoberta pelo âmnio e vai originar o cordão umbilical. 
 São formadas por cotilédones (face materna), correspondentes aos troncos coriais e separados pelos septos 
deciduais, dividem a face materna. 
 Principal função é evitar a involução do corpo lúteo e fazê-lo secretar quantidades maiores de estrogênio e 
progesterona 
 O corpo lúteo exerce esse papel até a sétima semana, quando então a placenta progressivamente assume essa 
função, ao redor da 12ª semana de gestação. Entre a 13ª e 17ª semana de gestação, o corpo lúteo irá involuir 
pois a placenta já se encontra autossuficiente para produzir tais hormônios. 
 
 Embriogênese 
- 7º Dia de desenvolvimento –> formação do hipoblasto –> fina camada celular voltada para a blastocele 
- 8º Dia –> ocorre acúmulo de fluido entre as células do embrioblasto e cria-se a cavidade amniótica –> sob ela, as células 
do embrioblasto formam uma camada de células colunares: epiblasto 
- Na 2ª semana –> embrião é chamado de didérmico (composto pela camada hipoblasto e epiblasto) –> entre essas 
camadas, há lâmina basal 
- O âmino (membrana amniótica) será o revestimento interno do saco amniótico 
- A células do hipoblasto migram e revestem a blastocele –> originando a membrana de Heuser – formará o saco vitelino. 
- Com a formação do saco vitelino ocorre uma deposição de matriz extracelular entre a membrana de Heuser e o 
citotrofoblasto –> retículo extraembrionário 
- O retículo extraembrionário promove a migração das células do epiblasto, que se organiza em 2 camadas: mesoderma 
extraembrionário somático (vizinho do citotrofoblasto e do âmino) e mesoderma extraembrionário esplâncnico. 
 
- O retículo extraembrionário entre as duas camadas passa ser substituído por fluidos, celoma extraembrionário 
- O sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto e o mesoderma extraembrionário somático compõem o córion 
- O saco coriônico ou saco gestacional consiste no córion e no celoma extraembrionário 
- A região do mesoderma extraembrionário somático que liga o embrião ao citotrofoblasto é o pedúnculo do embrião e 
será o cordão umbilical 
- O saco vitelino passa por nova onda de migração das células do hipoblasto e resultará no saco vitelino definitivo (formado 
pela membrana de Heuser e mesoderma extraembrionário esplâncnica. 
- O saco amniótico é formado pela membrana amniótica e pelo mesoderma extraembrionário somático 
- Inicialmente o líquido amniótico é proveniente do soro do sangue materno, depois há contribuição do transudato do 
cordão umbilical, da pele, trato respiratório e digestivo. Feto ingere esse líquido e depois urina 
 
- Com a expansão do acúmulo de líquido, o saco amniótico ocupará todo a cavidade coriônica, resultando na membrana 
amniocoriônica -> espaço virtual, que quando há rompimento de bolsa (bolsa rota) é chamado de amniorrexe 
- Função do líquido é proteger o feto do dessecamento, choque mecânico, infecção, permita a movimentação fetal, 
expansão pulmonar 
- 4ª Semana, com o dobramento do disco embrionário em um tubo, parte do saco vitelino fica incorporada como intestino 
primitivo e o restante fica junto ao pedúnculo do embrião e resulta no cordão umbilical 
- No 16º dia, o alantoide surge como uma evaginação ventral do intestino posterior revestido por endoderma e por 
mesoderma extraembrionário esplâcnico. No mesoderma da alantoide, são gerados os vasos umbilicais (ligam o feto à 
placenta). Com o desenvolvimento, essa estrutura participa da formação da bexiga. Após o nascimento, ela se 
transformará o ligamento umbilical médio que ligará a bexiga à região umbilical 
 
- Gastrulação, formação da linha primitiva e do embrião tridérmico 
 A gastrulação é um processo que envolve movimentos celulares que estabelecem as 3 camadas germinativas do 
embrião (ecto, meso e endoderma) –> todas originadas das células do epiblasto 
 A concentração de células do epiblastos estabelece uma linha mediana e caudal, a linha primitiva. Com a linha 
primitiva, são identificados o eixo anteroposterior (craniocaudal) e eixo direito-esquerdo do embrião 
 
 Na extremidade cranial, há acúmulo de células, que é o nó primitivo (ou nódulo de Hensen) 
 O movimento das células através da linha primitiva produz um sulco e a saída de células do nó primitivo forma a 
fosseta primitiva 
 No final da 3ª semana, a linha primitiva regride e desaparece 
 
DESTINO DOS FOLHETOS EMBRIONÁRIOS 
ECTODERMA Epiderme e seus anexos (pelos, glândulas) 
Sistema nervoso 
MESODERMA Derme 
Sis. Muscular, circulatório, esquelético e urogenital 
ENDODERMA Epitélio e glândulas do tubo digestivo 
Epitélio do sistema respiratório 
Epitélio de revestimento interno da bexiga urinária 
 
Obs.: prof. frisa que é importante saber esse quadrinho acima 
 
- Neurulação 
 A neurulação é o dobramento da placa neural em tubo neural - ocorre do meio para as extremidades (chamados 
de neuróporos – anterior fecha no 25º dia e o posterior fecha no 27º dia) 
 Começa abaixo do nó primitivo entre o endoderma e o ectoderma do embrião – processo notocordal 
 As células do nó primitivo migram ao nível do mesoderma e formam a placa precordal 
 Processo notocordal se dobra e forma a notocorda 
 Tem como função o desenvolvimento do sistema nervoso no ectoderma 
 Formação da notocorda induz a formação da placa e do tubo neural 
 Anencefalia ocorre quando não há o fechamento doneuróporo anterior. E quando não há fechamento da parte 
posterior tem a meningocele, mielomeningocele 
 Importância do ácido fólico no período gestacional -> evita má formação do SNC 
 
 Tubo neural originará o sistema nervoso central: o encéfalo e medula espinhal 
 Das pregas neurais, no momento que se fundem, saem células que formam as cristas neurais –> essas células 
migram para várias partes do corpo e dão origem aos gânglios e nervos raquidianos do sistema nervoso periférico, 
as meninges do sistema nervoso central, músculos e ossos da cabeça, a medulla da adrenal e os melanócitos. 
 
- Diferenciação do mesoderma: 
 Diferencia-se em: 
- Paraxial (ao lado do tubo neural e da notocorda) 
–> é formado por estruturas chamadas somitos 
(esqueleto axial, derme do dorso do corpo e a 
musculatura do dorso do tronco e dor membros) 
- Intermediário –> encontrados nos 
túbulosnefrogênicos: precursos do sistema 
urinário e sistema reprodutor 
- Lateral –> Somático ou parietal (originará o 
tecido conjuntivo dos membros, parede laterais 
e ventrais do corpo). Esplâncnico ou visceral 
(derivará o conjuntivo e os músculos do sistema cardiovascular, respiratório e digestivo) 
 
 
 Embriologia feminina 
- O desenvolvimento gonádico (ovariano) inicia-se na 5ª semana. Ressalvando que a diferenciação sexual so ocorre a partir 
da 8ª semana de gestação 
- Durante a migração, as células germinativas se dividem mitoticamente até as 28 semana. Nessa fase, a crista genital está 
completamente colonizada por 6 a 7 milhões de células germinativas primordiais (folículos). 
- O ovário inicia sua diferenciação com a regressão dos canais de Wolff, simultaneamente com o desenvolvimento das 
vias genitais femininas a partir dos canais de Muller 
- 8ª semana a região central do ovário é invadida pelo mesonefros, que empurra as células germinativas para a periferia 
ficando o córtex ovariano cheio de ovogônias e a parte medular por células mesonéfricas 
- As células diferenciadas a partir do precursor mesonéfrico, vão dar origem às células pré granulosas e as de origem 
mesenquimatosas, ás células pré tecais e estroma ovariano 
- Ductos de Muller ou paramesonéfricos são primórdios da genitália feminina; ductos de Wolff ou mesonéfricos, são 
primórdios da genitália masculina 
- Na ausência do hormônio anti mulleriano, o feto desenvolverá as trompa de Fallópio, útero e parte da vagina a partir 
dos canais paramesonéfricos (canais de Muller) 
- Da 3ª a 8ª semana o desenvolvimento sexual é idêntico em ambos os sexos, a partir da 8ª semana que ocorre a 
diferenciação 
- Os canais de Muller se diferenciam a partir da 6ª semana 
 
 
 
 
 PUBERDADE FISIOLÓGICA 
 Aspectos gerais 
- Período de transição entre infância e a vida adulta 
- Caracteriza-se por transformações físicas e psíquicas complexas e depende da integridade do eixo hipotálamo-hipófise-
ovários (H-H-O) 
- Tem início com a ativação do eixo H-H-O, antes mesmo do aparecimento de qualquer sinal externo de desenvolvimento 
de caracteres sexuais secundários, como a formação das mamas, pelos e a menarca. 
- Termina quando se estabelecem os ciclos ovulatórios –> vida adulta 
- Duração média de 4,5 anos, mas pode estender-se por até 6 anos 
- Inicia-se entre 8 a 13 anos 
 Paciente com 15 anos e com caracteres sexuais secundários –> pode esperar até os 16 anos antes de falar em 
amenorreia 
 Paciente com 14 anos sem caracteres sexuais secundários –> puberdade tardia ou amenorreia primaria 
- Estrogênio e progesterona estão relacionados com os caracteres sexuais secundários 
- Fase do estirão +/- 12 anos 
- Crescimento pré-puberal é de 4 a 5 cm/ano 
- Final do estirão, fase final do crescimento, ocorre a menarca. Após menarca, crescimento de 5 a 6 cm/ano 
 
 Fatores que influenciam o início da puberdade 
- Genético (existe relação entre idade materna da menarca e filhas) 
- Melhoras das condições de saúde e nutrição (gordura corporal entre 16% para ocorrer menarca e 23% para ciclos 
ovulatórios). O colesterol (gordura) é substrato para a formação de estrogênio. 
- Leptina (peptídeo liberado pelos adipócitos) tem relação com início da puberdade –> regula o comportamento alimentar 
e consumo de energia –> aumenta ao longo da infância até a puberdade 
 
 Fisiologia da puberdade 
- Caracteres sexuais primários: está relacionado com a parte reprodutiva (órgãos internos) –> útero, ovários e a vagina. 
- Caracteres sexuais secundários: está relacionado com o desenvolvimento corporal –> mamas, pelos e menarca 
- Gonadarca: aumento dos esteroides sexuais (pico GnRH) 
 Aumento de mamas, útero e ovários: estrogênios e progesterona. 
- Adrenarca: aumento dos androgênios 
 Surgimento de pelos pubianos, pelos axilares 
 Ocorre 2 anos antes do estirão de crescimento e da elevação das gonadotrofinas e dos estrogênios 
- Sequência de eventos depende diretamente da integridade do eixo H-H-O, com seus mecanismos de feedback 
- Logo na 10ª semana de gestação o hipotálamo vai produzir GnRH que estimula a hipófise anterior a produzir os 
hormônios FSH e LH. Em torno da 30ª semana gestacional, ocorre a elevação dos níveis de gonadotrofinas compatíveis 
com aqueles encontrados na adulta. Quando os hormônios chegam ao nível máximo ocorre o declínio devido ao feedback 
negativo exercido pelos altos níveis dos esteroides placentários. Após o nascimento cessa o estímulo dos hormônios 
maternos sobre o eixo H-H-O do neonato, ocasionando aumento das gonadotrofinas estimulando os ovários a produzir 
estrogênios. Este estímulo pode se prolongar até em torno do 4º mês de vida, quando através de feedback negativo 
ocorre declínio dos níveis de gonadotrofinas e dos esteroides sexuais ovarianos 
- Este quadro (hormônios diminuídos) permanece praticamente inalterado até em torno do oitavo ano de vida dessa 
menina, ou seja, durante a primeira infância o eixo HHO apresenta atividade diminuída. Nesse período o gonadostato, 
sistema regulador das gonadotrofinas, está extremamente sensível ao feedback negativo exercido pelo estrogênio 
(mesmo em nível discreto). Além deste mecanismo de feedback negativo, identifica-se a presença de um fator de inibição 
central intrínseca ao GnRH –> a melatonina (com a diminuição da produção da melatonina, ocorre diminuição da 
produção de GnRH) 
- Em torno dos 7 anos de idade, inicia-se a ativação do eixo H-H-O, com pulsos noturnos de GnRH. Nesse período identifica-
se a liberação do gonadostato, resultante da diminuição da inibição central intrínseca ao GnRH e da menor sensibilidade 
do feedback negativo dos esteroides sexuais. Em reposta a produção do GnRH, ocorre liberação FSH e LH, sendo a resposta 
do FSH mais precoce e acentuada do que aquela exercida pelo LH. Sob a ação dos picos de FSH inicia-se a produção de 
estradiol pelos ovários e começam a aparecer os caracteres sexuais secundários. A resposta ao LH é pequena no início e 
aumenta acentuadamente depois, no evoluir da puberdade 
- Pulsos noturnos estimulam os ovários a produzirem pequenas quantidades de estrogênio –> primeiros sinais somáticos 
da puberdade. Com a maturação folicular aumenta-se a produção de estradiol e o feedback negativo torna-se positivo 
fazendo que seja liberado o pico de LH. 
 
 Alterações fisiológicas: 
- Crescimento: estirão puberal (peso e altura) 
- Maturação óssea 
- Dimensão e composição corporal (musculatura e tecido adiposo) 
- Alteração timbre da voz 
- Aumento do tamanho e da força contrátil do coração 
- Aumento da PA, volume sanguíneo, Hb e Htc 
- FC, FR e metabolismo basal atinge níveis do adulto 
- Sequência de eventos da puberdade: (questão de prova) 
- Telarca (surgimento do broto mamário) é o primeiro sinal de puberdade 
 Inicia com o aparecimento do broto mamário por volta de 2 anos antes da menarca 
 M1: ausência de desenvolvimento mamário, estágio infantil. 
 M2: aparecimento do broto mamário. 
 M3: crescimento de mama e aréola, sem separaçãode contornos. 
 M4: projeção da papila e aréola acima do contorno da mama. 
 M5: projeção apenas da papila e retorno da aréola ao contorno da mama. 
- Pubarca 
 Aparecimento dos pelos pubianos, seguidos dos axilares 
 P1: ausência de pelos pubianos. 
 P2: pelos finos e lisos na borda dos grandes lábios. 
 P3: aumento na quantidade de pelos nos grandes lábios e na sínfise púbica, pelos mais escuros e crespos. 
 P4: pelos escuros, crespos, grossos, nos grandes lábios, na sínfise púbica e períneo. 
 P5: pelos terminais abundantes em sínfise, períneo e raiz das coxas. 
- Estirão crescimento 
 Estrogênio estimula o GH, que ativa o IGF-1, que é um mediador da ação do GH 
 Durante o estirão ocorre ganho de peso, com alteração importante no percentual de gordura corporal 
 Duração é de 2 a 3 anos e a velocidade de crescimento de 9 a 10 cm/ano 
- Menarca 
 Influenciada por vários fatores, dentre os quais os que se relacionam à melhoria nas condições de vida e saúde 
 Idade média de ocorrência é 12,6 anos com variação de até 1 a 2 anos 
 O tempo médio decorrido entre o aparecimento do broto mamário e a menarca é de 2 a 3 anos. 
 Ocorre após o pico do crescimento ponderal, com idade óssea igual ou maior que 13 anos, e com desenvolvimento 
mamário em estágio M4 e de pelos P4 
 Após a menarca os ciclos menstruais tendem a ser anovulatórios e, portanto, irregulares. 
 Com o passar do tempo ocorre a maturidade do eixo e instala-se o feedback bifásico entre o estradiol e o LH, 
sendo que em baixas doses ele é negativo e em altas doses é positivo, levando a pico de LH no meio do ciclo 
 A ciclicidade da ovulação leva à regularidade menstrual e marca o final da puberdade. 
 
CLASSIFICAÇÃO DE TANNER 
 PRÉ-NATAL E IMUNIZAÇÕES 
 Pré-Natal 
- Tem como objetivo assegurar a redução da morbimortalidade materna e perinatal no período gestacional, ou seja, vai 
acompanhar a gestante em todo desenvolvimento do bebê 
- Possui caráter preventivo, assistencial e educacional. 
- A paciente é assistida por uma equipe multidisciplinar: médicos, odontólogos (infecções gengivais podem induzir ao 
parto prematuro), nutricionista (evitar diabetes gestacional e hipertensão), psicólogos e assistente social. 
- Proporcionar higidez ao organismo materno, tornando-o mais saudável possível 
- Orientar hábitos de vida 
- Apoio psicológico e social a gestante 
- Orientação sobre parto 
- Quando procurar emergência hospitalar 
- Uso de medicações/Profilaxia, diagnóstico e tratamento das doenças próprias da gestação 
- Identificação de situações de risco: sangramentos, gemelaridades, HA, ITU de repetição, DM, dependência química, 
ganho de peso excessivo e distúrbios psicológicos. 
- Recomendações: 
 Deve ser iniciado o mais precocemente possível, ideal antes de 12 semanas, ou seja, ainda no 1º trimestre 
 Ideal é que a mulher realize acompanhamento pré-concepcional para planejar a gestação. Isso é importante por 
exemplo, uma paciente diabética controlar os índices glicêmicos antes ou uma paciente que tenha hipovitaminose 
possa fazer a reposição. 
 Iniciar ácido fólico de 2 a 3 meses antes da concepção para profilaxia (defeitos no fechamento do tubo neural) de 
malformação fetal e manter até terceiro mês de gestação 
- 10 Passos do pré-natal: 
 Iniciar pré-natal até 12 semanas e avaliar risco materno 
 Garantir os recursos humanos, físicos, materiais e técnicos necessários à atenção pré-natal 
 Solicitação, realização e avaliação de exames em tempo oportuno 
 Escuta ativa da gestante e acompanhantes, considerando aspectos intelectuais, emocionais, sociais e culturais e 
não somente um cuidado biológico 
 Garantir transporte público se necessário 
 Parceiro merece cuidado (realizar consulta e exames) 
 Garantir acesso à Unidade Especializada se necessário, ou seja, diante de um pré-natal de alto risco a paciente 
deve ser consultada por um especialista –> obstetra 
 Estimular e informar sobre os benefícios do parto fisiológico, incluindo a elaboração do “Plano de Parto” –> tentar 
diminuir as cesarianas desnecessárias pois são procedimentos cirúrgicos, e com isso pode aumentar risco de 
hemorragia, infecção e até mesmo a depressão pós-parto. 
 Direito de conhecer a Maternidade que irá dar à luz 
 Mulheres devem conhecer e exercer os direitos garantidos por lei no ciclo gravídico-puerperal –> direito a 
acompanhante, que sua vontade deve ser preservada fora de situações de urgência e emergência 
- Periodicidade das consultas: no mínimo 06 consultas durante o pré-natal e 01 consulta no pós-parto. Sendo que a 
primeira consulta deve ser realizada no 1º trimestre, a segunda e terceira no 2ª trimestre, a quarta, quinta e sexta no 3º 
trimestre. Porém, o ideal seria uma consulta mensal até a 28ª semana e depois disso, até a 36ª semana, a consulta ser 
quinzenal, e a partir dessa última data até o parto –> consulta deveria ser semanal. 
- Não existe ‘’alta’’ de pré-natal. 
 
 Consulta 
- Anamnese atual e exame físico 
- Verificar calendário vacinal 
- Avaliar exames complementares –> laboratoriais e de imagem (atualizar cartão da gestante e ficha pré-natal) 
- Calcular e anotar idade gestacional 
- Exame físico: 
 Avaliar peso e IMC 
 Exame ginecológico, incluindo exames das mamas –> pode auxiliar para evitar uma intercorrência no período pós-
parto com a amamentação, então o exame prévio é uma medida de segurança para encaminhar essa gestante a 
um profissional para ir trabalhando nessa mama durante a gestação. O exame ginecológico vai ser importante 
para avaliar questões anatômicas ou lesões pré-existentes para serem tratas desde o início da gestação. 
 Avaliar PA, edema, BCF, movimento fetal 
- Anamnese: 
 Informações demográficas e pessoais 
 Antecedentes médicos pessoais e familiares (gestações gemelar de parentes, hipertensão, diabetes, 
comorbidades no geral, uso de medicamentos...) 
 Antecedentes obstétricos (perguntar se é a primeira gestação, em caso afirmativo perguntar sobre o pré-natal do 
filho anterior, se teve alguma doença durante a gestação, se o bebe nasceu prematuro, se o parto foi tranquilo, 
se já teve aborto ou não) 
 História ginecológica e menstrual 
 História obstétrica atual (perguntar como está o psicológico em relação a atual gestação...) 
 Informações psicossociais e violência doméstica 
- Idade gestacional: 
- Pode ser calculada de duas formas, primeiro USG realizado até a 12ª semana ou DUM (data da última menstruação) 
- Se a diferença entre o USG e a DUM estiver com uma semana de diferença, optar por seguir a data da última menstruação 
porque é confiável. Quando essa diferença extrapola 01 semana –> seguir USG. 
- Calcular IG, baseado no DUM 
 Somar o número de dias à data atual e dividir o resultado por 7 
 Exemplo: DUM 20/10/19 – consulta dia 11/01/20. Agora é necessário somar os dias desde a última menstruação 
20/11 até a data atual, ou seja, a da consulta 11/01. 
 Somar o resto do mês 10 (11 dias), mês 11 e 12 completos, e mais 11 dias do mês de janeiro. 
 Cálculo: 11 + 30 + 31 + 11 = 83/7 = 11 sem 6 dias 
 Obs.: 
Regra de Nägele 
Utilizada para calcular a D.P.P (data provável do parto). 
Adicionar 7 dias ao primeiro dia D.U.M 
Acrescentar 9 meses ou menos 3 meses (mais utilizado) quando se faz o 
cálculo retrógrado 
Duração média da gravidez – 280 dias (40 semanas) 
- DUM 09/10/15  DPP 16/07/16 
 dia 9 + 7 = 16 // mês 10 – 3 = 7 
- DUM 02/03/14  DPP 09/12/14 
 dia 2 + 7 = 9 // mês 3 + 9 = 12 
- DUM 28/10/13  DPP 04/08/14 
 dia 28 + 7 = 4 (virou mês) // mês 10 – 3 = 7 + 1 mês excedido = 8 
 
 Exames 
- Ultrassonografia (USG): 
 Transvaginal/ endovaginal –> realizar até a 10ª semana 
 Morfológico/ translucência nucal (1º trimestre) –> entre 11ª a 14ª semana –> esse USG de translucência nucal é 
marcador de risco para cromossomopatia como a S. de Down 
 Morfológico (2º trimestre) –> entre 20ª a 24ª semana Obstétrico –> após 34ª semana 
- Exame físico nas consultas: 
 Mucosa 
 Peso e altura 
 Ausculta cardio-pulmonar 
 Palpação pescoço e abdome 
 Exame das extremidades 
 Medidas do Fundo Uterino (FU) – se não estiver compatível com a idade gestacional, suspeitar que o crescimento 
do bebe não está normal ou o líquido intrauterino está pouco. E quando há um aumento dessa medida para a 
idade gestacional, pensar no excesso de liquido ou peso. Geralmente até a 20ª semana a AFU acompanha a idade 
gestacional, por exemplo, 17 semanas – 17cm. Depois de 20 semanas é comum ter uma variação de 2 pontos 
abaixo ou acima do valor. E com 20 semanas, a altura do FU está próximo da cicatriz umbilical. 
 Ausculta B.C.F:  DOPPLER – 10ª - 12ª semana (descrito na literatura, mas na prática só é possível depois de 14 
semanas) 
 PINARD – 16ª semana 
 Exame Vulva e Vagina 
 Toque Bimanual 
 Avaliação de edema dos MMII 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Manobras de Leopold Zweifel: 4 etapas 
 Delimitar fundo uterino através da palpação para avaliar a posição que o fetal ocupa em relação ao FU, se e a 
posição cefálica ou se é a pelve do bebe. 
 
 
 
 
 
Nesta imagem o médico está palpando a região de pelve do bebe no FU. 
 Manobra realizada em toda consulta para fazer a medição da altura do FU 
 Avaliar posição fetal – dorso (costas) para definir foco do BCF 
Descer com as duas mãos sempre comparando um lado com o outro, no lado que 
tiver contínuo é o lado das costas. O lado que for definido (costas) é onde o médico 
irá auscultar o BCF. 
Essa segunda manobra é realizada em toda consulta, devido a avaliação do BCF. 
 
 
 
 
 
 
 Mobilidade da apresentação para avaliar grau de insinuação e confirmar o diagnóstico da apresentação 
 
Ao palpar a cabeça do bebe (ou região pélvica – dependendo) vai mover de um 
lado para o outro a fim de verificar a mobilidade desse feto, se a cabeça se 
mover, o feto não está insinuado na pelve, ou seja, não está encaixado. Quando 
faz o movimento e a cabeça não move – feto já está insinuado na pelve. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Avaliar grau de penetração do feto no estreito superior da pelve 
 
Com as duas mãos, na parte mais inferior do abdome materno, o médico 
deverá tentar empurrar o feto para cima – rechaço fetal. 
O ideal da 3ª e 4ª manobra é no fim da gestação para averiguar se o fero 
está encaixado, pensando no parto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÓRMICA -> OMBRO DO FETO NA PELVE MATERNA 
- Exames laboratoriais: 
 Hemograma 
 Glicemia jejum 
 TSH 
 Grupo sanguíneo com fator Rh –> gestante Rh – e marido Rh + é necessário solicitar o exame chamado Coombs 
indireto. Pedir no 1º trimestre e a partir disso, repetir com 28, 32, 36 e 40 semanas. Ou fazer no primeiro, segundo 
e terceiro trimestre também é uma opção. 
 Sorologias: rubéola (IgG e IgM), toxoplasmose (IgG e IgM – fazer a cada 2 meses), sífilis (VDRL), hepatite B e C 
(HBsAg e anti-HCV) e HPV 
 Urocultura –> gestante é um dos poucos casos em que se trata bacteriuria assintomática 
 TOTG (teste de tolerância oral a glicose) –> realizado entre 24ª a 28ª semana para avaliar risco de DMG. 
 No terceiro semestre: repetir todos os exames, exceto o grupo sanguíneo e TOTG. 
 
 Imunização: 
- Imunizações pré-gestacional: 
 Febre amarela 
 Rubéola, caxumba e sarampo 
 Hepatite B 
 Difteria e tétano 
- Na gestação não é feita nenhuma vacina com vírus vivo, além disso, a vacina de hepatite B é feita desde o nascimento 
da criança. Aqueles que nasceram de mães HbsAg positivo dem receber imunoglobulina para Hepatite B. 
- Imunizações sem contraindicações na gestação: 
 Tétano, difteria e coqueluche (acelular) – dTpa 
 Gripe 
 Hepatite B 
 Pneumococo 
 Meningococo 
 Raiva 
 Enterovírus 
- Imunizações contraindicadas na gestação: 
 Sarampo 
 Caxumba 
 Rubéola –> é teratogênica, risco potencial de malformação fetal. Até mesmo se a mulher engravidar 30 dias após 
a vacina tem o risco de ter malformação fetal, em alguns casos é até indicado o aborto terapêutico 
Tudo tem que ser baseado no cartão vacinal da pessoa, por 
exemplo, se já tiver tomado vacina de hepatite B, fazer avaliação 
com o marcador que é o anti-hbs, se der + não precisa fazer mais 
nada. 
São as três vacinas super liberadas na gestação, não 
tem nenhuma contraindicação em nenhum período. 
Não são ‘’proibidas’’, mas devem avaliar o risco x benefício para a 
paciente. Não são totalmente liberadas como as citadas acima. 
Tríplice viral – vírus vivo 
 Poliomielite 
 Varicela 
 Febre amarela –> apesar de ser contraindicada, a paciente que vai viajar para uma região endêmica com alto risco 
de contrair a doença, primeiro é aconselhar ela a não viajar, mas caso ela for, ela pode vacinar, mas ciente de que 
pode trazer algum risco para a gestação. 
- Tétano na gravidez: 
 Se a paciente não tem o cartão vacinal ou não tomou nenhuma vacina de tétano –> fazer três doses da vacina, 
sendo as duas primeiras com difteria e tétano (DT) e a terceira com difteria, tétano e coqueluche (dTpa) com 
intervalo de 60 dias e mínimo de 30. 
 Esquema de tétano incompleto –> se ela tem apenas uma vacina registrada, vai fazer até completar as 03 doses, 
se tiver só 02, mesmo esquema. 
 Se ela tiver todas as 03 doses, mas a última dose tem menos de 05 anos –> fazer o reforço somente com a dTpa 
a partir de 20 semanas de gestação. O ideal é fazer o quanto antes (após 20 semanas), deixar para fazer, por 
exemplo, com 32 semanas a vacina pode não fazer o efeito desejado (soroconversão). 
 Se ela tiver todas as 03 doses, mas a última dose tem mais de 05 anos –> fazer 01 dose pelo menos 20 dias antes 
do parto 
 
- Hepatite B na gestação: 
 São 03 doses, e na grande maioria das vezes as mulheres já estão vacinadas 
 O que dificulta é quando não se tem o cartão vacinal para comprovar essa vacinação ou tem o anti-bhs negativo, 
então é orientado a essa gestante tomar a vacina contra hepatite B que pode ser feita em qualquer momento da 
gestação. 
 Normalmente faz uma dose, depois de 30 dias outra e depois de 6 meses a última dose. 
 Se a gestante tem o esquema completo, mas o anti-hbs veio negativo –> refazer o esquema completo nessa 
gestante (03 doses) 
 Se a gestante tiver recebido 1 ou 2 doses -> completar a terceira durante a gestação, não é necessário refazer 
todo esquema 
 
 Nutrição na gestação 
- Controlar o peso na gestação é de extrema importância para evitar o desenvolvimento de doenças neste período e a 
macrossomia fetal, tornando a gestação cada vez mais saudável. 
- Ganho de peso adequado para determinado IMC: 
IMC CLASSIFICAÇÃO GANHO DE PESO ADEQUADO 
< 19,8 Kg / m² Baixo peso 12,5 - 18 Kg 
19,9 - 26 Kg / m² Normal 11,5 - 16 Kg 
22 - 29 Kg / m² Sobrepeso 7 - 11,5 Kg 
> 29 Kg / m² Obeso 7 - 9,1 Kg 
- O ganho de peso inferior ao adequado pode resultar em: restrição do crescimento fetal e prematuridade 
- O ganho de peso superior ao adequado pode resultar em: macrossomia fetal e aumento cerca de 2x do parto evoluir 
para uma cesariana 
- Resumindo: 
 1º trimestre: ganho de 0,5 a 2 Kg –> normalmente é um período que não se engorda muito devido aos vômitos e 
náuseas decorrentes desse período, além da diminuição da motilidade intestinal. 
 2º e 3º trimestre - ganho semanal: 
- 0,5Kg para baixo peso 
- 0,4Kg para peso adequado 
- 0,3Kg para sobrepeso 
- 0,2Kg para obeso 
- Elementos importantes oriundos da alimentação: 
- O cálcio vai atuar no desenvolvimento do esqueleto fetal e prevenção de pré-eclâmpsia 
 Encontrado em folhas verdes, sardinhas, leite, queijo e soja. 
 Paciente alérgica e com intolerância alimentar ou que não tenha alimentação rica em cálcio –> reposição com 
citrato de cálcio 600mg – 2x ao dia 
- Ferro 
 A deficiência de ferro leva ao quadro de anemia ferropriva 
 A necessidade de ferro no organismo materno aumenta devido às necessidadesdo feto –> vai atuar no 
desenvolvimento neurológico e estrutural desse feto 
 Ferro proveniente da dieta torna-se insuficiente após 20ª semana 
 Início da suplementação é a partir da 16ª semana até a 8ª semana pós-parto, mas caso a gestante necessite de 
suplementação de ferro antes desse período, deve-se iniciar o quanto antes. 
 A recomendação é de 60mg/dia de ferro elementar que corresponde a 300mg de sulfato ferroso 
 Obs.: 
 O sulfato ferroso da rede pública tem apenas 40mg, isso é uma dosagem muito baixa e causa muita intolerância 
intestinal. Se a paciente tiver condições de comprar o de 60mg, deve-se prescrever 
 Apesar do ministério da saúde não colocar a ferritina como exame de rotina para a gestante, sempre é bom pedir 
para fazer a reserva de ferro que essa paciente tem, para que a suplementação seja feita antes mesmo de iniciar 
um quadro de anemia. 
- Ácido Fólico 
 A deficiência desse elemento causa anemia megaloblástica, e para sua prevenção, 300 microgramas/dia é 
suficiente. 
 Prevenção do defeito de fechamento do tubo neural, pacientes sem antecedentes –> 400 ug/dia (ou 0,4 mg/dia) 
e iniciar 40 dias antes da gravidez e manter nos 3 primeiros meses da gravidez 
 Com antecedentes 4 mg/dia 3 meses antes da gestação e durante os 3 primeiros meses da gestação 
 Obs.: 
 A rede pública oferece ácido fólico de 5mg/dia, valor muito acima do preconizado. 
 Essa dosagem é indicada para pacientes que tem diabetes, anemia falciforme, que tem filho com malformação 
em tubo neural em gestação anterior 
- Vitamina A: cuidados com doses muito elevadas -> acima de 10.000U/dia são teratogênicas 
- Vitamina B12 e D (auxilia na implantação do embrião): repor para gestantes vegetarianas 
- Vitamina B6: repor em gestantes com nutrição inadequada, adolescentes e usurárias de drogas 
- Vitamina C: 80-85 mg/dia –> é encontrada em frutas 
- Ômega 3: auxilia no desenvolvimento neurológico (não é recomendação do MS, mas a paciente que tem condições de 
comprar é recomendado que use) 
 
 
 Principais queixas na gestação: 
- Náuseas e vômitos 
 Queixa mais comum nas primeiras 12 semanas, podendo estender por volta de 14 a 15 semanas e acontece 
principalmente pela manhã 
 75% apresentam esses sintomas 
 Tratamento: Fracionar e selecionar refeições 
 Piridoxina (Vit.B6) 10 a 25mg 3x/dia 
 Metoclopramida – Plasil (5-10 mg 8/8 h. oral/IM) 
 Dramin 
 Bromoprida 
 Ondansetrona – Vonau –> excelente medicação, porém está em desuso devido a um estudo relacionando 
com o surgimento de fenda palatina 
 Gengibre em cápsula 250mg 4x/dia 
 O vomito excessivo pode evoluir, por isso é importante observar um padrão –> Hiperemese gravídica 
(desidratação, desnutrição e distúrbio hidroeletrolítico). É uma condição que precisa de internação, dieta zero, 
medicação, reposição hidroeletrolítica. 
 A hiperêmese é diferenciada da êmese (vomito normal) normalmente através de um ionograma, e que se dosa 
cloro, magnésio, sódio e potássio e a depleção desses íons sugere internação. 
- PICA 
 Desvio do apetite – Terra 64%, Sujeira 14% e Gelo 5% (alotriofagia) 
 Comumente associado anemia ferropriva 
 Prevalência de anemia em gestantes com PICA 15% e 6% sem PICA 
 Taxas de partos prematuros –> 2 vezes maior 
- Lombalgias 
 70% queixa das gestantes –> pode piorar com evolução da gestação 
 Fatores de Riscos –> Obesidade e Lombalgia Anterior 
 Orientação: 
 - Postura adequada, exercícios de relaxamento, massagem 
 - Travesseiros nas costas 
 - Evitar salto alto, atividade física extenuante 
 Afastar causas orgânicas: hérnia de disco, osteoartrite e osteoporose 
 Tratamento – Calor local, Analgésico simples (paracetamol) e fisioterapia 
- Varizes 
 Pode acometer membros inferiores e vulva 
 Predisposição genética, posição supina prolongada, gravidez e idade avançada –> aumentam a predisposição do 
surgimento de varizes ainda mais 
 Decorrem do aumento da pressão venosa, diminuição tono vascular e fraqueza congênita das paredes musculares 
das veias 
 Sintomas –> estético e dor em queimação 
 Tratamento: repouso com pernas elevadas e meias elástica de média compressão 
 Tratamento cirúrgico não é recomendado 
 As varizes são fatores de risco para TVP 
- Hemorroida 
 Primeira manifestação na gestação ou exacerba-se e agrava-se na gestação 
 Aumento da pressão venosa por compressão da veia cava inferior pelo útero 
 Anestésicos tópicos –> compressas mornas, anticoagulantes e anti-inflamatórios tópicos 
 Higiene local, prevenção de esforços excessivos e alimentação rica em fibra 
 Raramente –> Drenagem cirúrgica da trombose hemorroidária 
- Pirose 
 Decorre da diminuição do tônus do esfíncter esofágico inferior 
 Fazer refeições fracionadas, evitar posição muito plana ao deitar, evitar a ingesta de liquido com a alimentação 
 Uso de antiácidos –> hidróxido de alumínio ou magnésio - 1 colher das de sopa 3 vezes ao dia 
- Edema 
 Gravitacional – melhora com repouso 
 Generalizado: súbito de peso com edema facial e dedos – DHEG 
 Decorrente do distendimento abdominal da gestante que cursa com menor retorno venoso 
 Tomar cuidado com edema generalizado, pensar no risco de a gestante desenvolver pré-eclâmpsia 
- Sialorreia 
 Hipersalivação secundária –> estimulação glândulas salivares pela ingesta de amido 
 Pode ser decorrente da gestação ou de componente psicossomático 
- Fadiga e sonolência 
 Início da gestação –> efeito da progesterona sobre SNC 
 Tende a diminuir a medida que a placenta vai se formando 
- Constipação 
 É comum e piora na gravidez 
 Causada devido efeito da progesterona na musculatura colônica (atonia intestinal), aumentando a duração do 
trânsito intestinal 
 Tratamento – Consumo de frutas e vegetais 
 Formação bolo fecal –>Farelo de trigo 
 Aumentar ingesta de líquido 
 Não prescrever Óleo Mineral –> reduz absorção vitaminas lipossolúveis 
- Câimbras e parestesias 
 Mais comuns à noite, podem interferir no repouso e no sono. 
 Decorrem do estiramento súbito da musculatura 
 São dificilmente secundárias por níveis reduzidos de cálcio sérico ou elevação de fósforo. 
 Hidróxido de alumínio (diminui absorção de fósforo) e ingestão de cálcio são úteis no controle 
 Na crise, calor local, massagens e movimentos de flexão e extensão do pé podem ajudar 
- Sintomas urinários 
 Frequência e urgência urinária são comuns no início e no final da gestação devido compressão uterina 
- Leucorreia 
 Comum aumento do fluxo vaginal devido hiperestrogenismo 
 Mudança de pH mais ácido, favorece surgimento de fungos 
 Alterações devem ser tratadas devido complicações (parto prematuro, ruptura da bolsa, infecção fetal) 
 Candidíase – tratamento tópico 
 Vaginose e tricomoníse: tópico ou oral (evitar metronidazol no 1º trimestre) 
- Cefaleia 
 Mais comum no início da gestação. Observar horário da alimentação 
 Decorrente da vasodilatação e edema cerebral pela ação da progesterona 
 Associado condições patológicas: 
 SINUSITE – ENXAQUECAS – DHEG 
 A grande maioria melhora no meio da gestação 
 Caso necessário uso de analgésico (paracetamol) 
 
 Streptococcus agalatiae (Grupo B) 
- É um exame que faz parte do pré-natal através do swab vaginal e anal, e assim, faz o rastreio dessa bactéria. 
- É uma bactéria que faz parte da flora gastrintestinal, presente na vagina ou ânus em 10 a 30% das gestantes de forma 
transitória, intermitente ou crônica. 
- Principal causa de infecção neonatal e a maior causa de sepse do recém-nascido (50%). 
- Pesquisa deve ser feita entre a 35 a 37 semana: 
- Quando a gestante é colonizada por essa bactéria, no trabalho de parto ou rompimento de bolsa, deve-se fazero 
tratamento para evitar que o bebe contraia: Penicilina cristalina 5 milhões (dose ataque) e 2.5 milhões de 4/4 horas até 
o nascimento (dose manutenção) OU Ampicilina 2g dose de ataque e 1g 4/4 horas até o nascimento 
- Existem alguns dos fatores de risco para fazer profilaxia com esses antibióticos no trabalho de parto: 
 Infecção urinária por streptococcus do grupo B 
 Parto com < 37 semanas; 
 Duração de bolsa rota > 18 h; 
 Temperatura intraparto > 38ºC 
 Se tiver qualquer um desses fatores de risco acima –> fazer uso de penicilina intraparto 
 
 Verminoses 
- Podem causar espoliação de ferro 
- Sintomas comuns: dor abdominal, flatulências, náuseas e vômitos 
- Evitar tratamento no 1º trimestre de gravidez 
- Amebíase – Metronidazol – 800 mg 3 vezes ao dia por 5 dias 
- Ascaridíase - Mebendazol – 100 mg 2 vezes ao dia por 3 dias* 
- Giardíase – Metronidazol - 250 mg 3 vezes ao dia por 7 dias 
 
 DIAGNÓSTICO DA GESTAÇÃO E MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO 
 Diagnóstico 
- Sintomas iniciais: 
 Náuseas e vômitos 
 Sialorreia 
 Sensibilidade mamária –> lembrando que a mulher só terá a mama desenvolvida após engravidar, independente 
de qual for a idade, se não engravidar ela vai ter uma mama ‘’infantil’’, ou seja, não passará por todos estágios. 
 Aumento da frequência urinaria (polaciúria) 
 Constipação 
 Sonolência e Fadiga 
- Sintomas tardios: 
 Dispneia 
 Lombalgia 
- Sinais gerais: 
 Atraso menstrual 
 Alterações cutâneas 
 Alterações mamárias 
 Aumento volume abdominal 
 Aumento volume uterino 
- Sinal ligado à implantação embrionária 
 Sinal de Hartman: sangramento que ocorre 7 a 8 dias após fecundação, é bastante comum, ‘’sangramento de 
nidação’’ 
- Sinais ligados ao desenvolvimento uterino 
 Sinal de Hegar: consistência elástica e amolecida do útero, principalmente na região ístmica (6 a 8 semanas) e é 
percebido através do toque. 
- Sinais ligados ao desenvolvimento uterino 
 Sinal de Osiander: percepção do pulso da artéria vaginal ao toque (difícil percepção) 
 Sinal de Hozapfel: peritônio rugoso facilitando a preensão uterina 
 Sinal Piskacek: assimetria uterina à palpação 
 Sinal de Nobile-Budin: percepção através do toque, o preenchimento do fundo de saco vaginal pelo útero 
gravídico, o fundo fica mais abaulado 
 Regra de Goodel: amolecimento do colo uterino ao toque (consistência labial) 
 Obs.: consistência nasal é um colo de uma mulher não gestante e a consistência labial (regra de Goodel) é de uma 
possível gestação 
- Sinais ligados as alterações da tonalidade da mucosa vulvar e vaginal 
 Sinal de Jacquemier ou Chadwick: coloração violácea da mucosa vulvar, vestíbulo e meato urinário 
 Sinal de Kluge: tonalidade violácea da mucosa vaginal 
 Sinal de Puzos: observado a partir da 14ª semana – descreve o rechaço fetal intrauterino (é empurrar através do 
toque ou da manobra de Leopold e observar a movimentação do bebe. 
- Sintomas de presunção: (‘’eu acho que é mas não tenho certeza’’): náuseas, polaciúria e percepção materna dos 
movimentos fetais 
- Sinais de presunção: atraso menstrual, congestão e mastalgia, sinal de Hunter, tubérculos de MontGomery (vários 
‘’carocinhos’’ a aréola) e rede de Haller 
- Sinais de probabilidade: sinal de Hegar, sinal de piskacek, sinal de Nobile-Budin, alterações cervicais e de vulva, aumento 
do volume uterino 
- Sinais de certeza: ausculta do BCF com sonar, sinal de Puzos, palpação de partes fetais, percepção de movimentos fetais 
pelo médico e ausculta com Pinard 
 
 Adaptações do organismo materno à gestação 
- Cabelo 
 Fase anágena (crescimento) - 2 a 6 anos 
 Fase telógena (repouso) - 3 meses 
 Normalmente 15 a 20% - fase telógena 
 Final da gestação - 10% ou menos 
 Após o parto - 30% fase eflúvio telógeno (Perda acentuada de cabelos de 2 a 4 meses) 
- Olhos 
 Aumento da espessura da córnea 
 Retenção de líquido 
 Intolerância a lentes de contato 
 Diminuição da pressão intraocular 
 Algumas mulheres podem ter miopia, hipermetropia 
 
 
 
 
- Útero 
 É o órgão que mais sofre modificações, ou seja, altera volume, peso, forma, posição, coloração e consistência 
devido aos estímulos hormonais e nervosos, assim como o desenvolvimento fetal. 
 Diferença de um útero gravídico x não gravídico: 
 
- Consistência: é alterada de nasal para labial, ou seja, fica amolecido 
 Istmo (região entre colo e orifício interno) fica amolecido: SINAL DE HEGAR – diagnóstico clínico da gestão 
 Ocorre por ação do hormônio relaxina, exatamente para evitar contrações que a musculatura uterina pode fazer 
- Volume: passa por três fases 
 Hiperplasia: anterior a nidação –> preparo para a nidação 
 Hipertrofia: aumento do volume das células devido a ação hormonal nesse período 
 Estiramento uterino: ocorre na segunda metade da gestação devido ao desenvolvimento fetal 
- Então o miométrio passa por fase de hiperplasia, hipertrofia e estiramento. 
- A região ístmica no início da gestação é pequena, mas à medida que a gestação vai avançando essa região vai expandindo 
e ficando mais amolecida, e é nessa região que se faz o corte para a cesariana. 
- O colo uterino é composto por grande pare de tecido conjuntivo e menos de fibras musculares, sua característica 
arroxeada na gestação é o sinal de Chadwick e a consistência amolecida é o sinal de Goodel. Antes da mulher engravidar, 
esse colo tem uma posição mais posterior e no período mais próximo do parto, esse colo tende a ficar mais anterior e 
mais curto. 
- Tampão mucoso: é uma secreção gelatinosa, com aspecto semelhante a uma clara de ovo, não tão liquida e é 
encontrada na transição do polo fetal (que pode ser a cabeça do bebe ou nadegas) e a medida que o colo vai relaxando 
e dando uma certa abertura, essa secreção sai. Essa saída é um sinal indireto do trabalho de parto. 
 
- Posição 
 A mais comum é a anteversoflexão em que a curvatura uterina é voltada para a bexiga, mas com o avanço da 
gravidez, esse útero adota uma posição mais centralizada por conta da acomodação fetal. 
 Devido a posição ele tem uma compressão maior sobre o ureter direto, isso pode levar a uma estase urinária que 
pode ser responsável por quadros de infecção urinária. 
- Peso 
 Vai mudar bastante durante a gestação e está relacionado com o peso fetal, e quanto maior o peso, maior será o 
desconforto sobre o organismo materno. 
 Com o avanço da gestação, as mulheres têm maiores dificuldades em ficar em decúbito dorsal devido ao útero 
comprimir vasos abdominais, como: aorta, VCI gerando uma hipotensão e falta de ar. 
- Forma 
 
- Vagina 
 Também passa por grandes alterações 
 A vagina normalmente é cheia de pregas e rugosidades, mas com o avanço da gestação a vascularização para a 
vagina aumenta o fluxo, deixando-a cada vez mais arroxeada (Sinal de Kluge) e menos rugosa. Isso acontece 
justamente para facilitar a descida fetal. 
 Ocorre a mudança do pH vaginal propiciando a gestante um aumento do risco de candidíase e outras infecções 
- Vulva 
 Os pequenos lábios tendem a ficar mais abertos e a coloração da vulva também altera (Sinal de Chadwick) 
 Passa por hipertrofia 
- Mama 
 No início da gestação é muito comum ficar mais sensível 
 Vai passar por aumento de volume, hipertrofia glandular e aumento da rede vascular (rede de Haller) 
 O mamilo vai ficar hiperpigmentado e aréola vai ficar mais arroxeada com surgimento da aréola secundaria (Sinal 
de Hunter) e os tubérculos de MontGomery que são glândulas sebáceas mais hipertrofiadas 
 
- Sistema gastrointestinal: 
- Boca: 
 Sialorreia 
 Cáries dentárias (evolução) 
 Inflamação gengival 
- Apetite 
 Aumento ingesta (200Kcal/dia) 
 Diminuição do paladar 
 Aumento do desejo alimentos muito condimentados 
 Anemia refratária/pequeno ganho ponderal (pica) 
- Tireoide 
 Aumento concentração globulina de ligação de tiroxina (T4), induzido por estrogênio 
 Diminuição“pool” circulante de iodeto (aumento clearance renal do iodeto) 
 Aumento da tireóide de 13% (eutireoidea) 
 Níveis de TSH estão diminuídos e o TT4 está aumentado no início da gravidez 
 T4 livre (FT4) e T3 livre (FT3) estão normais 
 Na gravidez trata-se o hipotireoidismo subclínico 
- Sistema cardiocirculatório: 
- Alterações anatômicas 
 Coração empurrado para cima e rodado para a esquerda 
 Ictus no 4o espaço intercostal 
 RX: 
- Aumento volume cardíaco 
- Alinhamento bordo superior esquerdo 
- Abaulamento do arco médio 
- Funcionais 
 Aumento da volemia materna 5x – síndrome hipercinética causando aumento do DC e da FC 
 Diminuição da PA principalmente no 1ª trimestre, resistência vascular periférica, reatividade vascular 
 Aumento da compressão das veias cava inferior e ilíacas devido ao aumento do volume uterino 
 Aumento dos fatores VII, VIII, X e fibrinogênio – estado de hipercoagulabilidade 
 Sintomas frequentes: 
- Dispneia ao esforço 
- Taquicardia 
- Edema e varizes em MMII devido a diminuição da RVP no 1º trimestre 
- Hipotensão supina 
- Devido ao aumento da volemia vai ocorrer uma anemia dilucional ou hemodiluição fisiológica, então uma 
hemoglobina de 11 numa gestante pode ser considerado normal. 
- Sistema respiratório 
- Alterações mecânicas 
 Aumento do ângulo subcostal (68o - 130o) 
 Aumento diâmetro transversal do tórax (2cm) 
 Aumento diâmetro antero-posterior 
 Elevação do diafragma (4cm) 
 Hiperventilação – atelectasia base pulmonar 
- Órgãos respiratórios superiores 
 Progesterona aumentada no início da gestação: 
- Aumento da secreção e edema 
- Quadro de congestão nasal e rinorreia persistentes 
- Não utilizar vasoconstritores, apenas solução hipertônica e corticoides. 
 Estrogênio: 
- Hiperplasia da mucosa nasal com hipertrofia glandular, hipertrofia dos brônquios. 
- Alterações funcionais 
 Queda gradual do vol. de reserva expiratória (20% - 200 ml) 
 Diminuição volume total e residual (20%) 
 Diminuição da capacidade residual funcional (20%) 
 Diminuição capacidade pulmonar total (5%) 
 Diminuição concentração O2 alveolar 
 Aumento da FR gerando hiperventilação 
 Aumento capacidade vital 
 Aumento da capacidade inspiratória (5% - 300 ml) 
 Aumento do Vol. de ar corrente 
 Aumento do Vol. respiratório minuto 
 Aumento da ventilação pulmonar 
O aumento da FR -> gera um aumento do volume minuto O2, de 7 para 10 litros diminuindo PaCO2, de 40 para 30 -> 
facilita troca placentária 
(Slide importante) 
 
- Consequência 
 Redução da Pco2 do sangue materno –> facilita troca placentária 
 Aumento PO2 do sangue materno –> melhora o aporte fetal 
- Alterações posturais 
 Queixas vão desde o início e com maior prevalência no fim da gestação 
 Aumento convexidade anterior coluna lombar 
 Centro de gravidade sobre as pernas (dor) 
 Afrouxamento ligamentos da sínfise púbica e das articulações sacro ilíacas (relaxina - produzido pelo corpo lúteo 
e pela placenta) 
 Acentuado alargamento sínfise púbica 
 Instabilidade da marcha (“anserina”) 
 Incidência maior de quedas/traumatismos 
 
 
 
 
 
- Sistema gastrointestinal 
 
- Figado: 
 Aumento da atividade da fosfatase alcalina (2/4 vezes - aumento produção placentária da isoenzima termo-
estável) 
 Aumento do colesterol (2 vezes) 
 Aumento do fibrinogênio (50% - 2o tri) 
- Metabolismo glicídico: 
 Diminuição da utilização periférica da glicose (parasitismo verdadeiro) 
 Aumento dos hormônios contra-insulinares (HPL, Estrogênio, Progesterona, Cortisol) – estimulam lipólise, 
aumentando ácidos graxos livres 
 Aumento da produção da glicose a partir do 2º trimestre 
- Vesícula biliar 
 Aumento volume jejum/residual 
 Diminuição do esvaziamento biliar 
 Aumento formação cálculos 
 Maior saturação colesterol biliar 
- Estomago 
 Diminuição tônus e motilidade 
 Aumento do refluxo gastresofágico (Pirose) 
 Retardo do esvaziamento gástrico 
 Aumento tempo exposição a secreção gástrica 
 Efeito protetor das prostaglandinas sobre a mucosa gástrica 
- Cólon 
 Aumento da constipação 
 Diminuição motilidade 
 Aumento absorção água (59%) 
 Aumento absorção sódio (45%) 
 Aumento pressão veias hemorroidárias (hemorroidas) 
- Intestino delgado 
 Diminuição da motilidade 
 Aumento tempo trânsito intestinal 
 Absorção nutrientes inalterada (exceção Fe) 
- Pele 
- Alterações vasculares 
 Angiomas aracniformes : 67 % - brancas 
 10 % - negras 
 Eritema palmar difuso 
 
- Tecido conjuntivo 
 Estrias (50%) – diminuição da hidratação e ao estiramento da pele 
 Predisposição genética 
 Não há tratamento cutâneo profilático 
- Glândulas sudoríparas 
 Aumento da sudorese écrina 
 Aumento taxa de excreção de sebo 
 Diminuição função apócrina 
- Pigmentação 
 Hiperpigmentação mamilos e aréolas, umbigo, axilas, períneo, parte inferior do abdome (linha nigra) 
 Estrogênios – eritema palmar e telangiectasias 
 Progesterona + estrogenio – linha migrans e cloasma 
 Hormônio estimulante de alfa-melanócitos 
 Nevus pigmentados (excisão) 
- Sistema urinário 
 80% dilatação ureteres e pelves renal (hormonal, mecânico) 
 Fluxo urinário retardado 
 Aumento do fluxo plasmático renal em 25% 
 Aumento da taxa de filtração glomerular em 30 a 50% 
 Diminuição nas taxas de uréia e creatinina em 25% 
 Aumento na filtração da glicose em 50% (glicosúria fisiológica) 
- Dilatação ureterocaliceal 
 Aumento da incidência de pielonefrite 
 Dificuldade em interpretar RX vias urinárias e obstrução do trato urinário na gravidez 
 Interferência estudos de fluxo renal, filtração glomerular e função tubular (estase) 
 
 
- Metabolismo 
- Lipídeos 
 Aumento dos ácidos graxos livres 
 Hipertrigliceridemia 
 Aumento colesterol 
- Proteínas 
 Diminuição dos aminoácidos 
 Diminuição das proteínas totais (albumina e gama globulina) 
 Aumento da alfa e beta globulinas 
 Aumento do fibrinogênio 
- Equilíbrio ácido-base 
 Hipocapnia 
 Aumento discreto dos ácidos metabólicos 
 Aumento do pH (alcalose respiratória compensada) 
 Período expulsivo parto - acidose metabólica (aumento dos lactatos) 
- Cálcio 
 Diminuição da concentração sérica total (0,25mEq/l) 
 Queda concentração sérica de albumina 
 Calcitonina (neutralizar os efeitos do PTH) 
 Aumento da velocidade de renovação e modelagem óssea ( 2 vezes - no termo) 
 Aumento da velocidade de renovação do reservatório de cálcio (20%) 
- Ferro 
 Absorção no duodeno somente do ferro divalente 
 Ferro ferroso (divalente), suplementos de ferro 
 Ferro férrico (trivalente), das fontes vegetais 
 Aumento da absorção ferro ingerido de 10 para 20% 
 Necessidades gravidez: 1.000mg 
 500mg - aumentar massa eritrocitária 
 300mg - transportados para o feto 
 200mg - compensar perdas diárias pela mãe 
- Sistema hidroeletrolítico 
 Aumento de 7,5 litros de água 
 Aumento de 50% da filtração glomerular 
 Efeito natriurético da progesterona 
 Ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona 
 Aumento da reabsorção tubular de sódio (hiperaldosteronismo secundário) 
 
 PARTO 
 Definições e termos 
- Fatores e fenômenos que participam do parto via vaginal: 
 Trajeto – canal de parto (bacia óssea, revestimento musculoaponeurótica e vagina) 
 Objeto – feto 
 Motor – força que impulsiona o feto através do canal de parto (contrações) 
- Gestação a termo: 37 semanas completas a 42 semanas incompletas 
- Pós termo: 42 semanas completa 
- Pós datismo: mais de 40 semanas 
- Gestação pré termo ou prematuro: após 22 semanas até 37 semanas 
- Abortamento: < 22 semanas ou peso fetal < 500g 
A termo precoce: 37s a 38s e 6 dias 
A termo tardia: 41s a 42s 
 
- Parto espontâneo: desencadeia, evolui e termina sem muita interferência 
- Parto induzido: desencadeado por medicamento ou manobras 
- Partodirigido: quando o obstetra participa ativamente do parto (intervenção) 
- Parto operatório: fórcipes ou cesariana 
- Parto normal ou eutócico: ocorre de forma fisiológica 
- Parto distócico: condição anômala ou fenômeno patológico 
- Primípara: pariu ou vai parir pela 1ª vez 
- Primigesta: 1ª gestação 
- Multípara: pariu diversas vezes 
- Multigesta: engravidou mais de 1 vez 
- Nulípara: nunca pariu 
- Nuligesta: nunca engravidou 
Toda vez que é necessário classificar a gestante com os termos acima, fica da seguinte maneira: 
G – Indica gestação 
Para – indica quantas vezes já pariu 
A – Abortamento 
Exemplo: G3, P2, A0, ou seja, está na 3ª gestação, já pariu 2 vezes e não teve nenhum 
abortamento. É interessante colocar na frente do P se foi normal ou cesárea. 
*Gestação gemelar = 01 parto 
 Trajeto do parto 
- Trajeto Mole: 
- Constituído pelo segmento inferior do útero: colo do útero (vai dilatar), vagina e região vulvoperineal 
 Segmento inferior: istmo – distensão durante gestação. No trabalho de parto, o colo é gradativamente 
incorporado ao segmento inferior. 
 Colo uterino: apagamento (a mulher não gestante possui um colo grosso, ou seja, o espaço entre o orifício externo 
e interno do colo do útero é distante, e quando a mulher está gravida ocorre o apagamento desse colo, isso quer 
dizer que essa distância entre os orifícios está diminuída ao ponto de se unirem e não ser possível perceber 
nenhum espaço entre eles) e dilatação 
 Vagina: adquire grande eslasticidade na gestação, perde sua rugosidade 
 Região vulvoperineal: vulva (aumenta de tamanho) e períneo 
• Distocia - é uma nomenclatura dada a tudo que foge de uma normalidade e possa atrapalhar um trabalho de 
parto, como: anormalidade em vulva (atresia, rigidez vulvovaginal), lesões por HPV, septo vaginal, cistocelo e 
retocele (prolapso), neoplasias, anomalias cervicais, miomas, tumores ovarianos. 
- Trajeto Duro: 
 Parte óssea relacionado a ‘’bacia’’ que é constituída por 2 ilíacos, sacro, cóccix 
 Presença de articulações que envolvem os ossos: sínfise púbica, sacroíliaca e sarococcígea 
 Promontório: vértice da articulação entre a 5ª vértebra lombar e o sacro 
 Lembrando: pelve verdadeira ou pequena bacia (é dividida em estreito superior, médio e inferior) e pelve falsa 
ou grande bacia 
- Pelve verdadeira 
 Estreito superior: 
• Diâmetro anteroposterior (conjugatas são as medidas) –> menor distância entre promontório e a sínfise púbica 
 - conjugata anatômica ou vera anatômica: borda superior da sínfise púbica e o promontório (11cm) 
 - conjugata obstétrica ou vera obstétrica: promontório e a face interna da sínfise púbica (espaço real do trajeto da 
cabeça fetal – 10,5cm) 
 - conjugata diagonal ou vera diagonalis: promontório e borda inferior do osso púbico (12cm) –> pode ser observada 
no toque vaginal 
 
• Diâmetro oblíquo – começam nas iminências iliopectíneas e terminam na articulação sacroilíaca (12,5cm) 
 - 1º oblíquo: iminência iliopectínea esquerda em direção a sinostose sacroilíaca direita 
 - 2º oblíquo: iminência iliopectínea direita em direção a sinostose sacroilíaca esquerda 
• Diâmetro transverso – linha terminal de um lado até o outro lado da pelve 
 Estreito médio: 
- Delimitado pela borda inferior do osso púbico e pelas espinhas ciáticas (isquiáticas) 
- Espinhas isquiáticas representam o plano 0 de De Lee –> plano utilizado para avaliar altura da apresentação fetal 
- Emergem os nervos pudendos 
- Plano de menor dimensão da pelve 
 Estreito inferior: 
- Pontos de referência são as partes moles 
- Limitado pelos músculos sacrociáticos e músculos isquiococcígeo 
 Morfologia da pelve 
 
- Alguns formatos de bacia podem ser mais difíceis para a decida fetal –> antropoide 
 
 Planos da bacia 
- Plano De Lee 
 Definir altura da apresentação 
 Diâmetro espinha isquiática ou terceiro plano de Hodge é o plano de referência 0 
 Estimada em “cm”, negativo quando acima da desse plano e positivo quando ultrapassar esse plano 
 
- Plano de Hodge (esta em desuso) 
 São planos paralelos – já sem aceitação 
 1º plano: borda superior do pube e promontório (estreito superior da bacia) 
 2º plano: borda inferior do pube ao meio da segunda vértebra sacra 
 3º plano: delimita-se nas espinhas isquiáticas (estreito médio) – corresponde ao plano 0 De Lee 
 4º plano: traçado pela ponta do coccige 
- Pelvimetria 
 Imprescindível para uma boa avaliação do prognóstico do parto 
 Avaliação do estreito superior – se conjugata diagonalis (única que consegue perceber através do toque) maior 
que 11,5cm ou promontório inatingível significam que o tamanho da pelve é provavelmente adequado para um 
feto de tamanho normal 
 Avaliação do estreito médio – avaliar se há proeminências das espinhas ciáticas 
 Avaliação do estreio inferior – avaliação clínica do diâmetro entre as tuberosidades ciáticas 
Obs.: o BFC é uma avalição indireta de que o bebe está nascendo, quando a gestante chega no hospital, por exemplo, e a 
altura que é possível auscultar o BCF é na região da cicatriz umbilical, e a medida que o tempo está passando, esse BCF é 
auscultado numa região mais baixa, é possível deduzir que este bebe está descendo. 
 Estática fetal 
- É a relação entre feto, bacia e útero 
- Definir: situação, apresentação, atitude e posição fetal 
- Atitude ou postura fetal: é a relação das diversas partes fetais entre si – geralmente o feto está em flexão generalizada 
(ovoide fetal) 
- Situação: relação entre o maior eixo fetal e o maior eixo uterino (longitudinal, transversal e obliquo) 
- Posição: relação do dorso fetal com pontos de referência do abdome materno (se longitudinal: direito e esquerdo; se 
transverso: anterior ou posterior em relação a coluna materna) 
- Apresentação: relação entre o polo fetal e o estreito superior da pelve materna (cefálico, pélvico ou córmico) 
- Variedade de apresentação: cefálico (fletido, defletido – 1º, 2º e 3º grau) ou pélvico (completa ou incompleta) 
- Variedade de posição: é a relação dos pontos de referências descrito acima com pontos de referência da pelve materna, 
pube (anterior) e sacro (posterior) 
- Apresentação Cefálica 
 Bebe em posição fletida – flexão generalizada – ovoide fetal 
 Classificação –> eixo anteroposterior: flexão ou deflexão; eixo laterolateral: sinclitismo ou assinclintismo 
 Eixo anteroposterior: 
- 95% fletido apresentação de vértice ou occipital (fontanela posterior é o ponto de referência) 
- Deflexão de 1º grau ou apresentação bregma (fontanela anterior) –> pode tentar empurrar a cabeça do 
bebe para baixo a fim de fazer com que ele se flexione. 
- Deflexão de 2º grau ou apresentação de fronte (palpa glabela) 
- Deflexão de 3º grau ou apresentação de face (palpa o mento) –> difícil e arriscado para o nascimento do 
bebe 
 
 
 Eixo laterolateral: 
- Sinclitismo: encaixamento do polo cefálico fetal com a sutura sagital com a mesma distância entre a sínfise 
púbica e o promontório 
- Assinclitismo: encaixamento da cabeça fetal com a sutura sagital desnivelada em relação ao plano do estreito 
superior 
• Anterior ou obliquidade de Nagele: sutura sagital próxima ao sacro e o parietal anterior ocupa a maior 
parte do estreito da pelve 
• Posterior ou obliquidade de Litzmann: sutura sagital próxima ao pube e o parietal posterior ocupa grande 
parte da bacia 
 
- Apresentação Pélvica 
 Ponto de referência é sempre o sacro e a linha de orientação é o sulco interglúteo 
 Pélvica completa: pernas e coxas fletidas com pés juntos das nádegas 
 Pélvica incompleta – modo nádega: coxas são fletidas sobre a bacia e as pernas estendidas sobre a superfície 
anterior do tronco 
 Pélvica incompleta – variedade de pés, joelho ou procedência de pé: quando essas partes ocupam o estreito 
superior 
 
- Variedade de posição 
 Relação entre o ponto de referência da apresentaçãoe o ponto de referência da pelve materna 
 
 Assistência ao parto vaginal 
- Mecanismo do parto 
 Tempo principal: insinuação, descida, desprendimento e restituição (rotação externa) 
 Tempo acessório: flexão, rotação interna, deflexão e desprendimento dos ombros 
- Fases clínicas do parto –> fase ativa 
 Dilatação 
 Expulsão 
 Secundamento 
 Primeira hora pós-parto 
- Mecanismo de parto 
- Insinuação 
 É a passagem pelo estreito superior do maior diâmetro da apresentação 
 - Cefálico: diâmetro biparietal 
 - Pélvico: diâmetro bitrocantério 
 Se completa quando o ponto ósseo mais saliente da cabeça atinge o plano 0 de De Lee 
 É necessário que ocorra movimento de flexão (sub occipto fetal), acavalgamento e o assinclitismo 
 
- Descida 
 É o tempo em que a cabeça fetal percorre a distância do estreito superior até o estreito inferior 
 Ocorre simultaneamente com a rotação interna 
 
 A cabeça descreve um arco de círculo e o grau de rotação varia conforme a variedade de posição: 
- Nas variedades anteriores = 45º (OEA e ODA) 
- Nas variedades transversas = 90º (OET ou ODT) 
- Nas variedades posteriores = 135º (OEP ou ODP) 
- Na prática, o bebe em occipto direito demora demais para descer 
 Quando excepcionalmente a cabeça roda para trás, diz rotação sacra ou posterior 
- Rotação interna 
 Tempo em que a linha de orientação fetal (sutura sagital) passa do diâmetro transverso ou um dos oblíquos do 
estreito superior para o diâmetro antero-posterior do estreito inferior. 
 A cabeça roda, ficando o ponto de referência fetal (lambda) voltado para o pube ou sacro 
 Ocorre insinuação da espádua –> é quando os ombros encaixam, chegam no 0 De Lee 
 
- Desprendimento 
 É a exteriorização da apresentação fetal pela vulva 
 Na apresentação cefálica o desprendimento ocorre em occipto púbica 
 Após atingir a sínfise púbica, haverá a deflexão para exteriorizar-se na vulva 
- Rotação externa 
 É a rotação da cabeça, de modo a voltar ao ponto de reparo fetal para a posição primitiva e colocar o ombro no 
sentido antero-posterior da bacia. 
 Nas pélvicas o tronco fetal gira. 
 Primeiro flexiona o bebe para baixo e libera o ombro anterior, e depoix flexiona para cima, liberando o ombro 
superior 
 
 
- Fases clínicas do parto 
 
- Período Premonitório/pródromo (não é fase clínica) 
 Inicia-se entre 30 a 36 semanas, estendendo-se até o desencadeamento do trabalho de parto (TP) 
 Descida do fundo uterino, acomodação da apresentação ao canal do parto, contrações uterinas irregulares, 
orientação do colo uterino 
 Aumento da secreção cervical e perda do tampão mucoso = “sinal” do parto 
 Fase latente: fase do período premonitório em que as contrações uterinas tornam-se mais intensas, na ausência 
de dilatação, são contrações de treinamento 
- Contrações 
 Sinal mais importante para o diagnóstico de trabalho de parto 
 Ocorre pelo aumento da intensidade e frequência das contrações de Braxton-Hicks (contrações de treinamento) 
 Entre 80 a 120 UM (40-60 mmHg) 
 Presença do Tríplice Gradiente de Concentração: Início e maior intensidade no fundo, transmissão do fundo para 
o colo. 
 É caracterizada para trabalho de parto pela presença de pelo menos 2 contrações uterinas rítmicas e dolorosas, 
a cada 10 min., com duração de cerca de 30 a 50 seg, promovedoras de modificações cervicais. 
 Devemos observar a parturiente por meia hora afim de confirmarmos o diagnóstico. 
- Período Dilatação (1º período do parto) 
 Inicia-se no final da fase latente e termina quando o colo dilata 10cm 
 MS define fase ativa do TP quando há contrações uterinas regulares e dilatação cervical de pelo menos 4cm 
 Duração de 10 a 12h em primípara e 6 a 8h em multípara 
 Multípara: colo dilata e apaga durante o TP 
 Primípara: apagamento ocorre antes do início do TP 
 Deambulação e posição desejável, fazer agachamento, simular subida de escada 
 Evitar toque vaginal desnecessário – até a cada 4h se não houver preocupação com a progressão do parto (diretriz 
assistência ao parto 2017) 
 Observação do bem-estar fetal: avaliar BCF antes, durante e após 2 contrações a cada 30 minutos (mas na prática 
olha de 1h em 1h) 
 Monitorização contínua se gestação de alto risco, auscultar de 15 em 15min 
 Amniotomia (ruptura de bolsa) rotineira deve ser evitada – indicada para correção de distocias funcionais, avaliar 
variedade de posição, avaliação líquido amniótico e parto operatório 
 Ocitocina: dose fisiológica para correção dos distúrbios do TP (1 a 8mU/min), dobrada a cada 30 minutos e ao 
atingir a necessidade, deve-se parar. Então é utilizada quando a contração da gestante não está adequada 
 Analgesia peridural pode ser oferecida, se fase ativa do TP (SUS não oferece) 
- Período Expulsivo (2º período do parto) 
 Inicia-se no final da dilatação (10cm) e termina com a expulsão total do feto 
 MS: tempo de 0,5 a 2,5h em primípara (1 a 3 se analgesia) e 1h em multípara (2h se analgesia) 
 Contrações atinge seu máximo – 5 em 10 minutos, duração de 60 seg 
 Presença de puxos (necessidade de fazer força) 
 Manter monitorização do bem-estar fetal – ausculta BCF antes, durante e após 2 contrações a cada 5 minutos 
 Posição: cócoras, dentro da água, litotomia ou a que for mais confortável 
 Episiotomia não deve ser feita de rotina e nunca vai prevenir laceração 
 - Mediana: secção dos músculos bulbocavernoso e transverso superficial do períneo 
 - Médio lateral direita: bulbocavernoso, transverso superficial do períneo e possivelmente, porção 
puborretal do levantador do ânus (é preferível em comparação a mediana, porque a mediana pode estender até 
o reto) 
 Proteção perineal: manobra de Ritgen modificada (compressão do períneo posterior e controle da deflexão fetal); 
hands-off 
 Manobra Kristeller está proscrita (é empurrar o fundo uterino com o braço) 
 Fórcipes se necessidade de abreviação do parto 
 Circular de Cordão (cordão enrolado no pescoço): devem ser desfeitos ou clampeadas antes da saída do feto 
 Desprendimento dos ombros assim que sair a cabeça: leve tração ao abaixar e levantar a cabeça fetal 
 O ombro sai na transversal 
 
 Se ocorrer distocia de ombro (ALEERTA): 
A – Ajuda 
L – Levantar as pernas (Mc Roberts) 
E – Externa – pressão suprapúbica 
E – Episiotomia (considerar) 
R – Remoção ombro posterior 
T – Toque – manobras internas 
A – Alterar posição da paciente 
1. Manobra de Mc Roberts: o ideal é a paciente deitada para abdução e hiperflexão das coxas 
2. Pressão suprapúbica ou Rubin I: no sentido vertical para comprimir o ombro fetal (pode ser feita junto com a Mc 
Roberts) 
3. Manobra de Rubin II: introdução de 2 dedos de uma das mãos na vagina, atrás do ombro anterior do feto e 
empurrar o ombro em direção do tórax fetal 
4. Manobra de Woods (saca rolha): pressão na face anterior (sobre a clavícula), do ombro posterior com auxílio de 
2 dedos, com intuito de rodar 180º, em direção a sínfise púbica 
 
5. Manobra de Woods reversa: os dedos são colocados sobre o ombro posterior, por trás e o objetivo é girar o feto na 
direção oposta 
6. Remoção braço posterior (Jacquemier): introdução da mão do obstetra na vagina e remover o ombro posterior 
7. Manobra de Gaskin: posição de 4 apoios e tentar realizar o desprendimento dos ombros na ordem invertida 
8. Manobra de Zavaneli: reintrodução da cabeça fetal na vagina e terminar o parto por cesariana 
 
- Período Secundamento (3º período do parto) 
 Inicia-se com o descolamento e expulsão da placenta e das membranas ovulares; 
 Ocorre 10 a 20 minutos após período expulsivo; prolongado se mais de 30 min 
 Baudelocque Schultze: implantação placentária no fundo uterino (corporal); desprendimento pela face fetal em 
forma de guarda-chuva, sangramento se exteriorizando após saída da placenta. 
 Baudelocque Duncan: impantação em parede lateral, desprende-se pela

Continue navegando