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Ginecologia e Obstetrícia 2ª etapa - Pedro Antônio OVULAÇÃO, IMPLANTAÇÃO E EMBRIOGÊNESE Ciclo menstrual: - O ciclo menstrual tem início através do hormônio GnRH produzido pelo hipotálamo que vai atuar diretamente sobre a adenohipófise, estimulando a produção de FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante). - FSH vai atuar no recrutamento do folículo ovariano, e além disso, seu pico vai levar ao estímulo de estrogênio (estrogênio a nível ovariano -> crescer folículo e preparar para ovular / estrogênio a nível uterino -> proliferação endometrial). - LH vai ser responsável pela liberação do óvulo na metade do ciclo (quando regular), e além disso, vai ser responsável por estimular a produção de progesterona através do corpo lúteo (progesterona a nível uterino -> manter o endométrio proliferado). - Quando não há fecundação, o nível de progesterona produzido pelo corpo lúteo vai regredir diminuindo a produção de progesterona e fazendo com que ocorra a descamação do endométrio -> menstruação (início do novo ciclo). - A partir do momento em que a mulher menstrua, o organismo já começa a ativar novamente o FSH para reiniciar todo ciclo. Obs.: Primeira fase (proliferativa) = predomínio de FSH e estrogênio. Segunda fase (lútea) = predomínio de LH e progesterona. O aumento de estrogênio e de progesterona fazem feedback negativo para diminuir a produção de FSH e LH. Ovários - São divididos em duas zonas: Zona cortical -> contém os folículos ovarianos, formados pelas células germinativas e células foliculares. Há também o corpo lúteo, glândula endócrina cordonal (resultante da ruptura do folículo maduro na ovulação) que é responsável pela produção de progesterona. Zona medular -> é continua ao hilo e é de tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado - A cada ciclo menstrual os ovários vão produzir vários folículos, porém apenas UM é recrutado para amadurecer. Eles passam pelos estágios de crescimento, são eles: primordiais -> primário -> secundário -> terciário/pré antral -> antral/maduro (folículo de Graaf), e quando não ocorre a fecundação eles sofrem atresia. - Folículos primordiais são constituídos pelo oócito primário e por uma camada de células foliculares pavimentosas. - O oócito cresce, se desenvolve e produz a zona pelúcida - camada extracelular com glicoproteína. - A proliferação das células foliculares resulta em crescimento de várias camadas celulares - células da granulosa (mais interna) e posteriormente as células da teca (mais externa). - As células da granulosa e da teca comunicam entre si devido a presença de receptores. Obs.: Teoria das duas células: um estimulo chega na parte mais externa (células da teca) onde se localiza o receptor de LH e o de LDL. Toda gordura que entra para a célula, através estímulo de LH, vai sofrer reações que vão ser responsáveis pela sua conversão em progesterona. A progesterona formada vai ser convertida em androgênios. Parte desse androgênio produzido na célula da teca será convertido em testosterona que vai caminhar para a corrente sanguínea e a outra parte será encaminhada para a célula da granulosa. O androgênio que chega na granulosa, com predomínio do receptor de FSH, vai ser convertido em testosterona e estrogênio através da enzima aromatase, sendo a forma circulante do estrogênio na mulher fértil (menacme) é na forma de ESTRADIOL, que ao entrar na corrente sanguínea vai promover seus efeitos. - Com o acúmulo de fluido e sódio dentro das células foliculares, o folículo atinge a forma antral. Nesse estágio, 24h após o nível máximo de estrogênio, há o pico de LH. O oócito primário conclui a primeira meiose, originando o oócito secundário. - Com o acúmulo de fluído e aumento do antro, ocorre divisão da camada granulosa -> cumulus oophorus (projeção no antro) e corona radiata (circunda o oócito) -> formação do folículo de Graaf ou maduro (ele é formado 7 dias antes da ovulação – ele que vai liberar o óvulo para ser fecundado) - Quando acontece a liberação do óvulo, o corpo lúteo é formado (fica localizado na região de trompa uterina). Se não ocorrer fecundação, o corpo lúteo sobrevive por 10 a 14 dias e se degenera, levando a diminuição de progesterona – vai ocorrer a menstruação e o estimulo para a produção de FSH para reiniciar o ciclo. Se ocorrer fecundação, corpo lúteo se mantem até placenta se formar e ser autossuficiente para a produção de progesterona. Implantação - Durante período da ovulação, devido níveis elevados de estrogênio, as fímbrias fazem “varreduras” no ovário a fim de captar um óvulo. - A fecundação ocorre na trompa uterina, especificamente na região denominada ampola. - O transporte do óvulo fecundado até a cavidade uterina leva cerca de 3 a 4 dias. - Para ocorrer a fecundação, é necessário que o espermatozoide passe por 2 processos: Capacitação (ocorre ainda no trato feminino): desprendimento da cobertura superficial de glicoproteína Reação acrossômica: influxo de Ca2+ que provoca fusão da camada externa do acrossomo com a membrana plasmática do espermatozoide para que consiga penetrar no óvulo e assim ocorrer a fecundação - O óvulo fecundado chega na cavidade uterina na fase de MÓRULA, e a implantação ocorre por volta do 21º dia do ciclo menstrual na fase de blastocisto (levando em consideração que a ovulação ocorre geralmente na metade do ciclo – 14º dia). - Logo após a fase de mórula -> blastocisto - Etapas: (obs.: prof disse que não precisa decorar e que isso não cai em prova nenhuma) Espermatozoide atravessa a corona radiata Espermatozoide atravessa a zona pelúcida Fusão das membranas citoplasmáticas - Após a fusão com o oócito, ocorre o bloqueio a polispermia (forma rápida: despolarização da membrana do oócito; e forma lenta: reação cortical) Término da meiose e formação do pro-núcleo feminino Formação do pro-núcleo masculino Fusão dos pro-núcleos origina célula diploide – zigoto – Fase de clivagem ou segmentação – o zigoto sofre divisões: Após sucessivas divisões mitóticas ocorre a formação dos blastômeros Com 16 blastômeros é denominado de MÓRULA Com 32 blastômeros é denominado BLASTOCISTO propriamente dito Cada estágio de divisão demora 1 dia Até o estágio de 8 células, diz-se que o desenvolvimento é regulado; porém a partir desse estágio, o desenvolvimento passa a ser chamado de desenvolvimento em mosaico (expressão genética diferente – células terão destinos diferentes) O blastocisto é formado por uma camada superficial, o trofoblasto e em um pequeno grupo interno de células, o embrioblastos O trofoblasto deriva parte da placenta e o embrioblasto origina o embrião propriamente dito - Fase de implantação (2ª semana): - Etapas: aposição, adesão e invasão Aposição: adesão inicial do blastocisto à parede uterina. 1ª etapa da implantação é o hatching (eclosão) –> saída do blastocisto pela ruptura da zona pelúcida. Adesão: aumento do contato físico entre o blastocisto e o epitélio uterino. Esse blastocisto penetra as estruturas do miométrio da mulher com o intuito de aumentar ainda mais o aporte de nutrientes e O2 para nutrir o feto. Invasão: O blastocisto encosta no epitélio uterino pelo polo embrionário e a partir dessa região, surge o sinciciotrofoblasto (8º dia após fecundação). O sinciciotrofoblasto penetra o endométrio até terço médio do miométrio, atingindo glândulas e vasos sanguíneos. As células mais internas, constituem o citotrofoblastos –> principal componente secretório da placenta. Além disso, o sinciciotrofoblasto produz beta hCG e já no final da segunda etapa, já tem níveis existentes no plasma materno. Com a implantação, o endométrio sofre a reação decidual – os trofoblastos diferenciam-se nas células deciduais Completada a implantação, o trofoblasto se diferencia em duas linhas – trofoblastos viloso e extraviloso: Trofoblasto viloso – vilosidades coriônicas –> transporte de O2 e nutrientes entre mãe e feto Trofoblasto extraviloso –> migra para dentro da decídua (futuramente dará origem a placenta) e do miométrio, penetra a vasculatura materna Invade a decídua para a formação do leito placentário e penetração das artérias espiraladas Trofoblasto intersticial Trofoblasto endovascular No 12º dia, o endométrio está reconstituído e cobre totalmente o embrião, como se fosse uma camada protetora Obs.: Os trofoblastos que serão responsáveis pela penetração vascular na mulher grávida, fazendo com que os vasos que nutrem o útero e futuramente a placenta tenham um calibre adequado. Isso ocorre porque a mulher fora da gestação possui uma artéria uterina de um jeito diferente de quando engravida, ou seja, ela precisa que durante a gravidez ocorra a vasodilatação dessa artéria para que maior quantidade de sangue chegue ao útero para nutrir o feto (trofoblastos extravilosos) Uma das teorias da pré-eclâmpsia é que quando esses trofoblastos extravilosos não conseguem invadir a vasculatura materna, ao invés dos vasos dilatarem, eles ficam com o diâmetro que é normal fora do período gestacional, e isso leva a um aumento da pressão devido a elevada demanda de nutrição do feto. - Fase de formação da placenta (placentação): Durante a gestação, o endométrio é chamado de decídua (protege o ovo da destruição e promove a nutrição) Pode ser dividida entre: - Basal: entre o embrião e o miométrio (onde ocorre a nidação) - Capsular: recobre o zigoto - Parietal: é o restante da decídua que reveste a superfície interna do útero Na 2ª semana, os trofoblastos (viloso) formam as vilosidades primárias Na 3ª semana, as vilosidades primárias são penetradas pelo mesoderma extraembrionário –> surgem as vilosidades secundárias e terciárias. As vilosidades terciárias são chamadas de vilosidades coriônicas que pertencem ao córion frondoso. O córion possui área sem vilosidade (córion liso) e área com vilosidade (córion viloso/frondoso) Com o crescimento do embrião, a decídua capsular se funde a decídua parietal, obliterando a luz do útero. A decídua capsular se degenera e desaparece. Fusão decídua capsular e parietal A placenta é formada pela decídua basal e pelo córion viloso (componente materno e fetal) A placenta apresenta 2 faces: - Materna: em contato com a decídua basal (contato com útero) - Fetal: recoberta pelo âmnio e vai originar o cordão umbilical. São formadas por cotilédones (face materna), correspondentes aos troncos coriais e separados pelos septos deciduais, dividem a face materna. Principal função é evitar a involução do corpo lúteo e fazê-lo secretar quantidades maiores de estrogênio e progesterona O corpo lúteo exerce esse papel até a sétima semana, quando então a placenta progressivamente assume essa função, ao redor da 12ª semana de gestação. Entre a 13ª e 17ª semana de gestação, o corpo lúteo irá involuir pois a placenta já se encontra autossuficiente para produzir tais hormônios. Embriogênese - 7º Dia de desenvolvimento –> formação do hipoblasto –> fina camada celular voltada para a blastocele - 8º Dia –> ocorre acúmulo de fluido entre as células do embrioblasto e cria-se a cavidade amniótica –> sob ela, as células do embrioblasto formam uma camada de células colunares: epiblasto - Na 2ª semana –> embrião é chamado de didérmico (composto pela camada hipoblasto e epiblasto) –> entre essas camadas, há lâmina basal - O âmino (membrana amniótica) será o revestimento interno do saco amniótico - A células do hipoblasto migram e revestem a blastocele –> originando a membrana de Heuser – formará o saco vitelino. - Com a formação do saco vitelino ocorre uma deposição de matriz extracelular entre a membrana de Heuser e o citotrofoblasto –> retículo extraembrionário - O retículo extraembrionário promove a migração das células do epiblasto, que se organiza em 2 camadas: mesoderma extraembrionário somático (vizinho do citotrofoblasto e do âmino) e mesoderma extraembrionário esplâncnico. - O retículo extraembrionário entre as duas camadas passa ser substituído por fluidos, celoma extraembrionário - O sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto e o mesoderma extraembrionário somático compõem o córion - O saco coriônico ou saco gestacional consiste no córion e no celoma extraembrionário - A região do mesoderma extraembrionário somático que liga o embrião ao citotrofoblasto é o pedúnculo do embrião e será o cordão umbilical - O saco vitelino passa por nova onda de migração das células do hipoblasto e resultará no saco vitelino definitivo (formado pela membrana de Heuser e mesoderma extraembrionário esplâncnica. - O saco amniótico é formado pela membrana amniótica e pelo mesoderma extraembrionário somático - Inicialmente o líquido amniótico é proveniente do soro do sangue materno, depois há contribuição do transudato do cordão umbilical, da pele, trato respiratório e digestivo. Feto ingere esse líquido e depois urina - Com a expansão do acúmulo de líquido, o saco amniótico ocupará todo a cavidade coriônica, resultando na membrana amniocoriônica -> espaço virtual, que quando há rompimento de bolsa (bolsa rota) é chamado de amniorrexe - Função do líquido é proteger o feto do dessecamento, choque mecânico, infecção, permita a movimentação fetal, expansão pulmonar - 4ª Semana, com o dobramento do disco embrionário em um tubo, parte do saco vitelino fica incorporada como intestino primitivo e o restante fica junto ao pedúnculo do embrião e resulta no cordão umbilical - No 16º dia, o alantoide surge como uma evaginação ventral do intestino posterior revestido por endoderma e por mesoderma extraembrionário esplâcnico. No mesoderma da alantoide, são gerados os vasos umbilicais (ligam o feto à placenta). Com o desenvolvimento, essa estrutura participa da formação da bexiga. Após o nascimento, ela se transformará o ligamento umbilical médio que ligará a bexiga à região umbilical - Gastrulação, formação da linha primitiva e do embrião tridérmico A gastrulação é um processo que envolve movimentos celulares que estabelecem as 3 camadas germinativas do embrião (ecto, meso e endoderma) –> todas originadas das células do epiblasto A concentração de células do epiblastos estabelece uma linha mediana e caudal, a linha primitiva. Com a linha primitiva, são identificados o eixo anteroposterior (craniocaudal) e eixo direito-esquerdo do embrião Na extremidade cranial, há acúmulo de células, que é o nó primitivo (ou nódulo de Hensen) O movimento das células através da linha primitiva produz um sulco e a saída de células do nó primitivo forma a fosseta primitiva No final da 3ª semana, a linha primitiva regride e desaparece DESTINO DOS FOLHETOS EMBRIONÁRIOS ECTODERMA Epiderme e seus anexos (pelos, glândulas) Sistema nervoso MESODERMA Derme Sis. Muscular, circulatório, esquelético e urogenital ENDODERMA Epitélio e glândulas do tubo digestivo Epitélio do sistema respiratório Epitélio de revestimento interno da bexiga urinária Obs.: prof. frisa que é importante saber esse quadrinho acima - Neurulação A neurulação é o dobramento da placa neural em tubo neural - ocorre do meio para as extremidades (chamados de neuróporos – anterior fecha no 25º dia e o posterior fecha no 27º dia) Começa abaixo do nó primitivo entre o endoderma e o ectoderma do embrião – processo notocordal As células do nó primitivo migram ao nível do mesoderma e formam a placa precordal Processo notocordal se dobra e forma a notocorda Tem como função o desenvolvimento do sistema nervoso no ectoderma Formação da notocorda induz a formação da placa e do tubo neural Anencefalia ocorre quando não há o fechamento doneuróporo anterior. E quando não há fechamento da parte posterior tem a meningocele, mielomeningocele Importância do ácido fólico no período gestacional -> evita má formação do SNC Tubo neural originará o sistema nervoso central: o encéfalo e medula espinhal Das pregas neurais, no momento que se fundem, saem células que formam as cristas neurais –> essas células migram para várias partes do corpo e dão origem aos gânglios e nervos raquidianos do sistema nervoso periférico, as meninges do sistema nervoso central, músculos e ossos da cabeça, a medulla da adrenal e os melanócitos. - Diferenciação do mesoderma: Diferencia-se em: - Paraxial (ao lado do tubo neural e da notocorda) –> é formado por estruturas chamadas somitos (esqueleto axial, derme do dorso do corpo e a musculatura do dorso do tronco e dor membros) - Intermediário –> encontrados nos túbulosnefrogênicos: precursos do sistema urinário e sistema reprodutor - Lateral –> Somático ou parietal (originará o tecido conjuntivo dos membros, parede laterais e ventrais do corpo). Esplâncnico ou visceral (derivará o conjuntivo e os músculos do sistema cardiovascular, respiratório e digestivo) Embriologia feminina - O desenvolvimento gonádico (ovariano) inicia-se na 5ª semana. Ressalvando que a diferenciação sexual so ocorre a partir da 8ª semana de gestação - Durante a migração, as células germinativas se dividem mitoticamente até as 28 semana. Nessa fase, a crista genital está completamente colonizada por 6 a 7 milhões de células germinativas primordiais (folículos). - O ovário inicia sua diferenciação com a regressão dos canais de Wolff, simultaneamente com o desenvolvimento das vias genitais femininas a partir dos canais de Muller - 8ª semana a região central do ovário é invadida pelo mesonefros, que empurra as células germinativas para a periferia ficando o córtex ovariano cheio de ovogônias e a parte medular por células mesonéfricas - As células diferenciadas a partir do precursor mesonéfrico, vão dar origem às células pré granulosas e as de origem mesenquimatosas, ás células pré tecais e estroma ovariano - Ductos de Muller ou paramesonéfricos são primórdios da genitália feminina; ductos de Wolff ou mesonéfricos, são primórdios da genitália masculina - Na ausência do hormônio anti mulleriano, o feto desenvolverá as trompa de Fallópio, útero e parte da vagina a partir dos canais paramesonéfricos (canais de Muller) - Da 3ª a 8ª semana o desenvolvimento sexual é idêntico em ambos os sexos, a partir da 8ª semana que ocorre a diferenciação - Os canais de Muller se diferenciam a partir da 6ª semana PUBERDADE FISIOLÓGICA Aspectos gerais - Período de transição entre infância e a vida adulta - Caracteriza-se por transformações físicas e psíquicas complexas e depende da integridade do eixo hipotálamo-hipófise- ovários (H-H-O) - Tem início com a ativação do eixo H-H-O, antes mesmo do aparecimento de qualquer sinal externo de desenvolvimento de caracteres sexuais secundários, como a formação das mamas, pelos e a menarca. - Termina quando se estabelecem os ciclos ovulatórios –> vida adulta - Duração média de 4,5 anos, mas pode estender-se por até 6 anos - Inicia-se entre 8 a 13 anos Paciente com 15 anos e com caracteres sexuais secundários –> pode esperar até os 16 anos antes de falar em amenorreia Paciente com 14 anos sem caracteres sexuais secundários –> puberdade tardia ou amenorreia primaria - Estrogênio e progesterona estão relacionados com os caracteres sexuais secundários - Fase do estirão +/- 12 anos - Crescimento pré-puberal é de 4 a 5 cm/ano - Final do estirão, fase final do crescimento, ocorre a menarca. Após menarca, crescimento de 5 a 6 cm/ano Fatores que influenciam o início da puberdade - Genético (existe relação entre idade materna da menarca e filhas) - Melhoras das condições de saúde e nutrição (gordura corporal entre 16% para ocorrer menarca e 23% para ciclos ovulatórios). O colesterol (gordura) é substrato para a formação de estrogênio. - Leptina (peptídeo liberado pelos adipócitos) tem relação com início da puberdade –> regula o comportamento alimentar e consumo de energia –> aumenta ao longo da infância até a puberdade Fisiologia da puberdade - Caracteres sexuais primários: está relacionado com a parte reprodutiva (órgãos internos) –> útero, ovários e a vagina. - Caracteres sexuais secundários: está relacionado com o desenvolvimento corporal –> mamas, pelos e menarca - Gonadarca: aumento dos esteroides sexuais (pico GnRH) Aumento de mamas, útero e ovários: estrogênios e progesterona. - Adrenarca: aumento dos androgênios Surgimento de pelos pubianos, pelos axilares Ocorre 2 anos antes do estirão de crescimento e da elevação das gonadotrofinas e dos estrogênios - Sequência de eventos depende diretamente da integridade do eixo H-H-O, com seus mecanismos de feedback - Logo na 10ª semana de gestação o hipotálamo vai produzir GnRH que estimula a hipófise anterior a produzir os hormônios FSH e LH. Em torno da 30ª semana gestacional, ocorre a elevação dos níveis de gonadotrofinas compatíveis com aqueles encontrados na adulta. Quando os hormônios chegam ao nível máximo ocorre o declínio devido ao feedback negativo exercido pelos altos níveis dos esteroides placentários. Após o nascimento cessa o estímulo dos hormônios maternos sobre o eixo H-H-O do neonato, ocasionando aumento das gonadotrofinas estimulando os ovários a produzir estrogênios. Este estímulo pode se prolongar até em torno do 4º mês de vida, quando através de feedback negativo ocorre declínio dos níveis de gonadotrofinas e dos esteroides sexuais ovarianos - Este quadro (hormônios diminuídos) permanece praticamente inalterado até em torno do oitavo ano de vida dessa menina, ou seja, durante a primeira infância o eixo HHO apresenta atividade diminuída. Nesse período o gonadostato, sistema regulador das gonadotrofinas, está extremamente sensível ao feedback negativo exercido pelo estrogênio (mesmo em nível discreto). Além deste mecanismo de feedback negativo, identifica-se a presença de um fator de inibição central intrínseca ao GnRH –> a melatonina (com a diminuição da produção da melatonina, ocorre diminuição da produção de GnRH) - Em torno dos 7 anos de idade, inicia-se a ativação do eixo H-H-O, com pulsos noturnos de GnRH. Nesse período identifica- se a liberação do gonadostato, resultante da diminuição da inibição central intrínseca ao GnRH e da menor sensibilidade do feedback negativo dos esteroides sexuais. Em reposta a produção do GnRH, ocorre liberação FSH e LH, sendo a resposta do FSH mais precoce e acentuada do que aquela exercida pelo LH. Sob a ação dos picos de FSH inicia-se a produção de estradiol pelos ovários e começam a aparecer os caracteres sexuais secundários. A resposta ao LH é pequena no início e aumenta acentuadamente depois, no evoluir da puberdade - Pulsos noturnos estimulam os ovários a produzirem pequenas quantidades de estrogênio –> primeiros sinais somáticos da puberdade. Com a maturação folicular aumenta-se a produção de estradiol e o feedback negativo torna-se positivo fazendo que seja liberado o pico de LH. Alterações fisiológicas: - Crescimento: estirão puberal (peso e altura) - Maturação óssea - Dimensão e composição corporal (musculatura e tecido adiposo) - Alteração timbre da voz - Aumento do tamanho e da força contrátil do coração - Aumento da PA, volume sanguíneo, Hb e Htc - FC, FR e metabolismo basal atinge níveis do adulto - Sequência de eventos da puberdade: (questão de prova) - Telarca (surgimento do broto mamário) é o primeiro sinal de puberdade Inicia com o aparecimento do broto mamário por volta de 2 anos antes da menarca M1: ausência de desenvolvimento mamário, estágio infantil. M2: aparecimento do broto mamário. M3: crescimento de mama e aréola, sem separaçãode contornos. M4: projeção da papila e aréola acima do contorno da mama. M5: projeção apenas da papila e retorno da aréola ao contorno da mama. - Pubarca Aparecimento dos pelos pubianos, seguidos dos axilares P1: ausência de pelos pubianos. P2: pelos finos e lisos na borda dos grandes lábios. P3: aumento na quantidade de pelos nos grandes lábios e na sínfise púbica, pelos mais escuros e crespos. P4: pelos escuros, crespos, grossos, nos grandes lábios, na sínfise púbica e períneo. P5: pelos terminais abundantes em sínfise, períneo e raiz das coxas. - Estirão crescimento Estrogênio estimula o GH, que ativa o IGF-1, que é um mediador da ação do GH Durante o estirão ocorre ganho de peso, com alteração importante no percentual de gordura corporal Duração é de 2 a 3 anos e a velocidade de crescimento de 9 a 10 cm/ano - Menarca Influenciada por vários fatores, dentre os quais os que se relacionam à melhoria nas condições de vida e saúde Idade média de ocorrência é 12,6 anos com variação de até 1 a 2 anos O tempo médio decorrido entre o aparecimento do broto mamário e a menarca é de 2 a 3 anos. Ocorre após o pico do crescimento ponderal, com idade óssea igual ou maior que 13 anos, e com desenvolvimento mamário em estágio M4 e de pelos P4 Após a menarca os ciclos menstruais tendem a ser anovulatórios e, portanto, irregulares. Com o passar do tempo ocorre a maturidade do eixo e instala-se o feedback bifásico entre o estradiol e o LH, sendo que em baixas doses ele é negativo e em altas doses é positivo, levando a pico de LH no meio do ciclo A ciclicidade da ovulação leva à regularidade menstrual e marca o final da puberdade. CLASSIFICAÇÃO DE TANNER PRÉ-NATAL E IMUNIZAÇÕES Pré-Natal - Tem como objetivo assegurar a redução da morbimortalidade materna e perinatal no período gestacional, ou seja, vai acompanhar a gestante em todo desenvolvimento do bebê - Possui caráter preventivo, assistencial e educacional. - A paciente é assistida por uma equipe multidisciplinar: médicos, odontólogos (infecções gengivais podem induzir ao parto prematuro), nutricionista (evitar diabetes gestacional e hipertensão), psicólogos e assistente social. - Proporcionar higidez ao organismo materno, tornando-o mais saudável possível - Orientar hábitos de vida - Apoio psicológico e social a gestante - Orientação sobre parto - Quando procurar emergência hospitalar - Uso de medicações/Profilaxia, diagnóstico e tratamento das doenças próprias da gestação - Identificação de situações de risco: sangramentos, gemelaridades, HA, ITU de repetição, DM, dependência química, ganho de peso excessivo e distúrbios psicológicos. - Recomendações: Deve ser iniciado o mais precocemente possível, ideal antes de 12 semanas, ou seja, ainda no 1º trimestre Ideal é que a mulher realize acompanhamento pré-concepcional para planejar a gestação. Isso é importante por exemplo, uma paciente diabética controlar os índices glicêmicos antes ou uma paciente que tenha hipovitaminose possa fazer a reposição. Iniciar ácido fólico de 2 a 3 meses antes da concepção para profilaxia (defeitos no fechamento do tubo neural) de malformação fetal e manter até terceiro mês de gestação - 10 Passos do pré-natal: Iniciar pré-natal até 12 semanas e avaliar risco materno Garantir os recursos humanos, físicos, materiais e técnicos necessários à atenção pré-natal Solicitação, realização e avaliação de exames em tempo oportuno Escuta ativa da gestante e acompanhantes, considerando aspectos intelectuais, emocionais, sociais e culturais e não somente um cuidado biológico Garantir transporte público se necessário Parceiro merece cuidado (realizar consulta e exames) Garantir acesso à Unidade Especializada se necessário, ou seja, diante de um pré-natal de alto risco a paciente deve ser consultada por um especialista –> obstetra Estimular e informar sobre os benefícios do parto fisiológico, incluindo a elaboração do “Plano de Parto” –> tentar diminuir as cesarianas desnecessárias pois são procedimentos cirúrgicos, e com isso pode aumentar risco de hemorragia, infecção e até mesmo a depressão pós-parto. Direito de conhecer a Maternidade que irá dar à luz Mulheres devem conhecer e exercer os direitos garantidos por lei no ciclo gravídico-puerperal –> direito a acompanhante, que sua vontade deve ser preservada fora de situações de urgência e emergência - Periodicidade das consultas: no mínimo 06 consultas durante o pré-natal e 01 consulta no pós-parto. Sendo que a primeira consulta deve ser realizada no 1º trimestre, a segunda e terceira no 2ª trimestre, a quarta, quinta e sexta no 3º trimestre. Porém, o ideal seria uma consulta mensal até a 28ª semana e depois disso, até a 36ª semana, a consulta ser quinzenal, e a partir dessa última data até o parto –> consulta deveria ser semanal. - Não existe ‘’alta’’ de pré-natal. Consulta - Anamnese atual e exame físico - Verificar calendário vacinal - Avaliar exames complementares –> laboratoriais e de imagem (atualizar cartão da gestante e ficha pré-natal) - Calcular e anotar idade gestacional - Exame físico: Avaliar peso e IMC Exame ginecológico, incluindo exames das mamas –> pode auxiliar para evitar uma intercorrência no período pós- parto com a amamentação, então o exame prévio é uma medida de segurança para encaminhar essa gestante a um profissional para ir trabalhando nessa mama durante a gestação. O exame ginecológico vai ser importante para avaliar questões anatômicas ou lesões pré-existentes para serem tratas desde o início da gestação. Avaliar PA, edema, BCF, movimento fetal - Anamnese: Informações demográficas e pessoais Antecedentes médicos pessoais e familiares (gestações gemelar de parentes, hipertensão, diabetes, comorbidades no geral, uso de medicamentos...) Antecedentes obstétricos (perguntar se é a primeira gestação, em caso afirmativo perguntar sobre o pré-natal do filho anterior, se teve alguma doença durante a gestação, se o bebe nasceu prematuro, se o parto foi tranquilo, se já teve aborto ou não) História ginecológica e menstrual História obstétrica atual (perguntar como está o psicológico em relação a atual gestação...) Informações psicossociais e violência doméstica - Idade gestacional: - Pode ser calculada de duas formas, primeiro USG realizado até a 12ª semana ou DUM (data da última menstruação) - Se a diferença entre o USG e a DUM estiver com uma semana de diferença, optar por seguir a data da última menstruação porque é confiável. Quando essa diferença extrapola 01 semana –> seguir USG. - Calcular IG, baseado no DUM Somar o número de dias à data atual e dividir o resultado por 7 Exemplo: DUM 20/10/19 – consulta dia 11/01/20. Agora é necessário somar os dias desde a última menstruação 20/11 até a data atual, ou seja, a da consulta 11/01. Somar o resto do mês 10 (11 dias), mês 11 e 12 completos, e mais 11 dias do mês de janeiro. Cálculo: 11 + 30 + 31 + 11 = 83/7 = 11 sem 6 dias Obs.: Regra de Nägele Utilizada para calcular a D.P.P (data provável do parto). Adicionar 7 dias ao primeiro dia D.U.M Acrescentar 9 meses ou menos 3 meses (mais utilizado) quando se faz o cálculo retrógrado Duração média da gravidez – 280 dias (40 semanas) - DUM 09/10/15 DPP 16/07/16 dia 9 + 7 = 16 // mês 10 – 3 = 7 - DUM 02/03/14 DPP 09/12/14 dia 2 + 7 = 9 // mês 3 + 9 = 12 - DUM 28/10/13 DPP 04/08/14 dia 28 + 7 = 4 (virou mês) // mês 10 – 3 = 7 + 1 mês excedido = 8 Exames - Ultrassonografia (USG): Transvaginal/ endovaginal –> realizar até a 10ª semana Morfológico/ translucência nucal (1º trimestre) –> entre 11ª a 14ª semana –> esse USG de translucência nucal é marcador de risco para cromossomopatia como a S. de Down Morfológico (2º trimestre) –> entre 20ª a 24ª semana Obstétrico –> após 34ª semana - Exame físico nas consultas: Mucosa Peso e altura Ausculta cardio-pulmonar Palpação pescoço e abdome Exame das extremidades Medidas do Fundo Uterino (FU) – se não estiver compatível com a idade gestacional, suspeitar que o crescimento do bebe não está normal ou o líquido intrauterino está pouco. E quando há um aumento dessa medida para a idade gestacional, pensar no excesso de liquido ou peso. Geralmente até a 20ª semana a AFU acompanha a idade gestacional, por exemplo, 17 semanas – 17cm. Depois de 20 semanas é comum ter uma variação de 2 pontos abaixo ou acima do valor. E com 20 semanas, a altura do FU está próximo da cicatriz umbilical. Ausculta B.C.F: DOPPLER – 10ª - 12ª semana (descrito na literatura, mas na prática só é possível depois de 14 semanas) PINARD – 16ª semana Exame Vulva e Vagina Toque Bimanual Avaliação de edema dos MMII - Manobras de Leopold Zweifel: 4 etapas Delimitar fundo uterino através da palpação para avaliar a posição que o fetal ocupa em relação ao FU, se e a posição cefálica ou se é a pelve do bebe. Nesta imagem o médico está palpando a região de pelve do bebe no FU. Manobra realizada em toda consulta para fazer a medição da altura do FU Avaliar posição fetal – dorso (costas) para definir foco do BCF Descer com as duas mãos sempre comparando um lado com o outro, no lado que tiver contínuo é o lado das costas. O lado que for definido (costas) é onde o médico irá auscultar o BCF. Essa segunda manobra é realizada em toda consulta, devido a avaliação do BCF. Mobilidade da apresentação para avaliar grau de insinuação e confirmar o diagnóstico da apresentação Ao palpar a cabeça do bebe (ou região pélvica – dependendo) vai mover de um lado para o outro a fim de verificar a mobilidade desse feto, se a cabeça se mover, o feto não está insinuado na pelve, ou seja, não está encaixado. Quando faz o movimento e a cabeça não move – feto já está insinuado na pelve. Avaliar grau de penetração do feto no estreito superior da pelve Com as duas mãos, na parte mais inferior do abdome materno, o médico deverá tentar empurrar o feto para cima – rechaço fetal. O ideal da 3ª e 4ª manobra é no fim da gestação para averiguar se o fero está encaixado, pensando no parto. CÓRMICA -> OMBRO DO FETO NA PELVE MATERNA - Exames laboratoriais: Hemograma Glicemia jejum TSH Grupo sanguíneo com fator Rh –> gestante Rh – e marido Rh + é necessário solicitar o exame chamado Coombs indireto. Pedir no 1º trimestre e a partir disso, repetir com 28, 32, 36 e 40 semanas. Ou fazer no primeiro, segundo e terceiro trimestre também é uma opção. Sorologias: rubéola (IgG e IgM), toxoplasmose (IgG e IgM – fazer a cada 2 meses), sífilis (VDRL), hepatite B e C (HBsAg e anti-HCV) e HPV Urocultura –> gestante é um dos poucos casos em que se trata bacteriuria assintomática TOTG (teste de tolerância oral a glicose) –> realizado entre 24ª a 28ª semana para avaliar risco de DMG. No terceiro semestre: repetir todos os exames, exceto o grupo sanguíneo e TOTG. Imunização: - Imunizações pré-gestacional: Febre amarela Rubéola, caxumba e sarampo Hepatite B Difteria e tétano - Na gestação não é feita nenhuma vacina com vírus vivo, além disso, a vacina de hepatite B é feita desde o nascimento da criança. Aqueles que nasceram de mães HbsAg positivo dem receber imunoglobulina para Hepatite B. - Imunizações sem contraindicações na gestação: Tétano, difteria e coqueluche (acelular) – dTpa Gripe Hepatite B Pneumococo Meningococo Raiva Enterovírus - Imunizações contraindicadas na gestação: Sarampo Caxumba Rubéola –> é teratogênica, risco potencial de malformação fetal. Até mesmo se a mulher engravidar 30 dias após a vacina tem o risco de ter malformação fetal, em alguns casos é até indicado o aborto terapêutico Tudo tem que ser baseado no cartão vacinal da pessoa, por exemplo, se já tiver tomado vacina de hepatite B, fazer avaliação com o marcador que é o anti-hbs, se der + não precisa fazer mais nada. São as três vacinas super liberadas na gestação, não tem nenhuma contraindicação em nenhum período. Não são ‘’proibidas’’, mas devem avaliar o risco x benefício para a paciente. Não são totalmente liberadas como as citadas acima. Tríplice viral – vírus vivo Poliomielite Varicela Febre amarela –> apesar de ser contraindicada, a paciente que vai viajar para uma região endêmica com alto risco de contrair a doença, primeiro é aconselhar ela a não viajar, mas caso ela for, ela pode vacinar, mas ciente de que pode trazer algum risco para a gestação. - Tétano na gravidez: Se a paciente não tem o cartão vacinal ou não tomou nenhuma vacina de tétano –> fazer três doses da vacina, sendo as duas primeiras com difteria e tétano (DT) e a terceira com difteria, tétano e coqueluche (dTpa) com intervalo de 60 dias e mínimo de 30. Esquema de tétano incompleto –> se ela tem apenas uma vacina registrada, vai fazer até completar as 03 doses, se tiver só 02, mesmo esquema. Se ela tiver todas as 03 doses, mas a última dose tem menos de 05 anos –> fazer o reforço somente com a dTpa a partir de 20 semanas de gestação. O ideal é fazer o quanto antes (após 20 semanas), deixar para fazer, por exemplo, com 32 semanas a vacina pode não fazer o efeito desejado (soroconversão). Se ela tiver todas as 03 doses, mas a última dose tem mais de 05 anos –> fazer 01 dose pelo menos 20 dias antes do parto - Hepatite B na gestação: São 03 doses, e na grande maioria das vezes as mulheres já estão vacinadas O que dificulta é quando não se tem o cartão vacinal para comprovar essa vacinação ou tem o anti-bhs negativo, então é orientado a essa gestante tomar a vacina contra hepatite B que pode ser feita em qualquer momento da gestação. Normalmente faz uma dose, depois de 30 dias outra e depois de 6 meses a última dose. Se a gestante tem o esquema completo, mas o anti-hbs veio negativo –> refazer o esquema completo nessa gestante (03 doses) Se a gestante tiver recebido 1 ou 2 doses -> completar a terceira durante a gestação, não é necessário refazer todo esquema Nutrição na gestação - Controlar o peso na gestação é de extrema importância para evitar o desenvolvimento de doenças neste período e a macrossomia fetal, tornando a gestação cada vez mais saudável. - Ganho de peso adequado para determinado IMC: IMC CLASSIFICAÇÃO GANHO DE PESO ADEQUADO < 19,8 Kg / m² Baixo peso 12,5 - 18 Kg 19,9 - 26 Kg / m² Normal 11,5 - 16 Kg 22 - 29 Kg / m² Sobrepeso 7 - 11,5 Kg > 29 Kg / m² Obeso 7 - 9,1 Kg - O ganho de peso inferior ao adequado pode resultar em: restrição do crescimento fetal e prematuridade - O ganho de peso superior ao adequado pode resultar em: macrossomia fetal e aumento cerca de 2x do parto evoluir para uma cesariana - Resumindo: 1º trimestre: ganho de 0,5 a 2 Kg –> normalmente é um período que não se engorda muito devido aos vômitos e náuseas decorrentes desse período, além da diminuição da motilidade intestinal. 2º e 3º trimestre - ganho semanal: - 0,5Kg para baixo peso - 0,4Kg para peso adequado - 0,3Kg para sobrepeso - 0,2Kg para obeso - Elementos importantes oriundos da alimentação: - O cálcio vai atuar no desenvolvimento do esqueleto fetal e prevenção de pré-eclâmpsia Encontrado em folhas verdes, sardinhas, leite, queijo e soja. Paciente alérgica e com intolerância alimentar ou que não tenha alimentação rica em cálcio –> reposição com citrato de cálcio 600mg – 2x ao dia - Ferro A deficiência de ferro leva ao quadro de anemia ferropriva A necessidade de ferro no organismo materno aumenta devido às necessidadesdo feto –> vai atuar no desenvolvimento neurológico e estrutural desse feto Ferro proveniente da dieta torna-se insuficiente após 20ª semana Início da suplementação é a partir da 16ª semana até a 8ª semana pós-parto, mas caso a gestante necessite de suplementação de ferro antes desse período, deve-se iniciar o quanto antes. A recomendação é de 60mg/dia de ferro elementar que corresponde a 300mg de sulfato ferroso Obs.: O sulfato ferroso da rede pública tem apenas 40mg, isso é uma dosagem muito baixa e causa muita intolerância intestinal. Se a paciente tiver condições de comprar o de 60mg, deve-se prescrever Apesar do ministério da saúde não colocar a ferritina como exame de rotina para a gestante, sempre é bom pedir para fazer a reserva de ferro que essa paciente tem, para que a suplementação seja feita antes mesmo de iniciar um quadro de anemia. - Ácido Fólico A deficiência desse elemento causa anemia megaloblástica, e para sua prevenção, 300 microgramas/dia é suficiente. Prevenção do defeito de fechamento do tubo neural, pacientes sem antecedentes –> 400 ug/dia (ou 0,4 mg/dia) e iniciar 40 dias antes da gravidez e manter nos 3 primeiros meses da gravidez Com antecedentes 4 mg/dia 3 meses antes da gestação e durante os 3 primeiros meses da gestação Obs.: A rede pública oferece ácido fólico de 5mg/dia, valor muito acima do preconizado. Essa dosagem é indicada para pacientes que tem diabetes, anemia falciforme, que tem filho com malformação em tubo neural em gestação anterior - Vitamina A: cuidados com doses muito elevadas -> acima de 10.000U/dia são teratogênicas - Vitamina B12 e D (auxilia na implantação do embrião): repor para gestantes vegetarianas - Vitamina B6: repor em gestantes com nutrição inadequada, adolescentes e usurárias de drogas - Vitamina C: 80-85 mg/dia –> é encontrada em frutas - Ômega 3: auxilia no desenvolvimento neurológico (não é recomendação do MS, mas a paciente que tem condições de comprar é recomendado que use) Principais queixas na gestação: - Náuseas e vômitos Queixa mais comum nas primeiras 12 semanas, podendo estender por volta de 14 a 15 semanas e acontece principalmente pela manhã 75% apresentam esses sintomas Tratamento: Fracionar e selecionar refeições Piridoxina (Vit.B6) 10 a 25mg 3x/dia Metoclopramida – Plasil (5-10 mg 8/8 h. oral/IM) Dramin Bromoprida Ondansetrona – Vonau –> excelente medicação, porém está em desuso devido a um estudo relacionando com o surgimento de fenda palatina Gengibre em cápsula 250mg 4x/dia O vomito excessivo pode evoluir, por isso é importante observar um padrão –> Hiperemese gravídica (desidratação, desnutrição e distúrbio hidroeletrolítico). É uma condição que precisa de internação, dieta zero, medicação, reposição hidroeletrolítica. A hiperêmese é diferenciada da êmese (vomito normal) normalmente através de um ionograma, e que se dosa cloro, magnésio, sódio e potássio e a depleção desses íons sugere internação. - PICA Desvio do apetite – Terra 64%, Sujeira 14% e Gelo 5% (alotriofagia) Comumente associado anemia ferropriva Prevalência de anemia em gestantes com PICA 15% e 6% sem PICA Taxas de partos prematuros –> 2 vezes maior - Lombalgias 70% queixa das gestantes –> pode piorar com evolução da gestação Fatores de Riscos –> Obesidade e Lombalgia Anterior Orientação: - Postura adequada, exercícios de relaxamento, massagem - Travesseiros nas costas - Evitar salto alto, atividade física extenuante Afastar causas orgânicas: hérnia de disco, osteoartrite e osteoporose Tratamento – Calor local, Analgésico simples (paracetamol) e fisioterapia - Varizes Pode acometer membros inferiores e vulva Predisposição genética, posição supina prolongada, gravidez e idade avançada –> aumentam a predisposição do surgimento de varizes ainda mais Decorrem do aumento da pressão venosa, diminuição tono vascular e fraqueza congênita das paredes musculares das veias Sintomas –> estético e dor em queimação Tratamento: repouso com pernas elevadas e meias elástica de média compressão Tratamento cirúrgico não é recomendado As varizes são fatores de risco para TVP - Hemorroida Primeira manifestação na gestação ou exacerba-se e agrava-se na gestação Aumento da pressão venosa por compressão da veia cava inferior pelo útero Anestésicos tópicos –> compressas mornas, anticoagulantes e anti-inflamatórios tópicos Higiene local, prevenção de esforços excessivos e alimentação rica em fibra Raramente –> Drenagem cirúrgica da trombose hemorroidária - Pirose Decorre da diminuição do tônus do esfíncter esofágico inferior Fazer refeições fracionadas, evitar posição muito plana ao deitar, evitar a ingesta de liquido com a alimentação Uso de antiácidos –> hidróxido de alumínio ou magnésio - 1 colher das de sopa 3 vezes ao dia - Edema Gravitacional – melhora com repouso Generalizado: súbito de peso com edema facial e dedos – DHEG Decorrente do distendimento abdominal da gestante que cursa com menor retorno venoso Tomar cuidado com edema generalizado, pensar no risco de a gestante desenvolver pré-eclâmpsia - Sialorreia Hipersalivação secundária –> estimulação glândulas salivares pela ingesta de amido Pode ser decorrente da gestação ou de componente psicossomático - Fadiga e sonolência Início da gestação –> efeito da progesterona sobre SNC Tende a diminuir a medida que a placenta vai se formando - Constipação É comum e piora na gravidez Causada devido efeito da progesterona na musculatura colônica (atonia intestinal), aumentando a duração do trânsito intestinal Tratamento – Consumo de frutas e vegetais Formação bolo fecal –>Farelo de trigo Aumentar ingesta de líquido Não prescrever Óleo Mineral –> reduz absorção vitaminas lipossolúveis - Câimbras e parestesias Mais comuns à noite, podem interferir no repouso e no sono. Decorrem do estiramento súbito da musculatura São dificilmente secundárias por níveis reduzidos de cálcio sérico ou elevação de fósforo. Hidróxido de alumínio (diminui absorção de fósforo) e ingestão de cálcio são úteis no controle Na crise, calor local, massagens e movimentos de flexão e extensão do pé podem ajudar - Sintomas urinários Frequência e urgência urinária são comuns no início e no final da gestação devido compressão uterina - Leucorreia Comum aumento do fluxo vaginal devido hiperestrogenismo Mudança de pH mais ácido, favorece surgimento de fungos Alterações devem ser tratadas devido complicações (parto prematuro, ruptura da bolsa, infecção fetal) Candidíase – tratamento tópico Vaginose e tricomoníse: tópico ou oral (evitar metronidazol no 1º trimestre) - Cefaleia Mais comum no início da gestação. Observar horário da alimentação Decorrente da vasodilatação e edema cerebral pela ação da progesterona Associado condições patológicas: SINUSITE – ENXAQUECAS – DHEG A grande maioria melhora no meio da gestação Caso necessário uso de analgésico (paracetamol) Streptococcus agalatiae (Grupo B) - É um exame que faz parte do pré-natal através do swab vaginal e anal, e assim, faz o rastreio dessa bactéria. - É uma bactéria que faz parte da flora gastrintestinal, presente na vagina ou ânus em 10 a 30% das gestantes de forma transitória, intermitente ou crônica. - Principal causa de infecção neonatal e a maior causa de sepse do recém-nascido (50%). - Pesquisa deve ser feita entre a 35 a 37 semana: - Quando a gestante é colonizada por essa bactéria, no trabalho de parto ou rompimento de bolsa, deve-se fazero tratamento para evitar que o bebe contraia: Penicilina cristalina 5 milhões (dose ataque) e 2.5 milhões de 4/4 horas até o nascimento (dose manutenção) OU Ampicilina 2g dose de ataque e 1g 4/4 horas até o nascimento - Existem alguns dos fatores de risco para fazer profilaxia com esses antibióticos no trabalho de parto: Infecção urinária por streptococcus do grupo B Parto com < 37 semanas; Duração de bolsa rota > 18 h; Temperatura intraparto > 38ºC Se tiver qualquer um desses fatores de risco acima –> fazer uso de penicilina intraparto Verminoses - Podem causar espoliação de ferro - Sintomas comuns: dor abdominal, flatulências, náuseas e vômitos - Evitar tratamento no 1º trimestre de gravidez - Amebíase – Metronidazol – 800 mg 3 vezes ao dia por 5 dias - Ascaridíase - Mebendazol – 100 mg 2 vezes ao dia por 3 dias* - Giardíase – Metronidazol - 250 mg 3 vezes ao dia por 7 dias DIAGNÓSTICO DA GESTAÇÃO E MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO Diagnóstico - Sintomas iniciais: Náuseas e vômitos Sialorreia Sensibilidade mamária –> lembrando que a mulher só terá a mama desenvolvida após engravidar, independente de qual for a idade, se não engravidar ela vai ter uma mama ‘’infantil’’, ou seja, não passará por todos estágios. Aumento da frequência urinaria (polaciúria) Constipação Sonolência e Fadiga - Sintomas tardios: Dispneia Lombalgia - Sinais gerais: Atraso menstrual Alterações cutâneas Alterações mamárias Aumento volume abdominal Aumento volume uterino - Sinal ligado à implantação embrionária Sinal de Hartman: sangramento que ocorre 7 a 8 dias após fecundação, é bastante comum, ‘’sangramento de nidação’’ - Sinais ligados ao desenvolvimento uterino Sinal de Hegar: consistência elástica e amolecida do útero, principalmente na região ístmica (6 a 8 semanas) e é percebido através do toque. - Sinais ligados ao desenvolvimento uterino Sinal de Osiander: percepção do pulso da artéria vaginal ao toque (difícil percepção) Sinal de Hozapfel: peritônio rugoso facilitando a preensão uterina Sinal Piskacek: assimetria uterina à palpação Sinal de Nobile-Budin: percepção através do toque, o preenchimento do fundo de saco vaginal pelo útero gravídico, o fundo fica mais abaulado Regra de Goodel: amolecimento do colo uterino ao toque (consistência labial) Obs.: consistência nasal é um colo de uma mulher não gestante e a consistência labial (regra de Goodel) é de uma possível gestação - Sinais ligados as alterações da tonalidade da mucosa vulvar e vaginal Sinal de Jacquemier ou Chadwick: coloração violácea da mucosa vulvar, vestíbulo e meato urinário Sinal de Kluge: tonalidade violácea da mucosa vaginal Sinal de Puzos: observado a partir da 14ª semana – descreve o rechaço fetal intrauterino (é empurrar através do toque ou da manobra de Leopold e observar a movimentação do bebe. - Sintomas de presunção: (‘’eu acho que é mas não tenho certeza’’): náuseas, polaciúria e percepção materna dos movimentos fetais - Sinais de presunção: atraso menstrual, congestão e mastalgia, sinal de Hunter, tubérculos de MontGomery (vários ‘’carocinhos’’ a aréola) e rede de Haller - Sinais de probabilidade: sinal de Hegar, sinal de piskacek, sinal de Nobile-Budin, alterações cervicais e de vulva, aumento do volume uterino - Sinais de certeza: ausculta do BCF com sonar, sinal de Puzos, palpação de partes fetais, percepção de movimentos fetais pelo médico e ausculta com Pinard Adaptações do organismo materno à gestação - Cabelo Fase anágena (crescimento) - 2 a 6 anos Fase telógena (repouso) - 3 meses Normalmente 15 a 20% - fase telógena Final da gestação - 10% ou menos Após o parto - 30% fase eflúvio telógeno (Perda acentuada de cabelos de 2 a 4 meses) - Olhos Aumento da espessura da córnea Retenção de líquido Intolerância a lentes de contato Diminuição da pressão intraocular Algumas mulheres podem ter miopia, hipermetropia - Útero É o órgão que mais sofre modificações, ou seja, altera volume, peso, forma, posição, coloração e consistência devido aos estímulos hormonais e nervosos, assim como o desenvolvimento fetal. Diferença de um útero gravídico x não gravídico: - Consistência: é alterada de nasal para labial, ou seja, fica amolecido Istmo (região entre colo e orifício interno) fica amolecido: SINAL DE HEGAR – diagnóstico clínico da gestão Ocorre por ação do hormônio relaxina, exatamente para evitar contrações que a musculatura uterina pode fazer - Volume: passa por três fases Hiperplasia: anterior a nidação –> preparo para a nidação Hipertrofia: aumento do volume das células devido a ação hormonal nesse período Estiramento uterino: ocorre na segunda metade da gestação devido ao desenvolvimento fetal - Então o miométrio passa por fase de hiperplasia, hipertrofia e estiramento. - A região ístmica no início da gestação é pequena, mas à medida que a gestação vai avançando essa região vai expandindo e ficando mais amolecida, e é nessa região que se faz o corte para a cesariana. - O colo uterino é composto por grande pare de tecido conjuntivo e menos de fibras musculares, sua característica arroxeada na gestação é o sinal de Chadwick e a consistência amolecida é o sinal de Goodel. Antes da mulher engravidar, esse colo tem uma posição mais posterior e no período mais próximo do parto, esse colo tende a ficar mais anterior e mais curto. - Tampão mucoso: é uma secreção gelatinosa, com aspecto semelhante a uma clara de ovo, não tão liquida e é encontrada na transição do polo fetal (que pode ser a cabeça do bebe ou nadegas) e a medida que o colo vai relaxando e dando uma certa abertura, essa secreção sai. Essa saída é um sinal indireto do trabalho de parto. - Posição A mais comum é a anteversoflexão em que a curvatura uterina é voltada para a bexiga, mas com o avanço da gravidez, esse útero adota uma posição mais centralizada por conta da acomodação fetal. Devido a posição ele tem uma compressão maior sobre o ureter direto, isso pode levar a uma estase urinária que pode ser responsável por quadros de infecção urinária. - Peso Vai mudar bastante durante a gestação e está relacionado com o peso fetal, e quanto maior o peso, maior será o desconforto sobre o organismo materno. Com o avanço da gestação, as mulheres têm maiores dificuldades em ficar em decúbito dorsal devido ao útero comprimir vasos abdominais, como: aorta, VCI gerando uma hipotensão e falta de ar. - Forma - Vagina Também passa por grandes alterações A vagina normalmente é cheia de pregas e rugosidades, mas com o avanço da gestação a vascularização para a vagina aumenta o fluxo, deixando-a cada vez mais arroxeada (Sinal de Kluge) e menos rugosa. Isso acontece justamente para facilitar a descida fetal. Ocorre a mudança do pH vaginal propiciando a gestante um aumento do risco de candidíase e outras infecções - Vulva Os pequenos lábios tendem a ficar mais abertos e a coloração da vulva também altera (Sinal de Chadwick) Passa por hipertrofia - Mama No início da gestação é muito comum ficar mais sensível Vai passar por aumento de volume, hipertrofia glandular e aumento da rede vascular (rede de Haller) O mamilo vai ficar hiperpigmentado e aréola vai ficar mais arroxeada com surgimento da aréola secundaria (Sinal de Hunter) e os tubérculos de MontGomery que são glândulas sebáceas mais hipertrofiadas - Sistema gastrointestinal: - Boca: Sialorreia Cáries dentárias (evolução) Inflamação gengival - Apetite Aumento ingesta (200Kcal/dia) Diminuição do paladar Aumento do desejo alimentos muito condimentados Anemia refratária/pequeno ganho ponderal (pica) - Tireoide Aumento concentração globulina de ligação de tiroxina (T4), induzido por estrogênio Diminuição“pool” circulante de iodeto (aumento clearance renal do iodeto) Aumento da tireóide de 13% (eutireoidea) Níveis de TSH estão diminuídos e o TT4 está aumentado no início da gravidez T4 livre (FT4) e T3 livre (FT3) estão normais Na gravidez trata-se o hipotireoidismo subclínico - Sistema cardiocirculatório: - Alterações anatômicas Coração empurrado para cima e rodado para a esquerda Ictus no 4o espaço intercostal RX: - Aumento volume cardíaco - Alinhamento bordo superior esquerdo - Abaulamento do arco médio - Funcionais Aumento da volemia materna 5x – síndrome hipercinética causando aumento do DC e da FC Diminuição da PA principalmente no 1ª trimestre, resistência vascular periférica, reatividade vascular Aumento da compressão das veias cava inferior e ilíacas devido ao aumento do volume uterino Aumento dos fatores VII, VIII, X e fibrinogênio – estado de hipercoagulabilidade Sintomas frequentes: - Dispneia ao esforço - Taquicardia - Edema e varizes em MMII devido a diminuição da RVP no 1º trimestre - Hipotensão supina - Devido ao aumento da volemia vai ocorrer uma anemia dilucional ou hemodiluição fisiológica, então uma hemoglobina de 11 numa gestante pode ser considerado normal. - Sistema respiratório - Alterações mecânicas Aumento do ângulo subcostal (68o - 130o) Aumento diâmetro transversal do tórax (2cm) Aumento diâmetro antero-posterior Elevação do diafragma (4cm) Hiperventilação – atelectasia base pulmonar - Órgãos respiratórios superiores Progesterona aumentada no início da gestação: - Aumento da secreção e edema - Quadro de congestão nasal e rinorreia persistentes - Não utilizar vasoconstritores, apenas solução hipertônica e corticoides. Estrogênio: - Hiperplasia da mucosa nasal com hipertrofia glandular, hipertrofia dos brônquios. - Alterações funcionais Queda gradual do vol. de reserva expiratória (20% - 200 ml) Diminuição volume total e residual (20%) Diminuição da capacidade residual funcional (20%) Diminuição capacidade pulmonar total (5%) Diminuição concentração O2 alveolar Aumento da FR gerando hiperventilação Aumento capacidade vital Aumento da capacidade inspiratória (5% - 300 ml) Aumento do Vol. de ar corrente Aumento do Vol. respiratório minuto Aumento da ventilação pulmonar O aumento da FR -> gera um aumento do volume minuto O2, de 7 para 10 litros diminuindo PaCO2, de 40 para 30 -> facilita troca placentária (Slide importante) - Consequência Redução da Pco2 do sangue materno –> facilita troca placentária Aumento PO2 do sangue materno –> melhora o aporte fetal - Alterações posturais Queixas vão desde o início e com maior prevalência no fim da gestação Aumento convexidade anterior coluna lombar Centro de gravidade sobre as pernas (dor) Afrouxamento ligamentos da sínfise púbica e das articulações sacro ilíacas (relaxina - produzido pelo corpo lúteo e pela placenta) Acentuado alargamento sínfise púbica Instabilidade da marcha (“anserina”) Incidência maior de quedas/traumatismos - Sistema gastrointestinal - Figado: Aumento da atividade da fosfatase alcalina (2/4 vezes - aumento produção placentária da isoenzima termo- estável) Aumento do colesterol (2 vezes) Aumento do fibrinogênio (50% - 2o tri) - Metabolismo glicídico: Diminuição da utilização periférica da glicose (parasitismo verdadeiro) Aumento dos hormônios contra-insulinares (HPL, Estrogênio, Progesterona, Cortisol) – estimulam lipólise, aumentando ácidos graxos livres Aumento da produção da glicose a partir do 2º trimestre - Vesícula biliar Aumento volume jejum/residual Diminuição do esvaziamento biliar Aumento formação cálculos Maior saturação colesterol biliar - Estomago Diminuição tônus e motilidade Aumento do refluxo gastresofágico (Pirose) Retardo do esvaziamento gástrico Aumento tempo exposição a secreção gástrica Efeito protetor das prostaglandinas sobre a mucosa gástrica - Cólon Aumento da constipação Diminuição motilidade Aumento absorção água (59%) Aumento absorção sódio (45%) Aumento pressão veias hemorroidárias (hemorroidas) - Intestino delgado Diminuição da motilidade Aumento tempo trânsito intestinal Absorção nutrientes inalterada (exceção Fe) - Pele - Alterações vasculares Angiomas aracniformes : 67 % - brancas 10 % - negras Eritema palmar difuso - Tecido conjuntivo Estrias (50%) – diminuição da hidratação e ao estiramento da pele Predisposição genética Não há tratamento cutâneo profilático - Glândulas sudoríparas Aumento da sudorese écrina Aumento taxa de excreção de sebo Diminuição função apócrina - Pigmentação Hiperpigmentação mamilos e aréolas, umbigo, axilas, períneo, parte inferior do abdome (linha nigra) Estrogênios – eritema palmar e telangiectasias Progesterona + estrogenio – linha migrans e cloasma Hormônio estimulante de alfa-melanócitos Nevus pigmentados (excisão) - Sistema urinário 80% dilatação ureteres e pelves renal (hormonal, mecânico) Fluxo urinário retardado Aumento do fluxo plasmático renal em 25% Aumento da taxa de filtração glomerular em 30 a 50% Diminuição nas taxas de uréia e creatinina em 25% Aumento na filtração da glicose em 50% (glicosúria fisiológica) - Dilatação ureterocaliceal Aumento da incidência de pielonefrite Dificuldade em interpretar RX vias urinárias e obstrução do trato urinário na gravidez Interferência estudos de fluxo renal, filtração glomerular e função tubular (estase) - Metabolismo - Lipídeos Aumento dos ácidos graxos livres Hipertrigliceridemia Aumento colesterol - Proteínas Diminuição dos aminoácidos Diminuição das proteínas totais (albumina e gama globulina) Aumento da alfa e beta globulinas Aumento do fibrinogênio - Equilíbrio ácido-base Hipocapnia Aumento discreto dos ácidos metabólicos Aumento do pH (alcalose respiratória compensada) Período expulsivo parto - acidose metabólica (aumento dos lactatos) - Cálcio Diminuição da concentração sérica total (0,25mEq/l) Queda concentração sérica de albumina Calcitonina (neutralizar os efeitos do PTH) Aumento da velocidade de renovação e modelagem óssea ( 2 vezes - no termo) Aumento da velocidade de renovação do reservatório de cálcio (20%) - Ferro Absorção no duodeno somente do ferro divalente Ferro ferroso (divalente), suplementos de ferro Ferro férrico (trivalente), das fontes vegetais Aumento da absorção ferro ingerido de 10 para 20% Necessidades gravidez: 1.000mg 500mg - aumentar massa eritrocitária 300mg - transportados para o feto 200mg - compensar perdas diárias pela mãe - Sistema hidroeletrolítico Aumento de 7,5 litros de água Aumento de 50% da filtração glomerular Efeito natriurético da progesterona Ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona Aumento da reabsorção tubular de sódio (hiperaldosteronismo secundário) PARTO Definições e termos - Fatores e fenômenos que participam do parto via vaginal: Trajeto – canal de parto (bacia óssea, revestimento musculoaponeurótica e vagina) Objeto – feto Motor – força que impulsiona o feto através do canal de parto (contrações) - Gestação a termo: 37 semanas completas a 42 semanas incompletas - Pós termo: 42 semanas completa - Pós datismo: mais de 40 semanas - Gestação pré termo ou prematuro: após 22 semanas até 37 semanas - Abortamento: < 22 semanas ou peso fetal < 500g A termo precoce: 37s a 38s e 6 dias A termo tardia: 41s a 42s - Parto espontâneo: desencadeia, evolui e termina sem muita interferência - Parto induzido: desencadeado por medicamento ou manobras - Partodirigido: quando o obstetra participa ativamente do parto (intervenção) - Parto operatório: fórcipes ou cesariana - Parto normal ou eutócico: ocorre de forma fisiológica - Parto distócico: condição anômala ou fenômeno patológico - Primípara: pariu ou vai parir pela 1ª vez - Primigesta: 1ª gestação - Multípara: pariu diversas vezes - Multigesta: engravidou mais de 1 vez - Nulípara: nunca pariu - Nuligesta: nunca engravidou Toda vez que é necessário classificar a gestante com os termos acima, fica da seguinte maneira: G – Indica gestação Para – indica quantas vezes já pariu A – Abortamento Exemplo: G3, P2, A0, ou seja, está na 3ª gestação, já pariu 2 vezes e não teve nenhum abortamento. É interessante colocar na frente do P se foi normal ou cesárea. *Gestação gemelar = 01 parto Trajeto do parto - Trajeto Mole: - Constituído pelo segmento inferior do útero: colo do útero (vai dilatar), vagina e região vulvoperineal Segmento inferior: istmo – distensão durante gestação. No trabalho de parto, o colo é gradativamente incorporado ao segmento inferior. Colo uterino: apagamento (a mulher não gestante possui um colo grosso, ou seja, o espaço entre o orifício externo e interno do colo do útero é distante, e quando a mulher está gravida ocorre o apagamento desse colo, isso quer dizer que essa distância entre os orifícios está diminuída ao ponto de se unirem e não ser possível perceber nenhum espaço entre eles) e dilatação Vagina: adquire grande eslasticidade na gestação, perde sua rugosidade Região vulvoperineal: vulva (aumenta de tamanho) e períneo • Distocia - é uma nomenclatura dada a tudo que foge de uma normalidade e possa atrapalhar um trabalho de parto, como: anormalidade em vulva (atresia, rigidez vulvovaginal), lesões por HPV, septo vaginal, cistocelo e retocele (prolapso), neoplasias, anomalias cervicais, miomas, tumores ovarianos. - Trajeto Duro: Parte óssea relacionado a ‘’bacia’’ que é constituída por 2 ilíacos, sacro, cóccix Presença de articulações que envolvem os ossos: sínfise púbica, sacroíliaca e sarococcígea Promontório: vértice da articulação entre a 5ª vértebra lombar e o sacro Lembrando: pelve verdadeira ou pequena bacia (é dividida em estreito superior, médio e inferior) e pelve falsa ou grande bacia - Pelve verdadeira Estreito superior: • Diâmetro anteroposterior (conjugatas são as medidas) –> menor distância entre promontório e a sínfise púbica - conjugata anatômica ou vera anatômica: borda superior da sínfise púbica e o promontório (11cm) - conjugata obstétrica ou vera obstétrica: promontório e a face interna da sínfise púbica (espaço real do trajeto da cabeça fetal – 10,5cm) - conjugata diagonal ou vera diagonalis: promontório e borda inferior do osso púbico (12cm) –> pode ser observada no toque vaginal • Diâmetro oblíquo – começam nas iminências iliopectíneas e terminam na articulação sacroilíaca (12,5cm) - 1º oblíquo: iminência iliopectínea esquerda em direção a sinostose sacroilíaca direita - 2º oblíquo: iminência iliopectínea direita em direção a sinostose sacroilíaca esquerda • Diâmetro transverso – linha terminal de um lado até o outro lado da pelve Estreito médio: - Delimitado pela borda inferior do osso púbico e pelas espinhas ciáticas (isquiáticas) - Espinhas isquiáticas representam o plano 0 de De Lee –> plano utilizado para avaliar altura da apresentação fetal - Emergem os nervos pudendos - Plano de menor dimensão da pelve Estreito inferior: - Pontos de referência são as partes moles - Limitado pelos músculos sacrociáticos e músculos isquiococcígeo Morfologia da pelve - Alguns formatos de bacia podem ser mais difíceis para a decida fetal –> antropoide Planos da bacia - Plano De Lee Definir altura da apresentação Diâmetro espinha isquiática ou terceiro plano de Hodge é o plano de referência 0 Estimada em “cm”, negativo quando acima da desse plano e positivo quando ultrapassar esse plano - Plano de Hodge (esta em desuso) São planos paralelos – já sem aceitação 1º plano: borda superior do pube e promontório (estreito superior da bacia) 2º plano: borda inferior do pube ao meio da segunda vértebra sacra 3º plano: delimita-se nas espinhas isquiáticas (estreito médio) – corresponde ao plano 0 De Lee 4º plano: traçado pela ponta do coccige - Pelvimetria Imprescindível para uma boa avaliação do prognóstico do parto Avaliação do estreito superior – se conjugata diagonalis (única que consegue perceber através do toque) maior que 11,5cm ou promontório inatingível significam que o tamanho da pelve é provavelmente adequado para um feto de tamanho normal Avaliação do estreito médio – avaliar se há proeminências das espinhas ciáticas Avaliação do estreio inferior – avaliação clínica do diâmetro entre as tuberosidades ciáticas Obs.: o BFC é uma avalição indireta de que o bebe está nascendo, quando a gestante chega no hospital, por exemplo, e a altura que é possível auscultar o BCF é na região da cicatriz umbilical, e a medida que o tempo está passando, esse BCF é auscultado numa região mais baixa, é possível deduzir que este bebe está descendo. Estática fetal - É a relação entre feto, bacia e útero - Definir: situação, apresentação, atitude e posição fetal - Atitude ou postura fetal: é a relação das diversas partes fetais entre si – geralmente o feto está em flexão generalizada (ovoide fetal) - Situação: relação entre o maior eixo fetal e o maior eixo uterino (longitudinal, transversal e obliquo) - Posição: relação do dorso fetal com pontos de referência do abdome materno (se longitudinal: direito e esquerdo; se transverso: anterior ou posterior em relação a coluna materna) - Apresentação: relação entre o polo fetal e o estreito superior da pelve materna (cefálico, pélvico ou córmico) - Variedade de apresentação: cefálico (fletido, defletido – 1º, 2º e 3º grau) ou pélvico (completa ou incompleta) - Variedade de posição: é a relação dos pontos de referências descrito acima com pontos de referência da pelve materna, pube (anterior) e sacro (posterior) - Apresentação Cefálica Bebe em posição fletida – flexão generalizada – ovoide fetal Classificação –> eixo anteroposterior: flexão ou deflexão; eixo laterolateral: sinclitismo ou assinclintismo Eixo anteroposterior: - 95% fletido apresentação de vértice ou occipital (fontanela posterior é o ponto de referência) - Deflexão de 1º grau ou apresentação bregma (fontanela anterior) –> pode tentar empurrar a cabeça do bebe para baixo a fim de fazer com que ele se flexione. - Deflexão de 2º grau ou apresentação de fronte (palpa glabela) - Deflexão de 3º grau ou apresentação de face (palpa o mento) –> difícil e arriscado para o nascimento do bebe Eixo laterolateral: - Sinclitismo: encaixamento do polo cefálico fetal com a sutura sagital com a mesma distância entre a sínfise púbica e o promontório - Assinclitismo: encaixamento da cabeça fetal com a sutura sagital desnivelada em relação ao plano do estreito superior • Anterior ou obliquidade de Nagele: sutura sagital próxima ao sacro e o parietal anterior ocupa a maior parte do estreito da pelve • Posterior ou obliquidade de Litzmann: sutura sagital próxima ao pube e o parietal posterior ocupa grande parte da bacia - Apresentação Pélvica Ponto de referência é sempre o sacro e a linha de orientação é o sulco interglúteo Pélvica completa: pernas e coxas fletidas com pés juntos das nádegas Pélvica incompleta – modo nádega: coxas são fletidas sobre a bacia e as pernas estendidas sobre a superfície anterior do tronco Pélvica incompleta – variedade de pés, joelho ou procedência de pé: quando essas partes ocupam o estreito superior - Variedade de posição Relação entre o ponto de referência da apresentaçãoe o ponto de referência da pelve materna Assistência ao parto vaginal - Mecanismo do parto Tempo principal: insinuação, descida, desprendimento e restituição (rotação externa) Tempo acessório: flexão, rotação interna, deflexão e desprendimento dos ombros - Fases clínicas do parto –> fase ativa Dilatação Expulsão Secundamento Primeira hora pós-parto - Mecanismo de parto - Insinuação É a passagem pelo estreito superior do maior diâmetro da apresentação - Cefálico: diâmetro biparietal - Pélvico: diâmetro bitrocantério Se completa quando o ponto ósseo mais saliente da cabeça atinge o plano 0 de De Lee É necessário que ocorra movimento de flexão (sub occipto fetal), acavalgamento e o assinclitismo - Descida É o tempo em que a cabeça fetal percorre a distância do estreito superior até o estreito inferior Ocorre simultaneamente com a rotação interna A cabeça descreve um arco de círculo e o grau de rotação varia conforme a variedade de posição: - Nas variedades anteriores = 45º (OEA e ODA) - Nas variedades transversas = 90º (OET ou ODT) - Nas variedades posteriores = 135º (OEP ou ODP) - Na prática, o bebe em occipto direito demora demais para descer Quando excepcionalmente a cabeça roda para trás, diz rotação sacra ou posterior - Rotação interna Tempo em que a linha de orientação fetal (sutura sagital) passa do diâmetro transverso ou um dos oblíquos do estreito superior para o diâmetro antero-posterior do estreito inferior. A cabeça roda, ficando o ponto de referência fetal (lambda) voltado para o pube ou sacro Ocorre insinuação da espádua –> é quando os ombros encaixam, chegam no 0 De Lee - Desprendimento É a exteriorização da apresentação fetal pela vulva Na apresentação cefálica o desprendimento ocorre em occipto púbica Após atingir a sínfise púbica, haverá a deflexão para exteriorizar-se na vulva - Rotação externa É a rotação da cabeça, de modo a voltar ao ponto de reparo fetal para a posição primitiva e colocar o ombro no sentido antero-posterior da bacia. Nas pélvicas o tronco fetal gira. Primeiro flexiona o bebe para baixo e libera o ombro anterior, e depoix flexiona para cima, liberando o ombro superior - Fases clínicas do parto - Período Premonitório/pródromo (não é fase clínica) Inicia-se entre 30 a 36 semanas, estendendo-se até o desencadeamento do trabalho de parto (TP) Descida do fundo uterino, acomodação da apresentação ao canal do parto, contrações uterinas irregulares, orientação do colo uterino Aumento da secreção cervical e perda do tampão mucoso = “sinal” do parto Fase latente: fase do período premonitório em que as contrações uterinas tornam-se mais intensas, na ausência de dilatação, são contrações de treinamento - Contrações Sinal mais importante para o diagnóstico de trabalho de parto Ocorre pelo aumento da intensidade e frequência das contrações de Braxton-Hicks (contrações de treinamento) Entre 80 a 120 UM (40-60 mmHg) Presença do Tríplice Gradiente de Concentração: Início e maior intensidade no fundo, transmissão do fundo para o colo. É caracterizada para trabalho de parto pela presença de pelo menos 2 contrações uterinas rítmicas e dolorosas, a cada 10 min., com duração de cerca de 30 a 50 seg, promovedoras de modificações cervicais. Devemos observar a parturiente por meia hora afim de confirmarmos o diagnóstico. - Período Dilatação (1º período do parto) Inicia-se no final da fase latente e termina quando o colo dilata 10cm MS define fase ativa do TP quando há contrações uterinas regulares e dilatação cervical de pelo menos 4cm Duração de 10 a 12h em primípara e 6 a 8h em multípara Multípara: colo dilata e apaga durante o TP Primípara: apagamento ocorre antes do início do TP Deambulação e posição desejável, fazer agachamento, simular subida de escada Evitar toque vaginal desnecessário – até a cada 4h se não houver preocupação com a progressão do parto (diretriz assistência ao parto 2017) Observação do bem-estar fetal: avaliar BCF antes, durante e após 2 contrações a cada 30 minutos (mas na prática olha de 1h em 1h) Monitorização contínua se gestação de alto risco, auscultar de 15 em 15min Amniotomia (ruptura de bolsa) rotineira deve ser evitada – indicada para correção de distocias funcionais, avaliar variedade de posição, avaliação líquido amniótico e parto operatório Ocitocina: dose fisiológica para correção dos distúrbios do TP (1 a 8mU/min), dobrada a cada 30 minutos e ao atingir a necessidade, deve-se parar. Então é utilizada quando a contração da gestante não está adequada Analgesia peridural pode ser oferecida, se fase ativa do TP (SUS não oferece) - Período Expulsivo (2º período do parto) Inicia-se no final da dilatação (10cm) e termina com a expulsão total do feto MS: tempo de 0,5 a 2,5h em primípara (1 a 3 se analgesia) e 1h em multípara (2h se analgesia) Contrações atinge seu máximo – 5 em 10 minutos, duração de 60 seg Presença de puxos (necessidade de fazer força) Manter monitorização do bem-estar fetal – ausculta BCF antes, durante e após 2 contrações a cada 5 minutos Posição: cócoras, dentro da água, litotomia ou a que for mais confortável Episiotomia não deve ser feita de rotina e nunca vai prevenir laceração - Mediana: secção dos músculos bulbocavernoso e transverso superficial do períneo - Médio lateral direita: bulbocavernoso, transverso superficial do períneo e possivelmente, porção puborretal do levantador do ânus (é preferível em comparação a mediana, porque a mediana pode estender até o reto) Proteção perineal: manobra de Ritgen modificada (compressão do períneo posterior e controle da deflexão fetal); hands-off Manobra Kristeller está proscrita (é empurrar o fundo uterino com o braço) Fórcipes se necessidade de abreviação do parto Circular de Cordão (cordão enrolado no pescoço): devem ser desfeitos ou clampeadas antes da saída do feto Desprendimento dos ombros assim que sair a cabeça: leve tração ao abaixar e levantar a cabeça fetal O ombro sai na transversal Se ocorrer distocia de ombro (ALEERTA): A – Ajuda L – Levantar as pernas (Mc Roberts) E – Externa – pressão suprapúbica E – Episiotomia (considerar) R – Remoção ombro posterior T – Toque – manobras internas A – Alterar posição da paciente 1. Manobra de Mc Roberts: o ideal é a paciente deitada para abdução e hiperflexão das coxas 2. Pressão suprapúbica ou Rubin I: no sentido vertical para comprimir o ombro fetal (pode ser feita junto com a Mc Roberts) 3. Manobra de Rubin II: introdução de 2 dedos de uma das mãos na vagina, atrás do ombro anterior do feto e empurrar o ombro em direção do tórax fetal 4. Manobra de Woods (saca rolha): pressão na face anterior (sobre a clavícula), do ombro posterior com auxílio de 2 dedos, com intuito de rodar 180º, em direção a sínfise púbica 5. Manobra de Woods reversa: os dedos são colocados sobre o ombro posterior, por trás e o objetivo é girar o feto na direção oposta 6. Remoção braço posterior (Jacquemier): introdução da mão do obstetra na vagina e remover o ombro posterior 7. Manobra de Gaskin: posição de 4 apoios e tentar realizar o desprendimento dos ombros na ordem invertida 8. Manobra de Zavaneli: reintrodução da cabeça fetal na vagina e terminar o parto por cesariana - Período Secundamento (3º período do parto) Inicia-se com o descolamento e expulsão da placenta e das membranas ovulares; Ocorre 10 a 20 minutos após período expulsivo; prolongado se mais de 30 min Baudelocque Schultze: implantação placentária no fundo uterino (corporal); desprendimento pela face fetal em forma de guarda-chuva, sangramento se exteriorizando após saída da placenta. Baudelocque Duncan: impantação em parede lateral, desprende-se pela
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