Buscar

ANALGÉSICOS NÃO OPIÓIDES

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Carolina Ferreira FARMACOLOGIA 
 
-Derivados do ácido salicílico: AAS 
-Derivados do Para-aminofenol: Paracetamol 
-Derivados da Pirazolona: Dipirona (metamizol) 
- Novos antiinflamatórios não-esteróides: ibuprofeno 
 
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (ASS) 
-Possui ótimo efeito analgésico, antipirético e anti-inflamatório 
-O AAS pode ser considerado um AINE tradicional, mas ele apresenta efeito anti-inflamatório apenas em dosagens 
relativamente altas, raramente usadas 
-Ele é + usado em dosagens baixas p/ a prevenção de eventos cardiovasculares, como o acidente vascular encefálico (AVE) e o 
infarto do miocárdio (IM) 
-O AAS é diferenciado dos outros AINEs por ser um inibidor irreversível da atividade da cicloxigenase 
-Mecanismo de ação: é um ácido orgânico fraco que acetila irreversivelmente e, assim, inativa a cicloxigenase, realizam 3 ações 
terapêuticas principais: reduzem a inflamação (efeito antiinflamatório), a dor (efeito analgésico) e a febre (efeito antipirético 
→Ação anti-inflamatória: a inibição da cicloxigenase ↓a formação de prostaglandinas o que diminui a inflamação, os 
AINEs inibem a inflamação na artrite, mas ñ evitam o avanço da doença nem induzem remissão. 
→ Ação analgésica: a PGE2 sensibiliza as terminações nervosas à ação da bradicinina, da histamina e de outros 
mediadores químicos liberados localmente pelo processo inflamatório e quando diminui a síntese de PGE2, a sensação 
de dor pode diminuir. Como a COX-2 é expressa durante inflamações e lesões, parece que a inibição dessa enzima é 
responsável pelo efeito analgésico dos AINEs 
→Ação antipirética: a febre ocorre quando o “ponto de referência” do centro termorregulador hipotalâmico anterior 
é↑. Isso ocorre pela síntese da PGE2, que é estimulada quando agentes endógenos causadores de febre (pirógenos), 
como as citocinas, são liberados pelos leucócitos ativados por infecção, hipersensibilidade, câncer ou inflamação. Os 
AINEs ↓ a temperatura corporal em pacientes febris, impedindo a síntese e a liberação da PGE2. 
-Os AINEs são usados, principalmente, p/ combater dores de leves a moderadas originadas de distúrbios musculosqueléticos 
-Os AINEs ñ têm efeito sobre a temperatura normal do organismo. 
→Usos terapêuticos: 
Usos anti-inflamatório e analgésico: são usados no tratamento da osteoartrite, da gota e da AR. E também 
são p/ tratar condições comuns que requerem analgesia (cefaleia, artralgia, mialgia e dismenorreia). Os 
salicilatos exibem apenas atividade analgésica em dosagens baixas. Somente em dosagens + altas eles têm 
atividade anti-inflamatória 
Uso antipirético: pode ser usado p/ combater a febre. O AAS deve ser evitado em pacientes c/ menos de 
20 anos de idade c/ infecção viral, como varicela ou gripe, p/ prevenir a síndrome de Reye, que pode causar 
hepatite fulminante c/ edema cerebral, frequentemente levando ao óbito 
Aplicações cardiovasculares: o AAS é usado p/ inibir a aglutinação plaquetária. Doses baixas de AAS inibem 
a produção de TXA2 mediada por COX-1, reduzindo, assim, a vasoconstrição e a aglutinação de plaquetas 
mediada por TXA2 e o subsequente risco de eventos cardiovasculares. Doses baixas de AAS são usadas 
profilaticamente para 1) reduzir o risco de eventos cardiovasculares recorrentes e/ou morte em pacientes c/ 
IM prévio ou angina de peito instável 
Aplicações externas: o ácido salicílico é utilizado topicamente no tratamento de acne, calosidades, calos 
ósseos e verrugas. O metilsalicilato (óleo de gaultéria) é utilizado externamente como um contrairritante 
cutâneo em linimentos, como pomadas contra artrites e friccionantes de esportes. 
-Farmacocinética: após administração oral, o AAS é rapidamente desacetilado pelas esterases do organismo, 
produzindo salicilato. Os salicilatos ñ ionizados são absorvidos passivamente, a > parte no intestino delgado anterior. 
Os salicilatos (exceto o diflunisal) atravessam a barreira hematencefálica e a placentária e são absorvidos pela pele 
intacta (especialmente o salicilato de metila). O salicilato é convertido pelo fígado em conjugados hidrossolúveis que 
são rapidamente eliminados pelos rins, resultando em eliminação de 1º ordem e meia-vida sérica de 3,5 horas 
-Doses baixas de AAS (menos de 2 g/dia) diminuem a secreção de ácido úrico; em doses altas, a secreção de ácido 
úrico pode ser inalterada ou aumentada. Por isso, o AAS é evitado em pacientes c/ gota ou que tomam probenecida. 
 
PARACETAMOL ou ACETAMINOFENO 
-O paracetamol (N-acetil-p-aminofenol, ou APAF) inibe a síntese das PGs no SNC o que explica suas propriedades 
antipiréticas e analgésicas 
Carolina Ferreira FARMACOLOGIA 
-O paracetamol exerce < efeito sobre as cicloxigenases nos tecidos periféricos devido à inativação periférica, o que 
contribui p/ a sua fraca atividade anti-inflamatória 
-Esse fármaco ñ afeta a função plaquetária nem aumenta o tempo de sangramento 
-O paracetamol ñ é considerado um AINE. 
-Usos terapêuticos: o paracetamol é um substituto adequado p/ os efeitos analgésicos e antipiréticos dos AINEs em 
pacientes c/ problemas ou riscos gástricos, nos quais o prolongamento do tempo de sangramento ñ é desejável, e 
naqueles que ñ necessitam da ação anti-inflamatória dos AINEs. O paracetamol é o analgésico/antipirético de 
escolha p/ crianças c/ infecções virais ou varicela, pois o AAS oferece risco de síndrome de Reye. 
-Farmacocinética: é rapidamente absorvido no TGI, nas células luminais dos intestinos e nos hepatócitos, ocorre 
significativa biotransformação de primeira passagem. Em circunstâncias normais, o paracetamol é conjugado no 
fígado, formando metabólitos glicuronizados ou sulfatados inativos. Uma parte do paracetamol é hidroxilada, 
gerando N-acetil-p-benzoquinoneimina (NAPQI), um metabólito altamente reativo que pode reagir c/ grupos 
sulfidrila e causar lesão hepática. 
-Efeitos adversos: o paracetamol é praticamente livre de efeitos adversos significativos. Em dosagens altas, a 
glutationa disponível no fígado se esgota, e a NAPQI reage c/ o grupo sulfidrila das proteínas hepáticas, formando 
ligações covalentes que pode ocorrer necrose hepática, uma condição muito grave e potencialmente fatal. Os 
pacientes c/ doença hepática, hepatite viral ou história de alcoolismo correm + riscos de hepatotoxicidade induzida 
pelo paracetamol 
 
DIPIRONA 
-A dipirona é um analgésico e antipirético do grupo das pirazolonas 
-Em alguns países tem seu uso proibido devido a associação do risco de agranulocitose associada ao uso da droga. 
-É o analgésico-antipirético + utilizado no Brasil. 
-É também conhecida como metamizol, é um derivado da pirazolona ñ narcótico c/ efeitos analgésico, antipirético e 
espasmolítico. 
-Mecanismo de ação: é uma pró-droga que, após sua metabolização, gera a formação de vários metabólitos, dos 
quais 2 têm propriedades analgésicas, são eles o 4-metilaminoantipirna (4-MAA) e o 4-amino-antipirina (4-AA). 
Além da inibição da ciclo-oxigenase (COX-1 e COX-2), há também a inibição da síntese de prostaglandinas 
preferencialmente no sistema nervoso central, dessensibilização dos nociceptores periféricos envolvendo atividade 
via óxido nítrico-GMPc no nociceptor, que é uma possível variante de COX-1 do SNC .Os efeitos analgésico e 
antipirético podem ser esperados em 30 a 60 minutos após a administração e geralmente duram cerca de 4 horas. 
 -Efeitos colaterais: + frequentes são alergia c/ coceira, ardor, vermelhidão, urticária, inchaço ou falta de ar, 
alterações no batimento cardíaco e nos valores do exame de sangue, podendo levar ao aparecimento de anemia. 
Reações cutâneas graves foram relatadas durante o uso de dipirona, como Síndrome de Stevens-Johnson e Necrólise 
Epidérmica Tóxica, que têm como sintoma bolhas napele e danos nas mucosas 
-Precauções do uso: deve ser evitado nos 3 primeiros meses e nas últimas 6 semanas da gestação, em pacientes c/ 
asma e infecções respiratórias crônicas, crianças < de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 Kg ñ devem ser 
tratadas c/ dipirona e pacientes c/ distúrbios hematopoiéticos 
 
IBUPROFENO 
-É um anti-inflamatório não esteroide (AINE) da família dos derivados arilpropiónicos usado no tratamento 
sintomático de artrite reumatoide, osteoartrite, tendinite e bursite aguda principalmente em pacientes c/ 
intolerância gastrointestinal a outros AINE 
-Possui a capacidade de combater a inflamação, a dor e a febre 
-Mecanismo de ação: o ibuprofeno é um inibidor ñ-seletivo de uma enzima chamada o ciclooxigenase (COX), que é 
exigido p/ a síntese das prostaglandina através do caminho do ácido araquidonico. COX é necessário converter o 
ácido araquidonico ao prostaglandina H2 (PGH2) no corpo. Este PGH2 é convertido então aos prostaglandina. A 
inibição de COX pelo ibuprofeno abaixa consequentemente o nível de prostaglandina feitos pelo corpo. 
-Efeitos adversos: dor de cabeça e de estômago, vómitos, diarreia, podendo também produzir diversas gastropatias, 
entre as quais, úlceras no estômago e duodeno pois bloqueia a produção da barreira de protecção da mucosa 
gástrica.

Continue navegando