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Carolina Ferreira FARMACOLOGIA HIPNÓTICOS (SEDATIVOS) -A principal classe é os benzodiazepínicos (eles causam dependência porque mexe c/ os neurotransmissores e causa dependência c/ uso de 3 meses p/ frente) - A inclusão de um fármaco na classe dos sedativos-hipnóticos indica que ele tem a capacidade de produzir sedação (com alivio concomitante da ansiedade) ou de incentivar o sono. -Receptor GABA: esse receptor, que atua como canal iônico de cloreto, é ativado pelo neurotransmissor inibitório GABA. O receptor GABAA possui uma estrutura pentamérica organizada a partir de cinco subunidades, sendo que uma isoforma importante do receptor GABAA, que é encontrada em muitas regiões do cérebro, consiste em duas subunidades α1, duas subunidades β2 e uma subunidade γ2. -Potencial de abuso: ñ usa em paciente alcoólatra e tabagista -Síndrome de retirada (o desmame é 10% a cada três dias). Sintomas: confusão, ansiedade, agitação, taquicardia, hipertensão, insônia, diminuição memória, alucinações, convulsões – meses. -Efeito Rebote: aumento dos sintomas originais, é o efeito original mesmo depois de quando eu parei de tomar -Contraindicações: gestantes (1º trimestre e ao final da gestação), pois está relacionado c/ lábio leporino prejudica o fechamento do primeiro arco faríngeo; portadores de glaucoma ou miastenia grave,pois aumenta a pressão interna ocular e crianças c/ comportamento físico ou mental severo ❑ BENZODIAZEPINICOS -É contra-indicado nas gestantes -É uma droga depressora -Meia-vida: *Duração de ação curta (Midazolan): usado em pré-anestésico, é um dos que + tem poder de causar sono, é extremamente seguro, é bom p/ hepatopatas *Duração de ação intermediária (Lorazapam): é muito utilizado em idosos, é bom p/ o idoso porque ñ tem metabolito ativo, é pouco hipnótico, é bom p/ hepatopatas *Duração de ação prolongada (Diazepam): quando ele passa pelo fígado ainda gera metabolitos ativos isso mostra que ele precisa passar + vezes no fígado o que é contraindicado p/ hepatopatas -Farmacocinética: é metabolizado pelo fígado (P450). A > dos benzodiazepínicos sofre oxidação microssômica (reações de fase I), subsequentemente, os metabólitos são conjugados (reações de fase II) p/ formar glicuronídeos, que são excretados na urina. Todavia, muitos metabólitos de fase I dos benzodiazepínicos são farmacologicamente ativos, alguns c/ meias-vidas longas. São drogas lipossolúveis. -Metabolização e excreção: são metabolizados pelo citocromo p450, tem que tomar cuidado c/ o uso em conjunto de AINES e cimetidina ñ pode usar eles juntos. Quando o paciente ingere cimetidina c/ hiponotico ele estende a metabolização e ↑seu efeito no organismo. Pacientes c/ problemas gástricos que faz o uso da cimetidina troco pela ranitidina p/ ele usar o hipnótico. Paciente que usa cimetidina e toma midazolan ñ pode porque dá depressão respiratória Carolina Ferreira FARMACOLOGIA -Farmacodinâmica: aumentam a eficiência da inibição sináptica GABAérgica. Eles ñ substituem o GABA, mas parecem potencializar seus efeitos de modo alostérico, sem ativar diretamente os receptores de GABAA ou abrir os canais de cloreto associados. O ↑ da condutância dos íons cloreto, induzido pela interação dos benzodiazepínicos c/ o GABA, assume a forma de um aumento da frequência de eventos de abertura dos canais. -Mecanismo de ação: quando nosso organismo se encontra em repouso o canal de cloreto está fechado. Quando o gaba se liga ao receptor provoca a abertura do canal de cloreto o que entra + cloreto na bainha nervosa então ela fica + hiperpolarizada. Quando estou ansiosa o meu organismo produz o gaba e ele liga ao receptor e promove a abertura do canal de cloreto o que entra + cloreto e isso fica hiperpolarizada e isso deprime o meu sistema porque não faz a despolarização sendo responsável pelo impulso em me acordar. O benzodiazepínico pontecializa a ação do GABA o que aumenta frequência do canal de cloreto e aumenta o influxo de cloreto e isso provoca a hiperpolarização da membrana neuronal -Efeitos: sedação; incoordenação motora; relaxamento muscular; redução do estado de alerta; confusão, fraqueza; prejuízo da aprendizagem e memória. Em idosos e adolescentes provoca o efeito desinibidor(excitação, raiva, hostilidade). Esse é o efeito paradoxal que ocorre abaixo de 5 anos e acima de 60 anos -Indicações clínicas: Estados de ansiedade aguda, ataques de pânico, transtorno de ansiedade generalizada, insônia e outros distúrbios do sono, relaxamento do músculo esquelético, anestesia (como adjuvantes) e distúrbios convulsivos. -Representantes: Alprazolam, clordiazepóxido, clonazepam, clorazepato, diazepam, estazolam, flurazepam, lorazepam, midazolam, oxazepam, quazepam, temazepam e triazolam. -Tratando a dependência: Redução gradual: Iniciar por estabilização da dose • Procurar reduzir a dose em intervalos pré-determinados, a partir de uma negociação firme e empática c/ o paciente. • Não estender muito os prazos. • Reduzir, por exemplo, ¼ da dose a cada semana ou quinze dias. • É o mais seguro, prático, econômico As últimas reduções são mais trabalhosas e podem ser mais sofridas para o paciente e podem ser alargadas. Alternativa 1 - Redução gradual com troca por BZD de ½ vida longa. • Estabilizar a dose. • Trocar uma das tomadas por vez, por exemplo, o paciente que toma bromazepam 4 vezes por dia passará a tomar bromazepam 3 vezes por dia e uma vez tomará clonazepam ou diazepam (trocar uma das tomadas a cada 3 a 4 dias). • Quando trocar totalmente a droga utilizada, iniciar redução do BZD de ½ vida mais longa. Alternativa 2- Redução gradual com adição de Hidroxizina 50mg: • Artigo publicado na revista Encephale (1997) observou melhor resultado, ao comparar seis grupos paralelos que receberam: • Ou redução gradual ou abrupta + placebo, Hidroxizina 25 ou 50 mg. • O melhor resultado foi com: Redução gradual + Hidroxizina 50mg/dia. Alternativa 3: Adicionar Carbamazepina →DIAZEPAM -Duração Prolongada (1-3 dias); -Metabólitos ativos (cuidado c/ hepatopatas e nefropatas); porque fica muito tempo p/ ser metabolizado no organismo Carolina Ferreira FARMACOLOGIA -Ansiedade especifica é bom para ser utilizado -É bom p/ quem tem medo do médico -P/ TAG, crise do pânico, pânico ñ funciona -Não pode ser tirado de uma vez tem que fazer o desmame -Melhor eficiência do medicamento pode ser obtida quando indicado nos casos em que a ansiedade não faz parte da personalidade do paciente, e não é resultante de qualquer outro distúrbio psíquico. →CLONAZEPAM -Duração Prolongada (1-3 dias); -É + potente que existe -Metabólitos ativos (cuidado c/ hepatopatas e nefropatas); porque fica muito tempo p/ ser metabolizado no organismo -É bom p/ quem tem ataque de pânico sendo a 1º opção -Um miligrama de clonazepam é aproximadamente equivalente a 20 miligramas de diazepam. →ALPRAZOM -Duração intermediária (10-20 horas); -Possui metabólitos ativos; -Perturbações da ansiedade e sintomas ansiosos -Ataques de pânico. -Alprazolam atravessa a barreira placentária e aparece em pequenas doses no leite materno (cerca de 3% da dose ingerida pela mãe) -A semi-vida da alprazolam é de cerca de 11,4 horas nos indivíduos saudáveis e cerca de 19,7 horas em indivíduos com cirrose hepática. -O pico de > [ ]no plasma é obtido ao fim de uma ou duas horas após a ingestão. -70% a 80 % de alprazolam liga-se às proteínas plasmáticas o que pode remover outros medicamentos-É metabolizado no fígado, dando origem ao metabólito hidroxialprazolam que tem cerca de metade da ação do alprazolam. →LORAZEPAM -Duração intermediária (10-20 horas); -Não possui metabólitos ativos; -Perturbações da ansiedade e sintomas ansiosos; -Insônia (Só para tratamento de curto prazo); -Anticonvulsivante em administração parentérica -É indicado p/ hepatopatas -Ele ñ dá sono só um relax -Pré-anestésico; -Usado preferencialmente em idosos (não é tão hipnótico e não possui metabólitos ativos). →MIDAZOLAM -Duração de ação curta (3-8 horas) -Ñ pode usar em idoso -Não possui metabólitos ativos. -Alto poder hipnótico; -Induz amnésia anterógrada; acontece a partir de um momento -Muito utilizado como pré-anestésico -Pode ser utilizado como agente hipnótico em anestesia geral; -É comum um paciente ter como principal queixa a insônia, mas na verdade estar deprimido, pois, quando entra com antidepressivo e ele volta a dormir, a depressão mexe c/ serotonina e não gaba por isso ele ñ funciona ❑ ANTI-HISTAMINICO -São usados porque eles bloqueiam os receptores h1 no cérebro que estão no túber-infudibular que é nosso centro de alerta o que c/ isso causa sono -Exemplos: prometazina(FERNEGAM); dexclorfeniramina e hidroxizina. ❑ BUSPIRONA -É um ansiolítico Carolina Ferreira FARMACOLOGIA -Ñ é um benzodiazepinico, é só é p/ ansiedade -Mexe c/ a dopamina e serotonina -É usada em casos + leves -Ñ é usada em ansiedade patologica ❑ BARBITÚRICOS -Farmacocinética: as principais vias metabólicas envolvem a oxidação por enzimas hepáticas, formando álcoois, ácidos e cetonas, que aparecem na urina sob a forma de conjugados glicuronídeos. A administração de múltiplas doses desses fármacos pode levar a efeitos cumulativos. Meias-vidas de 4-60 h (mais longa com fenobarbital), atividade oral, fenobarbital, 20% de eliminação renal. -Farmacodinâmica: os barbitúricos também facilitam as ações do GABA em múltiplos locais do SNC; todavia, diferentemente dos benzo- diazepínicos, parecem aumentar a duração de abertura dos canais de cloreto regulados pelo GABA. Em altas concentrações, os barbitúricos também podem ser GABAmiméticos, ativando diretamente os canais de cloreto. Os barbitúricos são menos seletivos do que os benzodiazepínicos nas suas ações, visto que também deprimem as ações do neurotransmissor excitatório, o ácido glutâmico, por meio de sua ligação ao receptor de AMPA. -Efeitos: Efeitos depressores dependentes da dose sobre o SNC, incluindo sedação e alívio da ansiedade; amnésia; hipnose; anestesia; coma e depressão respiratória; relação dose-resposta mais acentuada que a dos benzodiazepínicos. -Indicações clínicas: Anestesia (tiopental), insônia (secobarbital) e distúrbios convulsivos (fenobarbital). -Representantes: Amobarbital, butabarbital, mefobarbital, pentobarbital, fenobarbital e secobarbital. ❑ HIPNÓTICOS MAIS RECENTES -Farmacocinética: Atividade oral, meias-vidas curtas. A meia-vida de eliminação do fármaco é maior nas mulheres e aumenta significativamente no idoso. Deve-se reduzir a dose em pacientes com comprometimento hepático, bem como nos indivíduos idosos. -Farmacodinâmica: Ligam-se seletivamente a um subgrupo de receptores GABAA, atuando como os benzodiazepínicos, com aumento da hiperpolarização da membrana. -Efeitos: Rápido início da hipnose com menos efeitos amnésicos ou depressão psicomotora ou sonolência no dia seguinte. -Indicações clínicas: Distúrbios do sono, particularmente aqueles caracterizados por uma dificuldade em adormecer. -Representantes: Eszopiclona, zaleplona e zolpidem. ❑ ANTAGONISTAS DOS BENZODIAZEPÍNICOS: FLUMAZENIL -Farmacocinética: é um dos vários derivados 1,4-benzodiazepíni- cos com alta afinidade pelo sítio de ligação de benzodiazepínicos do receptor de GABAa. Meia-vida curta. -Farmacodinâmica: Antagonista nos sítios de ligação do receptor GABAA para benzodiazepínicos, ou seja, o flumazenil bloqueia muitas das ações dos benzodiazepínicos, do zolpidem, da zaleplona e da eszopiclona, porém não antagoniza os efeitos de outros sedativos-hipnóticos, do etanol, dos opioides ou dos anestésicos gerais sobre o SNC. -Indicações clínicas: Tratamento da superdosagem de benzodiazepínicos. -Efeitos colaterais: agitação, confusão, tontura e náuseas. O flumazenil pode causar síndrome de abstinência grave precipitada em pacientes que desenvolveram dependência fisiológica de benzodiazepínicos. Em pacientes que tomaram benzodiazepínicos com antidepressivos tricíclicos, podem ocorrer convulsões e arritmias cardíacas após a administração de flumazenil. Carolina Ferreira FARMACOLOGIA
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