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Camila de Moraes Castellari Segunda Tópica………….. Primeira Tópica (recapitulando): ✓ A mente é dividida em 3 reinos: - consciente. - pré-consciente. - inconsciente. Resistência: ✓ Freud percebeu que determinados conteúdos estão no inconsciente ao observar a resistência que seus pacientes tinham de falar ou lembrar deles. “A resistência do ego bloqueia o acesso dos representantes mentais recalcados e/ou de seus substitutos” ✓ Esse ato de resistir não é consciente, mesmo que seja uma função do ego. Ou seja, o ego não é totalmente consciente. ✓ Se comportam de forma semelhante ao que foi recalcado (demandam trabalho para se tornarem conscientes). ✓ Resistimos ao sexo e a morte. Ex: sair durante uma pandemia Segunda Tópica: ✓ Freud modifica sua concepção do aparelho psíquico. ✓ Surge o modelo estrutural (ativo e dinâmico). ✓ Consiste numa divisão da mente em 3 partes: Id, Ego e Superego. Id (isso): “Vivência passiva do indivíduo , confrontada com forças desconhecidas e impossíveis de dominar” ✓ Formado por representações inconscientes de coisas gravadas no psiquismo, sob o impacto do desejo dos outros (imito e repito sem perceber), e por representações inatas. ✓ É o reservatório da libido (energia vital) narcísica e objetal, que é usado pelo Eu e Supereu para alimentar suas ações respectivas. ✓ Consegue perceber as variações da tensão pulsional e tenta reduzi-la se estiver muito alta. ✓ É a parte indomável e animal do nosso Ego. ✓ Quer satisfazer o nosso prazer a todo custo. ✓ Seus conteúdos são inconscientes (hereditários e inatos; recalcados e adquiridos). ✓ A exteriorização do Id é algo assustador, porque somos seres culturais e os nossos desejos não são aceitos. ✓ É regido pelo princípio do prazer. ✓ Interage com as funções do Ego e seus objetos tanto externos, quanto internos (aqueles que habitam o superego e com os quais estão em constante conflito - às vezes consegue estabelecer aliança com eles). ✓ É inconsciente, mas não é todo o inconsciente. Ego (eu): ✓ Nasce do Id e passa a se diferenciar dele a partir do contato com a realidade (substitui o princípio do prazer pelo da realidade). ✓ O Id lhe traz uma gênese particular. ✓ É capaz de simbolizar, porque está no sistema pré-consciente/consciente. ✓ Nunca se desconectará completamente do Id e por isso possui características semelhantes a ele. ✓ Sua parte inconsciente é responsável pelos mecanismos de defesa (desencadeados pela percepção de algo que lhe causa angústia). ✓ É “escravo” das exigências do Id, dos imperativos do superego e das exigências da realidade, por isso que a sua autonomia é relativa. ✓ É uma instância dos aparelhos psíquicos. Camila de Moraes Castellari ✓ Se localiza espacialmente entre o mundo interior e o exterior. ✓ Tem uma organização extremamente estruturada das representações inconscientes, pré-conscientes e conscientes. ✓ É a “antena do psiquismo'', ou seja, ele percebe todo tipo de excitação (externas ou internas). ✓ Ele tem também a função de adaptar a vida pulsional interna às exigências da realidade exterior. ✓ Se dá pelas identificações sucessivas com os diversos objetos pulsionais visados pelo Id. ✓ Tem a ver com o corpo (é a projeção mental da superfície do próprio corpo). “Ele cumpre não apenas funções perceptivas, adaptativas e de síntese, mas principalmente obtém do isso a maior parte da sua libido, e até, como Freud repetiu muitas vezes, ambiciona apropriar-se do reino obscuro do isso, civilizar a isso” ✓ Sua parte passiva e angustiada o defende de excitações perigosas do Id ou do exterior. ✓ As excitações pulsionais os estimulam indiretamente (passam primeiro pelo superego) e diretamente (urgentes e inconsideradas). Angústia do Ego: ✓ Sua angústia é causada pelas exigências do Id (são perigosas!). ✓ Existe um temor às excitações do Id (podem fazer com que ele desapareça), temor de ser punido por desobedecer as ordens do supereu e temor de ser impotênte às coações inerentes à realidade exterior. Estrutura do Ego: núcleo ✓ Surge de sua ligação com o exterior (através do sistema pré-consciente/consciente). relação com o Id ✓ Identificação com objetos pulsionais lhe dá consistência (sustenta um dualismo Ego X Id). relação com o resíduo da identificação ✓ É o mecanismo primitivo de sua formação (superego). Identificação: ✓ Pode ocorrer conscientemente (por vontade) ou inconscientemente (por desejo). ✓ É o movimento em direção ao outro. ✓ Pode ocorrer uma identificação inconsciente até com as emoções, sentimentos, fantasias e afetos ocultos do outro. ✓ Identificação com o outro = amor. *Só nos identificamos com o nosso eleito!* ✓ É importante para o processo de formação do eu. Ex: sou formado por que/o que já amei e amo Ideal do Ego: ✓ É uma subestrutura conectada ao superego. “Herdeiro direto do Ego ideal” ✓ É querer ter o que o outro tem. ✓ Não alcançar as expectativas dos outros nos causa vergonha, porque nos apropriamos delas. Superego: ✓ Surge da identificação primordial do Ego. ✓ Deriva do complexo de Édipo (seu herdeiro - permanece desejando o que não pode ter). *suas origens* ✓ Tem a função de impedir que a identificação venha adquirir consistência. Ex: me identifico com a minha mãe que é advogada e o superego fica falando para mim “você nunca será uma boa advogada" “É uma instância ‘intermediária’ entre a estrutura do Ego e as exigências do Id” Camila de Moraes Castellari ✓ Age como se fosse um juiz (tem consciência moral, auto observação e formação de ideais). ✓ Nos ajuda a nos socializar. ✓ Quando age, nos deixa culpados, e quando não, culpa o outro. ✓ Repressor do Id. ✓ Propõe um ideal de cidadãos (sociedade do bem).