Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Mariana Tainá Oliveira de Freitas | Universidade Potiguar | Turma XXIX C | 2022.2 TUTORIA SP 1.2 - VOLTANDO DAS FÉRIAS… Termos desconhecidos—------------------------------ Ruídos intestinais: são feitos pelo movimento dos intestinos à medida que estes impulsionam o alimento. Por os intestinos serem ocos, os ruídos intestinais podem ressoar em todo o abdômen de forma semelhante aos sons produzidos pelas condutas de água. Omeprazol: utilizado em casos de úlceras pépticas gástricas ou duodenais, doença do refluxo gastroesofágico, esofagite erosiva e distúrbios hipersecretores patológicos. O mecanismo de ação funciona suprimindo a secreção de ácido gástrico através da inibição da bomba de H+/K+ATPase presente nas células parietais. Homeostase e a fisiologia gastrointestinal—----------------------- Deglutição e digestão física Após a formação do bolo alimentar, a deglutição é iniciada. Esse processo é um arco reflexo que envolve a ação de tratos aferentes e eferentes de vários nervos cranianos, cujos sinais são retransmitidos de e para o núcleo do trato solitário e núcleo ambíguo do tronco encefálico. O resultado final é o envio de sinais motores para a língua, que movimenta o bolo alimentar contra o palato duro e o palato mole, empurrando-o em direção à orofaringe. O bolo alimentar continua inferiormente em direção à laringofaringe e o reflexo da deglutição é iniciado no esôfago. Até esse ponto, todas as ações da deglutição estão sob controle voluntário, no entanto, a partir daqui, as contrações peristálticas involuntárias é que comandam o processo. Na faringe: · Superiormente, o bolo alimentar é impedido de entrar na nasofaringe pela ação da crista de Passavant. Essa estrutura é formada pelas ações conjuntas dos esfíncteres palatofaríngeos, músculos constritores superiores, salpingofaríngeo e músculos do palato mole. · A epiglote fecha a laringe para evitar que a comida entre nas vias aéreas. · As cordas vocais também são aduzidas como medida de proteção adicional. No esôfago: · Há relaxamento do esfíncter cricofaríngeo e o bolo alimentar entra no esôfago proximal. A sua presença ali causa a distensão do plexo mioentérico dentro das paredes esofagianas, iniciando a onda peristáltica esofágica primária. · A presença continuada do alimento estimula as ondas peristálticas secundárias que seguem em direção craniocaudal. https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/etapas-da-degluticao https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/os-12-nervos-cranianos https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/tronco-encefalico-2 https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/palato-duro https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/palato-duro https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/palato-mole https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/esofago https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/faringe https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculo-palatofaringeo https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/epiglote https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/laringe Mariana Tainá Oliveira de Freitas | Universidade Potiguar | Turma XXIX C | 2022.2 Essas ondas, juntamente com a ação da gravidade, movem o bolo alimentar em direção ao esfíncter esofágico inferior, a uma taxa de 4 cm/seg. A presença do bolo alimentar ajuda no relaxamento do esfíncter esofágico inferior e a comida é capaz de entrar no estômago. Digestão química Uma vez que o bolo alimentar entra no estômago, ocorre a liberação regulada de uma variedade de enzimas que facilitam a digestão química. Algumas dessas enzimas também estimulam os órgãos digestórios acessórios a liberar suas enzimas para auxiliar na digestão. Além da digestão química (particularmente das proteínas), o estômago também funciona como: · Um ponto de armazenamento, que libera gradualmente seu conteúdo no intestino delgado, para permitir que a digestão e absorção ocorra. · Um misturador, pois o modo de contração da musculatura e disposição da mucosa do estômago mistura o conteúdo alimentar para formar o quimo. · Um conduto, essencialmente passando o bolo alimentar do esôfago para o intestino delgado. · Um defensor imunológico, pois o pH ácido do estômago ajuda a matar patógenos invasores antes que eles sejam capazes de causar uma infecção. · Um agente regulador da absorção de micronutrientes, pois a absorção de ferro, vitamina B12 e folato são fortemente regulados pelo estômago. O quimo segue então para o piloro e para o intestino delgado Uma vez que o quimo entra na primeira porção do duodeno, ele ativa o eixo neuro-hormonal, que promove a liberação da bile (do fígado e da vesícula biliar) e das enzimas do pâncreas. As ondas peristálticas continuam a mover o quimo ao longo do trato intestinal. A maior parte dos nutrientes é absorvida dentro do intestino delgado. Os remanescentes passam através da válvula ileocecal, chegando ao ceco. À medida que as ondas peristálticas continuam, o quimo se move ao longo do trato digestório. A absorção de eletrólitos e água do quimo ocorre durante todo o caminho até que ele seja então convertido em fezes, que são armazenadas no reto. À medida que o reto se distende, os receptores de estiramento sinalizam para o cérebro o seu preenchimento. Enquanto os esfíncteres anais internos estão sob regulação autonômica, os esfíncteres anais externos estão sob controle voluntário. Portanto, o indivíduo pode resistir ao desejo de defecar até que um local e hora apropriados sejam identificados. Desequilíbrio hidroeletrolítico —-------------------------- Os eletrólitos têm um papel importante na manutenção da homeostase no organismo. Nos mamíferos, os líquidos e eletrólitos estão distribuídos nos compartimentos intra e extracelular, cuja manutenção de volume e composição, é essencial para processos metabólicos fundamentais à vida. Por serem moléculas ionizadas, os https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/estomago https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/intestino-delgado https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/duodeno https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/vesicula-biliar https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/pancreas https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/o-ceco-cego-e-o-apendice-vermiforme https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/reto Mariana Tainá Oliveira de Freitas | Universidade Potiguar | Turma XXIX C | 2022.2 eletrólitos adquirem cargas negativas (ânions) ou positivas (cátions) sendo responsáveis por regular a pressão osmótica. O sódio, o potássio e o cloro são eletrólitos típicos encontrados no organismo. Esses são componentes essenciais de fluidos corporais, como sangue e urina e, ajudam a regular a distribuição de água ao longo do organismo além de desempenhar um papel importante no equilíbrio ácido básico. O rim é o órgão mais importante na regulação do volume e da composição dos fluidos corporais, mesmo que outros órgãos como o coração, o fígado, os pulmões e a glândula pituitária ajudem a manter o equilíbrio eletrolítico. Referência: STIVANIN, S.C.B. Desequilíbrio eletrolítico: sódio, potássio e cloro. Seminário apresentado na disciplina Transtornos Metabólicos dos Animais Domésticos, Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2014. 10p Fisiopatologia da constipação, diarreia e vômitos —-------------------- Constipação Constipação intestinal é um problema que atinge indivíduos em qualquer momento da vida, do recém-nascido ao idoso. Pesquisas realizadas no Brasil mostraram elevada prevalência de constipação em lactentes, pré-escolares e escolares, com valores variando entre 17,5% e 36,5%. A constipação constitui um dos sintomas mais comuns na prática médica, sendo a segunda queixa mais freqüente em gastroenterologia, atrás apenas da dor abdominal. Sua ocorrência aumenta muito após os 60 anos, mas isso não reflete um evento natural do envelhecimento (nesse caso, pode ser devido à presença de comorbidades, redução da motilidade e uso de medicamentos). O sexo masculino tende a apresentar mais constipação que o feminino, em se tratandoda fase infantil, quadro que se inverte na fase adulta. Também pessoas sedentárias têm maior dificuldade para evacuar. A fisiopatologia da constipação é complexa e de etiologia multifatorial. Destacam-se como etiologias as práticas alimentares, círculo vicioso de evacuação dolorosa gerando comportamento de retenção fecal, distúrbios da motilidade intestinal e fatores constitucionais e hereditários. Pouco se sabe a respeito da influência dos fatores hereditários na fisiopatologia da constipação. A principal queixa dos pacientes com constipação é a diminuição da freqüência das evacuações. Contudo a freqüência evacuatória está perdendo importância na definição da constipação. Pacientes constipados relatam, freqüentemente, a presença de dor evacuatória, dor abdominal e fezes endurecidas, que perderam sua forma tornando-se fragmentadas. Também é comum a persistência da sensação de evacuação incompleta após o ato evacuatório e o relato da necessidade da utilização de manobras auxiliares manuais, mecânicas ou de supositórios e enemas para a eliminação das fezes. A constipação intestinal primária é aquela provocada por situações relacionadas aos hábitos de vida do indivíduo ou por eventos banais, como ingesta alimentar inadequada (ingesta reduzida de fibras e pouco líquido), sedentarismo (associada à postura antifisiológica para defecar, colabora para a ocorrência de constipação), gravidez (por alterações hormonais e compressão extrínseca do útero sobre o intestino), perda do reflexo de evacuação (o bloqueio repetido do desejo de evacuar provoca alterações do reflexo gastrocólico), posição (a posição ereta reduz a velocidade de progressão do bolo alimentar), viagens (devido a alterações na dieta habitual e hábito evacuatório) e pouca disponibilidade de sanitários (principalmente em crianças em idade escolar). Neste caso, não há alterações anatômicas. Mariana Tainá Oliveira de Freitas | Universidade Potiguar | Turma XXIX C | 2022.2 A constipação intestinal secundária ocorre por causa de uma doença sistêmica, problemas psicossociais ou mesmo iatrogenia. São comuns situações freqüentes as doenças do cólon, doenças neurológicas, distúrbios endócrinos, uso de medicamentos e distúrbios psiquiátricos. No que tange às doenças do cólon, qualquer condição que comprometa o diâmetro da luz do órgão, causando estreitamento ou bloqueio mecânico, pode levar à constipação (por exemplo, tumores, vólvulos, hérnias, estenoses, diverticulite, colite isquêmica, dolicocólon, retocele, proctite ulcerativa). Em se tratando das doenças neurológicas, o Hirschsprung apresenta-se como uma possível etiologia. Trata-se da ausência, ou redução dos plexos nervosos em determinados segmentos do intestino, o que leva a uma falta de estímulo nervoso e a região afetada torna-se espástica, causando estenose funcional. A doença de Chagas, muito comum em nosso meio, caracteriza-se por destruição dos plexos neuronais (principalmente Auerbach) da musculatura lisa do intestino, de forma que os segmentos patológicos ficam atônicos e muito dilatados. Em casos de lesões do Sistema nervoso central a constipação se deve ao comprometimento do sistema motor intestinal. Os distúrbios endócrinos e metabólicos que cursam com constipação compreendem o pseudo-hipoparatireoidismo, infiltração mixedematosa, feocromocitoma e glucagonoma, além do diabetes. Esses distúrbios geram uma diminuição da água no organismo, além de reduzir o peristaltismo. Quanto aos medicamentos, podem-se citar os analgésicos, anestésicos, anticolinérgicos, diuréticos, bismuto, opiáceos, laxantes e parasimpaticolíticos. Pacientes com depressão ou distúrbios psiquiátricos mais graves como psicose, neurose em geral queixam-se de constipação, acreditando, muitas vezes, que são portadores de grave doença intestinal. Diarreia DIARRÉIA: consiste na alteração do hábito intestinal, com diminuição da consistência das fezes, aumento do volume e/ou maior conteúdo de fluído fecal, com ou sem aumento do número de evacuações. FISIOPATOLOGIA DA DIARRÉIA: má-absorção e/ou aumento de secreção pelo tubo digestório de água, eletrólitos e nutrientes em proporções e intensidades variadas. Quanto a classificação fisiopatológica Diarreia osmótica Ocorre por acúmulo de solutos osmoticamente ativos não absorvíveis no lúmen intestinal. Assim, ocorre retenção de líquidos intraluminais e consequentemente diarreia. É a partir deste mesmo mecanismo que funcionam os laxativos. Uso de antibióticos também pode causá-la. As características deste tipo de diarreia é o fato de ter gap osmolar alto, melhora em jejum e com suspensão de substâncias osmóticas. Ex.: deficiência de dissacarídeos, alta ingestão de carboidratos pouco absorvíveis (sorbitol, manitol, lactulose), abuso de laxativos. Diarreia secretória Distúrbio no processo hidroeletrolítico pela mucosa intestinal, por meio do aumento de secreção de íons e água para o lúmen ou inibição da absorção por meio de drogas ou toxinas. Diferentemente da osmótica, tem gap osmolar baixo, não melhora com jejum e é responsável por um grande volume de fezes aquosas. Este é o tipo de diarreia provocada por E. coli enterotoxigênica, Vibrio cholerae, Salmonella sp. Mariana Tainá Oliveira de Freitas | Universidade Potiguar | Turma XXIX C | 2022.2 Inflamatória Alteração na absorção da mucosa por alteração inflamatória, que lesiona e leva a morte dos enterócitos, e não consegue absorver ou transportar açúcares, aminoácidos ou eletrólitos, ocorre a diarreia. Esteatorreia Quadros em que há uma disabsorção de lipídios secundária a má absorção ou má digestão. Nutrientes e o processo digestório —------------------------ A fome Apesar do termo também conotar uma problemática social, trataremos a fome como sendo a sensação fisiológica que nos faz procurar e ingerir alimento para satisfazer as necessidades diárias de nutrientes. O ato de ingerir alimentos é causado por uma série de estímulos (ou sinais). Entre eles está a diminuição, no organismo, da quantidade de nutrientes como glicose, aminoácidos, gordura ou mesmo a diminuição da temperatura interna. Fica claro fazer a ligação: se uma pessoa come para obter nutrientes (e energia) para o organismo, então sua falta deve levá-la a procurar o que comer. Porém, surge uma dúvida: será que é preciso diminuir totalmente o estoque de nutrientes do organismo para que uma pessoa ou um animal sinta fome? A resposta é não. Na verdade, o organismo é capaz de detectar diminuições mínimas na concentração de nutrientes e, em conseqüência, gerar sinais que vão desencadear a ingestão de alimentos. Mas, será que só comemos quando temos fome? Não, a ingestão de alimentos também pode ser estimulada pela hora do dia, a visão e o cheiro dos alimentos, além de reuniões sociais (daí o ditado “Comer e coçar é só começar”). Todos nós temos experiência que fatores emocionais, facilitação social e condicionamento (uma forma de aprendizagem) afetam a ingestão de alimentos. Quando se come sem ter fome (e essa energia não é gasta), os nutrientes ingeridos além da necessidade serão estocados em forma de gordura, ou seja, engordamos. Saciedade O processo inverso da fome, chamado saciedade, também é causado por vários estímulos. Um deles é a distensão da parede gástrica, causada pelo armazenamento do alimento ingerido no estômago. O tempo de permanência do alimento no estômago depende principalmente da sua composição e não simplesmente da quantidade. Quanto mais gordura for contida no alimento, maior o tempo necessário para o esvaziamento gástrico. Quando o alimento passa do estômago para o intestino, um outro sinal de saciedade é produzido, dessa vez, químico: o intestino libera um hormônio (substância endócrina) para o sangue, chamado de colecistocinina, em resposta à presença de proteínas e de gorduras no alimento que chega intestino. Os mecanismos que acabamos de descrever se aplicam ao controle da ingestão durante ou imediatamente após uma refeição. Mas existem outros mecanismos queexplicam o controle da ingestão por períodos mais longos e que estão diretamente envolvidos na regulação do peso corpóreo. O que poderia indicar para o organismo que ele deve aumentar ou diminuir a quantidade de alimentos que normalmente ele come? Como a gordura é a forma de estoque de energia, um dos indicadores é a sua própria quantidade no corpo. De fato, o tecido gorduroso (ou adiposo) produz um hormônio endócrino chamado leptina http://www.msf.org.br/fome/adesnutricao.htm http://www.ibb.unesp.br/nadi/Museu2_qualidade/Museu2_corpo_humano/Museu2_como_funciona/Museu2_homem_digestorio/Museu2_homem_digestorio_alimento_nutricao.htm Mariana Tainá Oliveira de Freitas | Universidade Potiguar | Turma XXIX C | 2022.2 que indica a quantidade de gordura corporal. A leptina vai para a circulação sanguínea, chega ao cérebro e inibe a ingestão de alimentos. Isso significa que uma quantidade alta de leptina diminui a ingestão e uma quantidade baixa, aumenta. Para onde vão os sinais gerados no organismo para controlar a fome e a saciedade? Os sinais de fome e saciedade vão para o hipotálamo, uma estrutura cerebral que analisa e gera as respostas apropriadas. O hipotálamo é um centro de processamento de informações que recebe os vários tipos de sinalizações como a concentração de nutrientes (entre eles, os níveis de glicose no sangue) ou o grau de distensão do estômago. Os níveis de hormônios como a colecistocinina (produzida pelo intestino) e a leptina (produzida pelo tecido adiposo) também são analisados. Com essas informações o hipotálamo produz comandos para a procura e ingestão de alimento e, ainda, prepara o trato gastrointestinal para receber e processar o alimento. O impacto sobre a nutrição Doenças gastrointestinais interferem significativamente na absorção de nutrientes importantes como vitaminais e sais minerais, acarretando em outros problemas como anemia, enfraquecimento dos ossos e desidratação. Além disso algumas doenças podem comprometer a ingestão normal de alimentos, restringindo a dieta dos pacientes. “É importante que o indivíduo recorra sempre a um profissional de saúde afim de um diagnóstico preciso e, sob a orientação de um nutricionista, adotando uma dieta adequada às suas necessidades nutricionais e suas condições fisiológicas.” – alerta a nutricionista Marcela Herculani da Nova Nutrii. Veja algumas situações que podem comprometer a absorção de nutrientes em pacientes que sofrem de doenças gastrointestinais: Não consumir alimentos com o aporte nutricional necessário: por diversos motivos a oferta de alimentos nutritivos pode não ser suficiente, é comum que o paciente esteja numa dieta tão restritiva que não possa variar o cardápio afim de ampliar a oferta nutricional. Sintomas como dor, enjoo ou diarreia podem afetar o apetite. O temor em agravar sintomas também pode fazer com que o indivíduo evite comer e corte determinados alimentos por conta própria. A ajuda médica é a opção mais sensata antes de tomar qualquer decisão restritiva. Somente um profissional poderá elaborar uma dieta com alimentos seguros e apontar quais devem ser evitados afim de aliviar os sintomas ou tratar a enfermidade. Baixa absorção de nutrientes: inflamações ou infecções intestinais podem prejudicar a absorção dos nutrientes importantes ao organismo. Situações pós cirúrgicas e crescimento anormal de bactérias também podem agravar o quadro. Problemas na produção de enzimas ou da bílis também diminuem a capacidade do organismo de aproveitar os nutrientes vindo da alimentação normal. Casos como esse normalmente requerem a suplementação afim de minimizar os danos ao organismo. Perda maior de nutrientes: diarreias crônicas e sangramentos no trato intestinal podem acarretar na perda de nutrientes essenciais como potássio, sódio, magnésio, cálcio e ferro. Em alguns casos esses nutrientes são perdidos no intestino e não completam o ciclo digestivo comum. http://www.nutrii.com.br/?utm_source=blog&utm_medium=content&utm_campaign=como-a-alimenta%C3%A7%C3%A3o-influencia-na-sa%C3%BAde-do-sistema-digestivo Mariana Tainá Oliveira de Freitas | Universidade Potiguar | Turma XXIX C | 2022.2 Demanda maior por nutrientes: quando o organismo está doente ele precisa de muito mais aporte nutricional para se recuperar de infecções, inflamações e outras enfermidades. Se essas enfermidades causam desnutrição e perda de líquidos por exemplo, o paciente precisará de ainda mais nutrientes para reabastecer suas reservas energéticas e fortalecer o sistema imunológico. Crianças podem necessitar de uma oferta ainda maior de nutrientes para garantir seu desenvolvimento sadio. Medicações: alguns medicamentos prescritos no tratamento de doenças do trato digestivo podem prejudicar a capacidade do organismo em aproveitar os nutrientes dos alimentos. O uso de esteroides, por exemplo, prejudica consideravelmente a absorção de cálcio. Em alguns casos a suplementação é necessária, visto que o tratamento não pode ser suspenso. A importância da dieta equilibrada Uma dieta equilibrada é recomendável à todas as pessoas, porém em casos de pacientes de doenças do sistema digestivo torna-se indispensável. Tanto para prevenir sintomas, como durante o seu tratamento, a alimentação adequada é fundamental. Na maioria dos casos, a perda de peso é um quadro comum a doenças gastrointestinais, e boa parte das dietas focam no ganho ou manutenção de massa corporal. Porém, existem situações muito específicas que podem determinar a abrangência da dieta a ser seguida. Pacientes que passam por esse quadro podem tirar proveito de dietas comuns como as apresentadas abaixo, mas é indispensável o acompanhamento de um nutricionista e o diagnóstico correto antes de qualquer atitude em relação a alimentação: Dieta Hipercalória: voltada para pessoas com dificuldade de ganhar peso ou pacientes que precisam recuperá-lo. Beneficia especialmente indivíduos que sofrem de doenças crônicas (problemas renais, câncer, insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência respiratória e síndromes desabsortivas) e outras doenças que levam a desnutrição. Alimentos ricos em carboidratos e gorduras boas (azeite, ômega 3, massas integrais) podem compor a alimentação dos pacientes que precisem de maior aporte calórico. A suplementação também é uma opção segura para os pacientes que não consigam atingir os nutrientes necessários pela alimentação normal. Dieta Hiperprotéica: voltada para pessoas que precisam ganhar massa muscular, mas não podem ou precisam restringir o consumo de carboidratos. A alta concentração de proteínas oferecida por este tipo de dieta dá maior sensação de saciedade e faz com que o indivíduo fortaleça seu tecido muscular. Pacientes que apresentam o quadro de Esteatorréia (acúmulo de gordura ou aparência oleosa nas fezes) podem tirar proveito dessa dieta. Constituída em sua maioria pelo consumo de carnes magras, verduras e laticínios é uma alternativa para aqueles que não podem consumir gorduras, mas precisam manter o peso. A ingestão de um suplemento alimentar também pode ser indicada de acordo com a resposta do indivíduo à dieta. Dietas Especializadas: situações muito especificas podem acarretar na necessidade de uma dieta individual desenvolvida para atender especialmente a necessidade do indivíduo. Cirurgias bariátricas, Tratamentos de Câncer do trato digestivo, Doença Celíaca (intolerância ao glúten), e outras situações gastrointestinais podem http://www.nutrii.com.br/tipos-de-dietas/hipercalorica?utm_source=blog&utm_medium=content&utm_campaign=como-a-alimenta%C3%A7%C3%A3o-influencia-na-sa%C3%BAde-do-sistema-digestivo http://www.nutrii.com.br/tipos-de-dietas/hiperproteica?utm_source=blog&utm_medium=content&utm_campaign=como-a-alimenta%C3%A7%C3%A3o-influencia-na-sa%C3%BAde-do-sistema-digestivo http://www.nutrii.com.br/por-patologia/cancer?utm_source=blog&utm_medium=content&utm_campaign=como-a-alimenta%C3%A7%C3%A3o-influencia-na-sa%C3%BAde-do-sistema-digestivo http://www.nutrii.com.br/por-patologia/cancer?utm_source=blog&utm_medium=content&utm_campaign=como-a-alimenta%C3%A7%C3%A3o-influencia-na-sa%C3%BAde-do-sistema-digestivohttps://www.nutrii.com.br/dieta-enteral/dieta-enteral-especializada?utm_source=blog&utm_medium=content&utm_campaign=como-a-alimenta%C3%A7%C3%A3o-influencia-na-sa%C3%BAde-do-sistema-digestivo Mariana Tainá Oliveira de Freitas | Universidade Potiguar | Turma XXIX C | 2022.2 exigir nutrientes muito específicos que só podem ser oferecidos através da suplementação. A orientação de um nutricionista tanto para formular uma dieta especializada quanto para a indicação de suplementos é indispensável. Fatores psicossociais com distúrbios gastrointestinais—----------------- Licença médica—----------------------------- A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Portaria GM/MS n° 1.823/ 2012) define princípios diretrizes e as estratégias nas três esferas de gestão do SUS – federal, estadual e municipal, para o desenvolvimento das ações de atenção integral à Saúde do Trabalhador, com ênfase na vigilância, visando a promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores e a redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos. A licença médica nada mais é do que o direito de afastamento do funcionário acometido por doenças que impossibilitem a realização de suas atribuições laborais. Este é um direito garantido Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), com respaldo do INSS, responsável pelo pagamento do chamado auxílio-doença. Tipos de licença médica: Problemas de saúde, Licença-maternidade, Licença-paternidade, Licença médica por acidente em serviço ou doença de trabalho, Aposentadoria por invalidez. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt1823_23_08_2012.html
Compartilhar