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Explicar as alterações no TGI do idoso (principalmente histologia) BOCA ➜ Paladar e olfato afetam o apetite, escolhas alimentares e ingesta nutricional. O cheiro e o gosto preparam o organismo para a digestão, estimulando secreções salivares, gástricas, pancreáticas e intestinais. Tais sensações permitem que sejam discriminadas as características dos alimentos e associadas aos efeitos obtidos após ingestão ➜ Existem cinco sabores básicos: amargo, ácido, salgado, doce e umami. O gosto resulta da associação do sabor com o aroma dos alimentos. ➜ A idade avançada, por si só, é um fator de risco para o surgimento de transtornos do paladar ou anosmia. Nos EUA, 40% dos pacientes que sofrem dessas enfermidades têm mais de 65 anos. ➜ Com o envelhecimento, as mudanças no paladar e no olfato podem causar perda do apetite, escolhas alimentares erradas e desnutrição. O risco é ainda maior se ocorre pouca variabilidade na dieta, situação mais comum em idosos que moram sozinhos. Há elevações dos limiares para gosto e cheiro; redução da sensibilidade para estímulos supralimiares (gostos e odores são sentidos com menor intensidade); diminuição da capacidade discriminatória e sensações distorcidas. Ageusia (perda da gustação); hipogeusia (redução da sensibilidade a estímulos gustativos) e disgeusia (sensações gustativas distorcidas) são comuns em usuários de medicamentos. ➜ Idosos com perda do paladar e desinteresse pela alimentação são prejudicados em suas refeições (momentos de socialização familiar) e perdem oportunidades de estreitamento dos laços intergeracionais. ➜ Mais de 50% dos pacientes apresentam, em algum momento, disfunções do paladar durante o tratamento das neoplasias. A radioterapia e a quimioterapia podem afetar a reparação dos epitélios sensoriais olfatório e gustativo, comprometendo também a integridade anatômica das papilas gustativas. A manutenção de uma higiene oral adequada é importante no paciente em cuidados paliativos, pois influencia diretamente em seu conforto. ➜ Em idosos saudáveis, ocorre somente modesta redução na sensibilidade gustativa, enquanto a textura e a temperatura dos alimentos são percebidas normalmente. A capacidade de detecção declina de maneira diferente para cada sensação. A sensibilidade ao sabor salgado reduz-se, enquanto o sabor doce é percebido normalmente. Tais peculiaridades devem ser consideradas na orientação dietética a hipertensos e nefropatas. ➜ Dificuldades na percepção do gosto podem decorrer de problemas bucais (estomatite e glossite), doenças sistêmicas, alterações do sistema olfatório (rinites, lesões na lâmina crivosa), lesões no sistema nervoso central (acidentes vasculares encefálicos), fármacos, deficiência de zinco ou fatores não esclarecidos (forma idiopática). O uso de medicamentos é o principal fator etiológico nas disfunções do paladar em idosos. ➜ Durante a senescência, diminui o número de botões gustativos na superfície lateral da língua, responsáveis pela detecção dos sabores doce e salgado, em que predominam os botões gustativos centrais que identificam apenas os sabores amargo e azedo. O olfato também tende a diminuir e a combinação das perdas gustativa e olfatória pode promover o desinteresse do idoso pela comida. Há redução do fluxo salivar e da força mastigatória, podendo haver limitação na quantidade e variedade de alimentos a serem ingeridos. ➜ Há, também, a redução, em proporção variável, da secreção salivar, que pode também interferir no processo do paladar e da digestão dos alimentos. Estas alterações são responsáveis, de uma maneira geral, pelo decréscimo da ingestão de cerca de 100 quilocalorias por dia, dos 20 aos 80 anos. Outras alterações não relacionadas diretamente ao envelhecimento, como alterações da dentição, gengi- vites, próteses dentárias inadequadas, lesões da mucosa oral e outras podem afe- tar mais significativamente a ingestão de alimentos e a integridade dos processos orais que o próprio envelhecimento. ➜ No sistema digestivo, a começar pela cavidade bucal, ocorre compressão da gengiva, diminuição das papilas gustativas, redução da salivação e diminuição da ação das enzimas ESÔFAGO ➜ O esôfago é um órgão composto por musculatura estriada em seu terço proximal e lisa em seus ⅔ distais. Uma complexa inervação intrínseca e extrínseca, além de vias neurais e núcleos no SNC, controla sua motilidade, constituída de contrações peristálticas que promovem seu esvaziamento. ➜ Com o envelhecimento, a musculatura lisa pouco se altera, porém ocorre progressiva redução de sua inervação intrínseca. Uma série de alterações da motilidade do esôfago relacionada ao envelhecimento, em grande parte decorrente das alterações de sua inervação, observaram expressivo aumento da frequência de contrações terciárias, presença de aperistalse, distúrbios funcionais do esfíncter inferior do esôfago e contrações não propulsivas seguindo 45% das deglutições, em idosos. Autores denominaram esse conjunto de alterações como “presbiesôfago” ➜ De maneira geral, reconhece-se diminuição da pressão de repouso e alterações da sincronia e magnitude do relaxamento do esfíncter superior do esôfago (pode causar disfagia alta), aumento da incidência de contrações não peristálticas (síncronas e falhas) e manutenção da pressão de repouso do esfíncter inferior do esôfago. Em relação a este, é descrito aumento da frequência de respostas inadequadas à deglutição, com relaxamento incompleto/ausente ➜ A amplitude, duração e velocidade de propagação das ondas de contração esofágicas, quando presentes e normais, não apresentam alterações significativas. ➜ A proporção em que as alterações da motilidade esofágica relacionadas à idade se correlacionam com manifestações clínicas ainda é motivo de controvérsia. Observaram a presença de importantes alterações da motilidade em idosos saudáveis e absolutamente assintomáticos. Em estudo para detecção de refluxo gastresofágico, viram que, apesar de apresentarem o mesmo número de episódios de refluxo que voluntários mais jovens após uma refeição padrão, a duração dos episódios de refluxo, foi maior entre os idosos. ➜ Isso demonstra que, mesmo em pessoas assintomáticas, as alterações da motilidade esofágica relacionadas ao envelhecimento podem reduzir a depuração de materiais deglutidos ou refluídos do estômago. Esse fato tem implicações clínicas importantes, como necessidade de se administrar medicamentos via oral, na posição ortostática e acompanhados de líquido. Outra importante implicação consiste no fato de que materiais ácidos refluídos do estômago permanecem por mais tempo em contato com a mucosa esofágica, com maior potencial de lesão. ➜ Outro importante aspecto é o fato de que a população idosa pode ter o limiar de dor esofágica aumentado ESTÔMAGO ➜ As alterações do estômago relacionadas ao envelhecimento podem levar a pouca sintomatologia. No entanto, essas alterações, se negligenciadas, podem levar a sérias consequências a longo prazo. ➜ A 1ª alteração é a redução do relaxamento receptivo do fundo gástrico à chegada de alimentos. A capacidade de acomodação do alimento, reduz-se, com a ocorrência de saciedade precoce, contribui para anorexia no idoso ➜ Há discreta a moderada elevação do tempo de esvaziamento gástrico, principalmente para líquidos, o que pode alterar, o tempo e o grau de absorção de medicações cuja exposição prolongada ao meio ácido é crítica. ➜ Estudos acerca da secreção ácida do estômago mostram redução da secreção de ácido clorídrico, tanto basal quanto estimulada, provavelmente secundária à redução da quantidade de células parietais, relacionada à idade. Estudos mais recentes consideram essa redução uma manifestação inicial de gastrite atrófica e afirmam que a redução de secreção ácida gástrica não ocorre em idosos plenamente saudáveis. ➜ A secreção basal e estimulada de pepsina também se mostra reduzida com o envelhecimento, independentementeda presença de infecção pelo Helicobacter pylori, gastrite atrófica ou tabagismo. ➜ Produção de fator intrínseco, para a absorção de vitamina B12, também se mostra relativamente reduzida, mas não em níveis capazes de alterar substancialmente a absorção e induzir anemia. Também a absorção do ferro pode estar reduzida pela hipocloridria, o que poderia contribuir para o desenvolvimento de anemia ferropriva, mas não para a sua causa. Portanto, da mesma forma que sintomas esofágicos não devem ser primariamente atribuídos a alterações da motilidade do esôfago, também a anemia não deve ser atribuída, a princípio, a alterações fisiológicas do estômago ➜ A colonização da mucosa gástrica pelo H. pylori aumenta com o avançar da idade. Estudos mostram prevalência dessa colonização de até 75% em faixas etárias avançadas. O significado clínico é pouco compreendido, no entanto, há considerações de que ele possa estar relacionado a condições de incidência idade-relacionadas, como a ocorrência de metaplasia intestinal, atrofia gástrica e neoplasia. ➜ Têm merecido estudos os mecanismos de proteção da mucosa gástrica, pois, com o envelhecimento, aumenta a prevalência de doenças pépticas e sensibilidade a fatores agressores como AINES. Trabalhos mostram alterações da composição do muco protetor da mucosa gástrica, com declínio do bicarbonato, sódio e secreção não parietal. Também tem sido mostrada redução de prostaglandinas na mucosa gástrica, aumentando a suscetibilidade a fatores lesivos. Estudos também evidenciam redução da capacidade regenerativa e proliferativa da mucosa Na mucosa gástrica senil passa a haver predominância das células não parietais, modificação que proporciona diminuição na acidez gástrica. Com isso, cerca de 25% dos idosos desenvolvem acloridria e têm prejuízo na absorção de nutrientes essenciais, tais como a vitamina B12, o ácido fólico, o ácido ascórbico e o ferro. Geralmente, a capacidade de absorção intestinal não se encontra alterada, embora possa haver um declínio no metabolismo e na absorção de cálcio, ferro e carboidratos (especialmente lactose). PÂNCREAS ➜ O pâncreas sofre importantes alterações estruturais com o envelhecimento. O seu peso se reduz de uma média de 60 g para menos de 40 g, na nona década de vida. ➜ Alterações histológicas incluem dilatação do ducto principal, proliferação de epitélio ductal e formação de cistos. Há fibrose e lipoatrofia focal, manifestada, em exames radiológicos, como aumento da densidade do parênquima. ➜ As alterações estruturais do pâncreas se refletem em alterações funcionais consideráveis. Há, assim, redução da capacidade de secreção de tripsina, lipase e bicarbonato. No entanto, essas alterações provavelmente têm significado clínico negligenciável, uma vez que a reserva funcional pancreática é, proporcionalmente, muito elevada, e não há, até hoje, descrição de alterações do processo digestório em razão de alterações da função pancreática relacionadas ao envelhecimento. ➜ Há, ainda, a provável redução da secreção de insulina (já bem demonstrada em roedores), o que explicaria, em adição à redução da sensibilidade periférica a esse hormônio, o aumento da prevalência de diabetes na população idosa. INTESTINO DELGADO ➜ Os estudos acerca de efeitos do envelhecimento sobre o intestino delgado também são escassos, além de apresentarem resultados consideravelmente variáveis. ➜ No que se refere a alterações estruturais, são descritas apenas relativa redução da superfície mucosa, redução das vilosidades intestinais e redução correspondente do fluxo esplâncnico entre 40 e 50%. ➜ O tempo de trânsito intestinal não apresenta alterações significativas com o envelhecimento, conforme demonstram pesquisas utilizando bário ou medidas do hidrogênio no ar expirado. Esse achado não exclui, no entanto, alterações da motilidade e de seus padrões. Alterações da motilidade podem ter importante significado clínico, pois possibilitam a hiperproliferação bacteriana, uma das causas de perda de peso em idosos. ➜ A função absortiva é, aparentemente, pouco alterada para a maioria dos nutrientes, incluindo açúcares e proteínas. Para a avaliação da absorção de carboidratos, o clássico teste da D-xilose pode se mostrar reduzido com o envelhecimento em até 35%; entretanto, a redução da função renal é a responsável por essa alteração, e não a absorção de carboidratos. ➜ A absorção de lipídios envolve uma série de passos complexos, incluindo a formação de emulsão no estômago; a hidrólise de triglicerídios na presença da lipase pancreática; a formação de micelas complexas formadas por ácidos biliares, ácidos graxos e monoglicerídios; a difusão de ácidos graxos através da membrana vilosa; a ressíntese de triglicerídios nas células mucosas; a formação de quilomícrons e o transporte dos quilomícrons para ductos linfáticos. Uma discreta redução na absorção de lipídios, especialmente em situações de sobrecarga, é descrita, e, além de estar relacionada às alterações do pâncreas e da secreção de sais biliares, descritas anteriormente, deve-se, em parte, à redução da capacidade de ressíntese de triglicerídios na célula mucosa. De qualquer forma, essas alterações não se mostram, em nenhum estudo, críticas para a manutenção do estado nutricional. ➜ No entanto, a absorção de alguns nutrientes específicos, incluindo vitamina D, ácido fólico, vitamina B12, cálcio, cobre, zinco, ácidos graxos e colesterol, é reduzida com o envelhecimento. A redução da absorção da vitamina D, associada a outros fatores, contribui para a ocorrência da osteoporose e de outras consequências deletérias da hipovitaminose D que vêm sendo demonstradas recentemente. A absorção de alguns outros nutrientes, incluindo vitamina A e glicose, pode aumentar. Os resultados, entretanto, são controversos, e sua significância clínica, questionável. CÓLON ➜ Os estudos acerca dos efeitos do envelhecimento sobre as alterações estruturais do cólon são, da mesma forma que em relação ao delgado, escassos e controversos. ➜ Três fatos evidentemente idade-relacionados ocorrem no que se refere ao cólon: (1) aumento da prevalência de constipação intestinal; (2) aumento da incidência de neoplasias e (3) aumento da prevalência de doença diverticular. ➜ A ocorrência mais frequente de constipação intestinal entre os idosos pode ser explicada por uma série de fatores extrínsecos ao cólon, como o sedentarismo, a redução na ingestão de fibras e de líquidos, as alterações hormonais e, em mulheres, a histerectomia e as alterações do assoalho pélvico. O tempo de trânsito colônico se mostrou aumentado em diversos estudos, mas inalterado em outros. Uma possível causa para distúrbios do trânsito seria a redução dos neurônios do plexo mioentérico associada ao envelhecimento. No entanto, pouco é conhecido sobre a regulação do trânsito colônico em idosos e eventuais modificações desta em relação a faixas etárias mais jovens. ➜ O aumento da prevalência de doença diverticular está relacionado a alterações morfológicas e biomecânicas do cólon, com o comprometimento da resistência da parede colônica a pressões intraluminais elevadas. A presença de colágeno e elastina submucosos confere distensibilidade ao cólon; alterações nesses elementos, com maior agregação e acumulação de colágeno e degeneração da fibrina podem causar menor distensibilidade e menor resistência. Por outro lado, devido a alterações no plexo mioentérico, passam a predominar os movimentos de segmentação em relação aos de progressão do bolo alimentar, criando-se câmaras de alta pressão intraluminal. Não se pode desconsiderar, todavia, que as alterações aqui mencionadas não explicam integralmente a formação de divertículos e que dietas pobres em fibra, além de outros fatores extrínsecos, também apresentam importante papel para a sua patogênese. ➜ A maior incidência de neoplasias também é explicada por diversas teorias,provavelmente complementares. Elas incluem a exposição da mucosa colônica, por período prolongado, a agentes carcinogênicos, hiperproliferação das células crípticas e, conforme estudos recentes vêm confirmando, o aumento da suscetibilidade da mucosa colônica, com o envelhecimento, à transformação maligna. RETO E ÂNUS ➜ A prevalência de incontinência fecal aumenta claramente com o envelhecimento, com consequências pessoais e sociais importantes. ➜ Diversos mecanismos extrínsecos contribuem para a ocorrência de incontinência, como déficit cognitivo, impactação fecal, acidentes vasculares cerebrais, neuropatia diabética. No entanto, algumas alterações intrínsecas ao envelhecimento reconhecidamente contribuem para esse fenômeno. ➜ Alterações da musculatura do esfíncter exterior, com espessamento e alterações estruturais do tecido colágeno e redução da força muscular, diminuem a capacidade de retenção fecal voluntária. A isso se acrescem alterações na automaticidade muscular esquelética, explicadas, em parte, pela lesão mecânica crônica dos nervos pudendos. ➜ Alterações da elasticidade retal e da sensibilidade à sua distensão foram descritas em alguns estudos, mas não confirmadas por outros. ➜ É importante, na análise de dados a esse respeito, considerar importantes diferenças entre o homem e a mulher nos parâmetros manométricos anorretais. Justificar sinais e sintomas e relacionar com a falta de ferro e B12 (relacionar com os fármacos) ➜ Na senescência, a regulação alimentar depende também de alterações endócrinas encontradas durante o envelhecimento, particularmente, associadas aos hormônios insulina, leptina e adiponectina. ➜ Em idosos, por exemplo, a sensibilidade à ação da insulina está reduzida, podendo-se constatar, com frequência, estados de hiperinsulinemia e de diminuição na tolerância à glicose. Essa observada resistência insulínica encontra- se, pelo menos parcialmente, relacionada com a diminuição da proteína carreadora de glicose (GLUT 4) no tecido muscular. ➜ Com o aumento da idade há diminuição das concentrações séricas de leptina, um hormônio que promove diminuição do apetite e é produzido pelo tecido adiposo de modo proporcional à massa de gordura corporal existente no organismo que, como comentado anteriormente, diminui na senescência. ➜ É conhecido que a adiponectina é um hormônio proteico secretado pelos adipócitos, que produz redução na resistência insulínica, apresenta propriedades anti-inflamatórias e diminui o risco aterogênico. Contudo, seus índices de secreção são inversamente proporcionais à quantidade de gordura visceral abdominal, a qual, como já dito, aumenta com a idade. Portanto, em idosos há diminuição das concentrações séricas de adiponectina. PERDA DE PESO E NÃO SENTE O SABOR E SE ALIMENTA POUCO Discutir a importância do aconselhamento nutricional ➜ Tornar o ambiente da cozinha e o local de refeições mais adequado e agradável para conferir maior conforto, segurança e autonomia no dia-a-dia das pessoas idosas é uma medida que tem impacto positivo na auto-estima, no preparo das refeições e no estabelecimento do prazer à mesa. ➜ Planejar as refeições e utilizar medidas corretas durante o preparo dos alimentos pode contribuir para a satisfação com a alimentação, evitando riscos de acidentes e danos à saúde, principalmente para quem já se encontra em idade mais avançada, e, ao mesmo tempo, permite atender aos princípios de uma alimentação saudável ➜ Assegurar a participação da pessoa idosa no planejamento da alimentação diária e no preparo das refeições possibilita o maior envolvimento com a alimentação. Assim, cria-se uma condição propícia para discutir a necessidade de eventuais mudanças nos procedimentos associados à compra, ao armazenamento, à higiene pessoal e ao preparo dos alimentos a fim de facilitar o seu dia-a-dia e favorecer uma alimentação segura ➜ A maioria dessas medidas não requer investimento financeiro, depende mais da disposição das pessoas em realizar algumas mudanças que podem fazer a diferença para toda a família ou para os moradores de uma instituição de longa permanência. Por exemplo: otimizar os recursos existentes como móveis, utensílios de mesa e de cozinha, elementos de decoração, dentro de um planejamento adequado da alimentação para a pessoa idosa ➜ A atenção a essas medidas visa deixar a pessoa idosa mais disposta para alimentar-se com prazer: 1) Fazer as refeições em local agradável 2) Incentivar a higienização das mãos antes das refeições 3) Distribuir a alimentação diária em cinco ou seis refeições 4) Estimular o entrosamento social nos horários das refeições 5) Desestimular o uso de sal e açúcar à mesa 6) Orientar a pessoa idosa a comer devagar, mastigando bem os alimentos 7) Cuidar bem da saúde bucal, favorecendo o prazer à mesa 8) Estimular a busca e o consumo da água entre as refeições 9) Estar atento à temperatura de consumo dos alimentos 10) Saborear refeições saudáveis ➜ Vamos apresentar para você os DEZ PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA PESSOAS IDOSAS, que são orientações práticas sobre alimentação saudável. Algumas orientações falam de porções de alimentos. Ao final do texto dos Dez Passos, você encontrará tabelas com os diferentes grupos de alimentos e o tamanho das porções recomendadas para o consumo diário. Caso tenha dúvidas, peça ajuda para um profissional de saúde. 1º PASSO: FAÇA PELO MENOS 3 REFEIÇÕES (CAFÉ DA MANHÃ, ALMOÇO E JANTAR) E 2 LANCHES SAUDÁVEIS POR DIA. NÃO PULE AS REFEIÇÕES! 2º PASSO: INCLUA DIARIAMENTE SEIS PORÇÕES DO GRUPO DOS CEREAIS (ARROZ, MILHO, TRIGO, PÃES E MASSAS), TUBÉRCULOS COMO A BATATA, RAÍZES COMO MANDIOCA/ MACAXEIRA/ AIPIM, NAS REFEIÇÕES. DÊ PREFERÊNCIA AOS GRÃOS INTEGRAIS E AOS ALIMENTOS NA SUA FORMA MAIS NATURAL. 3º PASSO: COMA DIARIAMENTE PELO MENOS TRÊS PORÇÕES DE LEGUMES E VERDURAS COMO PARTE DAS REFEIÇÕES E TRÊS PORÇÕES OU MAIS DE FRUTAS NAS SOBREMESAS E LANCHES. 4º PASSO: COMA FEIJÃO COM ARROZ TODOS OS DIAS OU, PELO MENOS, CINCO VEZES POR SEMANA. ESSE PRATO BRASILEIRO É UMA COMBINAÇÃO COMPLETA DE PROTEÍNAS E BOM PARA A SAÚDE 5º PASSO: CONSUMA DIARIAMENTE TRÊS PORÇÕES DE LEITE E DERIVADOS E UMA PORÇÃO DE CARNES, AVES, PEIXES OU OVOS. RETIRAR A GORDURA APARENTE DAS CARNES E A PELE DAS AVES ANTES DA PREPARAÇÃO TORNA ESSES ALIMENTOS MAIS SAUDÁVEIS! 6º PASSO: CONSUMA, NO MÁXIMO, UMA PORÇÃO POR DIA DE ÓLEOS VEGETAIS, AZEITE, MANTEIGA/MARGARINA 7º PASSO: EVITE REFRIGERANTES E SUCOS INDUSTRIALIZADOS, BOLOS, BISCOITOS, SOBREMESAS DOCES E OUTRAS GULOSEIMAS COMO REGRA DA ALIMENTAÇÃO. COMA-OS, NO MÁXIMO, DUAS VEZES POR SEMANA. 8º PASSO: DIMINUA A QUANTIDADE DE SAL NA COMIDA E RETIRE O SALEIRO DA MESA. 9º PASSO: BEBA PELO MENOS 2 LITROS DE ÁGUA/DIA. DÊ PREFERÊNCIA À ÁGUA NOS INTERVALOS DE REFEIÇÕES 10° PASSO: TORNE SUA VIDA MAIS SAUDÁVEL. PRATIQUE PELO MENOS 30 MINUTOS DE ATIVIDADE FÍSICA TODOS OS DIAS E EVITE AS BEBIDAS ALCOÓLICAS E O FUMO.
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