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Herpesvirus eqüino Doenças respiratórias eqüinas Mormo Anemia infecciosa eqüina Prof. Fernanda Maris PLANO DE ENSINO Doenças infecciosas em cães e gatos. Doenças infecciosas em suínos. Doenças infecciosas em equinos. Doenças infecciosas em ruminantes. Doenças zoonóticas. Clostridiose e mycobateriose. Diarreia por enterobactérias. Doenças fúngicas infecciosas. Doenças virais infecciosas. PLANO DE ENSINO Avaliações: A1= 5,0. A2= 5,0 - Avaliação parcial I - (A2-1) = 2,5. NÃO TEM SUBTITUTIVA! - Seminário – 2,5. Avaliação final (AF) = 0 a 5,0. BIBLIOGRAFIA Uso de vestimentas de acordo com à orientação da disciplina (por ex: jaleco de manga longa, pijamas cirúrgico completo, macacão etc.. ). Sempre sapato fechado. Cabelos presos, unhas curtas, barbas aparadas e sem adornos grandes (brincos, relógios e anéis etc...). Máscara e luvas. É PROIBIDO comer e beber nas dependências do laboratório. É terminantemente PROIBIDO O USO DE CELULAR e quaisquer aparelhos eletrônicos. O desrespeito / má conduta com qualquer animal/ material biológico não será tolerado. A punição será suportada por todos os alunos presentes no momento da má conduta. Essas regras são inegociáveis. Regras Gerais para uso dos Laboratórios Multidisciplinares HERPES VÍRUS EQUINO HERPESVÍRUS EQUINO o herpesvírus: ■EHV-1, EHV-2 , EHV-3 , EHV-4 e EHV-5 → tem como hospedeiro o cavalo o ■AHV-3 , AHV-1 → hospedeiros asininos o Está associado a abortos, mortalidade perinatal, doença respiratória e neurológica HERPESVÍRUS EQUINO o EHV-1 e EHV-4 o Endêmicos na população mundial de equinos o Problemas respiratórios, neurológicos e reprodutivos. o Longo período de latência → vírus reativado e nova transmissão o Contato direto com aerossóis, corrimentos nasais ou oculares, restos fetais HERPESVÍRUS EQUINO o EHV-1 o Causa abortos no terço final da gestação o Éguas podem apresentar-se saudáveis em outros partos o SINAIS CLÍNICOS o Animais jovens mais susceptíveis o Febre o Depressão/ letargia o Anorexia o Tosse o Secreção nasal e ocular → serosa a mucopurulenta o Linfadenopatia EHV-1 – MIELOENCEFALOPATIA VIRAL EQUINA Início rápido – semelhante AVC – 6 a 10 dias após a infecção e atinge maior gravidade em 48 horas → vasculite imunomediada que leva à inflamação do SNC e redução do aporte sanguíneo o Prejuízo nas trocas metabólicas, hipóxia, degeneração e necrose (malácia) e hemorragia nos tecidos neurais EHV-1 – MIELOENCEFALOPATIA VIRAL EQUINA o Ataxia e paresia o Hipotonia da cauda e ânus o Incontinência urinária o Incoordenação / arrastar pinça o Hipertermia o Complicações como cistite e cólica → distenção da bexiga o Machos → flacidez peniana / fêmeas → flacidez vulvar o Convulsões Diagnóstico o Sinais clínicos (início súbito dos sinais, acometimento de vários animais) o Hemograma → anemia e linfopenia no estágio inicial o Bioquímico → azotemia e hiperbilirrubinemia (desidratação/ anorexia) o Análise LCR → aumento na [ ] de protéinas → vasculite e extravasamento de ppt o Sorologia o Fixação do complemento e ELISA o PADRÃO-OURO → PCR TRATAMENTO o Terapia suporte → nutrição, hidratação e redução inflamação SNC o Laxantes (óleo mineral) → evitar compactações o Esvaziamento da bexiga/ampola retal o Flunixin meglumine (1,1mg;kg/BID) → vasculites o Corticóides → vasculite, hemorragia e edema o DMSO (0,5 a 1g/kg IV, solução 10% em glicose 5% 1x/dia/3 dias) o Terapia antimicrobiana na prevenção de infecções secundárias (sulfonamidas/ceftiofur) Garrotilho – agente etiológico Streptococcus equi subespécie equi Antígeno M Função antifagocitária dos leucócitos Garrotilho – agente etiológico Fatores de virulência Proteína M Cápsula de ác. hialurônico Leucotoxina Destrói fagócitos e aumenta taxa de sobrevivência intracelular Garrotilho Sinonímia Gurma Adenite equina “Strangles” “Equine Distemper” Chama-se garrotilho pelo aumento dos linfonodos no pescoço e cabeça, com isso, começa a ter um garrote na região. Garrotilho Infecção grave e purulenta do trato respiratório superior e linfonodos locais Potencial zoonótico S. equi isolado de homem com septicemia após consumo de queijo contaminado Garrotilho • enfermidade infecto-contagiosa aguda • doença específica de equídeos que acomete o sistema respiratório superior. • Súbito surgimento de febre e catarro (catarro mucopurulento). • Abscedação de linfonodos submandibulares e retrofaríngeos. • importante diferenciar de outras doenças, como influenza equina e bronquite. Garrotilho - importância Uma das doenças de equinos + importantes • Mortes • Prejuízo comercial • Longo tratamento • Aparência desagradável dos corrimentos e abscessos Garrotilho - epidemiologia • épocas frias são mais comuns. • Equinos de todas as idades • 6 meses a 5 anos de idade maior predisposição • animais que já tiveram o contato imunidade Grande morbidade – 100%. Baixa mortalidade – 2 a 3% Garrotilho - epidemiologia • épocas frias são mais comuns. • Equinos de todas as idades • 6 meses a 5 anos de idade maior predisposição • animais que já tiveram o contato imunidade Grande morbidade – 100%. Baixa mortalidade – 2 a 3% FATORES PREDISPONENTES • Fatores estressantes IMUNIDADE • Alterações climáticas. • Desmama: é um fator estressante para a égua e para o potro. • Transporte prolongado. • Treinamento intensivo. • Superlotação nas instalações: pois a transmissão é via aerossóis. • Viroses e parasitoses. • Nutrição inadequada • Doenças secundárias TRANSMISSÃO Mucosa nasal e oral: Contato direto entre animais sadios e contaminados. Indireto tratadores e fômites contaminados. A infecção pode ser transmitida às éguas pelos potros lactentes mastite purulenta Sobrevivência no ambiente Até 2 meses Streptococcus equi pode sobreviver no cocho d´água por 3-4 semanas FONTE DE INFECÇÃO S. equi CÉLULAS EPITELIAIS das MUCOSAS ORAL E NASOFARINGE LINFONODOS SUBMANDIBULARES E RETROFARÍNGEOS O U T R O S Ó R G Ã O S Invasão de mucosa Drenagem linfática Rápida multiplicação Aumento e AbcedaçãoGarrotilho bastardo Patogênese http://images.google.com/imgres?imgurl=www.microbiologia.com.ar/galeria/streptococcus01.jpg&imgrefurl=http://www.microbiologia.com.ar/galeria/sbh-me.html&h=400&w=645&prev=/images?q=Streptococcus&start=80&svnum=10&hl=es&sa=N&as_qdr=all SINAIS CLÍNICOS Aumento dos linfonodos submandibulares. Edemaciados, quentes, firmes e doloridos. flutuantes – fistulação. Corrimento nasal seroso – mucopurolento. Tosse e espirros expulsam o pus nasal. Febre: 40 – 41°C. Anorexia. Inapetência. Dificuldade respiratório e de deglutição. Cabeça em extensão Garrotilho por Streptococcus equi Período de incubação: 3 – 7 dias SINAIS CLÍNICOS Inflamação dos linfonodos retrofaríngeos • Possível obstrução da oro- e naso-faringe • Dispnéia e disfagia • Morte (casos graves) SINAIS CLÍNICOS Muares (burros /bardotos) • Doença lenta e debilitante • Aumento característico dos linfonodos abdominais, calcificação e caseificação COMPLICAÇÕES Linfadenopatia caseosa com rinite e faringite Pneumonia e infecção metastática em casos graves COMPLICAÇÕES 20% dos casos Broncopneumonia necrótica supurativa Complicação fatal + comum Garrotilho por Streptococcus equi COMPLICAÇÕES Linfadenopatia retrofaríngea Garrotilho por Streptococcus equi Linfonodo retrofaríngeo inflamado COMPLICAÇÕES Empiema da bolsa gutural (7%) Garrotilho por Streptococcus equi BOLSA GUTURAL NORMAL Empiema da bolsa gutural Neurite com disfunção faríngea e laríngea Disfagia COMPLICAÇÕES Hemiplegia laríngea Lesão no nervo laríngeo recorrente esquerdo COMPLICAÇÕES Pulmões Lnn. mesentéricos Fígado Baço Rins Cérebro Válvulas cardíacas Olhos Articulações e bainhas tendinosas Perda de peso crônica e morte súbita * *Mais comuns Garrotilho bastardo Abscesso Cerebral COMPLICAÇÕES COMPLICAÇÕES Púrpura Hemorrágica Fase de convalescença Imunomediada Deposição de imunocomplexos com IgA e proteína M na parede dos vasos, com consequente necrose. Extravasamento de sangue e plasma. COMPLICAÇÕES Púrpura Hemorrágica • Edema SC e hemorragias do tipo petéquias e sufusões em pele, mucosas e vísceras. Vulva e gengiva. • Cabeça, tronco e membros. • Laminite. Púrpura hemorrágica - síndrome levando a edema em membros, escroto, cabeça e abdômen. COMPLICAÇÕES Púrpura Hemorrágica Taquicardia e taquipnéia Fatal: Intenso acúmulo de líquido periférico e dispnéia. Infecões secundárias. Dx: Biópsia da pele DIAGNÓSTICO • Clínico aumento volume linfonodos • Laboratorial • Hemograma Anemia e Leucocitose com neutrofilia • Cultura do S. equi dos corrimentos nasais e abscesos • PCR • ELISA DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Doenças infecciosas do trato respiratório superior Pneumonia pleuropneumonia associada ao transporte ou outros estresses Perda de peso crônica AIE, parasitose, má nutrição Neoplasia Carcinoma gástrico das céls. escamosas, linfossarcoma do trato alimentar e enterite granulomatosa. TRATAMENTO • Antibiótico: Penicilina Benzatina 20000 – 40000 UI/Kg – IM – a cada 72 hrs • Inalações úmidas contendo mucolítico para eliminar todo o catarro e não eliminar para o ambiente • Maturação dos gânglios linfáticos acometidos com base de pomadas a base de Salicilato de metila e compressa quente. • Drenagem de abscessos e aplicação de solução de iodo TRATAMENTO Empiema de bolsa gutural • Drenagem cirúrgica • Lavagens repetidas TRATAMENTO Púrpura Hemorrágica • Dexametasona (0,05-0,2 mg/kg IV ou IM SID) e penicilina. • Tx de suporte CONTROLE E PROFILAXIA • Isolamento e quarentena dos casos e das novas admissões à propriedade (4-5 SEMANAS) • Medidas de biossegurança CONTROLE E PROFILAXIA Vacinação vacinação dos potros com 3 – 4 doses. • 8 – 12 semanas de vida. • 11 – 15 semanas de vida. • 14 – 18 semanas de vida • 6 – 8 meses: desmame CONTROLE E PROFILAXIA Vacinação • > 1 ano duas vezes/ano quando o risco de infecção for grave. • Fêmeas prenhes: 2 vezes ao ano 4 – 6 sem. antes do parto. • Animais vacinados apresentam a forma menos agressiva da doença. • Passado o surto epidêmico ou cura da doença todos apresentam imunidade. • Imunidade vitalícia: reforço pela permanência do agente no ambiente e no indivíduo. • Éguas imunes: imunidade passiva pelo colostro por até 3 meses Vacina na Mucosa do Lábio Superior Vacina atenuada na mucosa do lábio superior Parece eficaz e desprovida de efeitos secundários. Exceção: Reação local. MORMO HISTÓRICO - MORMO Uma das doenças mais antigas dos equídeos, sendo conhecida por Aristóteles e Hipócrates no séc. III e IV a..C. 1811: primeiro relato no Brasil -> NORDESTE. 1860: disseminação na América do Norte (Guerra Civil). 1882: isolamento do agente etiológico. 1890: Teste da Maleína (B. mallei). 1968: casos de Mormo em Pernambuco. 1988: MAPA – doença extinta no Brasil, por conta disso, a doença começou a ser negligenciada e surgiu novamente em 1999. 1999: diagnósticos positivos em Pernambuco e Alagoas, Ceará e Sergipe. https://www.canalrural.com.br/noticias/apos-suspeita-mormo-mais-mil-cavalos- seguem-isolados-parque-exposicoes-avare-29973/ Considerações em saúde pública • Diagnóstico diferencial febre tifoide, tuberculose e sífilis) • Transmissão direta • Via cutânea • Animais infectados/ material laboratorial • Patogenia • Supuração local, linfadenopatia, febre, letargia, abscessos (subcutânea, fígado, baço, pulmão e músculos) • Tratamento • Imipenem e doxiciclina (6 meses) • 95% mortalidade – forma aguda (3 semanas) ETIOLOGIA Burkholderia mallei EPIDEMIOLOGIA - MORMO TRANSMISSÃO - MORMO PATOGENIA - MORMO SINAIS CLÍNICOS Forma aguda (pulmonar e nasal) Forma crônica (cutânea) Febre, tosse, anorexia, emagrecimento, secreção nasal, nódulos cutâneos e linfonodos infartados e supurados. SINAIS CLÍNICOS Forma nasal • Febre de 42°C. • Fraqueza e prostração. • Apatia e anorexia. • Aparecimento de pústulas na mucosa nasal – úlceras. • Descarga nasal purulenta sanguinolenta. • Espirros e secreção serosa. podendo em alguns casos evoluir para sanguinolenta, apresenta-se de forma uni ou bilateral, igual a descarga nasal. • O animal diminui o seu desempenho se for um animal de prova SINAIS CLÍNICOS Forma respiratória • Pneumonia crônica. • Tosse. • Epistaxe: sangramento nasal (sangue vivo) • Dispneia. • Sinusite. • Nódulos no pulmão que dificultam a respiração, dispneia acentuada. • Fígado e baço também apresentarão nódulos SINAIS CLÍNICOS Forma cutânea • Presença de nódulos subcutâneos – região interna dos membros. • Pústulas. • Gânglios linfáticos aumentados e sensíveis (colar de pérolas). • Abscessos hepáticos. • Abscessos esplênicos. • Miosite piogranulomatosa Granulomas e úlceras (lesões em estrela) em septo nasal de cavalo com mormo (SELLON; LONG, 2007) DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO Diagnóstico diferencial - amiloidose nasal - Streptococcus sp. (Garrotilho) - Rhodococcus equi - Mannheimia sp. - Pasteurella sp. DIAGNÓSTICO OFICIAL (MAPA: PSE: - IN Nº17, 2008) Fixação de Complemento SORO Confirmatório Teste da Maleína DIAGNÓSTICO Teste da Maleína - Realizada a campo por MV oficial - Pálpebra inferior – via intradérmica (0,1 ml) - Leitura após 48 horas - POSITIVO: - Edema palpebral - Blefaroespasmos - Conjuntivite purulenta EXISTE TRATAMENTO?? Tratamento não eficaz Portadores crônicos INs 24 (2004) INs 17 (2008)- PNSE INs 50 (2013) INs 14 (2013) Resolução SAA (2013) Notificação imediata à Defesa Sanitária; Isolamento da área e animais suspeitos; Abate sanitário dos positivos; Desinfecção das instalações e utensílios; Bloqueio do trânsito animal na propriedade. MEDIDAS SANITÁRIAS CONTROLE E PROFILAXIA Anemia Infecciosa Equina AIE - etiologia_______________________ AIE - etiologia_______________________ AIE_______________________ Inativado por: • Desinfetantes comuns com detergentes • Hidróxido de sódio • Clorexidina • 56ºC por 30 min. Se mantém infeccioso: • À 25ºC por 96h em agulhas hipodérmicas • Estável em pH 6,0 a 9,0; • Resistente a irradiações, luz ultravioleta AIE_______________________ AIE _______________________ Período de incubação: 7 a 21 dias AIE - patogenia_______________________ AIE – sinais clínicos_______________________ AIE – sinais clínicos_______________________ Petéquias na mucosa Edema – Godet + AIE – sinais clínicos_______________________ Imunodifusão em ágar gel AIE – diagnóstico_______________________ Exame solicitado sempre pelo M.V. • Coleta de sangue em tudo sem EDTA • Envio do soro: mín. 2ml • Tubos identificados acompanhados de requisição oficial – resenha • Caixa isotérmica com gelo reciclável AIE – diagnóstico_______________________ Resultado negativo: Laboratório envia ao M.V. responsável ou ao proprietário; Resultado positivo: Enviado ao Serviço de Sanidade Animal do Estado; AIE – diagnóstico_______________________ Contraprova facultada: prazo máx. 8 dias AIE – prognóstico_______________________ AIE – controle e profilaxia_______________________ AIE – controle e profilaxia_______________________ Regulamentada pelo MAPA (IN45 – 2004) Obrigatória realização de exame para transporte interestadual e participação de eventos com aglomeração de animais Laboratórios credenciados Exame válido por 60 dias (à contar da data de coleta) Exame realizado dentro de 72h AIE – controle e profilaxia_______________________Atenção para normativas em outros Estados ou países!!!! Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos – PNSE Programa Estadual de Controle da Anemia Infecciosa Equina (AIE) Estudo epidemiológico Programa de prevenção adequada à realidade do Pantanal Monitoramento periódico Diagnóstico inicial Separação e manejo adequado (+) Potros negativos a partir de fêmeas positivas 42,7% ZERO 3 anos Atenção para normativas em outros Estados ou países!!!!
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