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FACULDADE UNA DIVINÓPOLIS 
CURSO DE DIREITO
PATRICK AFONSO SILVA RIBEIRO
A PORNOGRAFIA INFANTIL E DIREITO CRIMINAL BRASILEIRO: CIBERCRIMES E SUA RESPECTIVA CARACTERIZAÇÃO NO ORDENAMENTO JURIDICO-PENAL
DIVINÓPOLIS/MG
2022
Patrick Afonso Silva Ribeiro
 
A PORNOGRAFIA INFANTIL E DIREITO CRIMINAL BRASILEIRO: CIBERCRIMES E SUA RESPECTIVA CARACTERIZAÇÃO NO ORDENAMENTO JURIDICO-PENAL
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Direito da Faculdade UNA Divinópolis -, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel. 
Orientador: Prof. Me. Ronaldo Galvão.
DIVINÓPOLIS/MG
2022
SUMÁRIO
RESUMO ...................................................................................................................... 4
INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 5
METODOLOGIA .......................................................................................................... 6
DESENVOLVIMENTO
1. CIBERCRIMES .............................................................................................. 7 - 8
2. PEDOFILIA .................................................................................................. 9 - 10
3. PORNOGRAFIA INFANTIL ....................................................................... 11 - 12
4. APLICAÇÃO DE LEIS: 
· CÓDIGO PENAL ................................................................................................ 13 
· ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE .......................................... 14
CONCLUSÃO ..................................................................................................... 15 - 16
REFERÊNCIAS ................................................................................................... 17 - 18
RESUMO 
O surgimento e evolução do meio virtual trouxe inúmeros benefícios, porém, em contrapartida, novos crimes também foram fomentados por meio da internet. O presente artigo tende a abordar, especificamente, um destes delitos: a pornografia como cibercrime, considerando a crescente apropriação, comercialização e compartilhamento de fotos e vídeos pornográficos do público infanto-juvenil. Desse modo é importante analisar e identificar os obstáculos existentes, a fim de promover um cerceamento efetivo a essas práticas delituosas e garantir a segurança no meio virtual, assim como a integridade dos bens jurídicos de crianças e adolescentes, defendidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, cuja sigla é ECA.
Palavras-chave: Pornografia infantil.  Estatuto da Criança e do Adolescente. Cibercrimes. Direito.
ABSTRACT
The emergence and evolution of the virtual environment has brought numerous benefits, however, on the other hand, new crimes have also been fostered through the internet. This article tends to specifically address one of these crimes: pornography as a cybercrime, considering the growing appropriation, commercialization and sharing of pornographic photos and videos by children and young people. In this way, it is important to analyze and identify the existing obstacles, in order to promote an effective repression of these criminal practices and guarantee safety in the virtual environment, as well as the integrity of the legal interests of children and adolescents, defended by the Statute of the Child and Adolescent, whose acronym is ECA.
Keywords: Child pornography. Child and Adolescent Statute. cybercrimes. Right.
INTRODUÇÃO
Com o crescimento e o avanço tecnológico ao logo dos tempos, o acesso à internet se tornou rápido e fácil. Esta, que está completamente presente no cotidiano da população, principalmente na rotina das crianças da geração do século XXI, que já nascem inseridas neste contexto, arraigadas e envolvidas no núcleo do avanço virtual, como usuários em potencial.
Considerando que pessoas de todas as partes do globo se comunicam e trocam informações indiscriminadas, cabe refletir sobre os impactos dessa interatividade às crianças e adolescentes, visto que ao lado das potencialidades informacionais também se acentua o índice de cibercriminalidade, sobretudo de pedofilia e pornografia infantil no âmbito da Internet.
A nova era virtual torna real o direito à informação, entretanto, esse ambiente precisa também ser seguro. É necessário que nele proteja-se o direito à confidencialidade das informações pessoais e o direito à proteção contra o vírus, o estelionato eletrônico e a pedofilia. Esses direitos, são prezados tanto quanto a liberdade, também sendo aplicados virtualmente. 
Nessa senda, atenta-se para o desafio de conciliar um ambiente sem controles, necessário para exercício da liberdade de expressão e de informação, com a proteção dos menores de idade. 
No Brasil, existem redes de violência sexual, dadas como situações análogas a pedofilia, espalhadas por todo o país. Nos últimos anos, a quantidade de casos relacionados ao armazenamento ou à divulgação de material com pornografia infanto-juvenil no território nacional, mais que dobraram. A prática desse crime está tipificada no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e no Código Penal, assim como também na Convenção dos Direitos da Criança da ONU, de 1989. É necessário acrescentar, ainda, que o envolvimento de autoridades em tais acontecimentos, também se tornou um dado chamativo. Vale registrar que o aumento da criminalidade expõe números alarmantes, demonstrando, sobretudo a falta de efetividade das normas e a ausência de estrutura do Estado para fiscalizar e prevenir delitos. 
O estudo desenvolvido tende-se a demonstrar os danos causados na sociedade pela pornografia infantil, assim como retratar a conduta do direito penal brasileiro relacionado a este cibercrime.
METODOLOGIA
A metodologia utilizada na pesquisa é a bibliográfica, de caráter qualitativo, tendo em vista um levantamento de dados mediante artigos científicos, documentos e legislação sobre o tema proposto, com a finalidade de se desenvolver uma análise crítica fundamentada. Assim, esse estudo investigativo busca analisar e debater questões que se entrelaçam na atuação penal no combate à pornografia infantil no Brasil inserido no meio dos impactos dos crimes virtuais. Dessa maneira, o trabalho proposto utilizará de análise de dados através do método dedutivo, buscando primeiramente analisar as fontes de pesquisa que versem sobre o tema a ser analisado. Pesquisa bibliográfica, do tipo de compilação de dados (coleta de dados) com análise de materiais já publicados, constituído de artigos de periódicos e legislação vigente, buscando explicar a ocorrência de fenômenos particulares. Esse aporte metodológico resultou na divisão do artigo em três partes, assim compreendidas: primeiramente, traçou-se um panorama sobre as ambivalências do ciberespaço, compreendendo suas as potencialidades e riscos; posteriormente evidenciou-se a questão de crianças e adolescentes internautas serem utilizadas como alvo da criminalidade online, sobretudo vítimas da pedofilia e a pornografia na Internet; por fim, enfatizam-se as (in)suficiências da proteção integral diante da nova criminalidade sexual online.
O exercício metódico da dedução parte de enunciados gerais (leis universais) que supostos constituem as premissas do pensamento racional e deduzidas chegam a conclusões. O exercício do pensamento, conforme Lakatos e Marconi (op.cit, 2000, p. 75) pela razão cria uma operação na qual são formuladas premissas e as regras de conclusão que se denominam demonstração.
1. CIBERCRIME:
	A internet é, sem dúvidas, a maior revolução tecnológica do último século. Criada no contexto sociopolítico da Guerra Fria, ela deu início à revolução informática que mais tarde se estenderia para outras partes do mundo. Atingindo proporções inimagináveis, tornou-se um fenômeno mundial de informação, entretenimento, comunicação, reestruturação do mundo do trabalho e do lazer. As potencialidades da Internet otimizamas ações cotidianas e possibilitam um processo de interação e comunicação constante, fato que se destaca em larga expansão no Brasil.
	Entretanto, é necessário notar que esta mesma interatividade também desperta preocupações, sobretudo no que se refere à crescente criminalidade que também se beneficia do ciberespaço. Nesse sentido, a Internet pode ser analisada sob essa mesma dualidade, visto que não desenvolve somente oportunidades, mas também perigos, como os chamados crimes virtuais, ou, popularmente, cibercrimes.
“Crime virtual ou crime digital pode ser definido como sendo termos utilizados para se referir a toda a atividade onde um computador ou uma rede de computadores são utilizados como uma ferramenta, uma base de ataque ou como meio de crime. Infelizmente, esta prática tem crescido muito já que esses criminosos virtuais têm a errada impressão que o anonimato é possível na Web e que a Internet é um “mundo sem lei (BRASIL, p.23, 2008)”.
Dito dos novos crimes praticados no campo virtual, o Direito percebeu a necessidade de se moldar a esta nova realidade, se fazendo essencial a regulamentação da tecnologia, para que as relações evoluam e passem a ser desenvolvidas em ambiente virtual. Assim, no que se diz as ações relacionadas ao novo meio de comunicação, que têm o propósito de produzir, oferecer, distribuir, vender ou difundir dispositivo ou programa de computador com o intuito de permitir a prática da conduta criminosa citada, como previsto no § 1º do Art. 154-A do Código Penal Brasileiro, como por exemplo os crimes contra a honra (arts.138 a 140), falsificação de documentos públicos (art. 297), inserção de dados falsos (art. 313-A), estelionato (art. 171), atos estes que se destacam como os mais praticados no meio em questão, regulamentadas pelos artigos subsequentes. 
 Segundo o Mestre em Direitos Fundamentais, Dario José Kist (2018, p.102):
“A síntese de tudo é que, no estado atual da matéria, não existe solução consensuada sobre a identificação da jurisdição penal competente para os casos em que o cibercrime manifesta-se a distância ou em trânsito. Além disso, é previsível que não será tarefa fácil essa definição, a demandar muito estudo, pesquisa, análise e negociação entre os países. Mas, ao mesmo tempo, é um caminho que necessariamente deverá ser trilhado para enfrentar essa que é uma das muitas causas da impunidade no campo da cibercriminalidade.”
Ainda sobre os cibercrimes, os autores Manuel Lopes Rocha (2000, p. 318) e Ivette Senise Ferreira (2005, p. 261) conceituam os tais como aqueles que têm por instrumento ou por objeto de processamento eletrônico de dados, apresentando-se em múltiplas modalidades de execução e de lesão de bens jurídicos. Atos dirigidos contra um sistema de informática, tendo como subespécies atos contra o computador e atos contra os dados ou programas de computador. Atos cometidos por intermédio de um sistema de informática e dentro deles incluídos infrações contra o patrimônio; as infrações contra a liberdade individual e as infrações contra a propriedade imaterial, _sendo os dois últimos delitos que se relacionam à um outro extremamente delicado: a pornografia infantil.
Com amplo crescimento nos últimos anos, atingindo diversas crianças e jovens imersos na grande era digital, a violência sexual de crianças e adolescentes viola fundamentalmente os Direitos Humanos, defendido por normas protetivas como os Tratados e Convenções Internacionais, a Constituição da República Federativa em seu art. 227, § 4º, Código Penal, Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990); no âmbito digital destaca-se a Lei n. 12.737/12, apelidada de Lei Carolina Dieckmann e o Marco Civil da Internet, que modificam o Código Penal e tipificam uma série de condutas no ambiente digital.
	Afim de notar-se a importância da pornografia infantil no âmbito dos crimes virtuais, é necessário fomentar que os Indicadores da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, apresentada pela SaferNet Brasil (2013), instituição consolidada como referência ao enfrentamento aos crimes e violações aos Direitos Humanos na Internet, especialmente aqueles relacionados à violência sexual contra crianças e adolescentes, demonstraram que em 07 anos a instituição recebeu e processou 3.173.061 denúncias anônimas. Somente no Brasil, no ano de 2012, foram 1859 denúncias, sendo que do total, 441 se referiam à pornografia infantil. Ainda, conforme dados da Safernet (2013), somente nos anos de 2012 e 2013, foram instaurados pela Polícia Federal mais de 1500 inquéritos para apuração de disseminação de pornografia infantil na Internet. Nesse mesmo período, as ações repressivas do órgão resultaram na prisão em flagrante de 100 (cem) pessoas pela disseminação de pornografia infantil na Internet.
	Vale ainda acrescentar que tais dados anteriormente citados tiveram números significativos nos últimos anos, relacionando-se a pandemia vivenciada. No ano de 2020, primeiro ano da expansão do vírus da Covid-19, foram registrados quase 100 mil denúncias, tendo em sua maioria o envolvimento de fotos e vídeos postados em páginas de redes sociais, o que os especialistas atribuem a maior exposição de crianças e adolescentes na internet durante o período. “A internet não foi pensada para a infância, nem a partir da ótica do bem estar infantil”, afirma Thiago Oliveira, presidente da SaferNet. “É preciso saber que há zonas muito perigosas nestes espaços.”
	Contudo, a internet que, por sua vez, tinha o objetivo de facilitar a comunicação e a entrega das informações, tornou-se por outro lado um risco, com a necessidade de regulamentação judicial e, sobretudo, no caso de crianças e adolescentes, dos tutores legais.
2. PEDOFILIA
Remetendo-se ao dito anteriormente, o surgimento da internet acarretou a disseminação de diversos crimes cometidos por meios virtuais. Hoje a internet é considerada a maior responsável pelo comércio, divulgação e exploração sexual de crianças e adolescentes no mundo. As formas de abuso e/ou exploração sexual infanto-juvenil existem independentemente da web, porém são altamente potencializadas nesse ambiente, pela facilidade da disseminação de conteúdo. 
Para entender tal delito, é necessário, primeiramente, definir o que ela é. Segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID-10/OMS) a pedofilia é um transtorno da preferência sexual, a qual incide sobre crianças, tratada ainda “como uma psicopatologia, sendo um desvio no desenvolvimento sexual, que tem como característica a atração sexual compulsiva e obsessiva por crianças e adolescentes”. (CASTRO; BULAWSKI, (2011)
No âmbito da conceituação psiquiátrica:
A pedofilia é um transtorno da sexualidade caracterizado pela formação de fantasias sexualmente excitantes e intensas, impulsos sexuais ou comportamentos envolvendo atividades sexuais com crianças pré-púberes, geralmente com 13 anos ou menos. Entretanto, para que uma pessoa seja considerada pedófila, ela deve ter no mínimo 16 anos e ser ao menos 5 anos mais velha que a criança. A pedofilia resulta em um sofrimento clinicamente significativo, ou ainda prejuízo no funcionamento social e ocupacional do indivíduo. (DSM-IV/APA) 
Portanto, a perversão retratada consiste em produzir, publicar, vender, adquirir e armazenar pornografia infantil pela rede mundial de computadores, por meio das páginas da Web ou qualquer outra forma. Compreende, ainda, o uso da internet com a finalidade de aliciar crianças ou adolescentes para realizarem atividades sexuais ou para se exporem de forma pornográfica. Para a justiça brasileira, a pedofilia não é considerada um crime, porém, os atos ligados a pedófilos podem estar sujeitos a penalidades de acordo com o Código Penal Brasileiro, como atentado violento ao pudor (que é considerado uma prática de atos libidinosos cometidos sob uso de violência ou grave ameaça), crime de estupro (constrangimento da criança ou adolescente à conjunção carnal sob o uso de violência ou grave ameaça) e, ainda, a pornografia infantil. 
A expressão “pedofilia na Internet” acabou setornando um clichê para tratar qualquer tipo de abuso cometido contra os direitos da criança e do adolescente na rede, de acordo com Reis (2004, p. 309-310). Na verdade, o que ocorre, no mais das vezes, é a distribuição da pornografia infantil na rede. Porém, aquela expressão acabou por ser usada para definir todas as manifestações de abuso sexual infantil perpetradas ou veiculadas através da vasta rede virtual.
Cabe ressaltar, que nem todos os pedófilos praticam tais atos. Na maioria das vezes, a produção de materiais pornográficos infantis é realizada por criminosos que não têm como intuito a satisfação sexual, e sim a comercialização do material, o que implica lucrar com a exibição do corpo de crianças. Há casos de pedofilia na rede que não há o contato físico da vítima e do abusador, porém em outros casos o encontro pessoal pode acabar em violência física ou sexual, principalmente se à produção de material pornográfico, caso não seja montagem pelo computador ou contato via webcam. O que ocorre muitas vezes é o envolvimento de uma rede internacional do crime organizado, especificamente em tráfico de crianças. Segundo Felipe (2006, p. 210): “Tal rede é composta por “angariadores”, que são pessoas pagas para sequestrarem crianças com o intuito de utilizá-las em filmagens obscenas”.
Segundo dados da associação italiana Telefono Arcobaleno, em 2008 foi identificado, por meio de denúncias, o surpreendente número de 42.396 sites de pedofilia em todo o mundo, mais que o dobro do número registrado em 2003. A hospedagem desses sites concentrou-se na Alemanha, Holanda e Estados Unidos. Importante destacar que em 2003 o Brasil ocupou a 4ª posição neste ranking. A organização Internet Watch Foundation (Reino Unido) recebeu cerca de 34 mil denúncias de pornografia infantil na internet em 2008. Dos casos confirmados, cerca de 74% são relativos a sites comerciais, ou seja, que vendem pornografia infantil. O mercado de compra e venda de pornografia infantil é suspeito de movimentar cifras milionárias em todo o mundo.
Em nosso país, a ONG SaferNet Brasil recebeu, de janeiro a setembro de 2009, 36.584 denúncias de pornografia na internet. Deste total, importa destacar que 72% referem-se a materiais divulgados no portal de relacionamentos Orkut, que possui milhares de álbuns de fotos privados em investigação pelas autoridades (Senado Federal, Polícia Federal e Ministério Público Federal). 
De acordo com Felipe (2006, p. 207): “No campo da sexualidade, surgiram novas modalidades de exercício do prazer e de experimentação do desejo através do mundo informatizado. Dentro desse espectro, a prática da pedofilia encontrou o seu lugar de exercício, divulgação e expansão”. Além da gravidade de tal crime, é preciso notar que crianças que foram abusadas, sofrem, em sua maioria, mudanças em seu comportamento como agressividade, isolamento, dificuldades com relacionamentos, e principalmente, com simples toques.
Enfim, a severidade de tal ação e as consequências que ela acarreta a uma vítima são nítidas e necessitadas de um acompanhamento psicológico. Ainda mais importante, carece de visibilidade quanto a denúncia, pois como cita Capellari (2018, p. 1) “[...] diante das novas possibilidades de inter-relação propiciadas pela Internet, poucas vezes a pedofilia esteve tão visível e, ao mesmo tempo, tão difícil de ser controlada”.
3. PORNOGRAFIA INFANTIL 
Uma vez explicado do que se trata a pedofilia e as consequências que ela acarreta, é necessário unir ambos assuntos anteriormente retratados em um termo: pedofilia virtual. Tal crime, por sua vez, pode ser explicado, de maneira simplificada, como sendo a pornografia infantil (pedopornografia) que ocorre no ambiente virtual, bem como a prática de atividades relacionadas à pedofilia no ambiente virtual, como o aliciamento de crianças e adolescentes para a realização de atividades sexuais ou exposição pornográfica.
O artigo 2º do Protocolo Facultativo para Convenção sobre os Direitos da Criança relativo à venda de crianças, prostituição e pornografia infantis, dispõe que: 
Pornografia infantil significa qualquer representação, por qualquer meio, de uma criança no desempenho de atividades sexuais explícitas reais ou simuladas ou qualquer representação dos órgãos sexuais de uma criança para fins predominantemente sexuais. 
Sendo assim, a pornografia infantil é um meio de obscenidade que utiliza como “atração” crianças e adolescentes, ou seja, menores de idade. Neste ponto, acredita-se que o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069, de 13/7/1990) vai de encontro com o preconizado pelo Protocolo quando disciplina em seu artigo 241:
“Apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores ou internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente.” (Redação dada pela Lei nº 10.764, de 12/11/2003).
Ainda utilizando-se do ECA, o artigo 240 prevê que “Produzir ou dirigir representação teatral, televisiva ou película cinematográfica, utilizando-se de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográficas”, é crime condenando a pena de reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único. (VADE MECUM, 2021, p.1.106). 
Nucci (2008), explica que o artigo anterior é um delito comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa, além de se caracterizar como crime formal, que é aquele que independe da ocorrência de resultado naturalístico, consistente em efetivo prejuízo para a formação moral da criança ou do adolescente.
 Para fomentar a proporção que a pornografia infantil tem atingido, de acordo com a Interpol, mais de R$ 4 milhões de reais são arrecadados com o crime no Brasil, país que ocupa o quarto lugar de exploração infantil. Ainda, os números fornecidos pela INHOPE (International Association of Internet Hotlines) estima que a pornografia infantil movimente hoje cerca de U$ 5 bilhões em todo o mundo, sendo que U$ 300 milhões correspondem à venda de fotos e vídeos contendo alguma forma de abuso sexual. 
Em 2018, apenas no período de janeiro a junho, o Ministério dos Direitos Humanos da Presidência da República, por meio do Disk 100, recebeu 9.297 denúncias de violações sexuais contra menores de idade. Nesse levantamento, a violência sexual é a quarta violação mais denunciada, atrás apenas da negligência (26.242 casos), da violência psicológica (17.031 casos) e da violência física (14.355) (BRASIL, 2018).
Afim de mobilizar a sociedade brasileira e convocá-la para o engajamento contra a violação dos direitos sexuais de crianças e adolescentes, o dia 18 de maio ficou conhecido como Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. De acordo com o site Fundação Abrinq, apenas no ano de 2014 foram registradas 24.575 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil. Desses casos, 19.165 foram de abuso e 5.410 de exploração sexual infantil. Dados como esses, divulgados pelo Disque Direitos Humanos, evidenciam como é importante combater essa realidade. E maio é o mês dessa luta (FUNDAÇÃO ABRINQ, 2015).
Por fim, tendo em vista tais informações, é preciso remeter que a pornografia trata-se de um assunto amplo, mas com extrema necessidade de visibilidade, uma vez que, além da ampla gama de ações que envolvem tal crime, a tecnologia fornece ainda a facilidade de anonimato, não sendo difícil ocultar ou forjar identidades, pois a natureza interligada das comunicações modernas dificulta o rastreamento de informações e de seus emitentes, tornando a fiscalização extremamente difícil. Com cerca de 1210 endereços na internet (FELIPE, 2006); pesquisas apontam que o Brasil está em quarto lugar no ranking de material pornográfico, somando a essa estatística o fator que um dos nichos de tal material diz respeito à pornografia infantil, que alimenta, assim, o mercado da pedofilia, mercado este que é um dos mais rentáveis. Este fato, por si só, já chama a atenção do poder público,mas como já mencionado anteriormente, não é de fácil controle, mas que deve ser encarado sob diferentes ângulos, dado a contemporaneidade do advento da internet.
4. APLICAÇÃO DE LEIS: 
Como visto anteriormente, pedofilia não é crime, é um transtorno. O Direito não pode, bem como não tem condições, de criminalizar pensamentos e desejos. Condutas tipificadas que tratam da perversão sexual com crianças e adolescentes, por sua vez, como a pornografia infantil (pedopornografia), são condutas criminosas tipificadas tanto no Código Penal Brasileiro, encaixando-se no tipo penal que trata sobre o estupro de vulnerável, quanto nas diversas disposições presentes no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
· CÓDIGO PENAL 
Ao adentrar o CP (Código Penal) é preciso, em primeiro momento apresentar as leis que incumbidas de defender o cibercrime. Dito isso, há a Lei Carolina Dieckmann e o Marco Civil da Internet:
· Lei Carolina Dieckmann: a Lei Nº 12.737/2012 é uma alteração no Código Penal Brasileiro voltada para crimes virtuais e delitos informáticos, acrescenta os artigos 154-A e 154-B ao CP. Além disso, altera a redação dos artigos 266 e 298. A norma trata de uma tendência do Direito: segurança no ambiente virtual. Sua redação prevê os crimes que decorrerem do uso indevido de informações e materiais pessoais que dizem respeito à privacidade de uma pessoa na internet, como fotos e vídeos. A pena do crime de invasão de dispositivos é a de detenção entre 3 meses e 1 ano mais multa, mas há um aumento de 1/6 da pena caso resulte em prejuízos econômicos à vítima.
· Marco Civil da Internet: a Lei n° 12.965/2014 é fundamentada em três pilares: a liberdade de expressão, a neutralidade de rede e a privacidade. Possui ainda 32 artigos que tratam sobre temas como os direitos e garantias dos usuários, a provisão de conexão e de aplicações da Internet, a responsabilidade dos provedores, a atuação do poder público, entre outros. 
Por fim, atualmente, pedofilia e pornografia infantil (pedopornografia) são assemelhadas no Direito Penal como pratica de conjunção carnal ou qualquer ato libidinoso com o menor de 14 anos. Encontrando, portanto, punição legal prevista no CP, não sendo explicitamente tipificada, mas sendo associada aos crimes de Estupro de Vulnerável, o qual dispõem nos artigos 217-A e 218 do Código Penal de 194, com cumprimento de pena de 2 a 30 anos de reclusão, conforme a gravidade do delito.
Sobre este último, a relatora Ministra Laurita Vaz opina que “a configuração do tipo estupro de vulnerável prescinde da elementar violência de fato ou presumida, bastando que o agente mantenha conjunção carnal ou pratique outro ato libidinoso com menor de catorze anos, como se vê da redação do art. 217-A, nos termos da Lei n.º 12.015/2009”.
· ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
O Estatuto da Criança e do Adolescente, suja sigla é ECA, foi promulgado em 13 de julho de 1990, a Lei nº 8.069/90, é a lei que cria condições de exigibilidade para os direitos da criança e do adolescente, que estão definidos no artigo 227 da Constituição Federal. O novo diploma legal, ainda em suas disposições preliminares, preconiza e reitera os termos da Carta Magna de que nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, prevendo a existência de sanções penais para as violações desse direito fundamental.
Introduzindo o tema deste presente artigo, quanto a pedofilia e a pornografia infantil, principalmente no âmbito virtual, é indispensável citar a Lei nº 11.829, de 2008, esta, que por sua vez, trouxe um complemento ao ECA, a fim de tipificar condutas das quais até então não possuía previsão legal, como várias atividades relacionadas à produção, difusão e consumo de pornografia infantil são penalizadas.
 	Iniciados a partir do artigo 240, as condutas que constituem crime de pornografia infantil inclui não apenas o registro de cenas de sexo envolvendo crianças e adolescentes, mas ainda sua comercialização. Citam-se as principais:
· Produzir, participar e agenciar a produção de pornografia infantil (Art. 240);
· Vender, expor à venda (Art. 241), trocar, disponibilizar ou transmitir pornografia infantil, assim como assegurar os meios ou serviços para tanto (Art. 241-A);
· Adquirir, possuir ou armazenar, em qualquer meio, a pornografia infantil (Art. 241-B);
· Simular a participação de crianças e adolescentes em produções pornográficas, por meio de montagens (Art. 241-C);
Para a ministra Maria Thereza de Assis Moura:
A definição legal de pornografia infantil apresentada pelo artigo 241-E do Estatuto da Criança e do Adolescente não é completa e deve ser interpretada com vistas à proteção da criança e do adolescente em condição peculiar de pessoas em desenvolvimento (art. 6º do ECA), tratando-se de norma penal explicativa que contribui para a interpretação dos tipos penais abertos criados pela Lei nº 11.829/2008, sem contudo restringir-lhes o alcance. É típica a conduta de fotografar cena pornográfica (art. 241-B do ECA) e de armazenar fotografias de conteúdo pornográfico envolvendo criança ou adolescente (art. 240 do ECA) na hipótese em que restar incontroversa a finalidade sexual e libidinosa das fotografias, com enfoque nos órgãos genitais das vítimas - ainda que cobertos por peças de roupas -, e de poses nitidamente sensuais, em que explorada sua sexualidade com conotação obscena e pornográfica.)
	Contudo, é necessário ainda citar que a Convenção dos Direitos da Criança da ONU altera a Lei dos Crimes Hediondos (Lei 8.072, de 1990) e também a Lei 8.069, de 1990, que institui o ECA, para aumentar a condenação prevista para esses crimes, que passaria a ser de dois a cinco anos, mais aplicação de multa. 
CONCLUSÃO 
É necessário notar que o desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicação transformou a sociedade e a forma como os indivíduos se relacionam, fazendo com que tais fluxos fossem instantâneos e intensos. Entretanto, entre o real e o virtual que a internet representa, lugar onde se cria a vivência de uma construção social partilhada, afim de propiciar diversas aprendizagens e benefícios ao público infanto-juvenil, acarretam também riscos que podem transformar-se em situações negativas, como por exemplo, o tema delimitado.
A presente artigo objetivou expor a pornografia infantil e o direito criminal brasileiro em relação ao respectivo assunto. Para chegar a conclusão do que se trata tal ato, fez-se necessário apresentar os chamados cibercrimes e sua caracterização no ordenamento jurídico-penal, assim como também a psicopatologia denominada pedofilia, ou seja, o transtorno de preferência sexual.
Para que seja possível um combate um pouco mais efetivo à pedopornografia, ou, pelo menos, fazer uma tentativa de deixar o ambiente virtual mais seguro, deve-se inicialmente considerar o novo conceito de indivíduo, que tem seu desenvolvimento psicológico, moral, social, físico e mental tanto real quanto virtual. 
Devido a esse fato, foram outorgadas leis, tanto pertencente ao Código Penal Brasileiro como na Constituição Federal de 1988, com a finalidade de promover a defesa no âmbito virtual como também proteção integral de crianças e adolescentes_ quanto ao segundo, ainda cita-se a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança de 1989, e a Lei 8.069/90-Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que se tornaram marcos.
Entretanto, apesar das leis terem possibilitado um avanço na criminalização da violência sexual, aumentando as penas e criando tipos penais que abarcassem as transformações ocorridas pelo desenvolvimento tecnológico, também se mostrou deficiente quanto a sua efetividade, na medida em que a prática dos crimes de pedofilia e pornografia infantil ainda é constante.
Por fim, para além da criminalização, as soluções exigem a análise do fenômeno em todas suas dimensões, reconhecendo os deveres da família, da sociedade civil e do Estado. Somente com a atuação conjunta dessas instituições é possível controlare prevenir os crimes de pedofilia e pornografia infantil na Internet e promover a educação para uma navegação consciente e segura no ciberespaço. Ainda, o combate efetivo da cibercriminalidade envolve a cooperação dos provedores da Internet com os órgãos policiais, que também necessitam adequar-se às transformações dessa nova realidade digital.
Espera-se portanto que, a efetividade das leis promulgadas seja maior do que os casos denunciados, afim de combater com maior legitimidade tais crimes. Ainda, mesmo que tal fato seja a longo prazo, faz-se necessário que haja maior visibilidade nas campanhas publicitárias para denúncias, palestras educacionais e ações de conscientização.
 
REFERÊNCIAS 
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