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Por Breno C. Vizzoni CÂNCER É doença multifatorial de múltiplas etapas nas quais fatores etiológicos inumeráveis interagem de formas variadas, causando interferências genéticas e epigenéticas. 5 a 10% dos casos de câncer possuem herança genética e seu desenvolvimento está associado a mutação germinativa. No entanto a maioria dos casos é esporádica, sendo seu desenvolvimento decorrente de mutações somáticas no tecido, em oncogenes e genes supressores de tumor! Todas essas vias de genes supressores de tumor, quando funcionais, inibem a progressão do tumor maligno! PROTEÍNA RB Quando desfosforilada em G1 e G0, sequestra E2F para controlar o ciclo. Quando fosforilada, libera E2F que se liga a genes regulatórios para a fase S (DNAPOL). PROTEÍNA P53 É fator de transcrição importante que monitora a progressão do ciclo celular e é ativado quando há dano de DNA! Quinases ativas monitoram as lesões na fita de DNA. Em cerca de 50% dos cânceres, genes p53 estão mutados ou perdidos, e esse defeito permite a propagação das células defeituosas, isto é, que contêm o DNA danificado. Fosforilação aumenta a [p53] e aumenta a transmissão de gene waf1 e cip1 para aumentar p21, impedindo que a célula entre na fase S do ciclo celular. Assim, a célula consegue reparar o DNA antes que ela progrida a S. Caso a lesão seja muito numerosa, p53 impedirá definitivamente o andamento do ciclo celular e sinalizará para que ocorra apoptose. Obs.: alteração de p53 em resposta a metais pesados: quando células mutantes para p53 quando expostas ao zinco se mostraram resistentes à apoptose. Além disso, arsênio, cádmio, cromo, chumbo e níquel são fonte de estresse oxidativo. ONCOGENES São genes que promovem o crescimento e a malignidade de tumores! Protooncogenes Genes que codificam proteínas que promovem a divisão celular controlada ou que promovem apoptose. Variantes de células normais que perderam a habilidade de controlar seu crescimento passaram por: imortalização → transformação → metástase. Vias de genes supressores de tumor! Inibição do ciclo celular Promoção da apoptose Inibição da imortalidade Inibição da angiogênese Inibição da metástase Vias de oncogenes! Promovem o ciclo celular Inibem a apoptose Promovem a imortalidade Promovem a angiogênese Promovem a metástase RS é uma sequência reguladora associada ao protooncogene. Modificações que o transformam em oncogenes podem ser pontuais (1), que envolvem uma sequência de nucleotídeo. No caso da translocação (2), uma sequência reguladora diferente se torna responsável pela estimulação da transcrição de uma proteína de fusão resultante. A amplificação (3), por sua vez, resulta na expressão de múltiplas cópias do gene, de modo excessivo. GTP-RAS Os fatores de crescimento se ligam aos receptores transmembrana para iniciar o ciclo de sinalização via fosforilação. Quem fornecerá os fosfatos necessários para isso vai ser o GTP associado à RAS. Se não houver regulação dessa fosforilação, pode ocorrer descontrole e proliferação acentuada. Mutações em receptores de tirosina-quinases alteram a expressão de RAS de maneira acentuada, que podem levar à amplificação da atividade de fatores de transcrição e causar proliferação celular. ONCOVÍRUS Retrovírus oncogênicos têm cópia de um oncogene no seu genoma e quando incorporam seu material genético ao maquinário celular, induzem a expressão desse oncogene. Retrovírus: se houver integração do material genético em célula germinativa, herdar-se-á verticalmente essa informação genética. METABOLISMO DOS ONCOGENES
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