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FP078 - Interculturalidade e educação
Trabalho conv. ordinaria
INDICAÇÕES GERAIS:
O trabalho dessa disciplina consiste será realizado em grupos de 4 ou 5 estudantes. Cada grupo identificará um problema relacionado com a interculturalidade que esteja se apresentando num contexto escolar real. A partir desse problema, deverão:
Descrever as particularidades do problema, a partir dos referentes do modelo crítico de educação intercultural e a bibliografia da disciplina.
Partindo da descrição realizada, o grupo deverá desenhar uma intervenção para o desenvolvimento intercultural do problema identificado. Para tanto, devem considerar os conteúdos discutidos referentes ao modelo crítico:
Os critérios para o desenvolvimento da interculturalidade.
Um dos enfoques metodológicos.
O princípio da diversificação.
Requisitos formais: 
Extensão: 6 páginas (sem contar as instruções, os enunciados, a bibliografia nem os anexos – se houver–).
Tipo de letra: Arial. 
Tamanho: 11 pontos. 
Entrelinhas: 1,5. 
Alinhamento: Justificado.
Sublinhamos o uso da normativa APA para as citações e a lista de referências bibliográficas. Devem ser citados, como mínimo, cinco (5) dos últimos 10 anos. Três desses textos devem ser o resultado de procuras realizadas pelos membros do grupo em revistas científicas, por tanto, não devem coincidir com a bibliografia que aparece na apostila desta disciplina.
Somente poderão fazer o trabalho individualmente estudantes que entreguem ao professor/a, a justificativa devida. Se alguém entregar o trabalho individualmente sem ter a autorização expressa do/da professor/a, não poderá aspirar à nota de excelente, sendo que a nota máxima que poderá obter no trabalho é de 8/10. A capacidade de trabalhar em forma colaborativa é uma das competências transversais que se desenvolvem no curso.
O trabalho deve ser realizado nesse documento Word seguindo as normas de apresentação e edição quanto a citações e referências bibliográficas (ver o Guia de Estudo). 
A entrega deve ser feita seguindo os procedimentos descritos documento de avaliação da disciplina e em hipótese alguma deve ser entregue através do e-mail do professor ou professora correspondente. 
Por outro lado, lembramos que existem alguns critérios de avaliação, que é de suma importância que os alunos sigam. Para mais informações, consulte o documento de avaliação da disciplina. 
Trabalho
Identifiquem um problema relacionado com a interculturalidade que esteja se apresentando num contexto escolar real. A partir desse problema, deverão:
1. Descrever as particularidades do problema, a partir dos referentes do modelo crítico de educação intercultural e a bibliografia da disciplina.
Partindo da descrição realizada, o grupo deverá desenhar uma intervenção para o desenvolvimento intercultural do problema identificado. Para tanto, devem considerar os conteúdos referentes ao modelo crítico:
Os critérios para o desenvolvimento da interculturalidade
Um dos enfoques metodológicos
O princípio da diversificação
Muito importante: Na capa que aparece na página seguinte, devem indicar-se os dados pessoais que se detalham e o título do trabalho (o trabalho que não cumpra as condições de identificação não será corrigido). Após a capa, deve-se incluir o Índice do trabalho.
FP078 – INTERCULTURALIDADE E EDUCAÇÃO
Nomes e sobrenomes
Aljesmar Lima de Moura
Dionéa Edilma Santos de Melo
Gilda Elaine Trevisani
Códigos: FP078 – Interculturalidade e Educação 
Grupo: 2022-02 
Data: 30/10/2022
Índice:
1. Resumo ....................................................................................................................05
2. Particularidades dos Problemas ...............................................................................06
3. Intervenção para o Desenvolvimento Intercultural para Resolução dos Problemas Identificados ..................................................................................................................06
4. Enfoques Metodológicos e Princípio da Diversificação para a Resolução dos Problemas................…………………....................……………………………………......07
5. Conclusão .................................……………………………........................................08
6. Bibliografia................................................................................................................10
7. Anexos .....................................................................................................................11
01- Resumo
Este trabalho consiste em evidenciar e resolver problema intercultural advindo de alunos imigrantes estrangeiros, provenientes da África, América do Sul e América Central para o Brasil. A evidência se deu a partir do contexto real na unidade de Ensino estadual localizada no interior do Estado de São Paulo, onde a escola oferece as modalidades de Ensino nos ciclos do Fundamental II e do Ensino Médio. Considerando que São Paulo é uma metrópole, percebe-se que ela está sujeita a deparar-se com a questão da interculturalidade no que diz desrespeito a educação. Fato que nos revela fragilidade nesse aspecto quando nos deparamos com as questões que a interculturalidade apresenta no dia a dia de forma concreta. Sendo assim, mostramos neste contexto, uma Unidade de Ensino que recebeu diversos alunos vindos de outros países que geraram demandas com conflitos culturais diante das características individuais de cada uma delas. Um dos problemas identificados foi o idioma, pois a escola passou a ter alunos com vários idiomas diferentes, ou seja, falam, leem e escrevem em espanhol, inglês e/ou francês. A dificuldade encontrada foi que esses alunos imigrantes não se comunicavam na língua portuguesa, tanto na fala como na escrita e leitura. Dessa forma, esse trabalho propõe intervenções para atender as necessidades desses alunos, inserindo-os na comunidade escolar com a finalidade de nivelação da aprendizagem. 
 
02 – Particularidades do Problema
A unidade escolar estadual situada no interior do Estado de São Paulo oferece a comunidade escolar ciclos do Fundamental II e do Ensino Médio, esta unidade de Ensino recebeu inúmeros alunos estrangeiros vindos da África, da América do Sul e da América Central, alguns falando espanhol, inglês e outros ainda em francês, vindos de países como: Venezuela, Haiti e Angola. 
Com isso os problemas são diversos: a comunicação verbal entre os alunos de fora do país com os nativos e destes estrangeiros com os professores, pois como não falam o português, apresentam dificuldades na compreensão das atividades curriculares, por ainda não poderem ler e escrever em português, deixando assim os alunos estrangeiros com uma enorme defasagem em relação aos brasileiros. Além dos problemas como xenofobia (preconceito com as pessoas estrangeiras ou vindas de um outro lugar adverso), entre os alunos do Brasil e os estrangeiros. Ocorrendo, além da xenofobia, o bullying. Essas dificuldades de aceitação das diferenças, levam a outros problemas como a depressão, abalo do sócio emocional, psíquico emocional ou psíquico social, podendo levar à evasão escolar ou até a um possível suicídio, já que essa fase da vida é tão importante para o aprendizado e formação do ser humano.
 Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...). (CFRB/88). Igualdade e Diversidade - Preparatodos - 30 novembro, 2020.
03 – Intervenção para o Desenvolvimento Intercultural para Resolução dos Problemas Identificados 
Uma das intervenções para a xenofobia e o bullying serão palestras diversificadas com profissionais adequados como psicólogos, palestras com temas como: Diga não ao bullying, por que bullying é errado, quais os efeitos psicológicos e psíquicos emocionais/sociais? O que é xenofobia? Diga não a Xenofobia, Os Efeitos que a xenofobiaacarreta nas vítimas. De ante os problemas identificados, se faz necessário intervenções que busquem não só amenizar os entraves que impedem o desenvolvimento da Interculturalidade, mas buscamos solidificar essas relações culturais de forma pedagógica, onde possamos atender com eficácias as demandas surgidas de forma global e constante, uma vez que essa é uma realidade atual posta no mundo inteiro. Sendo assim, como movimento inicial, idealizamos fazer palestras com participação de tradutores para as línguas dos alunos vindos de outros países. A intensão é fazer com que os alunos nativos acolham os alunos estrangeiros, levando a uma melhor aceitação de uns para com outros, no sentido de haver melhor convívio dentro da unidade escolar. Estas intervenções terão por objetivo a coexistência pacífica e a convivência de uns com os outros facilitando o entendimento entre o multiculturalismo e a interculturalidade. 
Outra intervenção será na adequação visual no interior da unidade escolar para uma melhor compreensão de todos, com placas de identificação nas diversas línguas utilizadas por todos os alunos e funcionários (português, inglês, espanhol, francês) para localização dos diversos setores da escola, como por exemplo: cozinha, refeitório, banheiro, escada, biblioteca, bebedouro, sala de estudos, laboratório de ciência, biologia e informática, entrada, saída, sala dos professores, coordenação, direção. Dessa forma, identificando o interior da unidade escolar em cem por cento. 
04 - Enfoques Metodológicos e Princípio da Diversificação para a Resolução dos Problemas
 
Nesse fase do desenvolvimento da interculturalidade, usaremos as aulas eletivas com temas específicos como por exemplo: além das aulas de inglês, focar nos centros de línguas dentro da unidade escolar, matérias como Espanhol, Francês, Inglês e Português, trazendo assim o protagonismo dos alunos estrangeiros onde eles sendo nativos da língua serão representante da sala dentro dessa matéria, exemplo: o aluno da Venezuela, que é nativo da língua espanhola ele sabe falar, ler e escrever em Espanhol, dessa forma ajudando os demais alunos da sala, resultando além do aprendizado o sócio emocional, cultural e social e vice e versa nas aulas de português, onde os alunos nativos acolhem os alunos estrangeiros ajudando e ensinando a língua portuguesa como um todo, tanto na parte da leitura e da escrita, quanto na fala. Assim como nas demais matérias inglês e francês por exemplo. Sempre dando ênfase no protagonismo do aluno tanto nativos quanto estrangeiros. 
Outro enfoque metodológico será a tecnologia como por exemplo: aulas em laboratório de informática, utilizando-se de ferramentas digitais como aplicativos de tradução ou aplicativos de sites que traduzam os exercícios, a matéria ou as atividades de outras línguas para o Português e vice-versa do Português para outras línguas. Utilizando-se também de diversos equipamentos como: notebook, smartphones, projetores, smart tv, além dos computadores do laboratório de informática. 
Na unidade escolar cada aluno tem o uso individual de um microcomputador dentro do laboratório de informática ou o uso individual de um notebook dentro das salas de aulas ou sala de leitura e sala de estudo. Já as smart tv e projetor são uma em cada sala, sendo assim para o uso coletivo. 
O próximo critério metodológico será na diversificação das aulas, exemplo: segundas-feiras e terças-feiras serão realizadas as aulas de aprofundamento, nas quartas-feiras serão as aulas de nivelamento, nas quintas-feiras aulas de eletiva com foco no centro de línguas e nas sextas-feiras as aulas serão com o recurso da tecnologia para o melhor aprendizado com uso de equipamentos que traduzam da língua do nativo para o Português e vice e versa. Também realizando atividades diversificadas, além da escrita, contendo imagens que ajudem na compreensão do aluno para a realização das atividades. Sempre dando foco para o desenvolvimento do aluno como um todo, dentro do currículo escolar como no desenvolvimento intercultural. Evoluindo também, o aluno dentro dos critérios: social, emocional e psicossocial. 
 
05 – Conclusão
Neste estudo sobre a interculturalidade e educação, podemos aprofundar e refletir um pouco o quanto importante é a diversidade entre as diversas nações que compõe o nosso planeta, mas também o quanto de injustiças sociais e exploração de povos por outros existe, levando muitas vezes a procura de nações inteiras por exílio em países que, a princípio, lhes poderiam oferecer melhores condições de vida. Por exemplo como está acontecendo agora com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, com a saída de milhares e milhares de ucranianos para outros lugares, em busca de segurança e abrigo. Quando estas populações, ou mesmo indivíduos chegam a países estrangeiros se deparam com diferenças que na maior parte das vezes, são obstáculos difíceis de serem transpostos. Neste sentido as instituições educacionais realizam um importante papel de inclusão, inserindo estas populações ou indivíduos neste novo ambiente estranho. Mas esta não é uma tarefa fácil, visto que as diferenças linguísticas, sociais, religiosas, enfim, culturais diversas, se fazem presentes e muitas vezes não são bem aceitas ou compreendidas. Como aponta Schmelkes (2003) “ao se reconhecer ao outro como diferente, compreendê-lo e respeitá-lo significa que as pessoas carregam realidades culturais diversas. Quer dizer, diferentes. Assim cada um pode crescer desde suas diferenças”. Por essa visão que nos aponta o autor Schmelkes, a troca cultural entre os diversos, através do multiculturalismo, proporciona uma visão muito mais ampla quando os povos e/ou indivíduos são capazes de vencer seus preconceitos, limitações ao se abrirem para compreensão e valorização da diversidade cultural entre as nações. Portanto, “A educação deve reconhecer os históricos processos de acumulação de desigualdades, os processos culturais de construção das assimetrias e a necessidade de transformá-los.” (FUNIBER, FP078 – Interculturalidade e educação). Outra importante citação deste enfoque do mesmo material é que “A educação intercultural constitui o alicerce para o diálogo entre as culturas.”
Tudo isso nos faz refletir o quanto importante é trabalharmos uma educação de valorização das diversidades culturais, não só a nível de compreendermos e respeitarmos as culturais entres as múltiplas nações, mas também as próprias diferenças e riquezas existentes em nosso país de origem. Um povo que pensa ser o melhor e que por isso acha que deva impor os seus valores sobre outros povos ou indivíduos, está fadado ao fracasso enquanto humanidade, pois a diversidade é que nos proporciona a qualidade de vivências e aprendizados. 
A multi, pluri e interculturalidade se referem à diversidade cultural. Não obstante expressam maneiras de compreender essa diversidade e, obviamente, de desenvolver políticas e práticas relacionadas com elas, ao interior das organizações e instituições da sociedade, incluído o próprio Estado. (Walsh, 2009c).
Respeitar as diferenças, saber conviver com os que nos são estranhos e com eles aprender valores e saberes diversos, acrescenta muito aos nossos próprios, construindo assim uma sociedade plural, humana, receptiva, aberta a sua própria evolução. Ao passo que uma sociedade egoísta, arrogante, preconceituosa, fechada no seu “universo” limitado se torna cruel e destrutiva.
06 – Bibliografia
Araújo, V.A., Costa, T.B., y Tavares, M. (2018). Multiculturalismo, interculturalismo e pluriculturalismo: debates e horizontes políticos e epistemológicos. Revista@ambienteeducação, 11(1), 29-44.
 https://doi.org/10.26843/ae19828632v11n1 2018p29a44. 
Brasil Constituição. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988. Disponível em: https://blog.refuturiza.com.br/igualdade-e-diversidade. Acesso em: 28 out. 2022.
Fleuri, R.M. (2003). Intercultura e educação. Revista Brasileira de Educação (23), 16-35. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttex&pid=S1413-24782003000200003&nrm=iso
Freire, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2014.
FUNIBER, Apostila FP078 – Interculturalidade: Discursos Contemporâneos. Didática São Paulo: Cortez, 2020. http://www.funiber.org 
Lopes, A. M. D. Á. (2012). Da consciência à convivência com o outro: entre o multiculturalismo e a interculturalidade. REMHU: Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana, 20(38), 67-81. http://www.scielo.br/scielo.php?script= sci_arttex&pid=S19808585201200010vvv0005 &nrm=iso
Schmelkes, S. (2003). Educación superior intercultural: el caso de México. Conferencia dictada en el Encuentro Internacional Intercambio de Experiencias Educativas, Vincular los Caminos a la Educación Superior, organizado por la Ford Foundation, la Unidad de Apoyo a las Comunidades Indígenas de la Universidad de Guadalajara y la ANUIES.
Walsh, Catherine. Interculturalidad, Estado, Sociedad. Luchas (de) coloniales de nuestra época. Abya-Yala: Quito, 2009.
06 – Anexos
	SALLE DE CLASSE
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